O TEMPO BELO HORIZONTE, DOMINGO, 22/7/2012
GUIA DOS JOGOS OLÍMPICOS DE
LONDRES 2012
2 •Belo Horizonte, 22 de julho de 2012 • LONDRES 2012
4a6
7a9
10 a 19
Estrutura dos Jogos Olímpicos
Principais atletas
Esportes e o Brasil
20 a 21
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Representantes mineiros
Extremos
Curiosidades LEFTERIS PITARAKIS/AP
Impresso. A partir
de amanhã, O TEMPO terá um caderno especial para a cobertura dos Jogos de Londres. Teremos os jornalistas Cândido Henrique Silva e Chico Maia como enviados especiais. Com matérias in loco, acompanharemos a evolução do Brasil no quadro de medalhas.
COBERTURA
Tower Tower Bridge, Bridge, em em Londres, Londres, recebeu recebeu os os arcos arcos olímpicos olímpicos
Modelo. Do dia 23 ao dia 27
de julho, o caderno terá oito páginas. A partir do dia 28 até 14 de agosto, o leitor terá um caderno de 12 páginas para acompanhar as principais notícias e os destaques sobre os Jogos. Haverá espaço explicando as modalidades, projeções para as futuras edições das Olimpíadas e destaque para os atletas mineiros.
Portal. Quem quiser acompa-
nhar minuto a minuto tudo o que acontece nos Jogos Olímpicos, é só entrar no site www.superfc.com.br. Lá, pode-se saber em tempo real quais os brasileiros conquistaram medalhas olímpicas, além de buscar as principais notícias sobre os Jogos Olímpicos. Fique atento: há competições das 5h às 21h, no horário de Brasília.
Expediente Edição e reportagem Cândido Henrique Silva
Diagramação
Janaína Panicali Ilustrações e projeto gráfico Hélvio Avelar e Acir Piragibe Infografias e projeto gráfico Andrea Viana e Denver Oliveira Crédito da foto da capa AP Photo/Shaun Curry/POOL
LONDRES 2012 • Belo Horizonte, 22 de julho de 2012 • 3
‘Batalhas’ por glória e poder importante não é vencer, mas competir, e com dignidade”. O lema do barão de Pierre de Coubertin, pedagogo francês e pai dos Jogos Olímpicos modernos, está longe do conceito atual de esporte, mas próximo do que foi a primeira edição, disputada em 1896, em Atenas. “O mundo está cheio de pessoas que pensam que são melhores do que as outras, e as Olimpíadas existem para mostrar quem têm razão. Essa é uma definição de Olimpíadas. Existem muitas outras, desde as solenes até as mais cínicas”. O conceito, do escritor brasileiro Luís Fernando Veríssimo, que abre “Os Arquivos das Olimpíadas”, do jornalista Maurício Cardoso, resume bem o fim da aura ingênua que havia no nascimento dos Jogos. Nem o conceito de
“O
trégua de uma guerra, da Grécia Antiga, pode ser utilizado. Os Jogos da década de 1980 mostraram que não. Em Pequim, há quatro anos, a China abriu a sua cortina e deu o seu recado ao mundo através dos Jogos. A simetria na organização da edição de 2008 e as centenas de medalhas conquistadas nas competições indicaram a ambição dos chineses. Eles querem conquistar o mundo. Londres receberá a Olimpíada pela terceira vez. A primeira, em 1908, foi um prêmio pela sua importância. A segunda, 40 anos mais tarde, foi um auxílio da cidade ao espírito olímpico. Ainda sob destroços da Segunda Guerra Mundial, os britânicos mostraram seu poder de liderança. E qual recado Londres quer dar ao mundo com os Jogos de 2012? A Europa está em crise, empresas que poderiam financiar os
Jogos não toparam o risco, mas o governo britânico assumiu a responsabilidade e um gasto público de cerca de R$ 30 bilhões. Foi o recado de que podem superar a crise econômica. No campo da competição, os Estados Unidos tentam reafirmar a sua posição de principal potência mundial. Os cubanos investem o pouco que têm na formação de atletas para difundir a sua ideologia. E o Brasil? O país do futebol tenta ser conhecido por conta de outras virtudes. Em Londres, haverá 18 atletas brasileiros a menos que em Pequim, mas o nosso comitê olímpico garante que teremos mais finais. O país chega com seis campeões mundiais e a estimativa de repetir as 15 medalhas de quatro anos atrás. Além de chegar com o olhar de quem quer aprender para o Rio-2016.
Britney Reese, principal rival de Maurren Maggi, em ação nos EUA
CHARLIE RIEDEL/AP
Wenlock. O nome é uma homenagem à cidade de Much Wenlock, que sediava uma espécie de Jogos que inspiraram Coubertin. Ele tem as argolas olímpicas como pulseiras. LONDON2012.COM/DIVULGAÇÃO
Mandeville. Batizado com o nome
da cidade que recebeu os primeiros Jogos Paralímpicos, sua cabeça é como um capacete que leva as cores do movimento paralímpico.
4 •Belo Horizonte, 22 de julho de 2012 • LONDRES 2012 SANG TAN/AP
V ila Olímpica
A
quatics Centre
MATT DUNHAM/AP
Há 17.320 camas espalhadas pelos 2.818 apartamentos da Vila Olímpica para receber 10.600 atletas e outros 6.000 técnicos. Um salão de jogos com mesas de totó e de sinuca, videogames, discoteca e bar com telões será um dos pontos de azaração.
Após os Jogos, o local será usado por atletas de elite e escolas da comunidade. A estimativa é de 800 mil visitantes por ano. Sua capacidade atual (17.500) será reduzida.
Históriaencontra com a modernidade P ANTHONY CHARLTON/AP
ara receber os Jogos Olímpicos, a organização soube aliar o lado tradicional de Londres às inovações tecnológicas da sociedade moderna. Alguns dos lugares que vão receber as principais provas contam com histó-
ria secular marcada pela presença da realeza britânica. Enquanto o The Mall é passagem obrigatória da rainha durante seu aniversário, a casa do primeiro ministro será o “quintal” para as competições de vôlei de praia no Hampton Court Palace. A qualidade de alguns ginásios foi aprimorada por meio de sustentabilidade. Luzes naturais têm sua entrada facilitada, diminuindo a necessidade de luzes artificiais e maiores gastos. A água das chuvas, tão constantes, poderá ser reutilizada por meio de seu armazenamento instantâneo. A organização ainda deu exemplo, deixando vários locais que irão receber provas prontos com antecedência. A beleza natural de Londres promete dar um toque especial aos Jogos, motivando atletas e visitantes a se sentirem inspirados. (Daniel Ottoni)
O lympic Park Do seu complexo, fazem parte o Estádio Olímpico, o Velódromo e o Centro Aquático. Os 2,5 km quadrados, que eram de área industrial, foram transformados em um estádio de alto nível.
Sede das partidas de tênis e de um dos torneios mais importantes do mundo, foi inaugurado em 1922 e conta com 19 quadras de grama, seis quadras de saibro e cinco quadras cobertas. A quadra central recebeu teto retrátil há poucos anos.
W imbledon
ALASTAIR GRANT/AP
LONDRES 2012 • Belo Horizonte, 22 de julho de 2012 • 5 ALASTAIR GRANT/AP
O lympic Stadium
Nem todas as arenas são permanentes
Serão realizadas as competições de atletismo, além das cerimônias de abertura e encerramento. Sua capacidade, de 80 mil, será reduzida após os Jogos.
MATT DUNHAM/AP
A organização dos Jogos Olímpicos de Londres quer deixar de legado apenas aquelas instalações que serão utilizadas pela comunidade após o evento. Assim, há alguns lugares que serão demolidos após as disputas por medalhas, em 2012. Um caso emblemático é o da Basketball Arena. Ela fica no Olympic Park, mas, logo após os Jogos Paralímpicos, será desmontada. Toda a sua estrutura foi criada para ser transportada e montada em qualquer lugar do mundo. O comitê organizador dos Jogos do Rio de Janeiro recebeu a proposta de trazer para o Brasil essa arena. Em um primeiro momento, isso foi visto com bons olhos. Mas, depois, a organização abortou a ideia, por dificuldade de transportar a estrutura.
R oyal Artillery Barracks Receberá torneio de tiro. Sua área, de 18 mil metros quadrados, foi construída com material de PVC, que lhe dá um aspecto único. Sua construção aconteceu entre 2011 e 2012. O governo estuda possibilidade de utilização esportiva do local após os Jogos.
R efeitório
L ee Valley
MATT DUNHAM/AP
BEN BIRCHALL
Fica a 30 km do Parque Olímpico. Foi construído entre julho de 2009 e dezembro de 2010. Inaugurado em 2011, foi o único novo local de provas que o público pôde usar antes do início dos Jogos. Conta com dois percursos, um para competições de alto nível (300 m) e outro para treinamento (160 m).
