JM Selected Works

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JOAO MACHADO SELECTED WORKS 4


Edition I, Rio de Janeiro, 2010

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Self portrait, mixed media on paper, 28X20cm, 2005


Self portrait, guache on paper, 28X20cm, 2010

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COLLAGES 8


Home is where the heart is, collage with anatomy books, 50 x 80 cm, 2007

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My body is a meat truck carrying a brain, collage with anatomy books, 100 x 170 cm, 2007

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Junkmail amazonians, collage with junk mail, 100 x 180 cm, 2007


Death of a stripper, collage, 20 x 40 cm, 2006

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13, collage, 200 x 100 cm, 2008

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Detail: Apocalipstick wargasm, collage with vintage porn, 125 x 200 cm, 2009

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Everybody needs a map to understand the physical world we live in. We look to maps to understand the spiritual world, as in astrology, for example. We need maps to understand each other in this constant exploration. An exploration of both the extent of the galaxy and the depths of our own inner-space. Todos nós precisamos de um mapa, de uma maneira de ver o mundo. Precisamos de mapas para entender o mundo físico no qual habitamos e o espiritual, como ocorre, por exemplo, com a astrologia. Precisamos, enfim, dos mapas para nos comunicarmos uns com os outros na constante busca da vida. Uma busca que estende nosso olhar tanto para a extensão da galáxia como para as profundezas de nosso espaço interior.

MAPS 18


Spaghetti, map collage, 40 x 50 cm, 2006

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Tub, map collage, 40 x 50 cm, 2006


Vivian, map collage, 125 x 180 cm, 2007

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The Necklace, map collage, 150 x 85 cm, 2007


Swimming, map collage, 125 x 180 cm, 2007

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The Kiss, map collage, 40 x 50 cm, 2007


Kids, map collage, 85 x 120 cm, 2009

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The Romantiks, map collage, 50 x 45 cm, 2007


Nude Study, map collage, 45 x 61 cm, 2007

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Detail: African War Dance, map collage, 45 x 76 cm, 2007

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Found Papers: Archeology of the present

Papéis Achados : Arqueologia do presente

In our daily lives, we are constantly creating documents. This form of paper documentation varies from government identifications to credit card receipts and a wide array of forms and contracts we fill out daily. We rarely stop to think that there are other types of papers: The greasy wrapper from a churros or popcorn eaten after school or a lottery ticket are just as telling about us. They are maps of our little pleasures and fleeting encounters.

Na vida, fabricamos documentos diariamente. Nossos documentos de identificação e localização básica na sociedade são os mais respaldados, por assim dizer. Recibos, notas fiscais, fichas de inscrição e canhotos fazem parte de uma outra gama destes, que produzimos ao utilizar serviços e consumir bens. Raramente paramos para pensar que existem ainda outros tipos de documentos. O saquinho engordurado de pipoca que comemos depois da escola ou o papelzinho de jogo do bicho também o são. Registrando por onde passamos, são rastros de percursos, preferências, passeios e pequenos prazeres. Estes papéis tornam-se resquícios do tempo. Surrados, meio rasgados, dobrados ou desdobrados, revelam nervuras, transparências, nuances de cor, desgastes na impressão e anotações.

Joao’s work, to my understanding, carries this search. In the lines he used to depict geometric drawings, in his collages , woodcut and sculptures, I can see his tone. In his choice of colors and disposition of objects, I can see a boy. A critic once claimed to see in his work a “childish perversity”. I see a restless and curious boy, whom with hands covered in paint, putting things together, inventing objects and revealing an aesthetic maturity. There’s a definite style. A set of constant characteristics that make me instantly recognize his universe. In this respect, these found papers are objects of previous lives. Like the archeology of urban life over the last 30 years. Actually, it’s the archeology of the present. But this isn’t about nostalgia or the preservation of kitsch. It’s above all, a playfull interraction with graphic elements found in the most common of places. In this, Joao reveals the necessity to view the present as something maleable, in which as an artist, he can help shape and mold, with the help of a few paper wrappers, some colored markers and his soul.

FOUND PAPERS 30

O trabalho de João, de uma maneira geral, tem essa busca, a meu ver. Nas linhas que tem usado para traçar desenhos geométricos nos mais diversos suportes, na colagem com mapas, nas xilogravuras e esculturas, posso ver seu tom. Acompanhando seus gostos, suas preferências por cores, disposição de objetos ou questões, encontro um menino. Alguém já lhe disse que seu trabalho tinha uma “perversidade inocente”. Para mim é como se fosse um garoto curioso que sujando as mãos de tinta, inquieto, colando peças, pregando coisas e inventando bonecos mostra sua maturidade estética. Há um estilo, uma permanência de características que me fazem reconhecer prontamente seu universo.


