ITFG/ Estudo Preliminar - Planejamento Estratégico: Cidade em Transformação. Brodowski.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: CIDADE EM TRANSFORMAÇÃO

Leandro Antonio Destido Orientadora: Dr.a Vera Lúcia Blat Migliorini

RIBEIRÃO PRETO 2020


CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: CIDADE EM TRANSFORMAÇÃO

Relatório Técnico de Desenvolvimento do Trabalho Final de Curso apresentado ao Centro Universitário Barão de Mauá como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Orientadora: Dr.a Vera Lúcia Blat Migliorini

RIBEIRÃO PRETO 2020


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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todos que acreditam que a mudança vale a pena e que sua participação é transformadora.


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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus que, diante da fé, me ajudou em todos os momentos. À minha mãe e aos meus irmãos que tanto me orgulho e que sempre se preocuparam com cada passo que dei

e

que

estiveram do

meu

lado me

transmitindo segurança. Aos meus colegas de sala e professores que durante todos esses anos me ajudaram a evoluir com muita troca, em especial à minha orientadora Dr.a Vera Lúcia Blat Migliorini que me fez apaixonar pelo urbanismo e me fez sentir ser capaz de transformar. E também quero agradecer a mim por não desistir e ter sido forte durante essa caminhada.


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EPIGRAFE

“Uma cidade é muito mais que um modelo de planejamento, é muito mais do que um instrumento de política econômica, é muito mais do que um núcleo de polarização social. A alma de uma cidade, a força vital que a faz respirar, progredir, existir – reside em cada um dos seus cidadãos, em cada homem que nela aplica e nela esgota o sentido de sua vida.” Jaime Lerner


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SUMÁRIO DEDICATÓRIA ...................................................................................................... 1 AGRADECIMENTOS ............................................................................................. 2 EPIGRAFE ............................................................................................................. 3 Sumário.................................................................................................................. 4 Lista de tabelas ...................................................................................................... 7 Lista de Figuras ..................................................................................................... 8 Introdução ............................................................................................................ 11 Contexto da investigação....................................................................... 11 Objetivos gerais ..................................................................................... 11 Objetivos específicos ............................................................................. 12 Justificativa ............................................................................................ 13 Procedimentos metodológicos gerais .................................................... 14 O problema do projeto..................................................................... 14 Procedimentos metodológicos ........................................................ 16 Organização do caderno........................................................................ 18 2

Contexto Teórico Referencial ....................................................................... 20 Contextualização do Objeto ................................................................... 20 Contexto Histórico do Objeto .......................................................... 20 Contexto atual do Município ............................................................ 22 Contextualização do Tema .................................................................... 25 Planejamento Estratégico ............................................................... 25 Cidades mais criativas .................................................................... 30

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Dinâmicas e Leitura do Objeto ..................................................................... 34 Relações do município de Brodowski .................................................... 34 O município e relação regional ........................................................ 34 Espaços Urbanos ............................................................................ 37


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Hierarquia Viária ............................................................................. 39 Uso do Solo..................................................................................... 42 Ocupação do Solo........................................................................... 43 Infraestrutura ................................................................................... 45 Equipamentos Urbanos ................................................................... 47 Análise do Plano Diretor Estratégico de Brodowski ........................ 50 Dados Gerais do Objeto ........................................................................ 56 Pirâmide Etária................................................................................ 56 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) .................. 57 4

Referência Projetual ..................................................................................... 58 Ficha Técnica do PDE de São Paulo ..................................................... 58 Estrutura do PDE de São Paulo ............................................................ 59 Os três elementos referenciais .............................................................. 60 Plano Ilustrado ................................................................................ 61 Participação Ativa da Sociedade..................................................... 62 Identidade Cultural .......................................................................... 64 O conceito que justifica sua utilização como referência .................. 65

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O Planejamento Estratégico para Brodowski ............................................... 66 Pesquisa e Participação ........................................................................ 66 Temas Prioritários e Objetivos ............................................................... 79 Análise Interna e Externa....................................................................... 80 Matriz F.O.F.A ....................................................................................... 81 Geração de Cenário .............................................................................. 85 Temas Críticos ................................................................................ 85 Cenário de Futuro mais provável .................................................... 87 Visão Estratégica ............................................................................ 88

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Considerações Finais ................................................................................... 89


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Referências Bibliográficas ............................................................................ 90

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Anexos ......................................................................................................... 92


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LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Temas Prioritรกrios e Objetivos ................................................... 79 Tabela 2 - Categorias dos temas prioritรกrios .............................................. 80


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LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Evolução da mancha urbana em Brodowski ........................................ 23 Figura 2 - Localização de Brodowski no estado de São Paulo e na RMRP. (Emplasa, 2019) ........................................................................................................ 35 Figura 3 - Inserção Regional do Município com vizinhos com relação de dependência. (Destido, et al., 2019 p. 3). .................................................................. 36 Figura 4 - Demarcação dos espaços inutilizados e espaços de lazer ativos em Brodowski. (Destido, et al., 2019 p. 8) ....................................................................... 38 Figura 5 - Classificação da hierarquia viária de Brodowski. (Destido, et al., 2019 p. 9). .............................................................................................................................. 40 Figura 6 - Uso do solo de Brodowski. (Destido, et al., 2019 p. 12). ..................... 43 Figura 7 - Ocupação do solo em Brodowski. (Destido, et al., 2019 p. 13) ........... 44 Figura 8 - Divisão em setores do abastecimento e infraestrutura em Brodowski. (IBGE, 2010) ............................................................................................................. 46 Figura 9 - Legenda referente à figura anterior - Infraestrutura por Setor. (IBGE, 2010) ......................................................................................................................... 47 Figura 10 - Equipamentos urbanos em Brodowski. (Destido, et al., 2019 p. 13). 48 Figura 11 - Legenda da imagem anterior que se refere aos equipamentos urbanos. (Destido, et al., 2019 p. 13). ...................................................................................... 49 Figura 12 - Macrozoneamento em setores no município de Brodowski. (Destido, et al., 2019 p. 6). ........................................................................................................... 51 Figura 13 - Setor de microzoneamento cultural. (Destido, et al., 2019 p. 6). ....... 52 Figura 14 - Mapa de Zonas Especiais do município de Brodowski. (Destido, et al., 2019). ........................................................................................................................ 55 Figura 15 - Pirâmide Etária feita pelo IBGE em 2010 sobre o Município de Brodowski. (IBGE, 2010) ........................................................................................... 56 Figura 16 - IDHM de Brodowski. (IBGE, 2010). ................................................... 57 Figura 17 - Capa do texto de lei ilustrado do Plano Diretor Estratégico de São Paulo. (Secretaria de Desenvolvimento Urbano de São Paulo, et al., 2014 p. 1) ..... 59 Figura 18 - Estratégias do Plano Diretor de São Paulo. (Secretaria de Desenvolvimento Urbano de São Paulo, et al., 2014 p. 4) ........................................ 60


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Figura 19 - Exemplo de uso das ilustrações no Plano Diretor Estratégico de São Paulo - Texto de lei ilustrado. (Secretaria de Desenvolvimento Urbano de São Paulo, et al., 2014 pp. 63-64) ............................................................................................... 61 Figura 20 - Curta metragem explicativo do PDE e São Paulo. (Unloop Filmes, 2015). ........................................................................................................................ 62 Figura 21 - Reuniões e audiências públicas sobre discussões para o PDE de São Paulo. (Secretaria de Urb e Licenciamento de São Paulo, 2014) ............................. 63 Figura 22 - Estratégias culturais do Plano Diretor de São Paulo. (Secretaria de Desenvolvimento Urbano de São Paulo, et al., 2014 p. 59). ..................................... 64 Figura 23 - Gráficos referentes ao perfil dos respondentes da pesquisa com moradores de Brodowski 1/7. (Destido, et al., 2019 p. 22). ....................................... 67 Figura 24 - Gráficos referente ao perfil dos respondentes da pesquisa com moradores de Brodowski 2/7. (Destido, et al., 2019 p. 22). ....................................... 68 Figura 25 - Gráficos referente às respostas da pesquisa com moradores de Brodowski 3/7. (Destido, et al., 2019 pp. 22-23)........................................................ 69 Figura 26 - Gráficos referente as respostas da pesquisa com moradores de Brodowski 4/7. (PNUD, 2010 p. 23). ......................................................................... 70 Figura 27 - Gráficos referente as respostas da pesquisa com moradores de Brodowski 5/7. (Destido, et al., 2019 pp. 23-24)........................................................ 71 Figura 28 - Gráficos referente as respostas da pesquisa com moradores de Brodowski 6/7. (Destido, et al., 2019 p. 24). .............................................................. 72 Figura 29 - Gráficos referente as respostas da pesquisa com moradores de Brodowski 7/7. (Destido, et al., 2019 p. 24). .............................................................. 73 Figura 30 - Bairros divididos em regiões. (Destido, et al., 2019 p. 17). ................ 74 Figura 31 - Bairros mais e menos populosos segundo a pesquisa. (Destido, et al., 2019 p. 20). ............................................................................................................... 75 Figura 32 - Perfil do indivíduo a partir da pesquisa. (Destido, et al., 2019 p. 18). 76 Figura 33 - Fluxo pendular interno de acordo com o perfil das respostas. (Destido, et al., 2019 p. 19). ..................................................................................................... 77 Figura 34 - Bairros que recebem mais fluxo de pessoas. (Destido, et al., 2019). 78 Figura 35 - Matriz fofa sobre Equipamentos. (Destido, et al., 2019 p. 40). .......... 81 Figura 36 - Matriz Fofa sobre Uso e Ocupação do Solo. (Destido, et al., 2019 p. 41). ............................................................................................................................ 82 Figura 37 - Matriz Fofa de Mobilidade. (Destido, et al., 2019 p. 42). ................... 82


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Figura 38 - Matriz Fofa sobre a Dinâmica de Lazer e Cultura. (Destido, et al., 2019 p. 43). ........................................................................................................................ 83 Figura 39 - Matriz Fofa sobre a Gestão Pública. (Destido, et al., 2019 p. 44)...... 83 Figura 40 - Matriz Fofa sobre Infraestrutura. (Destido, et al., 2019 p. 45). ........... 84 Figura 41 - Matriz Fofa sobre Aspectos Socioeconômicos. (Destido, et al., 2019 p. 46). ............................................................................................................................ 84 Figura 42 - Gráfico para identificação dos temas críticos adaptado em 13 de junho de 2020. (Destido, et al., 2019 p. 49). ....................................................................... 86 Figura 43 - Quadro de temas críticos adaptado em 13 de junho de 2020. (Destido, et al., 2019 p. 50). ..................................................................................................... 87


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INTRODUÇÃO

Contexto da investigação Levado por duas vertentes, o contexto desta investigação parte desde o referencial histórico do objeto até a situação atual e também é pautado pela construção de um planejamento estratégico voltado a uma cidade criativa e humana. Brodowski é o objeto de estudo, que de maneira resumida apresenta-se como um município que carrega um grande potencial turístico que deve ser criativamente explorado, assim como seus outros aspectos gerais. A cidade é privilegiada em diversos aspectos como o clima, geografia e porte, porém não consegue valorizar suas riquezas. Assim, procurando delinear algumas estratégicas que potencializem seus pontos fortes, a elaboração deste trabalho se direciona para a construção de um planejamento estratégico concebido a partir do envolvimento de seus habitantes e usuários. Falando sobre sua origem, é discorrido um pouco de sua história até os dias atuais, quando a cidade já é classificada como um Município de Interesse Turístico. Contemplando sua trajetória, este trabalho também se preocupa com suas condições atuais, por isso passa por uma seção que esclarece as decisões e circunstâncias que o município carrega no presente, com apontamentos sobre a gestão política, econômica e social e a dificuldade de equilíbrio entre as partes. A contextualização do tema se baseia em conceitos básicos de planejamento estratégico e cidades criativas, construindo um cenário de entendimento mínimo sobre as duas soluções que resultam no objetivo desta pesquisa. Ao mencionar o planejamento estratégico, este tem o cuidado de mostrar seus benefícios e suas fragilidades, pontuando de acordo com as referências teóricas seu posicionamento diante da construção de um plano justo e democrático. No momento de contextualização sobre cidades criativas, busca-se o protagonismo do indivíduo como promissor dessas ideias, conceituando também sobre criatividade e como ela pode ser melhor aproveitada, gerando bons retornos à sociedade. Objetivos gerais O desdobramento deste trabalho final de graduação pretende resultar em diretrizes para a criação de um Plano Estratégico através de uma perspectiva voltada para uma cidade humana, que explore a economia criativa dentro do município de Brodowski, e


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que posteriormente possa se tornar um documento capaz de nortear e servir de auxílio referencial para o desenvolvimento do município em questão, podendo também servir de exemplo para outros municípios que apresentam características comuns.

Objetivos específicos Este trabalho tem por finalidade enaltecer as qualidades e potencialidades que Brodowski cultiva, indicando caminhos para o seu ordenamento territorial, tendo em vista as necessidades de uma cidade humana e criativa, que contribua para a solução da visível segregação social existente. Neste contexto, podem-se elencar os seguintes objetivos específicos: Criar um portfólio quantitativo e qualitativo das condições atuais do município; Elaborar um repertório capaz de produzir discussões de cunho social, ambiental, econômico e cultural que possibilite visualizar os potenciais que demandam mais investimentos e ameaças que precisam ser amenizadas; Através dos diagnósticos levantados pela matriz F.O.F.A.

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. traçar

estratégias e possíveis soluções para as problemáticas e qualificar as potencialidades expostas pelos temas críticos; Gerar um cenário de futuro mais provável que permita visualizar possíveis desdobramentos da situação atual da cidade; Construir uma visão estratégica que contemple a cidade humana e a economia criativa como norteadores do seu desenvolvimento; Delinear, de maneira clara e objetiva, projetos e estratégias que poderão orientar futuras transformações que buscam o desenvolvimento de Brodowski; Informar de maneira democrática sobre a importância da participação popular, induzindo o engajamento da sociedade nos processos de discussão acerca dos espaços da cidade.

