Revista Franquia & Negócios ABF nº 76

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ANO 12 | Nº 76 | R$ 15,00 | DEZ / JAN 2018 | IMPRESSO  WEB  TABLETS  SMARTPHONES | WWW.FRANQUIAENEGOCIOS.COM.BR

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Hitendra Patel mostra como incluir rotinas inovadoras nas empresas

COMÉRCIO ELETRÔNICO

Plataforma digital aumenta o lucro das unidades franqueadas

CHOQUE DE GESTÃO

Grandes eventos inspiram melhorias na administração das franquias

O FRANCHISING DO BEM

Conheça algumas ações sociais do franchising e saiba como Conheça algumas ações sociais das redes de franquias e saiba elas influenciam a vida de tantas pessoas como elas influenciam a vida de tantas pessoas



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EXPEDIENTE

DIRETORIA DA ABF

Parceria:

Presidente Vice-Presidente Dir. Administrativo Financeiro Dir. Adjunto de Tecnologia Dir. de Franqueados Dir. de Marketing Dir. de Microfranquias Dir. de Capacitação Dir. Institucional Dir. Internacional Dir. Jurídico Dir. Presidente Seccional ABF Rio de Janeiro Dir. Regional Minas Gerais Dir. Regional Nordeste Dir. Regional Sul Dir. Regional Centro-Oeste Dir. Interior de São Paulo Conselho Fiscal

Altino Cristofoletti Junior Alexandre Guerra Carlos Sadaki Kaidei Erik Cavalheri Alberto Tadassi Oyama Jae Ho Lee Adriana Auriemo Miglorancia Décio Casarejos Pecin Junior Juarez Augusto Barbosa Leão André Friedheim Fernando Tardioli Lúcio de Lima Eliane Bernardino Danyelle Van Straten Leonardo Lamartine Fabiana Estrela Claudia Regina Vobeto Ricardo José Alves Delfino Golfeto, Fernando José Fernandes Júnior e Luiz Filipe de Souza Sisson Presidente da Comissão de Etica Gustavo Schifino Conselho da ABF Artur Noemio Grynbaum, , Altino Cristofoletti Junior, Carlos Alberto Zilli, Claudio Luiz Miccieli dos Santos, Juarez Leão, Luiz Henrique Oliveira do Amaral, Maria Cristina C. da Motta Franco e Ricardo Bomeny Av. das Nações Unidas, 10.989 • Conj. 112 • 11º andar • 04578-000 São Paulo • SP • Tel./Fax: (11) 3020-8800 • diretores@abf.com.br

EDITORA RESPONSÁVEL Editora Lamonica Conectada Rua Sabará, 566 • 7º andar • cjs 72 e 74 • CEP: 01239-010 Tel.: (11) 3256-4696 • 3214-5938 Publisher Consultoria Estratégica de Gestão Direção de Produção e Edição Reportagem Direção de Criação e Arte

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COMERCIAL / PROJETOS E VENDAS DE PUBLICIDADE Sede 55 (11) 3256-4696 - 3214-5938 Gerentes de Contas Fábio Braga - 55 (11) 99800-8632 - fabio@editoralamonica.com.br Gesner Castro - 55 (11) 99815-3063 - gesner@editoralamonica.com.br Luzia Rodrigues - 55 (11) 97014-2726 - luzia@editoralamonica.com.br Mislene Guedes - 55 (11) 95903-0244 - mislene@editoralamonica.com.br Thais Andrade - 55 (11) 99115-3339 - thais@editoralamonica.com.br Logística e Mercado Thaís Guardacioni - thaisg@editoralamonica.com.br Mônica Cavalcanti - monica@editoralamonica.com.br Marketing/Mailing Tatiane Brito - tatiane@editoralamonica.com.br Administração e Financeiro Silvia Medeiros - silvia@editoralamonica.com.br Assinaturas (11) 3256-4696 - 3214-5938 Distribuição DINAP - Grupo Abril Plataforma digital ISSUU Produção Gráfica Leograf

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C A R TA D O P R E S I D E N T E

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stamos chegando ao fim de mais um ano de muito trabalho e prestes a ingressar em 2018. Cada um de nós, empresários, profissionais, cidadãos que vivem neste belo e imenso País, sabe quantos desafios teve que enfrentar até aqui, mas sabe também o quanto vale a pena lutar e alcançar vitórias. Celebramos os 30 anos da ABF, preparando a entidade para as próximas três décadas. Após realizarmos um trabalho coletivo com a participação de toda diretoria, do Conselho e de grandes lideranças do nosso setor, divulgamos durante a 17ª Convenção ABF do Franchising o vídeo-manifesto “Nós somos a ABF”. Nele expressamos objetivamente a missão, os valores e uma visão renovada da ABF. O olhar no futuro, no entanto, não nos impede de focar no presente. Afinal, é hoje que construímos o amanhã. Os negócios em franquias no Brasil somam mais de 142 mil unidades, de 3 mil marcas, movimentando aproximadamente R$ 160 billhões, o que equivale a 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, e empregam mais de 1,2 milhão de pessoas. Construímos um setor realmente pujante, que dá a sua parcela de contribuição para o desenvolvimento sustentável do País e pode contribuir muito mais se houver uma sólida retomada da atividade econômica, um melhor

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Revista Franquia & Negócios ABF

ambiente para os negócios e a manutenção dos bons fundamentos da economia, como o controle da inflação e taxas de juros menores para expandir o crédito e reaquecer o consumo. Lutamos por um Brasil mais ético, justo socialmente, transparente, eficiente e produtivo. Seja como cidadão ou representante de uma empresa, se mantivermos esses cinco atributos como pilares de nossa vida pessoal e profissional, estaremos contribuindo para que o nosso País seja melhor para nós e para as próximas gerações. Esta edição de Revista Franquia & Negócios nos mostra algumas iniciativas e pessoas que exemplificam, em alguma medida, como isso está sendo feito. São, por exemplo, redes que ao utilizar o e-commerce estão gerando mais rentabilidade para seus franqueados. São marcas que por meio de ações de responsabilidade social estão fazendo a diferença nas vidas de muitas pessoas, e muitas outras reportagens interessantes. Confira nas páginas a seguir e tenha, você e sua família, um feliz ano novo! Um forte abraço, Altino Cristofoletti Junior Presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF)

Foto: Keiny Andrade

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SUMÁRIO

Foto: Divulgação

Sumário

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EXPANSÃO

Nem sempre achar o ponto comercial adequado é tarefa fácil. Uma opção é o franqueador sublocar imóveis para os franqueados. Saiba o que pode e o que não pode nessa ação

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RESPONSABILIDADE SOCIAL

FOTO: DIVULGAÇÃO

Foto: Andy Hone/LAT Images

Em meio ao clima de renovação de fim de ano, conheça as ações sociais das redes de franquia e como elas influenciam a vida de tantas pessoas

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O PhD em inovação, Hitendra Patel, fala sobre como inovar em meio à adversidade e a atual realidade dos negócios, constantemente provocada pela disrupção

Diante da busca constante pela inovação, franquias incorporam processos de grandes empresas e eventos, como a Fórmula 1, para crescer e profissionalizar a gestão

ENTREVISTA

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Revista Franquia & Negócios ABF

GESTÃO


FOTO: ©WASHINGTON COSTA

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INTERNACIONALIZAÇÃO

Abrir unidades fora do País não representa só expansão, mas também configura aprendizado. O que as marcas brasileiras mais importam em termos de práticas, costumes e inovação?

FOTO: DIVULGAÇÃO

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REGULAMENTAÇÃO

Em ação movida pela ABF e em defesa da livre concorrência, Tribunal de Justiça de São Paulo considera inconstitucional “Lei da Promoção”

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Franquias de agências de viagens se beneficiam com o crescimento do intercâmbio nos últimos anos. Casais e terceira idade também entraram na onda

Com a alta nos preços dos planos de saúde e dos remédios, clínicas populares e farmácias de manipulação ganham terreno. Como as franquias de saúde têm surfado nessa onda?

NICHO

E MAIS: 18 | Na mira do Franco Franquia 68 | Na mira das microfranquias 76 | Aspectos legais do franchising 82 | Ponto de vista

OPORTUNIDADE

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ESTRATÉGIA

Redes de franquias ampliam canais de vendas com o e-commerce. Veja como os franqueados ganham com essa operação e como o negócio pode ser rentabilizado

Dezembro e janeiro de 2018

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NOVIDADES DESTA EDIÇÃO! A edição 76 da Revista Franquia & Negócios está de cara nova! A partir de agora, você pode compartilhar todo o nosso conteúdo nas redes sociais com apenas um clique no código de barras. E você também pode localizar as reportagens em nosso site www.editoralamonica.com.br a partir das hashtags situadas no topo de cada matéria. E tem mais! Um novo projeto gráfico confere mais modernidade e dinamismo à publicação, que tem se destacado por seu conteúdo inovador e repleto de tendências.

Você também pode ler mais sobre cada tema no site da Lamonica Conectada, onde a informação é enriquecida com fatos novos.

GUIA ASSOCIADOS DA ABF

A lista atualizada de Associados da ABF ganhou nova roupagem e pode ser conferida no site da Lamonica Conectada, com busca por empresa e por segmento!



NA MIRA DO FRANCO FRANQUIA por Andréa Cordioli (envie sugestões para andrea@editoralamonica.com.br)

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MARY HELP CRESCE 6% NO TERCEIRO TRIMESTRE

Fotos: Divulgação

A Mary Help, rede de franquias especializada em serviços de diaristas e mensalistas, cresceu 6% no terceiro trimestre de 2017, alcançando 68 franqueados. O resultado ficou acima da expansão de 2,4% apurada pelo setor de limpeza e conservação no período, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF). A Mary Help espera encerrar 2017 com 75 unidades em funcionamento e, para isso, aposta no modelo de negócios de agenciamento de diaristas, cujo valor de investimento pode variar de R$ 40 mil a R$ 60 mil, dependendo do número de habitantes da região. www.maryhelp.com.br/home

GRUPO SÓBRANCELHAS PASSA ATUAR NO MERCADO COMO GRUPO CETRO

KFC INAUGURA QUATRO LOJAS EM SÃO PAULO A rede de fast-food KFC inaugura ainda em 2017 mais quatro unidades na cidade de São Paulo. As novas lojas, localizadas nos shoppings Cidade São Paulo, Vila Olímpia, Morumbi e Anália Franco, pertencem ao Banco de Franquias, empresa franqueada e responsável pela expansão do KFC em alguns estados, como por exemplo, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. Atualmente, a rede tem 36 lojas distribuídas no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Bahia. No mundo, a marca que faz parte do Grupo Yum!Brands, detentor também da Pizza Hut e do Taco Bell, tem mais de 20 mil restaurantes distribuídos em cerca de 125 países. www.kfcbrasil.com.br

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A CEO do Grupo Sóbrancelhas, Luzia Costa, alterou o nome da empresa para Grupo Cetro com o intuito de diversificar seu portfólio e organizar as marcas inseridas (Sóbrancelhas e Beryllos). Uma das marcas do Grupo, a Sóbrancelhas, também inaugurou recentemente sua quinta unidade na Argentina e a previsão é chegar ao final do primeiro semestre de 2018 com 30 unidades naquele país. Além do mercado argentino, a rede pretende chegar a outros países, como Colômbia, Chile e Bolívia onde já tem unidades em implantação. No Brasil, a rede especializada em embelezamento do olhar e da face tem aproximadamente 200 unidades. Já o plano para a Beryllos é alcançar 150 operações em todo país em cinco anos. www.sobrancelhas.com.br

PETZ QUER 10% DO FATURAMENTO VIA E-COMMERCE A Petz planeja que, em até cinco anos, seu e-commerce represente 10% do faturamento da rede. Hoje, a loja virtual responde por mais de 3% da receita, sendo que há dois anos, segundo a empresa, não passava de 1%. “A estratégia é focar cada vez mais na integração dos mundos físico e virtual para oferecer serviços que tragam praticidade à vida do cliente”, afirmou o diretor de supply chain e e-commerce da Petz, Marcelo Maia. Segundo ranking apurado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), as vendas pela internet da Petz cresceram 252,47% em 2016, representando a segunda maior expansão de vendas online do País. A Petz pretende fechar 2017 com 64 lojas e faturamento de R$ 750 milhões. www.petz.com.br


*Fonte: Nielsen Homescan, Junho 2017


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GRUPO OPORTUNIDADE CRESCE NO PAÍS

Fotos: Divulgação

Com quase 100 franquias em funcionamento e mais de 600 unidades licenciadas no País, o Grupo Oportunidade – holding que detém as redes On Byte, Van da Limpeza, Sr. Sorvete e Wash Quality – inaugurou oito franquias no primeiro semestre e só em agosto foram abertas mais quatro unidades: duas da Sr. Sorvete, em Águas Claras (DF) e em Londrina (PR), uma da On Byte no Rio de Janeiro (RJ) e uma da Van da Limpeza, em Passo Fundo (RS). “Estamos passando por um ano de expansão, ações de marketing, estratégia e vendas. Em 2016, o Grupo faturou quase R$ 100 milhões e devemos ter um crescimento de 10% até o final de 2017”, finaliza o presidente, Daniel Bichiatto. grupooportunidade.com.br

