Anfiteatro

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ANFITEATRO


ANFITEATRO

Livro elaborado por Leonardo Bezerra, Lucas Mello e Teresa CahĂş.


APRESENTAÇÃO

O presente estudo destina-se à disciplina de Conforto Ambiental I, ministrada pela docente Paula Maciel e é resultado de uma pesquisa sobre o funcionamento, história e requisitos acústicos de um anfiteatro. Projeto esse, desenvolvido a partir das investigações e orientação acadêmicos. Esse estudo constitui, também, um instrumento de verificação de aprendizagem dos conteúdos abordados em sala.


ÍNDICE PRIMEIRA PARTE 1.0 O teatro Tipos Requisitos de visibilidade Requisitos de acústica

06 14 17

SEGUNDA PARTE 2.0 A proposta Relação com o entorno Implantação Volumetria Corte

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2.2 Aspectos técnicos Visibilidade Fluxos Acústica

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2.3 Referências Bibliográficas

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O TEATRO NA HISTÓRIA


O TEATRO De acordo com (BAGENAL), físico e estudioso da acústica arquitetônica, os auditórios são divididos em dois grandes grupos: aqueles com a acústica de uma caverna e os de acústica ao ar livre. Do primeiro, de onde teve origem à música, se desenvolveu a sala de concertos. Do segundo, onde começaram as vozes faladas, originou-se o teatro. Antes de iniciar propriamente o projeto do nosso anfiteatro, fez-se necessário realizar investigações acerca da origem, desenvolvimento e desempenho acústico dos diferentes tipos de teatro ao longo da História. Características essas que poderemos observar ao longo das próximas páginas.

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O TEATRO GREGO A forma do Teatro Grego parte de sua utilização como cenário religioso, onde os cultos eram acompanhados por corais, danças, rituais e uso de máscaras (Souza et al., 2011). Constituindo-se como um local de apresentações, seu assentamento era consolidado nas ladeiras das colinas, aproveitando a declividade preexistente; a razão desta determinação era de não só permitir uma boa visão do palco,como também de reduzir os ruídos de fundo e impedir sombras acústicas do som direto entre os espectadores (RODRÍGUEZ, 1998).

Figura 01 - O Teatro Grego em Planta baixa. Fonte: http://4.bp.blogspot.com/_RyRXf7BChJ4/SjpzZ8SU-iI/AAAAAAAABwY/nztoyvm2Iyo/s400/teatro-grego2.gif

A Cávea é o espaço semicircular destinado aos espectadores, a orquestra o lugar aonde aconteciam danças e tragédias, e o palco (localizado entre a orquestra e a construção posterior) servia de apoio/entrada dos atores.

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O TEATRO ROMANO As construções teatrais romanas tendiam a envolver o público com sua forma. Este aspecto era conseguido aumentando os declives dos degraus e levantando um muro posterior ao palco, a mesma altura do peristilo que dava o acabamento da arquibancada (RODRÍGUEZ, 1998). Os Romanos, famosos por absorver e modernizar as técnicas e costumes dos povos dominados, seguiram os princípios dos teatros gregos, contudo não era mais necessário construir em locais de relevo acidentado graças a invenção da arquibancada: uma estrutura que se apoia em corredores e escadas, que se elevam e abraçam a cávea, criando superfícies mais altas (Souza Et al., 2011). Esta mudança na forma trazia consigo novos parâmetros nas condições acústicas. Um deles foi o reforço sonoro, conseguido por meio do aumento das superfícies verticais construídas atrás do palco.

Figura 02 - O Teatro Romano de Bracara Augusta. Fonte: http://img.photobucket.com/albums/v706/joao74/vv/RmnTheaDrwngLeaP29.png 8


O TEATRO E A IDADE DAS TREVAS Com a expansão do cristianismo, quase um milênio se passou sem que houvesse um desenvolvimento substancial dessa tipologia arquitetônica (havendo como melhor retrato das funções acústicas no espaço as igrejas). Neste período, o teatro se distancia das temáticas clássicas, e toma como base do drama o tema religioso. Como consequência da falta de edifícios destinados aos fins teatrais na idade média, as apresentações eram comumente feitas em espaços públicos,por isso, o silêncio do público era condição fundamental para o entendimento das palavras. Neste tipo de apresentações existia um conhecimento das falas dos atores por parte do público, fato que contribuía ao entendimento do conteúdo encenado pelos oradores.