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Matriz F.O.F.A. é uma ferramenta de análise que tem por objetivo detectar os pontos fortes e fracos de um determin ado objeto, seja empresa ou órgão, no caso se trata do município de Brodowski, com objetivo de tornar mais eficiente valorizando suas Forças e minimizando suas Fraquezas. Não somente analisa as influências internas, mas também externas chamadas de Oportunidades e Ameaças.


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Pesquisar e adquirir dados suficientes para o entendimento sobre cidades criativas, e estudar como essas referências podem ser aplicadas na realidade de Brodowski. Investigar e analisar a questão de parcerias para financiamento de projetos estratégicos a serem desenhados.

Justificativa Para justificar a elaboração deste trabalho, é apontada sua relevância considerando as interfaces ambiental, cultural, econômica, social e acadêmica. A questão ambiental e cultural se baseia no próprio PDE2 da cidade que defende a preservação de seu patrimônio histórico, cultural e paisagístico, prometendo restrições e cuidados com as áreas determinadas, mas que na prática não se observam. Nesse sentido, pretende-se indicar estratégias que valorizem os equipamentos e elementos do patrimônio histórico, cultural e paisagístico existente que permitirão fazer com que o turismo traga mais recursos e consequentemente mais visitantes para a cidade, sem contar a eminente melhora na qualidade de vida da população. Quanto à relevância econômica, a justificativa mostra que além da centralidade cultural do município (Museu Casa de Portinari), há outros elementos que em conjunto contribuiriam para a criação de um roteiro que permitia a ampliação de vagas de emprego e a valorização do setor na cidade. Considerando a relevância social, destaca-se a desigualdade social decorrente da distribuição dos equipamentos urbanos, que ficam disponíveis em um lado da cidade, enquanto a população de menor poder aquisitivo que mora em conjuntos habitacionais precisa se deslocar para usufruir de equipamentos que deveriam estar igualmente assistindo a todos. Apesar de ter sido implantada seguindo critérios técnicos adequados, a presença da Rodovia Candido Portinari atravessando a área urbana constitui uma barreira que separa fisicamente a cidade em dois setores, entretanto seus efeitos negativos podem ser minimizados por meio de estratégias voltadas à mobilidade ativa.

2 PDE – É a sigla do Plano Diretor Estratégico do Município de Brodowski que em 20 de novembro de 2017, foi aprovada como sendo a Lei Complementar nº275, estabelecendo os princípios, políticas, estratégias e instrumentos para o seu ordenamento territorial e consequente desenvolvimento socioeconômico


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No aspecto acadêmico, a pesquisa aponta a questão de profissionais e acadêmicos que identificam potenciais na cidade e traduzem suas frustrações com a dinâmica urbana atual em seus trabalhos de graduação. Esses projetos reforçam o fato de que o município é carente de estrutura ativa que tratem a comunhão de pessoas e o coletivo como parte do processo de transformação. Dessa maneira, este trabalho se firma na defesa de que o município e a própria estrutura da cidade sejam capazes de se renovar e se transformar criativamente.

Procedimentos metodológicos gerais

O problema do projeto Brodowski é uma cidade de pequeno porte que concentra algumas problemáticas que a impedem de se desenvolver e gerar recursos para seu crescimento. Em 20 de novembro de 2017, foi aprovada a Lei Complementar nº275, que institui o Plano Diretor Estratégico (PDE) do município, estabelecendo os princípios, políticas, estratégias e instrumentos para o seu ordenamento territorial e consequente desenvolvimento socioeconômico. Entretanto, algumas das diretrizes e regras que constam do PDE não têm sido atendidas, tais como as demarcações de áreas de preservação denominadas como Microzoneamento Cultural. Por ele, os setores norte, central e oeste devem receber dinâmicas de proteção à paisagem cultural da cidade a partir de escalas de proteção definidas de acordo com a proximidade com o Museu Casa Candido Portinari. Porém, na prática, estas áreas não têm recebido intervenções e nem mesmo cuidado neste sentido, e assim, antigos casarões e ruas de paralelepípedos permanecem à mercê da demolição e asfaltamento. O PDE de Brodowski também determina um limite de expansão urbana, em seu macrozoneamento, que sugere o crescimento horizontal da cidade em até aproximadamente oito vezes o seu tamanho atual, o que não corresponde nem mesmo aos padrões atuais de evolução de sua mancha urbana. No âmbito interno de vivência e dinâmica urbana da cidade, há outros problemas como o mau funcionamento dos equipamentos de saúde. Na cidade há oito unidades de saúde, sendo UBDS, UBS, UMH e um CAPS (Centro de Atendimento Psicossocial), e dentre elas se contabiliza somente uma Unidade Mista Hospitalar com


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funcionamento 24 horas, que deve cumprir o atendimento de toda a população que demanda do serviço público. Com o aumento da população atraída pela criação de novos condomínios, que será esclarecida mais adiante, houve a superlotação da UMH, o que gera transtornos à população, havendo também a ressalva de que sua localização é no extremo oeste da cidade, o que ocasiona desvantagem no deslocamento de quem mora nas demais regiões. Outra problemática é percebida na deficiência dos espaços de lazer. Dentro da cidade, há espaços vantajosos e com potencial para a criação de novas áreas para o lazer da sociedade, que por diversas vezes reivindica novos lugares de entretenimento. Outra falha identificada encontra-se na dinâmica de mercado, já que o próprio poder público estimula parcerias para instalação de novos estabelecimentos de lazer. Existe apenas uma base policial em Brodowski, sendo uma civil e outra militar, que estão na mesma localização, desfavorecendo o deslocamento para os bairros mais distantes e que mesmo numa cidade de dimensão pequena, quando há ocorrências, o tempo de atendimento das chamadas é longo, o que ocasiona a insegurança dos munícipes. O objeto de estudo tem recebido a construção de muitos condomínios nas suas periferias, o que gera uma expansão horizontal descontrolada, que atrai volumosa migração de pessoas que buscam uma cidade mais calma. Há relatos, entre os recentes habitantes oriundos da cidade de Ribeirão Preto, em que confirmam a migração para Brodowski após conquistarem a aposentadoria, devido ao fato de a cidade ser tranquila quando comparada às outras da região. O aumento da população e o descontrole do crescimento horizontal da cidade hoje têm sobrecarregado o sistema de saúde, gerando a descapitalização da Prefeitura por geração de gastos com infraestrutura para atendimento dessa nova população e tem provocado fluxo desordenado acarretado pelo acréscimo de automóveis na cidade. O problema da ineficiência no transporte público municipal e intermunicipal é considerado pelo horário de funcionamento reduzido, tanto nos deslocamentos internos, que são servidos por somente um “circular” (nome utilizado para o ônibus que circula na cidade), quanto pelo intermunicipal, que oferece pouca variedade de horários. A viagem Brodowski – Batatais, por exemplo, é oferecida somente em três horários por dia. Além disso, não há incentivo para a utilização de meios não motorizados, o que poderia contribuir para a saúde dos cidadãos.


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O abastecimento hídrico sempre foi um problema em Brodowski, devido à má qualidade da prestação dos serviços e também pela própria dificuldade de abastecimento. Um dos equipamentos utilizados é emprestado por uma empresa de Sertãozinho. Mais uma problemática percebida na cidade é a estagnação de empregos e a não capacidade de empregabilidade. Mesmo sendo uma cidade de Interesse Turístico, o município não é um bom gerador de novas oportunidades, seja pela ineficiência em desenvolver o potencial cultural e o turismo local, ou até mesmo pela carência de mão de obra qualificada, que contribua para a reversibilidade do quadro.

Procedimentos metodológicos Os métodos de coleta de dados foram: o teórico, como maneira de embasamento sobre o tema; documental, de modo a expressar as informações de forma mais analítica; histórico a fim de compreender como a evolução da cidade se deu; e empírico, para oferecer um panorama atual da cidade com levantamentos in loco e ouvindo a opinião dos habitantes.

Pesquisa Teórica O embasamento teórico foi realizado através de pesquisa em livros e artigos que conceituam o tema de criatividade, considerando as pessoas e cidades, e o planejamento estratégico. O trabalho se apoiou em conceitos sobre a criatividade, e como a sociedade pode estimular o instinto criativo nas pessoas, de acordo com artigo Criatividade e ensino na Revista Psicologia pela Eunice de Alencar e também sobre a relevância das cidades criativas, tal como abordado por Ana Carla Fonseca e Peter Kageyama no livro Cidades Criativas – Perspectivas, que contém vários autores e exemplos de como se deu as inovações em algumas cidades e como elas conseguiram se reinventar. Acerca do Planejamento Estratégico, uma referência importante é o artigo de Ermínia Maricato, As idéias fora do lugar e o lugar fora das idéias, publicado no livro A cidade do pensamento único: desmanchando consensos, que alerta sobre os cuidados a serem tomados com a execução de planos e sobre a prática e execução falseada. Outra referência é Rodrigo Lopes em A cidade intencional, que conta sua


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experiência com o planejamento estratégico do Rio de Janeiro e elenca importantes qualidades que um ambiente urbano deve conter. Pesquisa Documental Argumentando os pontos positivos e negativos, o Plano Diretor Estratégico de Brodowski foi analisado, e a partir dele algumas diretrizes deste planejamento serão direcionadas. Quanto ao projeto de referência, é de suma importância salientar que deve ser um plano que contenha diretrizes para solucionar problemas como as do objeto, sendo assim o PDE de São Paulo se mostrou eficiente na elaboração de estratégias criativas na solução de problemas. Também foram utilizados como objeto de pesquisa os trabalhos desenvolvidos pelos alunos de arquitetura e urbanismo do oitavo semestre em 2019, que tratou especificamente sobre as condições atuais do município. Para a reunião de dados e coletas de informações realizadas, algumas fontes eletrônicas foram importantes para a compressão e análises da pesquisa, que geraram mapas e gráficos explicativos. No site da Emplasa foram consultadas informações sobre a relação de Brodowski com a Região Metropolitana de Ribeirão Preto. Já no IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) foi possível obter dados específicos sobre população, pirâmide etária e índice de desenvolvimento humano municipal. Aplicativos tais como Google Earth e Google Maps permitiram complementar as informações disponibilizada nos mapas oficiais fornecidos pela Prefeitura Municipal, que revelam mais a respeito da cidade e suas performances. Pesquisa Empírica Acerca da situação atual de Brodowski, foram elaborados mapas que apontam as áreas que apresentam potencial e que precisam de investimentos por meio de pesquisa in loco e foram utilizados dados obtidos através de pesquisa realizada em outubro de 2019 com os habitantes da cidade que procurou avaliar seu desempenho ambiental, econômico, político, social e cultural. Aproveitando o fato de ser morador, foi realizado o levantamento fotográfico da dinâmica urbana. Ainda se pretende realizar uma pesquisa on-line a fim de desenhar, com a ajuda das respostas dos habitantes, o mapa sensorial do município, representando as sensações sentidas ao passarem pelos espaços da cidade.


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Pesquisa Histórica A pesquisa contribuiu para o entendimento sobre os passos firmados por Brodowski até a presente data, consultando o site da Prefeitura Municipal. Também foi realizada uma entrevista com Dona Maria Aparecida Rinhel, que ajudou a compreensão do desenvolvimento da cidade e os impactos da Rodovia Candido Portinari na vida da população. Organização do caderno O projeto é dividido em 6 capítulos, onde cada um trata especificamente de assunto para a contribuição do objetivo geral, que é a elaboração de um planejamento estratégico para Brodowski, voltado a ações criativas que revela e valoriza a identidade cultural do município. O capítulo 1 está dividido em duas seções, tendo a primeira parte inicia com uma breve apresentação do trabalho, os objetivos gerais e específicos e a justificativa da elaboração do mesmo. A segunda seção organiza os procedimentos metodológicos utilizados e fala da problemática do projeto. O capítulo 2 é destinado a contextualização do trabalho, dividindo em uma seção sobre a contextualização do objeto, tratando especificamente da história e condicionantes atuais do município, e a segunda seção contextualiza o tema, que trata sobre planejamento estratégico e cidades criativas. No terceiro capítulo é mostrado as leituras e dinâmicas de Brodowski, falando das relações do município com a região e suas dependências, sobre espaços urbanos, hierarquia viária, o uso do solo, a ocupação do solo, a infraestrutura, os equipamentos urbanos e uma análise sobre o plano diretor estratégico do município. Numa segunda parte aparece dados específicos sobre a população, que mostra a pirâmide etária e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de 2010. A referência projetual foi colocado no quarto capítulo dividido em três seções, falando do Plano Diretor Estratégico de São Paulo, texto de lei ilustrado. No sub capítulo 1 é colocado a ficha técnica da referência, depois a estruturação de como é montado o PDE, e no terceiro sub capítulo é mostrado os três específicos elementos retirados dele para ser referência para estre projeto, que é a elaboração de um plano ilustrado, a participação ativa da sociedade e a identidade cultural sendo valorizada. No capítulo 5 é iniciado os primeiros passos para a construção das diretrizes do planejamento estratégico proposto. Nesta parte de forma ordenada é mostrado os


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resultados de uma pesquisa de participação realizada no ano de 2019 com a população de Brodowski que se tornaram base para um estudo geral das condições da cidade. Com isso foram elaboradas as próximas etapas, como a identificação dos temas prioritários e os objetivos, a divisão deles em categorias em uma análise interna e externa, a criação de matriz F.O.F.A. para cada categoria e a geração de cenários, que tiveram influência pelas condicionantes atuais do mundo. A geração de cenários foi subdividida em três etapas, que são os temas críticos obtidos a partir das ameaças e oportunidades (análise externa), o cenário de futuro mais provável e a visão estratégica que consiste na concepção de um cenário desejado. Nas considerações finais é apresentado as etapas que se pretendem ser executadas na próxima etapa deste projeto.