Mais de 10 mil atletas se alimentarão na Vila Olímpica durante os Jogos Olímpicos. O refeitório ficará aberto 24 horas por dia e terá todo tipo de refeição. Desde as mais naturais até as guloseimas, como sorvetes e chocolates.
6 •Belo Horizonte, 22 de julho de 2012 • LONDRES 2012 ACERVO /COB
Atletas Atletas brasileiros brasileiros terão terão uma uma pista pista para para treinamentreinamento to exclusiva exclusiva em em Londres Londres
á quatro anos, em Pequim, 277 atletas representaram o Brasil nos Jogos. Em Londres, esse número caiu para 259, mas o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) aposta em um ganho qualitativo. O que isso quer dizer? A entidade quer conquistar mais do que cinco medalhas de ouro, número alcançado em Atenas-2004, e superar o total de 15 pódios da China. A aposta do COB para alcançar isso é oferecer uma estrutura exclusiva para os atletas brasileiros. Em Londres, pela primeira vez, a entidade alugou um centro de treinamento exclusivo para a sua delegação. Os representantes do país se prepararão até um dia antes dos Jogos no Crystal Palace, um tradicional clube inglês. Quem já esteve no centro de treinamento se impressionou. “Crystal Palace é um centro olímpico antigo, mas muito moderno. Mais da metade da aclimatação dos atletas vai acontecer aqui. Foi um achado para nós. Vários países de primeiro mundo tentaram, mas não conseguiram ficar aqui. Chegamos primeiro”, comentou Bernard Rajzman, chefe de missão do Time Brasil.
H
RENATO NETO/DIVULGAÇÃO
em Londres
O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) assinou uma parceria com a chefe Roberta Sudbrack para que ela cuide da cozinha do Crystal Palace durante os Jogos Olímpicos de Londres. Sudbrack foi chefe da cozinha do Palácio da Alvorada no governo de Fernando Henrique Cardoso e é dona de um restaurante no Rio de Janeiro escolhido como um dos cem melhores do mundo pela revista inglesa “Restaurant”. E o que Sudbrack está preparando para os atletas brasileiros? “Não se devem esperar as receitas servidas no restaurante, mas um cardápio para o dia a dia, enxuto e descontraído, que ofereça aos atletas pratos que privilegiem a qualidade dos produtos brasileiros e o frescor dos ingredientes, além de recompor as energias de que eles precisem”, comentou a chefe. A produção dos cardápios terá acompanhamento integral dos nutricionistas da delegação brasileira.
Nacozinha
Acasa brasileira
ACERVO /COB
Os nadadores brasileiros já fizeram aclimatação na piscina do Crystal Palace
LONDRES 2012 • Belo Horizonte, 22 de julho de 2012 • 7 ANDRES KUDACKI/AP
NA GRAMA SAGRADA
ANJA NIEDRINGHAUS/AP
ANJA NIEDRINGHAUS/AP
campeão do Australia Open. O espanhol Rafael Nadal levou o título de Roland Garros. E o suíço Roger Federer conquistou Wimbledon. Os campeões dos três Grand Slams deste ano voltam ao palco sagrado britânico nos Jogos com objetivos individuais, mas também de suas nações. A Olimpíada terá o privilégio de ter três das maiores rivalidades já acompanhadas no tênis.
Choque
de gigantes
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MARKUS SCHREIBER/AP
E os jamaicanos ficarão do lado de Usain Bolt, o mais rápido da história, ou de Yohan Blake, outro compatriota, que desmistificou a fama de imbatível do primeiro? E os chineses, que têm pelos menos uma dezena de duelos como esses?
GERO BRELOER/AP
COLLIN REID/AP
E
squeça os duelos quentes entre norte-americanos e soviéticos. A Guerra Fria acabou há duas décadas. Apesar de existir algum resquício dela no esporte, as disputas, atualmente, têm menos apelo nacional. Elas estão individualizadas e, nas melhores delas, colocam frente a frente atletas de um mesmo país. Para quem os norte-americanos vão torcer quando Ryan Lochte e Michael Phelps entrarem na piscina juntos? O primeiro venceu os principais duelos contra o segundo, que, em Pequim-2008, conquistou oito medalhas de ouro.
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Ícones. O sérvio Novak Djokovic é o atual
MICHAEL SOHN/AP
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O RÁPIDO HEMISFÉRIO SUL Velozes.
Uma nova rivalidade surgiu nas piscinas nos últimos dois anos. Cesar Cielo, que, em 2009, reinava nos 50 m e 100 m livre, ganhou a incômoda companhia do australiano James Magnussen entre os melhores. O brasileiro, campeão olímpico dos 50 m, continua favorito nessa distância. No entanto, o australiano teve os melhores tempos nos 100 m em 2011 e 2012. “Os brasileiros são melhores nos 50 m, mas os australianos dominam os 100 m”, disse o ex-nadador russo Alexander Popov.
REGGAE VELOZ MARK HUMPHREY/AP
imbatível que o mundo viu em Pequim-2008. O seu maior adversário é um compatriota. O norte-americano Ryan Lochte dominou as provas de 400 m medley de 2009 para cá e dividiu o posto de melhor com Phelps nos 200 m medley. Os dois fizeram duelos interessantes na seletiva norte-americana, com Lochte vencendo na distância mais longa. O único momento em que não estarão em disputa será nos revezamento de 800 m livre. Eles compõem o grupo mais forte.
SUOR X TALENTO
Diferenças. Michael Phelps não é mais aquele nadador
X
Referências. Em 2012, ninguém correu mais rápido do que o jamaicano Yohan Blake. Na seletiva de seu país para os Jogos, ele fez os 100 m em 9s75. Nem mesmo Usain Bolt, dono do recorde mundial (9s58), conseguiu pará-lo neste ano. Seu compatriota está aterrorizado com o jovem Blake, que também o derrotou nos 200 m da mesma seletiva. Bom para a Jamaica, que ainda tem Asafa Powell. DOMENICO STINELLIS/AP
8 •Belo Horizonte, 22 de julho de 2012 • LONDRES 2012
Vilã. Elena Isinbaeva promete fazer raiva na torcida brasileira. Ela é
a principal adversária de Fabiana Murer, campeã mundial no salto com vara. Depois de dois anos frustrantes em que se tratou de lesões e mudou de técnico, a russa teve uma resultado impressionante logo no começo da temporada. Em torneio indoor em Estocolmo, na Suécia, ela saltou 5,01 m. O máximo que Murer saltou foi 4,85 m.
MATT DUNHAM/AP
Blade Runner uando chorou pela primeira vez, o sul-africano Oscar Pistorius, 25, já tinha um desafio. Ele nasceu com ausência congênita da fíbula e, aos 11 meses de vida, teve que amputar metade de suas pernas. Sua família sabia que, a partir dali, ele tinha uma longa disputa pela frente: quebrar barreiras para crescer alegre. Na escola, o pequeno Pistorius disputava partidas de rúgbi, polo aquático e tênis. E a dedicação para o melhor resultado esteve sempre presente ao lado do sulafricano, que se destacava mesmo utilizando uma prótese. Em 2003, aos 16, ele quebrou um dos joelhos jogando rúgbi. Durante a recuperação, ele foi incentivado a correr com uma prótese especial. Gostou. Mais do que isso, superou os principais tempos paralímpicos sul-africanos. Pistorius foi levado aos Jogos Paralímpicos de Atenas, em 2004. Lá, ele conquistou o bronze nos 100 m rasos e o ouro nos 200 m para amputados de uma perna. Lembrese, o sul-africano é amputado em duas pernas. Não parou e, em Pequim, conquistou mais três ouros. Nas Paralimpíadas de Londres, que começam em 29 de agosto, defenderá todos os seus ouros. Mas essa não será a sua grande façanha no Reino Unido. Pistorius quebrou mais uma barreira. Na última seletiva de seu país para os Jogos, ele conseguiu se classificar para os Jogos Olímpicos de Londres. Sim. Ele será o primeiro atleta sem as duas pernas a competir com atletas “normais”. O sul-africano estará nas provas dos 400 m e no revezamento 4 x 400 m rasos. “Eu estou muito orgulhoso de todos os anos de trabalho duro, de determinação e sacrifício que todos tiveram juntos comigo”, destacou o sul-africano, emocionado. No Mundial de Daegu, no ano passado, ele disputou a competição regular e chegou às semis.
m 45s07
melhor marca de Pistorius nos 400 m. Em 2012, ele correu em 45s52, tempo que só um brasileiro superou no ano.
Apelido
Entenda. Pistorius é chamado de Blade Runner
Q
(lâmina corredora) pelos sul-africanos. É só ver as próteses do atleta para entender o apelido. Alguns atletas contestam Pistorius. Dizem que ele ganha vantagem na largada. Mas estudo diz que não.
ALIK KEPLICZ/AP
Referência. “Blade Runner” é o título de um filme pós-modernista dirigido por Ridley Scot e gravado em 1982, retratando um futuro sombrio para Los Angeles em 2019.
