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por que nÃo falar da morte?
C
omo religioso convivo frequentemente com situações de morte. Sempre que é possível, visito pessoas muito idosas ou gravemente enfermas, em casa e também nos hospitais. As celebrações de exéquias em velórios também são comuns na vida de um padre, bem como celebrações de Sétimo Dia e outras mais nas quais lembramos e rezamos pelas almas dos entes queridos e falecidos. Nem sempre são pessoas conhecidas ou que participam da comunidade, mas parentes ou amigos dos paroquianos. De qualquer forma, a celebração dos sacramentos é uma expressão de respeito à dignidade de um ser humano. É importante considerar que a pessoa, na sua completude, tem dimensões biológica, psicológica, social e também espiritual. Se existe um momento em que a dimensão espiritual se faz especialmente importante, é quando estamos diante da morte. Quando percebemos a proximidade da própria morte ou da morte de pessoas amadas, geralmente, expressamos alguma preocupação com a espiritualidade. Parece estranho repetir, mas é verdade, a morte faz parte da vida. Desde o momento da concepção ela é uma ameaça à nossa existência. Se somos, portanto, obrigados a considerar a morte como realidade da vida, por que não falar sobre a morte?
Dentro do contexto religioso, a morte adquire um significado bonito, no sentido de superação de uma condição sofredora para uma condição de paz eterna. É dolorido despedir-se de uma pessoa amada, é difícil pensar que não vamos mais vê-la, tocá-la, abraçála, beijá-la, acariciá-la, conversar ou, até mesmo, brigar com ela. Mesmo assim, é preciso enfrentar a morte. E se temos que enfrentá-la, que estejamos munidos da fé. A fé que nos consola com a esperança de vida eterna, a fé de que Deus, em sua infinita misericórdia, não julga nem rejeita, mas acolhe a todos com imenso amor de Pai. É acreditando nisso que a Igreja, no segundo dia do mês de novembro, convida os cristãos a rezarem juntos por seus entes queridos e falecidos. É um dia de lembranças, de saudades, mas também um dia em que realizamos uma ligação espiritual com as pessoas amadas, jamais esquecidas, acolhidas no grande coração do Pai do Céu. Não precisamos evitar falar da morte, tampouco exaltála, apenas aceitá-la. Pensemos que as situações de morte podem evocar sentimentos suaves, tristes, mas bonitos, que podem ser compartilhados na celebração da fé.
Pe. Sérgio Lucas
aGenDa De novemBro 01
Todos os Santos Missas por intenção dos Dizimistas
02
Finados
03 18h30 Missa Solene em comemoração a São Martinho de Lima 06
Adoração ao Santíssimo Sacramento (Apostolado da Oração)
22
19h
Missa do Sagrado Coração de Jesus
26
Retiro da Catequese
08 10h30
Missa da Celebração da 1ª Eucaristia
18
21
18h
07 08h30 13
20
20h
Curso de Formação Bíblica com Irmã Cristiane – Salão
18h30
Missa de Nossa Senhora de Schoenstatt
20h
Curso de Batismo
27 28 29
Devolução das sacolinhas de Natal 15h
Palestra “O sentido do inventário moral” com o psicólogo Léo Pedro Birk
16h
Batizado Comunitário Domingo de Cristo Rei / Dia dos Cristãos Leigos e Leigas
20h
Encontro com os pais da catequese no salão
14h
8ª Tarde da Alegria no salão
20h
Curso de Formação Bíblica com Irmã Cristiane – Salão
13h30
Curso de Noivos 1º Domingo do Advento
10h30
Paróquia Santa Rosa de Lima
Missa da Catequese