Figura 03 - Ilustração de apresentação teatral na Idade Média. Fonte: Site Estudo Prático.

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O TEATRO NO RENASCIMENTO Com a a valorização das artes e da literatura simultânea a retomada dos elementos clássicos e formas rigorosamente proporcionais, característicos da época, foi iniciada a revitalização dos teatros. Um dos aspectos destacáveis deste período é a mudança dos recintos abertos para os fechados. Este passo tem como resultado a melhoria do conforto e o aparecimento do fenômeno da reverberação derivado das reflexões das ondas sonoras nas superfícies interiores. Por outro lado, a mudança de escala dos novos teatros promoveu uma melhoria visual entre atores e plateia e uma distribuição sonora muito mais homogênea (RODRÍGUEZ, 1998).

Figura 04 - Teatro Olímpico de Vicenza. Fonte: http://www.hz-muechen.de/

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O TEATRO BARROCO Neste período os teatros já não mais possuíam arquibancadas semicirculares, senão semielípticas. As configurações deste novo recinto tornava possível uma melhora do condicionamento acústico, porém a adoção de parâmetros pétreos nas laterais dos palcos, ocasionaram superfícies bastante reflexivas que por sua vez deram lugar a elevados tempos de reverberação e uma redução da inteligibilidade .

Figura 05 - O Teatro Barroco Fonte: Cia de Teatro Os Marias.

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O TEATRO NEOCLÁSSICO O desenvolvimento da Ópera incentivou o aumento da área para a alocação de músicos e conferiu ao teatro a existência de ambientes específicos para a orquestra. As diferenças das características acústicas entre o palco e a área de orquestra marcam o agravamento dos problemas acústicos dos teatros fechados (Souza et al., 2011) As condições visuais e acústicas dos palcos, exceto os situados na parte dianteira deixavam muito a desejar. O motivo de tais carências deve-se ao fato da escassez nas abertura dos palcos que fazia com que os mesmos se comportassem como volumes acoplados a sala principal. Isto, unido a profusa decoração e abundância de superfícies absorventes, dava lugar à baixos níveis de pressão sonora.

Figura 06 - O teatro de Berlim, projetado por Friedrich Schinkel Perspectiva desenhada pelo próprio Friderich. Fonte: www.theatre-architecture.eu/pt/db.html

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O TEATRO NO SÉCULO XIX O grande volume dos teatros obrigava a utilizar uma decoração interna suficientemente absorvente para não gerar um aumento excessivo dos tempos de reverberação. Estas propriedades de absorção eram efetivas pelo uso de grossas tapeçarias, cortinas e almofadas.

Figura 07 - Teatro Nacional de São Carlos, Portugal. Fonte: https://industrias-culturais.hypotheses.org/13080

Contudo, mesmo com grandes contribuições na segunda metade deste século (a exemplo da teoria do som de Lord Rayleigh), foi só a partir do Século XX que os problemas acústicos passaram a ser tratados com melhor embasamento científico (a partir do estudo de Wallace C. Sabrine que correlacionava o volume, os materiais e o tempo de reverberação nos amientes). Conhecimento esse que possibilitou a construção de teatros com uma percepção sonora mais homogênea. 13


OS REQUISITOS DE VISIBILIDADE


OS REQUISITOS DE VISIBILIDADE De acordo com (NEUFERT, 1998), para se projetar um teatro cuja visibilidade esteja adequada deve-se levar em conta: - Ângulo visual no plano horizontal com a vista fixa ≈ 40°); (Figura 8); - Desvios das visuais, para centrar objetos, em relação ao eixo longitudinal ≤ 60°(Figura 8); - Ângulo visual desde o ponto central mais recuado até o limite lateral da beira do palco com o plano do pano de boca > 100° (Figura 8);

Figura 09 - Desvio vertical e diretrizes para dimensionamento. Fonte: Neufert. A arte de Projetar.em Arquitetura.

