REQUALIFICAÇÃO DO CÓRREGO TAMANDUÁ_TCC ARQUITETURA

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REQUALIFICAÇÃO DO CÓRREGO TAMANDUÁ – IPORÁ, GO

LARAH NOGUEIRA MARINS Orientadora: Drª. Maria Eliana Jubé Ribeiro GOIÂNIA, 2019


PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS – PUC.GO ESCOLA DE ARTES E ARQUITETURA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 2 – TCC.2

2019/1

ALUNA: LARAH NOGUEIRA MARINS ORIENTADORA: PROF. DRª. MARIA ELIANA JUBÉ RIBEIRO

REQUALIFICAÇÃO DO CÓRREGO TAMANDUÁ – IPORÁ, GO

Memorial de projeto de Requalificação do Córrego Tamanduá, em Iporá-GO, apresentado para o trabalho de conclusão de curso II, do curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC-GO. Orientadora: Prof. Drª Maria Eliana Jubé Ribeiro

GOIÂNA, 2019


ÍNDICE 1. APRESENTAÇÃO

2. O CÓRREGO TAMADUÁ

- TEMÁTICA E TEMA

- CONTEXTUALIZAÇÃO

- LUGAR

- APRESENTAÇÃO DO LUGAR

- USUÁRIO

- METODOLOGIA

3. DIAGNÓSTICO DO LUGAR - TRECHOS - PAISAGEM E AMBIÊNCIA - PROBLEMAS E POTENCIALIDADES - NORMAS E LEGISLAÇÃO

5. A PROPOSTA

4. REFERÊCIAS PROJETUAIS - RIO

CHEONGGYECHEON,

SEUL,

COREIA DO SUL - CÓRREGO PRIMEIRO DE MAIO, BH, BRASIL

6. DETALHES DE PROJETO

- NORTES DE PROJETO

- AMPLIAÇÕES

- PLANO GERAL

- EDIFÍCIOS

- PARQUE TAMANDUÁ

- MOBILIÁRIO

8. REFERÊCIAS

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APRESENTAÇÃO Este trabalho tem como proposta a fundamentação teórica para o projeto de trabalho de conclusão de curso, com o tema de intervenção urbana de requalificação do Córrego Tamanduá, situado em uma área central da cidade de Iporá – GO. O córrego, quando em área urbana, desrespeita as leis referentes às áreas de

proteção permanente, recebe uma canalização mal planejada gerando frequentes alagamentos em períodos chuvosos, recebe dejetos de esgoto e lixo ao longo do leito, entre outros problemas encontrados nos estudos do local. A proposta de requalificação urbana tem o intuito de promover a recuperação e a interação da população com o córrego que tem importante valor histórico para a cidade, através da valorização dessa área com a apropriação cidadã. Com a recuperação e reparação das áreas degradadas ao longo de seu leito, e com a implantação de um parque linear por todo o córrego, com equipamentos de uso público, o projeto trará a conscientização da população quanto à preservação de áreas ambientais, juntamente com uma nova opção de lazer que agrega melhoria da qualidade de vida à cidade. TEMÁTICA

De acordo com Vargas e Castilho (2009), os centros urbanos são um referencial

simbólico das cidades por ser o lugar mais dinâmico da vida urbana, recebendo grande fluxo de pessoas, veículos e mercadorias vindas do comércio local, educação e lazer. Com o crescimento das cidades, seja de modo espontâneo ou planejado, esses centros vão se dissipando e surgindo subcentros ao longo dos novos bairros, concorrendo assim com o centro principal e acelerando o seu processo de degradação. A intervenção nesses locais degradados pode ter inúmeros objetivos, Vargas (2006) destaca

alguns deles encontrados

em

diversas propostas,

como:

reforço

da

referência/identidade/diversidade; valorização imobiliária; geração de emprego e renda; entre outros. Nesse caso em questão, a requalificação como intervenção urbana busca fazer a recuperação e reparação de danos causados ao determinado centro, trazer de volta a interação da população com um espaço físico abandonado devido à expansão da cidade, usá-lo e preservá-lo.

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TEMA

Antes de tudo, sabe-se que o processo de intervenção urbana possui vários termos e conceitos diferentes, e uma explicação entre dois desses termos que se encaixariam na temática escolhida faz-se necessário, que são eles: revitalização e requalificação. Ambos se referem à processos que recuperam espaços urbanos

abandonados, mal utilizados ou degradados, mas a diferença entre eles está na teoria e na proposta de ação que cada um tem sobre a cidade. Para melhor definir a ação e o projeto, é necessário um estudo aprofundado, levando em consideração as teorias que envolvem cada uma destas ações, a fim de explicação do recorte escolhido, pode-se definir brevemente: - revitalização: recupera espaços ou construções abandonados ou negligenciados, não sendo somente uma intervenção física, mas uma reconstrução e transformação do público alvo do projeto, estabelecendo novas formas de convívio da população em relação à cidade; - requalificação: dá uma nova função enquanto melhora todo o aspecto urbano, desde a melhoria da qualidade de vida da população até a valorização do espaço público com medidas de dinamização social e econômicas. Sendo assim, o recorte escolhido se encaixa melhor no termo de requalificação enquanto intervenção urbana, pois consegue mesclar tanto aspectos sociais e culturais, como econômicos; mais resumidamente, se trata de uma política de centralidade

urbana. PORQUÊ INTERVIR?

