OLecionário é um dos diversos recursos que auxiliam no desenvolvimento de hábitos corretos naqueles que optaram pelo discipulado de Jesus. Quando utilizado de maneira adequada, ele conecta a liturgia devocional diária ao culto dominical, proporcionando conteúdo e harmonia para a partilha da Palavra.
Com o livro aberto, é perceptível a dinâmica interna do Lecionário. Ao longo do material, à direita, são apresentados os Salmos (em formato versificado para leitura responsiva) e o próprio Lecionário. À esquerda, encontramos o Ofício Diário, uma antiga proposta de oração que insere as leituras numa "liturgia" repleta de Salmos.
As leituras diárias aprofundam a ligação entre o culto dominical e o restante da vida cotidiana, entre a devoção pessoal e a vida em comunidade. Isso nos mergulha no ciclo de histórias e celebrações que definem o Ano da igreja, nos conduzindo a uma leitura orante de toda a Escritura, a fim de ampliar a extensão e a profundidade de nossa identificação com Cristo. †
Lecionário
ANO A 2022/2023 FASCÍCULO IV TEMPO COMUM
Lecionário
2022/2023
TEMPO COMUM
ANO A
FASCÍCULO IV
SETEMBRO 2023 QUISEXSÁBDOMSEGTERQUA TEMPO DE PREPARAÇÃO DIA DO SENHOR TEMPO DE REFLEXÃO 31 1 de set2 3 4 5 6 DÉCIMO QUARTO DOMINGO APÓS PENTECOSTES • PRÓPRIO 17 (22) 7 8 9 10 11 12 13 DÉCIMO QUINTO DOMINGO APÓS PENTECOSTES • PRÓPRIO 18 (23) 14 15 16 17 18 19 20 DIA DA SANTA CRUZ DÉCIMO SEXTO DOMINGO APÓS PENTECOSTES • PRÓPRIO 19 (24) 21 22 23 24 25 26 27 DÉCIMO SÉTIMO DOMINGO APÓS PENTECOSTES • PRÓPRIO 20 (25) 28 29 30 1 de out 2 3 4 DÉCIMO OITAVO DOMINGO APÓS PENTECOSTES • PRÓPRIO 21 (26) - 5SALMO 105 • p.25 SALMO 83 • p.27 SALMO 149 • p.29 SALMO 121 • p.31 SALMO 114 • p.35 SALMO 77 • p.37 SALMO 105 • p.39 SALMO 119 • p.41 SALMO 78 • p.43 SALMO 42 • p.45
OUTUBRO 2023 QUISEXSÁBDOMSEGTERQUA TEMPO DE PREPARAÇÃO DIA DO SENHOR TEMPO DE REFLEXÃO 28 29 30 1 de out 2 3 4 DÉCIMO OITAVO DOMINGO APÓS PENTECOSTES • PRÓPRIO 21 (26) 5 6 7 8 9 10 11 DÉCIMO NONO DOMINGO APÓS PENTECOSTES • PRÓPRIO 22 (27) 12 13 14 15 16 17 18 VIGÉSIMO DOMINGO APÓS PENTECOSTES • PRÓPRIO 23 (28) 19 20 21 22 23 24 25 VIGÉSIMO PRIMEIRO DOMINGO APÓS PENTECOSTES • PRÓPRIO 24 (29) 26 27 28 29 30 31 1 de nov VIGÉSIMO SEGUNDO DOMINGO APÓS PENTECOSTES • PRÓPRIO 25 (30) DIA DE TODOS OS SANTOS - 6SALMO 78 • p.43 SALMO 42 • p.45 SALMO 19 • p.47 SALMO 119 • p.49 SALMO 106 • p.51 SALMO 97 • p.53 SALMO 99 • p.55 SALMO 63 • p.57 SALMO 90 • p.59 SALMO 119 • p.67
NOVEMBRO 2023 QUISEXSÁBDOMSEGTERQUA TEMPO DE PREPARAÇÃO DIA DO SENHOR TEMPO DE REFLEXÃO 26 27 28 29 30 31 1 de nov VIGÉSIMO SEGUNDO DOMINGO APÓS PENTECOSTES • PRÓPRIO 25 (30) DIA DE TODOS OS SANTOS 2 3 4 5 6 7 8 VIGÉSIMO TERCEIRO DOMINGO APÓS PENTECOSTES • PRÓPRIO 26 (31) 9 10 11 12 13 14 15 VIGÉSIMO QUARTO DOMINGO APÓS PENTECOSTES • PRÓPRIO 27 (32) 16 17 18 19 20 21 22 VIGÉSIMO QUINTO DOMINGO APÓS PENTECOSTES • PRÓPRIO 28 (33) 23 24 25 26 27 28 29 DOMINGO DO REINO DE CRISTO - 7SALMO 90 • p.59 SALMO 119 • p.67 SALMO 107 • p.69 SALMO 128 • p.71 SALMO 78 • p.73 SALMO 78 • p.75 SALMO 123 • p.77 SALMO 83 • p.79 SALMO 100 • p.83 SALMO 28 • p.85