Dessa maneira, estes papéis são objetos de formas passadas de vida. Como numa arqueologia da vida urbana dos últimos 30 anos. Na verdade, estamos falando mesmo é de uma arqueologia do presente. Muitos desses hábitos passados ainda vigoram. Transformados, eu sei, mas presentes. Por isso também é que o intuito aqui não é salvacionista, o de formar uma coleção que visa divulgar práticas e modos evitando sua perda, ou até para dar reconhecimento e valor a algo ou alguém. O compromisso é outro, é o da brincadeira com antigos grafismos, dandolhes novas atribuições e sentidos, o sentido dos desenhos sobrepostos do artista. Em sua contemporaneidade está a inclinação por um passado, a possibilidade de enxergar no “agora” sua antiga terra, velhos amigos e histórias, um tempo familiar e constitutivo de sua experiência. Um período que não foi o mais feliz, o mais alegre ou insuperável, mas foi o vivido, o momento de uma geração, que é a sua. É esse tempo que o artista se lembra e, por conseguinte, ainda vive diariamente. Por isso pode e precisa interferir, com as mesmas ferramentas que o próprio tempo lhes deu. Os dados mais íntimos e pessoais, sua versão do tempo vivido coletivamente, são seu papel, canetinhas coloridas e alma. Joana Carvalho, Jan 2010 Anthropologist, graduated from Puc-Rio University. Antropóloga formada pela Puc-Rio

Colored marker over brown paper bag, 8 x 8 cm, 2010

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Colored marker over hot dog paper, 8 x 8 cm each, 2010


China ink over lottery ticket, 6 X 10cm each, 2010

Colored marker over brown paper bag, 8x20cm each, 2010

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Colored marker over popcorn paper, 8 x 20 cm each, 2010


Colored marker over popcorn paper, 9 x 20 cm each, 2010

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Detail - Colored marker over deli paper wrapper, 43 x 20 cm, 2010

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What interests me in printmaking is it’s process. A process beginning in sculptural fashion, hand carving the linoleum plates, and finally reaching a graphic art of repetition. Besides, I see an imense potential in the choice of the printing surface. The same image can take on a new life depending on the paper on which it is printed. The textures and colors of the background paper interract with the print in a sometimes surprising fashion. I tried printing on music sheets, shopping bags, maps and anatomy books. O que me interessa na gravura é o seu processo. Um processo que começa de forma escultórica, talhando com um formão no linóleo e culminando até uma arte gráfica de repetição. Além disso, vejo um potencial criativo muito grande na escolha da superfície de fundo. Uma mesma imagem pode tomar uma outra vida dependendo do papel no qual é gravada. As texturas e cores do papel de fundo dialogam com a gravura criando relações inesperadas. Experimentei gravar sobre papéis de partitura de música, papéis de embrulho, mapas e livros de anatomia.

LINOCUTS 38


Untitled, linocut over music sheet, 19 x 27 cm, 2007

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Tea, linocut over map, 125 x 180 cm, 2008


Pool, linocut sobre mapa, 125 x 200 cm, 2008

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Repetition, 8 linocuts over music sheets, 152 x 216 cm, 2007


Sonata no 1, linocut over music sheet, 19 x 27 cm, 2007

Stacatto, linocut over music sheet, 19 x 27 cm, 2007

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Repetition no 2, linocut over anatomy book, 19 x 27 cm each, 2007


X-ray, linocut over felt paper, 40 x 40 cm, 2009

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Mask, linocut over gift paper, 40X70, 2010


Wires, linocut sobre mapa, 70 x 50 cm, 2010

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The compositions in “plastic dough” and the “plastic photos” represented studies in the use of plastic. In the first case of the “plastic dough”, what interested me was the use of plastic as pure color. A color in the form of a dough, vibrant and maleable. The process of these compositions comes close to the fauvist approach, where color is used in the search of an expressive vibration. In the case of the “plastic photos”, these photos depict the plastic waste of a factory. Besides the color, what interested me here was the rare opportunity to see plastic in a seemingly organic and unpolished form. To me, they resemble some kind of underwater creature or even slabs of red meat. As composições em “massa plástica” e as “fotos de plástico” se apresentam como estudos da utilização deste material. No primeiro caso, o da massa plástica, o que me interessou foi o plástico como cor. Uma cor em massa, maleável e viva. O processo destas composições se assemelha ao da proposta fauvista, no qual a cor é utilizada na busca de uma vibração expressiva. No segundo caso, o das fotos de plástico, fotos do refugo plástico de uma fábrica, o que me interessou, além das cores, foi o fato raro de captar o plástico num estado bruto, em formas quase orgânicas, parecidas com formas marítimas ou com as de carne desossada.