É visível a resposta das cidades ao seu crescimento desordenado sem um planejamento urbano adequado: degradação de áreas históricas, exploração intensa de recursos naturais, impactos ambientais, alagamentos, construções em áreas de risco, dentre outras. Esses problemas não são exclusivos às grandes cidades que são suscetíveis

a imigração a todo o momento. Cidades consideradas pequenas, chamadas cidades de interior, também sofrem com problemas urbanos e, o descaso e a falta de conscientização da população agravam ainda mais esse processo. A criação e transformação de espaços a fim de melhorar a condição de vida das pessoas deve ser uma curiosidade, e até mesmo, um dos principais objetivos de um arquiteto e urbanista.

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A intervenção urbana é um processo do urbanismo que melhor soluciona os crescentes problemas das cidades e deve ser uma política urbana a ser discutida com

frequência junto à sociedade. O processo de requalificação urbana promoverá a valorização de um espaço degradado que é o Córrego Tamanduá que encontra-se canalizado em região urbana, situado em Iporá-GO, através da recuperação e implantação de equipamentos para

uso público, promovendo a melhoria da qualidade de vida da população, e a conscientização quanto à preservação de áreas ambientais. O projeto tem como princípio a valorização do espaço para a população, não restringindo seu uso apenas a população local, mas a todo o entorno da Bacia do Córrego Tamanduá, englobando as cidades vizinhas. A intervenção objetiva-se em fazer da área em questão um novo ponto turístico para a cidade, com a implantação de equipamentos sociais e culturais, estabelecendo novas formas de convívio entre os usuários e a conscientização da preservação dos recursos hídricos e dos espaços urbanos desvalorizados. LUGAR

Brasil

Goiás

Iporá

Área de intervenção

Figura 1: Localização da área de estudo para intervenção. Fonte: Google Images. Editado pela autora, 2019.

De acordo com o IBGE, Iporá possui 32.242 habitantes, em uma área de 1.026,384km², que resulta em uma densidade demográfica de 30,47 habitantes por km², mas a maior parte da população ainda é rural. O município está a 220km da capital

Goiânia, sendo ligados pela rodovia estadual GO-060, e faz divisa territorial ao norte com Diorama e Jaupaci, a leste com Israelândia e Moiporá, ao sul com Amorinópolis e Ivolândia e a oeste com Arenópolis. Segundo GOMIS (1998), Iporá teve sua origem às margens do Rio Claro, em 1748, no período do ciclo do ouro em Goiás, sendo bastante importante na extração de diamantes na época. Em meados de 1938, o povoado é transferido para as margens

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do Córrego Tamanduá, e com rápido desenvolvimento devido à agricultura e pecuária, é elevado a Município em 1948.

O município é banhado pelos rios Claro e Caiapó, e dois importantes ribeirões, Santa Marta e Santo Antônio, sendo este último a única fonte de abastecimento de água da cidade, além de vários córregos, com destaque o Córrego Tamanduá que corta a área urbana.

A altitude média da cidade é de 450m acima do nível do mar, e possui algumas serras no seu entorno, sendo o ponto mais alto de 780m. É predominantemente plana (60%), 35% ondulada e 5% montanhosa. A cidade carece de lugares adequados para o lazer da população, sendo o Lago Pôr-do-Sol, o parque municipal da cidade, o único ponto de encontro, estar e esporte de grande porte que é adequado a esses usos (Figura 2). O Lago foi inaugurado no final de 1996, desde então sendo o cartão postal da cidade. Ao longo dos anos com o crescimento da cidade e especulação imobiliária, esse ponto turístico foi sendo desvalorizado, principalmente por parte dos órgãos públicos que não deram a devida atenção a esse ponto de lazer da população. Com falta de limpeza da represa e leito do córrego canalizado, ausência de podas e cuidados regulares com o paisagismo, inexistência fiscalização quanto a regulamentação e legislação dos loteamentos no entorno e quiosques de alimentação no parque, e mais atualmente, com a futura implementação de um grande Shopping em uma APP, ao lado do lago, que é proibido segundo legislação vigente.

Figura 2: Ambiência e paisagem do Lago Pôr-do-Sol. Fonte: Site da cidade de Iporá, organizados pela autora, 2019.