Sum á ri o EDITORIAL 11 COMPREENDENDO O LECIONÁRIO 13 O ANO A 14 O OFÍCIO DIÁRIO 15 APROVEITANDO AO MÁXIMO O OFÍCIO DIÁRIO 17 ESTAÇÕES LITÚRGICAS TEMPO COMUM 21 O TEMPO APÓS O PENTECOSTES 22 SANTA CRUZ 32 DIA DE TODOS OS SANTOS 60 REINO DE CRISTO80 LITURGIAS DOMÉSTICAS SOLITUDE E SILÊNCIO: DUAS DISCIPLINAS DE ABSTINÊNCIA 88 GUIA DE ESTUDO BÍBLICO 93 CREDOS & ORAÇÕES CREDO NICENO-CONSTANTINOPOLITANO 96 AS CONSOLAÇÕES DAS COMPLETAS NA QUARENTENA (E ALÉM) 97 ORAÇÃO DE CONFISSÃO INTERCESSÃO 100 CREDO APÓSTÓLICO A ORAÇÃO DO SENHOR 101 ORAÇÃO DO MEIO-DIA 102 ORAÇÃO DA NOITE 103 ORAÇÕES À MESA 106 ORAÇÕES DIÁRIAS 107
INGRESSANDO NOS MEIOS DE GRAÇA
Em sua premiada obra sobre 21 diferentes tipos de oração, “Oração: o Refúgio da Alma”1, Richard J. Foster inclui a oração sacramental, um tipo de oração mais estruturada, a oração da encarnação. Para o teólogo de tradição quacre, Deus, em sua imensa sabedoria, preferiu compartilhar sua vida conosco por meio do material e do visível. O Filho eterno se torna uma criança numa manjedoura. O pão e o vinho são investidos com poder sacramental.
Foster discorre que, no decorrer dos séculos, uma infeliz e desnecessária divisão coloca a liturgia, o sacramento e a oração decorada em um polo oposto à ênfase na intimidade, na informalidade e na oração espontânea. Contudo, afirma com convicção, nossa espiritualidade pode abraçar ambas as coisas. Após aprender com muitas experiências, Foster descobriu que os padrões regulares de devoção, comumente chamados “rituais”, são meios de graça ordenados por Deus.
O autor comenta acerca da liberdade trazida pelo método litúrgico de oração, que é sempre sacramental. Em primeiro lugar, a oração litúrgica ajuda-nos a articular os anseios do coração quando é difícil encontrar palavras para dizer o que sentimos ou quando não temos vontade de orar.
Em segundo lugar a oração litúrgica ajuda-nos a ter união com a “comunhão dos santos”. Estamos elevando ao trono da graça as mesmas palavras que foram ditas por seguidores do Caminho através de muitas gerações.
Em terceiro lugar, a oração litúrgica ajuda-nos a combater a tentação do espetáculo, do entretenimento, das personalidades carismáticas, das palavras inteligentes e das ideias brilhantes. Fazemos a oração que sempre foi feita. Concentramo-nos cada vez mais em Deus e cada vez menos no líder individual.
Em quarto lugar, a oração litúrgica ajuda-nos a resistir à tentação de fazermos de nossas preocupações e necessidades o objetivo maior de nossa oração. Por meio da liturgia, somos trazidos de volta à vida comunitária; somos confrontados com a doutrina; somos forçados a ouvir o clamor do pobre e a contemplar a angústia das nações.
Em quinto lugar, a oração litúrgica ajuda-nos a evitar a familiaridade que produz irreverência. A intimidade da oração deve ser sempre contrabalanceada pela infinita distância entre a criatura e o Criador. A pompa e a formalidade da liturgia ajudam-nos a perceber que estamos na presença da verdadeira Realeza.
Foster afirma ser compreensível termos algumas preocupações com respeito à oração sacramental. Uma delas é com a monotonia de orações
1 Oração: o refúgio da alma. São Paulo: Editora Vida, 2008.
Editorial
decoradas das liturgias. Entretanto, um dos grandes valores da oração litúrgica é precisamente não termos de pensar a todo instante ao orarmos.
Ela nos deixa livres para chegarmos à profundeza de nossa necessidade, assim como à realidade das mais profundas fontes de Deus.