- Campo visual ideal compreendido numa elipse (Figura 8); - Desvio Vertical ≤ 30° (Figura 9); - As feições e expressões dos atores não se distinguem convenientemente a partir de 30m de distância; assim nos teatros de comédia, variedades e etc., nos que a mímica e os pequenos gestos têm um papel importantíssimos, a profundidade da sala deve ser ≤ 45m, para Ópera e Ballet ≤ 70m; Figura 08 - Ângulos de Visão. Fonte: Neufert. A arte de Projetar. em Arquitetura.

- A profundidade ideal da sala deve ser 4 vezes a largura do palco (expansível até no máximo 6x);

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- O pavimento das filas de assentos mais alta e mais baixa acessíveis desde a plateia não devem passar duma profundidade > 1m nem duma altura > 2m em relação ao nível médio da plateia (Figura 09).


OS REQUISITOS DE VISIBILIDADE

Se colocarem mais assentos detrás da última fila de poltronas da plateia, serão considerados como plateia superior (segundo a figura 10) e deve-se dividir em setores com números de filas: 6 entradas independentes da plateia e todas as características idênticas às exigidas nos balcões.

A última fila de cada setor deve ficar a uma altura de ≤ 1m acima da soleira da porta de saída correspondente (Figura 11). As saídas dispõem-se de forma que a maior parte dos espectadores saiam em direção oposta ao palco e pelo percurso mais curto e seguro.

Figura 10 - Na plateia, o número de locais por fila servidos por corredores laterais contínuos deve ser ≤ 14 ou ≤ 20 quando se trate de um setor separado com suas respectivas portas de saída, se a plateia estiverno nível da rua. O Corredor central servirá a metade dos lugares que servem os corredores laterais. Fonte: Neufert. A arte de Projetar.em Arquitetura.

O desnível de duas filas consecutivas de assentos ou lugares de pé, servidos pela mesma porção de corredor, deve ser ≤ de 55 cm para uma profundidade de 80cm medidos paralelamente ao eixo longitudinal da sala.

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Figura 11 - Pendente Máxima em balcão ou Plateia Superior. Fonte: Neufert. A arte de Projetar.em Arquitetura.


OS REQUISITOS ACÚSTICOS


OS REQUISITOS ACÚSTICOS De acordo com (RODRIGUEZ, 1998), para uma um recinto ter um bom desempenho acústico é preciso: - Verificar o nível de ruído do entorno;

- Analisar o tempo de reverberação do recinto nesta primeira condição (projetada), a fim de avaliá-lo e, se necessário, corrigi-lo através da absorção acústica de suas superfícies componentes e demais elementos a serem inseridos (pessoas,cadeiras,etc.); - Estabelecer a taxa de ocupação em função do volume interno; - Checar o tempo ótimo de reverberação para o recinto;

- Estabelecer o posicionamento correto dos acabamentos(elementos absorventes).

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A PROPOSTA


RELAÇÃO COM O ENTORNO Visando criar um equipamento que vá além de cumprir sua função de entretenimento, a proposta se constitui em criar uma atmosfera através da qual possam ser criados laços entre as pessoas que frequentam a região do anfiteatro e o entorno, estimulando e relacionando o imaginário do cidadão ao mangue: elemento tão próximo e tão distante do cotidiano do recifense. Tendo isso em vista, a proposta do anfiteatro contempla uma estrutura aberta que dialoga com o contexto urbano (representado sobretudo pelos galpões que, ainda segundo a iniciativa, receberiam um mural em grafite feito por artistas locais, com o intuito de deixar o espectador rodeado de arte) e com a natureza (representadas pelo mangue e o Capibaribe).

Figura 12 - Corte Transversal. Fonte: Elaborado pelos autores.

A relação com o entorno se dá desde o cuidado com o gabarito local (aonde se teve todo cuidado para não descaracterizar a paisagem e minimizar o impacto do empreendimento) até a possível revitalização que o Anfiteatro trará ao local (tendo em vista a sua proximidade com o Forte do Brum - equipamento cultural de grande impotância), fomentando a geração de negócios formais/informais de diversos segmentos que surgiriam a partir da intensificação do fluxo de pessoas que frequentarão o logradouro,bem como a criação de um caminho baseado na fluidez do rio capibaribe que entra em consonância com o anfiteatro.