PLASTIC 48


Lambda print on plexi glass mount,125 x 180 cm, 2007

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Lambda print on plexi glass mount, 125 x 180 cm each, 2007


Lambda print on plexi glass mount, 125 x 180 cm, 2007

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1,plastic dough, 28 x 18cm, 2008


2, plastic dough, 28 x 18 cm, 2008

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“Meat clothes” was a commisioned work for the Sony channel for the reality show “Brazil’s next top model”. The show was broadcasted in june 2009 Conception and execution of the clothes: Joao Machado Photographs: Márcia Fasoli. “Roupas de carne” foi um trabalho realizado para o reality show “Brazil’s next top model” do canal Sony. O show foi ao ar em junho de 2009. Concepção e execução das roupas: Joao Machado Fotos: Márcia Fasoli.

MEAT CLOTHES 54


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I had been to a Dan Flavin exhibition at the Lacma in L.A. and was struck by a particular untitled piece. A grid of multicolored lit neon tubes was propped up against the corner of a room in an otherwise totally empty cube. “Why the hell is it there, I thought?” After seeing the whole show, I still couldn’t stop thinking about it and I came back several times. I later found some essays of Flavin and from critics using the word “assault”. According to them, that piece is placed in the corner because it is intentionally trying to create a sense of uneasiness. More then that, it’s flat out aggressive. It’s an assault on the norm of where a sculpture should be (not nicely centered). An assault on the conventions of what a sculpture is (this was a few lit neon tubes). It’s also a spatial assault, the tubes were all “ganged” up together and looked like they were about to attack the room. Another one of his pieces, also propped up in the corner was called “monument 4 for those who have been killed in ambush”. This feeling was very much present in those pieces and it opened my eyes to new possibilities in sculpture. Fui a uma exposição do artista Dan Flavin no LACMA (Los Angeles County Museum of Art) e fiquei surpreso com uma obra em particular. Um painel de luzes de neon posicionadas no canto de uma sala em branco. “Por que essa obra estava daquele jeito, no canto?” Eu não conseguia parar de pensar na disposição daquela peça e voltei várias vezes para tentar entender o que tinha me atraído naquilo.

ASSAULT 60

Minha insistência me levou a encontrar um texto do próprio Flavin, assim como os de alguns críticos, usando o termo “de súbito” para explicar a obra. A obra estava posicionada no canto da sala, pois assim, gerava uma sensação de desconforto, de agressão, de desafio. Um desafio às normas de como uma escultura deve ser exposta (ou deve se apresentar), um desafio sobre o que podemos chamar de escultura. Outra peça bastante parecida carregava o título “monumento 4 para aqueles que foram mortos de surpresa, vítimas de alguma armadilha”. Foi essa sensação de perigo que me seduziu e me motivou a procurar novas possibilidades escultóricas.


Individual bone, 3 kg Solid aluminum, 29 cm, 2008

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Detail - solid multicolored chromed aluminum bones, 2008


Assault, pile of 100 solid aluminum bones, 2008

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You’re on your last life, and you’re all out of magic pills. You know the ones, that make the ghosts blue and edible. Why go on? You think as you jerk your joystick trying to find a way out. To put your name on the “high score” page, eternity, is that it? Maybe you kick the game and hope for a tilt. What you do or say makes no diference. No one escapes their ghosts and we’re all headed towards the same place, a black screen with the final absolute words blinking: Game Over – insert coin. É como no final de uma eletrizante partida de Pacman. Você está na sua última vida e não sobrou nenhuma das pastilhas mágicas, aquelas que deixam os fantasmas azuis e comestíveis: - Continuar pra quê? Você pensa enquanto manuseia freneticamente o joystick. - Pra botar suas iniciais na página dos recordes? A eternidade é isso? Ou quem sabe... Você chuta a máquina e reza por um tilt! O que você faz ou pensa, pouco importa. Ninguém escapa de seus fantasmas e o destino de todos é um só. Uma tela piscando aquela frase absoluta: GAME OVER-inset coin

GAME OVER insert coin 64

Installation view


Tombstone, marble and silver, 45x40cm, 2008

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This installation introduces works in whalebone, developed around the theme of “dislocation”.

