Revista Lavoura Arrozeira - nº 461

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Com uma polĂ­tica industrial que fortalece o campo, cultivamos um Rio Grande cada vez maior.

Gerar desenvolvimento diminuindo desigualdades: investir no campo faz parte da nossa polĂ­tica. O Governo do Rio Grande do Sul incentiva o desenvolvimento do agronegĂłcio atravĂŠs da PolĂ­tica Industrial, na qual o setor de aves e suĂ­nos ĂŠ prioritĂĄrio. Por isso, oferece instrumentos como o Novo Fundopem, Integrar/RS, Sala do Investidor e 0ROGRAMA 'AĂ’CHO DE !LIMENTOS 0REMIUM ALĂ M DE ĂšNANCIAMENTOS E AÂżĂ?ES NAS šREAS TRIBUTšRIA DE SANIDADE E TECNOLĂ‹GICA PARA GARANTIR MAIOR COMPETITIVIDADE ¸ PRODU¿O LOCAL !SSIM O SETOR E O 2IO 'RANDE DO 3UL CRESCEM JUNTOS

Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento

Mais informaçþes: www.sdpi.rs.gov.br e www.agdi.rs.gov.br


Irga renovado A revista Lavoura Arrozeira ĂŠ uma publicação do Instituto Rio Grandense do Arroz. Av. MissĂľes, 342 - Porto Alegre (RS) – Brasil CEP 90230-100 / Fone (51) 3288.0400 www.irga.rs.gov.br /www.facebook.com/ IrgaRS /@IrgaRS ISSN: 0023-9143

Governador do Estado: Tarso Genro Vice-governador: Beto Grill Secretårio da Agricultura, Pecuåria e Agronegócio: Luiz Fernando Mainardi Presidente do Irga: Claudio Fernando Brayer Pereira Diretor Comercial: Elói JosÊ Thomas Diretor TÊcnico: SÊrgio Gindri Lopes Diretor Administrativo: Paulo Renato Sampaio Assessoria de Comunicação: Ben-Hur Corvello (Coordenação), Camila Raposo, Caroline Freitas, Marlise Mattos, Rossana Vecchio

Projeto grĂĄfico: Ulisses Romano (Visual AgĂŞncia – Comunicação e Design) Diagramação: Vini Albernaz (Visual AgĂŞncia – Comunicação e Design) ImpressĂŁo: Companhia Rio-Grandense de Artes GrĂĄficas (Corag) Tiragem: 12 mil

Atendimento ao Leitor: revista@irga.rs.gov.br (51) 3288.0455 É permitida a reprodução de matĂŠrias, desde que citada a fonte. Os artigos assinados nĂŁo refletem, necessariamente, a opiniĂŁo do veĂ­culo.

Nesse mesmo sentido de promoYHU TXDOLĂ€FDomR H FDSDFLWDomR WpFQLFD constantes no setor, o Irga realizou mais uma edição do Dia de Campo Estadual, onde a troca de experiĂŞncias p R REMHWLYR Pi[LPR &RP HVWD YLVmR R LQVWLWXWR WDPEpP HVWi SDUWLFLSDQGR da elaboração do Plano de Metas que GHĂ€QLUi RV GHVDĂ€RV Do}HV H SURgramas a serem desenvolvidos pelo setor arrozeiro gaĂşcho nos prĂłximos 10 anos. Entre as iniciativas, estĂĄ a ampliação de pesquisa para melhorar a produtividade com a rotação de culturas e promover a integração lavoura pecuĂĄria.

Na propriedade da famĂ­lia Machado, em Santo AntĂ´nio da Patrulha, verĂĄs isVo na prĂĄtica. Pela quarta safra seguida, os produtores cultivarĂŁo soja em rotação com arroz, e os benefĂ­cios foram tantos TXH D WHQGrQFLD p TXH DV GXDV FXOWXUDV sigam dividindo espaço na lavoura, garantido renda ao produtor. É importante lembrar que a prĂĄtica de rotação exige do agricultor conhecimento das necessidades da FDGD HVSpFLH FXOWLYDGD H FRQYpP TXH HOH HQFRQWUH DOWHUQDWLYDV WpFQLFDV TXH possam ser aplicadas em mais de uma cultura, como estruturas de irrigação. É o caso das mangueiras com comportas, que tornam o processo mais SUHFLVR H HĂ€FLHQWH FRPR YHUiV QDV pĂĄginas a seguir. Em sintonia com o momento da lavoura arrozeira, esta edição traz DLQGD RULHQWDo}HV SDUD TXH R RUL]LFXOWRU obtenha o mĂĄximo de produtividade em sua safra, com prĂĄticas corretas na colheita H na armazenagem. Boa leitura!

Foto: Eduardo Rocha

Coordenação Editorial: Marlise Mattos – Mtb 11.378 Produção e execução: Cartola – AgĂŞncia de ContĂŠudo Edição: MĂĄrcia Schuler - Mtb 16.266 Reportagem: Ana Paula EB Rocha – Mtb 14.287 F .ĂˆSDJB 4DIVMFS Colaboração: Carlos Fagundes, CĂŠsar Pereira, Cleusa Amaral, Daniel Oliveira ElĂłi Thomas, Eraldo Jobim, Felipe Ferreira Glauco Freitas, JoĂŁo Gimino FĂŠlix, Mara Lopes, MĂĄrio Azevedo, Pablo Badinelli, Rui Ragagnin, SĂŠrgio Grindri Lopes, Thais Freitas, Vitor Hugo Kayser, Volnei Meneghetti

Esta edição da Lavoura Arrozeira marca um acontecimento histĂłrico para o Irga - o instituto realizou seu primeiro concurso pĂşblico em 40 anos. Entre os nomeados, estĂŁo ex-estagiĂĄrios, antigos colegas e novatos, cujas histĂłrias conhecerĂĄs na reportagem de capa. Os funcionĂĄrios que assumiram seus postos em janeiro dĂŁo cara nova H SHUHQLGDGH j DXWDUTXLD H UHDĂ€UPDP os preceitos e ideais do instituto como uma estrutura fundamental na elaboração e na implantação de polĂ­ticas que fortaleçam a lavoura e toda a cadeia.

Claudio Pereira Presidente do Irga

Ă?ndice

Tecnologia ...........................................32

Foto do leitor ........................................ 4

Mercado ................................................34

Safra ............................................................5

Produção ..............................................36

Curtas ........................................................8

Manejo ...................................................38

Câmara Setorial .................................10

Clima .......................................................42

Relaçþes internacionais ................12

Consumo ..............................................44

Palavra do produtor ........................16

Receita ...................................................46

Dia de Campo ....................................20

Artigo tĂŠcnico ....................................47

Palavra do produtor ........................16

Nota tĂŠcnica........................................50

Irrigação ................................................24

Pelos Nates ..........................................52

Capa ........................................................28

Almanaque ..........................................54

IRGA

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Foto do leitor

Fotos de Arroio Grande, Pelotas e Alegrete sĂŁo as

preferidas do pĂşblico

A

1Âş LUGAR: Foto de AndrĂŠ Barros - Arroio Grande/RS

2Âş LUGAR: Foto de Luiz Carlos dos Santos Vaz - Pelotas/RS 4

Lavoura Arrozeira

lavoura de arroz capturada GH SHUWR QD IRWRJUDĂ€D GH $QGUp %DUURV 0DWRV GH $UURLR Grande, foi a vencedora desta edição do concurso cultural Sua Foto na Revista Lavoura Arrozeira. Nesta seção, a revista publica as trĂŞs imagens mais curtidas pelo pĂşblico na pĂĄgina do Irga no Facebook (www.facebook. FRP ,UJD56 2 VHJXQGR OXJDU Ă€FRX com Luiz Carlos dos Santos Vaz, de Pelotas, e o terceiro com Rafael Bavaresco da Silva, de Alegrete. Para participar do concurso, envie suas fotos para revista@irga. rs.gov.br. Os interessados podem HQYLDU DWp FLQFR IRWRV TXH UHWUDWHP o dia a dia, a paisagem e as peculiaridades da lavoura de arroz. O regulamento completo pode ser consultado no site www.irga.rs.gov.br.

3Âş LUGAR: Foto de Rafael Bavaresco - Alegrete/RS


Foto: )DJQHU $OPHLGD

Área plantada com arroz no

<stado aumenta 3,43% A expectativa, contudo, é de que a produção seja igual à do ano passado, em razão de adversidades no período de plantio que atingiram praticamente 40% da área IRGA

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Safra

O

Rio Grande do Sul registrou na safra 2013/14 um aumento de 3,43% na ĂĄrea plantada com arroz. Foram 1.115.864 hectares, contra 1.078.833 na safra DQWHULRU (VWH FUHVFLPHQWR SRUpP representarĂĄ um aumento pouco VLJQLĂ€FDWLYR HP UHODomR DR TXH VHUi colhido. Na safra 2012/13 foram 8 PLOK}HV GH WRQHODGDV 1HVWD D TXDQtidade de grĂŁos colhidos deve oscilar HQWUH H PLOK}HV GH WRQHODGDV ´$ QRVVD H[SHFWDWLYD p GH TXH PHVmo com uma ĂĄrea maior, tenhamos uma produção no mĂ­nimo igual Ă que tivemos no ano passado por conta de adversidades que ocorreram no perĂ­odo do plantio. Em praticamente 40% da ĂĄrea houve problemas de atraso de plantio, de manejos culturais, aplicação de herbicida ou entrada de ĂĄgua. Isso deve afetar a produtividadeâ€?, explica o presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Claudio Pereira. Em levantamento divulgado em 9 de janeiro, a Conab informou TXH D H[SHFWDWLYD p GH TXH QD VDIUD 2013/14, sejam colhidas no paĂ­s WRGR PLOK}HV GH WRQHODGDV GH arroz, representando um aumento de 5,1%. Eraldo Jobim, coordenador GD 'LYLVmR GH $VVLVWrQFLD 7pFQLFD e ExtensĂŁo Rural (Dater) do Irga, explica que a alta luminosidade e as temperaturas oscilando entre 25Âş e 30Âş em janeiro contribuĂ­ram para o Ă€QDO GR SODQWLR (P UHJL}HV FRPR 3ODQtFLH Costeira Interna e PlanĂ­cie Costeira Externa houve atraso na semeadura, principalmente pela forte ocorrĂŞncia de chuva no mĂŞs de novembro, levando os produtores a concluir a etapa do plantio nos primeiros dias de dezembro. Por outro lado, os PDQDQFLDLV WDPEpP SHUPDQHFHUDP bem abastecidos, e nĂŁo houve regis6

Lavoura Arrozeira

WURV VLJQLĂ€FDWLYRV GH IDOWD GH iJXD para irrigação da lavoura. O cultivo da soja em ĂĄreas de arUR] LUULJDGR Ă€FRX XP SRXFR DOpP GR SUHYLVWR DWp R DQR SDVVDGR Na safra 2012/13 haviam sido 272 mil hectares. Nesta, o total de ĂĄrea com estas caracterĂ­sticas passou para 300 mil hectares.

Cultivares do Irga atendem a todas as regiĂľes orizĂ­colas gaĂşchas A cada ano o Irga estĂĄ mais presente nas lavouras gaĂşchas, e nĂŁo apenas por meio da transferĂŞncia de conhecimento ao produtor. As cultivares desenvolvidas pela LQVWLWXLomR WDPEpP YrP VH IRUWDlecendo como alternativa para os RUL]LFXOWRUHV começarem o plantio sabendo que resultados esperar ao Ă€P GD FROKHLWD O presidente do Irga explica que todas as cultivares feitas pela entidade passam primeiro por um criterioso sistema de ensaios em WRGDV DV UHJL}HV GR (VWDGR ´(ODV WrP algumas caracterĂ­sticas das quais nĂłs nĂŁo abrimos mĂŁo, como resistĂŞncia a doenças e qualidade de grĂŁos PDV FOD UR TXH nem todas sĂŁo adequadas para WRGDV DV UHJL}HV 2 ,UJD p R ~QLFR LQVWL WXWR que oferece este portfĂłlio para os produtores poderem escolher o meOKRU SDUD VXD UHJLmRÂľ DĂ€UPD Antes de serem lançadas, as cultivares feitas pelo Irga passam por testes em unidades de obserYDomR ´(ODV VHUYHP SDUD DYDOLDomR interna de uma tecnologia ou de um novo produto. É sempre de algo que ainda esteja sendo elaboradoâ€?,

explica o coordenador de projetos de pesquisa do Irga, Felipe Ferreira. Na safra 2012/13, por exemplo, seis linhagens promissoras de cultivares de arroz foram testadas em unidades de observação em 20 ĂĄreas de lavouras de produtores que sĂŁo referĂŞncia no cultivo do arroz no (VWDGR $R Ă€P GD VDIUD VH FRQFOXLX que daquelas seis linhagens, duas eram mais promissoras que as demais. Este trabalho resultou em duas novas cultivares, a IRGA 429 e a IRGA 430, que serĂŁo lançadas ainda em 2014. Elas devem ser assunto em muitos dos dias de campo ao longo do ano. 'HSRLV GH VHUHP ODQoDGDV p SRU meio das unidades demonstrativas que as cultivares do Irga sĂŁo apreVHQWDGDV DRV SURGXWRUHV UXUDLV ´$V unidades sĂŁo uma ferramenta que temos usado na extensĂŁo rural para transferir a tecnologia da pesquisa para o agricultor. Nelas fazemos uma FRQĂ€UPDomR GR TXH IRL IHLWR QD SHVquisaâ€?, relata Jobim. /i se consegue perceber melhor como as cultivares reagem a cada um dos microclimas aos quais sĂŁo submetidas. Elas sĂŁo colocadas lado a lado em uma mesma iUHD H Ă€FDP VRE DV PHVPDV FRQGLo}HV de manejo de ĂĄgua, adubação e de conWUROH Ă€WRVVDQLWiULR Convidados a conhecer as unidades demonstrativas, os produtores podem depois participar de um roteiUR WpFQLFR RQGH REVHUYDP R FLFOR GDV cultivares, a partir do que conseguem decidir com mais propriedade quaLV sĂŁo mais adequadas para os negĂłcios GHOHV ´e XPD PDQHLUD GH VRFLDOL]DU H transferir tecnologia para o produtor. Ele aprecia com os prĂłprios ROKRV 1RV URWHLURV WpFQLFRV HOHV YLVLtam essas unidades demonstrativas e fazemos a explanação de cada uma das cultivaresâ€?, analisa Jobim.


Safra

Veja as principais cultivares do Irga usadas atualmente IRGA 417 Ano de lançamento: 1995 Principais caracterĂ­sticas: ciclo precoce, alta qualidade de grĂŁos e alta capacidade de perfilhamento. É suscetĂ­vel Ă toxidez por excesso de ferro no solo e Ă doença brusone. Produtividade mĂŠdia: 9 mil quilos por hectare. RegiĂŁo para a qual ĂŠ indicada: tem boa adaptabilidade a todas as regiĂľes do Estado, mas ĂŠ mais usada na Fronteira Oeste. IRGA 423 Ano de lançamento: 2007 Principais caracterĂ­sticas: ciclo precoce, excelente qualidade industrial de grĂŁos. É uma evolução da IRGA 417 por ser tolerante Ă toxidez por excesso de ferro no solo e Ă doença brusone. Planta de estatura baixa e de folhas pilosas. Produtividade mĂŠdia: 9 mil quilos por hectare. Onde ĂŠ mais usada: indicada para todas as regiĂľes do RS, mas tem se mostrado mais adaptĂĄvel para as regiĂľes da DepressĂŁo Central e Fronteira Oeste. IRGA 424 Ano de lançamento: 2007 Principais caracterĂ­sticas: ciclo mĂŠdio, alto potencial de produtividade e boa qualidade industrial e de cocção dos grĂŁos. Vigor inicial mais lento que a IRGA 417, mas com alta capacidade de perfilhamento. É de porte baixo e de folhas pilosas. É tolerante Ă toxidez por excesso de ferro e ĂŠ resistente Ă brusone. Tem boa resposta Ă adubação. Potencial de produtividade obtido na Fronteira Oeste: 14 mil quilos por hectare Onde ĂŠ mais usada: tem bom desempenho em todas as regiĂľes, inclusive se adapta Ă Zona Sul e Ă Campanha, pois apresenta boa adaptação Ă s tempera-

turas mais baixas, o que Ê característica dessa região. Por ter alto potencial genÊtico de produtividade, Ê tambÊm bastante indicada para a Fronteira Oeste, jå que esta se caracteriza por ter o solo mais fÊrtil para arroz no Estado. Apresenta ocorrência intermediåria de centro-branco em grãos beneficiados. IRGA 425 Ano de lançamento: 2009 Principais características: ciclo mÊdio. Foi a primeira cultivar do Irga desenvolvida para o sistema de cultivo de arroz prÊ-germinado. Entretanto, tambÊm pode ser cultivada em sistemas de semeadura em solo seco sem restriçþes. Tem colmos fortes e resistentes ao acamamento e excelente qualidade de grãos. Tolerante à toxidez por excesso de ferro no solo e à doença brusone. Grãos com boa qualidade industrial e culinåria. Produtividade mÊdia: 9 mil quilos por hectare. Onde Ê usada: principalmente na Depressão Central, Zona Sul e nas planícies costeiras internas e externas. IRGA 426 Ano de lançamento: 2011 Principais características: alto vigor inicial das plantas, resistência à debulha e à brusone da panícula, moderada tolerância à toxidez por ferro no solo e alta capacidade de perfilhamento. Tem alta qualidade industrial e de cocção dos grãos, apresentando elevado rendimento de inteiros e grãos longo-finos com aparência vítrea. Se adapta às condiçþes de temperatura mÊdia mais baixa, com boa tolerância ao frio na fase de plântula. Tem elevada produtividade e estabilidade produtiva em regiþes mais frias do Estado. Boa aceitação da indústria em relação à qualidade dos grãos. Produtividade mÊdia: 10 mil quilos por hectare. Onde Ê usada: todas as regiþes orizícolas.

IRGA 427 Ano de lançamento: 2011 Principais características: de ciclo mÊdio, Ê resistente ao acamamento quando cultivada com semeadura em solo seco. Indicada para o sistema de cultivo convencional, cultivo mínimo e plantio direto. Moderadamente suscetível à doença de brusone na folha e suscetível à brusone na panícula. Tolerante à toxidez por excesso de ferro no solo. Alto potencial produtivo e excelente qualidade dos grãos com baixo índice de centro-branco e aspecto visual translúcido. Produtividade mÊdia: 10 mil quilos por hectare. Onde Ê usada: indicada para cultivo em todas as regiþes orizícolas do RS, mas vem sendo mais usada na Depressão Central. IRGA 428 Ano de lançamento: 2011 Principais características: de ciclo mÊdio, Ê a única cultivar do Irga atualmente em cultivo com grãos e folhas lisas. Tem alta produtividade e alta tolerância aos herbicidas do grupo das imidazolinonas, usados para controle do arroz vermelho, como Only e Kifix, e à toxidez por excesso de ferro no solo. A resistência contra a doença de brusone Ê moderada na folha e na panícula. Recomenda-se o uso desta cultivar em åreas com infestação por arroz vermelho, onde o controle por meio de outras tÊcnicas de manejo não sejam eficientes. Produtividade mÊdia mil quilos por hectare.

Informaçþes do Irga e dP relatório da Sociedade Sul-Brasileira de Arroz Irrigado

IRGA

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Curtas

Irga promove degustação durante o 5º Rolando Arroz O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) realizou em dezembro uma degustação de paella campeira. O evento foi promovido durante a 5ª edição do torneio Rolando Arroz F Ï parte do Projeto WinBelemDon, coFoto: Rossana Vecchio

mandando pelo fotógrafo Marcelo Ruschel e Luciane Bercelos da Silva F localizado no bairro Belém Novo, em Porto Alegre. Esta edição do torneio contou com a presença dos embaixadores do projeto, Fernando Meligeni e Thomaz Koch, e dos tenistas Bruno Soares, Marcos Daniel, João Zwetsch, Tiago Fernandes, Fabiano de Paula e Bruno Sant’anna. Dentro de quadra, o título ficou com a trinca formada por Thomaz Koch, Jaleska Mendes e Alexandre Aragon. Na final, eles derrotaram Fernando Meligeni, Jorge Braga e Fábio Beckenkamp, por 7 a 5. O WinBelemDon atende mais de 100 crianças e adolescentes em situação de risco, buscando facilitar o processo de integração social, por meio do ensino de tênis e da realização de atividades extraescolares.

A implantação de um programa específico de melhoramento genético para o plantio de arroz irrigado para a zona temperada foi um dos principais assuntos discutidos na 34ª Reunião do Comitê Administrativo do Fundo Latino Americano de Arroz Irrigado (Flar). A reunião ocorreu em novembro na cidade de San José, na Costa Rica. Presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) e do Flar, Claudio Pereira afirmou que este é um avanço muito importante para os países do Cone Sul, já que o trabalho do fundo tem se focado nos países de zona tropical. “O programa de melhoramento deve começar

na próxima safra, porém ainda temos que definir qual o País que irá sediar os trabalhos”, acredita Pereira. Durante a reunião também foram discutidas as atividades do comitê administrativo, do comitê executivo e do consórcio de híbridos.

Irga compra novo equipamento de GPS para georreferenciamento Dando um passo adiante no objetivo de modernizar e qualificar ainda mais seus serviços, o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) adquiriu o GPS L1-L2, tecnologia utilizada para georreferenciamento rural. O equipamento funciona em duas frequências e tem maior precisão direcional do que o GPS de mão. Ele será utilizado principalmente nos projetos de irrigação e drenagem, além do uso nas propriedades das áreas agrícolas do instituto. Em Cachoeirinha, a Estação Experimental do Arroz 8

Lavoura Arrozeira

está sendo georSeferenciada com o aparelho, que faz o levantamento das divisas e a medição da área. “Hoje não se faz nada sem georreferenciamento. Está previsto em lei federal que todas as propriedades ruSais e as atividades com licenciamento ambiental têm de ser georreferenciadas”, explica o gerente da Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural do instituto (Dater), Assis Pimentel de Morais. O equipamento, comprado pelo Irga com recursos próprios, é utilizado nos principais órgãos públicos do país.

Foto: Divulgação/Flar

Reunião discute programa de melhoramento para a zona temperada


Curtas

>fm\ieX[fi jXeZ`feX GC hl\ df[`ÔZX quadro de pessoal do Irga

Foto: Ben-Hur Corvello

incorporação da gratificação ao vencimento é uma reivindicação antiga dos técnicos orizícolas e do sindicato”, diz o presidente do Sindicato dos Servidores do Irga (Sindsirga), Gilberto Acosta.

