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Figura 58 - Festa em Sættedammen
7.0 PROPOSTA ARQUITETÔNICA 7.1 Conceito e Partido
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Desde criança somos ensinados a importância de compartilhar o que temos, seja algo que estamos comendo, um brinquedo, enfim, é algo que as crianças precisam aprender para que possam fazer e manter amigos e brincar cooperativamente.
Quando crescemos o ato de compartilhar vai muito além do que aprendemos quando criança. Ao se tornar adulto o compartilhar se torna ainda mais complexo, compartilhamos conhecimentos, experiências, frustrações, desafios, sonhos e passamos a conhecer muito mais sobre o outro.
A predileção de poder compartilhar também pode ser uma opção para quem precisa reduzir os custos de moradia, dividir uma casa ou apartamento para compartilhar o espaço, as despesas e as tarefas. Dividir um apartamento ou casa também surge como uma possibilidade de resgatar um pouco do convívio e sentimento de pertencimento, visto que há muitas pessoas que não gostam de viver sozinho. Para este projeto, a proposta é criar um edifício com ambientes capazes de satisfazer as necessidades dos moradores, um edifício de moradia com alguns usos compartilhados, baseando-se na criação de espaços pensados para proporcionar aos estudantes o entusiasmo e o interesse para o conhecimento. Esse conceito de moradia compartilhada também é definido como coliving. A primeira parte da palavra “Co” , é um prefixo que vem da preposição latina cum e significa “com” . A segunda parte da palavra “Living” , vem da língua inglesa e em sua tradução significa morar, moradia. A união de ambas, resulta em uma co-moradia, que nada mais é o compartilhamento de habitação ou residência por pessoas que não são necessariamente do mesmo meio familiar. (LOPES, 2019).
Coliving surge no início do ano de 1972, a partir do projeto Sættedammen, originalmente com o nome do cohousing (termo aplicado às moradias avulsas e privadas que dividem um mesmo terreno urbano e, portanto, formam uma unidade apenas nas áreas comuns). Em uma comunidade localizada na Dinamarca, onde 35 famílias foram morar em casas construídas próximas umas das outras, com uma grande área em comum onde se realiza festas (figura 58) e jantares comunitários. (VITRUVIUS, 2019). O coliving surge então como uma releitura do “coabitar” , influenciado pelas transformações propostas pelo cohousing para um novo modo de habitar.
O Coliving é um modelo de unidade residencial que se liga internamente para os espaços comuns, valorizando a ideia de comunidade e que encontra um equilíbrio entre o espaço partilhado e o espaço privado. Nas unidades residenciais e no edifício como um todo, ajudando a fomentar uma cultura de partilhar, reduzindo o custo de vida e proporcionando uma comunidade de apoio.
Figura 58 - Festa em Sættedammen. Fonte: Sættedammen, s.d.