Revista Varejo & Oportunidades nº 43

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Ano 7  Número 43  Abr/Mai 2017  ISSN 2175-4926  R$ 12,00 www.varejoeoportunidades.com.br  Impresso  Web  Smartphones  Tablets

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LOJAS DO

Experiência de compra, integração entre o on-line e o off-line, tecnologia embarcada, contador eletrônico, etiqueta eletrônica, eficiência energética... confira as principais tendências do varejo apresentadas na Euroshop 2017

FUTURO



EDITORIAL

O QUE MOVE O Editora Lamonica Conectada Rua Sabará, 566 7º andar  cjs 72 e 74  CEP: 01239-010 Tel.: (11) 3256-4696  3214-5938 Publisher: José Lamônica - lamonica@editoralamonica.com.br Consultoria Estratégica de Gestão: Militelli Business Consulting Direção de Produção: Andréa Cordioli (MTb: 31.865) andrea@editoralamonica.com.br Reportagem: Sammy Eduardo Direção de Criação e Arte: Marcelo Amaral - marcelo@editoralamonica.com.br Silvério Bertelli - silverio@editoralamonica.com.br COMERCIAL PROJETOS E VENDAS DE PUBLICIDADE Sede 55 (11) 3256-4696 - 3214-5938 Gerente Comercial: Fábio Braga - 55 (11) 99800-8632 fabio@editoralamonica.com.br Gerentes de Contas: Gesner Castro - 55 (11) 99815-3063 gesner@editoralamonica.com.br Mislene Guedes: 55 (11) 95903-0244 mislene@editoralamonica.com.br Thais Andrade - 55 (11) 99115-3339 thais@editoralamonica.com.br BRASÍLIA Representante de Publicidade Paulo Tamanaha - 55 (61) 9258-1243 paulo.cin@centrodeideiasenegocios.com.br FORTALEZA Representante de Publicidade: Isabel Cavalcanti - (85) 3264-7342/ (85) 98834-7342 dialogar@propaganda.com.br Logística e Mercado: Thais Guardacioni - thaisg@editoralamonica.com.br Mônica Cavalcante - monica@editoralamonica.com.br Mídias Sociais: Juliana Parollo - juliana@editoralamonica.com.br Marketing e Mailing: Tatiane Brito - tatiane@editoralamonica.com.br Administração e Financeiro: Silvia Medeiros - silvia@editoralamonica.com.br Assistente Financeiro: Viviane Naia Keunecke - contasareceber@editoralamonica.com.br Assinaturas: (11) 3256-4696 - 3214-5938 Plataforma digital: MavenFlip Publicações Digitais Produção Gráfica: Nywgraf

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VAREJO?

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iberação do dinheiro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), queda – e agora alta – nos preços das carnes, aprovação pela Câmara dos Deputados do Projeto de Lei que trata da terceirização das atividades-fim em empresas, divulgação de indicadores econômicos (ligeiro aumento do emprego formal, queda na demanda por crédito, redução na inflação).... o que moveu o varejo nos últimos tempos? Em uma palavra: Euroshop. Veja nesta edição o que de mais importante ocorreu na maior feira de varejo do planeta em tamanho e número de expositores e as tendências que vão agitar o varejo daqui para frente. De antemão, já sabemos: cresce a preocupação com a experiência de compra dos clientes dentro da loja física e quem não estiver preparado para atender a esse anseio não irá sobreviver. Você também vê nesta edição uma matéria sobre a febre dos jogos de fuga, que hoje estão sendo procurados por grandes empresas para treinamento de seus colaboradores. Afinal, como eles se comportam diante da pressão? São 60 minutos para desvendar segredos, usar o raciocínio lógico e a intuição e, principalmente, para se trabalhar em equipe. Quem não tiver espírito colaborativo logo será isolado. Quem sucumbir à contagem regressiva será paralisado. Mas quem souber agregar e pensar com clareza será valorizado... Spoiller: em uma das salas dessas empresas, o Carandiru, do Puzzle Room, os integrantes só alcançam a saída se derem as mãos! Você já se perguntou se seus colaboradores estão de mãos dadas em torno da missão da empresa? Tem muito mais nesta edição, feita especialmente para você. Boa leitura!

Foto: Keiny Andrade

EDITORA RESPONSÁVEL

José Lamônica, Publisher da Lamonica Conectada

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SUMÁRIO

22 CAPA

Veja os destaques da Euroshop 2017, maior feira de varejo do planeta em tamanho e número de expositores, e o que moverá o varejo do futuro

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RECURSOS HUMANOS

Empresas buscam jogos de fuga para testar habilidades lógicas e comportamentais dos funcionários. Acompanhe o crescimento dos “escape games” no País

28 NICHO

Varejistas reforçam segurança e qualidade dos produtos para evitar perdas após o escândalo da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal

12 ENTREVISTA

Fernando Akira Nagata substitui Júlio Takano no comando da Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços para o Varejo (Abiesv). Confira seus planos!

06 | NA MIRA DO VAREJO

Tudo o que move o setor: lançamentos, dicas, planos de expansão das empresas, dança das cadeiras, aquisições, novas tecnologias, inovações e muito mais! ABF.COM.BR PORTALDOFRANCHISING.COM.BR ABFEDUCACAO.COM.BR

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NA MIRA DO VAREJO

GENDAI ANUNCIA SUA NOVA LOJA-CONCEITO A primeira loja da rede de comida japonesa Gendai inaugurada no País está de cara nova e foi transformada em flagship, ou seja, lojaconceito da franquia. Inaugurada em 1992 no Morumbi Shopping, em São Paulo, a loja foi mudada para a área gourmet do local, combinando elementos tradicionais da cultura japonesa com traços modernos e inovadores. Essas e outras mudanças são parte do projeto de lifting da rede, com previsão de ser concluído no final do ano que vem.

IMAGINARIUM INAUGURA SEGUNDA LOJA PREMIUM A rede de franquias Imaginarium acaba de abrir mais uma unidade no Rio de Janeiro, dessa vez no shopping Rio Design Barra. A nova loja é a segunda no Brasil sob o formato Premium – a primeira opera desde setembro do ano passado no Leblon, também na capital fluminense, e é a terceira franquia da marca de Leonardo Scarlato e Glauco Lima, que também estão à frente das lojas da marca no Madureira Shopping e Bangu Shopping. O formato Premium possui projeto assinado pelo escritório de arquitetura carioca Bebo, com uma decoração contemporânea e todo o mobiliário não é fixado, permitindo a criação de diferentes opções de layouts.