Foto: Ben-Hur Corvello

Desde janeiro deste ano, o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) conta com novidades em seu quadro de pessoal. O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, sancionou o Projeto de Lei nº 364/2013, que faz alterações na Lei nº 13.930, de 23 de janeiro de 2012. Entre as novidades trazidas pela nova lei está a incorporação da Gratificação por Exercício das Atividades de Técnico Orizícola ao vencimento básico dos técnicos orizícolas do Irga. Assim, o valor referente à gratificação passa a ser utilizado para os cálculos de vantagens e demais benefícios. Outra mudança é relacionada à Gratificação de Acompanhamento da Taxa de Cooperação e Defesa da Orizicultura (Taxa CDO), paga aos servidores que efetuam o acompanhamento da taxa, que agora fica incorporada à aposentadoria do servidor que tenha recebido a bonificação por cinco anos consecutivos ou dez intercalados. “É outro avanço conquistado. A

Brazilian Rice realiza capacitação para segurança de alimentos O Projeto Brazilian Rice realizou em dezembro a última etapa das capacitações para a indústria, com o curso “BRC Norma Global para Segurança de Alimentos”. 0 BRC é um sistema de certificação de processos e produtos reconhecido pela Global Food Safety Initiative (GFSI), um programa que visa harmonizar as normas internacionais de segurança alimentar com o apoio dos maiores varejistas e fabricantes de alimentos do mundo. O assessor da presidência do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), César Marques participou desta etapa e lembra da importância do curso para o setor. “Adotar uma norma que tenha respeito internacional junto aos organismos de acreditação é um avanço que terá que ser alcançado em um curto prazo. A rastreabilidade exigida ocorre desde a instalação da lavoura até o destino final. Será preciso uma soma de esforços da extensão rural, dos técnicos da pesquisa, da indústria e da logística de embarque dos nossos

produtos para podermos alcançar mercados mais exigentes”, afirma Marques. A Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) estabeleceu um convênio com a Apex-Brasil para promover a imagem do arroz brasileiro e realizar ações de comércio exterior. Para viabilizar este projeto, a associação fez um convênio com o Irga, que contratou a Fiergs para capacitar a indústria, realizar os estudos dos mercados alvo e executar a impressão material institucional do projeto. “Iniciamos o Projeto em 2013 com 12 capacitações, com média de 22 participantes por treinamento. Foram 128 horas aula. Estamos estudando com o Irga um novo convênio para o desenvolvimento de novas capacitações no ano de 2014”, di[ André Anele, gerente do Brazilian Rice. IRGA

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Câmara Setorial

Cadeia produtiva discute Plano de Metas para o setor A iniciativa deve denir desaos, programas e objetivos a serem atingidos nos próximos 10 anos no Estado para o desenvolvimento da cultura de arroz

Foto: Caroline Freitas

Representantes do setor se reuniram na sede do Irga para discutir objetivos

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Lavoura Arrozeira

(Irga), César Marques, salienta que todos os setores do agronegócio gaúcho estão empenhados em efetivar a iniciativa. Em março de 2014 será apresentado um relatório com o resultado dos debates. Os tópicos foram apontados pelo grupo de trabalho criado durante reunião ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz estadual, convocada pelo secretário da Agricultura Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul (Seapa), Luiz

Foto: Marlise Mattos

ortalecer a orizicultura por meio de pesquisas, novas variedades de arroz e difusão de tecnologias para a produção sustentável estão entre os temas que constarão no Plano de Metas que denirá os desaos, ações, programas e objetivos a serem atingidos nos próximos 10 anos pelo setor arrozeiro no Rio Grande do Sul. O coordenador da Câmara Setorial do Arroz estadual e chefe de gabinete da presidência do Instituto Rio Grandense do Arroz

Fernando Mainardi, e realizada em setembro do ano passado. O grupo, formado por entidades do setor, se reuniu em novembro na sede do Irga, com participação da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz), Sindicato da Indústria do Arroz (Sindarroz), Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Associação Brasileira das Indústrias de Arroz Parboilizado (Abiap), Federação das Cooperativas de Arroz do RS (Fearroz), Cooperativa Central dos Assentamentos do RS (Coceargs) e Sindicato da Indústria de Arroz de Pelotas (Sindapel). O presidente do Irga, Claudio Pereira, destaca a importância do planejamento das ações a serem tomadas nos próximos anos. “Estamos consultando o setor para denir como devem ser encaminhadas as questões que garantam a sustentabilidade da cadeia produtiva do arroz. Muito foi feito nesses últimos três anos, mas temos que avançar para qualicar a pesquisa, a extensão rural do Irga e a internacionalização do nosso arroz”, arma. César Marques


Câmara Setorial

Veja oito temas que deverĂŁo constar no Plano de Metas: 1. Pesquisa de novas variedades de arroz mais produtivas, com qualidade e adequadas ao mercado interno e externo, inovação e desenvolvimento de tecnologias e produtos derivados de arroz. Conciliar produtividade com quaOLGDGH GH JUmRV DOpP GH WROHUkQFLD DR acamamento, doenças e herbicidas, para o controle de arroz vermelho; Desenvolver novas cultivares de arroz irrigado com maior potencial produtivo e com qualidade de grĂŁos adequada ao PHUFDGR GH DUUR] ORQJR Ă€QR Ampliar a variedade de produtos feitos a base de arroz e o mercado de consumo; Exploração do mercado com foco na saĂşde/alimentos funcionais. 2. Desenvolvimento de Sistemas Integrados de Produção nas terras baixas e promoção da pesquisa para a ampliação do cultivo de arroz orgânico. Ampliar a pesquisa para melhorar a produtividade a partir da rotação de culturas e da integração lavoura pecuĂĄria em terras baixas; Ampliar as compras do governo Estadual e federal; $PSOLDU H TXDOLĂ€FDU D SURGXomR DUPD]HQDJHP H EHQHĂ€FLDPHQWR GR DUUR] agroecolĂłgico. 3. DifusĂŁo de Wecnologias para Srodução DgrĂ­cola VustentĂĄvel nas ireas Slanas do RS. Implantar uma rede de pesquisa LQWHJUDGD H UHJLRQDOL]DGD FRP PDLRU HĂ€FLĂŞncia e precisĂŁo experimental; Difundir tecnologias para a implantação de sistemas integrados de produção agrĂ­cola em ĂĄreas de terras baixas com rentabilidade e sustentabilidade; Elaborar custos de produção regionaOL]DGRV SRU SHUĂ€O WHFQROyJLFR H VLVWHPD GH produção; Adquirir equipamentos agrĂ­colas, de ORJtVWLFD H GH FROHWD GH LQIRUPDo}HV WpFQLcas para implantar uma rede de pesquisa agrĂ­cola regionalizada para os solos de vĂĄrzea no RS;

Construir o Centro de DifusĂŁo de Tecnologias OrizĂ­colas na EEA em Cachoeirinha. 4. Desenvolver o projeto de promoção comercial internacional do arroz brasileiro e incentivar a adoção de normas que garantam a segurança alimentar. Continuar participando do Projeto Brazilian Rice; ,QFOXLU R DUUR] QDV QHJRFLDo}HV LQWHUnacionais e agilizar acordos comerciais; Exportar anualmente, no mĂ­nimo, a mesma quantia de arroz importado; 0HOKRUDU DV FRQGLo}HV GH LQIUDHVWUXtura e logĂ­stica; Tornar o Brasil um tradicional exportador de arroz sem afetar o abastecimento interno; Preparar os produtores, indĂşstrias e cooperativas para atender as exigĂŞncias mundiais de segurança alimentar. 5. Ampliar a secagem e armazenagem na propriedade rural. ,QFHQWLYDU LQVWDODo}HV GH LQIUDHVWUXWXUD GH VHFDJHP H DUPD]HQDPHQWR H SUp SURFHVsamento da produção agrĂ­cola, na propriedade rural, dos principais grĂŁos produzidos no Rio Grande do Sul, visando a preservação da qualidade e a geração de renda; 0XGDU R SHUĂ€O GD FRPHUFLDOL]DomR GH arroz a partir da armazenagem e secagem na propriedade rural; Tornar conhecida a abrangĂŞncia do Plano Nacional de Armazenagem. 6. Manutenção e ampliação de polĂ­ticas pĂşblicas de promoção do cultivo H LQGXVWULDOL]DomR GR DUUR] H GHĂ€QLU estratĂŠgias para garantir investimentos em infraestrutura, e logĂ­stica. Redução da carga tributĂĄria incidente sobre os custos de produção a partir de uma reforma tributĂĄria; Isonomia tributĂĄria entre os entes da federação; 8QLĂ€FDU DV IRUoDV SROtWLFDV SDUD FRPEDWHU D ´*XHUUD )LVFDOÂľ H ´*XHUUD GRV Portosâ€?; Adequação da infraestrutura e logĂ­stica

portuĂĄria para comercialização de arroz; Ter competitividade na comercialização de arroz no Brasil e exterior; Ter uma polĂ­tica clara e de longo pra]R SDUD DV Do}HV GR *RYHUQR )HGHUDO QRV mecanismos de comercialização. 7. Fomentar a comercialização em Bolsas e Mercados Futuros Incrementar a participação do arroz na Bolsa Brasileira de Mercadorias Estimular a participação dos produtores e empresas nesta modalidade de venda Ampliar a secagem e armazenagem na propriedade 8. Desenvolver polĂ­ticas governamentais para facilitar e organizar o acesso Ă terra e ĂĄgua Propiciar a aquisição e regularização de terras pelos produtores, especialmente RV DUUHQGDWiULRV VHXV Ă€OKRV H WUDEDOKDGRres rurais; Diminuir as desigualdades regionais IRUWDOHFHQGR DV Do}HV QD PHWDGH VXO potencializando prioritariamente a cadeia produtiva do arroz

Principais objetivos do plano da Seapa 1. Promover o aumento da produtividade agrícola, da sustentabilidade e da qualidade da produção e da renda agrícola, atravÊs da inovação e inclusão tecnológica e da racionalização dos processos. 2. Promover a agroindustrialização e a certificação dos produtos como instrumentos de agregação de valor a produção primåria. 3. Criar políticas setoriais para desenvolver e promover a governança das cadeias produtivas do agronegócio gaúcho.

IRGA

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Relaçþes internacionais

Irga leva Dia

de Campo

para lavouras cubanas

Foto: Marlise Mattos

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AndrÊia Nunes Så Brito, assessora da Fepagro (E) Claudio Pereira, presidente do Irga Norma Espíndola, assessora de relaçþes internacionais do Governo do Estado e tÊcnicos do Irga receberam pesquisadores do Instituto de Grãos de Cuba durante a visita deles ao Rio Grande do Sul em novembro de 2013

C

uba terå um Dia de Campo nos mesmos moldes da atividade promovida no Rio Grande do Sul pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). O evento faz parte de mais uma etapa GR FRQYrQLR GH FRRSHUDomR WpFQLFD ÀUPDGR HQWUH R ,UJD H R ,QVWLWXWR de Grãos de Cuba, formalizado em setembro do ano passado. O Dia de 12

Lavoura Arrozeira

&DPSR FXEDQR RFRUUHUi QR ÀP GH PDUoR FRP GDWD DLQGD D FRQÀUPDU H R ,UJD FRQWDUi FRP WUrV SURÀVsionais no país caribenho. A ideia p TXH VHJXLQGR D OLQKD GR HYHQWR realizado aqui, os produtores rurais ORFDLV UHFHEDP LQVWUXo}HV TXH RV ajudem a aumentar a produtividade da lavoura e a qualidade do arroz que produzem.

´$ UHDOL]DomR GH XP LQWHUFkPELR WpFQLFR HQWUH R ,UJD H R LQVWLWXWR FXEDno tende a aperfeiçoar o sistema produtivo de ambos, jĂĄ que Cuba possui um sistema de agricultura de base ecolĂłgica muito desenvolvida H QRVVRV WpFQLFRV LUmR DR SDtV EXVFDU alternativas na produção de arrozâ€?, destaca o presidente do Irga, Claudio Pereira. Como contrapartida, os cuba-


Relaçþes internacionais

Foto: Marlise Mattos

QRV GDUmR RULHQWDo}HV DRV WpFQLFRV do Irga sobre manejo agroecológico e controle biológico de pragas e GRHQoDV ´&HUWDV GRHQoDV H SUDJDV podem ser controladas com produtos biológicos feitos a partir de fungos RX EDFWpULDV RX DLQGD FRP H[WUDWRV de plantas e produtos naturais. Eles são menos agressivos e tóxicos aos KRPHQV¾ UHODWD R GLUHWRU WpFQLFR GR ,UJD 6pUJLR /RSHV 2 GLUHWRU WDPEpP H[SOLFD TXH RV cubanos apenas usam inseticidas no campo na ocorrência de percevejos. &RQWUD ODJDUWDV FRPXQV WDPEpP QDV lavouras brasileiras, eles usam apenas produtos biológicos. O desenvolvimento nesta årea ocorreu em função GH GpFDGDV GH EORTXHLRV HFRQ{PLFRV impostos contra o país caribenho.

Pesquisador do Irga colaborou com cubanos em unidades demonstrativas A parceria do Irga com Cuba começou em março de 2013, quando um grupo de dez pesquisadores e funcionĂĄrios do governo e de cooperativas cubanos passou 53 dias no Estado, conhecendo, entre outros processos ligados Ă agricultura, a estrutura de cultivo do arroz gaĂşcho. Em novembro, uma comitiva do Instituto de GrĂŁos de Cuba esteve no Estado para conhecer o trabalho do ,UJD H YLVLWDU ODYRXUDV ´2 SULQFLSDO objetivo da missĂŁo deles foi observar no campo as atividades de preparo de solo, semeadura, adubação e irrigação de soja, arroz e milhoâ€?, UHOHPEUD R GLUHWRU WpFQLFR GR ,UJD

Depois disso, foi a vez de um SURĂ€VVLRQDO GR ,UJD LU SDUD &XED 2 pesquisador da Estação Experimental de Cachoeirinha Rodrigo Schoenfeld esteve de 1Âş a 6 de dezembro QR SDtV SDUD WUHLQDU WpFQLFRV GR instituto. A implantação de unidades demonstrativas nas cidades de San Antonio de Los BaĂąos e de Matanzas, que estava inicialmente prevista, nĂŁo pĂ´de ser realizada no perĂ­odo em que Schoenfeld esteve lĂĄ em função de fortes chuvas que atingiram a regiĂŁo naqueles dias. As LQVWUXo}HV SRUpP IRUDP UHSDVVDGDV DR JUXSR GH WpFQLFRV TXH PRQWRX DV unidades nas semanas seguintes. SĂŁo elas, inclusive, que serĂŁo usadas para o Dia de Campo. As unidades demonstrativas que foram montadas nas duas cidades totalizam de cinco a seis hectares. Na de San Antonio de Los BaĂąos HVWi VHQGR FXOWLYDGR DUUR] SUp JHUminado, jĂĄ usado em cerca de 70% das lavouras cubanas. Esta unidade demonstrativa se caracteriza por ter ĂĄreas com preparo mĂ­nimo (sem revolvimento do solo), manejo de irrigação, densidade de semeadura e manejo de adubação. Conforme Schoenfeld, essas prĂĄticas jĂĄ sĂŁo adotadas por agricultores FXEDQRV SRUpP QHP WRGDV GH IRUPD correta e que gere melhor produtividade. No que diz respeito Ă densidade de semeadura, por exemplo, a LGHLD p PRVWUDU FRPR VH SRGH XVDU uma quantidade menor de sementes em uma mesma ĂĄrea, mantendo a PHVPD PpGLD GH SURGXWLYLGDGH 2 pesquisador explica que os cubanos XVDP HP PpGLD TXLORV GH VHPHQtes por hectare, enquanto no Rio *UDQGH GR 6XO VH XVD HP PpGLD quilos na mesma ĂĄrea. Nesta unidade demonstrativa de San Antonio de Los BaĂąos espera-se usar entre 80 e 140

quilos de semente por hectare. Na cidade de Matanzas, estĂŁo sendo testados trĂŞs tipos de manejo. 8P GHOHV p R SUHFRQL]DGR SHOR ,UJD que prevĂŞ 100 quilos de sementes por hectare, semente de qualidade e aplicação de ureia no solo seco. O RXWUR p GH XP LQVWLWXWR GR 9LHWQm TXH WDPEpP p SDUFHLUR GRV FXEDQRV 3RU ~OWLPR VHUi DSOLFDGR R PpWRGR usado pelos produtores locais, que se caracteriza por maior densidade de sementes, aplicação da ureia junto Ă irrigação e de aplicação de herbicida e de ureia no mesmo dia. O Irga, por exemplo, recomenda que essas atividades sejam feitas em dias distintos. Conforme Schoenfeld, o objetiYR GDV XQLGDGHV GHPRQVWUDWLYDV p trabalhar com aspectos da lavoura de arroz que precisam ser aprimorados pelos cubanos. Os principais sĂŁo o nivelamento do terreno, manejo de adubação (que consiste em usar a dose correta de adubos), o controle de plantas daninhas e a aplicação da ureia antes de ter inĂ­cio a irrigação do solo. 6HJXQGR R SHVTXLVDGRU RV FX banos tĂŞm um bom nĂ­vel de formação e estĂŁo com uma expectativa muito grande em relação Ă parceria FRP R ,UJD ´(OHV YHHP SRVVLELOLdade de mais aporte intelectual, e nĂŁo apenas de equipamentos, como costuma acontecer em alguns casosâ€?, declara. Embora estejam buscando mais aprimoramento, Schoenfeld acredita que o principal empecilho para o desenvolvimento da produção FXEDQD VHMD D GLĂ€FXOGDGH GH DGTXLrir determinados equipamentos agrĂ­colas, em função dos embargos econĂ´micos aplicados contra o paĂ­s. UtensĂ­lios comuns aos produtores gaĂşchos, como grades, plainas e colheitadeiras, por exemplo, nĂŁo sĂŁo muito comuns nas lavouras cubanas. IRGA

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Relações internacionais

Embaixador do Vietnã no Brasil visita o Irga Nguyen Van Kien elogiou o processo de colheita e destacou a produtividade [f <jkX[f# j`eXc`qXe[f gfjj`Y`c`[X[\ [\ Zffg\iX f ef j\kfi Xiifq\`if Foto: Fagner Almeida

O diplomata (C) conheceu a Estação Experimental do Arroz e visitou a lavoura da família Maciel, em Santo Antônio da Patrulha

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Lavoura Arrozeira


Foto: Divulgação

O

Irga recebeu em janeiro o embaixador da RepĂşblica Socialista do VietnĂŁ no Brasil, Nguyen Van Kien. O diplomata começou a visita pela Estação Experimental do Arroz, em Cachoerinha. Ele acompanhou uma apresentação sobre os dados, caracterĂ­sticas e peculiaridades da cultura do arroz no Rio Grande do Sul e sobre a histĂłria e a estrutura da instituição. Na sequĂŞncia, foi feito um roteiro pela unidade, mostrando as pesquisas e atividades desenvolvidas no local, em especial as que envolvem a rotação de culturas com soja e milho e as cultivares desenvolvidas pelo Irga. Ă€ tarde, a comitiva seguiu para Santo AntĂ´nio da Patrulha, onde Van Kien conheceu a indĂşstria Masal, voltada a implementos agrĂ­colas. Embora tenha importante representação no mercado orizĂ­cola mundial ² R 9LHWQm p XP GRV PDLRUHV SURdutores e exportadores de arroz – o paĂ­s ainda processa o que colhe com trabalho manual. Ao saber da mecanização das lavouras brasileiras e que o Rio Grande do Sul produz 65% das mĂĄquinas agrĂ­colas fabricadas no paĂ­s, o diplomata declarou que a coOKHLWD PHFDQL]DGD p XP VRQKR SDUD qualquer agricultor vietnamita. 2 HPEDL[DGRU WDPEpP IRL UHFHbido na propriedade Flor da Praia, TXH Ă€FD HP 6DQWR $QW{QLR GD 3DWUXlha, administrada por Maria EugĂŞnia 0DFLHO H Ă€OKRV /i YLVLWRX ODYRXUDV de arroz e de soja para conhecer como os produtores fazem a rotação de culturas. Em 24 de janeiro, o embaixador foi recepcionado no PalĂĄcio Piratini pelo governador do Estado, Tarso Genro, e pelo presidente do Irga, Claudio Pereira. Para Van Kien, a visita tem por objetivo aumentar os laços entre os dois paĂ­ses, a relação e a coopera-

Foto: Divulgação

Relaçþes internacionais

Em 24 de janeiro, o embaixador vietnamita foi recepcionado no PalĂĄcio Piratini pelo governador do Estado, Tarso Genro, e pelo presidente do Irga, Claudio Pereira ção na agricultura. Ele acredita que os conhecimentos do Brasil sobre PiTXLQDV H WpFQLFDV GH SODQWDomR SRGHP DMXGDU RV YLHWQDPLWDV ´9LHmos conhecer as potencialidades GR 56 H LGHQWLĂ€FDU SRVVLELOLGDGHV de cooperação, principalmente na agricultura. Ambos temos um importante foco na produção de arroz, e queremos analisar como podemos cooperar nesse setorâ€?, declarou. 2 HPEDL[DGRU WDPEpP GHVtacou que achou o processo de colheita gaĂşcho muito adiantado e que, apesar de o VietnĂŁ ter uma produção bem maior do que a brasileira, o Rio Grande do Sul tem produtividade superior. O VietnĂŁ cultiva com arroz uma ĂĄrea sete vezes maior que ĂĄrea de cultivo orizĂ­cola gaĂşcha. De acordo com o informe Agrianual, o paĂ­s

asiåtico colheu, na safra 2012/13, PLOK}HV GH WRQHODGDV GH DUUR] HP FDVFD $ SURGXWLYLGDGH PpGLD SRU KHFWDUH Oi p GH WRQHODGDV enquanto no Rio Grande do Sul são 7,5 toneladas por hectare. 3DUD R GLUHWRU WpFQLFR GR ,UJD 6pUJLR /RSHV D LGHLD p PDQWHU contato para uma possível cooSHUDomR WpFQLFD H LQWHUFkPELR GH LQIRUPDo}HV ´2 9LHWQm SRVVXL uma cultura mais intensiva, com grande produção e experiência milenar¾, explica. O cultivo do arroz no Vietnã data de mais de três mil anos. Em 2011, o presidente do Irga fez uma viagem ao país asiåtico, integrando comitiva organizada pela Assembleia Legislativa, visando a um acordo de coRSHUDomR WpFQLFD FRP D $FDGHPLD Vietnamita de Ciências Agrårias. IRGA

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Palavra do produtor

Herança familiar aliada a conhecimento acadêmico

impulsiona lavoura O produtor Machado administra a Sementes L.C com os ďƒžlhos e a mulher


