O projeto RECICLAR tem como premissa atender à população anapolina através do tratamento dos resíduos recicláveis recolhidos da coleta seletiva da cidade, sendo esta a principal atividade da proposta. O Centro de reciclagem irá integrar as duas cooperativas já existentes, Coopersólidos e Coopercan, dando mais oportunidades de emprego para catadores de materiais recicláveis. O programa também possui relação com a população no que diz respeito à aprendizagem, trazendo ocinas e cursos com a temática reciclagem, assunto que cada dia mais cresce como solução para o consumismo desenfreado além de amenizar a grande escassez dos recursos naturais do mundo. Um projeto que busca tratar de assuntos sustentáveis não só discutindo arquitetura, mas também o meio ambiente.
RECICLAR Centro de reciclagem e aprendizagem
Lara Ferreira Amaral Orientador: Manoel Balbino
R E pensar
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[f.2] LEGENDAS: [f.1] Lixão a céu aberto e catadores de lixo. F o n t e : http://www.amambai noticias.com.br/media /images/8189/57341/5 32c45151c90cc09330d 8d0790d0944e30f66106 0c447.jpg [f.2]Inconciência da população leva aos lixos depositados nas ruas. F o n t e : http://meioambiente.c ulturamix.com/blog/w p-content/gallery/lixonas-ruas/lixo-nas-ruas8.jpg
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O lixo vem se tornando um problema de nível mundial. Os resíduos descartados pelo o homem sempre existiram, mas nunca foram tratados como problemática. Foi apenas após o período da Primeira Revolução Industrial e após a Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945) quando houve um crescimento populacional e juntamente com o incentivo ao consumo, que o lixo passa a ter um incremento em quantidade e em diferentes composições. Assim começam a surgir os problemas de destinação final, já que não eram somente resíduos orgânicos que poderiam ser enterrados. Assim os resíduos com composições químicas prejudiciais ao meio ambiente contaminaram o solo e deram origem a novas patologias. Começa então criação de locais onde poderiam ser depositados esses resíduos, normalmente longe dos centros urbanos. O lixo fica mais evidente nos países subdesenvolvidos onde muitas vezes não existe um sistema de coleta, característica que demonstra a fragilidade das políticas assistenciais. No Brasil essa situação não foi diferente. A população com o consumo elevado começou a gerar os famosos lixões a céu aberto. Só em 2014, que a lei nº 12.305/2010 institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) no Brasil e declara o fechamento de todos os lixões ilegais em todos os municípios do país. Em sua grande maioria lixões viraram aterros sanitários, como é o caso de Anápolis. Porém, o que se vê ainda são casos irregulares de disposição do lixo. Essa realidade ainda acontece como consequência da geração desenfreada de resíduos urbanos no mundo todo. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), elaborada pelo IBGE em 2000, cada brasileiro produz de 0,5 a 1 quilo de lixo por dia. Considerando o número de habitantes, de 190 milhões, é muito lixo, aproximadamente 88 milhões de toneladas anuais. Com tanto desperdício de alimentos, há aproximadamente 16,27 milhões de pessoas no Brasil em situação de miséria, passando fome (IBGE, 2000). Os países buscam cada vez mais soluções para amenizar o impacto do lixo e uma das mais utilizadas é a reciclagem. Segundo a revista Em Discussão, é um mercado que movimenta US$410 bilhões Lara Amaral
por ano (R$ 940 bilhões). Embora ainda não seja explorado no mundo. Segundo a Eurostat, no ranking de países com tratamento de lixo utilizando reciclagem como alternativa, a Alemanha lidera seguido da Bégica, Holanda, Aústria, Suécia e Suíça. O comissário europeu do Meio Ambiente de 2014, Janez Potočnik, destacou a importância econômica do tratamento de lixo: "Seis países combinam hoje zero aterro sanitário com altos índices de reciclagem. Dessa forma, eles utilizam não apenas o valor dos resíduos, mas conseguiram, através de uma indústria dinâmica, gerar muitos empregos." Chamaram isso de o “lixo pode virar ouro”. Em Anápolis a situação do gerenciamento de lixo vem buscando melhorias cada dia mais. A