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METODOLOGIA

Para chegar ao plano geral proposto, foi elaborado um estudo e diagnóstico ao longo da área de intervenção, pontuando todos os problemas e potencialidades que a área apresenta. Por ser uma área extensa e com entorno apresentando morfologias diferentes ao longo do leito do córrego, a área de estudo foi dividida em trechos para

análise e diagnóstico com propostas adequadas para cada um. Em seguida, será apresentado o projeto em escala total da área, situando todas as propostas em seus devidos trechos. Na sequência, são apresentados os detalhes

ÁREA DE INTERVENÇÃO

construtivos de cada trecho, para melhor entendimento do plano de intervenção.

Divisão da área de estudo em trechos para análise e posterior desenvolvimento do plano geral de intervenção

Elaboração do Plano Geral com propostas adequadas para cada trecho e foco em escolha de um trecho para anteprojeto com mais detalhamentos

Apresentação dos detalhes de projeto – mobiliário, construção, materiais e texturas

O CÓRREGO TAMANDUÁ O trecho de estudo, Córrego Tamaduá na parte urbana que é canalizado, tem cota de nível média 566m, variando de 570m no início da sua canalização, a 562m no fim do trecho. O recorte é feito logo após uma área de hidromorfismo, ou seja, onde lençol freático está mais próximo da superfície, que é o Lago Pôr-do-Sol, uma área do poder público, voltada para o lazer e esporte da população da cidade onde o córrego é represado (Figura 3).

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NORMAS E LEGISLAÇÃO

A cidade ainda não possui Plano Diretor ou normas municipais em relação a uso do solo e zoneamento. Sendo assim, as legislações superiores de nível estadual ou federal, foram seguidas para fundamentação da proposta.

Lei nº 12.651 - DISPÕE SOBRE A PROTEÇÃO DA VEGETAÇÃO NATIVA, ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE E AS ÁREAS DE RESERVA LEGAL; E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. Capítulo II, seção I - Da Delimitação das Áreas de Preservação Permanente:

Art. 4º Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei: I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura; II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de: b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;

Capítulo II, seção II - Do Regime de Proteção das Áreas de Preservação Permanente: Art. 7º A vegetação situada em Área de Preservação Permanente deverá ser mantida pelo proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título, pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado.

§ 1º Tendo ocorrido supressão de vegetação situada em Área de Preservação Permanente, o proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título é obrigado a promover a recomposição da vegetação, ressalvados os usos autorizados previstos nesta Lei. Art. 9º É permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação Permanente para obtenção de água e para realização de atividades de baixo impacto ambiental. Lei nº 6.766 - DISPÕE SOBRE O PARCELAMENTO DO SOLO URBANO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. Capítulo II - Dos Requisitos Urbanísticos para Loteamento: Art. 4º Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos: III - ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das rodovias e ferrovias, será obrigatória a reserva de uma faixa não-edificável de 15 (quinze) metros de cada lado, salvo maiores exigências da legislação específica; (Redação dada pela Lei nº 10.932, de 2004)

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REFERÊNCIAS PROJETUAIS Para um bom projeto, as referências e inspirações são de suma importância a fim de sanar possíveis dúvidas e buscar outras opções de soluções para os problemas encontrados. Sendo assim, dois projetos de intervenção urbana foram escolhidos para

enriquecer o embasamento para a proposta de intervenção do Córrego Tamanduá. Os estudos são apresentados de forma resumida, pontuando as principais soluções utilizadas em cada projeto, sendo possíveis rebatimentos à proposta final deste trabalho.

PROJETO DE RESTAURAÇÃO DO RIO CHEONGGYECHEON SEUL, CORÉIA DO SUL

FICHA TÉCNICA

Tema: Intervenção urbana de revitalização Lugar: Seul, Coréia do Sul Autor do projeto: KeeYeonHwang Ano: 2002/2005 Área total: 605.600km² de extensão Área de intervenção: 8km de comprimento, 80m de largura, total de 400hec Figura 5: Parque Linear do Rio Cheonggyecheon, Seul, Coréia do Sul. Fonte: https://goo.gl/images/xgVFWi

- rio com importância histórica na cidade de Seul - conexão leste /oeste; - a falta de segurança e manutenção constante das vias elevadas levaram ao fechamento das mesmas;

Figura 6: Histórico do Parque Linear do Rio Cheonnnggyecheon. Fonte: https://goo.gl/images/xgVFWi

PROGRAMA/TÉCNICAS - planejamento do sistema de circulação automóvel – implantação de BRT; - consolidação do sistema de esgoto; - criação de pontes para integração norte-sul – 22; -auxílios econômicos e acordos com comerciantes locais que precisaram ser remanejados; - bombeamento de água de outros rios e/ou estações subterrâneas de tratamento para garantir o fluxo contínuo; - criação de um semi-anel viário para direcionamento do fluxo de veículos sentido centro; -criação de espaços públicos com atividades diversificadas; - investimentos paisagísticos.