GRUPO QG INVESTE EM NOVA MARCA DE FRANQUIA O Grupo QG abrirá as portas da primeira franquia da Bupaqê em abril, em Goiânia (GO). Esse é o segundo empreendimento da empresa, que é criadora da rede de restaurantes QG Jeitinho Caseiro. De acordo com o CEO, Guilherme Carvalho, a nova marca nasceu inspirada na nova demanda de customização e possibilitará ao consumidor de empreendedor, pois demanda invesescolher o recheio de hambúrgueres ou timento de R$ 250 mil, quase a metade pastéis. O tamanho do prato também vai do necessário para ter uma franquia da variar, o pastel, por exemplo, pode ter QG. A expectativa é abrir cinco lojas ain15cm ou 18cm. Com a Bupaqê o grupo da em 2017, no Centro-Oeste. goiano pretende atingir um novo perfil

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PITICAS CRESCE MAIS DE 50% E QUER EXPANDIR PARA TODO O BRASIL Após abrir 128 lojas e vender mais de 2 milhões de itens em 2016, a Piticas, rede de franquias especializada em cultura pop, quer chegar a todos os estados do País. Para 2017, a marca espera bater a meta de 400 pontos de venda, além de expandir a marca no mercado internacional.

ARENA BABY QUER EXPANDIR POR SÃO PAULO Criada em Santo André (SP), no início de 2015, e no franchising desde o final do ano passado, a Arena Baby, rede de franquias especializada na venda de roupas novas e seminovas para crianças de 0 a 3 anos, abrirá sua terceira loja própria em abril e busca franqueados na capital paulista e região metropolitana. A expectativa da rede para este ano é a de fechar o ano com sete unidades, em Santo André, Mauá e São Bernardo do Campo, além de outras quatro franqueadas. O investimento inicial para abrir uma franquia da marca é de R$ 250 mil e a taxa de franquia é de R$ 40 mil.

CNA LANÇA CLUBE DE VANTAGENS A rede de escolas de idiomas CNA acaba de lançar um Clube de Vantagens que oferece benefícios exclusivos a alunos matriculados na rede em todo o País. Os pontos valem para compras em lojas online e estabelecimentos parceiros de vários segmentos: eletrônicos, entretenimento, restaurantes, esportes e academias, viagem e turismo etc. Entre as mais de 30 empresas parceiras no lançamento dessa ação estão: Netshoes, Centauro e Giuliana Flores. O estudante que quiser utilizar os benefícios deve ter cadastro no Portal do Aluno e acessar o endereço www.clubedevantagenscna.com.br para obter os vouchers. OFNER ABRE TRÊS LOJAS EM SÃO PAULO A Ofner anunciou a abertura de três unidades na capital paulista. As lojas foram instaladas nos Shoppings Morumbi, Pátio Paulista e Anália Franco. A outra novidade é o lançamento do Ofner To Go, onde será possível degustar na loja ou levar opções de sanduíches feitos com ingredientes selecionados, saladas e parfait. Os novos pontos contarão com maquinários de alta tecnologia, divisão por setores – pâtisserie, salgado, gelato, doces, estrutura modernizada, mobiliário diferenciados e layout inovador.

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NA MIRA DO VAREJO

SPAZIALE ITALIANA BUSCA FRANQUEADOS A Spaziale Italiana, nova rede de fast food especializada em culinária italiana, celebra seu faturamento de R$ 900 mil em 2016 com apenas uma unidade-piloto e agora está em busca de novos franqueados para crescer. A meta da rede é encerrar o ano com dez unidades franqueadas e, para isso, aposta em um processo de expansão em espiral de olho em investidores em estados como Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e na região do interior de São Paulo.

MEUS PEDIDOS LANÇA NOVA PLATAFORMA PARA E-COMMERCE A Meus Pedidos, empresa especializada em soluções para vendas, acaba de lançar uma plataforma de E-commerce B2B que tem como objetivo conectar indústrias, distribuidores, representantes comerciais e varejistas em um único ambiente. A ferramenta permite que fabricantes e distribuidores disponibilizem um portal onde representantes e clientes podem fazer seus pedidos e gerenciar essas compras pela internet, o que facilita o processo de abastecimento dos varejistas. Em 2016, a Meus Pedidos registrou um faturamento de R$ 6 milhões e espera chegar, com o lançamento dessa nova plataforma, aos R$ 10 milhões no final deste ano. Em 2015, a plataforma transacionou R$ 7,8 bilhões em pedidos e, em 2016, foram R$ 12,6 bilhões. A expectativa para este ano é que a empresa ultrapasse R$ 25 bilhões em valores transacionados, somando os resultados da força de vendas e do novo e-commerce B2B. 8

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ACQUA AROMA PARTE PARA INTERNACIONALIZAÇÃO A rede de aromatizadores para a casa Acqua Aroma acaba de inaugurar uma distribuidora em Orlando, Flórida (EUA), dando o primeiro passo para sua internacionalização. Com essa ação, a marca espera crescer 40% em 2017 com as franquias no Brasil e 500 pontos de venda nos Estados Unidos, além de alcançar faturamento de US$ 1 milhão. O fato de o país ser o maior mercado consumidor de perfumaria para casa do mundo foi determinante para a escolha. Além disso, a marca identificou, após um ano de avaliação, que seus produtos eram muito competitivos por lá.


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NA MIRA DO VAREJO

SANTANDER OFERECE 1,1 MIL BOLSAS DE ESTÁGIO PARA UNIVERSITÁRIOS ATUAREM EM PMES do Santander, O Santander anunciou a oferta de Marcelo Aleixo. A 1,1 mil bolsas de estágio a universitábolsa de estágio rios em pequenas e médias empresas terá duração de clientes do Banco por meio do Prograquatro meses e o auxílio-mensal é de ma Universitário-Empresas. Neste ano, R$ 882,00. Os interessados em adquirir o programa cresceu, tanto é que o núuma das bolsas poderão consultar as mero de vagas aumentou em 10% em vagas e se candidatar no site do Sanrelação ao ano passado. Além disso, tander Universidades (www.santandeagora o benefício foi disponibilizado runiversidades.com.br/bolsas). Já as a todos os estudantes do País. “A ampequenas e médias empresas clientes pliação do número de vagas neste ano do Banco que quiserem ter um estagiáé a prova de que estamos confiantes rio podem comunicar seu interesse por com a retomada da economia, e que as meio do site do Santander Negócios empresas de pequeno e médio portes & Empresas (www.santandernegociosão a mola propulsora desse movimenseempresas.com.br), na aba Consto”, comenta o superintendente executruindo Equipes. tivo de Pequenas e Médias Empresas

IBOPE DIVULGA RANKING DE E-COMMERCES COM MAIOR ÍNDICE DE RECOMENDAÇÃO O Ibope Conecta e o Ibope DTM (o primeiro, referência no comportamento do consumidor digital, e o segundo, unidade de marketing de relacionamento e big data do Ibope Inteligência) divulgaram o estudo Customer Experience Report (CX Report), que comparou os 34 principais sites de e-commerce do Brasil. A pesquisa revelou que o comércio eletrônico com índice mais alto é a Netshoes, com 71% de clientes que recomendam a marca, resultado 36% maior do que a média (52%) dos e-commerces avaliados. Em segundo lugar está a loja de moda Zattini, também do Grupo Netshoes, com 69%, seguido pela Saraiva (64%).