Outra preocupação está relacionada à aplicabilidade, pois as palavras da liturgia são arcaicas e parecem fora de moda e sem relação com o mundo moderno. Mais uma vez, porém, a suposta desvantagem é uma virtude. As liturgias foram feitas para conservar o que há de melhor na devoção cristã: dessa forma, muitas vezes ela nos livra dos modismos.
Outra preocupação legítima questiona se as formas de oração litúrgicas se constituem nas “vãs repetições” que Jesus critica tão severamente (Mateus 6.7). Infelizmente, afirma Foster, muitas vezes é isso o que acontece. Nosso prazer pelo bom gosto literário pode facilmente se tornar um talismã. A beleza e a precisão do culto litúrgico podem suplantar os anseios por Deus. Isso não significa que “rude” e “espiritual” sejam aliados, mas devemos estar cientes da idolatria da sofisticação. Podemos facilmente orar “sempre repetindo a mesma coisa, como a Bíblia diz, sem desfrutar a “justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Mateus 6.7; Romanos 14.17).
Uma última preocupação compreensível é o medo de fazer com que Jesus se sinta “prisioneiro do tabernáculo”, como os pietistas costumavam dizer. Esquecemos facilmente a importância dos ensinamentos de Jesus, quando ele diz: “Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (João 4.24). Facilmente caímos na dicotomia do sagrado/secular. Pensamos ser possível frear o Espírito, que sempre sopra onde quer. Contudo, a preocupação não deve nos impedir de reconhecermos os caminhos da graça de Deus ao nosso coração e à nossa vida. A confissão de que o mundo é sacramental não nega o fato de Deus ordenar determinados sacramentos como instrumentos de sua misericórdia.
Mais recentemente, James K. A. Smith2 argumenta que, dispondo de uma teologia sólida da criação, uma avaliação das implicações da encarnação e uma ontologia sacramental que via a natureza carregada da matéria que participava em Deus, a fé cristã histórica sempre intuiu que a formação cristã requer práticas cinestésicas, meios que são essencialmente estéticos e imaginativos.
Jonathan Edwards diz que Deus é um Deus de meios. Parte de nosso crescimento espiritual vem da compreensão e do ingresso nesses “meios de graça”.
- 12 -
Fé, Esperança
EQUIPE LECIONARIO.COM
Em
e Amor,
2 Imaginando o Reino: a dinâmica do culto. São Paulo: Vida Nova, 2019.
Compreendendo o Lecionário
Neste projeto, sugerimos que o lecionário é um meio privilegiado de interligar a devoção privada dos dias da semana ao culto cristão e consiste em um trilho seguro para orientar a liturgia dominical de acordo com a grande história celebrada no calendário litúrgico da igreja.
O lecionário é uma sequência de passagens bíblicas escolhidas para a leitura diária da Palavra de Deus em um contexto devocional. Tendo como eixo as leituras de domingo, a primeira parte do ciclo semanal vai de quinta-feira a sábado com textos que preparam o povo de Deus para ouvir com mais compreensão as leituras que serão proclamadas no culto. Em sua segunda parte, o ciclo prossegue de segunda a quarta-feira com lições que estendem e refletem os temas das leituras do domingo.
Para cada domingo e dia festivo há 4 leituras: antigo testamento, salmo, epístolas e evangelho. Para os outros dias da semana, o lecionário aponta 3 leituras: antigo, novo testamento e o salmo. O salmo permanece o mesmo para todos os dias de preparação e outro para os dias de reflexão do ciclo semanal. Finalmente, as leituras diárias têm a função de aprofundar a conexão entre o culto dominical e o restante da vida diária, mergulhando-nos no drama das Escrituras celebrado pelo ano da igreja.
Nosso material emprega a simbologia das cores do Ano Cristão. O vermelho é a cor do fogo e simboliza a presença de Deus. Considera-se a cor da Igreja, já que o vermelho também pode simbolizar o sangue dos mártires. O dourado simboliza o que é precioso e valioso, a majestade, a alegria, a celebração e a presença de Deus. O verde simboliza a renovação da vegetação e dos seres vivos em geral e a promessa de uma nova vida.
Para esta coleção de doze fascículos publicados ao longo de três anos litúrgicos (A, B e C), combinamos, em um par de páginas, o Ofício Diário e os Salmos na versão Almeida Século 21, que procura combinar tradição, exatidão e fluência, juntamente com os textos do Revised Common Lectionary, lecionário construído para o uso comum de igrejas de várias tradições e adotado em várias partes do mundo.