Esta instalação apresenta trabalhos em ossos de baleia, desenvolvidos em torno do tema do deslocamento.

First of all, the physical dislocation of a bone. When it disarticulates from its axis and causes pain to the body which generated it. Then there’s the feeling of dislocation, a more subtle but also painful sensation, experienced by foreigners or anyone who’s ever felt a bit like a “fish out of water”, sometimes even in one’s own home. In no other image I have found, does this duplicity of dislocation become more evident then in the symbol of the belly of the whale. An everlasting myth that has crossed many cultural borders. This image can be found from the bible “Jonas and the whale” to Disney films “Pinocchio”, to name only a couple. In all the references I have found, the belly of the whale presents itself as an inner cave, an unconscious universe in which the hero must dive, apparently die, to then be reborn as a superior being. According to Joseph Campbell in his book “The hero with a thousand faces”: “No creature can attain a higher grade of nature without ceasing to exist”.

Em primeiro lugar, o deslocamento físico de um osso, quando se desarticula e se torna clandestino do próprio corpo que o gerou, causando dor e inflamação. Depois, a sensação de deslocamento, espécie de anti-sala da saudade, uma dor sutil mas também inflamatória, conhecida por imigrantes ou por qualquer um que em algum momento se sentiu um pouco peixe for a da água, mesmo que em sua própria casa. Em nenhuma outra imagem, este duplo sentido do deslocamento se tornou mais evidente para mim do que no símbolo da barriga da baleia. Um mito que atravessou as fronteiras do tempo, de culturas e que pode ser encontrado desde a bíblia com “Jonas e a baleia” até filmes do Walt Disney, como “Pinocchio”, por exemplo. Em todas as lendas que encontrei, o ventre da baleia se revela como um mundo interior desconhecido, como caverna ou casulo inconsciente, em que o herói precisa mergulhar, aparentemente morrer, para depois renascer como um ser superior. Segundo Joseph Campbell em seu livro ‘O herói de mil faces”: “Nenhuma criatura alcança um grau maior de sua natureza, sem antes, deixar de existir”.

These whalebones are approximately 100 years old and where found at solitude beach, in Florianopolis, Brazil, December 2007. The installation “Belly of the whale” was first presented at Joinville’s art museum in Santa Catarina as part of an ecological protest against certain fishing practices which put at risk wild sea life such as the humpback whale.

Os ossos centenários foram encontrados na Praia da Solidão em Florianópolis, Brasil, em dezembro de 2007. A instalação “Barriga da baleia” foi apresentada no Museu de Arte de Joinville em Santa Catarina como parte de um trabalho de consciência ecológica em protesto contra certos tipos de pesca que colocam em risco animais marítimos, como a baleia jubarte.

BELLY OF THE WHALE 66

Still shots from bones collection


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In every dream home a heartache, whale pallet bone and stainless steel conveyor belt, 100cm wide, 2008


Hotel particulier, whale verbrates and metal 250cm tall, 2008

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Valentine, whale rib bone and aluminum, 200 cm tall, 2008


Dance me to the end of love, whale rib and aluminum wheels, 150cm tall, 2008

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This room is my castle of quiet, 2008, whale rib bones and glass, 150cm Tall, 2008


Glass valentine, whale rib bones and glass, 200cm tall, 2008

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Venus in furs, whale vertebrate bone and solid aluminum cones, 24 x 50 cm, 2008


You go to my head, whale rib bones and aluminum bolts, 120 cm, 2008

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Equinox, 2008 200cm tall, rib bone and metal, 2008


Planet caravan, whale jaw bone, powder coat paint and metal parts, 600cm wide, 2008

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Installation view

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Series of bronze sculptures dealing with silence as means of punishment. Imaginary victims, that in some way, abused of the privilege of speech. Série de esculturas em bronze em torno do tema do silêncio visto como castigo. Vítimas imaginárias que, de alguma forma, abusaram da palavra.

LAWS OF SILENCE 80

Installation view


The thinker, 100 kg Bronze, 120 cm tall, 2009

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Bronze masks, 23 x 16 cm each, 2009


Bronze masks, 23 x 16 cm each, 2009

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Bronze head, 23 cm wide, 2009


Bronze head, 23 cm wide, 2009

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The photo-play “The Amputees” tells the story of Peter Henry, a young photographer whom after surviving a suicide attempt, finds himself more alone and disconnected from the world then ever before. A dramatic and poetic journey throughout the process of loss, which turns us into emotional amputees and at the same time it’s what connects us to each other.

