O Uso das Bicicletas na Logística Urbana

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Evento

Acadêmico

LALT LANÇA O LIVRO “INOVAÇÃO EM LOGÍSTICA”

EXPO SCALA CHEGA A 14ª EDIÇÃO Nos dias 22 e 23 de outubro de 2013 acontece em Campinas a 14ª edição da Expo SCALA, maior feira de negócios do comércio exterior e da logística do interior do Brasil. Com quase 15 anos de existência, mais de 50 mil pessoas entre empresários, profissionais da área e prestadores de serviços já estiveram presentes no evento.

O livro é uma coletânea dos melhores trabalhos desenvolvidos no final dos cursos de especialização em Gestão da Cadeia de Suprimentos e Logística do LALT, instituição vinculada ao Departamento de Geotecnica e Transportes da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo FEC da Universidade Estadual de Campinas - Unicamp. A obra foi idealizada pelo Coordenador do Laboratório Professor Doutor Orlando Fontes Lima Junior, junto com o Presidente da Comissão Organizadora da Expo SCALA, Luiz Antonio Guimarães, ao constatarem que os artigos que já eram publicados na Revista Cargo News, poderiam ser reunidos e se tornar um livro, pois os assuntos abordados, além de atuais, possuem qualidade e relevância para o mercado de logística e

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gestão da cadeia de suprimentos. Estiveram presentes no evento de lançamento representantes e autoridades de instituições públicas e privadas, assim como o meio acadêmico. A mesa de abertura foi composta pelo Coordenador do LALT, Prof. Dr. Orlando, pelo Assessor de Relações Institucionais da Aeroportos Brasil Viracopos, Carlos Alberto Alcântara, pelo Diretor do Fiesp-DEPAR, Departamento de Ação Regional, Rui Rabelo, a Vice Diretora da FEC/ Unicamp, Professora Doutora Marina Ilha e Cintia Froes Magnusson do SINDASP. As autoridades que compuseram a mesa destacaram a importância de ações como a do LALT de publicar os artigos produzidos pelos alunos que concluíram a especialização em Gestão da Cadeia de Suprimentos e Logística.

Divulgação

O Laboratório de Aprendizagem em Logística e Transporte - LALT da FEC/Unicamp, em parceria com a Revista Cargo News, promoveram o lançamento do primeiro livro “Inovação em Logística”, da série LALT de Produção Aplicada, volume 01. O evento aconteceu no dia 03 de maio, no auditório do prédio administrativo da concessionária Aeroportos Brasil Viracopos, na cidade de Campinas.

Professor Doutor Orlando Fontes Lima Junior Coordenador do LALT

“Iniciativas como esta aproximam a teoria da prática, onde o Acadêmico passa contribuir para que ações práticas sejam aplicadas ao mercado. Viracopos esta de portas abertas para as pesquisas da universidade, havendo até a possibilidade de serem aplicadas na melhora do aeroporto”, destacou o Assessor de Relações Institucionais da Aeroportos Brasil Viracopos, Sr. Carlos Alberto Alcântara. Para tornar possível a realização desta obra o LALT contou com o apoio da Rodovisa Transportes, do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado de São Paulo - SINDASP e da Concessionária Aeroportos Brasil Viracopos, além da parceria com a Nanquim GR1000 Comunicação e Eventos, responsável pelo projeto gráfico e editoração do livro.