- 13 -
O Ano A
Cada um dos três anos do lecionário é centrado em um dos evangelhos sinóticos. O ano A é o ano de São Mateus, o ano B é o ano de São Marcos e o ano C é o ano de São Lucas. São João é lido todos os anos, especialmente nos períodos do Natal, Quaresma e Páscoa, e ainda no ano de Marcos, cujo evangelho é mais curto que os outros. Os três evangelistas sinóticos têm ideias particulares sobre Cristo. A cada ano, permitimos que um desses evangelhos nos leve a Cristo por meio de uma leitura semicontínua durante os domingos no Tempo Comum. Passagens e parábolas que são exclusivas de um evangelista são normalmente incluídas como parte das leituras de domingo.
O TEMPO COMUM DO ANO DE SÃO MATEUS
As leituras do evangelho, desde a época do Advento até os domingos após a Epifania, falam da vinda de Cristo e de seu ministério, especialmente através de sua pregação. No domingo seguinte ao Domingo da Trindade, o lecionário retoma este padrão lendo o Evangelho de modo semicontínuo do ponto onde parou no domingo antes da Transfiguração do Senhor, sem repetir textos já lidos em outras estações ou cujos paralelos em outro Evangelho foram escolhidos para leitura nos outros anos. O ano termina com um texto tomado do discurso escatológico (Mt 24–25) e retornamos ao ponto no qual o ano começa no primeiro domingo do Advento.
Dos dois conjuntos de perícopes do Antigo Testamento disponíveis para este período, adotamos a série semicontínua de leituras que, como uma lectio continua modificada, se concentram nas principais narrativas que levam à constituição do povo de Israel como uma nação, principalmente de Gênesis e Êxodo, com foco na aliança com Moisés, com algumas leituras de Deuteronômio, Josué e Juízes, enfatizando o estabelecimento de Israel na terra prometida.
O Salmo é um responso congregacional e uma meditação sobre a primeira leitura, a leitura do Primeiro Testamento. Assim, a indicação semanal de um salmo para o culto ajuda as igrejas a recuperarem a prática da salmodia cantada ou recitada. Em nossa metodologia, os dois salmos servem como referencial para o fornecimento de duas liturgias semanais para os ofícios diários, apontando para o elevado valor da repetição desses cânticos para a formação espiritual da congregação de discípulos cristãos.
As segundas leituras (Epístolas) percorrem Romanos, Filipenses e 1 Tessalonicenses, indiscutivelmente cartas paulinas. Os domingos finais após o Pentecostes, aproximando-se do Domingo de Cristo Rei e do Advento, concentram-se em temas escatológicos e no reinado de Cristo.
- 14 -
O Ofício Diário
Em sua obra sobre a espiritualidade inglesa, Martin Thornton demonstra que a “regra tríplice” da tradição cristã consiste em orar 1) a devoção pessoal, 2) a eucaristia e 3) o ofício diário.
A devoção pessoal é focada em nossa vida de oração privada, que pode incluir diversas disciplinas espirituais individuais e comunitárias. Através da liturgia dominical, a história da salvação se desdobra dramaticamente, consumando-se no culto que nos centra em torno da cruz e do sacrifício de Cristo pelo mundo. O ofício diário é baseado no padrão de oração diária habitual encontrada em comunidades monásticas e suas formas de oração litúrgica podem ser usadas por indivíduos, famílias ou grupos maiores.
Assim, para que a devoção pessoal alimente o culto e o culto alimente a vida devocional, propomos conexões entre esses elementos por dois meios: 1) um lecionário que, em prol da preparação para e a reflexão sobre as perícopes de domingo, faça a curadoria de textos bíblicos que nos conduzam ao longo das estações litúrgicas do ano e 2) um ofício diário simplificado que sirva de moldura para a leitura orante dessas passagens bíblicas.
Considerando a prática de orar as Escrituras como parte de um relacionamento de diálogo com Deus, propomos que as perícopes sejam lidas dentro da moldura litúrgica do Ofício Diário, a antiga disciplina de oração em horários fixos, aqui formulada com estrutura similar à do breviário simplificado “Divine Hours”, de Phyllis Tickle (1934–2015).
Considere que as liturgias e rituais aqui propostos são padrões regulares de devoção que formam uma espécie de estrutura esquelética dentro da qual podemos inserir e fortalecer os músculos e tecidos da oração pessoal, espontânea e incessante. Tenha em mente que uma espiritualidade cristã integral pode combinar orações espontâneas com rituais porque, juntos, esses meios de graça cooperam para reformar nossos hábitos e nos ensinar a desejar o que Deus deseja.
- 15 -
A LINHA DO NOSSO TEMPO DIÁRIO COM DEUS
ENTENDA A DINÂMICA DAS ETAPAS DO OFÍCIO NA ORDEM RECOMENDADA
CHAMADA É um convite a iniciarmos a conversa com Deus naquela hora designada.