Excerpts from the book

It has a cinematic narrative approach, also influenced by comic books, graphic novels, illustrated story books and the “photonovelas” popular in Mexico and Italy during the first half of the 20th century. A fotonovela “Os Amputados” conta a história de Pedro Henrique, um jovem fotógrafo que após sobreviver a uma tentativa de suicídio, se encontra mais sozinho e desconectado do mundo do que jamais esteve. Uma viagem dramática e poética por todo o processo de perda que nos transforma em amputados emocionais e, ao mesmo tempo, é o que nos conecta uns aos outros. Uma narrativa cinematográfica, também influenciada por histórias em quadrinhos, graphic novels, livros de estória ilustrados e as fotonovelas populares no México e na Itália durante a primeira metade do século 20.

THE AMPUTEES 86

The Amputees Printed book (english and french), 20 x 25cm, 106 pages, 2005 Produced by Joao Machado and Manuela Quesada Written and directed by Joao Machado Photographs by Christian Gaul Styling: Roberta Stamatto, Helena Luko Beauty: Vini Kilesse, Joseph Chasilev Illustration, Photo Manipulation and Graphic Design: Leo Teixeira a.k.a leobug.com Cast: Joao Machado, Manuela Quesada, Bruce Gomlevski, Octávio Guimarães Filho, José Camarano, Sebastian De Vicente, Nico, Roberta Gramani, Guilherme Paixão, Glória Aparecida, Vigínia Fernandes, Mário José Nascimento, Marcos Paulo Briche, Wesley de Oliveira, Luiz Carlos da Silva e Leonardo Rodrigues.


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Based on a letter written by Jonathan Hacke, an artist and mental patient at a psychiatric institution. “The Champagne Club” is a journey into the heart of madness.

Stills from the movie

Baseado em uma carta escrita por Jonathan Hacke, artista e paciente de uma instituição psiquiátrica. “The Champagne Club” é uma jornada no coração da loucura.

WINNER

WINNER

Best Picture

Cinematography

Seattle Underground Film Festival

Tribeca Indievision Film Festival

THE CHAMPAGNE CLUB 90

The Champagne Club 35 mm color sync sound, 87 minutes, 2001 Produced by Ivan Teixeira & Leonard Emrick Written and directed by Joao Machado Edited by Howard Heard Original music by Julio medaglia Cast: Brian Donovan, Sara Rinde, Robert Ripley


91 Apocalipstickwargasm, 2009, map collage, 125 x 180 cm


Part documentary, part fiction. Sons of Saturn is a narrative experiment that tells a fictional story with the use of real archival footage of a family.

Stills from the movie

Parte documentário, parte ficção. Filhos de Saturno é uma experiência narrativa que conta uma história fictícia porém usando imagens reais, vídeos, filmes e fotos caseiras de uma família.

WINNER

Best Experimental Feature Atlanta Underground Film Festival

SONS OF SATURN 92

Sons of Saturn Found footage (35 mm, 16 mm, super8, video, photos), 50 minutes, 2007 Produced by Joao Machado & Marc Bechar Written and directed by Joao Machado Edited by Joao Machado, Mark Weisner, Mikair Lopes


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The life cycle of insects serve as inspiration for this animated short. The peculiarly gruesome sexual habit of certain insects reflect upon the nature of love and the reason for our existence.

Stills from the movie

O ciclo da vida dos insetos serve de inspiração para este curta metragem. Os hábitos sexuais peculiares de certas espécies coloca em questão a natureza do amor assim como a razão de nossa existência.

Insect Erotica Stop motion animation, 10 minutes, 2010

INSECT EROTICA 94

Produced Written and Directed by Joao Machado Edited by Joao Machado & Mark Weisner Original music by Jacqui Kuraj


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SOLO SHOWS 2009 Laws of silence, Galeria peçaúnica, Rio de Janeiro/Brasil 2009 Collages, Galerie Valmay, Paris/France 2008 Mapas/deslocamento, Museum of Modern Art, Joinville/Brasil 2008 Joao machado, Galeria Bahiarte, Londrina/Brasil

INDIVIDUAIS 2009 Leis do silêncio, Galeria peçaúnica, Rio de Janeiro / Brasil 2009 Colagens, Galeria Valmay, Paris / França 2008 Mapas deslocamento / Museu de Arte Moderna, Joinville / Brasil 2008 João Machado, Galeria Bahiarte, Londrina / Brasil

GROUP SHOWS 2008 Rites of passage/The mortality of time, Nave Gallery, MA/USA 2007 Contemporary latin american art, LAAS, Los Angeles/USA 2007 Figures & forces, Jan Baum Gallery, Los Angeles/USA

COLETIVA 2008 Ritos de passagem/A mortalidade do tempo, Galeria Nave, MA/E.U.A. 2007 A arte contemporânea latino americana, LAAS, Los Angeles / E.U.A. 2007 Figuras e forças, Galeria Jan Baum, Los Angeles / E.U.A.