Palavra do produtor

T Foto: Fagner Almeida

Machado (D) e os ďƒžlhos, Juliana e LuĂ­s

ino, o nome impresso nos sacos de arroz produzidos pela famĂ­lia Machado, em 6DQWR $QW{QLR GD 3DWUXOKD p XPD HVSpFLH GH KRPHQDJHP D TXHP GHX LQtFLR D WXGR (UQHVWLQR -RVp 0DFKDdo. O agricultor, falecido hĂĄ 50 anos, p DY{ GH /XtV &DUORV 0DFKDGR DQRV TXH DGPLQLVWUD FRP RV Ă€OKRV H com a mulher a Sementes L.C, onde WDPEpP VmR SURSULHWiULDV D PmH H D irmĂŁ dele. O nome, embora remeta Ă produção de sementes, foi o escolhido para batizar uma propriedade GH KHFWDUHV RQGH R DUUR] p R carro chefe, mas nĂŁo a Ăşnica fonte de lucro. Em 155 hectares se cultiva apenas o arroz, para grĂŁos e sementes, e em outros 85 se planta soja. Este serĂĄ o primeiro ano em que se FROKHUi DOpP GH JUmRV GH VRMD WDPEpP VHPHQWHV GD ROHDJLQRVD $ SURGXomR SHFXiULD p UHODWLYDmente pequena: sĂŁo 100 bovinos e 50 RYLQRV $OpP GLVVR D 6HPHQWHV / & conta com quatro silos para secagem e armazenagem da prĂłpria produção GD ODYRXUD 2 EHQHĂ€FLDPHQWR GR DUUR] p IHLWR HP SHTXHQD HVFDOD VmR FHUFD de 90 mil quilos por mĂŞs. Machado estima que 70% do lucro da propriedade tenha origem na lavoura. O agricultor conta que sempre se LQWHUHVVRX SHOR FXOWLYR GR FHUHDO ´'HVde pequeno eu tinha foco, sĂł queria saber de arroz. Apareciam com leite, gado, mas eu queria arroz. Eu comecei plantando no primeiro ano e estipulei uma meta de que em dez anos eu tinha que empacotar meu arroz. E em dez anos eu empacoteiâ€?, relembra. 3RU GpFDGDV R FRQKHFLPHQWR sobre a lavoura foi passado de uma geração para a outra a partir do que se vivenciava na prĂĄtica e da troca de experiĂŞncias com outros produtores. HĂĄ 27 anos, Machado casou com

Rossana Casara Lucena Machado, que j pSRFD HUD SURIHVVRUD GR ž GLVWULWR de Santo AntĂ´nio da Patrulha, onde a IDPtOLD YLYH DWp KRMH 2V GRLV Ă€OKRV TXH UHSUHVHQWDP D quarta geração da famĂ­lia a trabalhar na propriedade, vĂŞm contribuindo com um conhecimento adicional para o campo: o acadĂŞmico. LuĂ­s Carlos Machado JĂşnior, 25 anos, se formou HP DGPLQLVWUDomR FXUVR WDPEpP escolhido pela irmĂŁ, Juliana Machado, 21, ainda universitĂĄria. Enquanto ela se envolve predominantemente com D SDUWH Ă€QDQFHLUD R LUPmR DVVXPH IXQo}HV PDLV OLJDGDV DR FDPSR FRPR D dosagem de fertilizantes, por exemplo. Machado comemora que o conhecimento que os dois adquiriram na faculdade venha ajudando a otimizar RV UHVXOWDGRV QD ODYRXUD ´$ DGPLQLVWUDomR p PXLWR LPSRUWDQWH SDUD D agricultura. Nesta ĂĄrea sĂŁo necessĂĄrios PXLWRV FiOFXORV SDUD YHU R TXH p YLiYHO H R TXH QmR p (OHV WURX[HUDP PDLV FODreza em relação aos nĂşmerosâ€?, avalia. Atualmente, a propriedade conta com um sistema informatizado onde todos RV GDGRV GH SODQWLR H Ă€QDQFHLURV GD lavoura sĂŁo lançados. (OH WDPEpP H[SOLFD TXH QD PHVPD proporção em que as ĂĄreas de cultivo aumentaram ao longo dos anos, cresFHUDP WDPEpP RV ULVFRV GR SURGXWRU Por isso, Machado destaca a importância de os produtores se garantirem com seguro da ĂĄrea plantada.

“Soja vai ter todo anoâ€? O cultivo da soja em rotação com o arroz estĂĄ sendo realizado nas terras administradas pela famĂ­lia Machado pela quarta safra IRGA

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Foto: Fagner Almeida

Pela quarta safra, a soja estå sendo cultivada em rotação com o arroz pelos Machado

seguida. Apesar de sempre ter sido partidĂĄrio do arroz, os benefĂ­cios da soja tĂŞm sido tantos que LuĂ­s Carlos Machado nĂŁo pretende parar com o cultivo da oleaginosa. As duas culturas devem seguir dividindo espaço na lavoura em Santo AntĂ´nio da Patrulha, sem que a produtividade de arroz seja prejudicada. O interesse pela soja surgiu na tentativa de combater plantas invasoras, e os resultados foram satisfatĂłULRV ´$ JHQWH YLX TXH D VRMD WUD] PDLV controle contra as plantas daninhas, principalmente o arroz vermelho. Isso foi uma riqueza que diminuiu o custo da lavouraâ€?, relata. Conforme o uso da soja avançou na lavoura da famĂ­lia Machado, outros benefĂ­cios passaram a ser observados. A redução nas plantas daninhas e a melhor qualidade agronĂ´mica do solo, alcançada com a rotação, fez a produtividade do arroz aumentar de 15% a 20%. ´$TXL QmR VH SHQVD HP SDUDU 6RMD vai ter todo ano. Havia a preocupação de que a soja diminuiria o 18

Lavoura Arrozeira

DUUR] PDV D WHQGrQFLD p TXH VH produza mais quilos [de arroz] por hectare, porque ela traz fertilidade ao soloâ€?, declara Machado. $OpP GLVVR DV YDQWDJHQV HFRnĂ´micas acabaram com qualquer tipo de dĂşvida que poderia existir em se manter ou nĂŁo o cultivo da oleaginosa. A soja tem servido FRPR XPD HVSpFLH GH VHJXUDQoD DR produtor rural em circunstâncias em que hĂĄ muita oferta de arroz no mercado, ou quando os preços nĂŁo estĂŁo vantajosos. ´(X QXQFD DFHLWDYD HVVD JDQJRUra de 50% do preço do arroz em um DQR ,VVR p XP DEVXUGRÂľ UHFODPD R produtor, se referindo a safras anteriores, em que havia muita oscilação de preço pago pelo mercado. Ele celebra o fato de em 2013, por H[HPSOR RV SUHoRV WHUHP Ă€FDGR HP PpGLD HP 5 ´,VVR p DFHLWiYHO mas nĂŁo os 50% [de oscilação]. Das trĂŞs cadeias, que sĂŁo o produtor e o sementeiro, a indĂşstria e o varejisWD R TXH PDLV VH HVIRUoD H DUULVFD p o produtorâ€?, pondera.

Nivelamento do solo reduziu uso de ĂĄgua HĂĄ oito anos, LuĂ­s Carlos Machado bancou o que chama de projeto de sistematização, que gerou grandes mudanças em todo o solo de lavoura da propriedade administrada pela famĂ­lia. O projeto consistiu em acabar com as taipas e nivelar todo o terreno, pois havia partes mais HOHYDGDV GR TXH RXWUDV (P PpGLD FHQWtPHWURV GH WHUUD TXH Ă€FDYDP HP nĂ­vel mais alto foram removidos para que houvesse nivelamento das ĂĄreas. ´&RPR PHX VROR WHP GHFOLYH muito grande, tĂ­nhamos que fazer muita taipa. Havia muita mĂŁo de obra para remontĂĄ-las e alto custo de ĂĄgua. Investimos nisso em função da crise de escassez de ĂĄgua. Hoje, PHVPR VHP VHFD R UHWRUQR p H[FHlenteâ€?, explica. O alto investimento e os quatro anos para que todo o projeto fosse concluĂ­do dĂŁo retorno


Agricultura de precisão e integração

A mĂŠdia de produtividade do arroz na propriedade ĂŠ de 7,9 mil quilos por hectare

O nome Tino ĂŠ uma homenagem a quem deu inĂ­cio a tudo: Ernestino JosĂŠ Machado

na safra 2012/13, 11 mil quilos por hectare, enquanto antes se colhia, no mesmo HVSDoR PLO TXLORV SRU KHFWDUH $ PpGLD geral de produtividade do arroz na proSULHGDGH p GH PLO TXLORV SRU KHFWDUH

Foto: Fagner Almeida

$ VDIUD Ă€FDUi PDUFDGD QD histĂłria da L.C. Sementes como a primeira em que se usou a integração da lavoura com a pecuĂĄria e a agricultura de precisĂŁo - esta Ăşltima, a nova meniQD GRV ROKRV GR SURGXWRU $ HVWUDWpJLD da famĂ­lia para integrar lavoura com SHFXiULD p FXOWLYDU D]HYpP DQWHV mesmo de a soja ser colhida. Cerca de 60 dias apĂłs a colheita da oleaginosa, R D]HYpP Mi HVWi HP IDVH DYDQoDGD de desenvolvimento, e os animais passam a pastar na ĂĄrea. Dessa forma, R HVSDoR QmR Ă€FD RFLRVR DWp TXH VH LQLcie novamente o plantio da soja ou do arroz. Atualmente, esta prĂĄtica ocorre HP KHFWDUHV PDV D H[SHFWDWLYD p de que aumente para 80 hectares na prĂłxima safra. JĂĄ a agricultura de precisĂŁo foi usada nesta safra 2013/14 em 180 hectares de cultivo de soja e arroz. Para isso, a L.C. Sementes contratou uma empresa especializada que coletou amostras de solo de diferen-

WHV UHJL}HV GD ODYRXUD 'HVVD IRUPD VH GHĂ€QLX D QHFHVVLGDGH GH DGXbação de cada uma delas. Os dados foram usados para que o equipamento que larga os fertilizantes no solo liberasse apenas a quantia necessĂĄria para cada uma das ĂĄreas. Mais uma vez, Machado avalia que o investiPHQWR FRPSHQVD ´&RPR RV IHUWLOLzantes sĂŁo muito caros, se usa apenas o que se precisa. Tivemos economia de fertilizante e um melhor resultado, pois a produtividade de soja aumentou em 20% com a agricultura de precisĂŁoâ€?, analisa Machado. Em uma das ĂĄreas de arroz de melhor desempenho, ao ser utilizada agricultura de precisĂŁo, foram colhidas, Foto: Fagner Almeida

a cada safra. A propriedade reduziu em 35% o uso de ĂĄgua, jĂĄ que o solo nivelado contribui no aproveitamento da ĂĄgua da chuva e evita que a ĂĄgua escoe demais pelo campo.

Foto: Fagner Almeida

Palavra do produtor


Dia de Campo

Dia de Campo

aproxima produtores e apresenta novidades Em fevereiro deste ano, o Irga reuniu mais de mil pessoas no evento estadual


Dia de Campo

T Foto: Eduardo Rocha

rocar experiências, explicar técnicas, dar orientações sobre procedimentos no campo, ouvir demandas de quem trabalha na lavoura. Essas são algumas das características que permeiam os encontros promovidos regularmente pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), chamados de Dia de Campo. O perl do evento está tão associado à razão de ser do Irga que já acontecia mesmo antes de a entidade ser institucionalizada por lei, em 1948. Uma edição da revista Lavoura Arrozeira de 1989 cita 1942 como o ano em que se realizou o primeiro Dia de Campo na Estação Experimental do Arroz, em Cachoeirinha. Atualmente, o Dia de Campo é feito em três formatos. Uma vez por ano, é realizada a edição estadual, quando são convidados produtores de diferentes regiões do Rio Grande do Sul. O Dia de Campo Estadual pode ser considerado um dos maiores encontros entre o instituto e os produtores. O evento é promovido pelas divisões de Pesquisa e de Extensão Rural do Irga e pela Fundação Irga. Entretanto, além de dirigido a produtores rurais, o evento é aberto para outros prossionais da área orizícola, como pesquisadores, extensionistas rurais, técnicos dos setores público e privado e até mesmo estudantes. A edição de 2014 teve o tema “Diversicação e Rentabilidade” e foi realizada no dia 5 de fevereiro, na Estação Experimental do Arroz. Além disso, há outras edições municipais e uma anual em cada uma das seis regiões orizícolas do Estado. O diretor técnico do Irga, Sérgio Lopes, explica que, em geral, o Dia de Campo tem uma programação técnica e apresentação de unidades demonstrativas, nas quais os produtores podem observar os resultados de novas cultivares, novas técnicas de cultivo e adubação,

entre outros. “É uma metodologia de extensão rural realizada pelo Irga ao longo de toda a sua história. O que nós aprimoramos nos últimos 15 anos é fazer dele uma ferramenta mais eciente para difusão de tecnologia”, analisa Lopes. Buscando disseminar cada vez mais a rotação de culturas, uma das estratégias do evento atualmente é mostrar unidades demonstrativas de outros cultivos - como a produção de milho de alta tecnologia com irrigação dentro da lavoura de um produtor de arroz. “O produtor vê os equipamentos que o outro usa, e a nossa tecnologia de manejo para ter alta produtividade. Ele percebe algo que pode fazer exatamente igual e ter aquele resultado que estamos preconizando. A eciência está no fato de os produtores verem tecnologias de produção que são viáveis”, explica Lopes. Foi em um Dia de Campo realizado na zona sul do Estado que Ricardo Eichenberg de Lara, um dos proprietários da Estância do Chalé, em Cachoeira do Sul, aprendeu que plantar sorgo forrageiro em área de várzea era uma boa alternativa de integrar a lavoura com a pecuária. Assim, a área não ca inutilizada após a colheita. Entretanto, para Lara, o Dia de Campo não é apenas importante para quem vai a uma propriedade participar do evento, mas também para quem recebe os produtores e o Irga. Lara pôde comprovar isso na prática nas três vezes em que o Dia de Campo aconteceu na Estância do Chalé. Em uma delas, produtores explicaram como usavam a palha do arroz na alimentação dos animais. Após levantar informações sobre este processo, Lara passou a investir nesta prática em sua propriedade. “O pessoal do Irga me dá um suporte muito grande nas orientações IRGA

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Fotos: Eduardo Rocha

WpFQLFDV 7HQKR WRGD D RULHQWDomR para arroz, soja em vårzea, semeadura com camalhão. É um suporte excelente. Em troca, toda a propriedade ÀFD j GLVSRVLomR¾ GL] /DUD $ SURSULHdade tem como principal cultura o arroz, responsåvel por 580 dos 3,4 mil KHFWDUHV PDV WDPEpP FXOWLYD VRMD HP iUHD GH YiU]HD PLOKR H VRUJR DOpP GH investir em pecuåria.

Foto: Eduardo Rocha

Dia de Campo

Dia de Campo Estadual tem produtores de 95 cidades No dia 5 de fevereiro, o Irga reuniu produtores rurais de pelo menos 95 cidades brasileiras no Dia de Campo Estadual, realizado na Estação Experimental do Arroz, em CachoeiULQKD -RVp /XL] &DVDULQ SRU H[HPSOR veio de Rio Brilhante, no Mato Grosso do Sul. O que mais o atraiu para o evento foi a perspectiva de conhecer os resultados que o Irga têm tido nas pesquisas que envolvem a rotação de culturas em åreas de vårzea, especialPHQWH D VRMD ´1RVVD UHJLmR WDPEpP estå saindo da monocultura do arroz SDUD ID]HU HVVD URWDomR TXH p WmR EH-

Equipe do Irga acompanha visita em uma das sete estaçþes montadas no evento

Foto: Eduardo Rocha

QpĂ€FD (X VHPSUH DFRPSDQKR R ,UJD Sou gaĂşcho, estou no Mato Grosso GR 6XO Ki DQRV H R ,UJD p D QRVVD referĂŞncia em arrozâ€?, declara. JĂĄ Zenilde Alves Goebel atua hĂĄ trĂŞs anos em uma propriedade no municĂ­pio gaĂşcho de Arroio Grande. Nos 1,2 mil hectares de lavoura, a VRMD DLQGD p VREHUDQD =HQLOGH YLX QR evento uma oportunidade de ampliar os conhecimentos sobre o cultivo de arroz e, por sua vez, se preparar para DXPHQWDU WDPEpP D iUHD SODQWDGD FRP HOH HP VDIUDV IXWXUDV ´2 conhecimento que a gente tLQKD com arroz era muito pequeno, enquanto com a soja era maior. Mas resolvePRV GLYHUVLĂ€FDU H ID]HU D URWDomR GH cultura, usando arroz pela primeira vez na safra 2013/14â€?, explica.

Presidente do Irga, Claudio Pereira acompanhou a divulgação de uma nova cultivar que serå lançada 22

Lavoura Arrozeira

Diversificação da cultura Ê defendida no evento O fato de o Irga vir trabalhando nos últimos anos para que o orizicultor não dependa apenas do arroz foi enaltecido pelo presidente da autarquia, Claudio Pereira. O secretårio da Agricultura, Pecuåria e Agronegócio do Rio Grande do Sul, Luiz Fernando Mainardi, tamEpP HORJLRX D LQLFLDWLYD GXUDQWH R 'LD de Campo Estadual deste ano. Pereira exaltou ainda o empenho feito pelo governo gaúcho para que fosse possível a realização do concurVR S~EOLFR QR DQR SDVVDGR ´2 PDLRU patrimônio que podemos deixar para o Irga e para o setor arrozeiro no EsWDGR p EXVFDUPRV WHU QRYDPHQWH XP JUDQGH FRUSR WpFQLFR (VVH p R PDLRU patrimônio que o Irga pode ter: recur-


Dia de Campo

VRV KXPDQRV YDORUL]DGRV TXDOLĂ€FDGRV e capacitados para trazer as respostas que o setor precisaâ€?, declarou. Mainardi destacou a importância de o Irga transferir atualmente nĂŁo apenas tecnologia e conhecimento VREUH R DUUR] PDV WDPEpP GH RXWUDV culturas, jĂĄ que isso garante ao proGXWRU RXWUDV DOWHUQDWLYDV GH OXFUR ´2 ,UJD p SDUD VHU XP FHQWUR GH GLIXVmR e de pesquisa. De conhecimento da lavoura de arroz e da rotação das demais culturas, porque elas tamEpP DMXGDP D SURGX]LU PDLV H GmR qualidade para o arroz. O Irga existe para garantir renda aos produtores, HVVHQFLDOPHQWHÂľ DĂ€UPRX O Dia de Campo Estadual de 2014 reuniu cerca de mil produtores rurais. Divididos em grupos, os participantes YLVLWDUDP VHWH HVWDo}HV PRQWDGDV QD Estação Experimental de Cachoeirinha. (P FDGD XPD GHODV SURĂ€VVLRQDLV GR ,UJD H[SOLFDYDP XP WHPD HVSHFtĂ€FR Na primeira, o tema abordado foi o manejo integrado de doenças em arroz irrigado, com apresentação dos pesquisadores do Irga Gustavo Daltrozo e Felipe Matzembacher. Na segunda,

os visitantes puderam conferir uma lavoura onde se plantou a cultivar de soja TECIRGA 6070RR, desenvolvida pelo instituto e pela CCGL Tec. A apresentação foi feita pelos pesquisadores Clåudia Lange e Anderson Vedelago, que explicaram como o produtor pode chegar à alta produtividade com manejo adequado em lavouras de soja em rotação com arroz irrigado. Na sequência, o professor da Faculdade de Agronomia da UFRGS e consultor do Irga Paulo Regis Ferreira da Silva e Rodrigo Schoenfeld, pesquisador da autarquia, falaram sobre o manejo adequado do milho para se obter alta produtividade. Com uma lavoura de milho ao fundo, com åreas cultivadas com diferentes quantidades de nitrogênio, os especialistas comprovaram que, quanto mais se usa esta substância, melhor a planta se desenvolve. A pesquisadora Mara Cristina Barbosa adiantou as principais características das novas cultivares do Irga, que serão lançadas na Expointer deste ano. Uma das principais GHODV p D ,5*$ 5, TXH VH GHVWDFD

por ter alto potencial de produtividade dos grĂŁos e por ser uma excelente alternativa no combate ao arroz vermelho. O roteiro seguiu com o pesquisador Elio Marcolin mostrando uma lavoura de milho com irrigação por sulcos com uso de tubos de polietileno janelados. Os produtores puderam ver como as comportas das mangueiras ajudam que a ĂĄgua escoe exatamente pelos sulcos IRUPDGRV HQWUH DV Ă€OHLUDV GR milho plantado, otimizando assim o uso de ĂĄgua (saiba mais VREUH HVWH VLVWHPD QD PDWpULD da pĂĄgina 24). No sexto espaço, o gerente da Estação Experimental, Carlos Fagundes, e o pesquisador de pĂłs-colheita Volnei Meneghetti falaram sobre os modelos de silos de armazenagem desenvolYLGRV SHOR ,UJD 3DUD Ă€QDOL]DU QD Ăşltima estação, Felipe Ferreira explicou como se deu o desenvolvimento de sementes da cultivar de arroz IRGA 424 RI. Foto: Eduardo Rocha

No Dia de Campo Estadual, tĂŠcnicos e pesquisadores apresentaram os principais estudos da autarquia

IRGA

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Irrigação

Mangueiras com comportas kfieXd `ii`^Xƒ f dX`j gi\Z`jX \ \Ă”Z`\ek\ F @i^X \ X ]XYi`ZXek\ Xd\i`ZXeX ;\ckX GcXjk`Zj kiXYXc_Xd \d Zfealekf gXiX [`jj\d`eXi f ljf [fj gfc`klYfj \ fi`\ekXi f gif[lkfi eX `ejkXcXƒ f eX cXmfliX

Foto: Luciane Leitzke/Delta Plastics

Mangueira da Delta Plastics ĂŠ usada em lavoura de soja nos Estados Unidos

M

uitos orizicultores gaĂşchos vĂŞm mudando R SHUĂ€O GH WUDEDOKR QD lavoura nos Ăşltimos anos. A rotação de culturas ganhou espaço, e os benefĂ­cios em se garantir mais fertilidade ao solo e ter outras DOWHUQDWLYDV GH UHQGD DOpP GR DUUR] jĂĄ sĂŁo bem conhecidos nas lavouras do Estado. A prĂĄtica em ĂĄreas GH WHUUDV EDL[DV SRUpP H[LJH TXH o produtor tenha conhecimento GDV QHFHVVLGDGHV GH FDGD HVSpFLH H HQFRQWUH DOWHUQDWLYDV WpFQLFDV que possam ser usadas tanto para uma cultura quanto para outra. As estruturas de irrigação consoli24

Lavoura Arrozeira

dadas para o cultivo do arroz, por exemplo, podem perfeitamente ser aproveitadas para outras culturas, otimizando a produtividade delas. Para contribuir na disseminação de uma forma de irrigação mais SUHFLVD H HĂ€FLHQWH R ,QVWLWXWR 5LR Grandense do Arroz (Irga) estĂĄ presWDQGR DVVLVWrQFLD WpFQLFD D SURGXtores que instalaram mangueiras de polietileno para levar ĂĄgua Ă lavoura. Os politubos de irrigação, como WDPEpP VmR FKDPDGRV SHOD IDEULFDQte norte-americana Delta Plastics, parceira do instituto na iniciativa, começaram a ser usados em lavouras de soja, milho e arroz.