INVOCAÇÃO
É a nossa petição a Deus para que se faça presente ou um verso que nos lembra que Deus já está disponível.
LOUVOR É a nossa saudação ao Deus que chega para nos encontrar.
LECIONÁRIO
Tempo de meditação nas Escrituras alternadas com o refrão.
REFRÃO
LEITURA DO A.T.
REFRÃO
LEITURA DO N.T.
REFRÃO
LEITURA DO SALMO
REFRÃO
VERSO
Verso que encerra o tempo de meditação ORAÇÃO DO
SENHOR
Orando como Cristo nos ensinou.
COLETA
É uma curta oração exaltando um atributo da Trindade, contendo uma petição baseada nesse atributo e na mediação de Cristo.
CONCLUSÃO
Encerre o ofício com essas palavras de conclusão.
1 2 3 4 5 6 7
REFRÃO É um verso de louvor que, como uma antífona, repetimos antes e após cada leitura e que, por isso, habitará nossa mente durante o dia.
CHECKLIST DO OFÍCIO
Um recurso para orientar a marcação dos dias da semana no período do Ofício, tendo sempre o Domingo como marco central.
ORAÇÃO PESSOAL
Valorizamos o uso de nossas próprias palavras para conversar com Deus. Reserve tempo para isso. Sugerimos que isso seja feito após as leituras.
PARA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE COMO EXPLORAR AS POSSIBILIDADES DO LECIONÁRIO
E OUTROS CONTEÚDOS RELEVANTES, ACESSE: LECIONARIO.COM
PREPARAÇÃO/ REFLEXÃO
Indicação da dinâmica das semanas no Lecionário, alternando entre tempo de preparação e de tempo de reflexão a respeito do que é designado para o Domingo (Dia do Senhor). Também pode indicar uma data de destaque como "Domingo da Trindade".
Aproveitando ao Máximo o Ofício Diário
SALMO GUIA DO OFÍCIO
O Salmo guia aparece transcrito, na íntegra ou em versos selecionados, na página ímpar do Ofício que está centrado nele, trazendo a linguagem bíblica para o tempo devocional ou líturgico.
ORAÇÃO RESPONSIVA
Todos os versos marcados em NEGRITO, tanto no Ofício como no Salmo, estão destacados para o uso coletivo do Lecionário, dando indicações para a oração responsiva, em que o oficiante ora parte do texto e a comunidade responde orando a parte destacada.
CONTEÚDO EXTRA
Em alguns Ofícios há a inserção de conteúdo extra para enriquecer a experiência dos ofícios.
PARA LER AS PERÍCOPES DO DIA, ACESSE: BIT.LY/LECIONARIO
LEITURAS DO LECIONÁRIO
o Lecionário aponta 3 ou 4 leituras: uma do Antigo, outra do Novo Testamento e o Salmo que se repete de quinta a domingo, e de segunda a quarta-feira. Passagens ricas em conteúdo e relevância aparecem em mais de um lugar no ciclo de 3 Anos.
O verde simboliza a renovação da vegetação e dos seres vivos em geral e a promessa de uma nova vida. Ele é usado para a Temporada da Epifania e para o Tempo Comum (Ordinário), período entre o Domingo da Trindade e o início do Advento.
MOISÉS DESCENDO
DO MONTE SINAI, 1866
Gustave Doré (1832-1883), La Grande Bible de Tours. Xilogravura. Domínio Público.
Tempo Comum
31 DE AGOSTO 29 DE NOVEMBRO
Durante o Tempo Comum, a Igreja é capacitada pelo Espírito Santo e enviada em missão para fazer discípulos.
DESAFIO ESPIRITUAL
O Tempo Comum é o tempo e o espaço em que procuramos ser o povo de Deus vivendo a missão de Deus na vida cotidiana — em nossos lares, bairros, comunidades, locais de trabalho e até os confins da terra.
O Tempo Após o Pentecostes *
JOHN
TEMPORADA DE PENTECOSTES OU TEMPORADA DA TRINDADE
Apesar do ano cristão não incluir historicamente nenhuma estação coerente após o Pentecostes, algumas igrejas desenvolveram uma visão do ano inteiro como uma série de estações. Isso poderia ajudar as congregações a comunicar o significado do culto durante esta temporada, explicando idealmente que essa é uma improvisação mais recente das práticas antigas.
Mas em uma igreja orientada para a estação, a expressão “Estação Após Pentecostes” pode parecer um pouco vazia. Ela realmente não transmite uma visão para a temporada pelo simples motivo de nunca ter sido projetada para isso.