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Figura 7: Propostas da Intervenção em Cheonggyecheon. Fonte: http://projetobatente.com.br/projeto-de-restauracaodo-cheonggyecheon/

Figura 8: Imagens da Intervenção em Cheonggyecheon. http://projetobatente.com.br/projeto-de-restauracao-do-cheonggyecheon/

Fonte:

PARQUE DO CÓRREGO PRIMEIRO DE MAIO, BELO HORIZONTE, BRASIL

FICHA TÉCNICA

Tema: Intervenção urbana de requalificação Lugar: Belo Horizonte, Brasil Autor do projeto: B&L Arquitetura Ano: 2007/2008 Área: 33,7mil m²

Figura 9: Parque do Córrego Primeiro de Maio. Fonte: http://lagoadonado.blogspot.com/

PROGRAMA/TÉCNICAS: - terreno baldio com esgoto a céu aberto > área de preservação ambiental para uso da população; - melhoria da acessibilidade e retirada de famílias ocupando áreas de risco; - urbanização das ruas do entorno; - reintegração dos cursos d’água à paisagem; -implantação de equipamentos urbanos de lazer e recreação; - criação dequadras poliesportivas, anfiteatro, herbanário, pomar, caramanchão, mesa de jogos, brinquedos infantis, equipamentos de ginástica, sala de multimeios, edifício de serviço e administração e sanitários públicos; - solução para o controle de inundações nos períodos de chuva: barragem e canaletas para drenagem das águas pluviais; - melhoria das condições ambientais e sanitárias com interceptores de esgoto.

Figura 10: Situação antes da intervenção no Parque do Córrego Primeiro de Maio. Fonte: http://lagoadonado.blogspot.com/

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Figura 11: Imagens do Parque do Córrego Primeiro de Maio. Fonte: http://www.belarq.com.br/?portfolio=parque-primeiro-de-maio

REBATIMENTOS DE PROJETO

Ambos os estudos de caso apresentados carregam um ponto comum inicial para o projeto, que é a intenção de intervenção em busca de melhorar o ambiente atual que o projeto é inserido, recuperar usos e a presença da população, reconectando os leitos que já existiam antes das cidades com todo o entorno. Do projeto de restauração do Rio Cheonggyecheon, as principais soluções retiradas para rebatimento nesse trabalho, foram a abertura da largura do leito do rio para as épocas de cheias, a criação de espaços públicos com atividades diversificadas e a implantação de um centro comunitário, sendo todos atrativos para a população. Do projeto de requalificação do Parque do Córrego Primeiro de Maio, as principais soluções para rebatimento são as soluções para o controle de inundações nos períodos

de chuva, a melhoria da acessibilidade e retirada de famílias ocupando áreas de risco, a reintegração dos cursos d’água à paisagem e a implantação de equipamentos urbanos de lazer e recreação.

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AMPLIAÇÕES DOS TRECHOS TRECHO 2

SEM ESCALA

RECORTE – PROPOSTA DE MELHORA DA DRENAGEM A

B

B

A SEM ESCALA

CORTE CALHA – SITUAÇÃO ATUAL

SEM ESCALA

CORTE A/A – SITUAÇÃO PROPOSTA

SEM ESCALA

ANFITEATRO / BACIA DE RETENÇÃO Há uma grelha por baixo do palco do teatro, responsável por conduzir a água pluvial de volta para o córrego por dutos de concreto enterradas no solo.

GRELHA INSTALADA NO PISO DO PALCO DO TEATRO

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A

B

B

A

CORTE B/B – SITUAÇÃO PROPOSTA

BLOCOS DE GABIÃO ESTACA DE CONCRETO

Para a estrutura da recanalização dessa parte do trecho, que é a mais crítica por

estar logo após o Lago, a proposta é de usar blocos de gabião nas laterais, protegendo o leito do córrego, e também no solo fazendo desníveis, aumentando a área de inundação. Além dos blocos de gabião, há um pavimento em concreto para ser usado como passeio e pista de caminhada para os pedestres, trazendo conexão com o

córrego. As estacas de concreto são necessárias para a sustenção de toda a estrutura da canalização, devido às fortes chuvas que ocorrem em determinadas épocas do ano, garantindo mais segurança para a mesma.