ANDREW BROWNBILL/AP
Oscar Pistorius é o primeiro amputado a correr os Jogos
Sir. O ciclista Chris Hoy é um ícone. O escocês conquistou três
medalhas de ouro em Pequim-2008. Um feito alcançado por um britânico pela última vez em 1908. Isso fez com que o atleta ganhasse da rainha Elizabeth o título de sir. Em Londres, o palco foi montado para que ele volte a brilhar. Chris tentará repetir os três ouros nas provas de velocidade, keirin e velocidade por equipe.
LONDRES 2012 • Belo Horizonte, 22 de julho de 2012 • 9 DOUG MILLS/THE NEW YORK TIMES
EUGENE HOSHIKO/AP
Renovado. Liu Xiang
Recuperação, afirmação e idolatria
deixou Pequim frustrado. Ídolo chinês, o atleta dos 110 m com barreiras não passou das eliminatórias por causa de uma lesão. Quatro anos depois, ele está voando, já igualou os 12s87 do recorde, mas o resultado não foi confirmado por causa do vento.
Escola. Os jamaicanos são os favoritos nas
Da casa. Os britânicos contam
com a medalha de ouro do velejador Ben Ainsile na classe Finn. Ele é o grande favorito à conquista. Bicampeão olímpico nessa categoria, ele já foi adversário de Robert Scheidt, levando a melhor em 2000 e a prata em 1996 na Laser.
MICHEL SPINGLER/AP
BERNAT ARMANGUE/AP
provas masculinas de velocidade. Usain Bolt, Yohan Blake e Asafa Powell são referência e candidatos até a um pódio triplo. A técnica e o potencial também são estendidos às jamaicanas. Shelly-Ann Fraser-Pryce é a principal candidata ao ouro nos 100 m rasos. Ela tem a norte-americana Carmelita Jeter como única rival à altura.
De quatro em quatro anos, atletas de todos os esporte se reúnem em uma cidade para verem quem são os melhores de cada modalidade. Com esse espírito, nasceram os Jogos Olímpicos. Até três décadas atrás, era o único momento em que esses atletas tinham contato com seus principais adversários. Hoje não é mais assim. O intercâmbio é maior, e os atletas competem mensalmente contra seus grandes rivais. Em Londres-2012, o que teremos serão atletas buscando afirmação, recuperação ou ampliação de sua idolatria. Quem foi bem nos últimos quatro anos quer provar que dominou o ciclo. Quem fracassou entra para mostrar que não está fracassado. E quem tem dinheiro e fama quer mais dinheiro e reconhecimento.
Retorno. Há 84 anos que
a seleção masculina de futebol do Uruguai não disputa os Jogos que deram origem ao seu apelido, Celeste Olímpica. Donos de dois ouros no evento, os uruguaios têm Luis Suárez, que pode ser um dos vilões da busca brasileira. ALAN DIAZ/AP
RICARDO MAZALAN/AP
Dream Team. LeBron James ilustra o favoritismo dos Estados Unidos no basquete nos Jogos Olímpicos pois foi o destaque do Miami Heat no título da NBA. Outros grande jogadores poderiam representar esse time, com destaque para Kobe Bryant.
Imbatível?
O judoca francês Teddy Riner, 23, não perde uma luta na categoria acima dos 100 kg há quatro anos. O último revés aconteceu nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, quando, com 19 anos, ele ficou com a medalha de bronze. É um gigante, campeão mundial por cinco vezes.
10 •Belo Horizonte, 22 de julho de 2012 • LONDRES 2012
TRIATLO
ATLETISMO
PENTATLO MODERNO
DESTAQUE
Fabiana Murer
110
72
De 2009 a 2011, a brasileira sempre ficou com a segunda melhor marca dos anos. A norte-americana Jennifer Suhr e a russa Elena Isinbaeva foram as únicas a superá-la.
triatletas nos Jogos
atletas nos Jogos
4,85 m
Superação
Solitária
melhor marca de Murer
Três brasileiros estão classificados no triatlo: Reinaldo Colucci, Diogo Sclebin e Pâmella Oliveira. Nenhum está cotado para ficar entre os dez primeiros colocados, apesar do sonho de estar entre eles. E o que buscam em Londres? Superação e experiência.
Yane Marques pratica o pentatlo moderno, um esporte “cinco em um”. E, em Londres, essa pernambucana não quer ser mais uma entre as 36 classificadas. A única representante do Brasil na modalidade tem bons resultados em competições internacionais.
5m
meta para Londres
5,06 m
recorde mundial, de Isinbaeva
Superação em um esporte que coloca o atleta no limite nas provas de natação, ciclismo e corrida nesta ordem, parece ser redundante, mas não é. Sclebin, que mora em Belo Horizonte, tem uma meta, mas precisa mais do que treino para alcançá-la.
A prata pan-americana em Guadalajara e o bronze na última Superfinal da Copa Mundo não fazem com que Yane sonhe. ”Eu confesso que não estou buscando posições grandes em Londres, não. Estou treinando muito, mas sei das dificuldades”, comentou.
Medalhas do Brasil ESPORTE
“Meu objetivo é terminar entre os dez primeiros. Sei que é difícil, mas é o que eu quero”, comentou o triatleta, que ficou no 14º lugar na etapa mexicana da última Copa do Mundo.
TOTAL
Atletismo
4
3
7
No entanto, há quem acredite em surpresas. A brasileira é ótima na esgrima e, no fim de junho, conquistou o ouro no respeitado Aberto da França aproveitando o fundamento.
14
Salto de qualidade
1
5
UE AQ ST DE
UE AQ ST DE
Fabiana Murer não é mais conhecida por ser a atleta que perdeu uma das varas em Pequim-2008. Quatro anos depois do incidente, a brasileira tem novo status. No ano passado, em Daegu, na Coreia do Sul, ela se tornou campeã mundial no salto com vara, desbancando a russa Elena Isinbaeva, atual campeã olímpica. O título e as marcas regulares no atual ciclo olímpico a credenciam ao ouro. Após um início de ajustes, Murer já tem a melhor marca outdoor (4,77 m) em 2012. A fase é boa, mas ela quer mais. “A meta é atingir os 5 m. “Sei que, com esse salto, vou conseguir pódio”, disse. Com essa marca, ela pode abalar Isinbaeva, que saltou 5,01 m no indoor em 2012.
Outros destaques
DIOGO SCLEBIN
YANE MARQUES
Campeão sul-americano de triatlo é carioca, mas mora em Belo Horizonte
Em 2011, ela não foi bem. Mas, para 2012, os resultados são animadores
2
Medalhas do Brasil ESPORTE
Triatlo
TOTAL
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0
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3
4
MAURREN MAGGI
MARÍLSON DOS SANTOS
JONATHAN SILVA
Campeã olímpica no salto em distância, ela chega em baixa, mas a evolução no último ano anima.
Se há um maratonista que pode ameaçar os africanos, é o brasileiro, bicampeão da maratona de Nova York.
Tem a sétima marca do ano, com 17,39 m. Aos 21 anos, prepara-se para Rio-2016.
Medalhas do Brasil ESPORTE
TOTAL
Pentatlo Moderno
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1 - CBTRI/DIVULGAÇÃO - 2 - DIVULGAÇÃO - 3 - DIVULGAÇÃO - 4 - DIVULGAÇÃO - 5 - DIVULGAÇÃO
QUA
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Atletismo Triatlo Pentatlo moderno
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TER
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11
DOM
12
LONDRES 2012 • Belo Horizonte, 22 de julho de 2012 • 11
HANDEBOL
BASQUETE
TÊNIS
DESTAQUE
Nenê
5º
172
O central do Washington Wizards teve atritos com a confederação, mas aceitou a convocação de Magnano
lugar
ficou a seleção no Mundial, disputado em São Paulo, em 2011
atletas disputarão dos torneiros de tênis
“ A geração do basquete masculino está muito mais forte, e a do feminino está patinando porque esperou acabar uma geração para começar outra.
Novo status A quinta colocação no Mundial, no ano passado, anima a seleção brasileira feminina de handebol. Desde a chegada do dinamarquês Morten Soubak, as meninas venceram adversárias, antes, insuperáveis. França, Rússia, Croácia e Suécia já foram derrotadas.
Frutos da terra Três dos quatro representantes do tênis brasileiro em Londres são mineiros. André Sá, Marcelo Melo e Bruno Soares foram formados nas categorias de base do Minas. Coincidência? Para Roberto Carvalhais, o Neneco, chefe do departamento de tênis do clube, não. “Foi uma geração muito boa que surgiu por aqui. Todos têm qualidades e histórico de privação para estarem onde estão”, comentou o dirigente.
“
MAGIC PAULA EX-JOGADORA DE BASQUETE
Além da experiência de Soubak, há também o ganho técnico das atletas. A armadora Duda Amorim, por exemplo, foi vice-campeã europeia de handebol em maio deste ano. Além disso, quase metade da equipe convocada atua pelo Hypo, da Áustria.
