Catálogo da Exposição: As Janelas de Rilke.

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AS JANELAS DE RILKE O TANGÍVEL E O INTANGÍVEL por Bruno Silva D’Abruzzo

Rainer Maria Rilke dispensa maiores apresentações, uma só basta para o contexto aqui: o autor das famosas Cartas a um jovem poeta. O grande poeta da língua alemã, com a qual alcançou o verdadeiro “limite da abstração”, vivendo seus últimos anos num Cantão suíço de fala francesa experimenta se reinventar, redescobrir o mundo e seus pequenos detalhes homenageando essa outra língua. Assim é que escreve cerca de 400 poemas em francês, alguns publicados em livros ainda em vida, como Vergers (Jardins), e Les quatrains valaisans, e outros lançados postumamente, como Les roses (As Rosas), Les fenêtres (As janelas). E foi que As janelas de Rilke ganharam recentes traduções no Brasil: numa, mais literal em forma, seus versos foram recriados para a nossa língua; noutra, o limite entre as artes foi ultrapassado, e seus versos recriados em quadros/desenhos e objetos. A primeira, pelas mãos de Guilherme Gontijo Flores e Bruno D’Abruzzo, publicadas no livro As janelas, seguidas de poemas em prosa franceses (Editora Crisálida, 2009); a segunda, pelas de Leonardo Mathias. E são as duas, ou melhor, as três incluindo a do próprio Rilke, matéria dessa exposição, que apresenta de forma bastante lírica e ao mesmo tempo concreta esse objeto que nos acompanha por toda a vida, ora como moldura para o real, o palpável, ora como abertura para o além, para o mundo da imaginação. Mas aqui é Leonardo Mathias quem nos conduz por essas aberturas, através do uso de diferentes materiais e técnicas, buscando sempre a hibridez e materialização simbólica dos temas contidos primeiro na arte das palavras, a poesia, que por sua vez não deixa de conter o elemento básico das artes plásticas, a visualidade.


THE WINDOWS OF RILKE THE TANGIBLE AND THE INTANGIBLE by Bruno Silva D’Abruzzo

Rainer Maria Rilke needs no major introduction; one feature only is enough for this context: the author of the famous Letters to a young poet. The great poet of the German language, with which he reached the true “limit of abstraction”, living his last years in a Swiss canton where French is spoken, experiences to reinvent himself and rediscover the world and its slight details, paying tribute to this other language. Thus he writes around 400 French poems, some published while he was alive, like Vergers (Orchards) and Les quatrains valaisans (The valaisian quatrains), and others posthumously, like Les Roses (The Roses) and Les fenêtres (The windows). And then The windows of Rilke received recently translations in Brazil: in one, of a more literal form, his verses were recreated into our language; in another his verses were recreated in pictures/drawings and objects. The first translation, made by the hands of Guilherme Gontijo Flores, was published in the book The windows, followed by the French poems in prose (Crisálida, 2009); the second one was made by Leonardo Mathias. The two of them, or rather, the three, including Rilke’s original poems, were the material of this exhibit, which presents in both lyrical and concrete way this object that follows us throughout life, as a frame for the real, the palpable, and on the other hand as an overture to what lies beyond, to the world of imagination. Here it is Leonardo Mathias who conducts us through these openings, through the usage of different materials and techniques, always searching the hybridity and the symbolic materialization for the themes first developed in the art of words, the poetry, which, on its turn, contains the basic element of visual arts, the visuality.


COMO IMITAR UM GAGO?