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2 CONTEXTO TEÓRICO REFERENCIAL Contextualização do Objeto Esta seção se dedica ao embasamento teórico do objeto de estudo, contemplando sua origem e evolução histórica, chegando a um panorama mais real considerando as condições atuais. Contexto Histórico do Objeto Brodowski está localizada na região nordeste do estado de São Paulo, sendo vizinho dos municípios de Batatais, Jardinópolis, Jurucê e Serrana. Seu contexto histórico associa-se aos projetos de expansão da Cia Mogiana de Estradas de ferro e aos Bandeirantes que passaram em busca de novas terras, metais, pedras preciosas e captura de índios para suprirem a mão de obra destinada ao trabalho nas fazendas. Entre Jardinópolis e Batatais, havia uma fazenda chamada Belo Monte, cortada pelos trilhos do trem. Em três de outubro de 1886, após a inauguração da estação em Batatais, que teve como convidado o Imperador Dom Pedro II e sua esposa imperatriz Tereza Cristina, o dono dessas terras, Coronel Lúcio Eneas de Melo Fagundes, propôs doá-las para a companhia Mogiana, que pouco tempo depois ali instalou uma estação. O inspetor-geral da Cia. Mogiana na época, o engenheiro polonês Alexandre Brodowski, foi o responsável pelo encaminhamento do pedido e pela construção da estação e em cinco de setembro de 1894 aconteceu sua inauguração, com armazém e pátio de manobras, que recebeu seu nome em homenagem. Ao redor da estação, começou a surgir um pequeno povoado. Conforme esse povoado foi crescendo e se desenvolvendo, no ano de 1902 foi designado como distrito de Batatais, logo depois foi nomeado como Villa Batatais. E mais tarde, através da Lei n.º 1381 em 22 de agosto de 1913, com sua emancipação, foi elevada à categoria de município, que carrega até então o sobrenome do engenheiro responsável pela construção da estação, Brodowski. Vendo o ir e vir da imigração italiana pelos trens da Cia. Mogiana, Brodowski tinha anseio por um futuro que se tornou promissor. Sendo arquitetada para atender a população cafeeira de época, hoje ela acolhe pessoas de todos os cantos.


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Tornou-se conhecida em todo o Brasil como a “Terra do abacaxi”, fruta que era plantada e produzida em suas terras e que chegou a vários estados graças aos caminhoneiros e vendedores da cidade. Apesar de hoje já não mais produzir os ricos frutos que estampam sua bandeira, a cidade conserva a memória de ser o berço de um dos maiores pintores brasileiro, Candido Portinari. Candido Portinari fez sua história começar na cidade, pintando os quartos de sua casa e a capela de sua avó, que debilitada não conseguia mais ir para a igreja da cidade. Daí por diante se tornou professor, teve participação ativa em movimentos políticos e fez história pintando renomados quadros e espaços. Por este expoente das artes plásticas, esta terra tornou-se conhecida internacionalmente. Não somente o pintor, mas nesta pequena cidade foi onde Saulo Ramos também se naturalizou. Ele foi jurista, escritor brasileiro e ex-ministro da Justiça no governo Sarney (1985-1990). Nos primórdios do município, o crescimento se deu a partir do centro da cidade, que é ligado à antiga estação com armazém e pátio de manobras da Cia. Mogiana já citada, e daí por diante este núcleo foi crescendo até a rodovia de ligação entre Ribeirão Preto e Franca. A Rodovia Candido Portinari inicialmente era plana, o que gerou problemas com o avanço rápido do crescimento da cidade. Embora essa rápida evolução parecesse ser “normal” para os habitantes, interveio drasticamente em sua segregação espacial e social. Em uma entrevista realizada com Maria Aparecida Rinhel, ela relata como era a interferência da rodovia na sua rotina: “Eu morava em um sítio indo em direção a Serrana, e uma vez por mês vínhamos à cidade para fazer as compras do mês. A gente vinha de charrete mesmo, pois nosso pai não tinha condições de ter carro, mas a estrada era ainda de terra até chegar onde é o pontilhão, e só depois dali eram algumas ruas asfaltadas. Chegando ao pontilhão a gente atravessa com a charrete, e nem sempre precisava esperar os carros, porque nessa não tinha esse fluxo intenso que tem hoje. Aí a gente levava o cavalo para beber água no centro, ia às vendinhas ou mercadinhos, e voltávamos para casa. Isso ainda antes de eu me casar, que faz uns trinta anos, e só quando minha filha tinha sete anos que eu me recordo vagamente de perceber a elevação da rodovia, que se dão mais ou menos uns 23, 25 anos. ” (Rinhel, 2020)

A travessia de um lado para o outro tardiamente gerou acidentes pela alta velocidade dos carros que a rodovia transportava, mas infelizmente não há registros fotográficos que mostrem essa dinâmica de separação na época. Tendo em vista estas informações, acredita-se que a mobilização do governo se deu pela solução de


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elevar este leito, criando pontilhões e passarelas como ligação direta entre os bairros. E assim se dá até hoje.

Contexto atual do Município No primeiro semestre do ano de 2017, Brodowski recebeu o título de Município de Interesse Turístico, conquistando recursos financeiros para patrocinar e investir no seu desenvolvimento. De acordo com as últimas atualizações do IBGE, sua população equivale a 24.939 habitantes, assim considerada uma cidade de pequeno porte, tendo 278.458 Km² de território. Brodowski vem se transformando de forma rápida e desordenada, recebendo novos condomínios em suas periferias, sem controle e planejamento, o que está afetando sua infraestrutura, que por sua vez não tem recebido modificações para adaptar a sua nova realidade. Sendo assim, a infraestrutura da cidade é incapaz de suprir igualmente a necessidade da população formada pela já estabelecida conjuntamente com a migração agressiva. A migração intensiva na cidade tem sido motivada pelo autêntico privilégio de localização, que proporciona o clima fresco e favorável, e claro, sua dinâmica pacata, tornando-a atraente àqueles que desejam uma vida mais tranquila. Além do mais, em caso de qualquer necessidade maior, estará ao alcance a 20 minutos de carro, no máximo, na vizinha Ribeirão Preto. A cidade hoje sofre com a segregação social decorrente do seu processo de crescimento, tendo em vista a separação gerada pela elevação da Rodovia Candido Portinari, que cria duas Brodowskis. Uma Brodowski ativa, com a maioria dos instrumentos e equipamentos urbanos da cidade, totalmente assistida e que tem a centralização do poder e capital. Do outro lado há uma Brodowski pobre, desamparada e exposta, que além do mais é dependente dos recursos gerados pela outra metade. Para entender melhor a desigualdade social brodowskiana, a figura 1 apresenta uma breve amostra de como se deu a evolução da mancha urbana.


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Figura 1 - Evolução da mancha urbana em Brodowski

A evolução da mancha urbana de Brodowski se inicia com o povoado ao redor da estação da Cia. Mogiana e o cemitério, em 1924. Daí até o ano de 1941, o crescimento se deu apenas ao seu redor, sendo mais direcionado no sentido de Jardinópolis. Após 16 anos (1957), a evolução se aproxima de onde hoje é construído um pontilhão que


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interliga bairros, no sentido leste, acrescentando à região após a rodovia somente quatro quadras. Em 70, o aumento se dá com a consolidação de mais residências do lado leste, que após quatro anos (1974) se torna mais consolidado com o aumento significativo. Ainda em 74, o bairro Nossa Senhora Aparecida se firma, localizado no alto da região norte. Em 1988, surgem bairros no entorno do cemitério, um deles sendo COHAB, em contrapartida a região sul começa a tomar forma com maior implantação de conjuntos habitacionais. Em 1999, em direção à cidade de Jardinópolis, os bairros tomam força, como também a extremidade oeste da cidade. No lado sudeste, o crescimento é mais relevante, com a construção da área industrial e conjuntos habitacionais na periferia sul. Mas ainda assim, o impacto maior foi na região leste que fortemente recebe as habitações de interesse social, que nos sete anos seguintes (2006) recebeu o dobro de HIS 3, completando também o bairro no setor sul. Nesses anos, também houve um grande desenvolvimento dos setores norte e oeste. Pois bem, nesses oito últimos anos, Brodowski recebeu mais de oito condomínios residenciais particulares, em todas as extremidades, exceto no setor norte onde foram implantados loteamentos particulares, mas sem fechamento. Com a evolução da mancha urbana entendida, é importante lembrar que os setores leste e sul são os que receberam tardiamente a população, e que em sua predominância é edificada por habitações de interesse social e COHABs, enquanto a comunidade que tem mais influência econômica e poder financeiro foi destinada para o outro lado da rodovia, justamente com a maioria dos equipamentos urbanos e espaços públicos de lazer, tornando evidente a segregação socioterritorial apontada por Ermínia Maricato (2000). Saídas criativas devem ser tomadas para que a unificação do município seja estabelecida, minimizando a desarmonia e criando equilíbrio em todos os aspectos, para que os seus potenciais sejam ainda mais fortalecidos e explorados. Prosseguindo com a contextualização deste trabalho, parte-se para o tema, que seguirá os princípios dos objetivos já expostos, porém de forma conjunta, que se refere à transformação de cidades para que as mesmas se tornem mais criativas aos seus cidadãos, de modo que o indivíduo seja de fato privilegiado. Também serão discutidos os conceitos básicos associados à criatividade como indutor do desenvolvimento das cidades. 3 HIS sigla da classificação de Habitação de Interesse Social, sendo este tipo de habitação destinada ao atendimento de famílias de baixa renda.


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Contextualização do Tema De maneira simplista os temas referentes a Planejamento Estratégico e Cidades Criativas são discorridos com bases teóricas referencias, tendo o intuito de introduzir e compreender sobre as questões que relacionam ambos, lembrando que os mesmos são os maiores objetivos desta pesquisa.

Planejamento Estratégico Planejamento, Estratégia e Planejamento estratégico Introduzindo o conceito de planejamento e estratégia, se alcança o entendimento básico dos objetivos de um planejamento estratégico, que por sua vez também é contextualizado nesta seção.

Conceito de Planejamento “Ato de planejar; Organização de uma tarefa com a utilização de métodos apropriados e determinação de ações para atingir as metas estipuladas por uma empresa, órgão do governo etc.”, são as definições dadas pelo dicionário on-line Michaelis. (Michaelis, 2020). Sendo assim, planejamento pode ser considerado como um conjunto de ações antecipadas e preparadas especificamente para trabalhos ou tarefas a serem realizadas, a fim de premeditar possíveis resultados decorrentes das ações efetuadas.

Conceito de Estratégia De acordo com o dicionário on-line Michaelis, estratégia é considerada como “Arte de utilizar planejadamente os recursos de que se dispõe ou de explorar de maneira vantajosa a situação ou as condições favoráveis de que porventura se desfrute, de modo a atingir determinados objetivos.” (Michaelis, 2020) Pode-se considerar então que estratégia é uma manobra que se utiliza de meios desenvolvidos para conseguir alguma coisa.


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Conceito de Planejamento Estratégico Nos últimos anos, a forma de se pensar as cidades tem se alterado, transformando o foco de utopias urbanas que antes se atentava ao que a cidade tinha a oferecer e a mínima estrutura para se habitar, passando a acrescentar a esses objetivos alguns aspectos naturais em um território caracterizado pela desconstrução de tal, havendo ainda esforços que também conduzem na participação social e na questão propriedade urbana. E ainda mais próximos de nós, deparamos com uma realidade que busca a valorização dos aspectos positivos e a tentativa de potencializá-los, oferecendo estratégias que enaltecem o poder de competitividade dos municípios. (Rezende, et al., 2007 p. 256). O maior desafio tem sido manter o equilíbrio nos objetivos e interesses da sociedade e da administração, que tende a lidar com questões físico-territoriais, econômicas,

financeiras,

políticas,

socioambientais e

de

gestão.