ÁGUA DE CHEIRO ABRE PRIMEIRA LOJA PELO GRUPO NARSANA Após quatro anos sem abrir uma loja própria, a Água de Cheiro inaugurou uma unidade no Shopping Metrô Itaquera, em São Paulo, e já traçou o plano de alcançar 200 lojas, entre próprias e franquias, até 2020, e estar entre as três maiores redes de beleza do País em 2018. A loja conceito representa o modelo de negócio adotado pela marca após a aquisição pelo Grupo Narsana no início de 2017, e será o ponto de partida para as próximas implantações da marca. Além de ter repaginado o logo, a comunicação, o layout de loja e o portfólio, a Água de Cheiro mira em democratizar o universo de beleza, unindo multimarcas e marca própria em uma única rede. Atualmente, a Água de Cheiro – que também reativou seu e-commerce – conta com 194 franquias no País, principalmente nas regiões Nordeste e Sudeste. www.aguadecheiro.com.br

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CENTRO BRITÂNICO IDIOMAS VOLTA A EXPANDIR Após frear a expansão para reorganizar seu método de ensino, o Centro Britânico Idiomas (CBI) abriu duas unidades em novembro em São Paulo, em Caieiras e no bairro de Santana. “Há dois anos resolvemos frear nossa expansão, reposicionar a marca e melhorar nosso método de ensino. Isso deu certo. Agora é hora de expandir essas ideias”, afirma o CEO do Centro Britânico Idiomas, Bruno Gagliardi. Hoje com 30 unidades em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Amazonas, a rede que foi criada em 1969 e aderiu ao franchising em 2008 prevê alcançar 108 unidades até 2021. Para 2017, a meta é abrir dez escolas. www.centrobritanicoidiomas.com.br

INSTITUTO GOURMET INAUGURA PRIMEIRA UNIDADE EM SÃO PAULO O Instituto Gourmet, rede de cursos profissionalizantes de gastronomia, inaugurou em novembro a primeira unidade em São Paulo, no bairro de Santo Amaro. O novo franqueado, Rui Cesar Bruno, espera mais de 100 matrículas no primeiro mês de funcionamento. A empresa, que acaba de aderir ao franchising, pretende finalizar 2017 com faturamento de R$ 5 milhões. O Instituto oferece oito cursos oferecidos: Confeiteiro Profissional, Doceiro Profissional, Chef Mix, Cozinheiro Profissional, Cake Designer, Food Trucker Profissional, Italian Chef e Chocolateiro Profissional. institutogourmet.com



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De 23 a 28 de setembro, as unidades dos Amigos do Bem de Inajá e Catimbau, localizadas no sertão de Pernambuco, receberam um mutirão de procedimentos odontológicos gratuitos. A ação fez parte da parceria entre a instituição e o programa Missão Sorridents no Sertão, realizado pelo Instituto Sorridents, braço social da rede de clínicas odontológicas. Dez pontos de atendimento com 16 dentistas da rede Sorridents foram criados com o intuito de atender duas mil pessoas nos seis dias da ação. A ação potencializou o trabalho de prevenção já realizado pelos Amigos do Bem, que atuam no sertão nordestino há mais de 20 anos alcançando 115 povoados com cerca de 60 mil pessoas. www.sorridents.com.br

Fotos: Divulgação

INSTITUTO SORRIDENTS E AMIGOS DO BEM REALIZAM MUTIRÃO ODONTOLÓGICO

GRANDVISION BY FOTOTICA INAUGURA CENTRO DE EXPERIÊNCIA A GrandVision by Fototica inaugurou um centro de experiência destinado exclusivamente ao cuidado com lentes de contato em sua Flagship Store de São Paulo, localizada no Shopping Iguatemi. A loja da capital paulista será a primeira da América Latina a receber o projeto, que só existe em Xangai (China) e em Jacksonville (Estados Unidos). O espaço ACUVUE Premium Reseller oferece profissionais e equipamentos de tecnologia para orientar e tirar eventuais dúvidas dos consumidores sobre lentes de contato. Para o CEO da GrandVision by Fototica, Stefan Nilsson, o segmento de lentes de contato é a grande aposta para os próximos anos. www.grandvisionbyfototica.com.br

ARCOS DORADOS INVESTIRÁ R$ 1 BILHÃO NO BRASIL ATÉ 2019 A Arcos Dorados, maior franquia independente do McDonald’s no mundo e operadora da marca em 20 países da América Latina e Caribe, com 2.160 restaurantes, anunciou que até 2019 investirá aproximadamente R$ 1 bilhão no Brasil. Os recursos serão destinados à abertura de novos restaurantes e à aceleração do plano de modernização das unidades existentes. Como parte da celebração dos seus dez anos como companhia, a Arcos Dorados comunicou um plano de investimento de US$ 500 milhões para abrir 180 restaurantes e atualizar a rede McDonald’s em toda a região. A empresa espera gerar cerca de 13 mil novos postos de trabalho – sendo a maior parte no Brasil –para jovens que buscam sua primeira experiência profissional. www.mcdonalds.com.br

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SMZTO LANÇA GUA.CO COMO FRANQUIA

ÓTICAS DINIZ PREPARA SUCESSÃO FAMILIAR A Óticas Diniz tem preparado seus sucessores, tanto os herdeiros da marca, quanto os das suas mais de 950 unidades franqueadas em todo o País, para assumir o comando dos negócios. Os filhos Bruno e Ariane Diniz assumiram o desafio e a empresa contratou uma consultoria especializada em sucessão familiar, a VBMC. Atualmente, além da rede, três franqueados da Óticas Diniz passam pela sucessão. A rede também tem apostado em lojas prime para se aproximar dos consumidores de shopping. O objetivo é oferecer uma experiência marcante aos clientes em um espaço conceito com um mix de produtos personalizado, diversificado e exclusivo. www.oticasdiniz.com.br

“PERFUME DO CONHECIMENTO” FORMA DUAS TURMAS A Mentoria em Franchising do Programa ChamaViva “Perfume do Conhecimento” formou duas turmas em 2017, com 24 e 35 alunos, respectivamente. Ícones do franchising foram os mentores durante quatro horas semanais por seis semanas consecutivas. A iniciativa – comandada por Erik Cavalheri (na foto em primeiro plano), do Grupo Incense e multifranqueado do Grupo Boticário – visa incrementar, com foco no franchising, a formação profissional de jovens de 15 a 18 anos atendidos pela ONG Obra do Berço, que atende moradores de comunidades do Campo Limpo, região de alta privação social da zona sul de São Paulo. O próximo passo do programa é o encaminhamento dos jovens para um tour corporativo, ou seja, uma vivência de um mês nas empresas franqueadoras mentoras do programa, acompanhados por um tutor. Interessados devem entrar em contato com eleine@connexion8.com.br

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MÁRCIO ATALLA VIRA FRANQUEADO DA RONALDO ACADEMY O professor de Educação Física e integrante do programa Fantástico, da Rede Globo, Marcio Atalla (à esq. na foto), é o novo franqueado da Ronaldo Academy nos Estados Unidos. A unidade foi aberta no estado da Flórida, onde já existem pontos em Orlando e Tampa. Atalla é autor, em parceria com o Head Coach da rede Marcos Coelho, da “Be Phenomenal”, metodologia utilizada nas aulas da Ronaldo Academy, inspirada na vida do Ronaldo dentro e fora dos campos. O anuncio foi feito pelo empresário Carlos Wizard Martins (à dir. na foto), parceiro de Ronaldo Fenômeno no empreendimento, durante a convenção anual de franqueados da Ronaldo Academy, em outubro. Hoje, a Ronaldo Academy possui 100 unidades comercializadas no Brasil, Estados Unidos, China, Colômbia e México, das quais 32 estão em funcionamento. ronaldo.academy/pt

Foto: Keiny Andrade

Fotos: Divulgação

A SMZTO Holding de Franquias Multissetoriais lançou como franquia o GUA.CO, restaurante mexicano localizado em Campinas (SP). Fundado por quatro amigos, o GUA.CO passa de uma unidade para uma rede de franquias com o objetivo de chegar a 150 unidades nos próximos cinco anos, inicialmente nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. O restaurante foi desenvolvido para ser um ambiente acolhedor, que proporciona bem-estar mesmo para uma refeição rápida, além de ter um atendimento cuidadoso. Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), Campinas fica em segundo lugar no lançamento de novas redes, atrás apenas de São Paulo (crescimento de 25%). www.smzto.com.br



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ABF E BRADESCO FIRMAM CONVÊNIO PARA BENEFÍCIOS ODONTOLÓGICOS

GRUPO HABIB’S LANÇA COMPLEXO DE CONVENIÊNCIAS O Grupo Habib’s lançou em outubro um complexo de conveniências, que inclui um posto de combustível (o Posto H’), um restaurante do Ragazzo e uma loja de conveniência Habib’s – a primeira com drivethru no Brasil. O empreendimento recebeu investimento em torno de R$ 2,5 milhões e está localizado em uma área de 2,4 mil m2 na Radial Leste, esquina com a rua Francisco Marengo, em São Paulo. Segundo a rede, a iniciativa tem como objetivo atender às diversas necessidades dos clientes em um único local, com qualidade, conforto e preço acessível. O completo de conveniência será aberto para franquia no início de 2018 e o plano de expansão prevê a abertura de 30 unidades em todo o Brasil, preferencialmente, nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro até 2020. institucional.habibs.com.br/

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Foto: Keiny Andrade

O presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Altino Cristofoletti Junior, e o diretor de produtos e serviços do Bradesco, Antonio Diniz, assinaram no final de outubro, durante a 17ª Convenção ABF do Franchising, um convênio que oferece 10% de desconto no plano Bradesco Dental a todos os empreendedores associados à ABF. O plano é extensivo aos pais do funcionário, o que dá ao empregador um diferencial na cartela de benefícios oferecidos. Tanto o franqueador quanto o próprio franqueado podem solicitar a contratação diretamente com a corretora do Bradesco, a Bradescor. www.bradesco.com.br

RESTAURA JEANS BUSCA INVESTIDORES NA REGIÃO SUDESTE Após inaugurar em julho sua fábrica de tingimento de roupas na cidade de Brodowski, no interior de São Paulo, a Restaura Jeans espera expandir o negócio pela região Sudeste. A marca calcula abrir dez novas unidades até o final de 2017 nessa região do País. “A localização da usina é estratégica. Melhora nosso suporte com relação aos serviços prestados para os franqueados da região e nos possibilita atender a novas unidades com rapidez e qualidade”, afirma o diretor executivo da Restaura Jeans, Paulo Conrad. Atualmente, a Restaura Jeans realiza mais de 70 mil atendimentos mensais em 230 franquias em todo o Brasil. A empresa integra o Grupo Restaura, que também tem a Minha Lavanderia, a Mega Franquia e a DNA Natural. www.restaurajeans.com.br

SUBWAY DOA 13,2 MILHÕES DE REFEIÇÕES EM 61 PAÍSES No Dia Mundial do Sanduíche, em 3 de novembro, o Subway trabalhou a iniciativa global “Live Feed”, pela qual doou mais de 13,2 milhões de refeições em 61 países que participaram da campanha. No Brasil, a empresa ajudou a complementar refeições fornecidas por entidades de combate à fome. Pela primeira vez, o Subway® também lançou “Subway® Live Feed HQ”, um local de transmissão ao vivo no

Madison Square Park, em Nova York. O “Subway® Live Feed HQ” incluiu um salão interativo para clientes, levando em consideração o número de refeições doadas em todo o mundo através de um contador online, juntamente com a transmissão ao vivo de atividades de restaurantes ao redor do mundo. www.subway.com.br


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Confira os prêmios mais recentes da ÓTICAS CAROL: ABF 2017 Mais de 10 anos consecutivos de excelência ABF

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A missão social da ÓTICAS CAROL possibilitará que, em 2017, 30.000 crianças do ensino público brasileiro tenham acesso a nossa paixão: óculos. E não temos um plano B. A cada ano mais crianças enxergarão um mundo mais bonito.