Colocadas ao longo da lavoura, as mangueiras possuem diversas aberturas, chamadas de comportas, que ao serem abertas fazem com que a ågua jorre sobre o campo. Dessa forma, o produtor consegue determinar com precisão por onde a ågua escoarå - dentro de um sulco feito anteriormente, por exemplo. No box na pågina 27, veja algumas RULHQWDo}HV GD IDEULFDQWH VREUH D forma de instalação. A representante de vendas da Delta Plastics Luciane Leitzke diz que, em lavouras de soja e de algodão dos Estados Unidos, a redução de gastos com ågua chegou a 25% com uso das mangueiras, em comparação a outros sistemas convencionais, como o do pivô central. A partir dos testes feitos nesta safra no Rio Grande do Sul serå possível mensurar o quanto o uso deste tipo de manga realmente pode reduzir os custos com ågua.

Irrigação adequada aumenta produtividade da lavoura 2 GLUHWRU WpFQLFR GR ,UJD 6pUJLR Lopes, chama a atenção para o fato de que uma boa irrigação, de acordo com as necessidades de cada cultura,


Irrigação

Mangueira se associa à microcamalhoeira para plantio da soja No caso da soja, o uso dos politubos de irrigação vem para complementar o trabalho jå feito pelo Irga de disseminar entre os produtores o plantio com a microcamalhoeira. Essa semeadora foi especialmente desenvolvida para uso com a cultura da soja em rotação com o arroz irrigado, porque permite que em uma única operação se faça a construção de um pequeno sulco a cada duas linhas de plantio, para, justamente, auxiliar a drenagem e a irrigação da lavoura. Como as sementes são depositadas na superfície mais elevada do terreno, facilita a emergência das mesmas e o estabelecimento da lavoura, mesmo em condiçþes

Foto: Luciane Leitzke/Delta Plastics

pode resultar em mais produtividade e, por consequĂŞncia, mais dinheiro no bolso apĂłs a colheita. Como exemplo, ele cita o milho irrigado. Ao contrĂĄrio do arroz irrigado, que Ă€FD FRP OkPLQD GH iJXD SHUPDQHQWH durante todo o cultivo, o solo em que R PLOKR p FXOWLYDGR QmR SRGH Ă€FDU saturado nem encharcado. AlĂŠm disso, a irrigação nĂŁo ĂŠ contĂ­nua, Ă€FDQGR LQWHUURPSLGD SRU XP WHPSR “Se compararmos o milho irrigado com o nĂŁo irrigado, o incremento de produtividade pode aumentar de 200 a 300% no primeiroâ€?, estima. Conforme ele, enquanto em uma lavoura sem irrigação, que sofre com seca, a produção de milho pode ser de apenas duas ou trĂŞs toneladas por hectare, quando hĂĄ irrigação adequada estes nĂşmeros podem girar entre 10 e 12 toneladas na mesma ĂĄrea.

de excesso de chuva. O excesso de umidade no solo pode causar redução muito severa na germinação e emergĂŞncia das plantas. O mesmo sistema de canais que drenam tambĂŠm pode ser utilizado para irrigar por sulcos, e essa possibilidade deve ser considerada no momento de planejar a implantação da ĂĄrea. Nesse planejamento da lavoura, devem-se prever os pontos de captação da ĂĄgua, a capacidade do sistema de canais de irrigação, os drenos para escoar a ĂĄgua em excesso e os locais onde serĂŁo instaladas as mangas para irrigação. Lopes estima que a produtividade em lavoura de soja com irrigação aumente cerca de 100% se comparada com o cultivo nĂŁo irrigado em anos de estiagem. A irrigação tambĂŠm ĂŠ um dos principais mecanismos para os agricultores se defenderem de possĂ­veis fases de seca. “Estamos demonstrando isso para os produtores porque a expectativa ĂŠ de que este seja um ano muito secoâ€?, explica Lopes. O coordenador de projetos de pesquisa do Irga, Felipe Ferreira, diz que embora esta tecnologia dos tubos janelados para irrigação seja bem conhecida em outras regiĂľes do mundo, ĂŠ nova

A mangueira de polietileno tambĂŠm ĂŠ utilizada na lavoura de arroz na Granja Bretanhas, em JaguarĂŁo

no Rio Grande do Sul. “Esse sistema tem boa precisĂŁo de entrada de ĂĄgua e ĂŠ uma excelente ferramenta para se ter controle da irrigação e da drenagemâ€?, declara. Pesquisador do Irga, Pablo Badinelli considera que esta ferramenta associa-se ao sistema de integração lavoura-pecuĂĄria com o intuito de trazer estabilidade produtiva e rentabilidade para os produtores da metade sul do Estado, que antes nĂŁo tinham oportunidade de programar um sistema de rotação e sucessĂŁo de culturas nas ĂĄreas de produção de arroz irrigado com rentabilidade VLJQLĂ€FDWLYD +RMH HVWD p XPD UHDOLdade em muitas propriedades. Badinelli indica ainda que o sistema de irrigação por mangas tem mais algumas vantagens a serem FRQVLGHUDGDV ´+i R DSURYHLWDPHQWR do sistema de canais e drenos da lavoura de arroz irrigado, o seu baixo custo de implantação, a praticidade na operacionalização e o fato de as mangas poderem ser utilizadas por mais de uma safra, desde que se tomem alguns cuidados com o manuseio e armazenamento deste material no perĂ­odo de entressafraâ€?, DĂ€UPD R SHVTXLVDGRU IRGA

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Irrigação

C

Comom propriedades propriedadesem emJaguarĂŁo JaguarĂŁo e Arroio e Arroio Grande, Grande, a Granja a Granja BretaBrenhas instalou tanhas instalou pela primeira pela primeira vez as vezmangueiras as mangueiras de de polietileno polietileno para esta para safra. esta safra. Dos Dos 6,5 mil 6,5 mil hectares hectares da lavoura da lavoura dede soja, soja,330 330serĂŁo serĂŁoirrigairrigados com com os ospolitubos. politubos.JĂĄJĂĄdos dos 1212 milmil hectares hectares de dearroz, arroz,300 300receberam receberam ĂĄgua iJXD GHVWD IRUPD 2 REMHWLYR p TXH desta forma. O objetivo ĂŠ que nas prĂłximas prĂłximassafras safraso ouso usodeste deste memecanismo canismo se amplie. se amplie. ´(VWDPRV LQVHULQGR HVWH QRYR sistema para testar, mas jĂĄ em uma iUHD VLJQLĂ€FDWLYD SRUTXH YLVLWDV D propriedades que jĂĄ o utilizam nos levaram a crer que seria um bom modelo. Isso nos levou a apostar QHVWH VLVWHPD 7DPEpP HVWDPRV analisando se os custos [de instalação] compensam a redução de ĂĄgua e darĂŁo rapidez na irrigaçãoâ€?, explica o diretor da Granja Bretanhas, Rubimar dos Santos Leitzke. Ele estima que nas lavouras de arroz se economize de 20% a 30% de ĂĄgua.

nho de lavouras de países vizinhos, como o Uruguai, que utilizam esta WpFQLFD 'H DFRUGR FRP HOH QD cidade uruguaia de Salto os produtores precisam de oito mil metros cúbicos de ågua por hectare para o cultivo do arroz usando o sistema de mangueiras de polietileno. Jå no Rio *UDQGH GR 6XO R XVR PpGLR GH iJXD na irrigação da mesma cultura e na mesma årea oscila entre 10 mil e 12 mil metros cúbicos. Hernandes estima que neste ano cerca de 800 hectares - incluindo cultivos de arroz, soja e milho - sejam irrigados com uso da mangueira de polietileno na região. Esta serå a terceira safra em que produtores

GH VRMD XWLOL]DP D WpFQLFD D VHJXQGD para o milho e a primeira no caso GR DUUR] ´(VWD p XPD WpFQLFD PXLWR boa, prĂĄtica operacionalmente e mais barataâ€?, defende Hernandes. Os benefĂ­cios para a irrigação se devem, principalmente no caso do arroz, por garantir maior velocidade de irrigação, jĂĄ que concentra a ĂĄgua em uma ĂĄrea fechada, no caso a mangueira, distribuindo apenas onde se quer. O fato de a ĂĄgua estar FRQĂ€QDGD HP XP HVSDoR GLPLQXL D evaporação e a erosĂŁo do solo causada na irrigação tradicional. Ele explica que o gasto que se tem para adquirir as mangueiras e as FRPSRUWDV p GH FHUFD GH 5 SDUD

Foto: Ranielli Carassai

Propriedade de JaguarĂŁo testarĂĄ os politubos nesta safra

Na Fronteira Oeste, mangueira ĂŠ usada na soja pelo terceiro ano $ UHJLmR GH 8UXJXDLDQD p XPD das ĂĄreas do Estado onde as mangueiras vĂŞm sendo usadas amplamente. O engenheiro agrĂ´nomo que coordena a regional do Irga na Fronteira Oeste, Gustavo Hernandes, conta que desde 2011 o instituto vem acompanhando o desempe26

Lavoura Arrozeira

Se bem conservadas, as mangueiras podem ser utilizadas por duas ou trĂŞs safras


Irrigação

Foto: Ranielli Carassai

Mangueira requer cuidados \jg\ZÂˆĂ”Zfj Luciane, da Delta Plastics, explica TXH R LGHDO p TXH DV PDQJXHLUDV sejam instaladas assim que necessĂĄrio começar a irrigação. É indicado colocar pequenas quantidades de WHUUD WRUU}HV VREUH DV PDQJXHLUDV na hora da instalação, para evitar que as mesmas sejam deslocadas ou rolem com a ação do vento. Isso ocorre principalmente quando as mangueiras nĂŁo estĂŁo cheias de ĂĄgua. Qualquer rotação das mangueiras sobre seu prĂłprio eixo desalinha a posição das comportas, prejudicando D GLVWULEXLomR GH iJXDV QRV VXOFRV ´2 LGHDO p PDQWHU D PDQJD FRP iJXD LQterna durante toda a estação da cultura DWp D Ă€QDOL]DomR GR VHX XVR SDUD TXH assim elas nĂŁo ressequem com o sol ou VH GDQLĂ€TXHP FRP R FDORUÂľ RULHQWD $ PDQJXHLUD GHYH Ă€FDU QR FDPSR GXUDQte toda a estação de uso e sĂł ser retirada TXDQGR D FXOWXUD p FROKLGD

Foto: Luciane Leitzke/Delta Plastics

as lavouras de arroz e de aproximaGDPHQWH 5 SDUD VRMD H PLOKR 6H bem cuidadas e recolhidas durante o período em que não estão sendo usadas e desde que armazenadas em local protegido dos raios solares, as mangueiras podem ser utilizadas por duas ou três safras, o que contribui para reduzir os custos por unidade de årea irrigada. O custo de aquisição de equipamentos de irrigação como pivô central, para irrigar um hectare de qualquer uma das três FXOWXUDV p GH FHUFD GH 5 PLO $OpP GR DOWR FXVWR D GHSUHFLDomR GHVVH WLSR GH HTXLSDPHQWR p UHODtivamente alta num período de anos de funcionamento.

Dos 12 mil hectares da lavoura de arroz na Granja Bretanhas, 300 receberam ĂĄgua pelos politubos

Veja como instalar uma mangueira de polietileno na lavoura* Instruçþes para instalação em uma fonte de ågua:

O diâmetro do tubo de descarga deve ser igual ou inferior àquele do tubo de irrigação. Aplique polimento ou fita em extremidades åsperas ou afiadas antes da conexão. Dobre o tubo para trås Vire o tubo em direção a ele próprio para formar uma espessura dupla de cerca de 30 cm na fonte de ågua e prenda com um grampo de mangueira. Dobrar a tubulação fornecerå ao grampo uma superfície melhor de fixação. As conexþes entre rolos de tubulação podem ser obtidas com uma parte de oito a 10 polegadas (20 cm a 25 cm) de um tubo de PVC de tamanho parecido.

rior do tubo a cada 4,5 m a 6 m. Isso ajuda a manter os tubos posicionados durante a instalação e na suavização dos mesmos conforme são desenrolados. Extremidade do tubo Como precaução, Ê melhor deixar as extremidades dos tubos abertas. Isso evitarå o acúmulo excessivo de pressão neles e evitarå danos ao sistema. Prepare um acostamento de aproximadamente 90 cm de altura para impedir a vazão da ågua. Caso muitas saídas estejam fechadas, a ågua fluirå atÊ a parte superior deste acostamento e não danificarå os tubos. Encha lentamente

Certifique-se de que a conexĂŁo esteja no nĂ­vel do chĂŁo ou apoiada com barro para que o tubo nĂŁo se solte dela. Deve haver folga na fonte de ĂĄgua para evitar que os tubos se soltem.

Comece a encher a tubulação abrindo a vålvula lentamente. Conforme os politubos ficam cheios de ågua, uma bolsa de ar Ê criada. Faça um orifício de escape na parte superior dos politubos com um låpis ou um palito de dentes a aproximadamente 3 m do ponto de conexão. Crie escapes adicionais ao longo dos tubos onde for necessårio.

Preparação de valetas

Orifícios de irrigação

Cave valetas rasas de aproximadamente 25% a 50% do diâmetro dos tubos para evitar que rolem quando estiverem cheios de ågua.

Conforme os tubos enchem, faça orifícios de irrigação onde desejado ao longo da extensão deles. Comece na extremidade oposta da bomba. Faça orifícios entre as posiçþes de duas e três horas usando um perfurador.

Apoie os tubos

Estique os tubos levemente em suas valetas Diminua a tensão inicial na conexão de descarga pedindo para alguÊm segurar os tubos, atÊ que tensão de tração termine. Mantenha os tubos posicionados Coloque uma på de barro na parte supe-

* Orientaçþes gerais repassadas pela Delta Plastics. Podem sofrer alteraçþes de acordo com as peculiaridades de cada lavoura. Consulte um tÊcnico do Núcleo de Assistência TÊcnica mais próximo de sua região.

IRGA

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ApĂłs mais de 40 anos, concursados renovam quadro do Irga Os novos funcionĂĄrios tomaram posse em dezembro, e em janeiro foram recepcionados pelos colegas. O Ăşltimo concurso da autarquia havia sido realizado na dĂŠcada de 1970 Foto: Marlise Mattos

Do total das 116 vagas oferecidas, 84 foram preenchidas

S

e a mudança de um ano para o outro no calendĂĄrio ĂŠ acompanhada, na maioria das culturas, pela simbologia de um recomeço, de novidades e mudanças, pode-se dizer que este 2014 começou exatamente desta forma no Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). ApĂłs tomarem SRVVH QR Ă€P GH GH]HPEUR RV DSUR28

Lavoura Arrozeira

vados no concurso público realizado pela autarquia em agosto passado começaram o ano sendo recepcionados na instituição. Entre eles, um grupo de 15 pessoas que se reuniu em 2 de janeiro na Estação Experimental do Irga em Cachoeirinha, uma das unidades da instituição que mais vai absorver o quadro de concursados.

O grupo foi recebido pelo diretor tÊcnico do Irga, SÊrgio Lopes - ele próprio um dos aprovados na seleção, apesar de estar no Irga desde 1984. A peculiaridade se explica com um breve resgate histórico: o único e último concurso público da instituição havia ocorrido na dÊcada de 1970. Desde então, o ingresso de funcionårios foi


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Lista de aprovados tem ex-estagiårios, antigos colegas e novatos no Irga A tÊcnica em agropecuåria Ingrid Tomazi, 29 anos, jå trabalhava no Irga hå cerca de dois anos contratada pela Fundação. Ela viu no concurso uma forma de dar sequência ao trabalho que jå faz na årea de pesquisa em melhoramento genÊtico e de garantir mais estabilidade na carreira. Ingrid assumiu

uma das vagas de tĂŠcnico orizĂ­cola. No mesmo setor em que ela trabalha, em Cachoeirinha, um antigo conhecido do Irga voltou a integrar a equipe depois de passar no concurso, tambĂŠm para o cargo de tĂŠcnico orizĂ­cola. Paulo Rodrigo da Silva Freitas, 37 anos, ĂŠ tĂŠcnico em agropecuĂĄria e teve o primeiro FRQWDWR SURĂ€VVLRQDO FRP R LQVWLWXWR em 1994, quando fez um estĂĄgio por um ano e meio na instituição. Depois disso, atuou por 15 anos em um FDUJR GH FRQĂ€DQoD H GHL[RX D HQWLdade por dois anos para trabalhar em uma empresa privada. “Minha mesa deve estar reservadaâ€?, brinca. O tĂŠcnico agrĂ­cola Geter Alves Machado, 22 anos, tambĂŠm começou a relação com o Irga como estagiĂĄrio, em 2009, na Estação Experimental de Cachoeirinha. “Tudo que eu aprendi sobre arroz foi dentro do Irga. Agora, tenho a oportunidade de entrar como servidorâ€?, comemora. Ele assumiu uma vaga de tĂŠcnico orizĂ­cola no 19Âş Nate de Itaqui. “A regiĂŁo ĂŠ importante e forte no setor orizĂ­cola. É bom porque jĂĄ assumi com a safra em andamentoâ€?, diz. O concurso tambĂŠm se apresentou como uma opção para quem estĂĄ LQLFLDQGR XPD WUDMHWyULD SURĂ€VVLRQDO como Rafael Nunes dos Santos, 28 anos, formado em agronomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 2011. Ele assumiu uma das vagas para o cargo de tĂŠcnico superior orizĂ­cola. Com isso, espera dar continuidade ao trabalho de pesquisa, FRP R TXDO Mi VH LGHQWLĂ€FDYD GXUDQWH D faculdade, tanto que atuou na iniciaomR FLHQWtĂ€FD QD iUHD GH Ă€WRSDWRORJLD “Vou poder desempenhar melhor as atividades de pesquisador, alĂŠm de aprender com os extensionistas. SerĂĄ uma troca rica, pois vou conhecer meOKRU DV GHPDQGDV TXH H[LVWHPÂľ DĂ€UPD

O engenheiro agrĂ´nomo Lafayette Xavier de Moares Neto, 39 anos, deixou BagĂŠ para assumir o cargo de tĂŠcnico superior orizĂ­cola no Nate de Santana do Livramento e agora espera que a mulher consiga transferĂŞncia do banco em que trabalha para ter a famĂ­lia por perto. “Minha expectativa ĂŠ a melhor possĂ­vel, jĂĄ comecei a visitar alguns agricultores. O Irga ĂŠ uma instituição conhecida, sabemos do serviço que presta QD ODYRXUD $ JHQWH VHPSUH Ă€FDYD na expectativa sobre o concursoâ€?, relembra. Ser aprovado como tĂŠcnico superior orizĂ­cola no concurso do Irga foi para Ă?caro Daniel Petter, 27 anos, a oportunidade de voltar a morar no Rio Grande do Sul. Natural de Estrela, Petter morou por anos em FlorianĂłpolis (SC), onde se formou agrĂ´nomo. Por dois anos, foi funcionĂĄrio da prefeitura de Caraguatatuba, no litoral paulista. Com a aprovação, ele se mudou para Uruguaiana com a mulher, que tambĂŠm ĂŠ gaĂşcha. Ele jĂĄ visitou algumas lavouras e estĂĄ se atualizando sobre o cenĂĄrio orizĂ­cola da regiĂŁo. Foto: Eduardo Rocha

feito por meio de um processo seletivo para contratação como celetista, em HP FDUJRV GH FRQĂ€DQoD RX SRU meio da Fundação de Apoio e Desenvolvimento de Tecnologia do Irga, de carĂĄter privado. O interesse em permanecer na instituição fez com que muitas pessoas que atuavam no Irga por meio destas contrataçþes realizassem o concurso. Assim, na recepção feita em Cachoeirinha, alĂŠm de ganharem as boas-vindas, os agora concursados que jĂĄ eram da casa puderam apresentar aos novatos um pouco das rotinas que passam a ser comuns a todos. Na semana seguinte, nos dias 7 e 8 de janeiro, os aprovados passaram por treinamentos na sede do Irga em Porto Alegre. “Fizemos uma apresentação de algumas ĂĄreas e de noçþes bĂĄsicas de como ĂŠ trabalhar em um ĂłrgĂŁo pĂşblico, noçþes administrativas do Irga. O pessoal estava muito feliz, porque para muitos o objetivo era ingressar em uma carreira com estabilidade. Os SURĂ€VVLRQDLV TXH R ,UJD WHP KRMH VmR altamente capacitados, mas a chegada destas pessoas trarĂĄ oxigenaçãoâ€?, declara o diretor administrativo do instituto, Paulo Sampaio.