reciclagem já é trabalhada em duas cooperativas, Coopersólidos e a Coopercan, porém as duas não conseguem desenvolver o objetivo que a reciclagem propõe. Um dos motivos é por não possuir o apoio necessário da população sobre a separação dos materiais para a coleta seletiva. A proposta é um novo centro de reciclagem para Anápolis, um local capaz de ajudar não somente a cidade, mas todos os atuais catadores que trabalham de forma insalubre nas cooperativas. O centro irá trabalhar todo o ciclo do lixo, desde a coleta até o consumo do novo produto. Essas etapas serão desenvolvidas dentro da indústria e também fora, começando com a divulgação para toda população nas escolas e mídias sócias. É como ilustra a Sibele Maki, ex Diretora de Gestão de Limpeza Urbana e Conservação de Praças, Parques e Jardins da cidade de Anápolis, sobre a coleta seletiva “funciona como uma corrente. Quando um dos elos enfraquece, todo o ciclo se quebra” isso define bem a importância de todos trabalharem juntos para a obtenção dos resultados desejados. O assunto lixo é muito conhecido no mundo todo, mas não é tratado com a devida importância. O Centro de Reciclagem irá trazer a relevância do lixo reciclável para o meio ambiente e as gerações futuras, além de evidenciar o mérito dos catadores, que modifica esses materiais e ajudam na transformação de um mundo mais sustentável. Centro de Reciclagem
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[f.4] LEGENDAS: [f.3] Catador de materiais recicláveis que trabalha nas ruas. F o n t e : https://glaucocortez.fil es.wordpress.com/201 2/05/trabalhoweb9.jpg [f.4]Catadores de materiais recicláveis nas indústrias. F o n t e : http://www.setorrecicl agem.com.br/wpcontent/uploads/2012 / 1 2 / o - q u e - e reciclagem.jpg
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LEGENDAS: [f.5]Aterro Sanitário de Anápolis quando ainda existia os catadores ilegais. Fonte: http://g1.globo.com/g oias/noticia/2014/08/c atadores-tememfechamento-doaterro-sanitario-emanapolis-go.html [f.6]Inauguração do novo galpão da C o o p e r a t i v a Coopersólidos. Fonte: http://www.mpgo.mp. br/portal/noticia/inaug urado-novo-galpaode-triagem-deresiduos-solidos-deanapolis--2 [f.7] Criação da C o o p e r a t i v a Coopercan, 2014. http://www.mpgo.mp. br/portal/noticia/mppresta-contas-deacoes-preparatorias-afechamento-deaterro-e-inclusao-decatadores-ema n a p o l i s - 2#.WKouoPkrLIU
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O projeto começa a partir do histórico do manejo de resíduos sólidos em Anápolis. O Aterro Sanitário da cidade, que hoje é referência no gerenciamento dos dejetos urbanos, é um dos pontos de partida para conhecer e discutir o tema. Desde 1999 o Aterro Sanitário de Anápolis busca amenizar os desconfortos causados pelo lixo urbano, operando de acordo com lei nº 12.305/2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) no Brasil. Antes mesmo do funcionamento adequado do aterro existia o lixão a céu aberto, com funcionários autônomos. Os catadores lidavam com o lixo como único meio de renda, eles permaneceram nessa situação até mesmo depois que o lixão se transformou em aterro sanitário. Em 2008, a prefeitura criou a cooperativa de catadores de materiais recicláveis, a Coopersólidos com cerca de 30 funcionários para o inicio do ciclo da coleta seletiva na cidade. O objetivo foi tentar aliviar a situação dos catadores do aterro, e também abrir uma nova oportunidade de reciclagem de resíduos para a cidade. Só em 2014 essa situação começa a mudar quando a Lei n° 12.305/2010 estabelece a proibição de entrada de catadores dentro dos aterros sanitários e a adequação para o programa da coleta seletiva com apoio das cooperativas e associações de catadores. Só em 2014 essa situação começa a mudar quando a Lei n° 12.305/2010 estabelece a proibição de entrada de catadores dentro dos aterros sanitários e a adequação para o programa da coleta seletiva com apoio das cooperativas e associações de catadores. Com as novas ordens, a prefeitura foi obrigada a criar uma nova cooperativa para abrigar esses catadores que seriam retirados de vez do aterro. Foi nesse intuito que a Coopercan foi criada, uma cooperativa que começou com 20 catadores.