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O evento é realizado em Campinas, a décima cidade mais rica do Brasil, responsável por 15% de toda a produção científica nacional, sendo o terceiro maior polo de pesquisa e desenvolvimento brasileiro. Com importantes universidades e laboratórios na região, sendo um importante centro de inovação tecnológica. A região se destaca por possuir intermodalidade completa, com transporte ferroviário, aéreo, rodoviário e com ligação para os portos do país. Por isso, a região é considerada um hub de transportes multimodais. O Aeroporto Internacional de Viracopos, segundo aeroporto com maior movimentação de cargas do país e o primeiro em importação, está na região e evidência à alta capacidade de exportação e importação de cargas. Segundo a Fundação Seade, o eixo Campinas - Sorocaba é conhecido como “Corredor Asiático”, pois vem atraindo grandes investimentos dos países da Ásia, resultando em um parque industrial cada vez mais diversificado. Destacam-se os investimentos nos ramos: automotivo, farmacêutico, produtos químicos e petroquímicos, refino de petróleo, máquinas e equipamentos, alimentos e bebidas, papel e celulose e minerais não metálicos. O município de Campinas cada vez mais se destaca como o centro da logística, da inovação e da pesquisa. Este ano, a Expo SCALA será mais um marco no Estado de São Paulo, evidenciando o constante crescimento e desenvolvimento do setor de carga. Mais informações sobre o evento acesse: www.exposcala.com.br ou ligue para 19 3743.6609 RCN | 33


O Uso das Bicicletas na Logística Urbana

As bicicletas são mais ágeis e rápidas em distâncias curtas, viagens de até 15 km e o preço do serviço chega a ser até 50% menor que o cobrado por um motoboy. O serviço de entrega geralmente é cobrado por distância percorrida, a partir da sede

da empresa, na capital paulista diversas empresas oferecem o serviço de entrega feito por ciclistas. Na Tabela 1 são apresentadas algumas das empresas, o preço do serviço e sua área de cobertura para cidade de São Paulo.

Sérgio Adriano Loureiro - LALT - Laboratório de Aprendizagem em Logística e Transportes Faculdade de Engenharia Civil - UNICAMP

As cidades são um ambiente em constante transformação. Nos últimos anos as grandes metrópoles brasileiras tem vivenciado a incorporação da bicicleta ao espaço urbano não apenas para o lazer, mas também como meio de transporte e para finalidades logísticas. Em cidades como São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte já existem empresas especializadas, que utilizam exclusivamente ciclistas, em serviços de entregas de encomendas expressas substituindo com eficiência os tradicionais motoboys. Esta não é uma iniciativa pioneira, no mundo existem diversas empresas que oferecem o serviço de entregas por bicicletas com grande sucesso. Nos Estados Unidos, a empresa B-line, sediada em Portland, utiliza triciclos elétricos com capacidade de carga de até 270 kg para o transporte de encomendas na região central, estima-se que desde 2009 as viagens realizadas pelos seis triciclos da B-line sejam equivalente às viagens realizadas por 20 mil caminhões e vans. Na Europa, a bicicleta já representa o principal meio de transporte para entrega de correspondências e compras de supermercado em diversas cidades. A Federação Europeia de Ciclismo lançou em 2011 o programa Cycle Logistics para incentivar a retomada do uso de bicicletas para pequenas entregas. De acordo com a Federação, o uso de 2 mil bicicletas na distribuição de encomendas pode poupar 1.300 toneladas de combustível e evitar a emissão de 3.500 toneladas de CO2 na atmosfera. Uma das iniciativas mais inovadoras no uso de bicicletas na distribuição urbana de mercadorias vem de Bruxelas, Bélgica. Desde setembro de 2012 a TNT Express utiliza um trailer móvel que é carregado ao longo do dia em um dos centros de distribuição da empresa, então no inicio da noite o trailer é rebocado para as proximidades de uma área povoada, porém fora da zona de tráfego. Ao amanhecer, mensageiros em triciclos elétricos coletam os pacotes no trailer e os transportam aos seus des-

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tinos. A iniciativa quando adotada em grande escala tem potencial para reduzir o número de caminhões circulando em áreas urbanas, e consequentemente, reduzir custos por parada e as emissões de CO2. Preço e Área de Cobertura de Algumas Empresas de São Paulo

Operadores Logísticos

O Mobile Depot da TNT Express em Bruxelas

No Brasil as iniciativas ainda são modestas, por exemplo, na cidade de São Paulo estima-se que cerca de dois mil ciclistas profissionais atuem no serviço de entregas, e que existam mais de uma dezena de empresas especializadas no seguimento de entregas expressas com bicicletas, quando comparado as 589 empresas regulares de motofrete registradas e aos estimados 220 mil motoboys que atuam na cidade (no Brasil o número estimado de motoboys profissionais é de 1 milhão) percebe-se que este é uma mercado ainda com grande potencial de crescimento.