SITUAÇÃO ATUAL

SITUAÇÃO PROPOSTA

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TRECHO 1

RECORTE – LAGO PÔR-DO-SOL

SEM ESCALA

2

3

4

3 5

6 1

SEM ESCALA

LEGENDA LAYOUT 1 – Área de permanência com pergolados 2 – Área de permanência com pergolados + churrasqueiras 3 – Praça de alimentação com quiosques (12) 4 – Sanitário Público 5 - Estacionamento

Mirante

Mirante

Área com pergolados

Praça de alimentação

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SEM ESCALA

RECORTE – PARQUE TAMANDUÁ A

A SEM ESCALA

CORTE CALHA – SITUAÇÃO ATUAL

SEM ESCALA

CORTE A/A – SITUAÇÃO PROPOSTA

PISTA CAMINHADA

PARTE RENATURALIZADA PARTE RECANALIZADA

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SEM ESCALA


PARQUE TAMANDUÁ

1

2

3

4 8

9

7 5

4

1

6

8

3

10

SEM ESCALA

LEGENDA LAYOUT: Acessos

1 – Estacionamento 2 – Horta comunitária com apoio: adm/sanitários/estoque/sala de reunião/mini auditório 3 – Sanitários públicos 4 – Quadras poliesportivas 5 – Playground 6 – Equip. Ginástica 7 – Pista de skate / patins 8 – Área livre coberta – feiras/eventos/alimentação 9 – Posto policial 10 – Praça de alimentação - quiosques

Pista de skate/Patins

Playground

Equipamentos de ginástica

Espaço coberto

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EDIFICIOS

SEM ESCALA

EDIFÍCIO DE CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL COM HORTA COMUNITÁRIA

3

4 5

2

1

7

6

LEGENDA LAYOUT 1 – recepção e área para exposições 2 – sala de administração 3 – sanitários 4 – copa 5 – estoque 6 – almoxarifado 7 – sala multiuso – reuniões/palestras/aulas - Acesso

Vista da entrada da Horta

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Horta comunitária

Área de descanso na Horta


SEM ESCALA

SANITÁRIOS PÚBLICOS LEGENDA LAYOUT 1 – Pilar da estrutura de cobertura 2 – Sanitário masculino 3 – Sanitário feminino - Acessos

2

1

3

Vista do Sanitário Público POSTO POLICIAL 4

1

5 2

3

LEGENDA LAYOUT TÉRREO 1 – Recepção 2 – Lavabo 3 – Copa 4 – Acesso restrito – torre de observação 1º PAVIMENTO 5 – Torre de observação - Acesso

Vista do Posto Policial

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SEM ESCALA

PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO COM QUIOSQUES – REPETE NO LAGO (TRECHO 1)

SEM ESCALA

UNIDADES MODULARES DE QUIOSQUE

SEM ESCALA

FACHADA QUIOSQUE – TIJOLOS ENCAIXADOS FORMANDO VAZIOS NAS FACHADAS

SEM ESCALA

PROPOSTA DE MODULAÇÃO DE QUIOSQUES E ESTRUTURA DE COBERTURA MODULAR

Vista da Praça de Alimentação

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Quiosques


COBERTURA MODULAR

Todos os edifícios do projeto foram pensados para ter a mesma cobertura, garantindo a uniformidade e conexão com todo o trecho de intervenção. São estruturas metálicas unidas em um pilar central oco, que “esconde” o encanamento responsável por captar e conduzir a água pluvial para os reservatórios, onde será tratada para reuso. A utilização dessa água é para usos não potáveis, mas ainda sim precisam de passar por um processo de tratamento simples. Os usos do aproveitamento da água pluvial no projeto serão destinados a irrigação da horta comunitária e das áreas verdes do parque, descarga de bacias sanitárias e mictórios e limpeza de pisos e paredes. Continuando no mesmo gancho de sustentabilidade, aplicado em todo o projeto, essas coberturas recebem telhas de policarbonato, permitindo a passagem da luz solar para dentro das edificações, gerando economia de energia elétrica. Além disso, possuem aberturas nas laterais da estrutura que funcionam como janelas, permitindo uma circulação cruzada e refrescando os ambientes em dias mais quentes. Já nos quiosques e nas áreas livres do Parque Tamaduá, essas estruturas não possuem as aberturas laterais e são cobertas com ripas metálicas pintadas, remetendo a

madeira. As esquadrias das edificações recebem o mesmo tratamento, garantindo uma estética contínua por todo o projeto.

Estrutura de cobertura com as ripas nas laterais

Estrutura de cobertura com janelas nas laterais

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MOBILIÁRIO

Pergolado em estrutura metálica e ripado de madeira de reflorestamento

Bancos de concreto com ripas em estrutura metálica com pintura amadeirada e lixeira de concreto

Banco de blocos de gabião e madeira de reflorestamento

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Luminária LED movida a energia solar


REFERÊNCIAS

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Iporá-GO.

Iporá:

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2012.

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<http://www.ccet.ueg.br/biblioteca/Arquivos/monografias/Capitulo_3__Referencias_ Projetuais_TFG2.pdf>, acesso em: 13/09/2018. BRASIL. Decreto de lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa e dá outras providências. Brasília, 25 de maio de 2012. ______.

Decreto

de

lei

6.766,

de

19

de

dezembro

de

1979.

Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá outras Providências. Brasília, 19 de dez. de 1979. CORRÊA, R. H. A.; VAZQUEZ, G. H.; VANZELA, L. S. Projeto estratégico de ocupação do

fundo de vale do córrego da Aldeia no perímetro urbano de Fernandópolis/SP. Revista Brasileira de Gestão urbana (Brazilian Journal of Urban Management, 2018 maio/ago.,

10(2),

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<http://www.scielo.br/pdf/urbe/2018nahead/2175-3369-urbe-2175-

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GUIMARÃES E SILVA, K.A.; FERREIRA, M. M. B. G. Meio ambiente e degradação ambiental: Um estudo da degradação ambiental junta à mata ciliar do córrego Tamanduá e ribeirão Santo Antônio no Município de Iporá – GO. Iporá: UEG, 2008. MARTINS, José R. S. (Org.). Água em ambientes urbanos. Uso de técnicas Urbanísticas para mitigação da impermeabilização: Parques Lineares. Nov. 2015. Disponível em: <http://www.pha.poli.usp.br/LeArq.aspx?id_arq=14203> , acesso em: 13/09/2018. MENDES, Marcos. Revitalização de Espaços Urbanos - O Exemplo de Seul. 2012. Disponível em: <

http://marcosmendesarquitetura.blogspot.com/2012/06/revitalizacao-de-espacos-urbanoso.html>, acesso em: 13/09/2018.

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REFERÊNCIAS PEREIRA, Jander M. Degradação ambiental do córrego Tamanduá em Iporá-GO: Uma análise a partir do protocolo de avaliação rápida. Iporá: UEG, 2012. PROGRAMA SOLUÇÕES PARA AS CIDADES; ABCP – Associação Brasileira de Cimento

Portland. Projeto Técnico: Parques Lineares como medidas de manejo de águas pluviais.

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<http://www.solucoesparacidades.com.br/wp-

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<https://revista.ufrr.br/actageo/article/view/968/1208>, acesso em: 12/09/2018.

VARGAS, H. C., & CASTILHO, A. H. (2015). Intervenções em Centros Urbanos: Objetivos, Estratégias e Resultados, 3rd edição. Barueri, SP: Editora Manole ______, H. C. Centros Urbanos: Por quê intervir?. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE REABILITAÇÃO DE EDIFÍCIOS EM ÁREAS CENTRAIS. 2006, São Paulo: EPUSP. Disponível

em: <http://fau.usp.br/depprojeto/labcom/produtos/2006_vargas_centrosurb_porqueinter vir.pdf>, acesso em: 13/09/2018.

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Através de uma pesquisa de campo feita por Pereira (2012), seguindo o Protocolo de Avaliação Rápida (PAR), o Córrego Tamanduá apresenta alterações físicas ao longo

da sua calha como processos erosivos, devido à retirada da vegetação às suas margens, assoreamento, perda de solo, alterações da qualidade da água devido a dejetos de esgoto e lixo e problemas em sua drenagem. A forma com que foi feita a canalização do córrego também traz problemas,

como alagamento no período de chuvas, que ocorre logo após a represa Lago Pôr-dosol, trazendo transtornos e possíveis riscos à saúde da população, além de, em algumas áreas, esgoto canalizado despeja dejetos no córrego. Todos esses problemas são reflexos da falta de planejamento urbano e da falha na preservação do córrego dentro da malha urbana, que não segue a lei nº 12.651 (sobre proteção da vegetação nativa) e lei nº 6.766 (sobre parcelamento e uso do solo). É possível notar a ausência de reservas próximas ao córrego durante seu trajeto e total falta de preocupação com a recuperação de áreas degradadas ao longo do leito. De acordo com Pereira (2012), a densidade de drenagem do córrego Tamaduá é mediana, e por possuir um relevo suave ondulado, a erosão é pouco intensa e há um equilíbrio entre escoamento e infiltração. O gradiente do rio principal é fraco e com capacidade de transporte em suspensão e volume, o que gera preocupação devido a ocupação ilegal das margens do leito que gera focos de assoreamento. A bacia “[...] possui forma alongada (retangular), que aumenta o tempo de deslocamento da água entre a nascente e a foz do mesmo.” e suas águas são

adequadas fisicamente para o uso da população até local do lago, pois após esse trecho, na área canalizada do córrego, é possível encontrar lixos e esgotos atirados no leito do córrego, além da presença de animais como vacas e cavalos. BACIA DO CÓRREGO TAMANDUÁ NASCENTE CÓRREGO TAMANDUÁ

ÁREA URBANA

Figura 3: Localização da bacia do córrego Tamanduá e área de intervenção. Fonte: Google Images, editado pela autora, 2019.

