TCC – cem... sem mistérios – nº 10

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TCC sem mistérios!!

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Todo estudante que pretenda se formar ou conseguir um “título” acadêmico, a partir da graduação, vai precisar elaborar um trabalho que evidencie, ao menos em parte, o conhecimento adquirido no curso que realizou. Quer dizer, todo curso acadêmico, de graduação ou pós-graduação, vai solicitar requisitos, tais como presencialidade mínima, realização de atividades didáticas (exercícios, seminários...), avaliações, etc. Os artigos, relatórios, monografias, dissertações e teses fazem parte desses requisitos ou exigências. Mas, embora sejam trabalhos que pedem atenção a normas específicas, não precisam ser encarados como uma barreira ou tortura. É o que esse e-book (e os demais que o complementam) pretende demonstrar. TCC sem mistérios quer ser um auxílio na construção desse tipo de trabalho acadêmico.


Mistério 46

Em meu trabalho eu posso usar trechos retirados de outras obras, como livros ou artigos...? Quando escrevemos um trabalho científico, o que buscamos é a apresentação de argumentos que contenham “autoridade”; quer dizer, argumentos, proposições que sejam admitidas como válidas pela força convincente de seu conteúdo. Esse convencimento pode ser alcançado pela lógica intrínseca aos argumentos, decorrentes das premissas utilizadas e das conclusões a que as premissas induzem. Contudo, o conteúdo de tais proposições, argumentos ou premissas também deve se impor pela sua capacidade de superar críticas, de resistir a análises e de se justificarem mediante “provas” – provas que podem ser, por vezes, puramente racionais. Os trabalhos acadêmicos, sobretudo em nível de graduação, possuem uma autoria que, geralmente, não detém um reconhecimento amplo de terceiros, especialistas na temática em que os referidos trabalhos se enquadram. Em outros termos: nem sempre, o autor de um trabalho acadêmico em nível de graduação tem autoridade na área em que está se graduando. Daí ser necessário, para a apresentação de seus argumentos, o apoio de autoridades já reconhecidas que trataram do tema. Esse apoio é buscado mediante a utilização de argumentos dessas autoridades, argumentos que já foram acatados pela comunidade acadêmica. Os tais argumentos de autoridades são extraídos de suas obras e consistem, quando utilizados e outros trabalhos científicos, nas referidas citações. Isso demonstra, então, que a importância do uso das citações consiste em emprestar autoridade a um trabalho científico.


Mistério 47

Então, o que são e como usar essas citações?

A norma da ABNT que trata das citações em documentos é a NBR 10520 (Informação e documentação – Citações em documentos – Apresentação). Essa norma define citação como sendo a “Menção de uma informação extraída de outra fonte.” As citações podem ser divididas em dois tipos: citação indireta e citação direta. E esta, a citação direta, tem duas formas de serem utilizadas em um texto, conforme tenham menos ou mais de três linhas. As citações indiretas são aquelas que contêm “apenas” as ideias de um autor/obra; essas ideias, porém, são expressas de forma que consigam traduzir o espírito e, por vezes, até mesmo alguns termos do texto original de onde foram extraídos. Conforme a ABNT: é o texto “baseado na obra do autor consultado”. Nesse caso, a citação é identificada pela referência à obra feita pela indicação do sobrenome do autor (ou autores) e pela data da publicação da obra. Não é necessária a indicação do número da página (ou das páginas) de onde foram retiradas as referidas ideias. Veja o exemplo a seguir.


Exemplo de citação indireta: Outro aspecto que merece destaque por parte de Daniel Goleman são as implicações que o foco (atenção) ou a falta dele acarretam para a vida de pessoas e organizações (GOLEMAN, 2013). Já as citações diretas são aquelas construídas mediante a utilização de trechos literais de outras obras; são uma transcrição fiel do que foi escrito pelo autor, inclusive com algum erro, se houver; afinal, conforme a ABNT, são a “Transcrição textual de parte da obra do autor consultado”. E, como já foi afirmado anteriormente, podem ser de dois tipos: - a citação direta com menos de três linhas (citação direta curta) - a citação direta com mais de três linhas (citação direta longa).


Mistério 48

Como seria a citação direta curta,com menos de três linhas?

As citações diretas, nas quais se utilizam fielmente as palavras de outra obra, quando têm menos de três linhas, devem estar inseridas no corpo do texto, identificada ou destacada entre aspas duplas. A identificação ou referência da fonte deve conter, entre parênteses, o sobrenome do autor, a data da publicação da obra e o número da página de onde se extraiu o trecho utilizado. Vejamos dois exemplos: Para aqueles que pensam que são senhores de sua própria vida, Taleb faz um alerta: “É fácil ver que a vida é o efeito cumulativo de um punhado de choques significativos. Não é tão difícil identificar o papel de Cisnes Negros de sua poltrona (ou banquinho de bar).” (TALEB, 2015, p. 135). Daniel Goleman, em seu livro Foco (2013, p. 15), citando William James, associa foco com atenção e define esta última como “[...] a repentina tomada de posse pela mente, de forma clara e vívida, de um dos vários objetos ou linhas de pensamento que parecem simultaneamente possíveis


Mistério 49

Bem, e como seria feita a citação direta longa, com mais de três linhas?

A Nesse tipo de citação, a transcrição do trecho selecionado, além de ter de reproduzir fielmente a fonte de onde foi retirada, deve ser escrita de forma destacada do corpo do texto do trabalho científico; ou melhor, deve ser escrita como um parágrafo separado, destacando-a dos demais. Por isso, além de ser escrito como um parágrafo específico, também deve ter um tamanho de fonte menor, apresentar um recuo da margem esquerda de quatro centímetros, sem aspas. Veja o exemplo: Frankl analisa as experiências (aí incluída a própria) dos prisioneiros dos campos de concentração e constata que é o sentido último que convalida o sentido relativo das demais coisas: A maioria se preocupava com a questão: “será que vamos sobreviver ao campo de concentração? Pois caso contrário todo esse sofrimento não tem sentido”. Em contraste, a pergunta que me afligia era outra: “Será que tem sentido todo esse sofrimento, essa morte ao nosso redor? Pois caso contrário, afinal de contas, não faz sentido sobreviver ao campo de concentração.” Uma vida cujo sentido depende exclusivamente de se escapar com ela ou não e, portanto, das boas graças de semelhante acaso – uma vida dessas nem valeria a pena ser vivida. (FRANKL, 1997, p. 68)


Mistério 50

Mas, e se houver algum problema coma citação, ou se existir a necessidade de se adaptar alguma coisa ao novo contexto?




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