Portanto, algumas igrejas se referem a ela como Estação de Pentecostes, argumentando que, como o Natal e a Páscoa, o Pentecostes é algo a ser saboreado. Por que não prolongar a celebração? Afinal, o Espírito Santo é essencial, de maneira óbvia ou oculta, em todas as leituras da Bíblia que os pregadores podem optar por explorar durante esta temporada, seja do lecionário ou não. Isso tem mérito. Muitos de nós precisam de uma visão mais rica do Espírito Santo. É tão tentador refazer o Espírito Santo à nossa própria imagem, transformando o Espírito Santo em um introvertido ou extrovertido, enfatizando a razão ou emoção, a surpresa ou o hábito. Pode ser muito útil ter uma temporada prolongada em que estamos atentos a todas as maneiras pelas quais o Espírito Santo não se encaixa em nossas categorias simplistas. Por outro lado, essa escolha também pode obscurecer o caráter pentecostal de todo o ano cristão. O Espírito Santo foi um personagem principal do drama do Natal, e foi o Espírito Santo que ressuscitou Jesus dentre os mortos na Páscoa. Sem a devida cautela, chamar o tempo de Temporada de Pentecostes poderia reforçar nossa tendência de dividir nossa atenção nas pessoas da Trindade (o Pai na primavera, o Filho começando no Advento e o Espírito começando no Pentecostes) — um risco que, reconhecidamente, também é encontrado nas estruturas dos credos Niceno e Apostólico. O que queremos, em vez disso, é a preocupação trinitária durante todo o ano:
* Adaptado do artigo “Naming the Time After Pentecost”, da edição nº 127, de Março de 2018, da revista Reformed Worship (www.reformedworship.org).
** John D. Witvliet é diretor do Calvin Institute of Christian Worship (CICW) e professor de música e culto no Calvin College e no Calvin Theological Seminary em Grand Rapids, Michigan.
- 22 -
D. WITVLIET **
atenção adequada ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, sempre cientes de que são três em um.
É por isso que algumas igrejas se referem às semanas após o Pentecostes como Temporada da Trindade, não apenas comemorando o Domingo da Trindade durante a semana após o Pentecostes, mas estendendo esse foco nos temas trinitários por um longo período de tempo. Os pontos fortes e fracos dessa designação são semelhantes aos da designação Temporada de Pentecostes: é ideal chamar a atenção, por um período de tempo, para o caráter trino de Deus (que visão inspiradora é essa!), mas pode, sem querer, sugerir que o nascimento de Jesus, a vida e a morte não são totalmente trinitários quando certamente o são.
A ESTAÇÃO DO REINO OU A ESTAÇÃO DA CRIAÇÃO
Em 1937, o Federal Council of Churches (Conselho Federal de Igrejas) propôs que os domingos do final de agosto até o final do ano da igreja fossem chamados de “temporada do reino” (kingdomtide). Muitas leituras lecionárias nesse período já abordam preocupações sociais importantes e o Conselho queria promover a maneira como o evangelho de Jesus leva a um profundo envolvimento social. Na melhor das hipóteses, esse nome destacava o quão difundido é o reino de Deus nos evangelhos. Mas isso funciona apenas quando as leituras da Bíblia para o dia realmente se concentram no tema do reino, e quando esse nome é usado todos os anos, algumas leituras principais são deixadas inexploradas ou o nome deixa de ter o mesmo significado.
Mais recentemente, outras vozes propuseram celebrar uma estação da criação na primavera, aproveitando o tempo para saborear os principais textos bíblicos sobre a criação: Gênesis 1 e Salmo 104, Jó 38 e Salmo 8, Provérbios 8 e Atos 17, João 1 e Colossenses 1 e muito mais. Com essa adaptação, a forma do ano inteiro segue os credos Niceno e Apóstólico e, portanto, também segue muitos belos recursos de discipulado e formação de fé em forma credal (por exemplo, a seção do Catecismo de Heidelberg sobre o Credo (P&R 23–58)). •
- 23 -
• •
Ofício Diário
CHAMADA
Ó povos, bendizei o nosso Deus e fazei ouvir o som do seu louvor; aquele que nos preserva a vida e não permite que nossos pés tropecem.
INVOCAÇÃO
Apressa-te, ó Deus! Tu és meu amparo e meu libertador;
SENHOR, não te demores.
LOUVOR
Tenho me apoiado em ti desde que nasci; tu és aquele que me tirou do ventre materno.
Eu sempre te louvarei.
LECIONÁRIOREFRÃO
Salmo 66:8-9
Salmo 70:5
Salmo 71:6
Leitura do A.T.
REFRÃO
REFRÃO Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra.
Leitura do N.T.