Bruno e Marcelo jogarão as duplas em Wimbledon, palco de que gostam. “Em Londres, vai juntar o fato de estar em mais uma Olimpíada com o lugar, que eu acho impressionante. Vai ser uma emoção diferente”, comentou Marcelo. André Sá será parceiro de Thomaz Bellucci, único brasileiro na disputa do torneio de simples.
Medalhas do Brasil ESPORTE
Os resultados alcançados por esses intercâmbios fazem com que o técnico coloque uma meta ousada. “Vamos em busca de uma medalha. Estamos trabalhando muito duro para isso”, disse.
TOTAL
Basquete
0
1
4
5
Retorno e recuo
1
5
UE AQ ST DE
UE AQ ST DE
Há 16 anos, a seleção masculina de basquete não disputa uma Olimpíada. Há 48, não conquista uma medalha. O primeiro dos tabus foi batido com o vice na Copa América, em 2011. Para alcançar o segundo, o técnico Rubén Magnano superou os constantes “nãos” de Leandrinho e Nenê, abriu a seleção para eles e convocou um time com força total. “Não vamos para Londres para passear. Primeiro, queremos fazer uma ótima primeira fase para evitar confrontos complicados”, comentou Tiago Splitter, que, assim como Leandrinho, Nenê e Varejão, joga na NBA. Enquanto os homens buscam, as mulheres, também classificadas, tiveram uma preparação preocupante, com derrota grande para a Austrália (102 a 58).
Outros destaques
DUDA
MARCELO MELO
A armadora do Györi Audieto KC, da Hungria, é uma das referência da seleção brasileira
Formado na base do Minas, joga bem na grama, como a de Wimbledon
2
Medalhas do Brasil ESPORTE
Handebol
TOTAL
0
0
0
0
3
4
KOBE BRYANT
PAU GASOL
MANU GINÓBILI
O norte-americano é um dos melhores jogadores da história e liderará os favoritos, EUA.
Maior jogador da história do basquete espanhol, lidera o principal rival brasileiro na primeira fase.
Foi decisivo para o ouro em 2004 e, mesmo aos 34, continua importante para a Argentina.
Medalhas do Brasil ESPORTE
TOTAL
Tênis
0
0
0
0
1 - KEVIN FRAYER/AP - 2 - DIVULGAÇÃO - 3 - DIVULGAÇÃO - 4 - DIVULGAÇÃO - 5 - JOÃO PIRES/VIPCOMM
QUA
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Basquete Handebol Tênis
QUI
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SEX
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DOM
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TER
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QUA
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TER
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SEX
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DOM
12
12 •Belo Horizonte, 22 de julho de 2012 • LONDRES 2012
HÓQUEI SOBRE GRAMA
FUTEBOL
POLO AQUÁTICO
DESTAQUE
Neymar
1
9
O atacante do Santos é o mais badalado dos Jogos, que, normalmente, têm um futebol esvaziado.
final disputou a Argentina, mas ficou com a prata, em 2000
ouros tem a Hungria só no polo aquático masculino
20 anos tem Neymar
19 jogos pela seleção
Leoas argentinas
Preço alto
9 gols
A Argentina chega a Londres cotada para conquistar apenas uma medalha. O futebol não se classificou. O basquete masculino tem uma seleção envelhecida. A esperança de glória está depositada nas mulheres do hóquei sobre a grama, esporte muito difundido nos nossos vizinhos do sul.
O polo aquático é mais uma modalidade que não terá uma seleção brasileira. O último ciclo olímpico foi de reformulação para a seleção masculina, a única que tinha alguma chance de disputar os Jogos. Depois do Mundial de 2009, quando ficou em 13º, o time sofreu uma grande reformulação, que custou uma boa colocação no Pan 2011 e uma vaga olímpica.
com a camisa amarela
As argentinas são as atuais campeãs mundiais e têm a melhor atleta da modalidade: Luciana Aymar. Ela é uma espécie de Messi do hóquei (apesar de os resultados quase a colocarem com status de Maradona). É tão importante para o esporte argentino que ela será a porta-bandeiras do país.
A competição pode estar morna para os brasileiros, mas sempre tem disputas muito quentes. Na masculina, as seleções do Leste Europeu são referência. Fiquem de olho em Hungria e Croácia, que intensificaram a rivalidade na última década. Na feminina, EUA e China fazem o grande duelo. Uma síntese de força e técnica que marcará as delegações.
Medalhas do Brasil ESPORTE
TOTAL
Futebol
E o Brasil? Bom, ainda está engatinhando. E goleadas são rotina. Verá tudo pela televisão, tentando aprender.
0
4
2
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Uma obsessão
1
5
UE AQ ST DE
UE AQ ST DE
Cinco Copas do Mundo, três Copas das Confederações, oito Copas América. Esses são alguns dos vários troféus da seleção brasileira masculina de futebol. No entanto, falta uma conquista: a Olimpíada. Pelé diz que o Brasil ainda não tem o título porque ele nunca atuou em Jogos Olímpicos. Em uma época em que o COI não aceitava profissionais, o Rei do Futebol já ganhava muito dinheiro com o esporte, fazendo gols. O país perdeu a sua grande chance. Quando tinha os jovens Romário e Bebeto, a turma do Leste Europeu tinha marmanjos “fabricados pela medalha”. Fenômeno parou nos africanos. E Neymar? Alguém pode parar o craque do Santos nos Jogos? Ele é a aposta.
Outros destaques
LUCIANA AYMAR
FELIPE PERRONE
É um ícone do esporte argentino e tentará o primeiro ouro olímpico no hóquei
é brasileiro, jogou o Pan de 2003 pelo seu país de origem, mas, hoje, defende a Espanha
2
Medalhas do Brasil ESPORTE
Hóquei sobre grama
TOTAL
0
0
0
0
3
4
MARTA
GIGGS
SUÁREZ
A atacante da seleção feminina também busca o ouro inédito para o Brasil.
Aos 38 anos, ele será o grande nome da seleção britânica. Galês, teve poucas oportunidades em seleção.
O atacante uruguaio será uma atração à parte nos Jogos, assim como sua seleção, que volta após 84 anos.
Medalhas do Brasil ESPORTE
TOTAL
Polo Aquático
0
0
0
0
1 - SILVIA IZQUIERDO/AP - 2 - DIVULGAÇÃO - 3 - DIVULGAÇÃO - 4 - DIVULGAÇÃO - 5 - SATIRO SODRÉ/DIVULGAÇÃO CBDA
QUA
25
Futebol Hóquei (sobre grama) Pólo Aquático
QUI
26
SEX
27
SAB
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DOM
29
SEG
30
TER
31
QUA
1
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2
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3
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DOM
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SEG
6
TER
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QUA
8
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9
SEX
10
SAB
11
DOM
12
LONDRES 2012 • Belo Horizonte, 22 de julho de 2012 • 13
TAEKWONDO
JUDÔ
LUTAS
128
5
DESTAQUE
atletas, apenas dois são brasileiros
brasileiros já se classificaram para a luta livre na história
Leandro Guilheiro Já bateu na trave duas vezes, conquistando dois bronzes. Agora, ele se prepara para o ouro
Duas feras
Bronze
Das oito categorias do taekwondo em disputa em Londres, o Brasil terá representantes em apenas duas. No entanto, são dois lutadores com bagagem e, principalmente, ambição.
Em Pequim-2008, Joice Silva era sparring de Rosângela Conceição. Ela ganhou quase 20 kg para poder treinar de igual para igual com participante dos Jogos. Daquele período, ficou o desejo de um dia representar o Brasil.
em Atenas, na categoria até 73 kg (2004)
Bronze
Diogo Silva compete na categoria até 68 kg, em que é sétimo no ranking. Depois de não conseguir a vaga para Pequim-2008, ele se concentrou na voltar ao Jogos para buscar a medalha que escapou em Atenas-2004. Ele chegou à disputa do bronze, mas perdeu. A única medalha do taekwondo brasileiro foi o bronze conquistado por Natália Falavigna, que está de volta aos Jogos em Londres, na categoria acima de 67 kg. Depois de um ciclo cheio de lesões, ela conseguiu a vaga olímpica na última chance e chega confiante.
Única
em Pequim, na categoria até 73 kg (2008)
Quatro anos depois, Joice Silva está em Londres para a disputa da luta livre, categoria até 55 kg. Ela é a única representante do Brasil na categoria. No discurso, a ambição de alguém que conseguiu driblar a falta de estrutura.
Prata
no Mundial de Tóquio, na categoria até 81 kg (2010)
Medalhas do Brasil ESPORTE
TOTAL
Judô
2
3
10
15
“Me dediquei muito nesses anos todos. Fiz o que podia fazer e mais um pouco, comprei uma bicicleta, pedalava em casa. Minha parte, eu fiz, e isso me dá segurança, penso que agora posso ganhar uma medalha olímpica”, comentou.