por Guilherme Gontijo Flores

Ou melhor, como fazer-se gago, obrar-se na gagueira? Penso logo no gago apaixonado de Noel Rosa, onde a música hesita, repete-se, trava destrava, devém melodia-gagueira; porém penso também nos efeitos dos poemas franceses de Rainer Maria Rilke. Aqui não há gagueira por incompetência linguística (monsieur Rilke sabia muito bem o francês), mas no modo saboroso (já que a raiz do sabor é saber) de encontrar na língua do outro a própria língua. É claro que esse processo não é simples, de harmonias consonantes: trata-se de violência, que nas mãos de um Rilke vira poesia. Poesia francesa de altíssimo nível, diga-se de passagem, elogiada por Paul Valéry e André Gide. Ao traduzi-los para minha própria língua, precisei ensaiar essa mesma gagueira, ainda que impossível, de alheiar a língua pátria, e, ao mesmo tempo, de encontrar boleros nas cortinas de Rilke (ora, é claro que ele não deve ter ouvido um só bolero em sua vida), de ver naquelas janelas, vienenses, parisienses, etc., as janelas de Minas Gerais, das casas velhas de Minas, minhas janelas maternas na minha língua pátria. Este trabalho, meu e de Bruno D’Abruzzo, na sua gagueira de menino, teve a felicidade de parar nas mãos de Leonardo Mathias e se re/des-traduzir em imagem. Mas insisto: imagensgagueira, porque nelas a janela, a mulher, o desejo estão sempre por se fazer, a gestalt se perde no olhar, ou no movimento que resiste inacabado – o quadro, ele próprio moldura e janela, janela que dá noutra janela, nos convida para mais traduções, de olhar em ideia, em conceito, em novo texto, em novos gagos.


HOW TO IMITATE A STUTTERER?

by Guilherme Gontijo Flores

Or, rather, make yourself a stutterer, work yourself in stutter? I quickly come up with the stutterer in love, Noel Rosa, in whom music hesitates, repeats, ebbs and flows, comes as a melody-stammer; but I also think of the effects of the Rainer Maria Rilke’s French poems. In this case there is not stutter due to linguistic incompetence (Monsieur Rainer Maria Rilke knew French very well), but a tasty mode (as the root of taste is knowledge) of finding in someone else’s language your own language. For sure this process is not simple, with consonant harmonies: it is about violence, which in Rilke’s hands becomes poetry. French poetry of the highest level, we shall add, praised by Paul and André Gide. While translating it into my own language, I needed to rehearsal this same stammer, even being impossible, withdrawing myself from my mother tongue, and at the same time find boleros in Rilke’s curtains (now, for sure he must not have heard one single bolero in his life), see in those windows, from Vienna, Paris, etc., the windows of Minas Gerais, of the old houses of Minas, my native windows in my mother tongue. This work, mine and Bruno D’Abruzzo’s, in its boyish stutter, had the joy of being found by Leonardo Mathias’ hands and re/un translated into images. But I insist: images-stammer, because in them the window, the woman and the desire are always to be done, a gestalt is lost in a sight, or in a movement that remains unfinished – the picture, itself frame and window, window that ends in another window, invites us to more translations, to look in ideas, in concepts, in new texts, and in new stutterers.


PEQUENA POSSIBILIDADE PARA O IMPOSSÍVEL

por leonardo MAthias

Embora condensados, dentro e fora do crânio, ressonantes e inquietos dentre neurônios saltitantes, esses pensamentos, em parte obscurecidos, ansiavam por emersão, sentiam-se motivados a verter-se em matéria. Os 12 desenhos e 3 objetos que constituem esta exposição só puderam alcançar superfícies físicas após o encontro com os poemas de Rainer Maria Rilke. As janelas do poeta, abertas à subjetivação complexa e limpa, compreendem de forma delicada reflexões acerca de alguns percursos imagéticos. A exposição tem como escopo demonstrar a força intersemiótica, em seu poder potencial de atravessamento e inconstante transubstanciação. Na mostra As Janelas de Rilke, tanto o espectador, em sua multi-interpretatividade expansiva, quanto as diferentes mídias presentes nas instalações (áudio, textos, desenhos, objetos), passam a se configurar como meios transmissores e potencializadores de uma força etérea, estranha, e disposta se apropriar vorazmente de tudo que, consigo, entra em contato.


SLIGHT POSSIBILITY TO THE IMPOSSIBLE

by leonardo MAthias

Although condensed, in and out of the skull, resounding and uneasy among frisky neurons, these thoughts, partially obscured, claimed for emergence, felt compelled to ooze matter. The 12 drawings and the 3 objects that make up this exhibition could only reach the physical surfaces after the meeting with the poems of Rainer Maria Rilke. The windows of the poet, open to complex and clear subjectivation, comprise in a delicate way reflections about some imagistic paths. The exhibit aims to demonstrate the intersemiotic strength in its potential power of crossing and inconstant transubstantiation. In The windows of Rilke, both the spectator, in his expansive multi-interpretation, and the different media in the installations (audio, texts, drawings, objects), start configuring themselves as optimizing transmitter means of an ethereal strength, ready to appropriate wildly everything that gets in touch with it.