REFRÃO
Salmo 105
REFRÃO
ORAÇÃO PESSOAL
Salmo 46:10
Após as leituras, também converse com Deus usando suas próprias palavras
VERSOA ORAÇÃO DO SENHOR
Mas ele me disse: A minha graça te é suficiente, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.
2 Coríntios 12:9a
COLETA
Pai Nosso que estás nos céus…
Senhor de todo poder e glória, autor e doador de todo o bem, enxerta o amor pelo teu Nome em nossos corações, aumenta em nós a verdadeira religião, nutre-nos com toda a bondade e produz em nós os frutos das boas obras; por Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus agora e sempre. Amém.
CONCLUSÃO
Senhor, louvado sejas pois em Cristo recebemos as bênçãos prometidas a Abraão. Envia teu Espírito Santo para fortalecer nossa fé nos tempos de provação. Quando as tempestades da vida ameaçarem naufragar nossa fé, certifica-nos da tua presença e do teu cuidado protetor. Oramos em nome do Salvador. Amém. †
- 24SEX QUISÁB DOM
31 DE AGOSTO A 3 DE SETEMBRO
TEMPO DE PREPARAÇÃO Salmo 105
1 Rendei graças ao Senhor, invocai o seu nome; anunciai seus feitos entre os povos.
2 Cantai-lhe, cantai-lhe louvores; falai de todas as suas maravilhas.
3 Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração daqueles que buscam o Senhor.
4 Buscai o SENHOR e a sua força; buscai sempre a sua face.
5 Lembrai-vos das maravilhas que ele tem feito, dos seus prodígios e dos juízos que proferiu,
6 vós, descendência de Abraão, seu servo, vós, filhos de Jacó, seus escolhidos.
23 Então Israel entrou no Egito, e Jacó peregrinou na terra de Cam.
24 Deus tornou seu povo muito fecundo e o fez mais poderoso do que seus inimigos.
25 Mudou o coração destes, para que odiassem seu povo e tratassem seus servos com engano.
26 Enviou Moisés, seu servo, e Arão, a quem havia escolhido.
45b Aleluia!
- 25 -
CONFITEMINI DOMINO 1-6, 23-26, 45B
LECIONÁRIO Q 31 Êxodo 2:23-24 Efésios 5:1-6 AGO S 1 Êxodo 3:16-22 2 Tessalonicenses 2:7-12 SET S 2 Êxodo 4:1-9 Mateus 8:14-17 D 3 Êxodo 3:1-15 Romanos 12:9-21 Mateus 16:21-28 DÉCIMO QUARTO DOMINGO APÓS PENTECOSTES • PRÓPRIO 17 (22)
Ofício Diário
CHAMADA
Cantai alegremente a Deus, nossa fortaleza; erguei vozes alegres ao Deus de Jacó. Entoai um salmo e fazei soar o tamborim, a harpa suave e o saltério.
Tocai a trombeta na lua nova, na lua cheia, no dia da nossa festa.
INVOCAÇÃO Ó Deus, não fiques em silêncio!
Não feches os ouvidos e não permaneças calado, ó Deus!
LOUVOR
Cantarei o amor e a justiça. A ti, SENHOR, cantarei louvores.
LECIONÁRIOREFRÃO
Salmo 81:1-3
Salmo 83:1 (NVT)
Salmo 101:1
Leitura do A.T.
REFRÃO
REFRÃO Mas eu sou como oliveira verde na casa de Deus; confio na bondade de Deus para sempre e eternamente.
Leitura do N.T.
REFRÃO
Salmo 83
REFRÃO
Salmo 52:8
ORAÇÃO PESSOAL Após as leituras, também converse com Deus usando suas próprias palavras
VERSOA ORAÇÃO DO SENHOR
Agora pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças e estendes a mão para curar e para realizar sinais.
COLETA
Pai Nosso que estás nos céus…
Atos 4:29-30
Senhor Jesus Cristo, tu nos chamas para seguir-te mesmo quando isso significa sofrer e carregar uma cruz. Mostra-nos que encontramos nossa vida somente em ti, e que nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que tu nos revelarás; pois tu vives e reinas com o Pai e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.
CONCLUSÃO
Pai eterno e onipotente: agradecemos-te porque nos trouxeste em segurança até ao princípio deste dia. Durante ele defende-nos com teu imenso poder, guarda-nos de cair em pecado e salva-nos em todos os perigos, de modo que, guiados pela tua mão, façamos só o que for bom a teus olhos; por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém. †
- 26TER SEGQUA
4 A 6 DE SETEMBRO
TEMPO DE REFLEXÃO Salmo 83
1 Ó Deus, não guardes silêncio; não te cales nem fiques impassível, ó Deus.