País de quimono
1
5
UE AQ ST DE
UE AQ ST DE
Quantos brasileiros têm condição de subir ao pódio no judô em Londres? Levando em consideração o ranking da Federação Internacional de Judô (IJF, sigla em inglês), são dez. Esse é o número de judocas do país no top 10. Agora, quantos vão conquistar uma medalha nos Jogos? Essa é uma pergunta que os técnicos não gostam de responder. Rosicléia Campos, técnica da seleção feminina, tem seis atletas entre as favoritas. Mayra Aguiar é a líder do ranking na categoria até 78 kg. Mesmo assim, não há palpites. “Voltaremos com medalhas. Temos uma grande geração ”, comentou. Entre os homens, há quatro bem-colocados. O nome mais próximo do ouro é Leandro Guilheiro, segundo no ranking até 81 kg.
Outros destaques
NATÁLIA FALAVIGNA
JOICE SILVA
“Eu tenho meus sonhos, mas eles ficam comigo. O que quero é trabalhar e lutar da melhor forma”
Ela começou a lutar jiu-jítsu, mas um professor a iniciou na luta livre
2
Medalhas do Brasil ESPORTE
Taekwondo
TOTAL
0
0
1
1
3
4
MAYRA AGUIAR
RAFAEL SILVA
SARAH MENEZES
Fenômeno do judô feminino. Aos 20 anos, tem resultados para buscar o ouro
Terá o temido Teddy Riner pela frente, mas tem resultados para chegar à medalha
Terceira no ranking até 48 kg, não será surpresa vê-la com o ouro olímpico
Medalhas do Brasil ESPORTE
TOTAL
Lutas
0
0
0
0
1 - DAVID GUTTENFELDER/AP - 2 - DIVULGAÇÃO - 3 - DIVULGAÇÃO - 4 - DIVULGAÇÃO - 5 - DIVULGAÇÃO
QUA
25
Judô Taekwondo Lutas
QUI
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DOM
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31
QUA
1
QUI
2
SEX
3
SAB
4
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SEG
6
TER
7
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8
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9
SEX
10
SAB
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DOM
12
14 •Belo Horizonte, 22 de julho de 2012 • LONDRES 2012
ESGRIMA
BOXE
LEVANTAMENTO DE PESO
212
2
DESTAQUE
Everton Lopes
competidores disputam os Jogos
brasileiros; a outra é Jaqueline Ferreira
Campeão mundial na categoria até 64 kg, ele é a grande esperança brasileira
1 ouro
conquistado no Mundial em Baku
Experiência A esgrima é um exemplo de esporte que conseguiu crescer no país, mesmo que timidamente, com o apoio de patrocinadores e parceiros no último ciclo olímpico. Três esgrimistas brasileiros estão classificados para os Jogos.
Ainda maior De um ano para o outro, Fernando Reis ganhou 40 kg, e seu médico não se desesperou. Ele é halterofilista, e o ganho de peso fez parte de uma mudança de categoria no levantamento. Desde que o cubano Luiz Lopéz virou seu técnico, ele deixou de competir com atletas de até 105 kg e passou a duelar com os mais pesados.
1 prata
conquistada no Pan do Rio
1 bronze
O experiente Renzo Agresta, no sabre, vai para a sua terceira Olimpíada, e Athos Schwantes, na espada, e Guilherme Toldo, no florete, estreiam nos Jogos. A intenção é chegar às oitavas de final, o que já seria histórico.
conquistado no Pan de Guadalajara
“A escolha foi acertada. Antes, eu tinha muito problema com a balança”, comentou Reis, que acorda e já come um prato com arroz, feijão, batata, carne, ovo e tudo o que possa imaginar. “É importante sempre mandar muitas calorias para dentro”, destacou.
Medalhas do Brasil
Esse apoio, no entanto, ainda não deu fruto entre as mulheres, que não terão representantes na modalidade.
ESPORTE
TOTAL
Boxe
As medalhas, no masculino, não devem sair da Europa. Já entre as mulheres, a disputa ficará entre europeias e asiáticas.
0
0
1
1
Hoje, ele tem 140 kg e a meta de ficar entre os seis em Londres. No Rio-2016, ele quer pesar mais de 150 kg e conquistar uma medalha.
Mantra campeão
1
5
UE AQ ST DE
UE AQ ST DE
Em dois minutos de conversa com o pugilista Yamaguchi Falcão, a palavra “medalha” foi citada nove vezes. Um mantra compartilhado pelos outros nove pugilistas brasileiros que estarão em Londres. Servílio de Oliveira, na Cidade do México-1968, com um bronze, foi o único brasileiro a subir a um pódio. Para 2012, todos apostam em todos, mas Everton Lopes e Esquiva Falcão, irmão de Yamaguchi, são quem estão em alta. Lopes é campeão mundial na categoria até 64 kg. “Os golpes são os mesmo, mas a velocidade é maior”, comentou o campeão em Baku. Esquiva foi bronze no mesmo torneio na categoria até 75 kg. “Um Falcão vai brilhar, se não forem dois”, destacou.
Outros destaques
RENZO AGRESTA
FERNANDO REIS
Aos 27 anos, o esgrimista vai para a sua terceira Olimpíada
Atleta do Pinheiros-SP, ele também competiu por uma universidade nos EUA
2
Medalhas do Brasil ESPORTE
Esgrima
TOTAL
0
0
0
0
3
4
ESQUIVA FALCÃO
MYKE CARVALHO
ROSELI FEITOSA
Foi bronze em Baku 2011 e tem potencial para chegar forte
É o mais experiente da turma e vai para a sua terceira Olimpíada
Foi campeã mundial de boxe em 2010, mas 2011 foi turbulento para ela
Medalhas do Brasil ESPORTE
TOTAL
Levamento de peso
0
0
0
0
1 - WASHINGTON ALVES/COB/DIVULGAÇÃO - 2 - DIVULGAÇÃO - 3 - DIVULGAÇÃO - 4 - DIVULGAÇÃO - 5 - ARNULFO FRANCO/AP
QUA
25
Boxe Esgrima Levantamento de peso
QUI
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1
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DOM
12
LONDRES 2012 • Belo Horizonte, 22 de julho de 2012 • 15
SALTOS ORNAMENTAIS
NATAÇÃO
NADO SINCRONIZADO
11
6
medalhas conquistaram os chineses em 2008, 7 de ouro
medalhas estarão em jogo
DESTAQUE
Cesar Cielo
Já tem dono
Poder russo
É o único nadador brasileiro campeão olímpico. Ele, ao lado de Popov, venceu o Mundial e a Olimpíada em sequência.
Em Pequim-2008, a China conquistou sete dos oito ouros colocados em disputa nos saltos ornamentais. Apenas o australiano Matthew Mitcham conseguiu superar um dono da casa na plataforma de 10 m. A prata ficou com o chinês Luxin Zhou.
Nas últimas três edições dos Jogos Olímpicos, as medalhas de ouro no dueto e nas equipes foram para as russas. Um fenômeno. Em Londres, não poderia ser diferente. As atletas da Rússia continuam favoritas ao primeiro lugar do pódio, ainda mais com as ausências das norte-americanas no torneio por equipe.
1 ouro
Quatro anos depois, em Londres, os chineses continuam favoritíssimos, e a aposta é que abocanhem todas as oito medalhas. Ruolin Chen, no feminino, e Chong He, no masculino, são os principais nomes nesse esporte.
nos 50 m
As chinesas serão as rivais que tentarão assustar as russas. Elas estão em evolução e são as candidatas às duas pratas. A Espanha corre por fora. A russa Anastasia Davydova, eleita a melhor da década, é o destaque.
1 bronze nos 100 m
Medalhas do Brasil
2 títulos
E os brasileiros? Hugo Parisi, na plataforma, Cesar Castro e Juliana Veloso, ambos no trampolim de 3 m, são veteranos em Olimpíada e vão para mais uma aprender a simetria dos chineses. É impossível superá-los.
ESPORTE
mundiais nos 50 m
TOTAL
Natação
1
3
7
O Brasil terá representantes no dueto. Lara Teixeira e Nayara Figueira ficarão felizes se chegarem à final, o que é complicado.
11
Nos braços de Cielo
1
5
UE AQ ST DE
UE AQ ST DE
Brasil e Austrália duelarão pela medalhas nas provas mais rápidas da natação. Cesar Cielo, campeão olímpico e mundial dos 50 m livre, liderará os brasileiros, enquanto os australianos terão em James Magnussen o seu porto seguro nos 100 m livre. E quem vai ganhar? Cielo tem um caminho. “Os australianos são favoritos nos 100m, e os brasileiros, nos 50 m”, comentou o nadador que, no ano passado, teve seu nome manchado ao seu flagrado no doping. Cielo foi perdoado, mas já não é uma unanimidade na natação. Outro brasileiro que pode se destacar nessas provas mais rápidas é Bruno Fratus. Ele tem o quinto melhor tempo do ano (21s70). Cielo é o dono do recorde de 2012, com 21s38.