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TACO BELL ABRE UNIDADE NO SHOPPING ARICANDUVA, EM SÃO PAULO A rede de fast food inspirada na culinária mexicana Taco Bell inaugurou mais uma loja na capital paulista, dessa vez no Shopping Aricanduva. A nova unidade é a segunda instalada na zona leste da cidade e a 7ª aberta no Brasil em menos de seis meses. A outra unidade na região foi inaugurada no ano passado no Shopping Anália Franco. A inauguração é a primeira das 15 previstas para este ano por toda a capital paulista, além de Guarulhos e Santo André, na região metropolitana, e na Praia Grande, no litoral do estado. As próximas unidades da rede devem ser instaladas nos Shoppings Morumbi, Bourbon, SP Market e Metrô Tatuapé, na capital, além de outras na região da Av. Paulista, mais especificamente nos Shoppings Center 3 e Pátio Paulista.


SÓBRANCELHAS CHEGA À ARGENTINA COM A SÓLOCEJAS A rede especializada em embelezamento do olhar e da face Sóbrancelhas já alcançou a marca de 200 unidades em todo o Brasil e agora aposta em sua internacionalização. A primeira unidade em solo internacional, a Sólocejas, acaba de ser instalada na Argentina. Expandir mercado, ganhar diversidade e competitividade internacional são os pontos essenciais para a decisão, segundo a fundadora da marca, Luzia Costa. Segundo ela, o plano estratégico da Sólocejas na Argentina contempla a abertura de 30 unidades nos próximos 18 meses.

CURSO DA UPTIME AGORA CONTA COM REALIDADE VIRTUAL E AUMENTADA A partir de maio, a UPTIME começará a utilizar a realidade virtual e aumentada (AVR - Augmented and Virtual Reality) em suas aulas e será o primeiro curso de inglês do mundo a utilizar essa tecnologia disruptiva. A nova ferramenta tem como objetivo garantir um processo de aprendizagem acelerado e maior fixação do conteúdo exposto, além de proporcionar um método de ensino mais interativo e dinâmico. O material em AVR foi desenvolvido pelo departamento de pesquisa e desenvolvimento do UPTIME Group em parceria com a empresa líder mundial em realidade virtual e aumentada, EON Reality. A nova tecnologia estará disponível em todas as unidades da rede a partir de maio de 2017.

EMAGRECENTRO LANÇA NOVO FORMATO DE SERVIÇO, O ESTHETICLUB A clínica de estética Emagrecentro está com um novo formato de serviço, o EsthetiClub. Implantado no final de fevereiro na unidade da rede em Miami (EUA), o serviço é inspirado nos formatos de tratamento americano e permite que o cliente realize de um a três procedimentos semanalmente, de acordo com o pacote que foi adquirido. Aqui no Brasil, esse formato deve trazer um incremento de 50% no faturamento das clínicas. O EsthetiClub conta com três tipos de pacotes: Ouro, Prata e Bronze, com valores de R$ 299,00, R$ 249,00 e R$ 149,00, respectivamente. “Hoje o ticket médio por paciente na clínica é de R$ 1 mil e a nossa expectativa é que, com a implementação do EsthetiClub, suba para R$ 2,4 mil. Com isso teremos um incremento de 50% no faturamento das clínicas”, aposta Ramuth. 2017

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ENTREVISTA

Fernando Akira Nagata substitui Júlio Takano no comando da Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços para o Varejo (Abiesv) com a tarefa de aumentar a conexão entre fornecedores e varejistas

MISSÃO

Foto: Divulgação

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melhorada sensivelmente. Em seguida, omemorando 15 anos de contrientramos em uma profunda crise, e agobuições para a construção de ra o varejo tem o desafio de retomar o um varejo nacional cada vez crescimento. Como a Abiesv trabalhará, mais competitivo, a Associação sejam com estratégias ou ações, para Brasileira da Indústria de Equipamentos que o setor volte a avançar? e Serviços para o Varejo (Abiesv) passa O momento político e econômico que este ano a ser presidida pelo empresário o País atravessa ainda trará dificuldaFernando Akira Nagata, que substitui Júdes, no curto prazo, para o varejo e para lio Takano na liderança da entidade. toda a cadeia de fornecimento envolCom mais de 24 anos de experiência vida. No entanto, em momentos como no setor de iluminação, o executivo já esse, o mercado aproveita para revisar ocupou as posições de diretor de eventos seus modelos de negócios, o que cone também foi vice-presidente da Abiesv tribui para que as emdurante o mandato de presas se tornem mais Takano. Akira é, ainda, As nossas iniciativas robustas e preparadas. diretor e sócio proprieNesse sentido, já existário da companhia são voltadas para a tem sinais de uma reÔmega Light. ampliação do networking, cuperação da confianSegundo Akira, seu por meio de eventos e ça do mercado, com os maior objetivo à frente ajustes que foram feitos da Associação é prosações de aproximação, nos dois últimos anos. seguir o trabalho ime para a qualifi cação Somado a isso, o vaplementado na gestão rejo historicamente se anterior, com foco na do nosso associado, recupera rapidamente, troca de informações promovendo uma intensa o que nos indica anos entre os associados e troca de informações mais promissores pela nas parcerias que mulfrente. As nossas iniciatipliquem os negócios tivas são voltadas para a ampliação do entre indústria (fornecedores) e o varejo. networking, por meio de eventos e ações Atualmente, o quadro associativo de aproximação, e para a qualificação da Abiesv conta com 70 instituições de do nosso associado, promovendo uma todo o País. Para Akira, a mudança no intensa troca de informações, permitincenário econômico brasileiro, que atrado que o nivelamento do conhecimento vessa um momento conturbado, deve impulsione a evolução dos nossos neacontecer com a recuperação da congócios. Também pretendemos ampliar fiança dos consumidores e a construa formação de conselhos setoriais, para ção de modelos de negócios robustos que possamos atuar institucionalmene preparados. A seguir, os principais te nas demandas mais importantes dos trechos do bate-papo: nossos associados. Nos últimos dez anos, tivemos a chaNeste ano, a entidade completa 15 mada ‘década de ouro do varejo’ onde a anos. Poderia citar alguns avanços no nova classe C (54% da população brasivarejo brasileiro promovidos com o emleira) pode vivenciar o acesso aos bens penho da Abiesv? de consumo e ter sua qualidade de vida

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ENTREVISTA

jetivo nessa jornada será ampliar a rede de relacionamento entre associados e varejistas, por meio dos nossos “Backstage do Varejo” – eventos que proporcionam uma troca muito construtiva de informações e experiências entre os associados e varejistas, que tomam conhecimento das mais recentes soluções de produtos e serviços disponíveis no mercado. Ampliar esse relacionamento também em nossas participações nas mais conceituadas feiras do setor, com o objetivo de oferecer aos visitantes “ilhas de conhecimento”, com modelos aplicados das melhores práticas de mercado em um ponto de venda – enfim, aproximar as necessidades dos varejistas ás soluções de nossos associados.