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DIAGNÓSTICO DO LUGAR Segundo Vargas e Castilho (2009), para chegar na ação de intervenção nos

LEGENDA – USO DO SOLO E ATIVIDADES

centros urbanos, deve-se primeiro entender o porquê da sua necessidade. Elas

COMERCIAL RESIDENCIAL SERVIÇO INSTITUCIONAL ÁREAS VERDES E/OU PRAÇAS VAZIOS

comparam o processo com um ato cirúrgico, cujo organismo necessita de intervenção em três situações: “para a recuperação da saúde ou manutenção da vida; para a reparação de danos causados por acidentes e, mais recentemente, para atender as exigências dos padrões estéticos.”. Baseado nisso, um diagnóstico detalhado ao longo

LEGENDA – EQUIPAMENTOS E PONTOS NODAIS INSTITUIÇÕES ESC./RELIG. SERVIÇOS LAZER E ESPORTE HOSPITAIS COMÉRCIO PRAÇAS

do trecho de intervenção é necessário para identificar os problemas e potencialidades

SAÍDA PARA JATAÍ E RIO VERDE GO-221 E GO-174

SAÍDA PARA BARRA DO GARÇAS – MT GO-174 E GO-060

da área.

USO DO SOLO E ATIVIDADES

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CHEIOS E VAZIOS

EQUIPAMENTOS E PONTOS NODAIS

VIAS E ACESSOS PRINCIPAIS

TRECHOS


LEGENDA INSOLAÇÃO VENTOS DOMINANTES (NE>SE) APP

PAISAGEM E AMBIÊNCIA

PROBLEMAS E POTENCIALIDADES PROBLEMAS -Espaço público mal aproveitado -Precariedade do sistema de drenagem do lago -Canalização e retificação do córrego

TRECHO 1

POTENCIALIDADES -Potencial de lazer e esportes -Potencial paisagístico e de preservação ambiental -Espaço público de uso assíduo pela população

PROBLEMAS -Canalização e retificação do córrego -Alagamentos em época de chuvas -Lançamento de resíduos e esgoto no leito -Assoreamento e falta de limpeza do córrego -Ausência de muretas de proteção nas laterais do córrego

TRECHO 2

POTENCIALIDADES -Espaço público -Conectividade -Preservação ambiental -Grande quantidade de áreas verdes e áreas vazias com potencial paisagístico e de preservação PROBLEMAS -Precariedade na proteção da ponte -Presença abundante de lixo no córrego -Assoreamento -Invasão nas áreas de proteção permanente

TRECHO 3

Figuras 4: Levantamento fotográfico da área de intervenção. Fonte: Google Images, editado pela autora e acervo próprio, 2019.

POTENCIALIDADES -Espaço público -Preservação ambiental -Área verde e vazia preservação

com

potencial

paisagístico

9

e

de


De acordo com o diagnóstico pode-se notar que as áreas de proteção permanente ao longo do leito do córrego estão apropriadas, indo contra as normas vigentes relativas às APP’s. Além disso, a área apresenta muitos vazios urbanos em todos os trechos e com potenciais paisagísticos, podendo mesclar preservação com

uso

público, seguindo as possibilidades na legislação. Outro ponto importante para análise é o de que a maioria das edificações que estão nas áreas de proteção ao longo do córrego são de renda média a alta e não resultantes de invasões ilegais, sendo assim, a fim de proposta de projeto, a população residente ali não precisa ser realocada para habitação de interesse social em caso de desapropriação para regularização de acordo com as normas. Diferente de cidades grandes, como Goiânia, cujas vias marginais são expressas e de fluxo constante, a marginal Tamaduá não é uma via muito utilizada pela população, sendo usada apenas para acessos aos lotes lindeiros à rua. São mais utilizadas e com fluxo constante diário, as vias perpendiculares à Marginal que fazem a conexão entre os bairros e dão acesso à saídas para outros municípios. Em relação aos equipamentos pontuados, são os de maior relevância no entorno da área de intervenção. É possível encontrar duas instituições escolares de nível municipal, de abrangência até o ensino médio, e três instituições religiosas a menos de

300m do trecho, além de hospitais e a área central da cidade com a maioria dos comércios, e também a rodoviária da cidade, garantindo a possível presença de todas as faixas etárias na área.

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A PROPOSTA Com o diagnóstico e estudos de caso de projetos acerca do tema de intervenção urbana como requalificação de áreas de fundo de vale, e através da divisão do recorte do córrego em trechos para análise final, foram elaboradas as seguintes diretrizes como nortes de projeto. NORTES DE PROJETO 1. Recuperação das APP’s às margens do córrego canalizado;

2. Desapropriação

3. Implantação de métodos

4. Implantação de

de áreas de risco;

para contenção de

equipamentos públicos de lazer

alagamentos;

e conscientização ambiental;

PLANO GERAL

Com as diretrizes criadas, as propostas foram elaboradas visando a solução dos problemas diagnosticados em cada trecho, mas ainda assim abrangendo toda a área de intervenção, ou seja, algumas soluções podem ser aplicadas por toda a área, e outras são específicas para determinado trecho. As propostas buscam integrar todos os trechos como um parque linear, conectando os espaços públicos e a população ao córrego e a natureza, conscientizando-os sobre a sua preservação de forma direta e indireta.