Outros destaques
HUGO PARISI
ANASTASIA DAVYDOVA
No último ciclo olímpico, ele fez intercâmbio com mexicanos e quer ficar entre os dez primeiros nos Jogos
2
Medalhas do Brasil ESPORTE
Saltos ornamentais
TOTAL
0
0
0
0
3
Ela tem 19 borboletas pelo corpo e é a melhor na categoria
4
BRUNO FRATUS
THIAGO PEREIRA
FELIPE FRANÇA
Ao lado de Cielo, ele consegue bons resultados e pode surpreender
Estará concentrado nos 200 m medley, prova em que teve o terceiro tempo em 2011
Especialista nos 50 m peito, ele treina para poder buscar pódio nos 100 m. Será difícil!
Medalhas do Brasil ESPORTE
TOTAL
Nado sincronizado
0
0
0
0
1 - WILFREDO LEE/AP - 2 - DIVULGAÇÃO - 3 - DIVULGAÇÃO - 4 - DIVULGAÇÃO - 5 - DIVULGAÇÃO
QUA
25
Natação Saltos ornamentais Nado sincronizado
QUI
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DOM
12
16 •Belo Horizonte, 22 de julho de 2012 • LONDRES 2012
VÔLEI DE PRAIA
VÔLEI
BADMINTON
DESTAQUE
Murilo
9
11
O meio-de-rede já foi considerado o melhor jogador do mundo e é peça fundamental no Brasil
medalhas conquistou o vôlei de praia
ouros tem a China no esporte
O vôlei brasileiro tem:
3 ouros
Donos da praia
2 pratas
Poder oriental
Os brasileiros chegam a Londres-2012 com a chance de abocanhar quatro das seis medalhas em disputa. Todas as duplas (duas masculinas e duas femininas) são apontadas como candidatas às semifinais, com destaque para Juliana e Larissa e Alison e Emanuel.
2 bronzes
Das cinco medalhas de ouro em disputa, a China quer conquistar todas! Em Pequim-2008, ela quase conseguiu isso, levando três para casa, com uma ficando com a Coreia do Sul e outra com a Indonésia. Como se vê, os orientais são quem dominam esse esporte, tanto que não há espaço para um brasileiro sequer na competição. Em Londres, das 15 medalhas em disputa, o plano chinês é abocanhar, pelo menos, dez delas. Muita pretensão? Não para quem tem 11 dos 24 ouros da história desse esporte. O grande nome é Lin Dan, que está entre os dez primeiros do ranking há uma década. Além disso, ele é campeão mundial e olímpico da categoria.
As mulheres têm como adversárias as chinesas Xue C e Zhang X, que chegaram à final da última Olimpíada e ficaram com a medalha de prata. Já os homens têm os norte-americanos Rogers e Dalhausser como rivais mais destacados para o ouro. O Brasil é um dos grandes campeões do vôlei de praia olímpico, com dois ouros, cinco pratas e dois bronzes. Em Londres, eles querem qualificar ainda mais esse retrospecto. 1
Medalhas do Brasil ESPORTE
TOTAL
Vôlei
3
2
2
7
Favoritismo abalado
2
UE AQ ST DE
UE AQ ST DE
Em Pequim-2008, as seleções brasileiras feminina e masculina de vôlei chegaram à final. As mulheres levaram o ouro, e os homens ficaram com a prata. Quatro anos depois, o favoritismo alcançado por chegar constantemente às decisões está abalado. Na última Copa do Mundo, as meninas não ficaram entre as três melhores colocadas e tiveram que disputar o fraco pré-olímpico sul-americano. Já os homens se garantiram ao ficar em terceiro na Copa do Mundo, mas a eliminação antes das semifinais da Liga Mundial mostra que o poder não é o mesmo. No feminino, os Estados Unidos são os favoritos. No masculino, a Polônia vem com força. “Será uma Olimpíada muito equilibrada”, disse Bernardinho.
Outros destaques
EMANUEL
YU YANG
Ao lado de Ricardo, ele foi campeão olímpico em Atenas-2004
Depois de duas medalhas em Pequim, ela se concentra na dupla mista em Londres POLÔNIA (MASCULINA)
Medalhas do Brasil ESPORTE
Vôlei de praia
5
2
9
ESTADOS UNIDOS (FEMININA)
Campeã da Copa do Mundo, ela está no grupo do Brasil, ao lado de EUA, Alemanha, Sérvia e Tunísia
Campeã da Liga Mundial, a seleção descobriu como parar o Brasil
TOTAL
2
RÚSSIA (MASCULINA)
Medalhas do Brasil
Campeãs do Grand Prix, as norte-americanas têm um dos grupos mais fortes
ESPORTE
TOTAL
Badminton
0
0
0
0
1 - FIVB - 2 - DIVULGAÇÃO
QUA
25
Vôlei Vôlei de praia Badminton
QUI
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DOM
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DOM
12
LONDRES 2012 • Belo Horizonte, 22 de julho de 2012 • 17
CICLISMO
GINÁSTICA
TÊNIS DE MESA
DESTAQUE
Zanetti Aos 22 anos, é o único brasileiro bem-cotado para conquistar medalha na ginástica
9
brasileiros classificados para a modalidade
6
brasileiros classificados para a modalidade
3
ouros em etapa da Copa do Mundo em 2012
1
Nas montanhas
Made in China
prata no Mundial 2011
Nas trilhas do Sul de Minas, o ciclista Rubinho Donizete treina para a competição de mountain bike nos Jogos Olímpicos. Em sua bicicleta, há um bilhete sempre a vista com os seguintes dizeres: “Londres. Top 10”. Esse é o objetivo desse mineiro de São Pedro da União, mas que mora em Guaxupé.
Pela primeira vez, o Brasil enviará uma equipe completa no tênis de mesa para uma edição dos Jogos Olímpicos. Aos 43 anos, Hugo Hoyama é o líder desse grupo, que tem uma grande novidade: a chinesa, naturalizada brasileira, Gui Lin.
1º
colocação no ranking mundial
“Sei que é difícil, mas quero ficar entre os dez primeiro colocados. Treino todo dia mais de 140 km para estar bem-preparado para isso”, comentou o mineiro, que treina em Guaxupé acompanhando a esposa, funcionária pública na cidade.
Aos 18 anos, ela vive no Brasil desde os 12, quando chegou para fazer intercâmbio cultural. Aqui, ela conheceu Hoyama, que a convenceu a morar no país para desenvolver o esporte e, seis anos depois, mesmo sem participar de grandes torneios, foi convocada para os Jogos.
Medalhas do Brasil
Além de Rubinho, outros oito ciclistas estão classificados para os Jogos Olímpicos, seis nas provas de estrada e dois no BMX. É o recorde de brasileiros em uma edição dos Jogos.
ESPORTE
As chances de o Brasil conquistar medalha são poucas, para não dizer nulas. A China tem os principais candidatos ao ouro em todas as quatro disputas (individuais e por equipe).
TOTAL
Ginásticas
0
0
0
0
A hora deles
1
5
UE AQ ST DE
UE AQ ST DE
Enquanto a seleção feminina de ginástica artística bate cabeça, a masculina se concentra atrás de um grande objetivo: a primeira medalha da modalidade para o Brasil. E quem tem a chance de alcançar esse feito é Arthur Zanetti. Vice-campeão nas argolas em Tóquio, no ano passado, Zanetti é o líder do ranking mundial nesse aparelho. “Lógico que eu quero uma medalha e eu acho que dá, sim, para conseguir uma de ouro. Estou focado nisso”, destaca o brasileiro. O principal rival de Zanetti é o chinês Chen Yibing, atual campeão mundial. O grego Eleftherios Petrounias é outro que pode ameaçar o brasileiro, assim como o chinês Yan Mingyong.
Outros destaques
MURILO FISHER
GUI LIN
Aos 33 anos, é o atleta mais experiente da equipe brasileira em Londres. Disputa a prova de estrada.
Aos 18 anos, chegou à seleção brasileira após decisão polêmica da confederação
2
Medalhas do Brasil ESPORTE
Ciclismo
TOTAL
0
0
0
0
3
4
DANIELE HYPÓLITO
DIEGO HYPOLITO
DAIANE DOS SANTOS
Aos 27 anos, tem experiência, mas os últimos resultados não a credenciam ao pódio
Está entre os cinco melhores no solo e pode surpreender
Aos 29 anos, ela vai para a sua última Olimpíada, mas sem chance de medalha
Medalhas do Brasil ESPORTE
TOTAL
Tênis de mesa
0
0
0
0
1 - MARCOS ANDRÉ PINTO/COB/DIVULGAÇÃO - 2 - DIVULGAÇÃO - 3 - DIVULGAÇÃO - 4 - DIVULGAÇÃO - 5 - CBTM/DIVULGAÇÃO
QUA 25
Ginásticas Ciclismo Tênis de mesa
QUI
26
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TER
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DOM
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DOM
12
18 •Belo Horizonte, 22 de julho de 2012 • LONDRES 2012
REMO
VELA
CANOAGEM
4
16 DESTAQUE
brasileiros estão classificados
ouros estão em disputa no esporte
Robert Scheidt Qualquer que seja a medalha conquistada, ele já igualaria o feito de Torben Grael, velejador e maior atleta olímpico brasileiro.