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Fotos: Divulgação

CNA PREMIA FRANQUEADOS EM SÃO PAULO

LIMPIDUS CALCULA CRESCIMENTO DE 12% EM 2017

O CNA Idiomas entregou em outubro o Prêmio Destaque CNA 2017, que teve como objetivo reconhecer as melhores práticas desenvolvidas por seus franqueados, além de medir a aderência da rede em relação às diretrizes da franqueadora para a obtenção de bons resultados. Foram premiadas 220 franquias (um terço da rede). A cerimônia de premiação, que ocorre desde 2012, foi realizada durante a Convenção CNA de franqueados. “Nosso objetivo é fazer com que o franqueado entenda a importância dos padrões físicos, culturais e de valores”, afirmou o presidente do CNA, Décio Pecin. www.cna.com.br

A Limpidus prevê elevar a receita em 12% em 2017, desempenho que, segundo a empresa, será sustentado pela fidelização dos clientes: 98,7% dos contratos estão ativos. Para a Limpidus, o indicador de retenção é resultado de um sistema de gestão de franquias inovador, no qual o supervisor-gerente é o próprio franqueado. “Incentivamos a presença do dono à frente dos negócios gerando máxima atenção aos detalhes, flexibilidade e agilidade nos serviços prestados”, explicou o presidente da rede, Fernando Sodré. Atualmente, a empresa tem 133 unidades e mais de quatro mil clientes entre condomínios, escritórios, clinicas, colégios, academias, restaurantes, embaixadas e grandes redes de varejo. www.limpidus.com.br

GRUPO BITTENCOURT PREMIA EMPRESAS TOP 25 DO FRANCHISING NO BRASIL

JORGE BISCHOFF FAZ SAPATO EXCLUSIVO PARA PEDIDO DE CASAMENTO A grife Jorge Bischoff fez um sapato personalizado para uma mulher ser pedida em casamento, ação que ocorreu na loja do Iguatemi, em Porto Alegre. Na palmilha, estava impresso o pedido “Aline, quer casar comigo?”. O sapato pertence à coleção Say Yes – Noivas por Jorge Bischoff. jorgebischoff.com.br/

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Durante o 8º Fórum Internacional de Gestão de Redes de Franquias de Negócios, o Grupo Bittencourt promoveu a 4ª edição da premiação das Top 25 Franqueadoras Brasileiras. Foram premiadas as redes de franquias brasileiras que mais se destacaram em relação à aplicação do propósito como forma de engajamento. As redes premiadas foram: A Fórmula, Apolar Imóveis, Bibi, Billy The Grill, Casa do Construtor, Caverna do Dino, Cebrac, Chilli Beans, CNA, Fast Açai, Giraffas, Hering Store, Home Angels, Jan-Pro, Jorge Bischoff, Maria Brasileira, McDonald’s, Minds English School, Morana, O Boticário, Rei do Mate, Ri Happy, Supera, Tip Top e Uptime. www.bittencourtconsultoria.com.br



NA MIRA DO FRANCO FRANQUIA por Andréa Cordioli (envie sugestões para andrea@editoralamonica.com.br)

A rede odontológica premium Oralsystem abriu em Anápolis (GO) a sua primeira unidade franqueada. Sua aposta é em tecnologia de ponta e em métodos inovadores, como lentes de contato feitas com impressoras 3D e harmonização facial. Com investimento total em torno de R$ 400 mil, a rede projeta faturamento médio mensal de R$ 175 mil e prazo de retorno em 22 meses. A marca, que pertence à SMZTO Holding de Franquias Multissetoriais, do empresário José Carlos Semenzato, tem três unidades em implantação. O empresário, responsável pela operação de mais de 700 franquias no Brasil, estima faturar cerca de R$ 800 milhões em 2017 com todas as suas marcas. www.oralsystem.com.br

GRUPO UATT? LANÇA MARCA DE DECORAÇÃO PARA ATENDER GRANDES VAREJISTAS

RABUSCH REDUZ TAXA DE FRANQUIA E FOCA EXPANSÃO NO PARANÁ Para facilitar a entrada da marca no Paraná, a rede gaúcha de moda feminina Rabusch reduziu pela metade o valor da taxa de franquia para o franqueado investir em estoque inicial ou mesmo capital de giro. Com isso, os novos franqueados pagam R$ 30 mil em taxa de franquia e reinvestem os outros R$ 30 mil em produtos. Das 16 unidades que devem ser abertas em 2018, dez devem ser inauguradas no Estado. A Rabusch busca franqueados em cidades com pelo menos 80 mil habitantes e já possui alguns pontos mapeados em shoppings das cidades de Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e Cascavel. www.rabusch.com.br

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O Grupo Uatt? lançou a IdeiasIdeais, nova marca com foco em decoração e voltada para o atendimento de grandes redes varejistas, como hipermercados e lojas de materiais de construção. Com preços acessíveis, os produtos da nova marca devem estar em, pelo menos, dez grandes bandeiras até o fim de 2017. Com 90% dos produtos feitos na fábrica do Grupo, em São José (SC), a IdeiasIdeias tem itens como pano de prato, jogos americanos, canecas, almofadas, fronhas, além de relógios de parede, puffs e quadros decorativos. Também conta com uma linha de produtos dos grandes de times de futebol do Rio de Janeiro e de São Paulo. Além da IdeiasIdeias, o Grupo tem a Uatt?, de presentes criativos, e a UP! Content Co., de criação de conteúdo e licenciamento de marcas de personagens originais brasileiros. www.uatt.com.br

MINDS PROMOVE FRANQUEADO A DIRETOR NACIONAL A Minds promoveu o franqueado de 16 unidades do grupo, Fabiano Castro, a diretor nacional da rede. Ele, que atuará como multiplicador para dois mil colaboradores da rede, começou como assessor comercial na Minds e hoje tem unidades espalhadas em mais de dez estados brasileiros, empregando cerca de 800 pessoas. A Minds tem hoje mais de 70 escolas e, em 2017 – quando completou uma década –, informa ter valorizado a marca em 50% devido à vinculação ao Corinthians e às campanhas de marketing\editorial em tecnologia e no mundo Geek. www.mindsidiomas.com.br

Fotos: Divulgação

ORALSYSTEM ABRE PRIMEIRA UNIDADE FRANQUEADA


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E N T R E V I S TA

#Inovacao #HitendraPatel #Internacional #Gestao

Inovação é a prática de identificar as sementes Compartilhe este conteúdo

O ESPECIALISTA INTERNACIONAL HITENDRA PATEL FALA SOBRE COMO AS EMPRESAS PODEM INCLUIR ROTINAS INOVADORAS EM SUAS AGENDAS

capacidade de inovar tornou-se elemento básico de sobrevivência para as empresas atualmente. Não se trata mais de diferencial competitivo. Na visão do especialista mundial em inovação, Hitendra Patel, o grande equívoco das empresas atualmente é planejar uma inovação de algo que já esteja ultrapassado. A prática deve se tornar constante: quais sementes podem ser plantadas hoje para serem colhidas no tempo certo?

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“Empresas no setor de franquias estão pressionadas a inovar com maior frequência, mais do que em qualquer outra época. Megatendências e a mudança do comportamento dos consumidores têm afetado irreversivelmente a grande maioria dos segmentos de negócios”, observa. Transformação digital e experiência do consumidor são os dois aspectos que mais têm demandado soluções inovadoras das franquias, na visão do especialista. Patel conversou com a reportagem da Revista Franquia & Negócios ABF sobre quais aspectos são mais importantes para desenvolver a capacidade de inovar em toda a cadeia. A seguir, confira os principais trechos da entrevista: Quais são os desafios de inovar em pequenas empresas? O principal desafio é o capital humano. Geralmente o empreendedor, que também é o vetor de inovação na empresa, tem prioridades iminentes na operação do negócio no curtíssimo prazo, que desviam o foco ou a dedicação mínima necessária para pensar na estratégia de futuro ou colocar em prática técnicas para o crescimento da empresa.


Foto: Divulgação

“STARTUPS PODEM SER UM CAMINHO PARA SE ADQUIRIR BOAS IDEIAS EM ESTÁGIOS MAIS AVANÇADOS, GERANDO CRESCIMENTO MAIS RÁPIDO E REOXIGENANDO A EMPRESA” Hitendra Patel

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E N T R E V I S TA

“EMPRESAS ESTÃO APRENDENDO A TROCAR EXPERIÊNCIAS, KNOW HOW E RECURSOS, PARA CAMINHAR MAIS RÁPIDO E MELHOR” Hitendra Patel

Como os franqueadores podem estimular seus funcionários a inovar? Primeiro, eles devem ter uma estratégia clara para o futuro do negócio. Segundo, eles devem promover o treinamento dessas pessoas para criar e unificar uma linguagem em torno da inovação e do crescimento. Terceiro, eles devem implantar ferramentas simples de inovação e dar oportunidade para se testar o desconhecido. O “testar no desconhecido” é bem aceito pelas empresas? Por que as companhias são inseguras em permitir que funcionários testem e errem para encontrar soluções? Porque muitas vezes as estruturas antigas têm medo de perder es-

Hitendra Patel participou de um evento na sede da ABF sobre inovação e expansão internacional. Confira a cobertura no site da Editora Lamonica

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paço ou controle. Nesses ambientes, a cultura vigente penaliza o erro e não permite o questionamento do status quo. Isso acontece principalmente nas empresas que têm boa performance financeira, até o dia em que o vento vira de direção e elas são surpreendidas por novos empreendedores que iniciaram suas ideias sem amarras ou medo de errar. Como identificar a semente certa que deve ser plantada hoje para colher no futuro? Existem métodos claros e simples para se identificar as melhores áreas para se investir e forma adequada para se gerar novas ideias integradas a essa visão de futuro. Esse processo é uma ciência como outra qualquer, marketing, logística ou gestão de pessoas. Existem técnicas para se alcançar os resultados esperados. Franquias são conhecidas pela padronização de processos. Como

orientar os franqueados a ser mais inovadores em suas rotinas? Na realidade, para inovar em negócios, também existem metodologias que facilitam a assimilação dos conceitos e a geração de resultados. Empresas e/ou profissionais podem acessar estas metodologias através de treinamentos do Global Innovation Management Institute ou por programas de aceleração do crescimento por meio da inovação. A proximidade com startups pode auxiliar nesse processo? Sim. Startups podem ser um caminho para se adquirir boas ideias em estágios mais avançados, gerando crescimento mais rápido e reoxigenando a empresa. Empresas franqueadoras podem criar aceleradoras corporativas, colocando em pratica métodos mais eficazes para identificar as empresas que têm maiores chances de obter sucesso e auxiliar no seu desenvolvimento, integrando o que existe de bom nestes dois mundos diferentes. É possível as franqueadoras ajudarem-se entre si? Como elas podem fazer isso e preservar o diferencial de seus negócios? O primeiro passo é conversar mais entre si. Segundo, criar plataformas de colaboração. Empresas estão aprendendo a trocar experiências, know how e recursos, para caminhar mais rápido e melhor. Temos exercitado essa máxima quando criamos ecossistemas de inovação e invariavelmente os resultados são positivos e surpreendentes. Franquias podem criar ecossistemas interligando toda a cadeia de valor e gerando inovações mais rápido, mais barato e de forma mais robusta.



GESTÃO

#Inovacao #Profissionalizacao #Benchmark #Lideranca

GRAN DE

Pense

FRANQUIAS SE INSPIRAM EM GRANDES EMPRESAS PARA IMPLEMENTAR SISTEMAS DE GESTÃO. PLATAFORMAS AJUDAM A IDENTIFICAR, PRECAVER E SOLUCIONAR PROBLEMAS Compartilhe este conteúdo

por Paulo Gratão

E

mpresas são grandes porque têm uma boa gestão, ou têm uma boa gestão porque são grandes? Saber como responder a essa questão pode fazer toda a diferença no futuro de um negócio. De olho na profissionalização de suas companhias, redes franqueadoras têm se inspirado em grandes empresas para adaptar seus negócios, alterar metodologias e ter visão de futuro. A Casa do Construtor implementou o método Lean, modelo de gestão inspirado em práticas e resultados do

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Sistema Toyota, no final de 2013. De acordo com o coordenador do Serviço de Atendimento ao Franqueado (SAF) da rede, Bruno Arena. “Ficamos muito preocupados em tentar maximizar o resultado operacional das nossas lojas e fazer frente àquilo que pudesse ser uma onda diferente de mercado. Queríamos nos preparar para eventuais problemas”, explica. A rede buscou por uma metodologia de gestão que valorizasse seu histórico, para que não perdesse referência. A loja do Bom Retiro, na capital paulista, operou como piloto durante o final de 2013. “Observamos as melhorias e criamos um grupo em 2014, com três lojas próprias e sete franqueadas, de tamanhos variados”, comenta Arena. O lançamento para toda a rede aconteceu na virada de 2014 para

2015, o que os levou a revisitar todos os processos. Os franqueados migraram em grupos, conforme viam os resultados das unidades que já estavam funcionando sob o novo método. Arena explica que não foi imposto e sim sugerido. “Todos os indicadores na construção civil são negativos, na nossa rede o crescimento é de 11% em relação ao ano anterior”.

Saiba Mais: Um ano após a implementação do método Lean, a unidade Casa do Construtor de Pouso Alegre (MG) saltou de um faturamento bruto de R$ 53 mil, com 10% de margem, para R$ 80 mil e margem de 40%.


Foto: Divulgação

Foto: Andy Hone/LAT Images

Como funciona? 1 - As principais operações das lojas (vendas, estoque e financeiro) são realizadas em um sistema ERP que concentra todos esses dados da rede. 2 - Cada atendimento a um cliente realizado nas lojas é registrado em um outro sistema. Essa plataforma pode ser manual, gestão digital das filas de atendimento, monitoramento por câmeras e alguns mais modernos tem até reconhecimento facial. Cada tipo de loja tem um que mais se adequa ao seu negócio.

Bruno Arena, coordenador do Serviço de Atendimento ao Franqueado (SAF) da Casa do Construtor

DESAFIOS Arena elege como maior desafio a própria mudança de cultura tanto da franqueadora quanto dos franqueados. “O primeiro contato com a metodologia foi um choque de pensamento tão grande. Tivemos que revisitar tudo, desde a contratação até como executo a locação na ponta. Pensamos ‘será que eles estão preparados para descontruir aquilo que foi construído ao longo dos anos?”, disse. Trazer um novo método faz com que diversos processos rotineiros passem por alterações significativas. Por essa razão, o segundo maior desafio é o engajamento da rede, que é diretamente ligado à percepção de valor agregado.