Claudio Pereira IRGA

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Para presidente do Irga, concurso representa perenidade Claudio Pereira, presidente do Irga, relembra que o plano de cargos e salĂĄrios do instituto, bem como a realização do concurso, integravam metas do governo estadual para que LQVWLWXLo}HV S~EOLFDV IRVVHP UHFXSHradas, com o objetivo de melhorar a SUHVWDomR GRV VHUYLoRV ´,GHQWLĂ€FDPRV que um dos problemas do Irga era que, praticamente, nĂŁo havia mais funcionĂĄrios de carreira. Toda a sua parte WpFQLFD HUD GHVHQYROYLGD D SDUWLU GH uma terceirização com a Fundação, o que traz muitos problemas, tendo em vista que hĂĄ uma evasĂŁo muito grande GH WpFQLFRV SDUD RXWUDV HPSUHVDV Mi que ela nĂŁo tem a possibilidade de ter um plano de carreira que valorize por tempo de trabalhoâ€?, avalia. Para ele, ter uma equipe que se projete na empresa no futuro garante um bom desempenho dos serviços SUHVWDGRV ´2V IXQFLRQiULRV PDLV ID-

mosos do Irga, os que desenvolveram WHFQRORJLD VmR RV GH FDUUHLUD (VVD p uma grande conquista que vai mudar nĂŁo sĂł os rumos do Irga, mas da orizicultura e da economia do Estado. (P XP REMHWLYR Ă€QDO PXGD D YLGD GRV arrozeirosâ€?, declara. Pereira acredita que com o concurso e com a noção de que podem ter uma carreira longa e promissora no mesmo local, os funcionĂĄrios se sentiUmR HVWLPXODGRV D Ă€FDU QR ,UJD $ SHUmanĂŞncia deve ajudar nas pesquisas GHVHQYROYLGDV SHOD LQVWLWXLomR ´$ QRVVD YLVmR p GH TXH R PDLRU SDWULP{QLR que o Irga pode ter sĂŁo seus recursos humanos. Como instituto de pesquisa e de extensĂŁo, o seu patrimĂ´nio tem que ser sim, os pesquisadores e extensionistas. O concurso pĂşblico resgata o Irga como uma instituição pĂşblica e dĂĄ a ele uma dimensĂŁo de perenidade, de que terĂĄ muito tempo de vida com seu quadro prĂłprioâ€?, acredita. O plano de carreira permitirĂĄ que os concursados que tenham interesse se especializem em deterPLQDGDV iUHDV HP LQVWLWXLo}HV GH ensino e pesquisa nĂŁo sĂł do Brasil, Foto: Ana Paula da Rocha

Um grupo de 15 concursados foi recebido na Estação Experimental do Irga 30

Lavoura Arrozeira

Números do concurso Total de vagas oferecidas: 116, das quais 84 foram preenchidas Nível mÊdio TÊcnico Orizícola Formação exigida: tÊcnico agrícola ou tÊcnico em agropecuåria 52 vagas oferecidas 25 assumiram 7 vagas não foram preenchidas por haver quantidade insuficiente de aprovados para assumir. Os demais não assumiram por motivos diversos. Assistente Administrativo 1 vaga oferecida e preenchida Nível superior TÊcnico Superior Orizícola Formação: engenharia agronômica 53 vagas oferecidas 48 assumiram 5 não assumiram por motivos diversos TÊcnico Superior Administrativo Formação: administração, arquivologia, contabilidade e finanças, jurídica, engenharia, comunicação social, secretariado executivo, tecnologia da informação e economia 10 vagas oferecidas, todas preenchidas

PDV WDPEpP GH RXWURV OXJDUHV GR PXQGR ´6H QyV WHPRV XP SURĂ€VVLRQDO QD iUHD GD HQWRPRlogia, por exemplo, nĂłs podemos estimulĂĄ-lo a fazer um mestrado ou um doutorado nessa ĂĄrea nos Estados Unidos, ou na Europa. PoGHPRV HVSHFLDOL]DU QRVVRV WpFQLFRV QDV SULQFLSDLV LQVWLWXLo}HV GR mundo. Isso vai trazer ganhos na SHVTXLVD FLHQWtĂ€FD H QR GHVHQYROvimento de tecnologia para todo o setor. É um pulo muito grande QD TXDOLGDGH WpFQLFD GRV QRVVRV SURĂ€VVLRQDLV H HVVH SDWULP{QLR LPDWHULDO p PXLWR IRUWH H PXLWR importante. Foi o patrimĂ´nio que PDQWHYH R ,UJD DWp KRMHÂľ GL]


Foto: Francine Nunes/Irga

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Geter Machado (D) e Gil Marques Neto assumem no 19Âş Nate de Itaqui

Sindicato dos servidores vĂŞ concurso como vitĂłria

Concursados Xgfj\ekX[fj Ă”q\iXd carreira no Irga GlĂłria Isabel Sattamimi Ferreira, 68 anos, trabalhou no Irga como concursada de 1972 a 1999. Ela iniciou as atividades QD DXWDUTXLD FRPR RĂ€FLDO DGPQLVWUDWLYR e, depois, realizou concurso para o cargo de bibliotecĂĄrio do Estado. GlĂłria chegou a coordenar a equipe da biblioteca do LQVWLWXWR ´)L] SUDWLFDPHQWH WRGD D PLQKD YLGD SURĂ€VVLRQDO QR ,UJDÂľ UHVXPH D KRMH professora de Biblioteconomia da UFRGS. Para GlĂłria, o fato de ser concursada foi decisivo para que o trabalho tivesse FRQWLQXLGDGH QD LQVWLWXLomR ´$ ELEOLRWHFD do Irga era muito atuante, fazia parte de um grupo de bibliotecas agrĂ­colas que WLQKD LQFHQWLYR GR 0LQLVWpULR GD $JULFXOWXUD H GD (PEUDSDÂľ (OD OHPEUD WDPEpP que era comum a realização de cursos de TXDOLĂ€FDomR 2 WUDEDOKR GHOD QR ,UJD SRU exemplo, viabilizou a participação em uma capacitação em Informação AgrĂ­cola, promovida pelo CAB - Commonwealth Agricultural Bureaux, em Oxford, na Inglaterra, com uma bolsa de estudos da )$2 2UJDQL]DomR GDV 1Do}HV 8QLGDV

Foto: Divulgação

Gilberto Acosta Silveira preside o Sindicato dos Servidores do Irga. Nos 33 anos em que estĂĄ no instituto, pĂ´de acompanhar como a falta de um concurso foi comprometendo com o passar do tempo a prĂłpria estabiliGDGH GD DXWDUTXLD ´(VWH FRQFXUVR p histĂłrico para o Irga, porque em trĂŞs anos nĂŁo terĂ­amos mais funcionĂĄrios do quadro de concursados, poUTXH todos se aposentariam. Antigamente VH IDORX DWp HP WUDQVIRUPDU R ,UJD HP uma Organização da Sociedade Civil de Interesse PĂşblico, o que seria o mesmo TXH DOJXpP ID]HU R SDSHO GR ,UJDÂľ UHlembra Silveira. Ele diz que o sindicato WDPEpP IHVWHMD JUDWLĂ€FDo}HV REWLGDV pelos servidores antigos a partir de aprovação na Assembleia Legislativa, em 2012. Elas compensaram a defasagem salarial dos servidores da autarquia, se comparadDs com DV de outros ĂłrgĂŁos ligados ao governo estadual. A sensação de que o concurso darĂĄ QRYR I{OHJR DR ,UJD WDPEpP p FRPSDUtilhada pelo conselheiro do instituto em Agudo, Auro Reinoldo Kirinus, que H[HUFH D IXQomR Ki DQRV ´,VVR YDL recuperar a instituição e dar credibilidade ao Irga. Agora, os concursados podem ser auxiliados pela instituição e

seguir um plano de carreira dentro da HQWLGDGH ,VVR p PXLWR JUDWLĂ€FDQWH SDUD auxiliarmos os produtores, dĂĄ continuidade Ă instituição com pessoas realPHQWH TXDOLĂ€FDGDVÂľ GHFODUD .LULQXV

para Alimentação e Agricultura . 2 HQJHQKHLUR DJU{QRPR 3DXOR 6pUgio Carmona, aprovado em concurso realizado pela Secretaria da AgricultuUD ,QG~VWULD H &RPpUFLR GR 5LR *UDQGH GR 6XO HP XP DQR GHSRLV WDPEpP foi cedido ao Irga. Em 1971 passou a fazer parte do quadro de funcionĂĄrios GH IRUPD GHĂ€QLWLYD $Wp VH DSRVHQWDU em 2001, Carmona exerceu diversas IXQo}HV QD LQVWLWXLomR (QWUH HODV IRL pesquisador nas ĂĄreas de melhoramenWR JHQpWLFR GR DUUR] H HVWDWtVWLFD H[perimental; Administrador da Estação Experimental do Arroz, Coordenador de Pesquisa da Estação Experimental do Arroz e Dirigente da Equipe de Melhoramento da EEA. ApĂłs a aposentadoria, por mais dez anos atuou como consultor para o instituto. Carmona destaca, entre os projetos com os quais se envolveu, aquele que resultou no lançamento da cultivar BR-Irga 409. Concretizada em 1979, a iniciativa teve grande impacto na SURGXWLYLGDGH GD ODYRXUD JD~FKD ´2 fato de ser concursado, aliado ao apoio material e logĂ­stico nunca negado pelo Irga, me deu a tranquilidade necessĂĄria para desenvolver um trabalho de longo SUD]R FRQVLGHUDGR HVWUDWpJLFR SHOD LQVtituição e de grande importância para a lavouraâ€?, avalia.

Gilberto Silveira preside o Sindicato IRGA

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Tecnologia

Acordo entre Irga e Conab alia tecnologia de ponta e experiência no campo As entidades se unem para a construção de mapas mais precisos da lavoura arrozeira, padronizando a informação que chega ao produtor

Mapeamento do Arroz do Rio Grande do Sul

Campanha Depressão Centra Fronteira Oeste Planície Costeira Externa Planície Costeira Interna Zona Sul Lagoa Municípios Lavoura de Arroz Fonte: Irga 32

Lavoura Arrozeira

Safra: 12/13


Tecnologia

P

$QWHV GR DFRUGR Ă€UPDGR HP março de 2013, o Irga utilizava apeQDV R PpWRGR GH HQWUDU HP FRQWDWR individualmente com cada produtor, que informa a ĂĄrea plantada. Agora, D WpFQLFD DOLD VH j WHFQRORJLD GH SRQWD QR PDSHDPHQWR YLD VDWpOLWHV oferecida pela Conab. Na safra passada, o resultado apresentado aos SURGXWRUHV Mi IRL IUXWR GHVVH PpWRGR &RP LVVR p SRVVtYHO DFRPSDQKDU R DQGDPHQWR GD ODYRXUD YHULĂ€FDU o estĂĄgio da rotação de culturas e como o solo estĂĄ sendo utilizado - se estĂĄ em rotação ou pousio. &RQKHFHQGR DV LQIRUPDo}HV GD FDGHLD SURGXWLYD GR DUUR] p SRVVtYHO SODQHMDU HVWUDWpJLDV H SROtWLFDV pĂşblicas de promoção da segurança alimentar e fomentar o desenvolYLPHQWR GDV UHJL}HV $ LQLFLDWLYD deve resultar em um banco de dados, uma vez que o mapeamenWR XQLĂ€FDGR VHUi UHDOL]DGR D FDGD VDIUD SHUPLWLQGR TXH WpFQLFRV produtores e demais interessados WHQKDP DFHVVR D HVVDV LQIRUPDo}HV na DivisĂŁo de PolĂ­tica Setorial A parceria funciona da seguinte

forma: a Conab repassa ao instituto as cartas imagens referentes Ă safra IHLWDV SHOR VDWpOLWH H R ,UJD SRU VXD YH] HQFDPLQKD DV LQIRUPDo}HV DRV 1~FOHRV GH $VVLVWrQFLD 7pFQLFD H ([WHQVmR 5XUDO 1DWH /i RV WpFQLcos analisam as imagens e fazem a FODVVLĂ€FDomR D FDPSR ORFDOL]DQGR nas imagens o tamanho real da ĂĄrea orizĂ­cola de cada nĂşcleo e, FRQVHTXHQWHPHQWH GR (VWDGR ´1R FDPSR p LPSRUWDQWH TXH RV 1DWHV tenham o mapa. Assim, eles podem se enxergar dentro da lavoura de arroz e facilitar seu trabalhoâ€?, explica Daniel Oliveira, engenheiro agrĂ´nomo do Irga. $V LQIRUPDo}HV UHWRUQDP GRV Nates e sĂŁo digitalizadas pelo Irga e pela Conab, que realizam os ajustes em laboratĂłrio para obter o mapeDPHQWR Ă€QDO 2 VDWpOLWH SDVVD GH HP GLDV H PXLWDV YH]HV p GLItFLO formar uma imagem sem nuvens e QD pSRFD GD ODYRXUD GH DUUR] 3RU LVVR p QHFHVViULR ID]HU XPD HVSpFLH GH ´FRVWXUDÂľ SDUD IRUPDU R PDSD completo, reunindo as imagens que Ă€FDUDP FRP ERD YLVLELOLGDGH Foto: Marlise Mattos

DGURQL]DU DV LQIRUPDo}HV TXH chegam ao produtor e facilitar a negociação do preço do arroz sĂŁo os principais objetivos GD SDUFHULD GH FRRSHUDomR WpFQLFD Ă€UPDGD HQWUH R ,QVWLWXWR 5LR *UDQdense do Arroz (Irga) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). $V LQVWLWXLo}HV VH XQHP SDUD PHQVXrar as safras do arroz e suas condio}HV GH SURGXomR H SDUD LVVR XWLOL]DP JHRWHFQRORJLD GH SRQWD ´,VVR p H[WUHPDPHQWH LPSRUWDQWH SDUD que tenhamos dados corretos das estimativas de safra. É fundamental como elemento de polĂ­tica agrĂ­cola ter a dimensĂŁo correta da ĂĄrea. A partir da questĂŁo do novo CĂłdigo Florestal e das licenças ambientais, cada vez mais o Irga e o produtor vĂŁo ter de trabalhar com este tipo de ferramentaâ€?, avalia o presidente do Irga, Claudio Pereira. Superintendente da Conab no Rio Grande do Sul, Glauto Melo explica que o Brasil, como grande produtor agrĂ­cola, necessita de LQIRUPDo}HV SUHFLVDV SDUD IRUQHcer aos organismos internacionais, FRPR D 2UJDQL]DomR GDV 1Do}HV Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), e tem sido constantemente demandado a dar um maior JUDX GH SUHFLVmR jV LQIRUPDo}HV ´2 5LR *UDQGH GR 6XO p R PDLRU SURGXtor nacional de arroz, entĂŁo nada melhor do que o Irga se unir ao governo para conjugar esforços para TXDOLĂ€FDU D LQIRUPDomRÂľ DĂ€UPD Melo ressalta ainda a qualidade GRV WpFQLFRV GR LQVWLWXWR H D EDJDJHP de conhecimento acumulada pela enWLGDGH ´$V LQIRUPDo}HV GH LPDJHP YLD VDWpOLWH Vy WrP LPSRUWkQFLD FRP a validação em campo. NĂŁo basta a tecnologia, precisamos do homem no campo, e aĂ­ entra a experiĂŞncia do WpFQLFR GR ,UJDÂľ DYDOLD

Glauto Melo, da Conab, e o presidente do Irga, Claudio Pereira, assinam acordo IRGA

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Mercado

Manutenção de preços e exportação garantem

estabilidade a produtores A soja entra como alternativa comercial, empurra a venda do arroz para o segundo semestre e ajuda a manter mÊdia do preço constante

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Lavoura Arrozeira

DQR QLQJXpP SHUGHX GLQKHLURÂľ comemora. O diretor comercial do Irga, ElĂłi 7KRPDV UHDĂ€UPD D H[SHFWDWLYD GH HVWDELOLGDGH GH SUHoRV ´2 JUDQGH volume exportado e o enxugamento do mercado sinalizam a manutenção deste preço. Se for mantida a expectativa de colheita dentro de patamares de estoque ajustado, os SUHoRV VH PDQWHUmR Ă€UPHV VHPpre com uma expectativa de boa remuneraçãoâ€?, explica. A balança comercial brasileira do arroz, que começou mal 2013, com as imporWDo}HV VXSHUDQGR R Q~PHUR GH H[SRUWDo}HV YROWRX D DSUHVHQWDU VDOGRV SRVLWLYRV 86 PLOK}HV a partir de agosto, 106% a mais do TXH R YHULĂ€FDGR HP $ H[SRUWDomR GH DUUR] WDPEpP YHP VH Ă€UPDQGR FRPR HOHPHQWR SDUD ampliar mercados e manter preços. (VSHUD VH TXH DR Ă€P GR DQR FRPHUFLDO referente Ă safra 2013/14, em fevereiro deste ano, a quantidade de arroz exportado ultrapasse um milhĂŁo de WRQHODGDV 6H LVVR VH FRQĂ€UPDU HVWH serĂĄ o terceiro maior volume de arroz jĂĄ exportado pelo Brasil. O presidente do Irga recorda que a oferta e demanda no mercado brasileiro de arroz vĂŞm se mantendo ajustadas. Com isso, o exterior se apresentou como alter-

Foto: Eduardo Rocha

A

consolidação do Brasil como exportador de arroz e a estabilidade dos preços no mercado interno devem seguir marcando o mercado orizĂ­cola neste inĂ­cio de colheita. Com PXLWRV SURGXWRUHV WHQGR WDPEpP a soja como alternativa de venda, D WHQGrQFLD p GH TXH R DUUR] VHMD comercializado aos poucos, o que GHYH FRQWULEXLU HP XPD PpGLD constante no preço de venda. Em RV YDORUHV RVFLODUDP HQWUH 5 H 5 SRU VDFD ´$ VRMD YHLR SDUD UHJXODU D RIHUta do arroz no mercado interno, uma vez que ela entra como opção FRPHUFLDO QD pSRFD GD FROKHLWD GR arroz. Em vez de o produtor ofertar arroz, ele oferta a soja. Assim, joga a comercialização do arroz para o segundo semestreâ€?, analisa o presidente do Irga, Claudio Pereira. Para Pereira, este cenĂĄrio representa aumento na renda do produtor e GHYH VH UHSHWLU QHVWH DQR ´$ UHQGD foi garantida. Os produtores comercializaram a valores acima de 5 TXH HVWi DFLPD GRV FXVWRV GH desembolsoâ€?, explica. Pereira lembra que em 2012, por exemplo, 80% do arroz foi comercializado abaixo GH 5 -i HP QLQJXpP YHQGHX DEDL[R GHVWD TXDQWLD ´(VWH

nativa mais rĂĄpida e viĂĄvel para a conquista de novos mercados. Nos Ăşltimos trĂŞs ElĂłi Thomas anos, esforços da indĂşstria e do governo vĂŞm fazendo com que o Rio Grande do Sul se torne um exportador frequente de arroz. A consolidação do arroz brasileiro QR PHUFDGR LQWHUQDFLRQDO WDPEpP VH favoreceu da permanĂŞncia do dĂłlar em patamar favorĂĄvel - valendo HQWUH 5 H 5 $QDOLVWD GH mercado da AgrotendĂŞncias, Tiago Barata avalia que a exportação vem servindo para recuperar os preços nos momentos menos rentĂĄveis. Ele explica que quando a oferta pelo saco GH DUUR] Ă€FD DEDL[R GH GyODUHV R PHUFDGR Ă€FD FRPSHWLWLYR ´$t DV H[SRUWDo}HV RFRUUHP HP LQWHQVLGDGH maior e em função deste escoamento os preços se recuperamâ€?, explica. 2 DQDOLVWD WDPEpP GHVWDFD R IDWR de o arroz produzido no Mercosul ser conhecido em outros paĂ­ses por sua qualidade. Ele cita como exemplo o Iraque, que tradicionalmente jĂĄ compra arroz do Uruguai e da Argentina, e que, em 2012, comprou pela primeira vez uma quantia do Brasil - foram


Mercado

30 mil toneladas em dois meses. O ineditismo chama ainda mais atenção SRUTXH R ,UDTXH p FRQKHFLGR SHOD DOWD exigência e boa remuneração.

Estoque de passagem O próximo ano comercial, que para o arroz se inicia em março, deve começar com 1.771,9

mil toneladas em estoque. Deste valor, aproximadamente 650 mil toneladas serão de estoque público, conforme estima BaraWD (OH DOHUWD DLQGD TXH HVWH p R estoque de passagem mais baixo dos últimos 10 anos. Para o diretor comercial do Irga, o patamar baixo do estoque se deve a uma colheita normal na safra anterior e à exportação, que vem contribuindo com a redução do estoque.

-i R HVWRTXH Ă€QDO HVWLPDGR pela Conab para fevereiro de 2015 p GH PLOK}HV GH WRQHODGDV ,VVR se deve Ă projeção nacional de safra feita pela instituição, que estima que no paĂ­s sejam colhidas PLOK}HV GH WRQHODGDV 2 WRWDO representa aumento de 5,1% em relação Ă safra anterior, quando IRUDP FROKLGDV PLOK}HV GH toneladas. Estes dados sĂŁo de boletim de 9 de janeiro.

Exportaçþes de arroz base casca (em toneladas) Exportaçþes (t)

Total: 1.027.707

180000 159,053

160000

134,177

140000 120000

149,216

139,305

112,054 103,169

100000 77,297

80000

73,133

60000 41,339

38,964

40000 20000 março|13

abril|13

maio|13

junho|13

julho|13

agosto|13

setembro|13

outubro|13

novembro|13

dezembro|13

janeiro|14

fevereiro|14

Importaçþes de arroz base casca (em toneladas) Importaçþes (t)

Total: 837.814

140000 114,510

120000 100000

114,178

122,142

94,880 85,624

80000 72,487

70,870

61,808 56,466

60000 44,849

40000 20000 março|13

abril|13

maio|13

junho|13

julho|13

agosto|13

setembro|13

outubro|13

novembro|13

dezembro|13

janeiro|14

fevereiro|14

IRGA

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Produção

Arroz agroecolĂłgico cresce no Estado e se

Ă”idX Zfdf fgƒ f gif[lk`mX 8jj\ekXd\ekfj [X I\]fidX 8^i}i`X j f fj gi`eZ`gX`j gif[lkfi\j [X ZlckliX

N

o assentamento Capela, em Nova Santa Rita, produzir aliPHQWRV VDXGiYHLV p R REMHWLYR mĂĄximo. Mas nĂŁo foi apenas isso que estimulou a produção de orgânicos na propriedade, em 2001, e sim a situação econĂ´mica. Filhos de pequenos agricultores da regiĂŁo norte do Estado, os produtores herdaram o cultivo de VRMD H PLOKR HP XPD iUHD TXH QmR p propĂ­cia para estas culturas, mas se adequava Ă lavoura orizĂ­cola por ser naturalmente plana. Em 1994, começaram uma produção de arroz com o uso de agrotĂłxicos. Produziram por cerca de trĂŞs anos e passaram por uma crise. ´1HVVD pSRFD QmR FRQKHFHPRV SURdutividade, tivemos um custo muito alto. EntĂŁo pensamos: ou achamos uma alternativa, ou migramos de atividade. Mas nĂŁo podĂ­amos cogitar sair da agriculturaâ€?, conta Emerson Giacomelli, produtor do assentamento e integrante da coordenação do Grupo Gestor do Arroz AgroecolĂłgico, que desenvolve a cultura nos assentamentos da reforma agrĂĄria do Rio Grande do Sul. Em 2001, o Capela migrou para o cultivo orgânico, e o custo de produção caiu entre 25% e 30% em comparação ao do arroz chamado convencional. 3DUD *LDFRPHOOL DOpP GR FXVWR D SULQFLSDO GLIHUHQoD QHVWH WLSR GH FXOWLYR p ter sempre em mente de que se estĂĄ OLGDQGR FRP XP ´VHU YLYRÂľ TXH p R solo. O assentamento utiliza manejo de resteva e de ĂĄgua para garantir um solo SURGXWLYR DOpP GH XVDU ELRIHUWLOL]DQWHV H DGXERV SHUPLWLGRV SHOD FHUWLĂ€FDomR 36

Lavoura Arrozeira

O Grupo Gestor possui duas unidaGHV SDUD EHQHĂ€FLDU R DUUR] XPD HP Nova Santa Rita, com capacidade de beQHĂ€FLDU VF K DUUR] SROLGR H LQWHJUDO H RXWUD HP 7DSHV TXH EHQHĂ€FLD VF K (arroz polido e integral), e capacidade WRWDO GH EHQHĂ€FLDU PLO VDFDV +RMH R Grupo produz 4,5 mil hectares de arroz orgânico, e na safra passada a produção chegou a 270 mil sacas. A margem de lucratividade depende muito da propriedade, mas para muitos a produção orgânica chega a ser mais rentĂĄvel do que a com agrotĂłxicos. A Cooperativa de Assentados da RegiĂŁo de Porto Alegre (Cootap) tem pago 20% a mais pelo DUUR] RUJkQLFR XVDQGR FRPR FULWpULR a qualidade (grĂŁo inteiro), mais 20% do preço bĂĄsico da Emater. Mas a produção de arroz orgâniFR DLQGD HQIUHQWD GHVDĂ€RV QR %UDVLO Para Giacomelli, um dos fatores que entravam o desenvolvimento do setor p D DXVrQFLD GH SHVTXLVDV IRFDGDV QR DUUR] DJURHFROyJLFR ´$OpP GLVVR DLQda faltam polĂ­ticas mais claras de incentivo, especialmente para o perĂ­odo de transição do cultivo convencional para o orgânicoâ€?, avalia. Giacomelli H[SOLFD TXH HVWH p XP SHUtRGR FUtWLFR para o agricultor, porque a produtiviGDGH p PHQRU H DLQGD QmR p SRVVtYHO vender por um preço competitivo, pois sĂŁo necessĂĄrias pelo menos trĂŞs safras sem o uso agrotĂłxicos para REWHU D FHUWLĂ€FDomR $ FHUWLĂ€FDomR SRGH VHU HPLWLGD por organismos credenciados pelo 0LQLVWpULR GD $JULFXOWXUD 3HFXiULD H

Abastecimento. Agricultores familiares sĂŁo autorizados a vender direto ao consumidor, desde que integrem uma organização de controle social FDGDVWUDGD QRV yUJmRV Ă€VFDOL]DGRUHV 4XDQGR p FHUWLĂ€FDGR R SURGXWR SRGH ser vendido em supermercados, lojas, UHVWDXUDQWHV KRWpLV H LQG~VWULDV SRU H[HPSOR HQTXDQWR R VHP FHUWLĂ€FDomR pode ser comercializado em feiras e em compras do governo.