EXPOSIÇÃO | EXHIBIT





OBRAS | WORKS


Bocejo [Yawn] | Quinhão doce de céu [Sweet share of the sky] | Trago [I bring] Suasasas [Yourwings] | Reminiscência [Reminiscence] | Intercampos [Interfields] | Balloon [Balloon] Pairagem [Hover] | Corpo remoto [Remote body] | Sorvedouro [Whirlpool] Ofuscamento [Glare] | Lume [Luminance] | Obus furtivo [Stealthy howitzer] Vão vaivém [Hollow to-and-fro] | Cortinas [Curtains]




PROJETO | PROJECT


SOBRE A EXPOSIÇÃO

A mostra apresenta 15 (quinze) trabalhos visuais elaborados por Leonardo Mathias a partir dos poemas da série As janelas, de Rainer Maria Rilke, um dos maiores escritores do século XX. Os trabalhos, ambientados em instalações (algumas com o recurso sonoro dos poemas sendo recitados), são acompanhados por seus textos correspondentes na língua original (francês) e em suas respectivas traduções para o português, extraídas do livro As janelas, seguidas de poemas em prosa franceses (Editora Crisálida, 2009, tradução de Guilherme Gontijo Flores e Bruno Silva D’Abruzzo). O evento conta também com cartazes, folders e outros materiais impressos com informações básicas sobre a vida e a obra de Rilke, e sobre a própria exposição. As Janelas de Rilke propõe divulgar uma parte da obra deste escritor ainda pouco conhecida entre seus leitores, a sua poesia francesa, bem como incitar nos visitantes a reflexão sobre as possibilidades da tradução intersemiótica, isto é, as formas de diálogos entre diferentes linguagens artísticas. A exposição conta ainda com apresentação dos tradutores do livro em questão durante o período de sua realização. Não há restrição de idade para as visitações.


ABOUT THE EXHIBIT

The exhibit presents 15 (fifteen) visual works created by Leonardo Mathias from the poems of the series The windows, by Rainer Maria Rilke, one of the greatest writers of the twentieth century. The works, placed in installations (some with the sounding resourse of poems being recited), are followed by their correspondent texts in their original language (French) and in their respective translations into Portuguese, derived from the book The windows, followed by the French poems in prose (Editora Crisálida, 2009, translated by Guilherme Gontijo Flores and Bruno Silva D’Abruzzo). The event also provides posters, folders and other printed materials with basic information about Rilke’s life and works, as well as about the exhibition itself. The windows of Rilke intends to display part of the writer’s work, still barely known among his readers, his French poetry, as well as provoke in the visitors a reflection on the possibilities of the intersemiotic translations, i.e., forms of dialogues between different artistic languages. The exhibit also features a presentation of the translators of the book during the period of its occurrence. There is no restriction of age for the visits.


SOBRE O AUTOR

Rainer Maria Rilke, ou apenas Rilke, como é mundialmente conhecido, nasceu em Praga, em 1875, e faleceu em Valmont, em 1926. Considerado um dos grandes escritores do século XX, escreveu a maior parte de sua obra em alemão, como as famosas Cartas a um jovem poeta, Elegias de Duíno, Os sonetos a Orfeu e Os cadernos de Malte Laurids Brigge, obras que já receberam tradução para várias línguas. Só no Brasil, algumas tiveram mais de uma, e sempre pelas mãos de grandes poetas e escritores, como Manuel Bandeira, Augusto de Campos, Dora Ferreira da Silva, José Paulo Paes, Paulo Rónai, Lya Luft e outros. Segundo Robert Musil, importante escritor austríaco, Rilke levou o alemão à perfeição em suas obras. E um de seus principais biógrafos, Donald Prater, afirma que “... em alemão, ele tinha alcançado o verdadeiro limite da abstração...”. Apesar de ter escrito suas principais obras em alemão, nos últimos quatro anos de sua vida Rilke passa a escrever e organizar alguns livros originalmente em francês, época em que morava em um Cantão Suíço de fala francesa, o Canton Valais. E isso, quando termina de publicar duas obras da sua maioridade poética em alemão, Elegias de Duíno e Sonetos a Orfeu, ele inicia uma fase que culmina com a escritura de cerca de 400 poemas em francês, alguns publicados em vida, em livros como as séries Vergers (Jardins) e Les quatrains valaisans. Talvez tenha sido a forma que o autor encontrou de redescobrir o mundo e suas coisas, seus pequenos objetos, e traduzi-los, moldá-los numa nova poética através da língua francesa.