2 Pois teus inimigos se alvoroçam, e os que te odeiam levantam a cabeça.
3 Com astúcia tramam contra teu povo e conspiram contra teus protegidos.
4 Dizem: Vinde, e vamos dar fim à nação, para que o nome de Israel não seja mais lembrado.
13 Meu Deus, torna-os como folhas secas levadas pelo redemoinho.
14 Como o fogo destrói uma floresta, como a chama incendeia as montanhas,
15 persegue-os assim com tua tempestade e assombra-os com teu furacão.
16 SENHOR, cobre-lhes o rosto de vergonha para que busquem teu nome.
17 Sejam envergonhados e apavorados perpetuamente, e pereçam frustrados,
18 para que saibam que só tu, cujo nome é o SENHOR, és o Altíssimo sobre toda a terra.
- 27 -
CÂNTICO; SALMO DE ASAFE DEUS, QUIS SIMILIS? 1-4, 13-18
LECIONÁRIO S 4 Êxodo 4:10-31 Apocalipse 3:1-6 SET T 5 Êxodo 5:1—6:13 Apocalipse 3:7-13 Q 6 Êxodo 7:14-25 Mateus 12:22-32
Ofício Diário
CHAMADA
Louva o Senhor, Jerusalém!
Louva o teu Deus, Sião!
Pois ele reforça as trancas das tuas portas; abençoa os habitantes que se encontram dentro de tuas muralhas.
Salmo 147:12-13
INVOCAÇÃO
Espero pelo Senhor mais do que os guardas pelo amanhecer, sim, mais do que os guardas esperam pela manhã!
LOUVOR
Porque em breve sua ira se acenderá. Bem-aventurados todos os que confiam nele.
LECIONÁRIOREFRÃO
Salmo 130:6
Salmo 2:12b
REFRÃO Glória a Deus nas alturas, e na terra paz, boa vontade entre os homens!
Leitura do A.T.
REFRÃO
Leitura do N.T.
REFRÃO
Salmo 149
REFRÃO
Nós te louvamos, bendizemos, adoramos, glorificamos e te damos graças por tua grande glória.
Gloria in excelsis
ORAÇÃO PESSOAL
Após as leituras, também converse com Deus usando suas próprias palavras
VERSOA ORAÇÃO DO SENHOR
Eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho. Apocalipse 12:11 Pai Nosso que estás nos céus…
COLETA
Ó Senhor, concede que confiemos em ti de todo o coração, porque assim como tu sempre resistes aos soberbos que confiam em sua própria força, do mesmo modo jamais abandonas aqueles que se gloriam em tua misericórdia; por Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus agora e sempre. Amém.
CONCLUSÃO
Deus soberano, nós dançamos e cantamos de alegria porque tu nos chamaste para sermos teu povo e nos deste a vitória através de nosso Senhor Jesus Cristo. Protege-nos com a tua graça e encoraja-nos com o poder do Espírito, para que possamos lutar fielmente pela paz e pela justiça em todos os lugares. Amém. †
- 28SEX QUISÁB DOM
A
SETEMBRO
7
10 DE
TEMPO DE PREPARAÇÃO Salmo 149
1 Aleluia! Cantai ao SENHOR um cântico novo, e o seu louvor na assembleia dos santos!
2 Alegre-se Israel naquele que o fez; regozijem-se os filhos de Sião no seu Rei.
3 Louvem seu nome com danças; cantem a ele louvores com harpa e tamborim.
4 O SENHOR se agrada do seu povo; ele coroa os mansos com a salvação.
5 Exultem de glória os santos, cantem de alegria nos seus leitos.
6 Os altos louvores de Deus estejam nos seus lábios, e na sua mão, a espada de dois gumes,
7 para exercerem vingança sobre as nações e castigo sobre os povos;
8 para prenderem os seus reis com cadeias, e os seus nobres, com correntes de ferro;
9 e executem sobre eles a sentença escrita. Esta será a honra para todos os santos. Aleluia!
- 29 -
CANTATE DOMINO
LECIONÁRIO Q 7 Êxodo 9:1-7 2 Coríntios 12:11-21 SET S 8 Êxodo 10:21-29 Romanos 10:15b-21 S 9 Êxodo 11:1-10 Mateus 23:29-36 D 10 Êxodo 12:1-14 Romanos 13:8-14 Mateus 18:15-20 DÉCIMO QUINTO DOMINGO APÓS PENTECOSTES • PRÓPRIO 18 (23)
gostou dessa amostra do @lecionário? Então manda seu feedback pra gente no contato@lecionario.com e você pode adquirir a versão completa desse fascículo pelo qr code ou pelo link linktr.ee/lecionario