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Lara Amaral Lara Amaral
R E ciclagem na cidade [f.8]
LEGENDAS: [f.8]Mapa localizando o aterro sanitรกrio e cooperativas. Fonte: Autoral
Legenda: Coopercan
Centro de Reciclagem
Coopersรณlidos
Aterro Sanitรกrio
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I
I
I
I
I
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I
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I
I
I
I
153 BR
AV. BR
ASI
L
I
I
I
I
I
I
I
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LEGENDAS: [f.9]Mapa localizando o terreno em Anápolis. Fonte: Autoral [f.10]Foto do terreno. Fonte: Arquivo pessoal
Vias de acesso Aterro Sanitário Principal acesso ao terreno
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[f.11] Delimitação do terreno. Fonte: Autoral
a
JP
01
Ru
a lic
A
v.
A
é ng
Legenda: Local escolhido para o projeto
05
Lara Amaral
R E ciclagem na cidade [f.12]
Bairro Recanto do Sol Cooperativas
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BR 153
éli
. Av
PB
A v.
00
ng
ca
P1 Ru aJ
Rua JP 7
LEGENDAS: [f.12]Mapa com potencialidades do entorno. Fonte: Autoral
A
Centro de Reciclagem
Escola Municipal CMEI
Bairro Anápolis City Cemitério Memorial Parque Aterro Sanitário E.T.E
[f.13]Mapa das principais vias de acesso ao terreno. Fonte: Autoral
Av. Sergio Tulio
O local escolhido foi um terreno próximo ao aterro sanitário de Anápolis e das cooperativas. O principal acesso é feito pela BR 153. É uma gleba grande rodeada de pasto, poucos edifícios em seu entorno porém é um local propício a mais expansão. É considerado distante entretanto para a proposta era o local ideal por apresentar-se perto de locais importantes para o centro de reciclagem como o Aterro sanitário, e as cooperativas. Em seu entorno se encontra bairros relativamente novos que ainda não possuem 100% de ocupação. Bairros grandes como o Filostro, se destaca em seu entorno com adensamento populacional alto. Em seu entorno também se destaca muitos residenciais construídos pelo projeto Minha Casa Minha Vida da Prefeitura de Anápolis. As potencialidades existentes são 2 bairros, Anápolis City e Recanto do Sol, que já se encontram quase com 100% de ocupação e são pontos de referências na cidade. Próximo também se encontra o novo Cemitério Memorial Parque e as duas Cooperativas, Coopersólidos e Coopercan, locais conhecidos pela comunidade da redondeza ja que traz grande fluxo de caminhões na avenida principal. E por fim duas instituições de ensino, CMEI Paulo Freire e Escola Municipal Ayrton Senna da Silva, que será um item importante para a proposta de interação da comunidade com o no novo centro de reciclagem.
1
06
45º NORTE
Rua JP 1
Solst. Inverno - 6:30h as 14:30h Equinócio - 6h as 13h Solst. Verão - 6:30h as 11:30h
135º LESTE
1035
Solst. Inverno - 6:30h as 9:30h Equinócio - 6h as 11h Solst. Verão - 6:30h as 12:30h
1040
1045
225º SUL Solst. Inverno - 14:30h as 17:30h Equinócio - 13h as 17:30h Solst. Verão - 11:30h as 18:30h 1050
315º OESTE
LEGENDAS: [f.14]Mapas dos ventos, vegetação e hidrografia. Fonte: Autoral
Solst. Inverno - 9:30h as 17:30h Equinócio - 11h as 18h Solst. Verão - 12:30h as 18:30h [f.15] [f.14]
135 - Jardim Primavera via Filostro
[f.15]Mapa com topografia e insolação. Fonte: Autoral
133 - Joanápolis via Jardim Primavera 108 - Jardim Primavera via Santo Expedito
R. JP 01 1041
R. JP 01 1052
1050
1045 local escolhido
rotatória
CORTE AA 07
0
Lara Amaral