Nosso maior objetivo será ampliar a rede de relacionamento entre associados e varejistas, por meio dos nossos “Backstage do Varejo” – eventos que proporcionam uma troca muito construtiva de informações e experiências entre os associados e varejistas, que tomam conhecimento das mais recentes soluções de produtos e serviços disponíveis no mercado A própria organização do setor, no sentido de se fortalecer e articular, foi um passo muito importante. Essa união possibilitou, por exemplo, um convênio com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), firmado em 2013, para ampliar as exportações de produtos e serviços. Com essa parceria, pudemos realizar um Projeto Comprador e participar com estande na Euroshop em 2014. Há também pleitos no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para redução de IPI de alguns produtos desenvolvidos por associados, que achamos prudente ainda não divulgar até que sejam sancionados. Fora isso, atualmente, atuamos em mais de oito eventos do mercado e promovemos, no mínimo, quatro eventos anuais, o que nos coloca numa posição de provedores de soluções para o ponto de venda (PDV). Neste ano, também marcamos presença com estande na Euroshop 2017, com espaço para nossos associados. Para o seu mandato, que avanços você gostaria de obter em prol da Abiesv e do varejo nacional? Acredito que, inicialmente, prolongar o bom trabalho realizado pela gestão do nosso presidente Julio Takano. Muitos projetos serão uma continuação do que já foi plantado. Nosso maior ob-

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Com quantos associados e parceiros a Abiesv conta hoje? Qual é o plano em termos de tamanho da entidade? Atualmente nosso quadro associativo conta com 70 das mais importantes empresas da cadeia de fornecimento do varejo. Também mantemos um Comitê de Varejo, com as algumas das mais importantes redes varejistas do País, em que buscamos, dentre outras ações, uma aproximação maior com eles, que são nossos clientes, no sentido de alinhar a oferta de produtos de acordo com a sua demanda. Ao longo desses anos, firmamos importantes parcerias que permitem aos associados significativos benefícios para competirem em um mercado global. São nossos parceiros o Istituto Europeo di Design, Green Building, APAS, Brazil Promotion, Sindilojas de Porto Alegre, LIDE, Mega Polo Modas, Couromoda, CDL de Fortaleza, Latam Retail, Febravar e BTR.


Muitas das empresas e indústrias que servem ao varejo diminuíram seus investimentos por conta da crise econômica. Quando, na sua opinião, elas devem retomar ao mesmo patamar de investimentos observado antes da depressão econômica? Vale lembrar que os aportes também são de extrema importância para o varejo oferecer uma experiência de compra ainda melhor ao consumidor... O Brasil viveu nos últimos dez anos momentos de crescimento jamais vistos, e o varejo caminhou na mesma esteira, com Quais serão os próO Brasil viveu nos crédito facilitado e conximos eventos organiúltimos dez anos fiança elevada. A dezados pela entidade para debater ideias e momentos de crescimento pressão deixa duras marcas, entretanto faz soluções para o varejamais vistos, e o varejo com que as empresas se jo? Onde eles acontetornem muito mais eficerão? caminhou na mesma cientes. Ainda assim, as Nós realizamos quaesteira, com crédito empresas e indústrias tro Backstages do Varefacilitado e confiança continuam investindo e jo por ano, com os temas rapidamente elevam o que fazem parte do dia elevada. A depressão patamar de investimena dia dos associados, deixa duras marcas, to ao perceberem indicomo visual merchancações de retomada do dising, iluminação, susentretanto faz com que as econômico. tentabilidade e gestão empresas se tornem muito crescimento Prova disso é que na úlde ativos. Normalmente mais eficientes tima Euroshop, agora eles são realizados no em 2017, mais de 700 Hotel Renaissance, em brasileiros visitaram a feira, em busca de São Paulo, mas está nos nossos planos novidades e tendências globais. Além do expandir a realização do Backstage para mais, varejistas já sinalizaram que 2017 fora de São Paulo. será um ano de forte retomada. A flexibilização da jornada de traChegamos ao fim do primeiro trimesbalho parece ser a principal demanda tre de 2017. Até agora, como o varejo brado varejo brasileiro atual. As redes bussileiro se comportou e quais são os progcam, com isso, aumentar sua produtivinósticos para o restante do ano? dade ao adaptar o quadro de colaboraO varejo ainda sente o golpe da crise e dores às demandas de cada horário ou vem trabalhando ainda abaixo das expecdata. O senhor concorda? tativas, mas existem sinalizações de meApesar de termos um Comitê de Valhoras. Particularmente acredito que será rejo, esse tema não diz respeito diretaum ano bastante desafiador, porém com mente aos associados, que são, em sua balanço positivo até o final de 2017. maioria, consultorias e indústrias. Atualmente, qual é a principal demanda dos associados da Abiesv? E qual é a posição da entidade? Nesse momento, dado o cenário brasileiro, os associados desejam estar cada vez mais próximos do nosso público-alvo que são os varejistas. Nossa intenção é promover isso ainda mais em nossos eventos e em participações em feiras e fóruns do setor, que são meios de conectar as pontas pela transferência de conhecimento e rodadas de negócios.

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RECURSOS HUMANOS

60 MINUTOS PARA

CRESCER Jogos de fuga buscam fisgar clientes corporativos oferecendo soluções de desenvolvimento das habilidades lógicas e comportamentais dos participantes. Demanda pelo serviço não para de crescer e atrai até multinacionais

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Cursos profissionalizantes, palestras, dinâmicas em grupo e treinamentos coletivos eram até então as práticas mais utilizadas pelas áreas de recursos humanos dessas empresas para realizarem esse trabalho. No entanto, o surgimento de um novo mercado em meados de 2015 está mudando esse cenário. Trata-se do setor de “escape games” (jogos de fuga, em português) que, mesmo próximo de completar apenas dois anos de operação no Brasil, cresceu 3.200% em número de unidades de salas entre julho de 2015 e março deste ano. O progresso acelerado em plena crise, vale lembrar, vem acompanhado de uma recente tendência na área de gestão de pessoas das organizações, que passaram a utilizar esses jogos para treinar e desenvolver as capacidades comportamentais e o potencial lógico dos seus funcionários e até diretores. “Começamos a atender essas empresas como demanda de eventos de confraternização, mas logo elas perceberam que poderiam aproveitar o game para desenvolver características específicas de seu pessoal. Atentos a esse movimento, decidimos investir nesse tipo de cliente e hoje eles já representam 25%

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nvestir no desenvolvimento de seus colaboradores parece unânimidade no planejamento estratégico de qualquer empresa que aspira evoluir. A escassez de mão de obra qualificada no mercado de trabalho brasileiro, aliada à importância de formar profissionais com o perfil da companhia, exige das corporações um foco relevante no setor de treinamentos para que elas possam garantir a rotatividade equilibrada de cargos e atividades determinantes.