Cabe

à

administração pública a competência dos seus gestores em se atualizar e agir por meio de instrumentos técnicos e práticos de planejamento, tal como o (PDM) Plano Diretor Municipal e o (PEM) Planejamento Estratégico Municipal. Ao contrário do PDM, o PEM se constrói com maior liberdade, permitindo aos administradores e munícipes maiores chances de adaptabilidade, por ter mais proximidade com a população. (Rezende, et al., 2007 p. 257). Os autores de “Plano diretor e planejamento estratégico municipal: introdução teórico-conceitual”, ainda mencionam os objetivos do PEM. “A prática do planejamento nos municípios visa corrigir distorções administrativas, facilitar a gestão municipal, alterar condições indesejáveis para a comunidade local, remover empecilhos institucionais e assegurar a viabilização de propostas estratégicas, objetivos a serem atingidos e ações a serem trabalhadas. O planejamento é, de fato, uma das funções clássicas da administração científica indispensável ao gestor municipal.” (Rezende, et al., 2007 p. 258)

Ao mesmo tempo em que um plano deve se preocupar com a coisa pública e o comportamento financeiro de tal, este não deve se esquecer das questões socioambientais que formam a identidade da cidade e que ressalta sua diversidade social. Diante das particularidades de cada município, a metodologia de elaboração de um plano e suas diretrizes ao não se chocarem por determinações jurídicas e programáticas, tendem a ter mais chances de sucesso. As premissas utilizadas para


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a elaboração do planejamento e os planos municipais estão ligadas aos conhecimentos e informações que se tem do município e da sua gestão, desejo por mudanças e possíveis ações estratégicas, contendo este tipo de plano uma dinâmica interativa para a determinação dos objetivos e ações do município. O seu maior objetivo é melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes e desencadear transformações positivas nos espaços urbanos, contando com o apoio dos seus munícipes. (Rezende, et al., 2007 p. 265) Para Denis e Clovis (2007) há diversas situações que fazem as cidades criar um plano estratégico, por exemplo, a necessidade de harmonia sobre o modelo de cidade a fim de criar melhores situações de igualdade. O PEM aparece como uma ferramenta que consegue agir contra as problemáticas e ameaças do município, e age junto das questões mais globais como econômicas, sociais e ambientais, mas tem o diferencial de ter mais proximidade destas questões, podendo filtrá-las e tratá-las com mais especificidade. Com antecedência, organizar as ações necessárias para a elaboração do plano se faz necessário, tal como elaborar a metodologia a ser utilizada, que em geral envolve as seguintes etapas: Levantamento da situação atual do município; De acordo com os dados coletados são reservados os temas prioritários que depende de estudos em matriz; Os temas prioritários são divididos em categorias para melhor compreender as dinâmicas de estudos dos casos; Com as categorias organizadas, as informações são expostas em matrizes F.O.F.A. reforçando os pontos Fortes e Fracos na análise interna e Oportunidades e Fraquezas na análise externa; Elaborar os objetivos para solucionar os problemas levantados; Aplicar os resultados obtidos em um gráfico de eixo X (Nível de Impacto) e eixo Y (Probabilidade de Ocorrência) a fim de obter os temas críticos, ou seja, as piores ameaças e melhores oportunidades; A partir dos temas críticos, deve ser construído o cenário de futuro mais provável;


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Elaborar a Visão Estratégica, potencializando os pontos fortes com as oportunidades e minimizando os pontos fracos e ameaças, construindo o cenário de futuro desejado; Formular as estratégias para alcançar os objetivos; Criação das diretrizes de projetos, havendo a descrição e detalhamento escrito dos processos de projetos, envolvendo processo de implantação, agentes envolvidos, formas de financiamento e comentário; Após estes processos serão representadas as demarcações dos projetos ou áreas de influência em mapas. Estas etapas foram sintetizadas a partir do trabalho do Guell em Planificación Estratégica de Ciudades. (Guell, 1977) Rodrigo Lopes (1998) traz em alguns pontos no livro “A cidade intencional”, como as cidades devem cumprir sua função social e garantir qualidade de vida para seus habitantes, e também mostra a importância da relação cidade x homem, exaltando que com objetivos em comum, a sociedade e a sociedade podem contribuir para o significativo desenvolvimento da cidade. O autor expõe sua experiência com o planejamento estratégico realizado no Rio de Janeiro, e ainda salienta que a cidade intencional deve ser a que consegue ter um ambiente urbano que seja “acolhedor, integrador, vertebrado, aberto ao mundo, com oportunidades para a realização pessoal, competitivo na formação de riqueza, e com uma identidade forte o suficiente para construir uma sociedade justa e estruturada” (Lopes, 1998). É sempre importante lembrar que, apesar do planejamento estratégico municipal proporcionar mais competitividade estratégica, a sua metodologia não deve se orientar apenas pela linha da competitividade entre cidades e busca descontrolada por investimentos. (Rezende, et al., 2007 p. 268). Um bom plano pode ser considerado aquele que evidencia a participação democrática da população e constrói estratégias para objetivos em comum. A outra face do Planejamento Estratégico Na tentativa de criar soluções para os problemas das cidades, o planejamento estratégico aparece como um ditador de medidas que possivelmente podem ser consideradas a luz no fim do túnel, como se fosse este a solução para todos os problemas. De fato, cria-se certa esperança ao se referir a ele, mesmo porque sua


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elaboração é feita sob uma base forte de pesquisas e possivelmente da realidade atual do município que o propõe (ou pelo menos assim o deveria). Transformar, requalificar, dar valor e melhorar são qualidades que podem ser consideradas gabarito para todo e qualquer planejamento estratégico, pois ele tende a querer enfrentar os problemas urbanos, mas a questão é: essas atitudes serão capazes de atender a todos de forma igualitária? Como não transformar o planejamento urbano só numa jogada política e de fato realizar as mudanças propostas? De maneira assertiva, Ermínia Maricato (2000) aborda o planejamento estratégico como elemento divisor de classes e que estimula a segregação territorial, fugindo completamente do seu marketing criado somente como diretrizes capazes de somar e contribuir positivamente para a sociedade. A autora ressalta que o planejamento brasileiro não se compromete com a realidade concreta, mas somente com uma parte da cidade, ou seja, que a ordem se dirige somente a uma parcela da sociedade, reproduzindo a desigualdade e privilégios “Trata-se de um lugar fora das ideias” (Maricato, et al., 2000 p. 122). Em 2000, Ermínia já mencionava haver certo preconceito no que chamavam de “cidade ideal” por conta do preconceito na exclusão dos menos favorecidos, que reforçava a ausência de representação de ocupações ilegais, citando que órgãos públicos e até a maior agência de pesquisas IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) realizam ao não considerarem partes da cidade como todo. Infelizmente, nos dias atuais ainda se nota esse preconceito que é fortemente julgado pelo mercado imobiliário, valorizando apenas as áreas predominantemente formadas por famílias mais abastadas. Comparando com Brodowski, é visível a segregação socioespacial existente, não por ocupações ilegais, mas pela divisão entre elite e plebe aprofundada pela elevação da Rodovia Candido Portinari, onde as regiões norte e oeste recebem as famílias mais favorecidas financeiramente, e as regiões leste e sul são formados predominantemente por conjuntos de habitação social. As cidades brasileiras apresentam problemas urbanos graves e não é pela falta de planos urbanísticos ou pela má qualidade deles, mas pelo seu crescimento aprovado em câmaras que regem interesses tradicionais da política local e de grupos específicos que se ligam ao governo por hora. O Plano Diretor está deslocado da gestão urbana, e não está trabalhando junto como se espera, o que mostra ser apenas um discurso de boas intenções que se opõe à realidade. (Maricato, et al., 2000)


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“Conceitos retificados, reafirmados em seminários internacionais, ignoram a maioria da população. A habitação social, o transporte público, o saneamento e a drenagem não têm o status de temas importantes (ou centrais, como deveriam ser) para tal urbanismo. O resultado é: planejamento urbano para alguns, mercado para alguns, lei para alguns, modernidade para alguns, cidadania para alguns...”. (Maricato, et al., 2000 pp. 124-125).

Assim, é necessário criar condutas de um planejamento urbanístico estratégico que visem ao melhoramento conjunto e equilibrado, enraizado em propostas que ditem essa igualdade, o que evidencia o complicado mas necessário controle e ponderamento de questões sociais e econômicas, a partir dos quais o favorecimento seja mútuo, para que os objetivos sejam comemorados pelos dois fatores determinantes citados.

Cidades mais criativas Ainda no contexto deste TFG, é preciso dialogar sobre a criatividade dos indivíduos e como esta deve ser incentivada pela própria sociedade, mencionando exemplos de cidades que se basearam em três vertentes importantes para a criatividade, tornando seus espaços lugares reconhecidos por ser desenvolvimento econômico e social. Criatividade Toda pessoa criativa é aquela que consegue de alguma forma encontrar soluções para velhos e novos problemas, considerando que todos os seres humanos têm em si a essência e capacidade de criar. (Alencar, 1986). A criatividade é expressa por ações humanas, tendo como agravante o ambiente onde estes seres humanos conseguem ser estimulados, e é exatamente esta promoção de estímulos que é tratada como necessidade na cooperação do aumento de ações criativas. As condições que a sociedade proporciona para que haja mais manifestações criativas é reforçada por dependência de várias questões, desde os valores da família, traços e personalidades, até os objetivos propostos que se refere ao modo de ensinar, favorecendo ou dificultando o engrandecimento criador (Alencar, 1986). O desempenho das contribuições criativas depende também de como elas vão ser aceitas pela sociedade, se serão bem vistas e valorizadas, influenciando as pessoas a terem ou não incitação e segurança para se exporem. “Tanto fatores intrapessoais quanto interpessoais, tanto fatores do próprio indivíduo quanto de


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natureza social poderão favorecer ou dificultar a emergência do processo criativo. ” (Alencar, 1986 pp. 13-16). É significante o quanto a sociedade pode despertar a criatividade nos seus habitantes, oferecendo oportunidades de novas experiências aos indivíduos, se preocupando em não os limitar, a questionar e aprender, encorajando aberturas de experiências internas e externas, valorizando as mudanças e a originalidade, sempre reconhecendo as pesquisas e indagações. (Alencar, 1986 pp. 13-16). Além do reconhecimento, necessita-se de condições favoráveis para libertar a criatividade nas pessoas, fenômeno depreciado nas formas de ensino, sendo considerada apenas uma forma de expressão da arte. Desse modo, as disciplinas de educação artística é que ficam incumbidas de despertar o instinto criador, o que de fato é limitador e desfavorável. Não só o sistema educacional, mas como já colocado, o ambiente familiar também é um fator que influencia o exercício de criar, sendo ambos ambientes fortes vigilantes para que não haja o bloqueio da curiosidade da criança, que induzirá em criação de oportunidades no futuro.

Cidades Criativas Qualquer cidade que se pretende ser mais criativa deve se basear em três eixos, que de certa maneira funcionam como uma base para qualquer delas que tenha como objetivo alcançar a criatividade que seja capaz de oferecer retorno à população residente e até mesmo para os visitantes. (Fonseca, et al., 2011) O primeiro eixo é inovação, que de forma simples surge com a ideia de valorizar os potenciais da própria cidade, como por exemplo, o fato de mudar a perspectiva de ver algo que se encontra lá, mas que as pessoas não conseguem enxergar, ou até mesmo não acreditam no valor do objeto/espaço. Sendo assim, o aprofundamento e a defesa justificada podem contribuir com a transformação positiva deste artefato. O segundo é a conexão, justamente colocada como uma conexão de pessoas com pessoas e pessoas com a sociedade, aquela que consegue resgatar a história e as particularidades da cidade, sobretudo que aproxima o indivíduo com atividades relacionadas ao desenvolvimento da rua, quarteirão, bairro e/ou cidade. E o terceiro eixo de ligação das cidades criativas é a cultura. A cultura como impacto econômico e como identidade das cidades e, além disso, a cultura como base da formação de uma sociedade.


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Fonseca e Kageyama 2011 contribuem para análise de várias soluções consideradas criativas para diversas cidades, apresentando exemplos de planos criados por diversas cidades narradas por seus 18 autores convidados, sendo eles de 13 países diferentes. Essa dinâmica colaborou para um amplo panorama sobre diferentes óticas de cidades que se reinventaram a partir de táticas novas e tratando também questões de como transformar as cidades em atraentes pontos criativos. Um exemplo muito bem colocado foi dado por Bergen. É a segunda maior cidade da Noruega, com pouco mais de 250.000 habitantes, que sofre com os impactos climáticos, mais precisamente chuva, havendo pouca trégua, chateando assim os noruegueses que lamentavam a incessante condição, mesmo porque, segundo eles, os turistas passavam por lá, fotografavam e se dirigiam aos fiordes, e não visitavam a cidade como poderiam de fato. Desse modo, o excesso de água sempre foi considerado como um problema, mas até pouco tempo atrás. Pela eminência da escassez de água que se torna realidade na maioria das cidades, Bergen começa a ser vista com outros olhares. O município se apropria da condição climática e inovou a maneira de viver, inventando novas formas de captação de água pluvial, de armazenagem e de distribuição hídrica que antes não ocorriam, transformando em solução o que antes era considerado problema. (Fonseca, et al., 2011 p. 133). Isto ressalta que a inovação e ânsia por melhoramentos não precisam ser de grande escala, mesmo porque simples ações podem contribuir grandemente para mudar o curso que as coisas podem tomar. Ana Fonseca cita mais um exemplo simplório, mas competente na resolução de problemas, quando o prefeito eleito em Bogotá, Antanas Mockus tomou como medida de correção para as ações negativas de trânsito a contratação de mímicos, após os exaustivos investimentos em trânsito para que os motoristas obedecessem às faixas de pedestres. Acontecia que, quando o sinal fechava e que se percebesse a permanência de automóveis nas faixas de pedestres, os mímicos com muito humor, mas objetivos, se dirigiam aos motoristas e os faziam se sentirem constrangidos por falhar e atrapalhar o movimento contínuo de pessoas nas faixas. Dessa maneira, os indivíduos aos poucos foram se conscientizando, e compreendendo as atitudes que deveriam seguir, e chegou o momento em que os mímicos não precisavam mais estar nos grandes cruzamentos para ensinar o que já se deveria saber. (Fonseca, et al., 2011)


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“E essa é a história de fazer com que o outro se sinta responsável pelo espaço público é uma das primeiras questões para resgatarmos a autoestima da cidade. E a cidade, se é feita para o cidadão, não vai se recuperar se as pessoas estiverem deprimidas”. (Fonseca, et al., 2011).


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3 DINÂMICAS E LEITURA DO OBJETO

Relações do município de Brodowski O município e relação regional Em pesquisa realizada no segundo semestre de 20194, elaborou-se a relação de inserção do município de Brodowski dentro do estado de São Paulo e dentro da Região Metropolitana de Ribeirão Preto, como mostra a figura 2. A RMRP5 é composta por 34 municípios sendo dividida por quatro sub-regiões, sendo que Brodowski localiza-se na primeira: (Emplasa, 2019) Sub-Região 1: Barrinha, Brodowski, Cravinhos, Dumont, Guatapará, Jardinópolis, Luis Antônio, Pontal, Pradópolis, Ribeirão Preto, Santa Rita do Passa Quatro, São Simão, Serrana, Serra Azul e Sertãozinho; Sub-Região 2: Guariba, Jaboticabal, Monte Alto, Pitangueiras, Taiúva e Taquaral; Sub-Região 3: Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Mococa, Santa Cruz da Esperança, Santa Rosa do Viterbo e Tambaú; Sub-Região 4: Altinópolis, Batatais, Morro Agudo, Nuporanga, Orlândia, Sales Oliveira e Santo Antônio da Alegria. Brodowski faz fronteiras com as cidades de Ribeirão Preto, Altinópolis, Batatais, Jurucê, Jardinópolis e Serrana, e a figura 2 consegue ilustrar essa relação.