FILM 2006 “Sons of saturn”, Writer/Director, Feature film 2001 “The champagne club”, Writer/Director, 35mm Feature film 2000 “Estetyka”, Writer/Director, 16mm Short film

FILME 2006 “Filhos de saturno”, Escritor/Diretor, Longa-metragem 2001 “O clube do champanhe”, Escritor/Diretor, 35mm Longa-metragem 2000 “Estetyka”, Escritor/Diretor, curta de 16mm

TV 2009 Fox 9mm Sao Paulo, Writing team 2008 Sony Brazil´s Next Top Model, Guest artist 2004 Rede Globo “Os Normais”, Writing team

TV 2009 Fox 9mm São Paulo, Equipe de roteiro 2008 Sony Brazil´s Next Top Model, Artista convidado

THEATER 2007 “Viagara falls”, Written by Joao Machado and Lou Cutell. Directed by Bob Crichton Cast: Harold Gould Costumes by Bob Mackie 2008 “O Último Bolero”, Written by Joao Machado Directed by Gracindo Jr. Cast: Francisco Cuoco e Chico Tenreiro. PUBLICATIONS 2009 “The map as art - Contemporary artists explore cartography”, Katherine Harmon, Princeton Architectural Press, USA 2008 “Maps by Joao Machado”, Compilation of map art 2004 “The Amputees” photoplay, Editions Terre Noire / France ACADEMIC TRAINING 1999 BFA - Film, Art Center College, Los Angeles/USA 1996 Intensive study in Film & Television, New York University, NYC/USA 1995 Academy of Fine Arts, Paris/France

JOAO MACHADO 96

TEATRO 2007 “Viagara falls”, escrita por João Machado e Lou Cutell. Dirigido por Bob Crichton, Elenco: Harold Gould, Figurino por Bob Mackie 2008 “O Último Bolero”, Escrita por João Machado, Dirigido por Gracindo Jr. Elenco: Francisco Cuoco e Chico Tenreiro. PUBLICAÇÕES 2009 “The map as art - Contemporary artists explore cartography”, Katherine Harmon, Princeton Architectural Press, E.U.A. 2008 “Maps by Joao Machado”, compilação de colagens com mapas 2004 “O Amputados” foto novela, Edições Terre Noire / França FORMAÇÃO ACADÊMICA 1999 BA - Belas Artes - Cinema, Art Center College, Los Angeles / E.U.A. 1996 Estudos intensivos de Filme & Televisão, NYU, NYC E.U.A. / 1995 Academia de Belas Artes, Paris / França

Artist in his studio, 2008


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Copyright @ Joao Machado, 2010 Organization Organização Joao Machado Editorial Coordination Coordenação Editorial Leobug, João Machado Graphic Design and Production Projeto Gráfico e Produção Leo Teixeira Leobug.com Printed at Impresso na Gráfica Santa Marta, Brasil Photos Fotos Joao Machado Texts Textos Joao Machado, Joana Carvalho English translation Versão para o inglês Joao Machado Proofing Revisão de texto Sandra Leite WWW.JOAO-MACHADO.COM

JOAO MACHADO - SELECTED WORKS. João Machado - 1.ed. - Rio de Janeiro, Brasil João Machado, LG Produções Culturais Ltda, 2010 96 p. II. color. 21cm. 1000 units ISBN 978-85-63030-01-6 Catálogo de arte de João Machado com trabalhos selecionados de uma trajetória de dez anos como artista plástico multimídia. 2000-2010. Inclui cronologia. 1. Artista brasileiro. 2. João Manoel Machado, 1977. 3. Artista- Brasil. 4. Cinema. 5. Animação. 6. Multimídia (Arte) 7. Machado, João. 8. Carvalho, Joana I. Machado, João CDD 700.981

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JOAO MACHADO SELECTED WORKS 100


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