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R E ciclagem na cidade As principais vias de acesso são a BR 153 e Av. Ayrton Senna da Silva e Av Angélica. O transporte público passa nessas avenidas principais, porém a quantidade de linhas que passam em frente ao terreno são poucas, apenas 3 passam e o tempo de espera tanto nos pontos de ônibus quanto no terminal é inviável para os usuários dessas linhas. Muito dos pontos de ônibus dessas avenidas, não tem a infra estrutura adequada, a maioria não possui calçada e outros possuem buracos grandes que atrapalham o fluxo dos pedestres e dos ônibus. Os ventos mais comuns na região de Anápolis são o noroeste e o sudeste. O noroeste é comum durante as chuvas com maior umidade, ja o vento sudoeste predomina no período de seca, é forte e apresenta baixa umidade. A topografia é leve e não possui depressões. [f.16
Foto 01
Foto 02
a Ru
JP
LEGENDAS: [f.16]Mapeamento do entorno imediato do terreno. Fonte: Autoral
01
3
2
1 é
v. A
ng A
a lic
Legenda:
Foto 03
Ruas não pavimentadas Local escolhido para o projeto
Centro de Reciclagem
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LEGENDAS: [f.17]Catadores de materiais recicláveis de rua. F o n t e : https://encryptedtbn0.gstatic.com/imag es?q=tbn:ANd9GcTuaj Zsuf0ABCzx_MIPFEUMzP iBwtc9puN9qrPWGEILd BOxc3EZ [f.18]Catador de materiais recicláveis. Fonte: https://encryptedtbn0.gstatic.com/imag es?q=tbn:ANd9GcTdE BLOKqoFXrBs0VD48UC 7OSXHqpJfXBD8pe8YI9 U4PnNslt6b [f.19]Catadores das cooperativas de Anápolis. Fonte: Arquivo pessoal
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Os catadores de detrito em lixões a céu aberto é uma prática considerada ilegal. Por esse motivo foi então criada à profissão do catador de lixo reciclável, um trabalhador que recolhe os resíduos sólidos recicláveis e reaproveitáveis, como papelão, alumínio, plástico, vidro, entre outros, que foi reconhecida pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) pela Portaria n.º 397, de 9 de outubro de 2002, do Ministério do Trabalho, sob o Código n.º 5.192-05. O guia dos catadores “O catador é legal” cita como a norma que define essa profissão, “Os Catadores de Materiais Recicláveis são profissionais que catam, selecionam e vendem materiais recicláveis. São profissionais que se organizam de forma autônoma ou em cooperativas e associações com diretoria e gestão dos próprios Catadores”. Uma profissão que mesmo legalizada ainda é julgada como sem importância e medíocre. Em Anápolis, essa realidade não é diferente. Mais da metade daqueles que saíram do aterro estão desempregados ou trabalhando por conta própria, indo em busca de materiais recicláveis na rua, excluídos da condição que qualquer trabalho legalizado proporciona. Na cidade, a produção do lixo reciclável não é desenvolvida. De acordo com uma pesquisa realizada por alunos e pela professora Joana D’arc da UEG, a cidade tem grande potencial para a produção dos mesmos, em média 49,95% dos resíduos em Anápolis são de materiais recicláveis, porém os mesmos são depositados diretamente no aterro sanitário. Deixando vários catadores sem um renda maior nas cooperativas. A carência de mais de 100 catadores precisando de um emprego, reflete a necessidade de um local na cidade adequado para modicar à situação do gerenciamento de resíduos sólidos. Além de proporcionar aos principais protagonistas deste tema, um local mais adequado para realizar seu trabalho com mais eficiência e segurança.