ÁREA DE PERMANÊNCIA EQUIP. DE LAZER/RECREAÇÃO/ESPORTES EQUIP. DE CONSCIENTIZAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL - COM UMA HORTA URBANA COMUNITÁRIA ESPAÇO COBERTO DESTINADO PARA EVENTOS DE USO PÚBLICO - FEIRAS

IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE DRENAGEM EFICIENTE PARA CONTROLE DE ENCHENTES E ALAGAMENTOS

RECOMPOSIÇÃO DA VEGETAÇÃO EXISTENTE E REVITALIZAÇÃO DE ÁREAS VERDES – POR TODO O TRECHO

DECK/ESPAÇOS PARA CONTEMPLAÇÃO PISTA DE CAMINHADA ÁREAS DE DESCANSO DESAPROPRIAÇÃO (O MÍNIMO POSSÍVEL) DE EDIFICAÇÕES DENTRO DE APP’S NO ENTORNO DO CÓRREGO - POR TODO O TRECHO

RECOMPOSIÇÃO DA VEGETAÇÃO EXISTENTE ÁREA PARA QUIOSQUES ESPAÇOS COBERTOS PARA PERMANÊNCIA ÁREA PARA PIQUENIQUE/CHURRASCO

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TRECHO 3

TRECHO 2/1

O trecho 3 é o que mais se assemelha com a situação natural do córrego, pois é

Nessa parte do trecho 2 é onde a característica natural do córrego Tamanduá

nele que a canalização atual do córrego acaba. Para essa área, a proposta é a

começa a aparecer. Nesse trecho, a principal proposta é a renaturalização do leito do

desapropriação de lotes nas APP’s , a revegetação do paisagismo, incluindo plantas

córrego, fazendo um corte na topografia que deixava as águas “escondidas” enquanto

características do cerrado e a requalificação da estrutura da ponte, igualando-a com

canalizadas, criando caminhos com pistas de caminhada próximas a água e mobiliário

as outras pontes dos trechos, conectando a área “final” do leito do córrego com as

como bancos e pergolados metálicos, conectando os usuários à natureza.

anteriores a ele.

A revegetação aqui também acontece com foco em plantas nativas do cerrado, desde forragens até árvores frutíferas regionais.

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150


TRECHO 2/2

TRECHO 2/3

TRECHO 1

Essa parte do trecho 2 engloba uma área de permanência proposta como Parque

O ponto mais crítico de todos os

Tamanduá. Antes a maior área vazia do trecho, com grande potencial paisagístico e de

trechos é este, onde acontece o início da

Na área do Lago Pôr-do-Sol, já

uso público, a proposta nas águas é o começo da renaturalização do córrego. O trecho

canalização do córrego. É proposto uma

consolidado, a proposta é a revegetação

que o antecede é o ponto crítico das inundações do córrego, por isso, a área necessita

recanalização com blocos de gabião em

das

de uma área previsível para alagamentos nas épocas de chuvas fortes.

níveis diferentes, ampliando a área livre

paisagismo nativo do cerrado. No lugar de

para o córrego em épocas de chuvas

quadras

intensas, e nas secas, uma área para

posição inconfortável em relação ao sol,

circulação da população.

implantação de pergolados, bancos e

De um lado do córrego, a proposta é a renaturalização, com caminhos como

pistas de caminhada, bancos e pergolados para permanência e contemplação. Do outro lado, uma recanalização com blocos de gabião em níveis, permitindo a circulação dos usuários em épocas que o nível da água estiver baixo. Ainda nesse lado, o Parque

Outro equipamento para auxílio da

Tamanduá com equipamentos de lazer infantil, esportivos, pista de skate, banheiros,

drenagem, é um teatro de arena que

posto policial, áreas cobertas para uso público como feiras, área de quiosques e uma

funciona como bacia de retenção de

edificação para conscientização ambiental aberto ao público, com horta urbana

água pluvial.

áreas

verdes,

esportivas

antes

incrementando locadas

em

churrasqueiras fixas, permitindo uma área de convívio aberta para a população, com vista para o lago. Outra proposta é a transferência dos

comunitaria.

quiosques antes enfileirados e sem conexão para o outro lado do lago, com espaço de convivência e amplo, com cobertura.

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AMPLIAÇÕES DOS TRECHOS TRECHO 2

RECORTE – PROPOSTA DE RENATURALIZAÇÃO A

B

A

B

SEM ESCALA

SEM ESCALA

CORTE CALHA – SITUAÇÃO ATUAL

SEM ESCALA

CORTE CALHA A/A – SITUAÇÃO PROPOSTA

SEM ESCALA

CORTE CALHA B/B – SITUAÇÃO PROPOSTA

SEM ESCALA

DETALHE – CALHA PROPOSTA ENROCAMENTO PARA PROTEÇÃO DA MARGEM FEITO COM PEDRA-DE-MÃO

REFERÊNCIA

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