Também começam a despontar iniciativas de operadores logísticos que utilizam bicicletas e triciclos elétricos em suas operações urbanas. Em outubro de 2012, a Jadlog iniciou na cidade de Leme, no interior do Estado de São Paulo, um novo serviço batizado de Entrega Ecológica. Neste serviço as operações de coleta e entrega são feitas utilizando um triciclo elétrico. De acordo com os diretores da empresa, o projeto piloto deverá, em breve, se estender para outras cidades do país. A iniciativa partiu do proprietário da filial de Leme da Jadlog e tem como objetivo tornar as atividades da empresa mais sustentável, através da redução da emissão de CO2. Além da importância ambiental, a iniciativa proporcionou a empresa uma maior agilidade nas operações principalmente em locais onde o tráfego é intenso e existe dificuldade de estacionamento. Misto de bicicleta com moto, o triciclo da Jadlog funciona com uma bateria elétrica e tem autonomia de 30 km com carga completa. Fabricado pela empresa Ecostart, o veículo possui um baú na parte traseira com capacidade de carga de 110 kg.

Entregas Expressas

Considerada uma iniciativa ambientalmente correta, eficiente e prática o uso de bicicletas na distribuição urbana de cargas têm substituído com eficiência os tradicionais serviços de motoboys. Ainda sem uma legislação especifica para regular o setor, estima-se, que apenas na cidade de São Paulo existam mais de dois mil bikeboys disputando espaço no trânsito paulistano com 5,3 milhões de carros e 1 milhão de motocicletas.

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Triciclo Elétrico da JadLog

Uso em Serviços

Outra iniciativa de destaque é a utilização de bicicletas por uma das maiores seguradoras do país, a Porto Seguro. Em 2008 a empresa iniciou o atendimento a segurados por socorristas-ciclistas, batizado como Bike Socorro o serviço visa à preservação do meio ambiente, agilidade no atendimento e a qualidade de vida. O atendimento aos segurados Auto é realizado por ciclistas em casos de socorro onde os problemas possam ser solucionados no local, sem a necessidade de remoção, os socorristas-ciclistas atendem chamados como: troca de pneu, falta de combustível, carga de bateria, pane simples, entre outros. O serviço Bike Socorro funciona todos os dias e a forma de acionamento do socorrista-ciclista é a mesma do serviço de socorro convencional. Após o contato do segurado com a central de atendimento, dependendo da localidade e do tipo de evento, o socorrista é acionado por um sistema de GPS. No primeiro ano do projeto foram realizados mais de 11 mil atendimentos e evitou-se a emissão de 11 toneladas de CO2. Atualmente o serviço está disponível Grande São Paulo, na região metropolitana do Rio de Janeiro e nas cidades de Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande e Santos.

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O Uso das Bicicletas na Logística Urbana

As bicicletas são mais ágeis e rápidas em distâncias curtas, viagens de até 15 km e o preço do serviço chega a ser até 50% menor que o cobrado por um motoboy. O serviço de entrega geralmente é cobrado por distância percorrida, a partir da sede

da empresa, na capital paulista diversas empresas oferecem o serviço de entrega feito por ciclistas. Na Tabela 1 são apresentadas algumas das empresas, o preço do serviço e sua área de cobertura para cidade de São Paulo.