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RIO CAPIBARIBE

LOTE POSTO

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05

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03

02

01

ESTACIONAMNETO CARGA/DESCARGA

AV. MILITAR

N

60m 40 20

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A IMPLANTAÇÃO A disposição de cada elemento do projeto, foi feita inteiramente pensando na melhor eficiência do equipamento e no conforto ambiental dos usuários: A plateia se dispõe de modo a captar as massas de ar advindas do sudeste e o palco localizado defronte ao Rio Capibaribe (recebendo a ventilação Nordeste), ventilações dominantes nodecorrer do ano. Outro ponto não menos importante é a idealização de um percurso de formato orgânico que conduzirá o espectador até o anfiteatro, passeando por entre as árvores e proporcionando um mix de diferentes experiências sensoriais.

Figura 13 - Croqui sobre a relação Forma vs entorno. Fonte: Elaborado pelos autores. Figura 14 - Masterplan do Anfiteatro. Fonte: Elaborado pelos autores.

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A VOLUMETRIA Tendo como intuito também criar uma relação com o mangue e após uma pesquisa de elementos que compõem o mesmo, adotou-se como partido arquitetônico o carangueijo. Composta por uma malha pensada na sua carapaça, a volumetria de forma incomum se assemelha a essa estrura por sua pequena curvarura e por garantir proteção,liberdade e amplo diálogo com o entorno.

Figura 15 - Croqui sobre a investigação da forma. Fonte: Elaborado pelos autores.

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A VOLUMETRIA Isometria

Isometria em Wireframe

Vista Lateral

Vista posterior

Vista Frontal

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A PLANTA Visando garantir um espaço democrático a pessoas de todos os tipos, o anfiteatro foi concebido de modo que comporte tanto pessoas com plena mobilidade, tanto PNE. Para isso (levando-se em conta, também a questão do gabarito), foram projetados diferentes níveis de arquibancada que contemplem a todos os cidadãos (no nível do terreno, locais destinados a PNE e pessoas com plena mobilidade,além dos níveis elevados e enterrados).

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LEGENDA: 1 - Palco; 2 - Plateia sub-enterrada; 3 - Plateia no nível do terreno; 4 - Plateia elevada.

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Figura 16 - Planta Baixa. Fonte: Elaborado pelos autores.

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CORTE

Figura 17 - Corte Longitudinal. Fonte: Elaborado pelos autores.

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ASPECTOS TÉCNICOS


VISIBILIDADE O ângulo visual da plateia para o palco é de 40° na plateia superior (acima do nível do chão), e na plateia inferior o ângulo de 40° porém com uma desvio visual 30° para melhor visibilidade do palco.

Figura 18 - Esquema de ângulos visuais. Fonte: Elaborado pelos autores.

A profundidade do ambiente é 4x a largura do palco, cumprindo assim o requisito de profundidade ideal para a visibilidade das pessoas. Ademais, levando em consideração que a partir de 30m de distância as feições dos atores não se distinguem mais, o anfiteatro proposto tem 22m, já com o intuito de aproximar a plateia do espetáculo bem como a visibilidade de todos.

Figura 19 - Esquema de profundidade. Fonte: Elaborado pelos autores.

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Também com passagens próximas e facilmente acessíveis, o projeto visa facilitar o fluxo de pessoas no local e que esse fluxo seja bem indicado e óbvio, assim em caso de acidente, o local pode ser evacuado com facilidade.

Figura 20 - Esquema de fluxos. Fonte: Elaborado pelos autores.

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ACÚSTICA O tempo ótimo de reverberação para o anfiteatro é de 500 à 2000Hz em 0.5s quando o anfiteatro estiver cheio .Absorção média 0.4 para um ambiente que possui piso de concreto e teto com placa acústica.

Figura 20 - Esquema da acústica no projeto. Fonte: Elaborado pelos autores.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - De Souza, Lucas Cristina Léa et al. 2011. Bê-á-bá da acústica arquitetônica. Edufscar, São Carlos; - Neufert, Ernst,A arte de projetar em arquitetura.1998.Gustavo Gili,S.A.São Paulo; - Rodríguez,Ángel. La acústica de los teatros a través de la historia.Madrid: I. Juan de Herrera, SEdHC, U. Coruña, CEHOPU, 1998.

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