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Esta pesquisa se trata de um trabalho da disciplina de Projeto de Urbanismo VIII e que foi desenvolvido em um grupo de seis alunos, sendo o autor deste Trabalho de Conclusão de Curso um deles. Este trabalho se dedicou a Brodowski e os estudos gerais que são abordados como base para esta pesquisa. 5 RMRP –Sigla referente a designação da região administrativa envoltória de Ribeirão Preto, sendo denominada por 34 município – Região Metropolitana de Ribeirão Preto.


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Figura 2 - Localização de Brodowski no estado de São Paulo e na RMRP. (Emplasa, 2019)

Ainda sob a perspectiva de inserção do município na região, elaborou-se o mapa de vínculos de Brodowski com seus vizinhos, analisando o fluxo de pessoas, mercadorias, de bens e serviços, como demonstrado na figura 3.


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Figura 3 - Inserção Regional do Município com vizinhos com relação de dependência. (Destido, et al., 2019 p. 3).


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É expressiva a ligação de maior intensidade da cidade com o município de Ribeirão Preto, o que se justifica pela diversidade e concentração de serviços e produtos recebendo uma grande demanda diária de moradores de Brodowski e também de outras cidades da região. Em seguida Batatais segue recebendo a segunda maior intensidade de fluxo. É importante lembrar que essa performance só passou a acontecer depois da instalação do pedágio entre Brodowski – Batatais, pois antes disso o maior fluxo era em direção a Batatais, pela condição de ser mais próxima. No mapa são demarcadas com linhas na cor vermelha as principais ligações intermunicipais, considerando Brodowski como centro de liberação de fluxo. Sendo assim, a Rodovia Candido Portinari (que corta a cidade) é o principal acesso para as cidades de Batatais, Jardinópolis e seu distrito Jurucê, Ribeirão Preto e Serrana. Jardinópolis recebe mais o fluxo direto através da Estrada Municipal Brodowski Jardinópolis, que passa a ser Estrada Vicinal Aziz Rassi. Serrana é ligada pela Rodovia Miguel Toloi. As setas pontilhadas em preto mostram o grau de intensidade do fluxo de dependência, ou seja, Brodowski tem mais dependência de Ribeirão Preto, em seguida de Batatais, Jardinópolis e Serrana, na saída em busca do atendimento das necessidades que a cidade não consegue suprir, como trabalho, educação e saúde. São disponibilizadas aos moradores de Brodowski, 22 viagens por dia para deslocamento de ônibus para Ribeirão Preto, com exceção do sábado - 20 viagens e domingos/feriados - 13 viagens). Para Batatais são disponibilizadas 5 viagens ou os viajantes usufruem do ônibus para Batatais que sai de Ribeirão Preto; e em direção a Jardinópolis é oferecida uma van às 06:00h e outra às 18:00h. Não somente o transporte público intermunicipal justifica o fluxo de dependência pela quantidade de viagens, mas também é considerada a quantidade de viagens pessoais por automóveis. (Destido, et al., 2019 p. 3).

Espaços Urbanos Para saber de fato sobre os potenciais em espaços no município que são considerados como potencializadores de novas dinâmicas na cidade, é importante entender e analisar o que a cidade oferece aos seus. Desta forma, para melhor compreender onde estão localizados e como eles funcionam, a figura 4 traz essa análise.


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Figura 4 - Demarcação dos espaços inutilizados e espaços de lazer ativos em Brodowski. (Destido, et al., 2019 p. 8)

As demarcações em vermelho representam os vazios urbanos encontrados no município, e são os que mais devem ser explorados, não só pela quantidade deles


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dentro do território, mas também pela falta de qualidade que eles oferecem à cidade. A seleção destes vazios foi considerada por constituírem espaços públicos que recebem uma dimensão e estrutura para implantação de práticas de lazer para a sociedade, e que por ventura traria retorno aos munícipes, quebrando a permanência ociosa e sem atividade. A demarcação na cor preta foi diagnosticada por espaços nomeados como praças e que têm o mínimo de estrutura para este atendimento (bancos e vegetação), e de cinza só por demarcação aparece o cemitério de Brodowski. É possível perceber que a cidade contém um grande número de espaços que de alguma forma podem receber projetos de requalificação urbana, mudando a dinâmica destes bairros, inclusive nas regiões mais afastadas da região central que recebe com mais intensidade as atividades do município. O fato de, na maioria destes espaços, já haver a representação de vegetação deve ser considerado na avaliação do conforto em espaços de lazer públicos abertos, sendo assim, esses eventuais espaços já estariam de modo superficial, aptos para disponibilizar serviços à comunidade. É parte do planejamento urbano dar qualidade e ativar espaços como estes, que podem de maneira abrangente favorecer a comunidade. Áreas esquecidas e sem utilização, enfraquecem as dinâmicas urbanas da cidade e por esse motivo, a sua qualificação contribui de maneira positiva para a restauração da paisagem urbana.

Hierarquia Viária A mobilidade urbana do objeto de estudo pode ser reconhecida facilmente pelo porte da cidade e principalmente pelo desenho em grelha regular que ela tem na maioria da sua área urbana. O desenho da cidade foi alterado por ser dividida pela Rodovia Candido Portinari, o que contribui para seu aspecto linear. As distâncias de deslocamento são consideradas curtas e é notado que uma parcela da população de trabalhadores utiliza a bicicleta como principal meio de transporte. Pensando neste caso, a apropriação das ruas largas precisa ser planejada para melhor atender este público, que atualmente concorre com os automóveis e motocicletas no trânsito da cidade, assim como a apropriação para também priorizar o pedestre no deslocamento a pé. A figura 5 deixa evidente a configuração da organização do sistema viário, considerando as diferentes intensidades de fluxos observados.


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Figura 5 - Classificação da hierarquia viária de Brodowski. (Destido, et al., 2019 p. 9).


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A linha tracejada preta mais espessa mostra que o maior fluxo acontece na ligação intermunicipal que a Rodovia Candido Portinari recebe no dia a dia, seguido pelas avenidas coletoras paralelas a ela, que são encarregadas de distribuir os deslocamentos dentro o município, sendo marcadas no esquema com uma linha também espessa e tracejada na cor vermelha. São também essas avenidas os eixos que direcionam para a entrada e saída na cidade no sentido Batatais – Ribeirão Preto. O que foi denominado como fluxo secundário acontece nos eixos que, dentro da cidade, têm maior intensidade de movimentação, sendo as ruas do centro da cidade que concentram a maioria dos estabelecimentos comerciais e de serviços, e também as que realizam a principal ligação entre os bairros, especialmente nos eixos que levam aos pontos de acesso para os dois lados do município. Estas estão demarcadas com linhas tracejadas em vermelho com espessura menor. Com linha tracejada preta com espessura mais fina, são as ruas as ruas locais que recebem carga intermediária, importantes também por fazerem ligações estratégicas entre bairros. As demais não demarcadas, são consideradas as ruas locais com menor grau de movimentação. A figura 5 ainda contempla mais informações relevantes sobre a mobilidade de Brodowski. No esquema são apresentados os lugares que recebem os elementos de passagem entre as duas regiões separadas da cidade, sendo viadutos, passarelas de pedestres e de automóveis. Outra importante informação que o esquema carrega é a indicação dos pontos negros, sendo estes as áreas com mais indícios de conflitos de trânsito. Os viadutos da cidade são as áreas que claramente recebem a maior carga de movimentação, pois são os canais de ligações mais relevantes dentro do sistema viário da cidade, para isso, as avenidas paralelas à Rodovia Candido Portinari receberam a instalação dos moderadores de fluxo, que de fato não tem sido suficientes para evitar os problemas, gerando maiores conflitos, considerando que a população de Brodowski não se adaptou a essa dinâmica. Outras áreas que receberam estes pontos negros são os quatro eixos responsáveis pela entrada e saída do município. O sistema viário de Brodowski apresenta aspectos interessantes que devem ser explorados para a melhoria na qualidade de vida dos seus habitantes e também propiciar melhores experiências aos visitantes. Ruas largas, terreno em sua maior extensão plano e desenho em grelha deveriam favorecer uma locomoção mais tranquila e saudável, oferecendo tratamento que privilegiasse os pedestres.


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Uso do Solo Os tipos de uso do solo do município de Brodowski foram divididos em seis classes: Residencial, comercial, prestação de serviço, institucional, industrial e áreas verdes e vazios. Não foi identificada nenhuma atividade considerada irregular no município, foram mapeadas apenas as atividades regulares. Pode-se observar, no mapa representado na figura 6, que todas as atividades de prestação de serviço e de comércio se concentram expressivamente na extensão da Avenida Dom Luis do Amaral, e parte na Avenida Papa Pio XXIII (paralelas a Rodovia Candido Portinari), devido ao alto fluxo que essas vias possuem. Há uma forte influência de estabelecimentos comerciais e de prestação de serviço no centro da cidade, área essa que concentra a maior quantidade dos equipamentos urbanos do município. O uso que predomina no território é o residencial. A classificação de áreas verdes e vazios considera espaços com estruturas de praças, sendo assim equipamentos urbanos, mas também os vazios que contém uma expressiva presença de vegetação. Dentro do perímetro urbano ilustrado no mapa não se verifica a presença de matas nativas, por isso a consideração anterior integra os vazios, porém, nas periferias de algumas regiões que circundam a cidade é encontrada uma vegetação mais expressiva, sendo estas de espaços rurais.


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Figura 6 - Uso do solo de Brodowski. (Destido, et al., 2019 p. 12).

Ocupação do Solo


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O estudo de ocupação do solo consiste na explicação por percentual de ocupação de quadras no município de Brodowski. Segue a figura 7 que orienta este estudo.

Figura 7 - Ocupação do solo em Brodowski. (Destido, et al., 2019 p. 13)


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O critério de avaliação para compreensão e análise do estudo sobre a ocupação do solo na cidade de Brodowski, é baseada numa verificação pela plataforma do Google Maps e Google Earth, que consiste na investigação de aérea da ocupação dos lotes, e por predominância é feita a orientação da porcentagem, e a figura 7 traz esses resultados. A ocupação da cidade de Brodowski predomina entre 75% e 100% de edificação nas quadras. Entretanto, nas áreas periféricas, este percentual fica 0% a 25%. Isso é decorrente da massiva construção de novos condomínios residenciais que tem sido implementado nas extremidades da cidade cujas parcelas ainda não foram edificadas.

Infraestrutura Nesta parte do estudo, foi avaliada a infraestrutura disponibilizada aos habitantes da cidade, havendo o percentual do quanto este serviço está presente nas regiões da cidade. Foram considerados: Abastecimento de água pela rede; Abastecimento de água por rede ou nascente; Abastecimento de energia elétrica; Coleta de lixo; Coleta e tratamento de esgoto; Fossa séptica; Fossa rudimentar. Dessa forma, conseguiu-se no mapa apresentado na figura 8 a divisão das regiões da cidade norte, sul, leste, oeste e rural para que as assim seja estudada separadamente as porcentagens dos serviços utilizados. Em seguida, a figura 9 traz a legenda referente ao mapa da figura 8, que define as porcentagens que cada região utiliza dos meios de abastecimento citados, tendo a base geral dos dados extraídos do censo 2010, disponibilizado no IBGE. (IBGE, 2010). Avaliando os resultados da pesquisa compreende-se que mais de 96% da área urbana recebe o abastecimento de água encanada, enquanto a região rural, por suas condições de distanciamento opta pelo abastecimento por poço ou nascente, sendo estes independentes. Quanto ao abastecimento de energia elétrica, este atende em média de 93% de toda a população de Brodowski, exceto a área rural, que tem por volta de 35% das famílias abastecidas. O mesmo acontece com a coleta de lixo e


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tratamento de esgoto, presentes apenas na área urbana. A fossa séptica e rudimentar tem o inverso dessa relação sendo que o percentual de uso predomina na área rural, apresentando quase 93% a séptica e 2,50% a rudimentar, enquanto o maior índice de uso de fossa em uma região urbanizada é de 2,28%.

Figura 8 - Divisão em setores do abastecimento e infraestrutura em Brodowski. (IBGE, 2010)


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Figura 9 - Legenda referente à figura anterior - Infraestrutura por Setor. (IBGE, 2010)

Equipamentos Urbanos Sabe-se que o funcionamento de uma cidade depende também de seus equipamentos urbanos, e para avaliar esta situação, a figura 10 mostra a localização de cada equipamento encontrado e a 11 cita o que são cada um.


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Figura 10 - Equipamentos urbanos em Brodowski. (Destido, et al., 2019 p. 13).


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Figura 11 - Legenda da imagem anterior que se refere aos equipamentos urbanos. (Destido, et al., 2019 p. 13).


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A expressiva instalação da maioria dos equipamentos urbanos na região norte e oeste evidencia a divisão que a cidade sofre por conta da Rodovia Candido Portinari, negligenciando as demais regiões. É evidente a segregação socioterritorial no município, podendo ser facilmente percebido pela desigual distribuição dos equipamentos culturais, já que a região leste e sul encontra-se somente um. São denominados como “equipamentos públicos” os que se referem a serviços administrativos municipais, que por ventura também estão mal distribuídos, afetando significativamente a vida de quem mora do “lado de lá” do barranco, que são obrigados a atravessar a cidade para se servirem destes aparelhos.