Sérgio Adriano Loureiro - LALT - Laboratório de Aprendizagem em Logística e Transportes Faculdade de Engenharia Civil - UNICAMP

As cidades são um ambiente em constante transformação. Nos últimos anos as grandes metrópoles brasileiras tem vivenciado a incorporação da bicicleta ao espaço urbano não apenas para o lazer, mas também como meio de transporte e para finalidades logísticas. Em cidades como São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte já existem empresas especializadas, que utilizam exclusivamente ciclistas, em serviços de entregas de encomendas expressas substituindo com eficiência os tradicionais motoboys. Esta não é uma iniciativa pioneira, no mundo existem diversas empresas que oferecem o serviço de entregas por bicicletas com grande sucesso. Nos Estados Unidos, a empresa B-line, sediada em Portland, utiliza triciclos elétricos com capacidade de carga de até 270 kg para o transporte de encomendas na região central, estima-se que desde 2009 as viagens realizadas pelos seis triciclos da B-line sejam equivalente às viagens realizadas por 20 mil caminhões e vans. Na Europa, a bicicleta já representa o principal meio de transporte para entrega de correspondências e compras de supermercado em diversas cidades. A Federação Europeia de Ciclismo lançou em 2011 o programa Cycle Logistics para incentivar a retomada do uso de bicicletas para pequenas entregas. De acordo com a Federação, o uso de 2 mil bicicletas na distribuição de encomendas pode poupar 1.300 toneladas de combustível e evitar a emissão de 3.500 toneladas de CO2 na atmosfera. Uma das iniciativas mais inovadoras no uso de bicicletas na distribuição urbana de mercadorias vem de Bruxelas, Bélgica. Desde setembro de 2012 a TNT Express utiliza um trailer móvel que é carregado ao longo do dia em um dos centros de distribuição da empresa, então no inicio da noite o trailer é rebocado para as proximidades de uma área povoada, porém fora da zona de tráfego. Ao amanhecer, mensageiros em triciclos elétricos coletam os pacotes no trailer e os transportam aos seus des-

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tinos. A iniciativa quando adotada em grande escala tem potencial para reduzir o número de caminhões circulando em áreas urbanas, e consequentemente, reduzir custos por parada e as emissões de CO2. Preço e Área de Cobertura de Algumas Empresas de São Paulo

Operadores Logísticos

O Mobile Depot da TNT Express em Bruxelas

No Brasil as iniciativas ainda são modestas, por exemplo, na cidade de São Paulo estima-se que cerca de dois mil ciclistas profissionais atuem no serviço de entregas, e que existam mais de uma dezena de empresas especializadas no seguimento de entregas expressas com bicicletas, quando comparado as 589 empresas regulares de motofrete registradas e aos estimados 220 mil motoboys que atuam na cidade (no Brasil o número estimado de motoboys profissionais é de 1 milhão) percebe-se que este é uma mercado ainda com grande potencial de crescimento.

Também começam a despontar iniciativas de operadores logísticos que utilizam bicicletas e triciclos elétricos em suas operações urbanas. Em outubro de 2012, a Jadlog iniciou na cidade de Leme, no interior do Estado de São Paulo, um novo serviço batizado de Entrega Ecológica. Neste serviço as operações de coleta e entrega são feitas utilizando um triciclo elétrico. De acordo com os diretores da empresa, o projeto piloto deverá, em breve, se estender para outras cidades do país. A iniciativa partiu do proprietário da filial de Leme da Jadlog e tem como objetivo tornar as atividades da empresa mais sustentável, através da redução da emissão de CO2. Além da importância ambiental, a iniciativa proporcionou a empresa uma maior agilidade nas operações principalmente em locais onde o tráfego é intenso e existe dificuldade de estacionamento. Misto de bicicleta com moto, o triciclo da Jadlog funciona com uma bateria elétrica e tem autonomia de 30 km com carga completa. Fabricado pela empresa Ecostart, o veículo possui um baú na parte traseira com capacidade de carga de 110 kg.

Entregas Expressas

Considerada uma iniciativa ambientalmente correta, eficiente e prática o uso de bicicletas na distribuição urbana de cargas têm substituído com eficiência os tradicionais serviços de motoboys. Ainda sem uma legislação especifica para regular o setor, estima-se, que apenas na cidade de São Paulo existam mais de dois mil bikeboys disputando espaço no trânsito paulistano com 5,3 milhões de carros e 1 milhão de motocicletas.