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RECURSOS HUMANOS

Fotos: Divulgação

do nosso faturamento mensal”, explica a sócia-fundadora do Escape 60, Jeanette Galbinski. A rede foi a primeira a abrir uma sala do segmento no País e atualmente trabalha com 15 unidades em São Paulo, Santo André, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Durante o primeiro bimestre deste ano, a rede organizou cerca de 150 eventos para receber os funcionários de empresas como Nestlé, Google, Apple, Bradesco, Itaú, Vivo, Magazine Luize, entre outras. “Nos dois primeiros meses do ano passado não tivemos um único evento do tipo”, compara a executiva. Para garantir que a forte demanda continue e seja fidelizada, o Escape 60 passou a criar roteiros e salas em parceria com as companhias contratantes. O objetivo foi aprofundar as necessidades de cada uma das equipes. Além disso, a rede realiza workshops mensais para as áreas de Recursos Humanos de empresas clientes, que incluem visita técnica ao local e a explicação de todas as possibilidades que o corporativo tem. Mergulhados no cenário, até 80 pessoas podem participar das seções, que duram, em média, 60 minutos. As turmas devem desvendar segredos lógicos para conseguir deixar o game dentro do tempo estipulado.

Edson Schrot, professor e coordenador de cursos de pósgraduação em Gestão Estratégica de Pessoas do Senac

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De acordo com o especialista em gestão e desenvolvimento por competência e coordenador de cursos de pós-graduação em Gestão Estratégica de Pessoas do Senac, professor Edson Schrot, os jogos de fuga têm atraído cada vez mais empresas por conta do número de habilidades que eles são capazes de trabalhar sobre o participante. “Nesses jogos, você atua diretamente nas capacidades de liderança, trabalho em equipe, relacionamento interpessoal, inovação, visão sistêmica e gestão de crise dos colaboradores. E depois ainda esse recebe um relatório completo sobre os resultados”, comenta. Outro fator positivo que tem levado as corporações aos jogos de fuga é a questão financeira. Na visão de Schrot, a substituição dos treinamentos habituais pelos jogos de fuga pode representar também uma redução de custos. “Certamente é mais econômico aplicar o jogo de fuga do que contratar um palestrante famoso”, garante. CONCORRÊNCIA Segundo o Escape Room Directory, site que armazena dados sobre salas de jogos de fuga do mundo inteiro, apenas nos últimos 18 meses o número de salas de escape avançou em mais de 870% pelo planeta. Atualmente, estima-se que elas existam em, ao menos, 1.016 cidades de 87 países. E o cliente corporativo é parte desse avanço significativo. Assim como o Escape 60, o concorrente Puzzle Room aposta na demanda corporativa para crescer. A rede trouxe da Europa a expertise para desenvolver


a rede oferece o modelo de franchising. Nos planos para 2017 também está a inauguração de uma nova sala em Curitiba, na região Sul do País. O cenário será inspirado na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga casos de corrupção e lavagem de dinheiro. No mês passado, a Puzzle Room chegou a montar a estrutura de uma sala de fuga em um resort no Costão do Santinho, em Santa Catarina. O evento visava atender uma convenção de empresas, que poderiam treinar seus colaboradores em games de até 15 minutos. “Nos de-

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jogos específicos com cada empresa e suas necessidades. “Temos sete salas fora do País [em duas unidades, localizadas em Praga, na República Tcheca] e essa é uma tendência que acontece por lá também. No Brasil, a gente pode dizer que a receita obtida com clientes corporativos representa 50% do que faturamos no mês. Acredito que, em breve, eles serão o nosso principal cliente”, prevê o CEO do Puzzel Room, Rodrigo Matrone. Com três unidades no Brasil, Matrone estima a abertura de outras sete até o final deste ano. O investimento pedido em cada uma delas gira em torno dos R$ 120 mil, que poderão ser aportados por interessados em entrar no negócio, já que

Sala “Carandiru” da Puzzle Room, em São Paulo

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RECURSOS HUMANOS

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Patrícia Estéfano sócia do Escape Hotel

senvolvemos para poder levar os jogos até os eventos, não importa onde eles ocorram”, diz Matrone. Até caminhões têm sido utilizados para a montagem de cenários dos jogos. No caso do Escape Time, por exemplo, uma parceria foi construída com a Truckvan – fabricante de unidades móveis – para a criação de um game flexível. “A vantagem da unidade móvel é ir até o âmbito corporativo, evitando o deslocamento dos funcionários, gerando economia para as empresas que querem propor dinâmicas criativas para seus colaboradores e buscam um modo diferente de integrar e avaliar os profissionais”, destaca o sóciodiretor da Truckvan. Outro concorrente, o Escape Hotel, viu a procura das empresas aumentar tanto que teve de investir na montagem de uma sala específica para esses clientes: a Máfia. “Criamos essa sala após seis meses de estudos. Ela é bastante focada no confronto entre líderes, tomadas de decisão e negociações”, conta uma das sócias do Escape Hotel, Patrícia Estéfano. Entre março de 2016 e o mesmo mês deste ano, a demanda corporativa pulou de 20%

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para 50%, segundo a empresária. “Acredito que esse número ainda vá alcançar cerca de 70%. Muitas empresas ainda estão conhecendo o serviço. Trata-se de uma solução de valor real somando games, consultoria e implementação de um modelo de análise multidimensional em treinamento. A brincadeira aqui é séria”, pondera. RESULTADOS Das muitas companhias que relatam resultados positivos obtidos através dos treinamentos com os jogos de fuga, a consultoria empresarial PwC se destaca. A multinacional enviou 11 gestores do setor de Recursos Humanos – entre os quais o diretor da área – para participar do jogo em uma das salas do Escape Hotel. “Ficamos surpresos”, relata a psicóloga Andrea Wilens, supervisora de RH da PwC, que trabalha na companhia há mais de dez anos. “Se fosse um treinamento ‘normal/tradicional’ ou uma discussão entre os gestores para avaliar o cenário, não chegaríamos a percepções e caminhos tão ricos quanto os que atingimos.” De acordo com ela, um dos pontos que chamou a atenção foi a relevância do trabalho “com menos prevalência de egos” e mais foco em resultado.