POLE POSITION E se o franqueador pudesse acompanhar o desempenho de cada franquia em tempo real, como é feito na telemetria utilizada na Formula 1? A mesma velocidade empregada para corrigir problemas dos carros na pista poderia ser aplicada para melhorar o desempenho da unidade, antes do fechamento do mês. Foi essa motivação que fez a Outer Shoes trabalhar durante um ano para criar um

3 - As informações são processadas e combinadas. sistema capaz de fazer isso. Os frutos já foram colhidos: aumento de 40% no faturamento da rede e de 90% no desempenho das lojas. O sistema é um compilado de diversos aplicativos e softwares utilizados no mercado. “O varejo vem se profissionalizando muito. Hoje, em qualquer atividade de alto desempenho, temos um acompanhamento em tempo real e feedback para ajustes e melhoramento efetivo”, observa o gerente de expansão da rede, Filipe Lamin. Na visão do executivo, o varejo é um mercado de alto desempenho, dada a sua importância para a economia do País. A indústria já colhe diversas informações relevantes, mas não sabe como ler. “Vivemos em uma era em que tudo é informação, mas corremos o risco de olhar as informações erradas”. Lamin diz que conseguir dis-

4 - Cada franqueado e gerente tem acesso aos principais indicadores da sua loja e da rede. 5 - A disponibilização desses indicadores acontece quase em tempo real e permite que os gestores da loja e os consultores da franqueadora atuarem com agilidade para detectar oportunidades de melhoria e incrementarem a performance do negócio.

tribuir as coordenadas certas para as pessoas corretas é a chave para o melhor desempenho possível. O fundador da consultoria Leão Business Upgrade, Juarez Leão explica que há uma crença de que ferramentas como planejamento estratégico, governança corporativa e Conselho

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Antonio Carlos Diel, diretor de franquias da Lojas Calci

de Administração são apenas para empresas grandes e isso não é verdade. “Quando o franqueador tem até 30 lojas faz a gestão com ferramentas quase caseiras, porque consegue fazer rodar. Quando dobra, passa para 60, não dá mais conta”, explica. Outro erro apontado pelo especialista é que algumas redes têm os elementos citados, mas não sabem como utilizá-los, extraindo o mínimo que pode ser aproveitado. “Quando percebem, nada conversa com nada, vira uma colcha de retalhos”.

DESDE O INÍCIO O diretor de franquias da Lojas Calci, Antonio Carlos Diel tinha um plano bem elaborado, antes de abrir a empresa. Ele trabalhou em consultoria durante 15 anos observando “as dores” do pequeno varejista. “Um pequeno negócio demanda muitas necessidades, o lojista tem que comprar bem, tem que gerir o estoque, não pode comprar de mais ou de menos. Eu, que sou da área financeira, tinha muita dificuldade de entender isso”, comenta. Diel explica que treinamento, atendimento, crédito e gestão financeira são preocupações constantes do pequeno varejista e que poucos sabem como tratar. “Modelamos a franquia para dar essa estrutura. Hoje te-

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mos 30 pessoas só na retaguarda da Calci”, afirma. Nas vinte lojas da rede, todos os vendedores utilizam tablets durante o atendimento. A marca desenvolveu um sistema de business inteligence que identifica o cliente, informa o calçado de preferência, se há no estoque e quais produtos são similares e podem agradá-lo. A plataforma também ajuda na concessão de crédito com identificação facial. De acordo com Diel, em três minutos é feito o cadastro, a aprovação e o registro. Grandes lojas de departamento foram a inspiração para a Calci nesse quesito. “Investimos muito forte em planejamento, estrutura do negócio, mantendo o atendimento humanizado. O mercado está carente disso e queremos ser vistos, ser percebidos”, afirma.

PARA FAZER CERTO Leão acredita que a empresa precisa nascer com a intenção de ser grande e o empreendedor brasileiro dificilmente tem essa visão. Quando menos percebe, o sistema caseiro desenvolvido para o início do negócio não comporta mais a demanda e a implementação de uma nova ferramenta torna-se um trauma. “Isso explica porque muitas franquias não conseguem passar de cem lojas. Quando chega nesse ponto, precisa fazer um freio de arrumação, fechar algumas que não deram certo e voltar casas”. Já existem diversas soluções no mercado adequadas para o bolso da PME. Esse é o primeiro desafio que as empresas apontam para não iniciar a jornada “pensando grande”. “Não precisa começar no primeiro dia, mas tem que saber que um dia vai fazer. É preciso criar um ambiente propício para implementar o sistema no futuro”, aconselha Leão. Isso, inclusive, deve ser um ponto de atenção. O pensamento grande não

Foto: Magno Bottrel

Foto: Divulgação

GESTÃO

“QUANDO O FRANQUEADOR TEM ATÉ 30 LOJAS FAZ A GESTÃO COM FERRAMENTAS QUASE CASEIRAS, PORQUE CONSEGUE FAZER RODAR. QUANDO DOBRA, PASSA PARA 60, NÃO DÁ MAIS CONTA” Juarez Leão, fundador da consultoria Leão Business Upgrade

deve sobrepor a capacidade do empreendedor no começo. O especialista aconselha que o investimento inicial não seja além do que a empresa pode pagar e se manter saudável. A visão externa sempre é uma boa alternativa. “Trazer alguém de fora é bom para exercitar olhares diferentes, que não tenham o vício do negócio. As ferramentas ajudam porque transformam desejos em planos tangíveis de crescimento”, explica.

O método Lean, adotado pela Casa do Construtor, foi um dos temas apresentados na ABF Franchising Week 2017. Para ler a cobertura, acesse o site da Editora Lamonica pelo link:



RESPONSABILIDADE SOCIAL

#CapitalismoConsciente #Filantropia #FranchisingDoBem #GestaoSustentavel Fundado por Alcione Albanesi, os Amigos do Bem atendem 60 mil pessoas em 115 povoados nordestinos, anualmente, e inspirou diversas ações sociais do franchising

Por um mundo melhor

CULTURA DE REDE DO FRANCHISING AJUDA A MULTIPLICAR AÇÕES SOCIAIS. CONHEÇA CASES DE MARCAS QUE TÊM USADO A FORÇA DE SUAS BANDEIRAS PARA MUDAR O MUNDO Compartilhe este conteúdo

Saiba Mais: por: Paulo Gratão

D

epois de deixar suas vidas para trás por causa da guerra, o casal de refugiados sírios Noura Alkalas e Yones Al Nabulsi abriu a primeira franquia social da Nutty Bavarian, em solo brasileiro, no último mês de novembro. O quiosque foi inaugurado dentro de um supermercado Extra, bandeira

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O modelo foi lançado para ajudar refugiados sírios a reerguerem suas vidas no Brasil por meio do franchising. A Nutty Bavarian prevê inaugurar dez quiosques, com isenção do investimento inicial e ajuda no capital de giro. A rede firmou parceria com o GPA e fornecedores para reduzir custos de ocupação e suprimentos.

do Grupo Pão de Açúcar (GPA, em São Paulo, e foi a primeira de dez franquias similares, que serão bancadas pela própria franqueadora. O projeto futuro é captar recursos para a abertura de mais quiosques nesse modelo. “Eles já se mostraram com muita vontade de fazer o negócio dar certo. É bom para eles, para nós e para o cliente. Eu acredito muito nesses projetos quando se tornam sustentáveis. É o empurrão para que a pessoa construa sua própria vida”, explica a diretora da marca, Adriana Auriemo.


Fotos: Divulgação

SAÚDE

Noura Alkalas e Yones Al Nabulsi são os primeiros franqueados sociais da Nutty Bavarian: a rede pretende abrir dez quiosques nesse formato.

A executiva explica que os desafios tendem a ser maiores do que em unidades convencionais e a marca está se preparando para isso. “É outra cultura, vamos ter que ensinar como atender os brasileiros, a nossa moeda e nossos costumes. Nossa equipe terá que estar muito mais próxima nesse começo, mas a força de vontade está tão grande que eles devem superar”.

OUTRAS AÇÕES Adriana conta que há algum tempo a rede tem procurado ações em que pudesse participar e criar uma cadeia sustentável. Por essa razão, a marca se associou à organização social Amigos do Bem, que construiu cidades do bem em áreas carentes, no Nordeste. “A nossa intenção é colocar os produtos feitos por eles nas fábricas, para vender nos nossos quiosques. Os royalties que vierem desses itens serão direcionados para projetos sociais”, explica. Além dessas iniciativas, a Nutty Bavarian mantém patrocínio a atletas paralímpicos e promove ações pontuais, como eventos na Casa Hope, que ampara crianças com câncer, doações e brindes.

Os Amigos do Bem inspiraram outra ação no setor de franquias. O Instituto Sorridents, braço de sustentabilidade da Sorridents, levou 17 dentistas ao sertão nordestino para atender mais de três mil pessoas. “Oferecemos todas as especialidades odontológicas, fizemos um trabalho de arrecadação de medicamentos, insumos e tratamento”, explica o diretor do instituto, Claudio Tieghi. Os atendimentos foram realizados em um caminhão com três clínicas e sala de espera, cedido pela TruckVan. O investimento do Grupo Sorridents e dos parceiros Dental Speed e TruckVan na ação, até o momento, gira em torno de R$ 484 mil. O Instituto Sorridents tem como missão promover a saúde bucal e erradicar a cárie no Brasil. “A cárie pode ser erradicada como foi a poliomielite”, afirma Tieghi. O Instituto promove palestras, avaliação bucal e até tratamento para pessoas carentes em escolas e institutos. Só em 2016, 65 mil pessoas foram beneficiadas.

Saiba Mais: A novidade para 2018 é a abertura da Clínica Instituto Sorridents, na Vila Cisper, zona leste de São Paulo. O espaço começará a atender em janeiro e deve ser inaugurado oficialmente em março. A expectativa é atender entre 60 e 80 pessoas por dia.

ESCALA Quem aproximou a Nutty Bavarian da causa dos refugiados foi Rodrigo Abreu, presidente da AlphaGraphics Brasil, que é conselheiro da ONG Adus (Instituto de Reintegração do Refugiado). Além dessa ­iniciativa,


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RESPONSABILIDADE SOCIAL

Fundação CNA: Iniciativa existe há 15 anos, na zona sul de São Paulo, e atende crianças de até seis anos

Saiba Mais: Ainda não existem dados atualizados, mas de acordo com o levantamento apresentado no Dia Mundial da Saúde Bucal 2014, organizado pela Federação Dentária Internacional (FDI), mais de 1,6 milhão de crianças brasileiras têm cárie aos 12 anos de idade. O quadro já havia sido pior dez anos antes da última amostra, mas ainda é alarmante, visto que o Brasil é o País com o maior contingente de dentistas por habitante do mundo, 254 mil. O problema, na visão do órgão, é a distribuição irregular dos profissionais, com densidades e níveis econômicos variáveis da população.

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a marca de comunicação também está envolvida em projetos como o Vida Corrida, que promove a prática de esportes no extremo Sul de São Paulo, e ações pontuais na AACD e Make a Wish, que realiza sonhos de crianças, em todo o mundo. Recentemente, a AlphaGraphics se engajou na doação de cinco mil livros para a Prefeitura de São Paulo. “O que nos incentivou foi participar de um projeto de alto impacto, pois concedemos para uma instituição e chega para até 80 pontos, sendo 54 bibliotecas, 15 pontos de leitura e 13 bosques de leitura. Atingir todos esses locais foi um dos chamarizes”, explica Abreu.

EDUCAÇÃO A Fundação CNA existe há 15 anos, na zona Sul de São Paulo, e ao longo de sua história formou cerca de três mil crianças de até seis anos. A organização surgiu da vontade do

Marcelo Barros, diretor de educação do CNA

fundador, Luiz Gama, em homenagear o pai, Moacyr Nogueira da Gama (razão social da Fundação). “Foi planejado como um local pequeno para receber 700 crianças. Hoje tem praticamente dez vezes o tamanho, só não cresce mais porque o potencial construtivo do terreno está ocupado”, explica o diretor de



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RESPONSABILIDADE SOCIAL

Foto: Luciana Serra

José Fugice, sócio da consultoria GoAkira

Eleine Bélaváry, coordenadora de sustentabilidade da Associação Brasileira de Franchising (ABF)

NÃO HÁ RECEITA DE BOLO Mais do que uma atitude altruísta, a responsabilidade social se tornou uma demanda inerente do consumidor moderno. Empresas que não se preocupam com o legado que deixarão no mundo tendem a perder espaço, na visão do sócio da consultoria GoAkira, José Fugice. “É um caminho sem volta, os franqueadores precisam buscar causas de acordo com o seu perfil para ajudar. Isso também vai contar pontos economicamente falando. Empresas com apelo social sobressaem no mercado”, explica. A coordenadora de sustentabilidade da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Eleine Bélaváry, comenta que a preocupação do setor com as questões sociais evoluiu muito nos últimos dez anos. “Tudo antes era em cima de caridade e assistencialismo, mas com esse movimento da sustentabilidade no mundo, eles começaram a ver que isso não transforma tanto a vida das pessoas”, explica.

MAIS DO QUE UMA ATITUDE ALTRUÍSTA, A RESPONSABILIDADE

educação do CNA, Marcelo Barros. O projeto abarca um centro de educação infantil, tratamento dentário, centro de vacinação, que também é utilizado pela Prefeitura, oficina de costura para as mães e um centro de desenvolvimento infantil. Não há uma conexão direta com a rede de franquias. A fundação é integralmente mantida pela franqueadora e alguns franqueados colaboram, mas não é obrigatório. “É bastante comum as famílias pedirem aconselhamento às nossas professoras e diretoras pedagógicas. As mães são muito próximas à fundação. Todos os funcionários são da própria comunidade”, afirma Barros.