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Triciclo Elétrico da JadLog

Uso em Serviços

Outra iniciativa de destaque é a utilização de bicicletas por uma das maiores seguradoras do país, a Porto Seguro. Em 2008 a empresa iniciou o atendimento a segurados por socorristas-ciclistas, batizado como Bike Socorro o serviço visa à preservação do meio ambiente, agilidade no atendimento e a qualidade de vida. O atendimento aos segurados Auto é realizado por ciclistas em casos de socorro onde os problemas possam ser solucionados no local, sem a necessidade de remoção, os socorristas-ciclistas atendem chamados como: troca de pneu, falta de combustível, carga de bateria, pane simples, entre outros. O serviço Bike Socorro funciona todos os dias e a forma de acionamento do socorrista-ciclista é a mesma do serviço de socorro convencional. Após o contato do segurado com a central de atendimento, dependendo da localidade e do tipo de evento, o socorrista é acionado por um sistema de GPS. No primeiro ano do projeto foram realizados mais de 11 mil atendimentos e evitou-se a emissão de 11 toneladas de CO2. Atualmente o serviço está disponível Grande São Paulo, na região metropolitana do Rio de Janeiro e nas cidades de Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande e Santos.

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Bike Socorro da Porto Seguro

Em função do sucesso do projeto Bike Socorro, a Porto Seguro em 2008 colocou em prática um novo projeto, o Bike Vistoria, uma nova forma de prestação de serviço onde os funcionários utilizam a bicicleta para fazer vistorias domiciliares, ao invés de utilizarem veículos automotores. A empresa estima que o serviço poupe em média a emissão de 218 kg de CO2/mês. O serviço está disponível em pontos específicos das cidades de Campinas, Rio de Janeiro, Santos, São Caetano e São Paulo. Em busca de ampliar os serviços Bike Socorro e Bike Vistoria, a Porto Seguro iniciou em 2009 a inclusão de bicicletas elétricas a sua frota. Inicialmente foram 25 unidades e no inicio de 2010 outras 50 foram incluídas. As principais vantagens das bicicletas elétricas para os serviços são a redução em 25% do tempo de atendimento as solicitações e a ampliação da área de atendimento para bairros de relevo montanhoso. O investimento da empresa no desenvolvimento do projeto da bicicleta elétrica foi de cerca de R$ 200 mil.

Conclusões A bicicleta como veículo de transporte de cargas oferece como vantagens a agilidade nas operações em função de sua facilidade estacionamento e trânsito no tráfego das cidades. Além disso, reduz o impacto ambiental gerado pelas operações logísticas dado que a emissão de carbono de transporte é nula. Em pequenas distâncias de até 15 km sua velocidade média de 19 km/h na cidade a torna mais competitiva que automóveis utilitários e motocicletas. Dentre as desvantagens que afetam as operações logísticas podem ser destacadas a suscetibilidade a condições climáticas, a perda de eficiência em terrenos de relevo mais montanhoso, que também poder reduzir sua área de cobertura, e finalmente a baixa capacidade de transporte. Porém, o emprego de modelos elétricos, a utilização de baús e triciclos podem atenuar estas desvantagens. É importante ressaltar que as iniciativas brasileiras que utilizam as bicicletas na distribuição de mercadorias estão em um estágio inicial, ainda não está em prática no Brasil projetos complexos e integrados como, por exemplo, o realizado pela TNT Express em Bruxelas. Referências

B-line sustetainable urban delivery (2012). Fonte: http://b-linepdx. com/ Cycle Logistics moving Europe foward.Fonte: http://www.cyclelogistics.eu/ Jadlog Entrega Ecológica (2012). Fonte: http://www.jadlog.com.br/ Porto Seguro Responsabilidade Sociambiental (2012). Fonte: http:// www.portoseguro.com.br Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas de São Paulo SindimotoSP (2012). Fonte: http://www.sindimotosp. com.br/ TNT Express Mobile Depot Brussels (2012). Fonte: http://www.tnt. com

Apoio Sérgio Adriano Loureiro Pesquisador do LALT desde 2005 Doutorando em Engenharia de Transportes pela FEC/ UNICAMP. Mestre em Engenharia de Transportes e Engenheiro Civil pela UNICAMP.