Sem favoritismo Fabiana Beltrame é campeã mundial de remo na categoria skiff simples leve. Isso, no entanto, não torna a brasileira candidata a medalha olímpica em Londres.
Juventude A média de idade da equipe brasileira de canoagem que vai a Londres é de 19 anos. Baixa, para um esporte cujos atletas têm o ápice com 26 anos. A mais jovem é Ana Sátila, que está classificada na canoagem slalom. Aos 16 anos, ela desbancou atletas experientes dos Estados Unidos e do Canadá no Pré-Olímpico, em Foz do Iguaçu, e se garantiu nos Jogos. “Ela é muito forte e dedicada. Em um primeiro momento, ela vai para ganhar experiência. Quem sabe, no Rio, ela possa disputar as primeiras colocações”, projetou o italiano Ettore Ivaldi, técnico de Sátila. Os outros dois jovens são Erlon Silva e Ronílson Oliveira, ambos com 21 anos. Eles competem na canoagem de velocidade.
2 ouros na Laser
1 prata
Sua classe não é disputada, assim, Beltrame teve que se unir a Luana Bartholo para poder estar nos Jogos. Britânicas, australianas e polonesas são as favoritas na prova, deixando as brasileiras felizes se chegarem à semifinal.
na Laser
1 prata na Star
“Fabiana é muito tranquila, muito ponderada na hora de me passar a experiência dela”, disse Bartholo.
Medalhas do Brasil ESPORTE
Outra atleta da terra é Kissya Cataldo, que está classificada para o skiff simples. “Se chegar a final B, estarei muito feliz. Só competi com minhas principais adversárias neste ano”, comentou a atleta.
TOTAL
Vela
6
3
7
16
Rei dos mares
1
5
UE AQ ST DE
UE AQ ST DE
Robert Scheidt chega a Londres com a chance de se tornar o maior atleta olímpico do Brasil. Com duas medalhas de ouro na classe Laser, hoje, ao lado de Bruno Prada, ele está na Star e tem resultados que o animam na busca pela terceira conquista. Em 2011 e 2012, a dupla foi campeã mundial. Há quatro anos, em Pequim, ela ficou com a prata, inesperada, já que a parceria era, ainda, muito recente. “Lutamos muito para estar em Londres, passamos por muita coisa, mas acho que estamos em um excelente momento em nossas carreiras. Vocês podem esperar o maior empenho possível”, destacou Scheidt. A questão é que eles terão rivais duros. Os britânicos Percy e Simpson querem vencer em casa.
Outros destaques
FABIANA BELTRAME
ANA SÁTILA
Campeã mundial no skiff simples leve, ele tem uma companheira pela primeira após muito tempo.
2
Medalhas do Brasil ESPORTE
Remo
TOTAL
0
0
0
0
3
Aos 16 anos, ela disputa os Jogos Olímpicos para ganhar experiência e fazer bonito no Rio
4
RICARDO WINICKI
FERNANDA OLIVEIRA
BRUNO FONTES
Tem bons resultados no Pan na RS:X, mas não figura entre os dez melhores do mundo.
Bronze em Pequim, agora ela é a companhia de Ana Barbachan na classe 470. As chances são remotas
Disputa a classe Laser, mas não tem condição de manter o nível de Scheidt
Medalhas do Brasil ESPORTE
TOTAL
Canoagem
0
0
0
0
1 - DARKO BANDIC/AP - 2 - DIVULGAÇÃO - 3 - DIVULGAÇÃO - 4 - DIVULGAÇÃO - 5 - DIVULGAÇÃO
QUA
25
Vela Remo Canoagem
QUI
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DOM
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SEG
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1
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2
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12
LONDRES 2012 • Belo Horizonte, 22 de julho de 2012 • 19
TIRO COM ARCO
HIPISMO
TIRO
128
2
DESTAQUE
atletas disputam o tiro com arco
atletas brasileiros classificados para a modalidade
Luiza Almeida É conhecida também por ser filha do empresário Manuel Tavares de Almeida, dono do banco Luso Brasileiro e da cachaça Velho Barreiro
Mais tempo No ano passado, Daniel Xavier mudou-se de Belo Horizonte para Campinas. Ele abdicou de sua carreira de médico veterinário para se dedicar exclusivamente ao tiro com arco. “Hoje, eu sou um arqueiro profissional. Um sonho que sempre tive e meu principal projeto de vida no momento”, destacou.
Retorno Depois de duas décadas, o Brasil terá uma representante no tiro esportivo feminino. Ana Luiza Ferrão foi a primeira atleta do país a conquistar a vaga para Londres ao ser campeã do Campeonato das América de Tiro, em 2010, no Rio de Janeiro, na pistola 25 m.
20 anos é sua idade
15 anos
ela tinha quando foi ao Pan 2007
Um ano depois de conquistar a vaga, ela alcançou o ouro na mesma categoria no Pan. Isso, no entanto, não a torna candidata a medalha, que provavelmente ficará entre europeias e chinesas.
16 anos
esteve em Pequim
A dedicação exclusiva ao esporte já rendeu frutos. Ele será o representante brasileiro nos Jogos Olímpicos de Londres. A vaga veio depois da nona colocação na etapa de Ogden, nos Estados Unidos, na Copa do Mundo.
Medalhas do Brasil ESPORTE
“Esse torneio mostrou do que eu sou capaz. Fiquei feliz com o resultado, que me faz pensar em chegar entre os dez melhores em Londres”, comentou Daniel.
“O meu sonho seria já estar em uma final olímpica. Disputar a decisão com as oito melhores sempre é uma emoção”, comentou a atleta, que disputou uma maratona de torneios em 2012. O outro brasileiro nos Jogos é Felipe Fuzaro, na fossa olímpica double.
TOTAL
Hipismo
1
0
2
3
Já vencedora
1
5
UE AQ ST DE
UE AQ ST DE
Antes mesmo de competir em Londres, a amazona Luiza Almeida ganhou uma disputa nos tribunais. A dominicana Yvonne Losos de Muniz questionava a vaga conquistada pela brasileira e queria o seu lugar nos Jogos Olímpicos. A sua rival alegava que Luiza foi favorecida por muitos eventos classificatórios no Brasil, com árbitros brasileiros e com pouco tempo hábil para se inscrever. Os tribunais do esporte não entenderam assim, e a amazona brasileira está garantida. “Estou aliviada e muito feliz pela decisão da Corte Arbitral do Esporte ser favorável ao Brasil. Nunca tive dúvidas sobre a conquista da vaga olímpica, mas essa situação criou um clima que, de alguma forma, nos deixou tensos”, disse a atleta.
Outros destaques
DANIEL XAVIER
ANA LUIZA FERRÃO
belo-horizontino, ele foi revelado na escolinha de tiro com arco do Mineirinho
2
3
RODRIGO PESSOA
Medalhas do Brasil ESPORTE
Tiro com arco
TOTAL
0
0
0
0
Campeão olímpico em Atenas-2004, e será o porta-bandeira do país em Londres
foi a primeira atleta a se classificar aos Jogos
4
LUIZ FRANCISCO DE AZEVEDO
SERGUEI FOFANOFF
Medalhas do Brasil
Experiente cavaleiro brasileiro disputa o Concurso Completo de Equitação
Atletas mais jovem do salto do país
ESPORTE
TOTAL
Tiro
1
1
1
3
1 - ALISSON GONTIJO - 2 - DIVULGAÇÃO - 3 - DIVULGAÇÃO - 4 - DIVULGAÇÃO - 5 - DIVULGAÇÃO
QUA
25
Hipismo Tiro Tiro com arco
QUI
26
SEX
27
SAB
28
DOM
29
SEG
30
TER
31
QUA
1
QUI
2
SEX
3
SAB
4
DOM
5
SEG
6
TER
7
QUA
8
QUI
9
SEX
10
SAB
11
DOM
12
20 •Belo Horizonte, 22 de julho de 2012 • LONDRES 2012 MISHA JAPARIDZE/AP
Tênis. Marcelo Melo (e)
e Bruno Soares (d) são de Belo Horizonte e se conhecem desde meninos. Ao lado de André Sá, eles são os mineiros que representam o tênis do Estado nos Jogos Olímpicos. Em Wimbledon, neste ano, Melo chegou às quartas de final na disputa de duplas, com o croata Dodig.
Umtimede
ual o esporte mais praticado pelos mineiros? A delegação brasileira que vai aos Jogos Olímpicos de Londres pode ser um bom caminho para responder essa pergunta. Dos 259 brasileiros classificados para a Olimpíada, 18 eram mineiros garantidos. Isso representa um pou-
Adenízia, Fabiana e Sheilla. Natação e atletismo têm dois representantes nascidos nas alterosas cada. E tiro com arco, basquete, remo e ciclismo terão um mineiro em competição em Londres. Dos representantes do Estados, os que jogam vôlei e futebol são os que têm chance de conquistar medalha.