Análise do Plano Diretor Estratégico de Brodowski A Lei Complementar n.o 275 de novembro de 2017, instituiu o Plano Diretor Estratégico de Brodowski, que dá competências ao município para o seu desenvolvimento. No anexo I do PDE de Brodowski, é mostrado o macrozoneamento criado, havendo três momentos de expansão, como abordado na figura 12. ZEU – Zona de Expansão Urbana é a área de expansão total dos três momentos que equivale a 2,5 km (dois quilômetros e quinhentos metros) de largura a partir de toda a extensão do perímetro urbano, localizada na Zona Rural, porém predestinada à Expansão Urbana, apesar de estar inscrita no Incra, assim compreendidas: Zona de Expansão Urbana 1 – ZEU-1 – é a área de 1,0 km (um quilômetro de largura adjacente a todo o perímetro da Zona Urbana; Zona de Expansão Urbana ZE U-2 – é a área de 1,0 km (um quilômetro de largura adjacente a todo o perímetro da Zona de Expansão Urbana1; Zona de Expansão Urbana 3 – ZE U-3 – é a área de 500 m (quinhentos metros de largura adjacente a todo o perímetro da Zona de Expansão Urbana 2. (Brodowski, 2017).


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Figura 12 - Macrozoneamento em setores no município de Brodowski. (Destido, et al., 2019 p. 6).

Sabendo que o macrozoneamento é criado a partir de um referencial do desenvolvimento de uma cidade e que assim se conclui uma proposta de futuras projeções de expansão, parece pertinente o equívoco mostrado pelo PDE de Brodowski, que sugere no mínimo a expansão de seis vezes o limite municipal. De acordo com o processo de expansão de Brodowski estudado, pode-se mencionar que apesar de nos últimos anos a cidade receber intenso crescimento do limite urbano em função de aberturas de novos condomínios, ainda assim não consegue justificar que o município conseguiria chegar a tal sugestão de expansão urbana. O Microzoneamento Cultural na cidade que institui a Área de Proteção da Paisagem Histórica e Cultural, a fim de delimitar áreas que assegurem a dinâmica de preservação dentro o município, de acordo com o artigo 12 do PDE, como mostra a figura 13. (Brodowski, 2017) I – Área de Proteção Máxima da Paisagem do Museu Casa de Portinari (AMCP) é a área que envolve o Museu Casa de Portinari por volta de um perímetro de 50 metros a partir do polígono imaginário de suas extremidades, ou seja, as ruas que o circunda.


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II – Área de Proteção ao Entorno do Museu Casa de Portinari (AECP) é a restrição de área que recebe influência na paisagem do Museu Casa de Portinari e está compreendida pelo polígono formado pelas ruas limítrofes. III – Área de Proteção da Paisagem Histórica (APH) é a área antiga da cidade, firmada por ter o reconhecimento público por obter a maioria dos elementos de preservação histórica e cultural da cidade. IV – Área de Urbanização Controlada (AUC) – as demais áreas dentro da zona urbanizada estando no Setor Oeste e Setor Norte.

Figura 13 - Setor de microzoneamento cultural. (Destido, et al., 2019 p. 6).

A criação do Microzoneamento Cultural para o município, mostra que houve um certo cuidado e preocupação em proteger os bens culturais do município, conseguindo limitar as áreas que precisam de mais atenção, mas infelizmente na prática essas diretrizes não estão sendo aplicadas, sendo claramente observadas por ações de degradação de objetos que deveriam ser englobados como patrimônio. São diversos os elementos dentro da cidade aparecem com total descuido, sendo alvos de vandalismo chegando até a demolições, gerando um ciclo de atitudes que desmotivam


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o próprio cidadão de zelar por eles, e alguns destes localizados dentro dessas áreas de proteção que foram criadas pelo Microzoneamento Cultural. A valorização destes bens deve ser praticada em ação conjunta com a comunidade, e para isso o incentivo deve ser ofertado à comunidade que tendo conhecimento poderá contribuir no cuidado de cuidar de suas raízes e origens, tendo assim o poder público aliados. Já no artigo 13 é identificado as Zonas Especiais dentro do município, criando 6 tipos a partir do seu uso específico. São elas: Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) e Zona Mista Comercial e Empresarial (ZMCE) - Setor Leste entre a divisa do município de Brodowski com o município de Batatais, cuja ocupação do solo atende às funções sociais da terra e da propriedade e que deve ter garantido o seu acesso pela população de baixo poder aquisitivo de renda. Zona Mista Empresarial e Industrial 1 (ZMEI–1) – Localizada no setor sul cuja principal atividade é o uso industrial, sendo admitidos os usos comerciais, de prestação de serviços e institucional com exceção de atividades de saúde e de educação Zona Mista Empresarial e Industrial 2 (ZMEI–2) – Localizada no Setor Sul cujas principais atividades são o uso empresarial e industrial, sendo admitidos condomínios e loteamentos residenciais, e os usos comerciais, de prestação de serviços e institucional com exceção de atividades de saúde e de educação. Zona de Expansão Empresarial e Industrial 1 (ZEEI–1) – Localizada no Setor Oeste cuja principal atividade é o uso empresarial e industrial, sendo admitidos condomínios residenciais e os usos comerciais, de prestação de serviços e institucional com exceção de atividades de saúde e de educação e não sendo admitido o uso residencial unifamiliar. Zona de Expansão Empresarial e Industrial 2 (ZEEI-2) – Localizada no Setor Sul, cujas principais atividades são o uso empresarial e industrial, sendo admitidos condomínios residenciais e os usos comerciais, de prestação de serviços e institucional com exceção de atividades de saúde e de educação e não sendo admitido o uso residencial unifamiliar. Zona de Expansão Empresarial e Industrial 3 (ZEEI-3) – Localizada no Setor Oeste, cujas principais atividades são o uso empresarial e industrial, sendo admitidos condomínios residenciais e os usos comerciais, de prestação de serviços e


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institucional, com exceção de atividades de saúde e de educação e não sendo admitido o uso residencial unifamiliar. Todas as zonas especiais citadas anteriormente são identificadas na figura 14. A proposta das ZEIS (Zonas Especial de Interesse Social) é inadequada justamente quando se tem a ideia de unir a cidade e sanar o problema de segregação socioterritorial. A região leste e sul são áreas que predominantemente receberam as habitações de interesse social do município, o que já intensifica a questão de demarcação de classes sociais, e a ação de que as futuras instalações desse interesse sejam novamente instaladas somente deste lado, influencia cada vez mais a questão de separação por classe social, sendo assim, deve-se repensar e estudar novos espaços que podem trazer qualidade espacial para o município e que consiga aos poucos renovar essa ideia de duas Brodowski’s. A demarcação de ZMEI 1 (Zona Mista Empresarial e Industrial 1) ocorre onde hoje se concentra a maior parte das industrias da cidade, e por isso é valido a consolidação deste eixo, propondo que a ZMEI 2 seja praticada nesta região, considerando o acesso facilitado pela Rodovia Candido Portinari como um ponto forte das empresas e industrias dali.


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Figura 14 - Mapa de Zonas Especiais do municĂ­pio de Brodowski. (Destido, et al., 2019).


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Dados Gerais do Objeto

Pirâmide Etária A fim de esclarecer as condições atuais do município, o IBGE conclui em 2010 6 que a população que mais se destaca por sua quantidade no município de Brodowski é de jovens e adultos entre 10 a 49 anos, tendo em vista que as mulheres têm se sobressaído quanto à longevidade. Entre os homens a maior quantidade, no ano de 2010, se concentra na faixa etária entre 15 a 19 anos, seguindo com as maiores quantidades na faixa entre 20 a 34 anos. Já em relação às mulheres, a maior quantidade é a de crianças entre 10 a 14 anos, seguindo com maiores quantidades nas faixas de 15 a 39 anos, como mostra o gráfico da pirâmide etária abaixo. (IBGE, 2010) Considerando que essa estimativa se manteve nos últimos 10 anos, pode-se dizer que há grandes chances de que a base desta pirâmide tenha se estreitado pelo menos nas duas primeiras faixas, tendo em vista o acréscimo de 10 anos nas faixas entre 15 e 49 anos.

Figura 15 - Pirâmide Etária feita pelo IBGE em 2010 sobre o Município de Brodowski. (IBGE, 2010)

6 Os dados referentes a Pirâmide Etária e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal mostrados, foram extraídos da pesquisa do Censo Demográfico no ano de 2010, sendo estes os mais recentes e atualizados disponíveis.


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Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) Para mostrar o progresso a longo prazo sobre três perspectivas, o IDHM é resultado de parâmetros de crescimento da Educação, Longevidade e Renda do município. O IBGE é o órgão responsável por esta amostra de resultados, tendo assim a crescente marcação em 19 anos. Em 1991 Brodowski atinge a marca de 0,546, e em nove anos a seguir registra 0,665 (2000). Na sua última atualização, o órgão registrou para Brodowski a marca de 0,755 demonstrando que a cidade tem se desenvolvido ao passar do tempo, como mostra o gráfico ilustrado na figura 16. (IBGE, 2010).

Figura 16 - IDHM de Brodowski. (IBGE, 2010).

Segundo a PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), Brodowski aparece em 453° colocação no ranking do IDHM dos municípios de todo o Brasil, considerando os índices de desenvolvimento educacional, de renda e de longevidade. Alcançando o índice de 0,755 em 2010, os números que completam essa média são: Renda – 0,738; Longevidade – 0,864; e Educação - 0,675. (PNUD, 2010).


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4 REFERÊNCIA PROJETUAL A escolha de uma referência projetual para elaboração das diretrizes a serem propostas para Brodowski toma como partido a forma estrutural do Plano Diretor Estratégico de São Paulo. Apesar da dinâmica e geografia das cidades em questão serem contrastantes, o aspecto discutido será voltado à estratégia utilizada para mostrar os resultados, ou seja, a forma compacta, ilustrada e acessível na configuração explicativa. A referência delibera algumas diretrizes que servirão de apoio a este planejamento voltado à Brodowski, tratando de assuntos parecidos e com soluções inteligentes capazes de contribuir para o trabalho. Além de Planos Estratégicos, o que contribuirá fortemente para o desenvolvimento das diretrizes deste projeto, são estudos de exemplos que trataram as cidades como objeto vivo e que de maneira criativa conseguiram trabalhar com três vertentes importantes que foram considerados base para o plano, que é a conexão, cultura e inovação.

Ficha Técnica do PDE de São Paulo Nome: Lei nº 1650 - Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo texto de lei ilustrado Local de publicação: São Paulo Data de criação: 31 de julho de 2014 Tempo de vigência do Plano: 16 anos (2030) Autores: Elaborado pela Prefeitura de São Paulo com participação ativa da sociedade. A figura 17 apresenta a capa do texto de lei do PDE mencionado, que já traz à tona a representação por meios de ilustrações.


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Figura 17 - Capa do texto de lei ilustrado do Plano Diretor Estratégico de São Paulo. (Secretaria de Desenvolvimento Urbano de São Paulo, et al., 2014 p. 1)

Estrutura do PDE de São Paulo O Plano Diretor Estratégico de São Paulo foi aprovado em 2014, e estabelece diretrizes que orientam o desenvolvimento urbano e o crescimento da metrópole por 15 anos, conduzido por sete princípios: função social da cidade; função social da propriedade urbana; função social da propriedade rural; equidade e inclusão social e territorial; direito à cidade; direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e gestão democrática. Esses elementos são desmembrados em várias ações que tem objetivos como: Conter a expansão urbana; Implementar uma política fundiária e de uso e ocupação do solo que garanta o acesso à terra para as funções sociais da cidade; Ampliar e requalificar os espaços públicos;


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Acomodar o crescimento urbano nas áreas subutilizadas dotadas de infraestrutura e no entorno da rede de transporte coletivo de alta e média capacidade; Expandir as redes de transporte coletivo de alta e média capacidade e os modos não motorizados, racionalizando o uso de automóvel; Reduzir a necessidade de deslocamento, equilibrando a relação entre os locais de emprego e de moradia. (Secretaria de Desenvolvimento Urbano de São Paulo, et al., 2014) A figura 18 mostra as dez estratégias utilizadas para a construção de um plano diretor inclusivo e dinâmico, que tornam as questões humanas mais próximas de discussões em que se privilegia o indivíduo.

Figura 18 - Estratégias do Plano Diretor de São Paulo. (Secretaria de Desenvolvimento Urbano de São Paulo, et al., 2014 p. 4)

Orientações como essas conseguiram tornar o PDE de São Paulo referência, tanto que foi reconhecido pela ONU-Habitat em 07 de janeiro de 2017 pelo caráter inovador do documento e seu potencial de replicabilidade. A construção de um plano inclusivo traz no documento a representação da voz de toda a população, traduzindo objetivos em comum que gerem bons resultados em prol da igualdade.

Os três elementos referenciais


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Plano Ilustrado O PDE Ilustrado contempla os artigos de lei vigente referente ao plano diretor da cidade acompanhado de ilustrações e diagramas explicativos, traduzindo de maneira clara e simples as ideias principais do plano, que de certa maneira consegue reforçar o caráter pedagógico e a transparência na relação de decisões tomadas pela política pública, que contribui também para o desenvolvimento da cidade. Com objetivo de simplificar a leitura e aproximar a população, ele se estrutura em dez seções em que cada uma conta suas estratégias, utilizando gráficos informativos, mapas e quadros de referência, conseguindo assim sintetizar a complexidade que carregam os artigos legislativos. Nesta cartilha ilustrada, ainda introduzem, no final de cada estratégia, perguntas que podem ser frequentes em cada tema, e ainda reservam mais um espaço para explicar como viabilizam as ideias que se referem a estratégias. O uso de símbolos ajuda na compreensão do enunciado, por isso, a aposta neste tipo de expressão contribui com o entendimento prévio do que se pretende ser mencionado. Para exemplificar todos estes mecanismos explicativos, a figura 19 ilustra a preocupação em serem claros com as informações.