Produção aumenta no Rio Grande do Sul Se a histĂłria do Capela dĂĄ uma ideia da força que a produção de arroz agroecolĂłgico vem ganhando, os nĂşPHURV D FRQĂ€UPDP 6HJXQGR GDGRV do Ăşltimo encontro do Grupo Gestor do Arroz AgroecolĂłgico, na safra de 2003/2004 eram 90 famĂ­lias produtoras, e eram plantados 468 hectares. Na safra 2013/2014, o nĂşmero de famĂ­lias pulou para 501, e a ĂĄrea para 4 400 hectares. A quantidade de sacas proGX]LGDV WDPEpP FUHVFHX GH para 444.209, nesse mesmo perĂ­odo. A SURGXomR GH VHPHQWHV GR WLSR Ă€FD HP 25.823 sacas nesta safra. 2 5LR *UDQGH GR 6XO p R PDLRU produtor de arroz agroecolĂłgico GR %UDVLO VHQGR TXH D FXOWXUD p majoritariamente realizada nos assentamentos da Reforma AgrĂĄria e coordenada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra


Produção

Na biodinâmica, o respeito à natureza Ê a base da produção

Vistoria de campo de semente IRGA 417 no Assentamento Filhos de SepĂŠ, em ViamĂŁo

mente a qualidade, a cor e o sabor dos alimentosâ€?, diz. Ele vĂŞ a produção de orgânicos como um mercado em ascensĂŁo e recorda de quando, Ki SRXFR PHQRV GH XPD GpFDGD HUD FRQVLGHUDGR XP ´OXQiWLFRÂľ DR IDODU em agricultura biodinâmica. Hoje, segundo ele, o consumidor olha cada vez mais com simpatia para o setor. ´(P TXDOTXHU OXJDU HP TXH IDODPRV sobre os orgânicos, nos olham com carinho. Para mim, minha contribuiomR SDUD D VRFLHGDGH p R PDLRU YDORU TXH HX WHQKR Ă€FR IHOL] HP FXLGDU GD saĂşde das pessoas que trabalham na ĂĄrea agrĂ­cola e do consumidor que comprarĂĄ meu produtoâ€?, diz.

Foto: Celso Alves da Silva

Quando os Volkmann chegaram, em 1954, na propriedade em CamaquĂŁ, a semente de praticar uma cultura diferente jĂĄ estava na famĂ­lia. Ao se formar em agronomia, em 1983, JoĂŁo Volkmann amadureceu a ideia e começou a trabalhar com a agricultura biodinâmica, produzindo sem adubos quĂ­micos, agrotĂłxicos ou conservantes. O produtor descreve o cultivo FRPR XPD SUiWLFD TXH ´DFRPSDQKD R ritmo da naturezaâ€?. 2 SURFHVVR GH SURGXomR p SUDticamente artesanal, do plantio ao EHQHĂ€FLDPHQWR $ VHPHDGXUD QRV hectares da Fazenda CapĂŁo Alto das &UL~YDV p IHLWD PDQXDOPHQWH VHP XVR de mĂĄquinas. Volkmann explica que um dos principais diferenciais do cultivo biodinâmico estĂĄ em recuperar o hĂşmus do solo naturalmente. Para isso, sĂŁo elaborados preparados que XWLOL]DP D PDWpULD RUJkQLFD JHUDGD QR RUJDQLVPR DJUtFROD DOpP GH UHFHLWDV especiais com plantas medicinais, como dente-de-leĂŁo e camomila.

Para pulverizar a lavoura, no lugar de agrotĂłxicos, uma mistura de cristais de rocha com chifre de vaca. 2 EHQHĂ€FLDPHQWR p IHLWR HP XP HQgenho prĂłprio, que processa exclusivamente produtos orgânicos, e os grĂŁos sĂŁo armazenados em casca com controle de temperatura e umidade, sem o uso de produtos quĂ­micos. Mas a biodinâmica nĂŁo estĂĄ apenas no processo de produção de arroz. Toda a propriedade segue o mesmo preceito, e preservar a mata QDWLYD GD UHJLmR p SULPRUGLDO SDUD 9RONPDQQ ´1mR WHPRV PDLV XPD visĂŁo produtivista. Nosso entendiPHQWR GD DJULFXOWXUD p WUD]HU QRYDFoto: Celso Alves da Silva

067 2V WpFQLFRV GR ,QVWLWXWR 5LR Grandense do Arroz (Irga) prestam DVVLVWrQFLD WpFQLFD DRV DJULFXOWRUHV desde a produção de sementes. Hoje, segundo o MST, a produção se då em 15 assentamentos distribuídos em 12 municípios gaúchos.


Manejo

Atenção com a colheita garante

bons resultados da lavoura Foto: Nilson Konrad

F gif[lkfi [\m\ gi\jkXi Xk\e f eX ld`[X[\ [f ^i f# hl\ [\Ôe\ X _fiX Z\ikX [\ iniciar o processo e pode ser determinada por aparelhos


Manejo

Foto: Paulo Rosa/Senar-RS

P Foto: Nilson Konrad

reparar corretamente o solo, escolher a cultivar mais adequada para a lavoura, garantir a irrigação. Tudo isso de nada adianta para assegurar uma boa lucratividade apĂłs a colheita do arroz se o produtor perder a hora certa de começar este processo. O pesquisador e gerente da Estação Experimental do Arroz, Carlos Fagundes, H[SOLFD TXH R TXH GHĂ€QH R SRQWR GH FROKHLWD p D XPLGDGH GRV JUmRV Usando um equipamento chamado determinador de umidade portĂĄtil, bastante disseminado na ODYRXUD VHX FXVWR YDULD GH 5 PLO D 5 PLO HP PpGLD p SRVsĂ­vel saber qual a porcentagem de XPLGDGH QRV JUmRV 2 LGHDO p TXH eles estejam com umidade entre 18% e 24% para que a colheita FRPHFH 6H HVWH tQGLFH QmR p OHYDGR em consideração, alerta Fagundes, SHUGH VH HP TXDOLGDGH ´4XDQWR mais atrasada a colheita, menos teor de umidade e menos grĂŁos inteiros polidos, que sĂŁo os valorizados pela indĂşstria. Quanto mais grĂŁos inteiros polidos, mais vale o arrozâ€?, explica. $OpP GH PHQVXUDU D XPLGDGH GRV JUmRV p SUHFLVR WDPEpP WHU em mente a velocidade com que a colheita serĂĄ feita, bem como acompanhar a previsĂŁo meteorolĂłgica para os dias seguintes. Se o tempo estiver muito seco, por H[HPSOR D WHQGrQFLD p GH TXH RV grĂŁos sequem com mais velocidade. Fagundes estima que a cada semana ocorra uma redução na umidade que oscila entre dois e cinco ponWRV SHUFHQWXDLV ´+i SURGXWRU TXH inicia a colheita com 24% de teor de umidade e termina com 15%. AĂ­ o arroz que ele colhe por Ăşltimo tem menos grĂŁos inteirosâ€?, exemSOLĂ€FD 3DUD HYLWDU HVVH WLSR GH SUR-

Equipamento usado na aferição da rotação do batedor traseiro blema, o pesquisador sugere que o produtor faça um escalonamento da lavoura, para que tenha amadurecimento e pontos de colheita em SHUtRGRV GLYHUVLĂ€FDGRV Em alguns casos, o atraso da colheita acontece por problemas administrativos ou operacionais, como quebra de mĂĄquinas, equipaPHQWR LQVXĂ€FLHQWH RX DWp PHVPR por falta de mĂŁo de obra. Por isso, os produtores devem se prevenir garantindo a manutenção e a correta regulagem das mĂĄquinas de colheita e de transporte, bem FRPR WHU SURĂ€VVLRQDLV TXDOLĂ€FDGRV para a operação das mesmas. Uma opção preventiva que o produtor WHP p GH HVFROKHU DV FXOWLYDUHV que sĂŁo mais tolerantes ao atraso QD FROKHLWD ´7RGDV DV FXOWLYDUHV GR Irga tĂŞm esta caracterĂ­stica, porque

nosso programa de melhoramento JHQpWLFR SUHFRQL]D LVVR FRPR FULWprio de seleçãoâ€?, explica Fagundes. 7pFQLFRV GR ,UJD Ă€]HUDP XP HVtudo na safra 2011/12 para avaliar como seis cultivares desenvolvidas pelo instituto reagiam ao atraso GD pSRFD GH FROKHLWD $ DQiOLVH concluiu que a demora reduz o rendimento de grĂŁos inteiros, mas QmR DOWHUD D WLSLĂ€FDomR GR DUUR] ao longo do tempo. As cultivares IRGA 417, 425 e 426 foram menos LQĂ XHQFLDGDV QR UHQGLPHQWR GH grĂŁos inteiros com o atraso da pSRFD GD FROKHLWD 2 WHPSR HP TXH D FROKHLWD IRL IHLWD QmR LQĂ XHQFLRX na porcentagem dos defeitos picados/manchados nas cultivares BR-IRGA 410 e IRGA 427 e nos defeitos verdes/gessados nas cultivares BR-IRGA 410, IRGA 425 e IRGA 426.

Lembre-se - O ponto de colheita ĂŠ definido de acordo com a umidade dos grĂŁos, que deve estar entre 18% e 24%; - Para mensurar a umidade, use um determinador de umidade portĂĄtil; - Fique atento Ă velocidade da colheita e Ă previsĂŁo climĂĄtica. Se o tempo estiver muito seco, vocĂŞ pode perder a umidade ideal; - Confira se a cultivar escolhida ĂŠ tolerante a atraso da colheita.

IRGA

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Manejo

Regulagem das måquinas tambÊm Ê decisiva Para garantir uma boa safra, DOpP GH VDEHU R PRPHQWR PDLV adequado para começar a colher, o produtor precisa estar com as måquinas que serão usadas no processo bem reguladas e ajustadas. O engenheiro agrônomo e instrutor de mecanização agrícola do Senar-RS Paulo Rosa diz que o uso das colheitadeiras automotrizes e a necessidade de regulagem delas são bem disseminados, mas que ainda hå casos de produtores que perdem de 7% a 8% da colheita por falhas neste processo.

A colheitadeira automotriz se caracteriza por possibilitar que uma mesma måquina execute todas as etapas da colheita na lavoura. Ela possui um sistema de corte e alimentação, de debulha ou trilha do arroz, separação da palha, limpeza, transporte e armazenagem dos grãos. Se um único destes mecanismos não estiver corretamente regulado, acarreta em problemas em todas as etapas seguintes, como que em um efeito dominó, provocando perdas. No total, hå 32 regulagens que precisam ser realizadas HP VHTXrQFLD 7XGR LVVR SRUpP deve ser precedido por uma revisão mecânica, que costuma ser feita no período de entressafra. A regulagem dos sistemas da colheitadeira pode ser feita nesta mesma manutenção, ou então pou-

co antes da colheita. Alguns ajustes devem ser realizados no dia em que HOD LQLFLDU ,VVR p QHFHVViULR SRUTXH hĂĄ regulagens que sĂł podem ser aplicadas de acordo com as conGLo}HV GD ODYRXUD FRPR R SRUWH D situação das plantas e a umidade do grĂŁo, por exemplo. $ UHFRPHQGDomR p GH TXH RV produtores observem como o grĂŁo chega no tanque graneleiro tĂŁo ORJR FRPHFH D FROKHLWD ´(OH QmR pode estar quebrado, nĂŁo pode haver panĂ­culas sem debulhar e ele deve estar com o mĂ­nimo possĂ­vel de impurezasâ€?, explica Rosa. Se os grĂŁos nĂŁo estiverem limpos o VXĂ€FLHQWH SRU H[HPSOR SRGH KDYHU algum problema na regulagem da abertura das peneiras ou na velocidade e direção do vento. Se houver muitos grĂŁos caĂ­dos na lavoura Foto: Paulo Rosa/Senar-RS

A barra de corte deve estar alinhada e bem ajustada 40

Lavoura Arrozeira


Um erro comum na hora da colheita ĂŠ nĂŁo ajustar a barra de corte, que deve estar alinhada e funcionando na velocidade correta

Foto: Paulo Rosa/Senar-RS

apĂłs a mĂĄquina passar, a falha pode estar na velocidade excessiva da ventilação ou pela peneira estar PXLWR IHFKDGD ´6H Ki GHVDMXVWHV QD barra de corte, velocidade excessiva da mĂĄquina ou do molinete, os grĂŁos sĂŁo lançados para fora da mĂĄquinaâ€?, acrescenta o instrutor. (OH OHPEUD DLQGD TXH p FRPXP os produtores nĂŁo executarem etapas de regulagem e terem algum SUREOHPD 8P HUUR UHFRUUHQWH p QmR ajustar a barra de corte, se ela opera FRP YLEUDomR H[FHVVLYD Ki GLĂ€culdade na hora do corte e haverĂĄ problema de alimentação, seguidos GH GLĂ€FXOGDGH QD WULOKD H QD OLPSHza. Um molinete funcionando muito rĂĄpido debulha muito arroz antes que ele entre na colheitadeira. 3DUD 5RVD R LGHDO p TXH R SURdutor trabalhe com a premissa de ter perdas inferiores a 1%. Acima deste valor, defende o engenheiro agrĂ´nomo, algo precisa ser ajustado QR SURFHVVR ´2 JUDQGH ULVFR p QmR colher e deixar na lavoura, ou a mĂĄquina jogar fora, o que representa perda de rendaâ€?, alerta. Ele garante que quando procuram formação e passam a adotar as normas de regulagem dos equipamentos os produtores conseguem reduzir em cerca de 5% o Ă­ndice de perda da colheita. O Senar-RS oferece treinamentos gratuitos nessa ĂĄrea. Interessados devem se informar com os sindicatos rurais da regiĂŁo em que atuam.

Os dentes do cilindro e cĂ´ncavo da colheitadeira devem estar em bom estado

Atenção Os principais pontos a serem observados são: 1) Sistema de corte e alimentação: " barra de corte não pode ter navalhas desgastadas e deve estar alinhada; 0 molinete precisa girar em velocidade proporcional à da colheitadeira; 0 caracol de grãos precisa estar nivelado e com a rosca sem fim uniforme; 0 fundo da plataforma deve estar liso e plano; " esteira alimentadora tem de ficar corretamente tensionada e nivelada. 2) Sistema de trilha ou debulha: (aranta que os dentes do cilindro e o côncavo estejam em bom estado; " velocidade do cilindro precisa ser proporcional à umidade de colheita. Quanto mais úmido estå o solo, maior a rotação do cilindro. Quanto mais seco, menor a rotação; 2uanto menos úmido estiver o solo, maior deve ser a abertura do côncavo. 3) Sistema de separação: 0s pentes do côncavo precisam estar em bom estado;

$onfira o estado das chapas do batedor; $onfira o posicionamento das cristas do saca-palha 4) Sistema de limpeza: $ontrole a velocidade do vento para que ele ajude na limpeza dos grĂŁos sem deixĂĄ-los cair da mĂĄquina; %irecione a saĂ­da do vento da forma correta; $ontrole a abertura das peneiras de acordo com o tamanho do grĂŁo. 5) Sistema de transporte: (aranta que a rosca sem-fim dos caracĂłis de grĂŁos e a retrilha estejam em bom estado; "s borrachas dos elevadores devem estar em bom estado; .antenha o correto tensionamento das correntes dos elevadores. 6) Sistema de armazenagem e descarga: .antenha a abertura da calha do sem-fim de descarga de acordo com a umidade de colheita.

'aça aferição de rotação do batedor traseiro; IRGA

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Clima

Neutralidade climĂĄtica persiste nos prĂłximos meses Glauco Freitas Meteorologista do Irga/Fepagro

O

monitoramento das ĂĄguas GR 2FHDQR 3DFLĂ€FR (TXDWRULDO H DV SUHYLV}HV GRV modelos climĂĄticos mantĂŞm as FRQGLo}HV GH QHXWUDOLGDGH FOLPitica para os prĂłximos trĂŞs meses, RX VHMD QmR KDYHUi LQĂ XrQFLD GH El NiĂąo e La NiĂąa. Embora estudos mostrem que em anos de neutralidade o Rio Grande do Sul recebe chuvas abaixo do normal, isso nĂŁo pode ser aceito como regra. Exemplo disso foi o mĂŞs de janeiUR TXDQGR DV FKXYDV Ă€FDUDP EHP GLVWULEXtGDV QDV UHJL}HV H FRP volumes bastante expressivos. A regiĂŁo da Campanha saiu do padrĂŁo climĂĄtico e apresentou uma quantidade de chuva bem maior para o SHUtRGR 1D FLGDGH GH %DJp SRU H [HPSOR RQGH D PpGLD SDUD R PrV GH MDQHLUR p GH PP R RFRUULdo foi de 249 mm. O mapa na figura 1 mostra a distribuição da chuva no mĂŞs. O que pode estar influenciando o aumento nos volumes de chuva no (VWDGR p R 2FHDQR $WOkQWLFR DTXHcido junto Ă costa do Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina como PRVWUD D ILJXUD DWUDYpV GDV FRUHV laranja e vermelho. A temperatura do mar ficou com 2°C positivos de anomalia em Maneiro.

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Lavoura Arrozeira

Figura 1 "OPNBMJB EF 5FNQFSBUVSB EB 4VQFSGĂ“DJF EP .BS t +BOFJSP

Figura 2


Clima

Outra variĂĄvel meteorolĂłgica muito importante para o bom desenvolvimento da lavoura de DUUR] p D UDGLDomR GH RQGD FXUWD Em janeiro deste ano, a radiação Ă€FRX PHQRU TXDQGR FRPSDUDGD j GH QDV UHJL}HV GD 'HSUHVVmR Central e Zona Sul. A exceção foi o extremo da Fronteira Oeste, em que D UDGLDomR Ă€FRX PDLRU 9HMD QRV mapas DR ODGR a comparação da ra diação de janeiro 2013 e 2014. $ SUHYLVmR SDUD IHYHUHLUR p GH chuva abaixo da normal climĂĄtica HP DOJXPDV UHJL}HV GR (VWDGR PDV LVVR QmR VLJQLĂ€FD TXH RFRUUHUmR perĂ­odos prolongados de estiagem. A radiação de onda curta deverĂĄ estar acima do normal, o que irĂĄ EHQHĂ€FLDU R ERP GHVHQYROYLPHQWR da cultura do arroz. Para o mĂŞs de março, os prognĂłsticos indicam chuva dentro da normal climĂĄtica para grande parte GR 5LR *UDQGH GR 6XO SRGHQGR Ă€FDU DFLPD GD PpGLD HP DOJXPDV UHJL}HV DUUR]HLUDV 0DUoR DLQGD p SHUtRGR GH FROKHLWD H QR Ă€QDO GR PrV SRGHUi ter eventos de muita chuva, podendo afetar a qualidade dos grĂŁos e as FRQGLo}HV SDUD D FROKHLWD 3RUWDQWR p UHFRPHQGiYHO DRV SURGXWRUHV TXH Ă€TXHP DWHQWRV jV SUHYLV}HV GH FXUWR prazo enviadas pelo Irga e pela Fepagro para março, principalmente para a Ăşltima quinzena. Cabe salientar que esta previVmR p SDUD YiULRV PHVHV H TXH DV habilidades dos modelos climĂĄticos meteorolĂłgicos durante o El NiĂąo Oscilação Sul (Enos) em perĂ­odos QHXWURV VHP (O 1LxR H /D 1LxD p de difĂ­cil precisĂŁo, como no cenĂĄrio experimentado recentemenWH HP MDQHLUR ² p Dt TXH HQWUD D DYDOLDomR GR SURILVVLRQDO GD iUHD o meteorologista.