Fotos: Messe Düsseldorf / Tillmann

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Maior feira de varejo do mundo em tamanho, Euroshop 2017 aconteceu no início de março na Alemanha e contou com mais de 2,3 mil expositores de 61 países, que mostraram as principais tendências e novidades para o setor

COMO SERÃO NOSSAS

LOJAS AMANHÃ? Por Sammy Eduardo da Rocha

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esenvolver estratégias para o futuro é parte importante da rotina de um empreendedor, principalmente do varejista. Afinal, não só as preferências dos clientes mudam a cada instante, como também novas gerações passam a integrar o mercado consumidor – vide os millennials (nascidos entre os anos de 1980 a 1995). Dessa forma, tecnologias que

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fornecedores para desenvolver essa tecnologia, agora apenas um e com custos mais baixos, principalmente na Europa, já dão conta do recado. Um dos produtos que chamou atenção dos brasileiros foi um contador eletrônico que, além de mensurar o tráfego de clientes na loja, ajusta automaticamente a sonorização, iluminação, temperatura do ar-condicionado e outras funções do ambiente de acordo com o fluxo de clientes. “A função da loja agora não é mais estocar produtos, mas ampliar a experiência com os clientes. Para isso, os seus equipamentos mobiliários, comunicação, percepção sensorial e to-

Fotos: Messe Düsseldorf / Tillmann

aliam conforto à agilidade, informação e eficiência energética, além das buscas incessantes por reduções de custos, passaram a fazer parte do leque de exigências do varejo. Muitas dessas inovações puderam ser observadas durante a Euroshop 2017, maior feira de varejo do planeta em tamanho e número de expositores. O evento, que ocorre a cada três anos, aconteceu no início de março, entre os dias 5 e 9, em Dusseldorf, no oeste da Alemanha, e contou com mais de 2.350 expositores de 61 países diferentes em mais de 127 mil metros quadrados de novidades separadas em 18 pavilhões. “A Euroshop é o principal termômetro de tendências que temos no varejo mundial. É nela que a gente observa as novidades que chegarão, de fato, às gôndolas ou as que estão em fase final de testes ou desenvolvimento. Praticamente tudo que acontece na feira você poderá encontrar nas lojas dentro de alguns anos”, define o presidente de umas das principais associações globais de marketing para varejo, a Popai Brasil, Sérgio Barbi. O executivo liderou a maior comitiva de brasileiros presentes no evento. Neste ano, de acordo com Barbi, uma das principais orientações observadas na feira era a preocupação com a experiência de compra dos clientes dentro da loja física. Passam a se tornar comuns e mais acessíveis em questões financeiras os equipamentos que promovem uma integração entre o mundo digital e o físico. Se antes eram necessários diversos

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dos os atributos precisam interagir mais e melhor na experiência de compra. Esse tipo de tecnologia (como a do contador) facilita o desenvolvimento desses ambientes”, comenta Sérgio Barbi. Interagir com o consumidor que entra na loja também passa a ser uma função tecnológica, e não somente dos vendedores. Dos dezoito pavilhões da Euroshop 2017, ao menos quatro eram totalmente dedicados a tecnologias de comunicação com o cliente, como manequins sofisticados, displays digitais e até robôs que realizam o primeiro atendimento ao consumidor quando ele adentra à

loja. No Brasil, no entanto, esse tipo de equipamento poderá demorar um pouco mais para chegar, já que o País ainda atravessa um momento econômico conturbado, o que inviabiliza as empresas de investirem nesses projetos. Mesmo assim, especialistas não acreditam que o varejo do País esteja atrasado em relação a mercados externos. “Esse não é um problema do varejo e sim de infraestrutura. Ainda temos problemas em relação a burocracia tributária, o que não acontece em alguns mercados. Outro exemplo é a tecnologia 4G, que ainda não está presente em todo território e dificulta o acesso à tecnologia por parte dos consumidores”, compara o vice-presidente de Parcerias e Novos Negócios da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Ronald Nossig. O executivo acompanhou de perto as novidades na feira alemã representando a entidade. O que mais chamou a atenção, conta Nossig, foi a tecnologia embarcada em praticamente todos os processos e equipamentos dos estandes do evento. “Até manequins que simulam a expressão do rosto, tudo acaba conversando e gerando dados”, descreve.

TECNOLOGIAS À MÃO Algumas tecnologias mostradas na feira, porém, estão sim ao alcance dos lojistas brasileiros. A utilização do LED para uso comercial, por exemplo, não gera despesas tão altas como antigamente, já que os aparelhos se tornaram mais econômicos e versáteis. “Os fabricantes se deram conta de que os equipamentos em ambientes públicos não precisam da mesma definição de imagem e acabamento dos domésticos, mas precisam ser mais duráveis e maiores. O potencial de uso de vídeo atraiu investimentos expressivos da indústria, como observamos na feira, e novos equipamentos chegaram 24

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ao mercado mais baratos e trazendo a possibilidade de transformar os espaços de loja em grandes telões, que podem ser utilizados como vitrines ou até mesmo interagir com os consumidores”, diz Barbi. Mesmo amplamente comentada nas últimas edições da Euroshop, a conectividade segue importante para a evolução do varejo. Isso porque há alguns anos as lojas digitais na internet tomaram parte dos clientes que compravam diretamente no comércio físico. Em 2016, por exemplo, o fluxo de visitantes nos shopping centers brasileiros caiu 3,5%, segundo dados do Índice de Visitas a Shopping Centers (IVSC), desenvolvido pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) em parceria com a FX Retail Analytics, que é especializada no monitoramento de fluxo do varejo nacional. Uma estratégia de venda conectada e disseminada pela Euroshop 2017 era exatamente o ‘click and collect’. “Os sites de e-commerce já provaram que podem gerar vendas para a loja física. Isso fica ainda mais claro com a opção do cliente coletar o produto comprado via internet diretamente no estabelecimento. Antigamente, esses eram dois canais separados. Visualmente e pelo que podemos acompanhar na feira, há um forte movimento de integração dos canais, o que pode ajudar a gerar fluxo de volta ao comércio”, explica o presidente do conselho da Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços para o Varejo (Abiesv), Júlio Takano. O conselheiro também esteve presente na Euroshop deste ano. Segundo ele, praticamente todo o varejo europeu, com excessão dos pequenos negócios, oferece o ‘click and collect’. No varejo norte-americano a tendência é semelhante. Por aqui, alguns lojistas trabalham com o procedimento em fase de testes, mas

Ronald Nossig, vice-presidente de Parcerias e Novos Negócios da SBVC

na visão de Takano é possível que se torne popular em alguns anos. “Unir o digital ao físico é primordial para evoluir”, resumiu.