Figura 19 - Exemplo de uso das ilustrações no Plano Diretor Estratégico de São Paulo - Texto de lei ilustrado. (Secretaria de Desenvolvimento Urbano de São Paulo, et al., 2014 pp. 63-64)


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Ainda preocupados com a forma de exposição das informações e a importância de que a população entenda este plano, criaram outra importante forma de expor suas qualidades com a criação do Concurso Nacional de Curtas Metragens sobre o Plano Diretor de São Paulo, concluindo um ciclo muito eficiente ao demonstrar a todos as conquistas que todos podem obter com a efetivação das ações previstas. O vídeo vencedor, produzido pela produtora Unloop Filmes, traduziu em seis minutos a complexidade das metas traçadas.

Figura 20 - Curta metragem explicativo do PDE e São Paulo. (Unloop Filmes, 2015).

Participação Ativa da Sociedade A contribuição da população na tomada de decisões para a elaboração do Plano Diretor de São Paulo foi intensamente integrada, contendo a ativa comunicação e troca de objetivos com a secretaria responsável. Isso de fato consagrou ao plano uma aproximação da cidade e maiores chances de acertos. Os processos de discussão que norteiam o desenvolvimento da cidade, tanto como as instâncias e instrumentos de participação social, foram ampliados e qualificados, tornando a gestão democrática mais acessível e justa, conseguindo que a população se tornasse parceira da Prefeitura. O sentimento de transparência se fortificou, havendo mais clareza nos objetivos, sendo assim criaram-se canais de compartilhamento de informações e meios de


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avaliação do Plano, tendo a população mais acesso também a estes dados. Este processo participativo de revisão do PDE contou com: 114 audiências públicas; 25.692 participantes; 10.147 contribuições; 5.684 propostas presenciais; 4.463 propostas pela web. Das 10.147 contribuições recebidas, 4.463 foram através das plataformas digitais de participação, sendo: 1.826 Ficha de propostas online; 902 Mapa colaborativo 1.204 Minuta participativa 531 Hotsite da câmara O Plano Diretor de São Paulo deixa evidente a importância do voto de cada indivíduo nas decisões para a cidade, por isso se torna justo e compatibiliza os votos e desejos da população com os da Secretaria de Desenvolvimento Urbano. A figura 21 ilustra o quanto foi forte a participação da sociedade nas decisões, sendo que todas as informações acerca deste processo, tais como datas das reuniões, filmagens e atas de discussão, entre outros, foram disponibilizadas no site da secretaria para que todos tivessem acesso.

Figura 21 - Reuniões e audiências públicas sobre discussões para o PDE de São Paulo. (Secretaria de Urb e Licenciamento de São Paulo, 2014)


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Identidade Cultural Preocupado com a identidade da cidade, o plano busca proteger e ampliar a dinamização de espaços culturais, os espaços com os quais a sociedade tem ligações de afeto e outros que são simbólicos, sendo estes que carregam a identidade, memória e traduzem a vida dos paulistanos. Para isso, precisou articular ao ordenamento territorial do município, áreas de preservação cultural e bens culturais paulistanos por meio de instrumentos e gestão, proteção e incentivos culturais. O Plano quer proteger e intensificar a valorização destes bens que de certa forma traduz muito sobre as pessoas que ali vivem, e por isso busca recursos e fundos para que essa imagem do indivíduo não seja rompida ao se voltar a cultura da cidade. Ele consegue viabilizar essa estratégia com a criação de espaços e proteção para eles, sendo Territórios de Interesse Cultural e da Paisagem (TICP); Zonas Especial de Preservação Cultural (ZEPEC); e intensificam a Incorporação de instrumentos de identificação, proteção e valorização do patrimônio cultural. (Secretaria de Desenvolvimento Urbano de São Paulo, et al., 2014). A figura 22 ilustra essas iniciativas.

Figura 22 - Estratégias culturais do Plano Diretor de São Paulo. (Secretaria de Desenvolvimento Urbano de São Paulo, et al., 2014 p. 59).


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O conceito que justifica sua utilização como referência O Plano Diretor de São Paulo contém a essência de união, o voto de democracia e objetivos de melhorias na qualidade de vida de seus habitantes, por isso elaborouse junto com a sociedade um plano que traduza suas forças de maneira simplificada, para que todos consigam compreender as estratégias e onde se pretende chegar. A criação do PDE teve ao todo mais de 25 mil participantes, que discutiram o desenvolvimento da cidade de São Paulo, por meio de fóruns, oficinas, audiências públicas e ferramentas de participação pela internet, contribuindo cada um à sua maneira para a geração de uma cidade que valoriza suas riquezas. O fato de haver a expressiva participação da população na criação de um documento que dita os rumos do município, mostra sensibilidade ao dar poder de voz a quem será diretamente ligado com qualquer ação que seja executada. Este vínculo mostra que a diversidade cultural somada à opinião dos órgãos públicos possibilita gerir mais qualidade de vida. O P.D.E. se faz perspicaz na intenção de atingir uma grande quantidade de pessoas com a criação de uma versão de estratégias ilustradas, contemplando uma narrativa eficiente e simplificada na transmissão de informações, tanto que consegue assim maior probabilidade de acertos. A cultura sendo valorizada, como se pretende, reforça a conexão do indivíduo com a identidade do município, resgatando suas raízes e criando impactos econômicos.


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5 O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA BRODOWSKI Este capítulo inicia os processos para a futura elaboração das diretrizes do Planejamento Estratégico para Brodowski. O andamento desta seção é dividido em cinco partes. Inicia se com a análise dos resultados da pesquisa elaborada com a população de Brodowski no segundo semestre do ano de 2019, que contribuíram para a elaboração dos demais produtos. É apresentada então a escolha dos temas prioritários e os objetivos do Planejamento Estratégico, que geram as análises internas e externas, dividindo cuidadosamente os temas por categorias, que na próxima etapa aparecem analisados nas matrizes F.O.F.A. de cada categoria. E por fim já se tem a construção dos cenários, sendo o cenário de futuro mais provável e o desejado.

Pesquisa e Participação Para elaborar um panorama atual do município e criar perfis da população de Brodowski, no dia 30 de agosto de 2019 foi elaborada uma pesquisa de participação pelo Google Forms (formulário), que permitiu a criação de um link para distribuição e recolhimento de informações. Deste modo, por meio de redes sociais, os pesquisadores alunos do oitavo semestre de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Barão de Mauá, enviaram o link para as pessoas que residem na cidade e em 30 dias a pesquisa foi encerrada com 95 participações. O anexo 1 apresenta as questões disponibilizadas com as alternativas de respostas (as que necessitavam). (Destido, et al., 2019) A partir das respostas elaborou-se uma série de estudos sobre o município, contando com mapas, gráficos e esquemas explicativos. Para esclarecimento, a sequência de figuras 23 a 29 contemplam as respostas dos munícipes.


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Figura 23 - Grรกficos referentes ao perfil dos respondentes da pesquisa com moradores de Brodowski 1/7. (Destido, et al., 2019 p. 22).


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Figura 24 - Grรกficos referente ao perfil dos respondentes da pesquisa com moradores de Brodowski 2/7. (Destido, et al., 2019 p. 22).


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Figura 25 - GrĂĄficos referente Ă s respostas da pesquisa com moradores de Brodowski 3/7. (Destido, et al., 2019 pp. 22-23).


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Figura 26 - Grรกficos referente as respostas da pesquisa com moradores de Brodowski 4/7. (PNUD, 2010 p. 23).


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Figura 27 - Grรกficos referente as respostas da pesquisa com moradores de Brodowski 5/7. (Destido, et al., 2019 pp. 23-24).


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Figura 28 - Grรกficos referente as respostas da pesquisa com moradores de Brodowski 6/7. (Destido, et al., 2019 p. 24).


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Figura 29 - Grรกficos referente as respostas da pesquisa com moradores de Brodowski 7/7. (Destido, et al., 2019 p. 24).


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Para melhor analisar as respostas e entender os fluxos de deslocamento para trabalho e escola, foi necessário demarcar em mapa a distribuição dos respondentes de acordo com a região onde mora na cidade, como ilustra a figura 30.

Figura 30 - Bairros divididos em regiões. (Destido, et al., 2019 p. 17).

A figura 31 mostra a graduação por quantidade de pessoas que responderam, propondo assim uma suposta7 realidade quanto à escala de bairros mais e menos 7

Suposta porque o universo das respostas obtidas é muito pequeno para generalizações.


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populosos, considerando a questão de permanência nos bairros. A região 5 é localizada na região oeste, e além da presença de estabelecimentos comerciais e de serviços, é também classificada pela alta taxa de população, tal como a região 8 na zona sudeste. Já a região 11 é a que, de acordo com a pesquisa, concentra menos moradores. (Destido, et al., 2019 p. 20).

Figura 31 - Bairros mais e menos populosos segundo a pesquisa. (Destido, et al., 2019 p. 20).


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A partir do entendimento da distribuição da população, foram analisados os indicadores obtidos relativos a sexo, meio de transporte mais utilizado, renda familiar e grau de escolaridade, como diagramado na figura 32. (Destido, et al., 2019 p. 18).

Figura 32 - Perfil do indivíduo a partir da pesquisa. (Destido, et al., 2019 p. 18).


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Obteve-se ainda uma média do fluxo pendular de trabalho e estudo dos habitantes de cada região, ou seja, é demonstrado onde os respondentes moram e para onde se deslocam para exercer atividades cotidianas. A figura 33 ilustra essa relação.

Figura 33 - Fluxo pendular interno de acordo com o perfil das respostas. (Destido, et al., 2019 p. 19).

Avaliando os bairros que recebem maiores fluxos de trabalhadores e estudantes, a figura 34 ressalta essas atividades, mostrando que há bairros que recebem mais pessoas que outros. Estes resultados foram criados a partir de uma média das respostas pela pesquisa, sendo assim mostra que respectivamente as regiões 10, 1 e


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8 são as que mais recebem pessoas, sendo justificado as duas primeiras pela concentração de serviços, comércio e equipamentos, já a região 8 pela concentração de pessoas, considerando então os pequenos estabelecimentos comerciais ali encontrados.

Figura 34 - Bairros que recebem mais fluxo de pessoas. (Destido, et al., 2019).

Após análises da cidade de Brodowski realizadas até o momento, foi possível visualizar resultados que se referem à realidade da cidade em todos seus aspectos, considerando a inserção regional, evolução urbana e patrimônio histórico, meio


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ambiente; mobilidade e circulação; distribuição e movimentos da população; atividades econômicas estrutura fundiária e dinâmica imobiliária; uso e ocupação do solo; infraestrutura urbana e legislação; e pesquisa com os munícipes. Através de mapas temáticos, a percepção sobre a cidade mostrou diversos pontos a serem corrigidos em âmbito territorial, dessa forma esta seção se compromete em expor exames sobre a cidade e como ela pode ser transformada gerando mais qualidade de vida aos seus habitantes e usuários.

Temas Prioritários e Objetivos A partir dos resultados ora apresentados, foi elaborada uma lista de temas prioritários, sendo estes os temas aos quais se deve dar maior atenção diante da situação atual do município. Em seguida, para cada tema foram definidos objetivos a serem alcançados. Segue a tabela 1 expondo ambos elementos. Tabela 1 - Temas Prioritários e Objetivos

TEMAS PRIORITÁRIOS

OBJETIVOS

Mau funcionamento dos equipamentos de saúde

Qualificar e aumentar a quantidade de equipamentos de saúde

Deficiência nos espaços de lazer

Requalificação de praças

Insegurança

Melhorar as condições de segurança

Expansão descontrolada nas periferias

Controlar a expansão urbana desordenada

Ineficiência no transporte público Municipal e Intermunicipal

Redesenhar o sistema de transporte coletivo Priorizar a mobilidade ativa

Fragilidade na dinâmica de Mercado e da participação popular

Incentivar a criação de novos espaços e políticas integradoras voltados a transformações criativas Gerar mecanismos de incentivo a participação popular


80

Desvalorização do Patrimônio Cultural e falta de incentivo a iniciativas criativas

Aprimorar o sistema de Gestão Pública, visando a execução do Plano Diretor Promover o desenvolvimento do turismo na cidade voltado a iniciativas criativas

Defasagem no abastecimento de água e prestação de serviço de má qualidade

Promover a autonomia da cidade em relação ao abastecimento hídrico

Empregabilidade

Ampliar as ofertas de empregos

Análise Interna e Externa Para organizar os temas prioritários a fim de conseguir melhores resultados, foi preciso separá-los em categorias, permitindo uma maior abrangência nos assuntos. A tabela 2 mostra a organização proposta. Tabela 2 - Categorias dos temas prioritários

CATEGORIA

Equipamentos

TEMAS PRIORITÁRIOS Deficiência nos espaços de lazer Mau funcionamento dos equipamentos de saúde Insegurança

Uso e Ocupação do Solo

Expansão descontrolada nas Periferias

Mobilidade

Ineficiência no transporte público Municipal e Intermunicipal

Dinâmica de Lazer e Cultura

Fragilidade na dinâmica de Mercado e da participação popular

Gestão Pública

Desvalorização do Patrimônio Cultural e falta de incentivo a iniciativas criativas

Infraestrutura

Defasagem no serviço de abastecimento de água


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Aspectos Socioeconômicos

Empregabilidade

Matriz F.O.F.A O desmembramento dos temas prioritários é realizado a partir da análise interna e externa, considerando cada um dos temas prioritários, a fim de identificar suas forças e oportunidades, fraquezas e ameaças. As analises desta pesquisa tem sido adaptada a modo de que a situação do Brasil e do mundo tem sido afetada pela pandemia e outros fatores, sendo assim, será ainda atualizado estes dados tanto das análises internas como externas nas próximas etapas de construção deste trabalho, para que os resultados desta pesquisa sejam o mais viável e real possível. As figuras 35 a 41 mostram os resultados conseguidos com os estudos de cada problemática. As análises foram atualizadas diante do cenário atual, para que as informações sejam fiéis a realidade.