ABOUT THE AUTHOR

Rainer Maria Rilke, or simply Rilke, as he is known worldwide, was born in Prague, in 1875, and died in Valmont, in 1926. Considered one of the greatest writers of the twentieth century, he wrote the largest part of his work in German, including the famous Letters to a young poet, Duino Elegies, The sonnets to Orpheus and The notebooks of Malte Laurids Brigge, which were translated into many languages. In Brazil some works had more than one translation and always by the hands of great poets and writers, like Manuel Bandeira, Augusto de Campos, Dora Ferreira da Silva, José Paulo Paes, Paulo Rónai, Lya Luft and others. According to Robert Musil, an important Austrian writer, Rilke took German to its perfection in his works. And one of his main biographers, Donald Prater, stated that “… in German, he had reached the true limit of abstraction…” Although having written his main works in German, in the last four years of his life Rilke started writing and organizing some books originally in French, a period in which he lived in a Swiss canton where French was spoken, the canton of Valais. And that happened after he had published two works of poetic maturity in German, Duino Elegies and The sonnets to Orpheus. Rilke initiated a phase that ended with the writing of about 400 French poems, some published in life, in books like the series Vergers (Orchards) and Les quatrains valaisans (The valaisian quatrains). Perhaps it might have been the way the author found of rediscovering the world and its features, its small objects, and translating and modeling them into a new poetics through the French language.


Esse Rilke francês, entretanto, também elogiado por poetas e escritores como Paul Valéry e André Gide, é ainda menos conhecido do grande público, sobretudo no Brasil, apesar de já termos por aqui três das séries desses poemas franceses: As rosas, Jardins e As janelas (este, no caso, ele não publicou em vida, mas havia deixado preparado, e foi editado pela primeira vez em 1927, com prefácio de Paul Valéry). Motivado pela leitura de As janelas, uma série de 15 poemas que tratam de forma bastante lírica e até mesmo concreta desse objeto, dessa moldura, que, como observa Mário Coutinho na introdução da edição brasileira são “verdadeiras aberturas para o concreto, mas também para o além”, Leonardo Mathias realiza uma outra espécie de tradução desses textos, uma tradução intersemiótica: do texto para a tela, da linguagem verbal para a das artes plásticas e visuais. O resultado são 15 trabalhos, sendo 12 desenhos e 3 objetos, nos quais apresenta o uso de diferentes materiais e técnicas, buscando sempre a hibridez e materialização simbólica dos temas propostos. O amadurecimento dos processos durante o desenvolvimento do trabalho, que tem como prévia a constante transformação de um conceito móvel e aberto, num fluxo cumulativo e aleatório, culminam na coesão visual da produção, preservando sempre, de alguma forma, o instante passado como característica presente, seja permanente ou interrompidamente. A experimentação se difunde conforme conceito defendido. A poesia, literatura, teatro e filosofia, são combustíveis cruciais para o trabalho de Mathias, onde sempre busca a maior parte dos subsídios reflexivos, como estopins da realização lúdica e material dos conceitos contidos na produção das obras. A poesia, enfim, embora seja uma arte de palavras trabalha também com outros elementos, entre eles a visualidade. E aqui o diálogo entre essas duas linguagens.


This French Rilke, though also praised by poets and writers like Paul Valéry and André Gide, is even less known by the large public, mainly in Brazil, although we have here three books of the French poems series: Les roses, Vergers and Les fenêtres (the latter, in this case, was not published in life, despite he had let it prepared, and was edited for the first time in 1927 with a foreword by Paul Valéry). Inspired by the reading of The windows, a series of 15 poems that treats in a very lyrical and even concrete way this object, this frame, which – as Mário Coutinho points out in the preface for the Brazilian edition – is a “true overture to the concrete, but also to what lies beyond”, Leonardo Mathias makes another kind of translation of those texts, an intersemiotic translation: from the text to the canvas, from the verbal language to the language of visual arts. The results are 15 works, 12 drawings and 3 objects, in which he presents the use of different materials and techniques, permanently searching for the hybridity and the symbolic materialization of the proposed themes. The ripening of the process during the development of the work, which had as a prior idea the constant transformation of a moving and open concept, in a random and cumulative flow, ends in the visual cohesion of the production, always preserving, somehow, the past instant as the present characteristic, be it permanently or uninterruptedly. The experimentation spreads out according to the defended concept. Poetry, literature, theater and philosophy are crucial fuels for Mathias’ work, from which he gets the largest part of his reflexive material, as triggers of the ludic and material achievement of the concepts within the production of the work. Poetry, at last, despite being an art of words, also works with other elements, among them the visuality. And here the dialogue between these two languages.