ILUMINAÇÃO E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Produtos à mostra com claridade e objetividade no posicionamento facilitam a compra do consumidor. Essa estratégia ficou bastante evidente na Euroshop 2017 com grandes estandes e até pavilhões inteiros dedicados à iluminação das lojas. A utilização de lâmpadas em LED não só passa a ser obrigatória, como até a sua localização e foco ganham ainda mais importância. Tudo para deixar o produto em ênfase sob os demais equipamentos que fazem parte de uma loja, mas sempre pensando também na eficiência energética. “No Brasil, não possuíamos tanto essa cultura de pensar na iluminação como fator de conversão de vendas. Na feira, vimos que a questão energética e de

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A eficiência energética também esteve presente nos refrigeradores, com as indústrias abastecendo seus equipamentos com gás carbônico (CO²) ao invés de amônia. A Danfoss, por exemplo, apresentou um produto que promete reduzir os custos com energia em até 50% por loja: o smart store. Aliado a um sistema avançado de recuperação de calor, o esquema pode chegar a produzir energia para o local.

iluminação não só pode ser aproveitado para essa conversão como para reduzir os custos com energia. E vale lembrar que nós temos uma das tarifas mais caras do planeta”, ressalta o arquiteto e urbanista da Bragaglia Arquitetos Associados, Ricardo Bragaglia. Diante as novidades que observou na feira, Bragaglia conta que pretende trazer muitas das tecnlogias para as lojas da supermercadista Super Muffato. A empresa que leva o sobrenome de Ricardo é a responsável pela montagem de novas unidades da rede em todo o Brasil. “Pudemos conhecer algumas tecnologias de revestimento, por exemplo, que podem baratear o custo de montagem de uma loja e ao mesmo tempo deixarmos o espaço mais ‘clean’. Também observamos grande utilização de madeira de reflorestamento e aluminío nas lojas. Em contrapartida, uma redução na utilização de materiais mais pesados, como ferro e aço, por exemplo”, afirma. “O único problema é que no Brasil esse tipo de material ainda é custoso para o empresário”, continua. Até marcas de luxo como a britânica Burberry estão utilizando esses conceitos em suas novas unidades, de acordo com Bragaglia.

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AUTOMAÇÃO Na área de automação, o destaque ficou por conta das etiquetas eletrônicas, que atualmente fazem parte da rotina dos supermercados europeus, mas principalmente dos alemães. A principal virtude do produto é disponibilizar a alternância de preços à distância, via software e sem a interferência humana. “Já pensou você poder alterar os preços de um produto em uma loja física com apenas um clique e à distância?”, questiona o diretor da JPG Group – companhia especializada em soluções para o varejo –, Jaime Gavioli. De acordo com ele, essa é uma realidade dos varejistas alemães e que poderia chegar ao Brasil em breve. Contudo, a tecnologia ainda enfrenta resistência dos empresários brasileiros. “Os lojistas brasileiros movimentam os preços diversas vezes ao dia. A movimentação é muito grande, por isso essa solução seria muito bem vinda aqui. O problema é que ela foi mal vendida por aqui e passou a ter resistência de parte do setor”, reconhece Gavioli. Com a ajuda das inovações, o varejo mundial deve ver suas vendas crescerem entre 3,7% a 4,2% em 2017, em comparação com o ano anterior, segundo projeção da National Retail Federation (NRF). Para as vendas on-line, a estimativa é de um avanço entre 8% e 12%. As projeções excluem a venda de automóveis, combustíveis e restaurantes.



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VAREJO SE MOVIMENTA APÓS

‘CRISE DA CARNE’

Supermercados e franquias se mostram preocupados com a possível queda nas vendas e buscam reforçar segurança e qualidade dos produtos

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varejo de alimentos teve de lidar com um problema bastante delicado nas últimas semanas: a desconfiança do consumidor. Isso porque, após a deflagração da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, surgiu a suspeita de que frigoríficos estavam fraudando produtos ao adicionar conservantes químicos para simular a qualidade das carnes que chegavam até a mesa dos brasileiros. Além disso, segundo a investigação, empresas do setor estariam complementando salsichas e linguiças com peças estragadas para diminuir perdas e aumentarem seus lucros. Tudo isso feito sob a vista grossa de fiscais do Ministério da Agricultura. A notícia foi um verdadeiro balde de água fria para os varejistas que trabalham com a carne como sua principal mercadoria, como açougues, supermercados e churrascarias, por exemplo. “Infelizmente alguns poucos frigoríficos acabaram prejudicando todo um setor muito importante para a economia do nosso País. Ficamos tristes e incomodados como todos, ainda que um problema tão sério quanto esse seja causado por desvio de alguns fiscais que deveriam ajudar no controle de qualidade e não o Infelizmente alguns contrário”, enfatizou o sócio-dipoucos frigoríficos retor da rede de franquias Mania de Churrasco, Alessandro acabaram prejudicando todo Pereira. Com 34 lojas ao redor um setor muito importante para do Brasil, a marca se destaca por oferecer cortes de carnes noa economia do nosso País” bres prontos. Alessandro Pereira, sócio-diretor da rede Um dos principais desaponde franquias Mania de Churrasco tamentos de Pereira acontece por conta do momento econômico pelo qual o comércio local atravessa. Em recuperação desde 2015, o setor aposta neste ano para reverter a situação ruim, mas não contava com o problema que envolve ao menos 21 frigoríficos nacionais e causou ruídos negativos nas redes sociais. “As denúncias e as informações que não estiverem bem claras podem ser um pouco distorcidas e, com isso, acabam causando insegurança para alguns consumidores. Mas é um aprendizado para todos também averiguar bem e entender a fundo o que sai na mídia e nas redes sociais”, ressalta.

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Alessandro Pereira, sócio-diretor da rede de franquias Mania de Churrasco

Apesar de não se ver envolvida nas investigações, a Mania de Churrasco crê em uma possível leve queda no consumo de seus pratos. O mesmo problema atingiu, por exemplo, os frigoríficos Marfrig e Minerva, que apesar de não terem sidos citados no processo, chegaram a acumular uma perda de quase US$ 4 bilhões em valor de mercado. A suspensão das importações de carne por parte de países como a China e Hong Kong, por prevenção, além de sanções da Rússia e da União Europeia, acabou por prejudicar todo o setor. Os clientes asiáticos, no entanto, já retomaram as compras da carne brasileira. “Se houver alguma oscilação no mercado, as vendas devem voltar no médio e longo prazos. Com as punições aplicadas e os players ainda mais atentos às boas práticas, imaginamos que haverá reforço na confiança e na qualidade das carnes brasileiras”, comenta Pereira, da Mania de Churrasco. Antes da crise com o produto, a rede planejava crescer até