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SOCIAL SE TORNOU UMA DEMANDA

7 dicas para engajar sua marca em ações de responsabilidade social 1 - Procure causas que tenham conexão com o seu negócio. 2 - Designe um grupo de trabalho interno, com representantes de todas as áreas, para acompanhar e mensurar resultados. 3 - Investigue todas as causas elegíveis a fundo: conheça a instituição, saiba como os trabalhos são feitos e busque referências. 4 - Priorize causas no entorno da franqueadora, que possam colaborar para a própria comunidade. 5 - Comece com ações simples, que possam evoluir para causas maiores e mais complexas, no futuro. 6 - Após testar e se certificar que funciona, encoraje franqueados a se engajarem na causa ou desenvolverem seus próprios trabalhos. 7 - Divulgue o trabalho na rede. Boas práticas inspiram.

INERENTE DO CONSUMIDOR MODERNO A ABF, por meio da Afras (Associação Franquia Sustentável, braço da entidade que foi incorporado à diretoria interna em 2013), conscientizou as redes sobre como tornar a gestão sustentável transformadora para o negócio e também para o mundo. “Mostramos que o mais importante é estar alinhado ao negócio da

marca, que tenha acompanhamento, mensuração e resultados. Tem que ser personalizado para a empresa. Ela precisa pensar em construir seu próprio case”, explica a especialista. Um engano muito comum é envolver apenas o marketing da empresa nas ações sociais. Eleine explica que toda a empresa precisa se envolver nas causas. “A sustentabilidade e a responsabilidade social são transversais ao negócio, não envolve só o marketing”, afirma.


A inFlux é uma das redes mais reconhecidas do franchising brasileiro. Em 9 anos como associada da ABF, é a única rede de franquias a vencer por 7 vezes o “Destaque do Selo de Excelência”, prêmio que reflete a satisfação dos franqueados em todo o Brasil em relação ao modelo de negócio e ao suporte oferecido pela franqueadora.

Em 2O17, a inFlux recebeu o prêmio máximo concedido pela ABF, o Troféu Franqueador do Ano. Se você deseja investir em um negócio sólido, rentável e reconhecido, venha fazer parte da família inFlux.


E S T R AT É G I A

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Redes rentabilizam franquias com e-commerce ANTES TIDA COMO VILÃ, A PLATAFORMA DIGITAL TEM AJUDADO A AUMENTAR OS LUCROS DAS UNIDADES FRANQUEADAS. SAIBA COMO UTILIZAR A TECNOLOGIA A FAVOR DO SEU NEGÓCIO

Foto: Divulgação

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digital já faz parte da vida das pessoas, isso é incontestável. Neste exato momento, esse texto pode estar sendo lido por meio de diversas plataformas, além do impresso. Da mesma forma, o comportamento de compra não é o mesmo de dez e até cinco anos atrás. Estima-se que mais da metade das compras realizadas em lojas físicas iniciaram com uma pesquisa prévia em ferramentas digitais. “Consideramos que as lojas virtuais são complemento para as físicas, que serão cada vez mais encaradas como plataformas de serviço”, avalia o consultor da Grupo Soares Pereira & Papera (GSPP), André Luis Soares Pereira.

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De acordo com a 36ª edição do estudo Webshoppers, desenvolvido pela consultoria Ebit, 25,5 milhões de pessoas fizeram, ao menos, uma compra on-line no primeiro semestre de 2017. Isso representa um aumento de 10% em relação ao mesmo período de 2016. As compras por dispositivos móveis aumentaram 56,2% e passaram a representar 24,6% do total de transações realizadas. Os resultados surpreenderam até mesmo a consultoria, que tinha expectativas menores. “Com a baixa da inflação, o tíquete médio não cresceu tanto. Registramos uma volta no crescimento de vendas.

Saiba Mais: Com o fim do “frete grátis”, o consumidor passou a incluir a taxa de entrega nos critérios de compra. Os fatores de maior preocupação ainda são preço e prazo.

André Luis Soares Pereira, consultor da Grupo Soares Pereira & Papera (GSPP),

Isso acabou sendo um destaque bem positivo”, explica o COO da Ebit, André Dias.

ALIADO O e-commerce tornou-se realidade nas redes de franquia. O amadurecimento do sistema fez com que as marcas incorporassem a ferramenta aos seus canais sem prejudicar os franqueados. Muitas conseguem, até mesmo, rentabilizá-los com o auxílio da plataforma. “Quando o e-commerce


EXPANSÃO

A loja virtual da Loungerie ajuda a mapear possíveis pontos para abertura de lojas físicas. “Nós abrimos a loja de Cuiabá porque era uma das praças mais fortes de receita do e-commerce”, explica o CEO da marca, Paulo Serrano. Atualmente, a franqueadora tem conseguido direcionar clientes da loja virtual para as físicas por meio do mailing, de acordo com o CEP, com promoções, trocas e descontos. O executivo adianta que já está em projeto trabalhar o e-commerce com o estoque das lojas.

LOGÍSTICA

Todas as vendas realizadas pelo e-commerce da Nutricentral Market são direcionadas para a franquia mais próxima, em um raio de até 10 km² do CEP do cliente. De lá, o produto é enviado pelos Correios. “Acreditamos que a longo prazo o e-commerce rentabilizará em torno de 30% do faturamento global da rede”, explica o presidente da marca, Jonas Martins. O franqueado paga uma taxa de 3% para custeios de mídias e investimento na própria plataforma.

VITRINE

O e-commerce da Urban Arts cresceu mais de 60% em 2017 e chegou à marca de 125 mil visitantes únicos. “Menos de 1% compram on-line e diversos deles vão às galerias já com os produtos previamente escolhidos para completar a compra com a ajuda de nossos consultores”, afirma o sócio-diretor da marca, Gustavo Guedes. O executivo conta que a plataforma ajuda a divulgar a rede, mas o produto ainda tem mais apelo em lojas físicas, onde 85% das vendas são realizadas.

INTEGRAÇÃO

As matrículas e pagamento de mensalidades das Smart Fit podem ser realizadas pelo site da marca e também por totens nas unidades. “O e-commerce é a opção mais utilizada pelos alunos”, explica o fundador e presidente do Grupo Bio Ritmo, Edgard Corona. De acordo com ele, as vendas on-line “otimizam processos, eliminam burocracias e facilitam o acesso dos consumidores”.

RENTABILIDADE

Quando a Chilli Beans colocou o e-commerce no ar, houve certa resistência na rede, que se transformou em satisfação, segundo o presidente, Caito Maia. Além da plataforma ser uma vitrine para as lojas, a marca conseguiu interligar os canais. “Fizemos um esquema para comissionar o franqueado pelo CEP. Se a venda for feita na região dele, ele ganha uma parte do valor”, explica. Atualmente as vendas on-line representam 5%, mas a marca vem trabalhando para aumentar a participação em 15% em 2018.

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E S T R AT É G I A

1 - O faturamento total foi de R$ 21 bilhões, 7,5% a mais do que em 2016. 2 - 24,6% das compras foram realizadas por dispositivos móveis. 3 - 25,5 milhões de consumidores fizeram, ao menos, uma compra virtual! - 10,3% a mais do que em 2016 4 - Consumidores entre 35 e 49 anos é o perfil mais representativo, com 38% 5 - A renda familiar média do e-consumidor é de R$ 5.573. 6 - Centro-Oeste foi a única região que apresentou crescimento: passou de 6,6% para 7,3%. 7 - R$ 1,03 bilhão foi o valor total pago em fretes. A média foi de R$ 29,93 por consumidor. 8 - A maior parte dos pagamentos (48,2%) foi à vista. Em 2016 eram 42%. 9 - 50,3 milhões pedidos foram realizados no período. 3,9% a mais do que no ano anterior. 10 - 14,8% dos pedidos foram em produtos de Moda e Acessórios. Fonte: Webshoppers – 36ª edição

Confira o estudo completo da Ebit no site da Editora Lamonica

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Revista Franquia & Negócios ABF

O E-COMMERCE BRASILEIRO DEVERÁ SEGUIR O CAMINHO DO NICHO A PARTIR DE 2018 complementa a loja física, provocando a visita, cabe à equipe de venda ter um treinamento para o cliente ter uma boa experiência e adquirir produtos complementares ao que ele comprou”, explica Pereira.

PANORAMA A Ebit estima que existam mais de 50 mil lojas virtuais no Brasil. “Apesar do crescimento de vendas por marketplace, lojas menores ainda criam sites próprios”, explica Dias. No entanto, ainda existem alguns entraves que impossibilitam uma expansão mais acelerada. Pereira cita a apresentação do produto, que ainda é falha, em muitos casos, a segurança da informação e a falta de uma numeração padrão para o varejo de moda como desafios para o mercado brasileiro. A territorialidade, quando se trata de franquias, é uma discussão que deve avançar, na percepção do especialista. Mas, hoje, em geral, as franquias já utilizam o CEP do cliente para direcionar a compra para a loja mais próxima. A logística, sem dúvida, é o ponto que mais merece atenção, pois acaba concentrando boa parte dos comércios on-line nas regiões Sul e Sudeste. Curiosamente, o maior crescimento apresentado no estudo foi no CentroOeste. De acordo com o especialista

da Ebit, isso se deve à construção de centros de distribuição mais próximos e ao impacto menor da crise econômica na região. O e-commerce brasileiro deverá seguir o caminho do nicho a partir de 2018. A avaliação é do diretor comercial do Grupo DGC, Sandro Ivo Pionkowski. Segundo ele, os números do e-commerce nacional são expressivos, mas há um contingente importante de compras feitas em sites internacionais, algo em torno de R$ 24 bilhões. “Não estamos acompanhando o ritmo do nosso consumidor. Ele já está tão empoderado que está à frente das empresas nacionais. Ele gasta seu dinheiro lá fora ao invés de gastar no Brasil, pois encontra experiências diferentes: o leque mais abrangente de produtos, lançamentos e verticais, que são os sites especializados”, explica.

Foto: Divulgação

Dez principais números do e-commerce brasileiro, no primeiro semestre de 2017:

REGISTRAMOS UMA VOLTA NO CRESCIMENTO DE VENDAS. ISSO ACABOU SENDO UM DESTAQUE BEM POSITIVO André Dias, COO da Ebit



E X PA N S Ã O

#Legislacao #Benchmark #LeiDaLocacao #PontoComercial

Dois hambúrgueres, alface, sublocação e gestão imobiliária MODELO DE EXPANSÃO DO MCDONALD’S INSTIGA MUITA DÚVIDA E CURIOSIDADE EM EMPREENDEDORES. COM O LANÇAMENTO DO FILME, EM 2017, TEMA VOLTOU A SER DISCUTIDO

Fotos: Divulgação

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franchising foi aos cinemas em 2017 com a estreia de Fome de Poder (The Founder), em março. O filme, que agora pode ser assistido em plataformas de streaming, conta a história de uma das marcas mais antigas e aspiracionais do sistema, o McDonald’s. Um dos fatores que mais chama a atenção na narrativa é o perfil empreendedor de Roy Kroc e sua forma peculiar de expandir: adquirindo os imóveis e posteriormente locando para os franqueados. A prática é utilizada até hoje pela rede, em todo o mundo, com a prer-

rogativa de que localização é um dos fatores mais importantes no franchising. “Aqui no Brasil temos o mesmo modelo do mundo, onde alugamos ou compramos o imóvel e o franqueado entra com os equipamentos de cozinha”, explica o diretor de expansão da rede no Brasil, Alessandro Thiry.

LEGISLAÇÃO Por aqui, no entanto, a prática não encontra legislação tão amigável, uma vez que a Lei de Locação (8245/91) especifica que o contrato de sublocação não pode ter valor de aluguel maior que o original. Muitos questionamentos surgem a partir disso.


Thiry explica que a Lei de Locação não interfere na Lei de Franquias (8955/94) e o McDonald’s tem conseguido manter o padrão mundial. “Cobramos um aluguel do franqueado, mas de forma que ele reverta um payback mínimo para ter o que ele investiu no local”, explica. O executivo admite que os custos dessa escolha são altos, pois englobam taxas imobiliárias, mais alugueis e toda uma estrutura que redes que

operam nos moldes tradicionais não contabilizam. “Ter o controle sobre o ponto nos dá segurança sobre a localização, que é o fator de maior sucesso. Se tivermos problema com franqueado, o ponto continua nosso. O cliente continua com a conveniência, sem deixar ele a par de quem controla a loja”, explica. Thiry rotineiramente recebe outras empresas para explicar como funciona a metodologia da companhia, em busca de benchmark.

A decisão de franquear o restaurante acontece antes de terminar a construção. Se o local for de influência de algum franqueado da rede, a loja é oferecida para ele. Se o empreendedor não aceita, a própria marca faz a gestão do restaurante. Thiry afirma que mais de 99% dos franqueados têm mais de uma loja da marca. Diferentemente de outras redes, no McDonald’s não é o franqueado que escolhe o ponto, e sim a própria franqueadora.