IRGA

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Consumo

Arroz branco segue o

favorito dos brasileiros G\jhl`jX [X L=G\c \jkl[fl f ZfdgfikXd\ekf [fj Zfejld`[fi\j ef gXˆj \ dfjkifl hl\ fj ^i fj `ek\^iXc \ gXiYf`c`qX[f X`e[X j f gflZf gfglcXi\j

N

as gĂ´ndolas do supermercado, o brasileiro encontra arroz branco, integral, parboilizado vermelho, preto, japonĂŞs, entre muitos outros. Os olhos, contudo, tendem a se voltar sempre para o mesmo produto: o arroz branco, que segue lĂ­der na preferĂŞncia nacional, consumido por 60,4% da população. O GDGR p GR HVWXGR UHDOL]DGR SHOR JUXSR de pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPeL) que analisou o comportamento do consumidor do cereal no Brasil. A pesquisa da UFPel foi realizada com 3.615 pessoas durante a Feira Nacional do Doce, em 2007. LĂ­der do estudo, a professora e pesquisadora do Departamento de CiĂŞncias dos Alimentos da UFPel MĂĄrcia Arocha Gularte acredita que a principal causa para essa preferĂŞncia seja o IDWRU FXOWXUDO ´$V SHVVRDV WrP FRPR referĂŞncia a cor e o sabor do arroz branco e tĂŞm certa restrição a mudar seus hĂĄbitosâ€?, analisa, apontando que R JUmR p KLVWRULFDPHQWH FRQVXPLGR branco. No Brasil, o acompanhamento preferido por mais de 40% da populaomR WDPEpP WHP LQĂ XrQFLD QD KRUD GH HVFROKHU R DUUR] R IHLMmR Ă€FD PHlhor com o grĂŁo branco, que cozinha FRP PDLV IDFLOLGDGH H Ă€FD FRP XPD consistĂŞncia mais adequada para ser misturado. Entre os entrevistados, 10,8% optam pela mistura do arroz 44

Lavoura Arrozeira

com carne, e 11,7% com legumes. Rico em vitaminas e proteĂ­nas, R SDUERLOL]DGR p R TXHULGLQKR GRV nutricionistas, mas ainda nĂŁo caiu no gosto dos brasileiros - o consumo GD YDULHGDGH QR SDtV Ă€FD HP (OH p VXEPHWLGR D XP WUDWDPHQWR KLGURWpUPLFR DQWHV GR GHVFDVFDPHQto e polimento, por isso apresenta um alto valor nutricional. Ainda com FDVFD R JUmR p LPHUVR HP XP WDQTXH com ĂĄgua entre 60ÂşC e 70ÂşC por cerca de cinco horas, para que absorva as vitaminas e sais minerais. Depois, o DUUR] p VXEPHWLGR D XPD WHPSHUDtura elevada sob pressĂŁo de vapor, que altera a estrutura do amido, e sĂł GHSRLV p VHFR SDUD GHVFDVFDPHQWR polimento e seleção. Esse processo muda um pouco a aparĂŞncia do arUR] TXH Ă€FD PDLV SiOLGR H DPDUHODGR H D WH[WXUD WDPEpP VRIUH DOWHUDo}HV O baixo consumo desVH DUUR] DR TXH WXGR LQGLFD QmR p HP UD]mR GR sabor. Nas entrevistas realizadas pelos pesquisadores da UFPel, 50% disseram achar o gosto do arroz parboilizado agradĂĄvel, contra TXH DĂ€UPDUDP TXH R VDERU p desagradĂĄvel - na mesma entrevisWD SRUpP D PDLRULD DGPLWH SUHIHULU o sabor do arroz branco. Tampouco D GLVSRQLELOLGDGH p R TXH LPSHGH R brasileiro de consumir o arroz parboilizado: questionados se era difĂ­cil

encontrar o produto no mercado, 74,1% disseram que nĂŁo.

Integral ainda ĂŠ mais saudĂĄvel 2 DUUR] LQWHJUDO WDPEpP FRQVLderado mais saudĂĄvel por ser rico em Ă€EUDV H SURWHtQDV p FRQVXPLGR SRU apenas 6,7% da população, segundo a pesquisa da UFPel. Neste caso, o grĂŁo do arroz estĂĄ intacto, passando apenas pela retirada da casca, por isso SUHVHUYD D SHOtFXOD H R JpUPHQ RQGH estĂĄ a maior parte dos nutrientes. Nas entrevistas, apenas 4% disseram comer o cereal diariamente, enquanWR DĂ€UPDUDP QXQFD FRQVXPL-lo. Sobre o sabor, 45% disseram nĂŁo gostar, enquanto 44% aprovam. Os benefĂ­cios nutricionais, contudo, sĂŁo incontestĂĄveis. A pelĂ­cula do arroz FRQWpP Ă€EUDV LQVRO~YHLV TXH FRQWULbuem para o bom funcionamento do sistema gastrointestinal e aumentam D VDFLHGDGH RX VHMD p LGHDO SDUD quem quer emagrecer. $OpP GH LPSRUWDQWH SDUD XPD dieta equilibrada, o arroz integral WDPEpP SRGH PLQLPL]DU RXWURV SURblemas de saĂşde. Por ser rico em potĂĄssio (92 ml em 100 gramas de arroz) e pobre em sĂłdio (5 ml em 100 gramas de arroz), o grĂŁo contribui para a


Consumo

eliminação do excesso de lĂ­quidos no organismo, baixando a pressĂŁo arteULDO H EHQHĂ€FLDQGR R IXQFLRQDPHQWR GRV ULQV 1XWULFLRQLVWD GR ,UJD &OHR Amaral aponta que o colesterol tamEpP SRGH VHU FRQWURODGR FRP R DUUR] LQWHJUDO TXH FRQWpP JDPD RUL]DQRO substância que pode ajudar a baixar o LDL (colesterol ruim) e aumentar o HDL (colesterol bom) no sangue e diminuir o Ă­ndice de triglicerĂ­deos. Ela lembra ainda que o grĂŁo integral possui a vitamina B1, praticamente DXVHQWH HP DOLPHQWRV UHĂ€QDGRV

O que conta para o consumidor

Outros nĂşmeros da pesquisa 1DV TXHVW}HV TXH DERUGDUDP RV hĂĄbitos de compra do arroz, 87,5% disseram comprar no supermercado H QR DUPD]pP &RP UHODomR j IUHTXrQFLD DĂ€UPDUDP comprar arroz quando falta e 33,8% disseram comprar uma vez ao mĂŞs.

$OpP GR DUUR] WUDGLFLRQDO RV EUDVLOHLURV WDPEpP EXVFDP RXWUDV formas de consumir o cereal: 60,7% disseram comer arroz com leite, 59,7% na forma de bolinho de arroz, 26% indicaram canja e óleo de arroz, 14,6% barra de cereais, 10,2% biscoitos, 5% bolos, 3% saquê e 2,7% como crisps. Sobre a forma preferida de arroz dos consumidores, 42% apontaram o grão longo, 32% agulhinha, 13% grãos curtos e 11% grãos ecológicos. Foi TXHVWLRQDGR WDPEpP FRPR SUHIHUHP comer o grão, e 52% opinaram pelo arroz soltinho, 15% pastoso, 11% moOKDGLQKR PDFLRV H JUmRV ÀUPHV Foto: Mårcia Schuler

Se o senso comum diz que o IDWRU ´EROVRÂľ SHVD QR FRQVXPR dos brasileiros, para o arroz isso nĂŁo se aplica. Na pesquisa realizada pela UFPel, 52% disseram que R SUHoR QmR p GHWHUPLQDQWH QR momento da compra. Ao encontro GLVVR R HVWXGR WDPEpP FRQVWDWRX que a renda nĂŁo interfere no comportamento do consumidor. Segundo a pesquisa, 88,7% dos brasileiros comem arroz em casa. Outro dado do estudo, contudo, mostra que as pessoas vĂŞm perdendo o hĂĄbito de fazer refeio}HV HP GRPLFtOLR GLVVHUDP ter esse costume, enquanto 17% optam por restaurantes por quilo e 14% restaurantes Ă la carte. Isso, SDUD D SURIHVVRUD 0iUFLD p XP dos fatores que contribui para a estagnação do consumo do cereal QR SDtV H PRGLĂ€FD R PHUFDGR ´$ LQG~VWULD WHQWD DWHQGHU jV QHFHVVLGDGHV GHVVH QRYR SHUĂ€O do consumidor, que nĂŁo tem tempo para cozinhar. Ela oferece DUUR] SUp SURQWR SURFXUD QRYDV maneiras de fazer as pessoas

consumirem arroz, e essa busca estå resultando HP maior tecnologia para WHU cultivares que atendam melhor os consumidores�, avalia Mårcia.

Variedade no prato Variedade no prato

Apesar das versþes branca, parApesar dase integral versþes branca, boilizada do arrozparserem boilizada e integral do arroz serem as três preferidas pelos consumias três opreferidas consumidores, prato dospelos brasileiros não dores, o prato brasileiros não se limita a elas.dos Ainda que menos se limita a elas. Aindaopçþes que menos difundidas, as outras do difundidas, as outras opçþes cereal vêm ganhando espaçodo nas cereal vêm dos ganhando espaço nas prateleiras supermercados. prateleiras dos supermercados. Confira, a seguir, um breve resuConfira, a seguir, um para breveajudar resumo sobre cada uma mo sobre cada umadas para ajudar na escolha na hora refeiçþes. na escolha na hora das refeiçþes. Arroz preto Arroz preto Uma opção ainda mais nutritiva Uma opção ainda mais convennutritiva do que o arroz integral do quecom o arroz integral conven- e cional: 20% mais proteínas cional: com de 20% maisoproteínas e 30% a mais fibras, arroz preto 30% a mais fibras,calorias o arrozepreto integral temde menos gorintegral tem menos calorias e gordura. A textura Ê macia, e o grão Ê dura. A textura Ê macia, o grão Ê rico em vitaminas, óleos,ecobalto, rico em vitaminas, óleos, cobalto, hidratos de carbono, entre outras hidratos de carbono, entre outras substâncias. substâncias. Arroz vermelho Arroz vermelho Rico em fibras e com baixo teor Rico em fibras e comvermelho baixo teor de gordura, o arroz de gordura, o arroz vermelho tambÊm apresenta altos índices tambÊm apresenta altos índices de ferro, zinco e proteínas. Ajuda de ferro, zinco e proteínas. Ajuda a diminuir o colesterol e benefiacia diminuir o colesterol e benefia circulação sanguínea. cia a circulação sanguínea.

Arroz arbĂłrFo Arroz arbĂłrFo A grande quantidade de amido A grande de amido neste tipoquantidade de arroz e, consequenneste tipo de arroz e, consequentemente, sua textura cremosa, suaadequado textura cremosa, otemente, torna mais para o torna mais adequado preparar risotos. Por essepara mesmo prepararnĂŁo risotos. Por esse mesmo motivo, costuma ser consumotivo, nĂŁo costuma ser consumido com o acompanhamento mido compelos o acompanhamento preferido brasileiros, o preferido pelos brasileiros, o feijĂŁo. feijĂŁo. Arroz japonĂŞs Arroz japonĂŞs O arroz japonĂŞs possui grande O arroz japonĂŞs possuinagrande quantidade de amido parte quantidade de amido na parte externa, entĂŁo fica bastante creexterna, entĂŁo fica obastante moso apĂłs cozido, que faz crecom moso que faz A com que osapĂłs grĂŁoscozido, fiquemo unidos. que os grĂŁos fiquem unidos. A variedade ĂŠ largamente utilizada variedade largamente utilizada na culinĂĄriaĂŠ asiĂĄtica. na culinĂĄria asiĂĄtica.

IRGA

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Receita

Maionese nutritiva leva dois tipos de arroz Fotos: MĂĄrcia Schuler

Ingredientes: t HSBNBT EF BSSP[ JOUFHSBM PV BSSP[ WFSNFMIP DP[JEP t HSBNBT EF BSSP[ CSBODP DP[JEP t HSBNBT EF DFCPMB QJDBEB t DPMIFSFT EF Ă˜MFP EF DP[JOIB t TBM NPEFSBEP B HPTUP t metade de um pimentĂŁo verde picado t DFCPMJOIB F UFNQFSP WFSEF QJDBEPT t QJNFOUB EP SFJOP B HPTUP t HSBNBT EF NBJPOFTF t YĂ“DBSB EF B[FJUPOBT QJDBEBT TFN DBSPĂŽP t YĂ“DBSB EF QFQJOP QJDBEP t DFOPVSB DP[JEB QJDBEB t TVDP EF MJNĂ?P

Modo de preparo: &N VNB GSJHJEFJSB DPMPRVF P Ă˜MFP F SFGPHVF B DFCPMB QJDBEB .FYB QBSB nĂŁo queimar. 2 - Acrescente a pimenta e o sal Ă DFCPMB SFGPHBEB $PMPRVF PT EPJT UJQPT EF BSSP[ DP[JEP FN VNB WBTJMIB Ă‹ QBSUF +VOUF B DFCPMB BP BSSP[ F BDSFTDFOUF B B[FJUPOB P QFQJOP B DFOPVSB B DFCPMJOIB F P UFNQFSP WFSEF &N PVUSP SFDJQJFOUF NJTUVSF B NBJPOFTF JOEVTUSJBMJ[BEB DPN P TVDP de limĂŁo. .JTUVSF P BSSP[ DPN B NBJPOFTF 7 - Deixe na geladeira atĂŠ servir 46

Lavoura Arrozeira

Dicas extras

2

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t 6UJMJ[BS VNB QBOFMB EF QSFTsão para cozinhar o arroz integral pode otimizar o tempo de preparo, uma vez que ele demora mais para ficar pronto do que o arrroz branco. Coloque 1 porção de arroz para 4 de ågua e deixe cozinhando de 15 a 20 minutos depois da pressão. Coloque o sal depois, pois ele retarda o cozimento. t %� QSFGFS�ODJB B NBJPOFTFT JOEVTUSJBMJ[BEBT, menos perecíveis que as caseiras t -FNCSF TF EF DPMPDBS B mistura de maionese e limão por último, pois o limão oxida rapidamente e fica com um gosto amargo.

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Fotos: MĂĄrcia Schuler

T

URFDU D EDWDWD SHOR DUUR] p uma opção nutritiva e menos calórica na hora de preparar a maionese. Nesta edição, a nutricionista do Irga, Cleo Amaral, ensina como fazer maionese com o cereal, que pode levar diferentes tipos de grão: pode-se optar por arroz integral ou vermelho, combinado com arroz branco. Na receita a seguir, foram utilizadas as variedades japonês e integral tipo agulha.


Artigo tĂŠcnico

Manejo da secagem estacionĂĄria de grĂŁos de arroz

Foto: Carlos Fagundes

Foto: Carlos Fagundes

Fj Zl`[X[fj \ XmXeƒfj m\i`Ă”ZX[fj eX gif[lƒ f [\m\d j\i \jk\e[`[fj gXiX f g\iˆf[f gÂ?j$Zfc_\`kX gXiX ^XiXek`i X hlXc`[X[\ [X jX]iX

A secagem do arroz deve ser efetuada assim que realizada a colheita Volnei Luiz Meneghetti Engenheiro Agrícola, M.Sc., Pesquisador, Convênio Fundação ISHB (volneimeneghetti@terra.com.br) Nathan Levien Vanier Engenheiro Agrônomo, M. Sc., Doutorando da UFPel (nathanvanier@hotmail.com) Carlos Alberto Alves Fagundes Engenheiro Agrônomo, M.Sc., Pesquisador, ISHB (fagundes@irga.rs.gov.br)

P

resente em mais de 100 países e produzido em todos os FRQWLQHQWHV R DUUR] p FRQVLderado o alimento båsico para 50% da SRSXODomR PXQGLDO $OpP GH VHU IRQWH GH HQHUJLD R FHUHDO p LPSRUWDQWH fonte de vitaminas e minerais. Embora a produção brasileira corresponda a apenas 1,5% da produção mundial, YDOH UHVVDOWDU TXH R %UDVLO p R SULQFLSDO SURGXWRU GH DUUR] GD $PpULFD

do Sul e que, segundo estatĂ­sticas do Instituto Rio Grandense de Arroz (Irga) no ano de 2012/2013, o Rio Grande do Sul concentra mais de 60% da produção brasileira. Resultado de um amplo programa de melhoUDPHQWR JHQpWLFR H GH PHOKRULDV QR sistema de produção, a produtividade avançou ano apĂłs ano no Brasil. Se em 2000 a produtividade de arroz irrigado no Rio Grande do Sul era aproximadamente 5,8 t.ha-1, hoje ela ultrapassa 7 t.ha-1. 2V DYDQoRV YHULĂ€FDGRV QD SURdução, lamentavelmente, nĂŁo sĂŁo DFRPSDQKDGRV SHOR TXH VH YHULĂ€FD na pĂłs-colheita. Os conceitos modernos de produção nĂŁo prescindem de uma forte aliança entre quantidade e qualidade, especialmente em se tratando de alimento, e sendo esse DOLPHQWR WmR LGHQWLĂ€FDGR QD FXOWXUD e nos hĂĄbitos do consumidor nacioQDO $Ă€QDO p D PDLRU IRQWH GH FDUboidratos da dieta da grande maioria dos brasileiros e, juntamente com o feijĂŁo, oferece um aporte proteico de qualidade que praticamente satisfaz as necessidades humanas no que diz respeito ao balanceamento dos aminoĂĄcidos lisina e metionina. 'HQWUH RV IDWRUHV TXH LQĂ XHQFLDP D TXDOLGDGH GR DUUR] p LPportante destacar as caracterĂ­sticas YDULHWDLV DV FRQGLo}HV GH GHVHQYROvimento da cultura, o manejo e as FRQGLo}HV HGDIRFOLPiWLFDV D pSRFD IRGA

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Artigo tĂŠcnico

H D FRQGLomR GH FROKHLWD R PpWRGR H o sistema de secagem, o sistema de DUPD]HQDPHQWR RV PpWRGRV GH FRQVHUYDomR H RV SURFHVVRV H RSHUDo}HV GH EHQHĂ€FLDPHQWR LQGXVWULDO GRV grĂŁos. No que se refere Ă qualidade, p LPSRUWDQWH TXH RV JUmRV DSUHVHQtem umidade uniforme e relativamente baixa, pequena percentagem GH LPSXUH]DV H RX PDWpULDV HVWUDnhas, baixo percentual de grĂŁos quebrados e de defeitos, baixa suscetibilidade Ă quebra durante a operação GH SROLPHQWR DOWR SHVR HVSHFtĂ€FR boa conservabilidade, baixos Ă­ndices de contaminação por micro Rrganismos, ausĂŞncia de micotoxinas e alto valor nutricional. $ VHFDJHP GR DUUR] p HVVHQFLDO para possibilitar o armazenamento livre do ataque microbiolĂłgico e de insetos, pois a colheita, se realizada na faixa de umidade recomendada pela pesquisa, entre 20 e 24%, nĂŁo permite o armazenamento seguro. 7DPEpP GHYH VHU REVHUYDGR R IDWR que grĂŁos de variedades diferentes devem ser recebidos separadamente e assim mantidos, para nĂŁo prejuGLFDU R EHQHĂ€FLDPHQWR LQGXVWULDO A segregação em lotes permite a obtenção de mĂĄximo rendimento QDV RSHUDo}HV XQLWiULDV GR SURFHVVR convencional de industrialização de arroz. A secagem deve ser efetuada tĂŁo logo seja realizada a colheita ou, QR Pi[LPR DWp R GLD VHJXLQWH 1mR VHQGR SRVVtYHO p LPSRUWDQWH SUp OLPSDU DHUDU UHVIULDU H RX SUp VHcar o arroz, mantendo-o sob aeração FRQVWDQWH DWp R LQLFLR GD VHFDJHP de modo a resfriĂĄ-lo para reduzir o metabolismo dos grĂŁos, bem como de organismos associados. Os grĂŁos nĂŁo devem permanecer Ăşmidos na moega, sem aeração, por perĂ­odo superior a 12-24 horas, sob pena de ser reduzida a conservabilidade e/ 48

Lavoura Arrozeira

ou de aparecer grande percentual de grĂŁos amarelos, mofados, e com outros defeitos. 'HQWUH RV SULQFLSDLV PpWRGRV de secagem utilizados em nĂ­vel de propriedade no Rio Grande do Sul, destaca-se o de secagem estacionĂĄria. Comumente utilizado em SURSULHGDGHV GH SHTXHQD H PpGLD HVFDOD HVWH PpWRGR VH FDUDFWHUL]D pela passagem forçada do ar pela massa de grĂŁos, que permanece estĂĄtica durante toda a operação. Este PpWRGR GH VHFDJHP SRVVXL SHFXOLDridades, apresentando vantagens e desvantagens, cabendo aos produtores adequĂĄ-las ao uso de acordo com as suas necessidades. Novos estudos para este tipo de secagem sĂŁo continuamente avaliados na Estação de Pesquisa do Irga, juntamente com a LiquigĂĄs Distribuidora S.A. e a Universidade Federal do Rio Grande (Furg), e os resultados deste trabalho nos remete Ă s principais prĂĄticas de manejo, possibilitando ao produtor a diminuição nos custos da operação e a melhoria da TXDOLGDGH GR SURGXWR Ă€QDO Dentre as principais prĂĄticas de manejo, destacamos as seguintes: D 3ULRUL]DU R SODQWLR QD pSRFD recomendada pela pesquisa, com isto a colheita poderĂĄ ser realizada ainda durante os meses de verĂŁo, RQGH DV FRQGLo}HV SVLFURPpWULFDV GR ar (temperatura e umidade relativa) favorecem muito a secagem estacionĂĄria do arroz; b) Respeitar a altura de camada GH JUmRV SRGHQGR VHU GH DWp VHLV PHWURV GHSHQGHQGR GDV FRQGLo}HV GR DU ambiente e da vazĂŁo de ar utilizada, sabendo que quanto mais espessa for a camada de grĂŁos a ser seca, maior serĂĄ o tempo de secagem;

F 9HULĂ€FDU VH D WD[D GH DHUDomR do equipamento de secagem esta prĂłxima a 1,0 m3.min-1.ton-1. Caso FRQWUiULR p QHFHVViULR ID]HU DMXVWHV RX DWp PHVPR D VXEVWLWXLomR do(s) ventilador(es); d) Se possĂ­vel, priorizar a secagem por camadas no silo-secador. A camada pode ser removida para o VLOR GH DUPD]HQDPHQWR GHĂ€QLWLYR RX sobreposta por outra(s). Em propriedades onde o nĂşmero de silos-secaGRUHV p PDLRU TXH XP UHFRPHQGD VH fazer o enchimento dos mesmos DWUDYpV GH HVFDORQDPHQWRV e) Independentemente das FRQGLo}HV FOLPiWLFDV QXQFD GHVOLJDU o ventilador enquanto a massa de grĂŁos estiver entre 15% e 16% de umidade no terço superior do silo-secador. ApĂłs esta condição, fazer o XVR GR JUiĂ€FR GR HTXLOtEULR KLJURVcĂłpico (Figura 1), juntamente com GDGRV GDV FRQGLo}HV FOLPiWLFDV SDUD determinar a melhor hora do dia para ligar o sistema de aeração; f) A utilização de secagem estacionĂĄria com ar levemente aquecido para controle de sua umidade relativa, por meio da queima de gĂĄs liquefeito de petrĂłleo (glp) em sistema operacional automatizado, apresenta excelente agilidade no processo quando comparada Ă secagem estacionĂĄria com ar sem aquecimento. A lentidĂŁo no processo em que se utiliza ar sem aquecimento, associada Ă alta umidade dos grĂŁos, permite o desenvolvimento de micro-organismos (especialmente fungos), assim como a atividade enzimĂĄtica que ativa o metabolismo dos grĂŁos, resultando no aparecimento de defeitos de origem metabĂłlica e/ RX VXD LQWHQVLĂ€FDomR


Artigo tĂŠcnico

h) A utilização de sistemas automatizados de queima de gås liquefeito de petróleo (glp) na secagem estacionåria do arroz proporciona maior uniformidade WpUPLFD GR SURFHVVR GH VHFDJHP reduz o tempo de operação e não

foram observadas diferenças sigQLĂ€FDWLYDV QRV JUmRV VXEPHWLGRV j secagem estacionĂĄria em compaUDomR D RXWURV PpWRGRV WDPEpP utilizados no arroz.