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20% este ano, chegando a 50 unidades em operação. Para garantir a qualidade das peças, a Mania de Churrasco diz manter parcerias de longo prazo com frigoríficos como VPJ, Intermezzo e Prime Cater. Além disso, as carnes são homologadas e aprovadas pela equipe de qualidade da rede, que de acordo com Pereira é rigorosa. Paralelamente, uma empresa externa especializada em segurança alimentar audita todos os procedimentos exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “A orientação para toda a rede é que não toleramos qualquer desvio de conduta e não abrimos mão de qualidade de forma alguma”, avisa o diretor. No Paraná, um dos estados com frigoríficos afetados pela investigação, o açougue Da Fazenda, que comercializa peças de carne premium, concorda que as vendas não recuaram, mas que pairam preocupações sobre os desdobramentos do caso. “Estamos em um processo de adentrar ao modelo de franquias e isso pode prejudicar um pouco. Os investidores, bem como os consumidores, ficam preocupados. Mas acredito que no médio ou longo prazo as coisas Lucas Ribas, sócio da rede

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ficarão esclarecidas”, afirma o sócio da rede, Lucas Ribas. Questionado sobre os cuidados com o manuseio e estoque dos produtos, Ribas conta que bimestralmente o açougue envia pedaços de carne in natura para análises laboratoriais. Ainda segundo ele, por trabalharem apenas com carnes selecionadas (premium), os problemas ficam mais distantes. “Como se pode ver na investigação da Polícia Federal, as carnes processadas foram o maior alvo de irregularidades”, expõe. Até o final deste ano, a Da Fazenda Gourmet espera ver seu faturamento crescer 20% sobre 2016, quando a franquia avançou outros 20% sobre o ano anterior. Há também a previsão de abertura de duas novas unidades. NAS GÔNDOLAS Nos supermercados, a preocupação também é em relação a uma possível queda nas vendas. No entanto, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), até o momento não foram percebidas quedas significativas nos açougues supermercadistas. Já a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) acredita que as vendas nacionais de carne possam ter caído cerca de 10% por conta do imbróglio. A Abras diz aumentar os esforços na busca de esclarecimentos para os fatos revelados nas últimas semanas, mas principalmente na clareza das informações que chegam aos consumidores. “Essa posição vem reforçar o apoio aos trabalhos de investigação por parte dos órgãos reguladores e demais autoridades competentes”, resume a entidade. Logo após a divulgação das investigações, o Grupo Pão de Açúcar, dono das bandeiras Extra, Assaí e Pão de Açúcar, decidiu retirar das gôndolas e suspender a compra de produtos de três das seis unidades industriais que foram interditadas

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pela Polícia Federal no último dia 17 de março. As plantas com produção interrompida pelo Ministério da Agricultura são da Peccin (Jaraguá do Sul e Curitiba), BRF (Mineiros), SSPMA (Sapopema), Farinha de Carnes Castro (Castro), e Transmeat (Balsa Nova). A companhia não revelou se houve queda no consumo do produto. “Para os produtos in natura, o GPA informa que todos os lotes de produtos de fornecedores recebidos em suas centrais de distribuição passam por processos internos próprios de auditoria, por amostragem, conforme orientam as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com testes para controle de qualidade. Qualquer tipo de irregularidade, se identificada, resulta na devolução imediata do lote ao fornecedor em questão”, comunica o grupo. O concorrente Carrefour tomou as mesmas medidas e retirou alguns lotes de carnes com origem de frigoríficos citados na investigação. A varejista informa também que adota rigoroso controle para seleção e monitoramento de fornecedores, exigindo o cumprimento das normas regulatórias em vigor, inspeção de 100% dos perecíveis recebidos nos centros de distribuição e análises laboratoriais periódicas. A norte-americana Walmart, que mantinha relação comercial com um dos frigoríficos citados – Peccin –, afirma que suspendeu preventivamente as vendas de itens oriundos dessa planta industrial em suas lojas.


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s lojas virtuais usam para aumentar vendas –, ou um números de visitas e número mais baixo de visitas, taxas de conversão de porém mais qualificadas – com pedido como uma das maior poder de compra. principais ferramentas para tomada de decisão sobre Qual a frequência de retorno a operação da loja em seu nídos clientes à minha loja? vel máximo de eficiência. EnEm um mercado de concorcurtando uma história longa, rência acirrada e preços agressia operação comercial do dia vos, torna-se um enorme desafio a dia de uma loja online podeconquistar o cliente a ponto de ria se basear simplesmente em convencê-lo a comprar novacomo levar mais tráfego para mente na mesma loja. A fórmula *Walter Sabini Junior produtos que têm alta taxa de envolve preço, atendimento, vaé sócio fundador da FX conversão e como aumentar a riedade de produtos e de opções Retail Analytics, empresa taxa de conversão de produtos de pagamento, entre outros fatoque oferece inteligência que têm alto volume de visita- para o varejo por meio do res. Conhecer a frequência dos monitoramento de fluxo. ção. O varejo físico, contudo, clientes na loja proporciona um tem uma dificuldade de emular ajuste em sintonia fina para criar as mesmas técnicas de gestão e mensucampanhas e promoções relevantes que rar comportamentos do consumidor que aumentem a quantidade de visitas de um podem dizer muito sobre o nível de efimesmo consumidor. Esse é um dos camiciência do negócio. nhos para mensurar a fidelização. O fato é que o tráfego de visitantes em um estabelecimento físico ou online é a Quanto tempo levo para realizar uma variável obrigatória para qualquer equavenda? ção de análise de performance. Preparei Conhecer a permanência dos clientes abaixo três perguntas que provavelmente viabiliza ajustes no atendimento. Se é safazem parte do seu dia a dia, caso você bido que os clientes ficam em média 30 miseja um varejista offline, e que podem ser nutos dentro da sua loja, por exemplo, e se respondidas apenas se você tiver esse india média de pedidos por dia é 60, sabe-se cador em mãos: que a cada 1 hora 12 vendas são realizadas. Outro dado importante para compleSe o faturamento caiu quer dizer que o mentar essa análise é conhecer os dias e número de visitantes caiu também? horários de pico do estabelecimento. Esses Medir o fluxo de visitantes no varejo fíinsigths, trazidos a partir do monitoramensico é fundamental para entender o comto do tráfego, podem ajudar principalmente portamento do consumidor e a eficiência na escala de vendedores e na avaliação de da loja. Quando a crise chegou, vendeperformance de vendas da loja e de cada dores passaram afirmar que as vendas funcionário. caíram porque o fluxo de consumidores diminuiu. Entretanto, somente uma meSe depois de ler essas perguntas, você dição periódica do número de visitanse viu sem respostas, talvez seja a hora de tes pode estabelecer um comparativo e começar a monitorar o seu tráfego. Hoje já identificar diferentes cenários, como um tecnologias disponíveis com preços acessíaumento de clientes que compram pouveis e resultados imensamente importantes co – o que sugere a realização de ações para garantir a eficiência do seu negócio.

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