ANÁLISE FINANCEIRA “Quando a franqueadora tem esse capital para investir na construção dos pontos comerciais, pode ser estratégia interessante de crescimento. Isso ajuda a proteger o ponto comercial. Comprar imóveis e alugar é o melhor dos cenários, mas, ao sublocar o franqueador se torna o garantidor do franqueado. Se ele não pagar o aluguel, a marca terá que pagar para o proprietário do imóvel” Daniel Cerveira, sócio da Cerveira Advogados

SEGURANÇA JURÍDICA “Para se resguardar, é aconselhável fazer o contrato de arrendamento mercantil e sublocar pelo mesmo preço que locou o imóvel, e outro contrato para regular o que fez nas instalações. O que dificulta é a legitimidade para ação renovatória. A Lei diz que quem tem direito é o locatário que, cumulativamente, tiver contrato escrito com prazo determinado superior a cinco anos. No entanto, há formas de controlar a locação, sem deter o ponto comercial, com uma cláusula que condicione o locatário a dar preferência ao uso daquela marca”

PONTO COMERCIAL VALORIZADO “Essa ideia de ser dono do imóvel e alugar para uma operação de franquia é oportunidade de valoração do próprio imóvel, pois uma marca famosa aumenta o valor do investimento imobiliário. A rede ganha nas duas pontas. O mercado está aprendendo a se virar na crise com a criatividade. Eles entendem que o ponto comercial fechado desvaloriza o local e também o comércio como um todo” Ana Paula Tozzi, CEO da AGR Consultores

Foto: Leonardo Dorathoto

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

A reportagem da Revista Franquia & Negócios ABF ouviu especialistas para avaliar se o modelo consagrado pelo McDonald’s pode ser adaptado por outras redes brasileiras com sucesso e como deve ser feito. Confira:

ATENÇÃO À TRANSPARÊNCIA “Como franqueador, ganha royalties, e como empresa imobiliária, ganha o aluguel. É difícil uma plena aceitação dos franqueados. Isso mostra que talvez não seja o melhor modelo dentro de uma relação franqueado e franqueador, principalmente em momentos mais difíceis, de vendas mais baixas. Hoje o que se vê são algumas redes que pegam pontos comerciais muito bem localizados, subsidiam, pagam luvas e ficam com o local. Isso existe e acontece de forma localizada”. Marcos Hirai, sócio-diretor da BG&H Real Estate

Ana Cristina Von Jess, sócia da Von Jess & Advogados

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INTERNACIONALIZAÇÃO

#Globalizacao #Experiencia #Mercado

Aprendizado externo valoriza o negócio interno Compartilhe este conteúdo

REDES DE FRANQUIA COM OPERAÇÕES INTERNACIONAIS CONTAM COMO CONSEGUIRAM MELHORAR UNIDADES BRASILEIRAS COM PROCESSOS APRENDIDOS EM OUTROS PAÍSES

por Paulo Gratão

uando uma franqueadora decide exportar seu modelo de negócios, ela precisa também se abrir para absorver o que o novo mercado tem a ensinar. Muitas redes mantêm operações no exterior com o intuito de aperfeiçoar e até valorizar as unidades nacionais. “A experiência sempre é boa. No entanto, é preciso ter foco: franquias que abrem em diversos países ao mesmo tempo têm dificuldade para equalizar essas informações”, avalia o diretor da consultoria Netplan, Daniel Bernard.

GANHOS FINANCEIROS As cinco lojas norte-americanas do Spoleto mostraram para a marca que é mais viável que o gerente seja o chef de cozinha do que um administrador. Com essa habilidade, o profissional tem visão mais acurada sobre o que é necessário comprar ou repor na cozinha, que é o core business da empresa.

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Foto: Richard Cadan Foto: Divulgação

Spoleto tranformará gerentes de lojas brasileiras em chefs de cozinha: medida aumentou rentabilidade de restaurantes norte-americanos

Daniel Bernard, diretor da consultoria Netplan

Depois de ver o resultado nas lojas internacionais, a rede iniciou a adaptação das unidades brasileiras em julho de 2016. Com o primeiro piloto já aumentou o faturamento em 56% e o volume de clientes em 30%. “Todos os restaurantes convertidos

têm um treinamento específico para transformar o gerente em chef de cozinha. Já temos 20% da rede no novo modelo”, explica a diretora do Spoleto, Viviane Barros. A expectativa é converter 100 lojas em 2018 e toda a rede até 2020. “Acredito que teríamos chegado à essa conclusão no Brasil sem ir para o exterior, mas levaria muito mais tempo. A cultura gastronômica dos EUA ajudou a acelerar o processo”, revela.

CONCEITO Para a imersão no mercado norte-americano, o Spoleto montou um time com conselheiros, franqueados e até gerentes de loja para visitar as operações durante 15 dias e estudar como aplicar o modelo no Brasil. Além de converter os gerentes administrativos em chefs de cozinha, a marca entendeu que o conceito de loja precisaria ser revisto.

Você Sabia? De acordo com a ABF, 134 redes brasileiras atuam em 60 países. Os maiores destinos são Estados Unidos, com 37, Paraguai, com 25, e Portugal, com 21.

Hoje, as unidades começam a trazer a cozinha para a frente do balcão, o que confere um aspecto mais g ­ ourmet à marca. Na entrega do prato, o queijo parmesão é ralado na frente do cliente e ainda é possível escolher entre duas finalizações, com azeite trufado ou creme balsâmico, batizadas de “toque do chef”. “No primeiro bimestre de 2018, todas as lojas passarão a trabalhar apenas com vegetais orgânicos. Foi outra inovação que veio dos restaurantes dos Estados Unidos”, adianta Viviane.

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Aprendizado externo valoriza o negócio interno REGRAS GLOBAIS

A Puket passou a padronizar a modelagem de suas peças, em todo o mundo, de acordo com as normas norte-americanas. Atualmente eles estão no Paraguai, Peru, Bolívia, Panamá, Catar e Emirados Árabes. “Todos os produtos Compartilhe este conteúdohoje no Brasil atendem regras rígidas internacionais. Para o consumidor talvez não seja tão perceptível, mas o nível de toxidade da estampa, por exemplo, está adequado às exigências globais”, explica a gerente de expansão nacional e internacional da rede, Liliana Martins. Bernard acredita que as oportunidades de aprendizado são reais, mas as redes precisam ficar atentas a detalhes importantes, como estratégia, peculiaridades de cada mercado, visão de longo prazo e, sobretudo, legislação. “Tem elementos que não são franqueáveis em todos os países, dada a escala, legislação e hábitos. Então tudo isso precisa ser levado em consideração”, avisa.

REDES DE FRANQUIA COM OPERAÇÕES INTERNACIONAIS CONTAM COMO CONSEGUIRAM MELHORAR UNIDADES BRASILEIRAS COM PROCESSOS APRENDIDOS EM OUTROS PAÍSES

INVESTIMENTO COMPENSA, MAS... A internacionalização fez com que o Giraffas tivesse acesso a mais metodologias. O presidente da rede, Alexandre Guerra, comenta que isso ajudou a aperfeiçoar os processos locais. “Reformulamos nossa comunicação visual com base em trabalhos feitos nos Estados Unidos. Adaptamos ferramentas envolvendo tecnologias e gestão que ajudam a aumentar a pro-

dutividade. Isso melhorou nosso nível de excelência no Brasil”, explica. Na visão do executivo, a atuação no exterior ajuda a valorizar a marca no Brasil, mas esse não deve ser o elemento principal na expansão. “Não justifica um movimento de internacionalização. Em termos institucionais, por exemplo, como posição nos formadores de opinião, fortalece, mas não justifica o alto investimento”, comenta.

“REFORMULAMOS NOSSA COMUNICAÇÃO VISUAL COM BASE EM TRABALHOS FEITOS NOS Foto: Yuri Lombardi Films

ESTADOS UNIDOS”

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Alexandre Guerra, presidente do Giraffas

Foto: Edson Ferreira

INTERNACIONALIZAÇÃO


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NICHO

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Intercâmbio deve aumentar até 10% Compartilhe este conteúdo

nquanto diversos setores viram o consumo retrair, em 2016, o ­mercado de intercâmbios teve um crescimento exponencial. De acordo com a Pesquisa Selo Belta 2017, encomendada pela Associação das Agências de Intercâmbio (Belta), o nicho movimentou US$ 2 bilhões em 2016. O mesmo levantamento identificou que o brasileiro passou a investir, em média, US$ 8.902 (algo em torno de R$ 27,8 mil, na cotação atual) em viagens do gênero, 82% a mais do que em 2015. Para 2017, o crescimento esperado é entre 7% e 10%.

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PESQUISA SELO BELTA IDENTIFICOU CRESCIMENTO EXPRESSIVO EM 2016. MODALIDADE FAMÍLIA É QUE A MAIS SE DESTACA, DE ACORDO COM LEVANTAMENTO

Saiba Mais: A pesquisa foi feita pelo Grupo de Pesquisa Mobilidades – A Vivência Acadêmica Internacional, com patrocínio da Education New Zealand.

De acordo com o diretor de operações da entidade, Allan ­Mitelmão, esse aumento no investimento se deu pela maior disponibilidade de tempo. “Com a economia aquecida, as pessoas usavam as férias, no má-

ximo, para fazer curso no exterior. Hoje, uma parcela de quem perdeu o emprego teve rescisão e entendeu que esse degrau é importante para recolocação, por isso investiu para o próprio aprimoramento”, afirma.

HISTÓRICO Além do salto de 2016, impulsionado pelo desemprego, a evolução do mercado de intercâmbio há mais de uma década é notória. A modalidade cresceu mais de 300%, desde 2003. “O aprimoramento do inglês, flexibilidade e convivência com outras culturas passaram a ser exigidos no mercado de trabalho. O intercâmbio


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Fotos: Divulgação

NICHO

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Intercâmbio cresceu mais de 300%

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Fonte: Pesquisa feita com agências de intercâmbio associadas e não associadas à Belta.

“EXISTIA UM PARADIGMA DE QUE O INTERCÂMBIO ERA SÓ PARA PESSOAS

tornou-se questão de planejamento familiar”, explica Mitelmão.

NÃO É SÓ COISA DE JOVEM O perfil do intercambista também mudou nos últimos anos. A busca por estudo e trabalho subiu da quarta para a segunda colocação e o ensino médio (high school) caiu da segunda para a quinta posição. Cursos puramente de idiomas permanecem no topo. “Ficar mais tempo só com recursos brasileiros pesa no orçamento. A procura por países e programas que permitem que ele estude e trabalhe teve um crescimento grande por esse movimento do perfil”, explica Mitelmão. Além das intenções no exterior, a faixa etária também sofreu oscilações. O perfil ficou mais maduro. As pessoas de 25 a 29 anos foram as que mais viajaram em 2016 e as de 22 a 24 caíram uma posição no ranking, ficando em segundo lugar. Estudantes de 15 a 17 anos estão na quinta colocação. O público maduro, acima dos 50 anos, também tem visto o intercâmbio como opção, mas esse não é um movimento necessa-

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riamente novo, segundo o diretor da Belta. “Pelo menos há três anos já existe essa procura”, afirma. A Global Study sentiu o reflexo dessa mudança. A rede vê o seu faturamento crescer na casa dos dois dígitos há alguns anos, de acordo com o fundador e CEO da rede, Flavio Imamura. “Embora tenhamos demanda de todos os perfis, estão crescentes cursos para pessoas maduras, nível superior e High School”, afirma, e

COM ALTO PODER AQUISITIVO E ISSO CAIU POR TERRA” Allan Mitelmão, diretor de operações da Belta

Fim do Ciências sem Fronteiras abriu portas Muitas universidades internacionais têm procurado alunos brasileiros, depois do encerramento das bolsas governamentais para graduação pelo Ciências sem Fronteiras, com descontos ou condições mais atrativas. A justificativa para isso seria a “boa fama” que os estudantes deixaram nos países. “Com a visão de que o estudante brasileiro é hard worker, as universidades olharam bastante para nós como oportunidade. Tivemos um crescimento de mais de 300% no primeiro semestre de alunos colocados em universidades no exterior”, explica o gestor de universidades no exterior do STB, Bruno Contrera.



NICHO COM A ATUAL CRISE

Foto: Izabel Sibella

Desejo de migração impulsiona negócios

ECONÔMICA E POLÍTICA,

A Canadá Intercâmbio tem sede no país norte-americano e iniciou o franchising no Brasil recentemente. “Temos recebido pessoas que querem ir embora do País e usam processos migratórios e educacionais para vir para o Canadá. Nosso negócio quintuplicou de volume em três anos, um crescimento assustador”, afirma o diretor de operações e franquias da rede, Ed Santos. Em quase quatro anos, o faturamento da empresa saiu de US$ 2 milhões para US$ 12 milhões. A CI – Intercâmbio e Viagem também tem contabilizado aumento na procura de seus serviços. No entanto, de acordo a gerente de produtos da marca, Fabiana Fernandes, o crescimento tem sido tanto de jovens, incentivados pelos pais, como por oportunidades de trabalho, principalmente em países que acolhem essa modalidade, como Irlanda, Austrália, Nova Zelândia e Canadá.

continua: “o brasileiro descobriu que é possível e acessível estudar fora e viver essa experiência está ficando quase que uma ‘etapa’ obrigatória na vida”, diz.

TEST DRIVE Com a atual crise econômica e política, muitas famílias têm feito planos de deixar o País, ou passar uma temporada em outras terras.

MUITAS FAMÍLIAS TÊM FEITO PLANOS DE DEIXAR O PAÍS, OU PASSAR UMA TEMPORADA EM OUTRAS TERRAS

Mitelmão comenta que as agências notaram um crescimento expressivo de famílias em busca de test drive, com intercâmbio para todos os integrantes, antes de oficializar a mudança. “Os pais querem entender como é estar em outro país para um eventual projeto de mudança. Esse é um fenômeno novo, mas que tem crescido. Deve amadurecer um pouco mais para frente”, aposta.