SOBRE OS PRODUTORES

Leonardo Mathias (São Paulo, SP, 1987) atua em literatura, artes visuais e design. No setor editorial, mantém uma parceria na produção gráfica da Editora Patuá, pela qual publicou seu livro de poemas de pé. Já colaborou para veículos como os jornais Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo, também para revistas como ZUPI, InPrint Magazine e Revista Macondo. Participou de diversas mostras coletivas (Salões de Fortaleza, Guarulhos, Salon d’Automne França-Brasil e outros). Em 2012 realizou sua exposição individual As Janelas de Rilke, premiada pelo ProAC (Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo). Atualmente desenvolve alguns projetos direcionados à pesquisa relacional entre literatura e artes visuais (flickr.com/leonardomathias).

Bruno Silva D’Abruzzo (Campinas, SP, 1979) é Bacharel em Estudos Literários pela UFOP (MG), graduado em Licenciatura em Língua Portuguesa também pela UFOP e mestre em Literatura Brasileira pela UFMG. Organizou e traduziu, junto com Guilherme Gontijo Flores, o livro As janelas, seguidas de poemas em prosa franceses, de Rainer Maria Rilke (Editora Crisálida,2009). Produziu, junto com Leonardo Mathias, a exposição de artes plásticas As janelas de Rilke, projeto selecionado pelo ProAcSP, cujas obras são de autoria de Leonardo Mathias. Trabalha como revisor e preparador de textos para diversas editoras.

Guilherme Gontijo Flores (Brasília, 1984) é professor de língua e literatura latina na UFPR; traduziu As janelas, seguidas de poemas em prosa franceses, de Rainer Maria Rilke (em parceria com Bruno D’Abruzzo), e a Anatomia da melancolia, de Robert Burton. Publicou o livro Brasa Enganosa (Ed. Patuá, 2013) e participa do blog coletivo www.escamandro.wordpress.com


ABOUT THE PRODUCERS

Leonardo Mathias (São Paulo, SP 1987) works with literature, visual arts and design. In the publishing field he works with graphic production and keeps a partnership with Editora Patuá, where he published his book of poems de pé. He has collaborated with the newspapers Folha de São Paulo and O Estado de São Paulo and with the magazines ZUPI, InPrint Magazine and Revista Macondo. He has also taken part in many collective exhibits (Salão de Fortaleza, Salão de Guarulhos, Salon d’Automne França-Brasil and others). In 2012 he produced his first individual exhibition The windows of Rilke, which received a prize by ProAC (Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo). He is currently developing some projects about relational research between literature and visual arts (flickr.com/leonardomathias).

Bruno Silva D’Abruzzo (Campinas, SP, 1979) is a graduate in Literary Studies from UFOP (MG) and in Portuguese Language. He has a Master in Brazilian Literature from UFMG. He has organized and translated along with Guilherme Gontijo Flores the book The windows, followed by the French poems in prose, by Rainer Maria Rilke (Editora Crisálida, 2009). He has also produced, along with Leonardo Mathias, the exhibition The windows of Rilke, a project selected by ProAC-SP. Bruno works as a book reviewer for many publishing houses.

Guilherme Gontijo Flores (Brasília, DF, 1984) is a professor of Latin Language and Literature at UFPR; he has translated The windows, followed by the French poems in prose, by Rainer Maria Rilke (along with Bruno D’Abruzzo), and The anatomy of melancholy, by Robert Burton. He has also published Brasa Enganosa (Ed. Patuá, 2013) and takes part in a collective blog www.escamandro.wordpress.com





CONTATO | CONTACT LEONARDO MATHIAS leonardomathias@hotmail.com BRUNO SILVA D’ABRUZZO dabruzzo79@uol.com.br



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