LUIZ PIRES / VIPCOMM
Q
co menos de 7% desse universo. Os atletas estão distribuídos em nove esportes. O futebol é a modalidade com mais representantes: quatro. Três dos quatro tenistas do país classificado para os Jogos são do Estado. No vôlei masculino, não há representantes nascidos no Estado. No feminino, no entanto, há três:
LÉO BARRILARI/AE
Mineiros
Vôlei. Natural de São Pau-
mineiro de nascença, mas cresceu como atleta por aqui. Candango, está no Minas Tênis desde 2000. Já foi campeão mundial, mas teve um ciclo com muitas lesões.
ALISSON GONTIJO
WANDER ROBERTO / VIPCOMM
Futebol. Natural
de Riachinho, o volante Sandro nunca jogou por clubes de Minas Gerais. Foi, ainda menino, para o Inter. De lá, marchou para o Tottenham e é figura fácil na seleção.
Vôlei. Fabiana
é natural da capital mineira e foi revelada pelo Minas Tênis. A meio de rede participou da campanha de ouro em Pequim-2008 e é um dos destaques do atual time brasileiro.
RAFAEL RIBEIRO / CBF
Neto começou a jogar nas categorias de base do Cruzeiro, mas se destacou como goleiro do Atlético-PR. Atualmente, ele joga pela Fiorentina e será reserva em Londres.
Jonathan Henrique Silva é uma das surpresas do atletismo brasileiro. Natural de Varginha, ele treina há quatro anos em São Paulo com Nélio Moura, principal conhecedor de saltos do país. Pode surpreender.
Judô. Luciano Corrêa não é
LUIZ PIRES/VIPCOMM
Futebol. O goleiro
Salto triplo.
RAFAEL RIBEIRO / CBF
RAFAEL RIBEIRO / CBF
lo,Wallacefoiparaaseleçãobrasileira por conta de suas boas atuações no Sada Cruzeiro, campeão daSuperliga.Éumdospoucosque se destacaram na Liga Mundial.
Tiro com arco.
Daniel Xavier é belo-horizontino. Formado em medicina veterinária, abdicou da profissão para se dedicar exclusivamente ao tiro com arco. Deu certo. Vai à primeira Olimpíada.
Futebol. O zagueiro Juan, 21, é outro exemplo de mineiro que não passou por times da capital. Natural de BH, ele jogou no Internacional, de Porto Alegre, até o fim do ano passado e se transferiu para a Inter de Milão.
LONDRES 2012 • Belo Horizonte, 22 de julho de 2012 • 21
Natação. Formado no Minas, Nicolas Oli-
veira disputará as provas de 100 m livres e o 4 x 100 m livre. Uma medalha no revezamento é um sonho que pode ser concretizado.
O judoca Luciano Corrêa nasceu no Distrito Federal, mas vive em Belo Horizonte desde 2000, quando se tornou atleta do Minas Tênis. Campeão mundial na categoria até 100 kg no Rio de Janeiro, em 2007, ele chegou como um dos favoritos a Pequim-2008, mas saiu sem medalha. Quatro anos depois, ele teve um ciclo olímpico conturbado e cheio de lesões. Mas conseguiu a classificação. “Agora, chego menos visado. Estou muito confiante”, comentou o judoca.
TASSO MARCELO/AE
LEO FONTES
ERALDO SCHNAIDER/VIPCOMM
FABIO PIVA/YES SPORTS
‘Adotado’ tenta sua reabilitação
WANDER ROBERTO / VIPCOMM
LEO LARA
Vôlei.
Campeã olímpica em 2008, Sheilla é peça importante do técnico José Roberto para buscar o bi. Pode ser o ponto de equilíbrio de uma seleção que busca estabilidade.
Tênis.
Aos 35 anos, o belo-horizontino André Sá vai para a sua terceira Olimpíada. “Jogar em alto nível com essa idade já é um grande prêmio”, disse Neneco, quem o revelou, no Minas.
Basquete.
Em Barcelona-92, seu pai deixou de ir aos Jogos Olímpicos para ver seu nascimento. Depois de 20 anos, Raulzinho representa a família no retorno do basquete brasileiro.
Futebol. Maratona.
Natural de Sete Lagoas, Franck Caldeira se destacou por se ouro no Pan do Rio. Só estar nos Jogos de Londres, é uma conquista. Medalha é difícil.
Ciclismo.
Mineiro de São Pedro da União, Rubens Donizete é o único representante brasileiro no mountain bike. Em Londres, ele pretende ficar entre os dez melhores do mundo.
Danilo foi revelado pelas categorias de base do América. Depois de boa passagem pelo Santos, joga, hoje, no PortoPOR e é um dos principais atletas da seleção olímpica.
RAFAEL RIBEIRO / CBF
22 •Belo Horizonte, 22 de julho de 2012 • LONDRES 2012
EXTREMOS OLÍMPICOS
MAIS VELHO Serguei Fofanoff
A Olimpíada é um evento que reúne atletas de várias modalidades esportivas. Cada qual com a sua característica física. É possível ver gordinhos campeões, baixinhos voadores, além de gigantes ágeis. Selecionamos os extremos da delegação brasileira. O mais baixo e o mais alto. O mais novo e o mais velho. O mais pesado e o mais leve. São dados que explicam as modalidades e também mostram quando chegaram os investimentos.
HIPISMO
43 anos
MAIS NOVO Ana Sátila CANOAGEM
MAIS PESADO
16 anos
Rafael Silva JUDÔ
146 kg
Ânderson Varejão BASQUETE
2,11 m
Leandro Vissoto VÔLEI
2,11 m
MAIS ALTOS Nenê Hilário BASQUETE
2,11 m
MAIS LEVE E BAIXA Daiane dos Santos GINÁSTICA
41 kg 1,44 m
LONDRES 2012 • Belo Horizonte, 22 de julho de 2012 • 23
REPRODUÇÃO
Embusca
da 100ª medalha OLIMPÍADA
POSIÇÃO
1920
Antuérpia
1
1
1
3
15º
1948
Londres
-
-
1
1
37º
1952
Helsinque
1
-
2
3
24º
1956
Melbourne
1
-
-
1
24º
1960
Roma
-
-
2
2
39º
1964
Tóquio
-
-
1
1
35º
1968
C. do México
-
1
2
3
35º
1972
Munique
-
-
2
2
41º
1976
Montreal
-
-
2
2
36º
1980
Moscou
2
-
2
4
17º
1984
Los Angeles
1
5
2
8
19º
1988
Seul
1
2
3
6
24º
1992
Barcelona
2
1
-
3
25º
1996
Atlanta
3
3
9
15
25º
2000
Sydney
-
6
6
12
52º
2004
Atenas
5
2
3
10
16º
2008
Pequim
3
4
8
15
22º
20
25
46
91
TOTAL
Início. A primeira medalha de ouro brasileira foi conquistada pelo tenente Guilherme Paraense (foto), na pistola rápida. Ele ainda ganhou bronze por equipe na pistola livre.
Ícone. Adhemar Ferreira foi o primeiro bicampeão do Brasil no salto triplo em 1952 e 1956. WANDER ROBERTO/COB/DIVULGAÇÃO
S
ó em Pequim-2008, os Estados Unidos conquistaram 110 medalhas, sendo 36 de ouro. Mais do que o Brasil em toda a sua história. Em Londres-2012, a delegação brasileira tentará quebrar a marca de cem medalhas. Até o momento, tem 91. Segundo estudo do “USA Today”, jornal norte-americano, o Brasil irá superar a marca. A estimativa é que o Brasil conquiste 15 medalhas, o mesmo número de quatro anos atrás, mas com mais qualidade. Seriam seis ouros, contra três na Olimpíada da China. Cesar Cielo, Fabiana Murer, Everton Lopes, Robert Scheidt e Bruno Prada, Juliana e Larissa e a seleção de vôlei masculina são as apostas da publicação para o ouro.
Os maiores.
Ao lado de Adhemar, estão os bicampeões olímpicos Torben Grael (foto) e Robert Scheidt, ambos da vela. Em Londres, o último pode se tornar o único brasileiro tricampeão.
Países que passaram a marca das cem medalhas 1. Estados Unidos. 2.297 2. Grã-Bretanha. 716 3. França. 679 4. Alemanha. 528 5. Itália. 521 6. Suécia. 475 7. Hungria. 460 8. Austrália. 428 9. China. 385 10. Japão. 360 11. Rússia. 317 12. Romênia. 292 13. Finlândia. 287 14. Polônia. 261 15. Canadá. 260 16. Holanda. 246 17. Coreia do Sul. 215 18. Bulgária. 212 19. Cuba. 194 20. Suíça. 181 21. Dinamarca. 171 22. Noruega. 140 23. Bélgica. 139 24. Espanha. 113