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Informe Publicitário

MERCADOS EMERGENTES Por Hugo Pereira, VP Comercial Itatrans Agility Os mercados emergentes sentiram os efeitos da contínua desaceleração global, mas no geral se posicionaram melhor do que os países desenvolvidos que são seus principais mercados. Os 45 mercados emergentes analisados pelo “Agility Emerging Markets Logistics Index” cresceram uma média de 4.4% em contraste com a economia americana 2.2% e europeia 0.2%. A China, Índia e Brasil - três dos chamados BRICS - continuam como os mercados emergentes dominantes para investidores, exportadores, produtores e consumidores de mercadorias e provedores logísticos e considera a China, Índia, Brasil, Rússia e África do Sul como os principais locais para crescerem como “hub logístico” nos próximos 5 anos. Apesar do seu tamanho, crescimento e relativa sofisticação de sua cadeia logística, China, Índia, Brasil, Rússia e África do Sul precisam fazer mais alguns ajustes para superar alguns pontos de sua estrutura, os quais podem arranhar sua performance e diminuir sua atratividade para outros grupos de mercados emergentes também em crescimento: Arábia Saudita, Indonésia, Emirados Árabes, Malásia, México e Turquia. A China confronta-se com um aumento dos custos trabalhistas, o Brasil tem o volume de sua exportação diminuindo, já a Rússia continua dependente da exportação de energia. Separadamente, o aumento no custo de transporte está direcionando algumas decisões sobre qual seria o melhor local produtor. “Próximo à fonte” no esforço de controlar os custos produzindo em países adjacentes aos maiores mercados consumidores, enquanto que mercados próximos aos Estados Unidos e Europa, como México e Turquia, estão atraindo atenção. 62% dos profissionais entrevistados para o Index da Agility vêm à produção de alguns produtos, transferindo-se da China para outros mercados emergentes. A pouca demanda da Europa e Estados Unidos e de outras economias desenvolvidas, significa que os países dos mercados emergentes têm buscado alternativas para dependerem menos destes países como seus principais mercados de exportação. O crescimento da economia continua impulsionando um país para seu potencial logístico, porém os produtores brasileiros, em particular, tem sofrido mais com a desaceleração de suas exportações. Enquanto que a Arábia Saudita, por exemplo, têm vivido uma diminuição de investimentos diretos por conta da dificuldade de financiamento nesta desaceleração econômica mundial. Em 2013, o crescimento dos mercados emergentes continuará dependendo fortemente da demanda vinda da Europa e Estados Unidos e da saúde geral da economia global. Apesar ou por causa de mudanças políticas, os países da “Primavera Árabe” ainda enfrentarão algumas batalhas antes de se tornarem atrativos para investimentos.

Agility - Líder em Mercados Emergentes A Agilty traz eficiência ao supply chain em uns dos ambientes mais desafiadores do globo, os mercados emergentes, oferecendo um inigualável serviço personalizado, deixando sua marca global e customizando soluções aos mais diversos setores. A Agility é um dos líderes mundiais em logística integrada. É uma empresa pública privada com mais de 22.000 funcionários distribuídos em 500 escritórios em 100 países. O principal negócio da Agility, o GIL (Global Integrated Logistics), provê as mais diversas soluções de “supply chain” para atender à necessidades tradicionais ou complexas. O GIL oferece soluções para transporte aéreo, marítimo e rodoviário, armazém, distribuição e serviços especializados para carga-projeto, feiras e eventos, produtos químicos, automotivos, entre outros. Para mais informações sobre a Agility, visite www.agilitylogistics.com/emergingmarkets.com


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