74,7% dos candidatos fecham intercâmbio presencialmente nas agências

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Confiança

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Valor do intercâmbio

Facilidade de contato

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Forma de pagamento

Localização com fácil acesso

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Infraestrutura e indicação de amigos



Redes investem em marcas especializadas em intercâmbio Foto: Divulgação

Atenta ao crescente nicho de intercâmbio, a CVC anunciou a aquisição de 100% da rede especializada Experimento. O principal mote da parceria é que “um mês no exterior equivale a seis meses de curso de idiomas no Brasil”. “É incomparável. Hoje em dia, com questão de parcelamento, destino, acomodação, tem programa para todos os gostos e bolsos”, explica a diretora da Experimento, Patrícia Zocchio. A nova marca do Grupo CVC viu suas vendas subirem 30% neste ano, tanto de programas para jovens entre sete e 16 anos como, principalmente, para jovens profissionais a partir dos 25 anos. A expansão da marca deve ganhar velocidade com a entrada da rede veterana. “Nossa meta é dobrar o número de lojas. Começamos o ano com 35, estamos com 48 e queremos dobrar até 2019, chegar a 70 lojas, no mínimo”, afirma Patrícia. A princípio, a rede enxerga grandes oportunidades de crescimento na região Sul do País. A Minds Idiomas também criou um modelo direcionado a esse nicho. A Minds Travel procura criar uma sinergia entre os mercados de educação de idiomas e de intercâmbio, vistos muitas vezes como concorrentes pelo mercado. Ao se matricular no curso da Minds, que tem a duração de 18 meses, o aluno pode adquirir um intercâmbio e pagá-lo com as mensalidades do curso de inglês. Os mais de oito mil professores da rede foram treinados para dar consultoria de viagem.

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OPORTUNIDADES PARA AGÊNCIAS A boa notícia para o franchising é que 74,7% dos interessados em intercâmbio fecham o pacote com agências presenciais. O principal motivo, apontado na Pesquisa Selo Belta, é a confiança, seguido de atendimento personalizado, facilidade de contato, forma de pagamento, valor do intercâmbio, localização com fácil acesso, infraestrutura e indicação de amigos. Miltelmão comenta que as informações disponíveis na internet são apenas o primeiro passo para a concretização do intercâmbio. As pessoas têm muito receio de errar nas escolhas e buscam informação com especialistas. Quanto mais especializadas as empresas, mais ganhos elas terão.

Franchising: De acordo com a Pesquisa Trimestral de Desempenho, divulgada pela ABF, Hotelaria e Turismo foi o segmento com o maior crescimento no segundo trimestre de 2017, com 10,1%. No 3º Tri, o crescimento foi de 3,0%.

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OPORTUNIDADE

#Saude #LeiDosRemedios #PlanosDeSaude #ClinicasPopulares

SUS na UTI: oportunidade para o franchising Compartilhe este conteúdo

O

REDES DE CLÍNICAS POPULARES EXPANDEM PELO BRASIL AMPARADAS NA CARÊNCIA DE SERVIÇOS GOVERNAMENTAIS E ALTOS VALORES DOS PLANOS DE SAÚDE

s constantes problemas dos planos de saúde e a falta de estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS) para atender a demanda criaram uma brecha de mercado que vem sendo preenchida nos últimos anos: as clínicas populares. Posicionadas entre a saúde pública e os hospitais particulares, o objetivo dessas empresas é atender clientes de baixa renda, que precisem de serviços médicos, mas não têm mais espaço no orçamento para um plano mensal.

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“A crise abriu uma lacuna no mercado e os empreendedores viram a oportunidade de resolver uma série de problemas, dentre eles as dificuldades em conseguir uma consulta médica pelo SUS, que já não consegue atender com qualidade mínima a grande maioria dos brasileiros”, analisa o sócio da consultoria MDS Franchising & Negócios, Carlos Ruben Pinto. Com experiência no público garimpado por esse mercado,

o presidente da rede de clínicas odontológicas OdontoCompany, Paulo Zahr, colocou a clínica PartMed para funcionar há quatro ­ anos. Já são 30 unidades abertas, que oferecem consultas a partir de R$ 25 e parcelamento de exames e procedimentos mais caros em até 60 meses. “O nosso negócio funciona bem forte em consulta e em venda de exames. Todos os procedimentos que o cliente precisar realizar, ele encontra na própria clínica”, explica.


UMA LACUNA NO MERCADO E OS EMPREENDEDORES VIRAM A OPORTUNIDADE DE RESOLVER UMA SÉRIE DE PROBLEMAS, DENTRE ELES AS DIFICULDADES EM CONSEGUIR UMA CONSULTA MÉDICA PELO SUS, QUE JÁ NÃO CONSEGUE ATENDER COM QUALIDADE MÍNIMA A GRANDE MAIORIA DOS BRASILEIROS” Carlos Ruben Pinto, sócio da consultoria MDS Franchising & Negócios

O consultor de franchising da consultoria CS Franchising, Natal de Carvalho, acredita que, com o envelhecimento da população e a maior procura por serviços de saúde, essa tendência veio para ficar. “Temos que tomar muito cuidado para que não aconteça como aconteceu com as paletas. As franqueadoras precisam ser sólidas e objetivas, sem pensar só na taxa de franquia”, pontua. Na visão do vice-presidente da Sorridents, Cleber Soares, qualquer oportunidade em educação ou saúde é originada na carência dos serviços prestados pelo governo. A crescente insatisfação com o SUS abriu o caminho do empreendedorismo. “Qualquer solução que apareça agora precisa vir alicerçada em quatro pilares: acesso, conforto, conveniência e qualidade”, explica. A própria Sorridents surgiu na periferia de São Paulo, em 1995, com o propósito de oferecer uma experiência diferente do posto de saúde público, com preço acessível. “Hoje recebo outros franqueadores que estão entrando nesse nicho, querendo aprender conosco. Temos trocado ideia com alguns players como o dr. Consulta”, revela.

CONTAMINAÇÃO DE MERCADO Soares conta que acompanhou a evolução do empreendedor de saúde. No início, expunha apenas em feiras voltadas ao nicho de odontologia, atraía médicos que queriam empreender e os treinava com técnicas de administração. Com o tempo, o perfil começou a mudar e gestores, sem experiência em saúde, passaram a investir. “O cuidado tem que ser redobrado. Sempre aparece o efeito manada e ficam as mais estruturadas, que têm mais história, que estão mais inseridas na comunidade”, analisa.

Foto: Divulgação

Foto: Luciana Serra

“A CRISE ABRIU

MODA PASSAGEIRA?

Antonio Carlos Brasil, presidente da rede Acesso Saúde

Saiba Mais: Criada em 2011, em Heliópolis, bairro carente de São Paulo, a dr. Consulta já tem mais de 30 clínicas só na Região Metropolitana de São Paulo, mas não é franquia e, de acordo com a assessoria de imprensa, não pensa em expandir pelo modelo.

A Acesso Saúde também veio antes do boom. Originada em Colombo (RS), em 2006, a rede já está em mais de 14 estados brasileiros, com 26 unidades. Até dezembro, 20 novas franquias devem ser inauguradas, de acordo com o presidente da rede, Antonio Carlos Brasil. “Antes era a educação, agora saúde é a bola da vez”, avalia. O empreendedor receia que as novas clínicas que têm surgido, sem eficiência de gestão e que prometem mais do que é possível entregar, podem trazer danos à imagem da saúde acessível. Segundo Zahr, da PartMed, há espaço para todos e o consumidor vai perceber quais clínicas oferecem tecnologia, tratamentos adequados, atendimento e preço acessível. Para os médicos, no entanto, será i­ndiferente. “De uma forma geral, os médicos trabalham muito bem, independente

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da administração da clínica, as coisas vão caminhar direito. O que depende é o acesso que as pessoas vão ter à tecnologia, tudo vai depender da gestão”. O prejuízo do boom é o legado negativo que clínicas má administradas podem deixar. No entanto, Zahr acredita que as franquias já lidem com isso. “O mercado já vem contaminado há muito tempo pela atividade pública e por planos de saúde que não atendem e estão quebrando. Na verdade, isso vai acontecer de forma natural, muitos vão conseguir se posicionar, outros não”, explica.

“O MERCADO JÁ VEM CONTAMINADO HÁ MUITO TEMPO PELA ATIVIDADE PÚBLICA E POR PLANOS DE SAÚDE QUE NÃO ATENDEM, E ESTÃO QUEBRANDO” Paulo Zahr, presidente da PartMed

RISCOS E DESAFIOS Saúde é um serviço com custo alto e o primeiro desafio dos empreendedores desse mercado é oferecer um negócio com preço baixo, tornando-o lucrativo e rentável. Ruben Pinto observa que o quadro de especialistas dedicado às especialidades também demandará esforço do empreendedor, pois precisará ser frequentemente ajustado, uma vez que o cliente não vai querer esperar meses por uma consulta. No entanto, o consultor considera fundamental o desenvolvimento de um manual de gestão de crises para as redes. Os franqueados constantemente passarão por situações difíceis, por exemplo, quando os clientes estiverem com seus familiares com problemas de saúde mais graves e buscarem soluções para as quais as clínicas populares não têm como atender. Será necessário encaminhar para um hospital da rede pública. “As crises já acontecem, mudarão de endereço, mas virão. Então, todos, marcas novas e quem já está no mercado, recomendo estudarem e se especializarem em gestão de crises”, sugere.

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Aumento dos remédios impulsiona farmácias de manipulação

Segundo a Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), o setor de farmácias de manipulação movimentou cerca de R$ 5 bilhões em 2016 e 73% dos empresários afirmaram que houve crescimento, mesmo em meio à recessão econômica. Para conseguir um lugar de destaque nas opções do consumidor, a rede Phitofarma lançou um aplicativo que permite realizar orçamento, enviar a receita e encaminhar para a loja mais próxima. “Atualmente muitas pessoas usam o celular para diferentes finalidades, e mesmo quem não tem o hábito de usar o aparelho pode solicitar a manipulação pelo método tradicional”, diz o presidente da marca, Roger Marcondes. A rede adotou a medida de olho no aumento dos remédios tradicionais, autorizado pela Anvisa, no segundo trimestre deste ano. De acordo com a resolução do Conselho de Ministros da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), os índices foram reajustados em 1,36% a 4,76%.

Foto: Keiny Andrade

OPORTUNIDADE


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ALGUNS DOS NOSSOS CLIENTES


NA MIRA DAS MICROFRANQUIAS por Andréa Cordioli (envie sugestões para andrea@editoralamonica.com.br)

Na Mira das

Microfranquias Compartilhe este conteúdo

FLYWORLD VIAGENS CRESCE NO RIO DE JANEIRO

TOP SPA CAR CALCULA MAIS DE 200 LOJAS ATÉ 2020 A Top Spa Car, rede de estética automotiva e lava-rápido adaptado para concessionárias, pretende alcançar 214 lojas em todo o País até 2020. Hoje, a empresa criada em São Bernardo do Campo tem 42 unidades em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Pará. Uma das apostas da rede para suportar o crescimento previsto – só em 2017 deve ser de 50% no faturamento – é nos multifranqueados. Para o fundador da Top Spa Car, Anderson Macena, os multifranqueados adquirem uma capacidade intelectual com o negócio que reflete positivamente em toda a rede. Além disso, afirma, ganham em grande escala com negociações e mão de obra administrativa. www.topspacar.com.br

LIVE DTG FRANCHISING QUER 150 A 200 UNIDADES

Com início no franchising em julho de 2017, a Live DTG Franchising, microfranquia de software para pequenas e médias empresas, já abriu cinco unidades e prevê alcançar a marca de 150 a 200 franquias em todo o território nacional nos próximos cinco anos. Com sede no Pará e as demais unidades no estado de São Paulo, a marca pretende acelerar a expansão no estado paulista e também em Belo Horizonte (MG). A Live DTG lançou recentemente um sistema gameficado de gestão estratégica e acaba de fechar parceria com um dos maiores grupos de fast food do Brasil. www.livedtg.com/franquia

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Revista Franquia & Negócios ABF

Foto: Divulgação

A rede de microfranquias de turismo Flyworld Viagens acaba de inaugurar mais três unidades no Rio de Janeiro, nos bairros de Humaitá (Zona Sul), Vista Alegre (Zona Norte) e Jacapareguá (Zona Oeste), totalizando cinco unidades na capital fluminense. “A cidade do Rio de Janeiro é um dos destinos turísticos mais procurados no Brasil e tem um grande potencial consumidor. Para a Flyworld, é de extrema importância estar em uma região como essa”, afirma o sócio-diretor da Flyworld Viagens, Paulo Atencia. Com as novas unidades, a rede passa a operar com 46 franqueados. Além do Rio de Janeiro, a rede está presente no Distrito Federal e em 11 estados: São Paulo, Pará, Mato Grosso, Bahia, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Amazonas, Roraima, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. www.flyworld.com.br


27 a 30 de Junho

Expo Center Norte | Pavilhões Branco e Azul - São Paulo - SP A ABF FRANCHISING EXPO é o grande encontro de empresários, empreendedores e investidores qualificados com fornecedores do setor, oferecendo opções de investimentos em franquias nos mais variados segmentos da economia nacional.