Figura 35 - Matriz fofa sobre Equipamentos. (Destido, et al., 2019 p. 40).


82

Figura 36 - Matriz Fofa sobre Uso e Ocupação do Solo. (Destido, et al., 2019 p. 41).

Figura 37 - Matriz Fofa de Mobilidade. (Destido, et al., 2019 p. 42).


83

Figura 38 - Matriz Fofa sobre a Dinâmica de Lazer e Cultura. (Destido, et al., 2019 p. 43).

Figura 39 - Matriz Fofa sobre a Gestão Pública. (Destido, et al., 2019 p. 44).


84

Figura 40 - Matriz Fofa sobre Infraestrutura. (Destido, et al., 2019 p. 45).

Figura 41 - Matriz Fofa sobre Aspectos SocioeconĂ´micos. (Destido, et al., 2019 p. 46).


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Geração de Cenário A geração de cenários também tem sofrido atualizações diante do momento em que o mundo tem passado, e durante a evolução deste trabalho haverá também adaptações nesta parte, para que haja resultados válidos e mais próximos da realidade. Temas Críticos Com as ameaças e oportunidades identificadas, a aplicação destes elementos em um gráfico tratará de analisar externamente em que níveis de impacto e probabilidade de ocorrência as oportunidades e ameaças podem vir a acontecer, identificando então as piores ameaças e melhores oportunidades como aquelas listadas com alto nível de impacto e probabilidade de ocorrência. A figura 42 mostra a distribuição das ameaças e oportunidades encontradas a partir da matriz F.O.F.A de todos os temas, e a figura 43 destaca apenas o resultado das ameaças e oportunidades que mais tem probabilidade de ocorrência e nível de impacto na cidade, o que gera os chamados temas críticos. Nesta fase, de acordo com a realidade mundial, foram realizadas alterações importantes pela conjuntura de fatos ocorridos, dessa forma as ameaças e oportunidades com mais probabilidade de acontecimentos e com nível de impacto alto são significativamente levadas pelas ações da pandemia de covid-19.


86

Figura 42 - Gráfico para identificação dos temas críticos adaptado em 13 de junho de 2020. (Destido, et al., 2019 p. 49).


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Figura 43 - Quadro de temas críticos adaptado em 13 de junho de 2020. (Destido, et al., 2019 p. 50).

Cenário de Futuro mais provável A partir da definição dos temas críticos, constrói-se o cenário de futuro mais provável, onde as ameaças e oportunidades mais recorrentes e impactantes permitem a visualização do cenário futuro provável de Brodowski, tendo em vista a ocorrência destes fenômenos. Dessa forma fica provisoriamente definido como cenário de futuro mais provável: Em função da pandemia do covid-19 o cenário atual do mundo é instável e se assim por um tempo indeterminado, o que tem ocasionado num retrocesso econômico mundial,

e afeta o Brasil de maneira agressiva em conjunto com a crise

governamental com contradições e tomadas de atitudes questionáveis quanto ao cuidado a saúde pública, ameaças a democracia e nas questões culturais. Os efeitos com a liberação do auxilio emergencial assim como outros auxílios a famílias necessitadas, prossegue como uma tentativa de manter a manutenção de pessoas que estão sendo diretamente afetadas pelo isolamento social, tal como os empreendedores que deverão se reinventar num futuro mercado incerto. Durante o isolamento social, tem sido disponibilizados cursos on-line que estimulam a capacitação das pessoas com esperança de que haja indivíduos promissores a quem soube utilizar melhor o tempo, e assim o mercado de empregos pode ser renovado. Redução da taxa Selic e a substituição do programa minha casa minha vida são fatores que poderão aquecer o mercado imobiliário num pós crise, gerando um aumento na oferta de novos imóveis produzido pelas grandes construtoras que se mantém em exercício. O aumento desordenado da população pode sobrecarregar os sistemas de infraestrutura que estão funcionando próximo do seu limite, como o abastecimento de água que é dependente de equipamentos emprestados de outro município.

O

significativo desenvolvimento de Ribeirão Preto gera uma maior atratividade que desestimula o crescimento econômico de Brodowski tornando-a uma cidade dormitório. A evolução de Brodowski se manterá inicialmente pelo desenvolvimento do Turismo que dependerá de soluções criativas nesse período de retrocesso. Pactos com o Plano Nacional do Turismo e interação com as cidades do entorno que tem vocação turística, Brodowski conseguirá descentralizar os recursos que recebe e aplicar em outros pontos turísticos da cidade. (Destido, et al., 2019 p. 28).


88

Visão Estratégica Potencializando os pontos fortes com as oportunidades e minimizando os pontos fracos e ameaças, a visão estratégia foi realizada a partir do cenário de futuro mais provável, com propósito de formação de um futuro desejável, podendo haver futuras modificações também. Futuro desejado: Tornar Brodowski uma cidade referência no ramo turístico desenvolvendo o mercado desta vocação, proporcionando mais empregos aos habitantes tendo em vista a capacitação e qualificação da mão de obra, seguindo diretrizes de uma cidade criativa, que colabora com o protagonismo do indivíduo. Com infraestrutura adequada e poder de atratividade alto, fazer do município um lugar agradável e com boa qualidade de vida, estabelecendo uma conexão forte com a região, criando condutas e parâmetros enraizados numa filosofia de sociedade participativa que valoriza a identidade cultural.


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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os objetivos deste trabalho, que consiste na elaboração de diretrizes de um planejamento estratégico que se volta a uma perspectiva de cidade mais humana e criativa, é importante que se consiga explorar as suas potencialidades a fim de reforçar sua identidade cultural, que conjuntamente propõe a solução da problemática de segregação social existente. Também é objetivo fazer do cidadão brodowskiano, indivíduos mais próximos das decisões da cidade, tendo ativa participação e sendo protagonistas nos rumos da cidade. Tendo em vista a conclusão dos objetivos deste trabalho, foi elaborado uma etapa intermediária, considerando que os resultados que se pretende necessitam das próximas etapas a serem realizadas. Dessa forma, foi apresentado nesta parte do processo o contexto da investigação, o problema e os objetivos, seguindo pela leitura do objeto de estudo e da referência projetual em que este se baseia. Foram apresentados também resultantes da pesquisa de participação que fundamentou a criação das primeiras etapas da criação das diretrizes, com análise interna e externa, matriz F.O.F.A dos temas prioritários e dos objetivos de cada um, a visão estratégica e a criação dos cenários. Os próximos passos serão feitos as estratégicas para alcançar os objetivos dos temas prioritários, que resulta mais a frente na criação dos projetos de cada uma delas, que dependendo da estratégia deverá ser demarcado no mapa de Brodowski. Será determinado alguns desses projetos para se realizar o detalhamento, mostrando a possibilidades de implantação e os processos para tal efetividade.


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7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Alencar, Eunice Maria Lima Soriano de. 1986. Criatividade e ensino. Brasília : Revista Psicologia: Ciência e Profissão, 1986. Vol. 6. ISSN 1414-9893. Ângulo, Sérgio Cirelli, e, Sérgio Edurado Zordan e John, Vanderley Moacyr. Portal Metalica Construção Civil. Metalica. [Online] Metalica Contrução Civil.[Citado em:

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https://www.google.com/search?q=historia+da+cidade+de+brodowski+sp&oq=histori a+de+brodows&aqs=chrome.2.69i57j0l3.8106j0j4&sourceid=chrome&ie=UTF-8. Brodowski, Prefeitura Municipal de. 2017. Lei Complementar N. 275 de 20 de novembro de 2017 . Plano Diretor Estratégico de Brodowski. Brodowski : s.n., 2017. Cidade, Jornal A. 2014. Centro de Referência de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolições. Concessão do lixo inclui Reciclagem de entulhos em Ribeirão Preto. Ribeirão Preto : s.n., 2014. Destido, Leandro Antonio, et al. 2019. Mapas Temáticos da cidade e do território. Ribeirão Preto : s.n., 2019. Emplasa. 2019. Empresa Paulistana de Planejamento Metropolitano S/A. Região Metropolitana de Ribeirão Preto. [Online] Emplasa e Governo de São Paulo, 2019. https://emplasa.sp.gov.br/RMRP. Fonseca, Ana Carla e Peter Kageyama. 2011. Cidades Criativas: perspectivas. São Paulo : Garimpo de Soluções, 2011. Guell, José Miguel Fernández. 1977. Planificación Estratégica de Ciudades. Barcelona : Gustavo Gili, 1977. IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica -. 2010. Censo Demográfico 2010. IBGE - Brasil 1 por 1. [Online] 2010. Lopes, Rodrigo. 1998. A cidade intencional: O planejamento estratégico de cidades. Rio de Janeiro : Mauad, 1998. Maricato, Ermínia, Arantes, Otília e Vainer, Carlos. 2000. A cidade do pensamento unico: desmanchando consensos. Petrópolis : Editora Vozes, 2000. Michaelis, Dicionário. 2020. Estratégia. [Site] São Paulo : Editora Melhoramentos Ltda., 2020. Definição de Planejamento.


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Muniz, César. 2006. O Design Cooperativod Na Sociedade da Informação. São Carlos : Escola de Engenharia de São Carlos USP, 2006. Perrot, Michelle. 1991. Figuras e papéis. História da vida privada. São Paulo : Companhia das Letras, 1991, p. 3. PNUD, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. 2010. PNUD Brasil. PNUD Brasil. [Online] 01 de Janeiro de 2010. [Citado em: 27 de Maio de 2020.] https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/idh0/rankings/idhm-municipios2010.html. Rezende, Denis Alcides e Ultramari, Clovis. 2007. Plano diretor e planejamento estratégico municipal: introdução teórico-conceitual. Scielo. [Online] 2007. [Citado em: 02

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92

8

ANEXOS

Anexo 1 – Pesquisa de Participação Disponível em: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfzrwAKNMGrAbil3jKwDtSlxHR8UugfqsQR_njawHXsmp0aA/viewform

Pesquisa de participação Essa é uma pesquisa para fins educativos, visando o auxílio na capacitação dos estudantes de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Barão de Mauá, quanto ao estudo do Plano Diretor de Brodowski.

01. Faixa etária Abaixo de 18 De 19 a 30 De 31 a 40 De 41 a 50 De 51 a 60 Acima de 60 02. Sexo Feminino Masculino 03. Naturalidade Brodowski Batatais Ribeirão Preto Outro 04. Renda familiar Valor do salário mínimo R$ 998,00

Até um salário mínimo Entre um e dois salários Entre dois e três salários Entre três e quatro salários Entre quatro e cinco salários Acima de cinco salários


93

Prefiro não responder 05. Grau de escolaridade Ensino fundamental incompleto Ensino fundamental completo Ensino médio incompleto Ensino médio completo Ensino técnico Ensino Superior Completo Cursando Ensino Superior 06. Bairro de residência Centro Condomínio Santa Mônica Conjunto João Paulo II Distrito Industrial Jardim Alvorada Jardim Bonato Jardim Botânico Jardim Champagnat Jardim dos Tucanos Jardim Lascala Jardim Luiza Girardi Jardim Maria Imaculada Jardim Primavera Jardim Roberto Fabri Jardim Sabino Jardim São Judas Tadeu Jardim dos Tucanos Jardim Vereador Mário Arantes Ferreira Jardim Maria Imaculada II Loteamento Praia Munizio Nossa Senhora Aparecida Nossa Senhora das Graças Nossa Senhora de Fátima Parque do Sabiá Residencial Área Ferreira Vereador João Luiz de Vicente


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Vila Crispim Vila Cristal Vila Luíza Vila Siena Zona Rural Outro 07. Bairro de trabalho/estudo? Centro Condomínio Santa Mônica Conjunto João Paulo II Distrito Industrial Jardim Alvorada Jardim Bonato Jardim Botânico Jardim Champagnat Jardim dos Tucanos Jardim Lascala Jardim Luiza Girardi Jardim Maria Imaculada Jardim Primavera Jardim Roberto Fabri Jardim Sabino Jardim São Judas Tadeu Jardim dos Tucanos Jardim Vereador Mário Arantes Ferreira Jardim Maria Imaculada II Loteamento Praia Munizio Nossa Senhora Aparecida Nossa Senhora das Graças Nossa Senhora de Fátima Parque do Sabiá Residencial Área Ferreira Vereador João Luiz de Vicente Vila Crispim Vila Cristal Vila Luíza Vila Siena


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Zona Rural Outro 08. Meio de transporte mais utilizado A pé Bicicleta Transporte público (ônibus) Carro ou moto Outro Avaliação dos seguintes aspectos: 09. Educação Péssimo

1

2

3

4

5

Ótimo

1

2

3

4

5

Ótimo

11. Segurança Péssimo

1

2

3

4

5

Ótimo

12. Lazer Péssimo

1

2

3

4

5

Ótimo

1

2

3

4

5

Ótimo

14. Mobilidade (transporte público) Péssimo 1 2 3

4

5

Ótimo

15. Saneamento básico Péssimo 1

10. Saúde Péssimo

13. Cultura Péssimo

2

3

4

5

Ótimo

16. Arborização/meio ambiente Péssimo 1 2

3

4

5

Ótimo

17. Administração pública Péssimo 1

3

4

5

Ótimo

2


96

Opinião 18. O que mais gosta em Brodowski _____________________________________________________________ 19. O que menos gosta em Brodowski _____________________________________________________________ 20. Você sabe o que é o Plano Diretor? Trata-se do documento base de orientação da política de desenvolvimento dos municípios brasileiros, no qual a população deve ter participação ativa na sua construção.

Sim

Não

Talvez

21. Você participou da elaboração do Plano Diretor municipal? Sim Não Talvez


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