Este artigo tem por objetivo analisar como a centralidade urbana é tratada dentro do planejamento urbano no final do século XIX e início do século XX, quando o pensamento urbanístico aparecia forte no Brasil. Como motivo central a epidemia de febre amarela sofrida no Rio de Janeiro – extinta no final de 1850 e voltando a aparecer em 1870 – os governantes buscaram projetos e planos de melhoramento focados no saneamento básico. Em ambas propostas analisadas na pesquisa, pôde-se perceber a necessidade da intervenção na cidade em busca de melhoramentos urgentes. O primeiro apresenta a necessidade de preservar a saúde pública, em um primeiro momento, seguida de crises habitacionais; o segundo busca a modernização da cidade, uma nova aparência de capital e a necessidade de leis de zoneamento – baseados nas tendências europeias da época. Mesmo com focos e objetivos divergentes, ambos os planos valorizam a centralidade urbana, usando-a como referência e ponto central do planejamento.
Palavras-chave: Renovação urbana.