GLVS}H GR XVR FRQWtQXR GH PmR GH obra, comparativamente ao uso de fornalhas à lenha comumente utilizadas pelo produtores (figura 2); i) A secagem estacionåria, quando FRPSDUDGD D RXWURV PpWRGRV GH secagem de arroz, promove um maior rendimento de grãos inteiros. Isso se deve ao fato de que na secagem estacionåria a remoção da ågua dos grãos acontece de forma mais branda, DOpP GH SUDWLFDPHQWH QmR RFRUUHUHP FKRTXHV WpUPLFRV

Foto: Carlos Fagundes

g) Em relação ao custo operacional, foi observado que na secagem estacionĂĄria com uso de ar levemente aquecido, os custos sĂŁo semelhantes, quando comparado Ă secagem com ar sem aquecimento. Esse fato foi atribuĂ­do ao tempo gasto para a secagem, que foi sigQLĂ€FDWLYDPHQWH PHQRU TXDQGR VH utilizou ar aquecido;

j) Em estudos que comparam os atributos sensoriais (coesĂŁo, maciez, sabor e cor) do arroz nĂŁo

Figura 2

Temperatura (°C)

Umidade Relativa (%)

30

35

40

45

50

55

60

65

70

75

80

85

90

10

9,9

10,4

10,9 11,4 11,9 12,4 13,0 13,6 14,2 14,9 15,8 16,8 18,1

12

9,7

10,2

10,7 11,2 11,7 12,3 12,8 13,4 14,1 14,8 15,6 16,6 18,0

14

9,6

10,1

10,6 11,1 11,6 12,1 12,7 13,3 13,9 14,6 15,5 16,5 17,9

16

9,4

9,9

10,4 10,9 11,4 12,0 12,5 13,1 13,8 14,5 15,4 16,4 17,8

18

9,3

9,8

10,3 10,8 11,3 11,8 12,4 13,0 13,7 14,4 15,3 16,3 17,6

20

9,1

9,6

10,2 10,7 11,2 11,7 12,3 12,9 13,5 14,3 15,1 16,1 17,5

22

9,0

9,5

10,0 10,5 11,0 11,6 12,1 12,7 13,4 14,1 15,0 16,0 17,4

24

8,9

9,4

9,9

10,4 10,9 11,5 12,0 12,6 13,3 14,0 14,9 15,9 17,3

26

8,7

9,3

9,8

10,3 10,8 11,3 11,9 12,5 13,2 13,9 14,8 15,8 17,2

28

8,6

9,1

9,6

10,2 10,7 11,2 11,8 12,4 13,1 13,8 14,7 15,7 17,1

30

8,5

9,0

9,5

10,0 10,6 11,1 11,7 12,3 13,0 13,7 14,6 15,6 17,0

32

8,4

8,9

9,4

9,9 10,5 11,0 11,6 12,2 12,8 13,6 14,5 15,5 16,9

Figura 1 IRGA

49


Nota tÊcnica Relaçþes internacionais

Novas pragas ameaçam a soja na vårzea As lagartas do complexo Heliothinae atacam as principais culturas e se expandem rapidamente pelas regiþes do Brasil

Foto: Thais Freitas

A Helicoverpa armigera, comum em outras regiĂľes, ĂŠ novidade no Brasil Thais Fernanda Stella de Freitas Engenheira AgrĂ´noma. M.Sc. Pesquisadora da Equipe de Agronomia do Irga

D

esde a safra passada, novas pragas ocupam lugar de destaque nos veĂ­culos de comunicação e preocupam os produtores de soja, milho e algodĂŁo QR %UDVLO $V ODJDUWDV GR ´FRPSOH[R Heliothinaeâ€?, como vĂŞm sendo chamadas por pertencerem Ă ordem 50

Lavoura Arrozeira

Lepidoptera, famĂ­lia Noctuidae, subfamĂ­lia Heliothinae, assustam os lavoureiros pelos ataques severos Ă s principais culturas e rĂĄpida H[SDQVmR SHODV UHJL}HV GR %UDVLO Ă“rgĂŁos de pesquisa, secretarias e 0LQLVWpULR GD DJULFXOWXUD HVWmR VH mobilizando em busca de informao}HV H WHFQRORJLDV SDUD PDQHMDU adequadamente estes insetos. TrĂŞs HVSpFLHV GHVWH JUXSR WrP VLGR observadas causando prejuĂ­zos Ă cultura da soja: Heliothis virescens,

Helicoverpa zea e Helicoverpa armigera. É importante que os produtores estejam informados sobre esse QRYR GHVDĂ€R SRLV QD VDIUD DWXDO Mi IRL FRQĂ€UPDGD D SUHVHQoD GHVWDV HVSpFLHV QDV ODYRXUDV GH VRMD GR 5LR Grande do Sul. Deste grupo, Helicoverpa zea p uma antiga conhecida dos produtores gaĂşchos, mas nas lavouras de milho, sendo chamada de lagarta-da-espiga-do-milho. Heliothis virescens p XPD HVSpFLH IDPLOLDU DRV SURGXWRUHV GDV UHJL}HV 1RUWH 1RUGHVWH H &HQWUR-2este do paĂ­s, por habitar as lavouras de algodĂŁo, conhecida como ODJDUWD GDV PDomV $ QRYLGDGH p D Helicoverpa armigera TXH DWp SRXFR tempo nĂŁo existia no Brasil. ContuGR p XPD SUDJD UHOHYDQWH HP RXWUDV UHJL}HV GR PXQGR FRPR ÉIULFD ÉVLD e Oceania, onde ataca vĂĄrias culturas, como sorgo, amendoim, girassol, milho, feijĂŁo e hortaliças. Na cultura GD VRMD DOpP GH FRQVXPLU R WHFLGR foliar, ataca as estruturas reprodutiYDV FRPR Ă RUHV H OHJXPHV $V WUrV HVSpFLHV VmR PXLWR VHPHlhantes quando estĂŁo na fase de lagarta, de forma que a diferenciação, mesmo entre os gĂŞneros Helicoverpa e Heliothis UHTXHU REVHUYDo}HV HP lupas de laboratĂłrio. Entre as duas HVSpFLHV GH Helicoverpa, a separação


Nota tÊcnica Relaçþes internacionais

Foto: Thais Freitas

exige exames laboratoriais. Assim, Ă luz dos conhecimentos atuais, estas HVSpFLHV GHYHP VHU PDQHMDGDV HP FRQMXQWR HP FRQGLo}HV GH FDPSR sendo importante diferenciĂĄ-las das GHPDLV ODJDUWDV TXH WDPEpP SRGHP atacar as vagens da soja, como o FRPSOH[R GH 6SRGRSWHUDV (VWD VLP p uma observação fundamental, pois a amostragem e os nĂ­veis de ação sĂŁo diferentes. As trĂŞs lagartas do complexo Heliothinae costumam atacar as EURWDo}HV PDLV MRYHQV FRPHoDQGR pelos Ăşltimos folĂ­olos, quando na fase YHJHWDWLYD RX SHODV Ă RUHV H OHJXPHV mais jovens, quando a planta jĂĄ estĂĄ na fase reprodutiva. O nĂ­vel de ação SRSXODomR PtQLPD TXH MXVWLĂ€FD D adoção de medidas de controle) tamEpP p GLIHUHQWH Na fase vegetativa, para o comSOH[R +HOLRWKLQDH SRGH VH WROHUDU DWp quatro lagartas por metro quando o PpWRGR GH FRQWUROH HVFROKLGR IRU XP inseticida de ação rĂĄpida. Quando a opção for pelos inseticidas reguladoUHV GH FUHVFLPHQWR WDPEpP FKDPDGRV GH Ă€VLROyJLFRV TXH WrP DomR PDLV GHPRUDGD R QtYHO GH DomR p GH quatro lagartas menores que 1,5 cm por metro. No perĂ­odo reprodutivo, o nĂ­vel de ação diminui para dois LQVHWRV SRU PHWUR (VWD p D SRSXODomR que, segundo a literatura internacional, causa o desfolhamento de 30% no perĂ­odo vegetativo e de 15% no perĂ­odo reprodutivo. Diversos estudos realizados no Brasil com lagartas do complexo Spodoptera relacionam a desfolha de 30% na fase vegetativa com dez lagartas por metro, portanto, o dobro da população do complexo Heliothinae $OpP GR alto potencial destrutivo, a polifagia (capacidade de se alimentar de grande variedade de plantas), a alta fecundidade, alta mobilidade local das lagartas e migração das mariposas sĂŁo as

A recomendação contra a praga ĂŠ o monitoramento constante da lavoura caracterĂ­sticas biolĂłgicas que fazem essas lagartas exigirem mais atenção dos produtores que as demais. Como sempre, o manejo dessas lagartas nĂŁo deve ser baseado apenas no uso de produtos quĂ­micos. As LQVWLWXLo}HV GH SHVTXLVD HQYROYLGDV QHVVH GHVDĂ€R HVWmR DYDOLDQGR DOWHUnativas de controle biolĂłgico, como o uso de vĂ­rus e fungos entomopatogĂŞnicos e liberação de parasitoides. A cultura da soja conta, a partir deste ano, com variedades com a tecnologia Bt que, quando bem manejada e XQLda Ă s demais ferramentas disponĂ­veis, pode ser uma aliada QR PDQHMR GHVWDV HVSpFLHV Quando necessĂĄrio, os grupos de inseticidas recomendados para controle sĂŁo: 1) reguladores de crescimento; 2) diamidas; 3) espinosinas; 4) carbamatos. Vale lembrar que o uso de inseticidas deve sempre ser feito respeitando-se os princĂ­pios de Manejo Integrado de Pragas, e que o uso indiscriminado sĂł piora a situação. Os produtores que optarem SHOR XVR GR Ă€VLROyJLFR QmR GHYHP misturĂĄ-lo com piretroides, que sĂŁo

pouco seletivos e favorecem o aparecimento de ĂĄcaros. Outro aspecto TXH GHYH VHU FRQVLGHUDGR p TXH DV lagartas do complexo Heliothinae estĂŁo chegando de outras culturas H RX UHJL}HV RQGH Mi H[LVWH UHVLVWrQcia a muitos grupos quĂ­micos. Este fato reforça a recomendação de uso GH SURGXWRV EDVHDGR HP FULWpULRV WpFQLFRV SRLV R XVR LQGLVFULPLQDGR de inseticidas pode levar j perda, DLQGD PDLV UiSLGD GDV PROpFXODV DWXDOPHQWH HĂ€FLHQWHV Para o Rio Grande do Sul, nĂŁo foi decretada a situação de emerJrQFLD Ă€WRVVDQLWiULD R WUDEDOKR GH monitoramento da população com armadilhas de feromĂ´nio sexual, deVHQYROYLGR SRU WpFQLFRV GD 6HFUHWDULD (VWDGXDO GH $JULFXOWXUD H GR 0LQLVWprio da Agricultura, PecuĂĄria e AbasWHFLPHQWR HP WRGDV DV UHJL}HV GR Estado, mostrou que as lagartas do complexo Heliothinae estĂŁo presentes HP WRGRV RV PXQLFtSLRV SRUpP HP SRSXODo}HV EDL[DV $VVLP D UHFRPHQGDomR QmR p QHQKXPD QRYLGDGH monitoramento constante e racionalidade no uso de inseticidas. IRGA

51


Pelos Nates

O que ĂŠ destaque nos NĂşcleos de AssistĂŞncia TĂŠcnica e ExtensĂŁo Rural Mostardas trabalha meses para abertura oficial da colheita Foto: Ranielli Carassai

O Irga cultiva uma lavoura na regiĂŁo especialmente para o evento

A

lavoura cultivada pelo Irga em Mostardas especialmente para D DEHUWXUD RĂ€FLDO GD FROKHLWD de arroz tem tudo para ser uma prova concreta da economia de ĂĄgua gerada com o uso de mangueiras de polietileno para irrigação, detalhada na pĂĄgina 24. A chefe do 34Âş Nate Mostardas, Melissa Terra GuimarĂŁes, conta que jĂĄ foi mensurada uma economia de cerca de 30% de ĂĄgua com o sistema. $ HTXLSH GR 1DWH MXQWR D SURĂ€VVLRnais da Prefeitura Municipal de Mostardas, do Sindicato Rural da cidade e da Federarroz, começou a trabalhar no preparo da ĂĄrea de 0,8 hectare do parque municipal em abril do ano passado, quando foi anunciado que a DEHUWXUD RĂ€FLDO RFRUUHULD QD FLGDGH O preparo da lavoura envolveu, entre RXWURV DPRVWUDJHP H HVWXGR GR SHUĂ€O do solo e recomendação de adubação. ´)L]HPRV DSOLFDomR GH FDOFiULR H GH composto orgânico, que melhora o Ă­nGLFH GH PDWpULD RUJkQLFD H FRUULJH S+ 52

Lavoura Arrozeira

TXH DTXL QD UHJLmR p EDL[RÂľ H[SOLFD Em 14 de setembro a lavoura foi semeada com a cultivar IRGA 424. 2 ,UJD Ă€FRX UHVSRQViYHO SRU montar para o evento da abertura da colheita a chamada vitrine tecnoOyJLFD TXH WDPEpP Ă€FD QR SDUTXH PXQLFLSDO 1R HVSDoR DOpP GR SUyprio instituto, outras nove empresas RX LQVWLWXLo}HV LUmR H[SRU R TXH WrP de mais recente para contribuir no cultivo e na colheita do arroz. Na ĂĄrea do Irga na vitrine, os visitantes poderĂŁo conhecer um modelo de lavoura para alta produtividade. LĂĄ, o arroz foi cultivado mais tarde que o comum, para que os produtores que visitarem o espaço possam ver o desenvolvimento da cultivar na fase GH Ă RUDomR 0HOLVVD H[SOLFD TXH R cultivo seguiu as seguintes premissas: inĂ­cio da irrigação com duas folhas, manejo e adubação de acordo com o indicado na anĂĄlise do solo, primeira aplicação de ureia no seco, densida-

de de semeadura de 100 quilos por KHFWDUH H PDQHMR GH LQYDVRUDV HP DWp no mĂĄximo quatro folhas. Na vitrine tecnolĂłgica do Irga tamEpP HVWDUi H[SRVWD XPD FROHomR GH amostras de cultivares do instituto: da ,5*$ DWp D 7RGDV HODV HVWDUmR na fase de desenvolvimento. Os produtores que visitarem o espaço poderĂŁo WLUDU G~YLGDV VREUH DV HVSHFLĂ€FLGDGHV GH FDGD XPD GHODV H SDUD TXH UHJL}HV sĂŁo mais indicadas. (QWUH DV GHPDLV LQVWLWXLo}HV FRP atuação ligada ao cultivo do arroz estĂĄ a Embrapa, que apresentarĂĄ aos participantes a variedade de arroz conhecida como arroz gigante. Trata-se de uma cultivar nĂŁo recomendada para uso humano, apenas para consumo de animais ou para produção de etanol. De acordo com Melissa, o ĂĄlcool produzido com esse arroz vem sendo usado em perfumaria, por exemplo. 2V SURĂ€VVLRQDLV GD UHJLRQDO GD PlanĂ­cie Costeira do Irga e da Estação Experimental em Cachoeirinha WDPEpP FRQWULEXtUDP QD RUJDQL]DomR GDV DWLYLGDGHV GD DEHUWXUD RĂ€FLDO GD colheita. As demais atividades do HYHQWR DFRQWHFHP QR 3DUTXH =p 7HUUD 0DFKDGR TXH Ă€FD MXQWR DR SDUTXH municipal. Entre elas estĂŁo diversas palestras, inclusive uma do presidente do Irga, Claudio Pereira. O 34Âş Nate de Mostardas pertence Ă Coordenadoria Regional PlanĂ­cie Costeira Externa e atende aos municĂ­pios 6mR -RVp GR 1RUWH H 7DYDUHV


Pelos Nates

AgrĂ´nomo do Irga ĂŠ homenageado em Caçapava do Sul Marques, que representou o presidente Claudio Pereira na solenidade que homenageou o engenheiro, destacou R TXDQWR p JUDWLĂ€FDQWH TXH WpFQLFRV WmR TXDOLĂ€FDGRV quanto Ferreira sejam reconhecidos pela sociedade onde estĂŁo inseridos. O 31Âş Nate Caçapava Go Sul integra a Coordenadoria Regional DepressĂŁo Central, atendendo aos municĂ­pios de Lavras do Sul, Pinheiro Machado, Piratini e Santana da Boa Vista.

Foto: Ben-Hur Corvelo

Natural de Santana da Boa Vista, o engenheiro agrônomo do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), João 3HGUR &DUYDOKR )HUUHLUD p GHVGH janeiro, Cidadão Caçapavano. O gaúcho recebeu o título como reconhecimento aos serviços prestados ao município. Ferreira se formou em 1981 e se especializou em Produção de Sementes e em Georreferenciamento de Imóveis Rurais. Desde 1985 ele trabalha no núcleo GR ,UJD HP &DoDSDYD H VHX WUDEDOKR p admirado pelos produtores da região. 2 FKHIH GH JDELQHWH GR LQVWLWXWR &pVDU

João Pedro Carvalho Ferreira recebeu o título de Cidadão Caçapavano

Itaqui realiza roteiro tÊcnico para profissionais da agricultura Foto: Divulgação

O evento visa Ă troca de experiĂŞncias O 19Âş Nate Itaqui promoveu em GH]HPEUR XP URWHLUR WpFQLFR SDUD SURĂ€VVLRQDLV GD DJULFXOWXUD 2 HYHQWR

DFRQWHFHX QD DJURSHFXiULD ÉJXDV Claras e teve a participação de 30 pessoas, entre engenheiros agrĂ´nomos H WpFQLFRV DJUtFRODV A engenheira agrĂ´noma Jacqueline Jacques, que trabalha neste Nate, explica que os encontros tĂŞm basicamente trĂŞs objetivos: promover a troFD GH H[SHULrQFLD HQWUH SURĂ€VVLRQDLV GD iUHD DSXUDU TXH WLSR GH GLĂ€FXOGDde ou de dĂşvidas os produtores tĂŞm QD ODYRXUD DOpP GH UHSDVVDU D HVWHV WpFQLFRV QRYDV WHFQRORJLDV GHVHQYROYLGDV SHOR ,UJD ´(VVD WURFD GH LQIRUPDo}HV p R PRGR TXH WHPRV GH ID]HU

transferĂŞncia de tecnologias que estĂŁo sendo executadas na Estação Experimental de Cachoeirinha, por exemplo. 1RVVR WUDEDOKR p OHYDQWDU SUREOHPDV da lavoura e passar aos pesquisadores de lĂĄâ€?, diz Jacqueline. Um dos principais temas discutidos neste encontro foi o uso da microcamalhoeira para cultivo da soja em ĂĄreas de vĂĄrzea, que começou a ser usada na regiĂŁo em 2012. 2 ž 1DWH GH ,WDTXL DWHQGH WDPEpP ao municĂ­pio de MaçambarĂĄ, e faz parte da Coordenaria Regional Fronteira Oeste.

Foto: Raquel Taschetto

BagĂŠ estimula consumo de arroz entre estudantes

Irga realizou a atividade na Expofeira

Para difundir ainda mais o consuPR GR DUUR] R 1DWH GH %DJp SURPRveu em novembro um encontro com alunos de escolas municipais e particulares. O evento, realizado durante a Expofeira que ocorre na cidade, teve como objetivo informar os estudantes sobre os benefĂ­cios do cereal Ă saĂşde. No lanche da tarde, os jovens provaram bolo de chocolate com farinha de

DUUR] H DUUR] GH OHLWH $OpP GLVVR RV estudantes levaram para casa os livros de receitas do Instituto Rio Grandense do Arroz, para que suas famílias tenham acesso a receitas variadas com o grão e a farinha de arroz. 2 ž 1DWH GH %DJp SHUWHQFH j Coordenadoria Regional Campanha H WDPEpP DWHQGH DRV PXQLFtSLR GH Aceguå, Candiota e Hulha Negra. IRGA

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Almanaque

Há 50 anos,

na Revista Lavoura Arrozeira Janeiro

Há 50 anos, aT ediçÜFT da revista traziaN o mapa de uma cidade produtora de arroz do Estado, como este

Fevereiro O artigo “A propaganda no arroz”, publicado em fevereiro de 1964 na Lavoura Arrozeira, mostra como o mercado orizícola gaúcho mudou em 50 anos. O texto do engenheiro agrônomo Paulo Annes Gonçalves começava com uma afirmação que hoje seria bastante questionada: “Para a produção rio-grandense não há necessidade de falar em propaganda de arroz”. O que mo-

ao lado e acima, publicado na edição de janeiro de 1964, que mostrava o município de Jaguarão. O formato e a forma como eles eram feitos, porém, logo vão ficar mesmo apenas na memória do Irga. Se àquela época os mapas eram feitos utilizando topografia clássica, aerofotogrametria e consultas às cartas do exército, hoje se conta com imagens obtidas via satélite (ao lado e abaixo), graças à parceria com a Conab, apresentada na página 32 desta edição. A tecnologia, aliada ao conhecimento técnico do Irga, torna possível ter uma dimensão precisa do andamento da lavoura. tivou o artigo foi a postura dos Estados Unidos durante uma feira internacional, onde distribuiu arroz pronto e um folheto que explicava seus benefícios. As diferenças de postura entre gaúchos e norte-americanos se justificavam: enquanto os EUA já exportavam 40% da produção de arroz, tudo que era produzido no RS era absorvido para consumo no país. Atualmente o cenário é outro. Desde 2012, por exemplo, o projeto Brazilian Rice se dedica a divulgar ao mundo a qualidade do arroz do Brasil.

Março A edição de março de 1964 da Lavoura Arrozeira trazia, a título de curiosidade, a foto de um equipamento que, pelo que se sabe, nunca chegou a ser usado para o plantio de arroz no Rio Grande do Sul. Tratava-se de uma máquina rebocada por trator que havia sido criada recentemente para instalar taipas de matéria 54

Lavoura Arrozeira

plástica em lavouras de arroz. Por aqui, as taipas sempre foram feitas com terra, como assegura o agrônomo regional aposentado do Irga, Selênio Simões de Oliveira, que atuou por 30 anos na instituição. A “Polydike”, como se chamava o equipamento, havia sido desenvolvida a partir de pesquisas feitas na Universidade da Califórnia.




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