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Lara Amaral
R E estruturação dos problemas
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Centro de Reciclagem
Em uma reportagem realizada no início do ano de 2016 pelo Jornal Estado de Goiás, relata que os resíduos sólidos urbanos (RSU) recolhidos pela coleta pública durante todo o ano de 2015 somou aproximadamente 102 mil toneladas, sendo que em 2014 foram 101 mil toneladas. “Esta quantidade se refere somente àquilo recolhido dos domicílios”, afirma a ex-diretora de Gestão de Limpeza Urbana e Conservação de Praças, Parques e Jardins, Sibele Maki. Já a coleta seletiva, através da Coopercan e Copersólidos conseguiu recolher somente 923 toneladas, ou seja, menos de 1% se comparada com do total de resíduos sólidos. Isso acontece principalmente pela falta de informações sobre o assunto para a população, além da maioria ainda possuir a mentalidade de que separar o lixo é uma perda de tempo, já que o aterro é a solução. Entretanto, os aterros sanitários tem vida útil e esses resíduos extras descartados ocupam espaço e prejudicam o ciclo de vida do aterro. Para tentar solucionar problemas de desemprego e da gestão de resíduos, a prefeitura cria duas cooperativas, Coopersólidos e Coopercan, já citadas anteriormente. Porém a situação atual desses estabelecimentos não está conseguindo suprir nenhum dos objetivos propostos. O primeiro agravante é a falta de resíduos suficientes para ambas cooperativas. Com menos lucro é inviável a contratação de mais funcionários, gerando assim déficit de renda para os antigos catadores do lixão. Os locais também não são adaptados para os funcionários e nem para o programa, sendo visível a desordem e as condições precárias de trabalho. A falta de informação para a população ainda continua sendo uma das maiores dificuldades relatadas pelos catadores. O enfraquecimento da coleta seletiva atinge significativamente no ciclo da reciclagem. O trabalho em conjunto faz a diferença e muda drasticamente os resultados.
LEGENDAS: [f.20]Cooperativa Coopersólidos de Anápolis. Fonte: Arquivo pessoal [f.21]Cooperativa Coopersólidos de Anápolis. Fonte: Arquivo pessoal [f.22]Cooperativa Coopercan de Anápolis. Fonte: Arquivo pessoal
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[f.25]Proposta para o entorno Fonte: Autoral
empregos coleta seletiva
ideias
cooperativas
comunidade
INÍCIO
SEPARAÇÃO
ecológicas
condições de trabalho
REUSO
RECICLAGEM RECICLAGEM
APRENDIZAGEM APRENDIZAGEM
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114,75
m
2m 183,4
184,23 m
FIM
LEGENDAS: [f.23]A proposta no terreno. Fonte: Autoral [f.24]Setorização principal da proposta. Fonte: Autoral
CATADORES
reeducação
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RECICLAGEM
sustentabilidade
Todo o novo Centro de Reciclagem se baseia principalmente em resolver e aprimorar os problemas existentes nas Cooperativas da cidade dando apoio aos catadores de materiais recicláveis.. Tendo em base de que tudo tem um INÍCIO e FIM é que a ideia do projeto começa. O inicio do centro de reciclagem será na própria fábrica que irá tratar todos os resíduos recicláveis, porém o fim não será a matéria prima para o consumo, e sim a aprendizagem que esse consumidor final terá. A proposta não é somente a preocupação com o tratamento adequado dos resíduos, mas ainda é trazendo a população um conhecimento necessário para as gerações futuras, de que a reciclagem é uma das principais alternativas de salvação dos recursos naturais da humanidade. Com essas primeiras premissas que o projeto do Centro de Reciclagem começa, buscando por meio da arquitetura solucionar problemas de uma sociedade consumista e inconsciente.
fábrica para a população
39
46,
m
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futura praça
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Lara Amaral
R E ciclagem e a proposta
Centro de Reciclagem
12
RECICLAGEM
APRENDIZAGEM
CENTRO DE RECICLAGEM EM ANÁPOLIS PROGRAMA
CIRCULAÇÃO
LOGÍSTICA
CONVIVÊNCIA
VOLUME
ORGANIZADO EM BLOCOS
MARCADA QUE DEFINE OS FLUXOS
IDEAL PARA O FUNCIONAMENTO
PARA OS TODOS OS TIPOS DE USUÁRIOS
ARQUITETURABIOCLIMÁTICA
PROGRAMA BLOCO DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Chegada | Separação dos tipos | Britadora | Separador magnético | Peneirar e classicar por tamanho | Vender agregados
APRENDIZAGEM Salas para cursos | Administração | Auditório | Lojas | Ocinas de artesanato | Refeitório
BLOCO DOS METAIS (Alumínio, Cobre e Ferro) Chegada | Separação | Limpeza | Máquinas que separam ferro do alumínio | Trituração
BLOCO DOS PAPÉIS (Papelão, Papel branco e colorido)
BLOCO DOS VIDROS
Chegada | Separação (papel branco, colorido, misto ou jornal) | Prensagem (Papelão)
Chegada | Separação (branco ou misto) | trituração
Buscando a solução para o principal problema recorrente nas atuais cooperativas, foi proposto blocos para a separação dos usos. Cada um terá suas devidas atividades porém todos ligados por acessos e circulação. O fluxo mais intenso é o RCC (Resíduos de Construção Civil), por isso possui um bloco com área maior. O bloco de aprendizagem será destinado não so para a população Anapolina, como também servirá de apoio aos funcionários. 2116,2 m²
1957,9
m²
1082,5
m²
²
658,4 m
²
604,7 m
² 550,9 m
BLOCO DE TRIAGEM DOS RESÍDUOS
Local da entrada dos materiais coletados das frotas de caminhões da coleta seletiva. Uma máquina separará os materiais mais especícos e o resto será feito anualmente.