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NA MIRA DAS MICROFRANQUIAS por Andréa Cordioli (envie sugestões para andrea@editoralamonica.com.br)

FREEWET QUER POUPAR 32,4 MILHÕES DE LITROS DE ÁGUA Com a expectativa de alcançar 200 franqueados até o final deste ano, a rede de limpeza automotiva a seco Freewet quer poupar 32,4 milhões de litros de água em 2017. Hoje, a rede tem 170 unidades e prevê aumentar o faturamento em 40% este ano, considerando um plano de expansão que se iniciou nas grandes metrópoles e hoje parte para cidades do interior. De acordo com a empresa, na franquia Nano – com investimento de R$ 4,9 mil – o empreendedor faz a limpeza média de 45 carros por mês, poupando 162 mil litros de água por ano, por franqueado. A rede também oferece o modelo Light, com investimento a partir de R$ 2,5 mil. Nesse modelo, o franqueado leva todo o material necessário em uma mochila. www.freewet.com.br

PREMIAPÃO SORTEIA PRÊMIOS PARA OS CONSUMIDORES Para ganhar visibilidade, a PremiaPão – rede de franquias com foco em propaganda em saco de pão – promove sorteios mensais de itens como celulares, televisores, cafeteira, iPad, entre outros. “O consumidor precisa se inscrever no site para concorrer com o código que está impresso no saquinho. A entrega do brinde sempre acontece na padaria onde o sorteado comprou o alimento”, explica o diretor executivo da marca, Raphael Mattos. Segundo ele, apenas em agosto, a rede fechou contrato com 40 novos investidores, que possibilitarão aumento de 25% no faturamento da rede. Criada em Recife (PE), a PremiaPão tem 247 unidades no País. www.premiapao.com.br

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Revista Franquia & Negócios ABF

ACQIO FRANCHISING APOSTA EM PDV DO GOVERNO A Acqio Franchising, rede de franquias com foco em pagamentos eletrônicos via POS, lançou recentemente uma campanha nacional direcionada especificamente para servidores públicos que aderirem ao Programa de Desligamento Voluntário (PDV) oferecido pelo governo. “O investimento inicial hoje da Acqio é de R$ 7.490,00. Para ex-funcionários do governo o valor da taxa de franquia até 31 de dezembro deste ano será de R$ 5.990,00”, afirma o CEO da rede, Kawel Lotti. A rede espera ter dez novos franqueados até dezembro provenientes do PDV do governo. Com início no franchising em 2015 e hoje com 580 unidades franqueadas, a Acqio prevê fechar o ano com 700 unidades. www.acqio.com.br

INOIVANDO FRANQUIAS FAZ PLANOS PARA 2018 A Inoivando Franquias, microfranquia de marketing digital que atua no mercado de casamentos, prevê abrir 18 unidades em 2018, ano em que pretende lançar novos produtos, atualizar seu portal regional e fechar novas parcerias. Atualmente, a rede tem três unidades franqueadas em fases de treinamento e inauguração: Florianópolis (SC), Porto Velho (RO) e Campinas (SP), além da unidade própria localizada em Jundiaí (SP). Segundo a última pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Eventos Sociais (Abrafesta), os gastos com cerimônias e casamentos em 2015 alcançaram R$ 16,8 bilhões em todo o Brasil. inoivandofranquias.com.br


A rรกdio online mais ouvida do Brasil Fonte: Ibope TagWave Nov/2017


NA MIRA DAS MICROFRANQUIAS por Andréa Cordioli (envie sugestões para andrea@editoralamonica.com.br)

MR. KIDS QUER VENDER 40 FRANQUIAS EM 2017 Com 138 franqueados atualmente, a Mr. Kids pretende conquistar mais 14 até dezembro, totalizando 40 novas franquias em 2017. A rede de vending machines foca sua expansão no interior de São Paulo e no Nordeste e hoje tem mais de 800 pontos de venda já negociados em hipermercados como Extra, Carrefour, Assai Atacado, Tenda Atacado, GBarbosa (Nordeste), Bretas (Goiás) e Prezunic (Rio de Janeiro), além de aeroportos e shoppings centers. Segundo a rede, um franqueado fatura entre R$ 1,6 mil a R$ 30 mil, dependendo do número de máquinas instaladas que possui. A lucratividade é de 35% a 40% e o investimento total é de R$ 18,7 mil. www.mrkids.com.br

Presente em oito estados com 18 unidades no País, a Franquia Portal da Cidade prepara um plano de expansão para municípios de interior, com 35 mil a 300 mil habitantes. São três modelos de negócios: para cidades com até 60 mil habitantes, o investimento inicial é de R$ 15 mil a R$ 25 mil; para municípios com até 120 mil habitantes, o aporte vai de R$ 20 mil a R$ 50 mil; e para cidades com mais de 120 mil habitantes, de R$ 25 mil a R$ 80 mil. “Estamos direcionando nossos esforços de expansão para essas cidades de interior, que são carentes de veículos de comunicação local e possuem demanda potencial para o nosso negócio”, explica o CEO da empresa, Guilherme Turcato. A empresa espera abrir quatro unidades este ano e vinte em 2018. www.franquiaportaldacidade.com

HOME ANGELS PODE ALCANÇAR 300 UNIDADES A Home Angels planeja alcançar 300 unidades até 2020. Atualmente, a rede de franquias de cuidadores de pessoas conta com cerca de 160 unidades, que devem faturar R$ 120 milhões em 2017. Parte dessa expansão, diz a empresa, virá do crescimento desse mercado, uma vez que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida do brasileiro cresceu quase 15% nos últimos dez anos. O faturamento médio mensal de uma franquia Home Angels, após um ano de operação, é superior a R$ 100 mil por mês. A empresa também relançou este ano sua revista, produzida pela Lamonica Conectada, e distribuída em todo o País. www.homeangels. com.br

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Revista Franquia & Negócios ABF

BYEBYEPAPER REALIZA PRIMEIRA CONVENÇÃO NACIONAL DE FRANQUEADOS A ByeByePaper, franquia de digitalização de documentos e gestão da informação na nuvem, realizou em novembro a sua primeira Convenção Nacional de Franqueados. Além de anunciar as novidades para 2018, a Convenção contou com a participação do atleta paralímpico Juliano Alves, que falou sobre superação e sucesso, e do empreendedor Leonardo de Matos – eleito pelo Mercado Livre como o melhor vendedor do Brasil em 2016 –, que discorreu sobre marketing e vendas. Também participaram da Convenção o ex vice-presidente do Grupo Silvio Santos e conselheiro da ByeByePaper, Lasaro do Carmo Jr, e o especialista em marketing digital e inovação, Paulo Milreu. Fundada em 2013, a ByeByePaper tem 120 unidades em 22 estados e atende 400 municípios. www.franquiabyebyepaper.com.br

Fotos: Divulgação

FRANQUIA PORTAL DA CIDADE PLANEJA EXPANSÃO PARA PEQUENAS CIDADES



R E G U L A M E N TA Ç Ã O

#Educacao #TJSP #Consumidor #Concorrencia

TJ de São Paulo considera inconstitucional “Lei da Promoção” TRIBUNAL PAULISTA DECIDIU FAVORAVELMENTE À AÇÃO MOVIDA PELA ABF QUE, DE FORMA GERAL, DEFENDE A LIVRE CONCORRÊNCIA Compartilhe este conteúdo

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Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) considerou inconstitucional a Lei 15.854/2015 (chamada de “Lei da Promoção”), desobrigando os fornecedores de serviços a estender aos já clientes eventuais promoções dirigidas a novos consumidores. A ação foi ajuizada pela ABF em maio de 2016 em virtude da mobilização do Comitê de Educação da entidade, já que a lei impactava diretamente empresas como escolas de idiomas e profissionalizantes, além de operadoras de telefonia celular, TV por assinatura, dentre outras. Com a decisão expedida pelo TJSP no dia 31 de outubro de 2017, toda empresa que possua um contrato contínuo de prestação de serviços com seu consumidor é beneficiada. De acordo com o diretor jurídico da ABF, Fernando Tardioli, a decisão beneficia a livre iniciativa, a segurança jurídica e está em linha com o setor de varejo brasileiro na atualidade, privilegiando a livre concorrência. “A competência para propor a lei seria da União e ela fere a livre iniciativa. Os empresários devem concorrer no mercado como lhes convier, desde que respeitando a lei. Acabou prevalecen-

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Revista Franquia & Negócios ABF

do justamente o bom senso e a questão de que todos são livres para se organizar e concorrer de forma lícita”, avalia. Os principais argumentos expressos pela ABF na ação foram a impossibilidade de os estados legislarem a respeito de Direito do Consumidor, na medida em que tal competência é da União e a inconstitucionalidade da legislação em questão, considerando-se que ela tira dos empresários a autonomia para promover as suas atividades, realizar promoções e concorrer no mercado.

“Isso sem falar nos prejuízos causados ao próprio consumidor, na medida em que durante as discussões sobre a aplicação da lei, inúmeras empresas optaram simplesmente por não lançar campanhas promocionais, sob pena de ter que estender tal benefício àqueles clientes já existentes e não somente aos novos. Isso fez com que a Lei da Promoção fosse ‘um tiro no pé’, na medida em que não beneficiou consumidor algum, pelo contrário”, ressalta o advogado. Na conclusão do acórdão, o Tribunal afirma: “Destarte, os fornecedores de serviços prestados de forma contínua não ficam obrigados a conceder a seus clientes preexistentes os mesmos benefícios de promoções posteriormente realizadas”. A decisão do TJSP está baseada no mérito da ação e já está em vigor. “Trata-se de decisão importante, fundamental e vale desde já. Qualquer recurso não tem efeito suspensivo”, completa Tardioli.



ASPECTOS LEGAIS DO FRANCHISING #Educacao #TJSP #Consumidor #Liberdade

Lei da Promoção é inconstitucional: boa notícia para o setor de Educação Por Fernando Tardioli* Compartilhe este conteúdo

FOTO: DIVULGAÇÃO

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esde 2015, prestadores de serviços contínuos – como escolas de idiomas e de cursos profissionalizantes, operadoras de TV e telefonia, e fornecedores de energia elétrica, água e gás, entre outros – se viram intimidados a atender a Lei Estadual Paulista n.º 15.854/2015, que os obrigava a estender os benefícios de promoções realizadas para a captação de novos consumidores aos clientes pré-existentes. Em maio do ano passado, o Comitê de Educação da ABF – composto por franqueadoras que atuam no mercado de ensino de idiomas e profissionalizante – se mobilizou, a fim de recorrer à Justiça para se livrar de tal obrigação. A ABF ajuizou uma ação e saiu vitoriosa: o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) considerou a Lei 15.854/2015 inconstitucional e beneficiou todas as empresas que possuem um contrato contínuo de prestação de serviços com seus consumidores.

*Fernando Tardioli é Diretor Jurídico da Associação Brasileira de Franchising (ABF), do World Franchise Council (WFC), da Federação Ibero-Americana de Franquias (FIAF) e sócio do escritório Tardioli Lima Advogados

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Revista Franquia & Negócios ABF

Em seus argumentos, a ABF alegou que a Lei da Promoção tirou dos empresários a autonomia e a segurança jurídica necessárias para promover atividades e promoções para conquistar novos clientes – algo extremamente necessário para a p ­ rosperidade de seus negócios. Defendeu, ainda, que não é competência dos Estados legislar sobre Direito do Consumidor, mas sim, uma atribuição da União. A Lei da Promoção não beneficiou nenhum consumidor. Isso porque, engessadas por ela, muitas prestadoras de serviços preferiram não lançar campanhas promocionais. Todo empresário tem liberdade para disputar mercado de forma lícita. É isso que garantem a livre iniciativa e a livre concorrência. Mas o medo de um eventual prejuízo, gerado por uma campanha promocional, intimidou as iniciativas neste sentido. Vale ressaltar que a decisão do TJ/SP já está em vigor. Qualquer recurso contrário à decisão, não terá efeito suspensivo automático. Mais que uma vitória da ABF, foi também uma vitória do bom senso, artigo cada vez mais escasso nos dias de hoje.


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P O N T O D E V I S TA

#Forca #Recomecar #Momento #Atividade

A inércia Por Luciano Pires*

saac Newton escreveu que “um objeto que está em repouso ficará em repouso até que uma força desequilibradora atue sobre ele.” É a Lei da Inércia, que se aplica a nossas vidas: quando encontramos uma zona de conforto, é lá que, inertes, permanecemos. A coisa que você mais faz em seu dia é repetir o que você fez no dia anterior. Você acorda igual, toma café igual, se veste igual, vai para o trabalho ou para a escola pelo mesmo caminho, almoça nos mesmos lugares. A maior parte de sua vida é consumida com repetições, até que uma força desequilibradora tira você desse ciclo. Uma demissão. Uma promoção. Uma desilusão amorosa. Uma tragédia. Enquanto a força não surge, fica ali repetindo, repetindo, repetindo. Para quebrar esse ciclo comece por avaliar cada atividade importante que você pratica no dia a dia. Quanta satisfação essa atividade proporciona? Por exemplo, indo para o trabalho. Você toma um ônibus e fica dentro dele durante uma hora e meia. Quanto de satisfação e de sensação de que isso ajuda a defender uma causa você tem? Nenhuma? A simples constatação da contribuição nula que esse processo fundamental traz para sua vida – o transporte de casa para o trabalho e vice-versa –, já vai lhe colocar na posição incômoda de ter que fazer algo a respeito.

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* Luciano Pires é jornalista, escritor, palestrante e cartunista contato@lucianopires.com.br www.lucianopires.com.br

– Se vou ficar 90 minutos dentro de um ônibus, vou ler um livro. Ou então vou ouvindo uma aula de inglês! Ou, melhor ainda, os podcasts do Luciano Pires! Assim faço com que aquele tempo até hoje perdido sirva para alguma coisa… Sacou? Se você não avaliar cada processo que consome seu tempo de vida, em relação à causa que você defende, acabará se acostumando com eles. E permanecerá inerte, fazendo aquilo que é a nossa natureza: repetir hoje o que fizemos ontem. Até morrer.




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