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² 448,7 m
BLOCO DOS PLÁSTICOS ( PEDD, PET, PEBD, PP) Chegada | Separação | Limpeza | Trituração
Lara Amaral
R E ciclagem e a proposta
SAÍDA
Para um bom funcionamento de toda a indústria a circulação foi um tema de extrema relevância pois o Centro de Reciclagem recebe fluxos pesados de caminhões trazendo desde materiais leves como papel e plástico, á materiais pesados como os RCC ( Resíduos de Construção Civil). Esse fluxo é intenso e o que moverá a produção de toda a indústria. Além da importância de espaços específicos para os pedestres, foi pensado então em separação por níveis, e trazendo todo a circulação de pedestres para o lado leste do projeto, possibilitando mais segurança aos usuários, separando assim os fluxos intensos.
ENTRADA
CIRCULAÇÃO
fluxo de entrada e saída dos caminhões
fluxos de caminhões fluxos de pedestres estacionamento para carros
níveis diferentes marcam a circulação
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LOGÍSTICA
10 5 10
10 5 15 5 10 5
5
A logística é um item importante para o funcionamento do Centro de Reciclagem. A entrada e a saída dos materiais são bem marcados e diferentes para não ocorrer nenhum problema e facilitar assim o processo da indústria. Existe locais específicos para o fluxo dos materiais e para o fluxo dos funcionários evitando assim acidentes.
dimensões dos galpões
entrada de materiais processo de tratamento dos materiais saída das matérias primas
Centro de Reciclagem
croqui mostrando a carga e desgarga
fluxo materiais fluxo funcionári-
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CONVIVÊNCIA Para o melhor aproveitamento do trabalho no Centro de Reciclagem é necessário ter locais de descanso e convivência para os funcionários e usuários. Entre os blocos possuem espaços que tem como objetivo ser locais de descanso em momentos de intervalo. Com espelhos d’ água e vegetação o local fica mais agradável para os funcionários. E ainda próximo ao bloco de aprendizagem possui o maior local de convivência, sendo localizado também locais para alimentação e descanso, e ainda serve de interação entre a fábrica e administração.
espelho d’ água
área de descanso
espelho d’ água
espaços de convivência acesso entre os espaços de convivência
esquema dos espaços de convivência entre os blocos
VOLUME Os blocos da indústria formam um ritmo que continua por todo o terreno chegando até no edifício de aprendizagem em forma de escalonamento da forma. O Centro de Reciclagem é formado por galpões metálicos que facilitam todo o processo da reciclagem. Os edifícios possuem aberturas específicas com propósito de melhorar a ambiência do local de trabalho. Esquemas mostram como o ar frio entra e retira o ar quente do lugar. Além de trazer mais iluminação natural para os ambientes.
15
ar
te ar quen
qu en
ar
ar
frio
qu
te
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en
te
te
ar
frio
ar
frio
ar
frio
Lara Amaral
A
R E ciclagem e a proposta
2 1046
LEGENDA: 1. Auditório 2. Apoio (WC e vestiários) 3. Refeitório 4. Ocinas e Minicursos 5. Lojas 6. Estacionamento
1046 2
2 1047
6
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1046
2
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1047
5
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5 5 1047
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1047
5
3
4
4
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1050
2
OIO
AP
5
A
1 5
1050
implantação + térreo
Segundo pavimento bloco de aprendizagem
1049
Centro de Reciclagem
1048
1047
1046
16
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LIXO REAPROVEITAR LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO
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LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXORECUPERAR LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXO LIXOLIXO LIXO
RECICLAR LIXO
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R E ciclagem e a proposta
Centro de Reciclagem
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