Akademicos 46

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Akadémicos Suplemento do JORNAL DE LEIRIA, da edição 1359, de 29 de Julho de 2010 e não pode ser vendido separadamente.

46 Turismo Low Cost

Férias em tempo de crise

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Easyway/ Miguel Marques produtor e guitarrista

estamos a fazer algo inédito” 06 e 07

FOTO:SARA VIEIRA

“Percebemos que


Abertura

Vai lá, vai...

Director: José Ribeiro Vieira jose.vieira@movicortes.pt Director Adjunto: João Nazário direccao@jornaldeleiria.pt Coordenadora de Redacção Alexandra Barata alexandra.barata@jornaldeleiria.pt Coordenadora Pedagógica Catarina Menezes cmenezes@esecs.ipleiria.pt Apoio à Edição Alexandre Soares asoares@esecs.ipleiria.pt Secretariado de Redacção Dora Matos, Filipa Araújo Redacção e colaboradores Andreia Coutinho, André Mendonça, Anne Abreu, Daniela Santos, Filipa Araújo, Joana Roque, Juliana Batista, Luciano Larrossa, Mariana Rodrigues, Sara Vieira, Tiago Figueiredo, Tiago Pedro

Apesar de enquanto actividade humana e social o fenómeno turístico existir, como realidade, desde a mais remota antiguidade (embora para um número restrito de privilegiados), foi em grande parte induzido pela sociedade industrial e não mais parou de crescer, sendo hoje uma actividade com um enorme peso económico. De tal modo que, para muitos de nós, é impensável não termos uns dias de repouso. Aliás, estamos todos a precisar de férias. Já não pensamos noutra coisa e quando chega a altura de escolher, sobretudo numa época em que a crise económico-financeira nacional e internacional nos afecta, não há nada como tentar umas férias mais em conta. Porque não seguir o slogan “Vá para fora cá dentro” (antiga campanha de promoção do turismo interno, que se torna hoje tão actual)? O Presidente da República, há algum tempo, deu-nos este mesmo conselho que foi contestado por muitos. Não sei porquê: realmente, conheceremos bem o nosso país? Por vezes, penso no dinheiro que muitas famílias gastam para ter férias no estrangeiro sem terem experimentado as belezas que temos por cá. Não é que não ache importante sairmos, conhecermos outros povos e outras culturas, mas parece-me redutor sair sem antes tomarmos conhecimento da nossa própria cultura. Por exemplo, a atenção que devemos dar ao património é, nas sociedades contemporâneas, um indicador determinante do seu grau de desenvolvimento, abrangendo tanto a componente material como a imaterial do património, sendo este perspec-

tivado também como fonte de animação cultural e recurso turístico a ser encarado como valor estratégico, mesmo no plano económico. E, neste aspecto, temos muitos exemplares únicos no país e até aqui bem perto. Enriqueça-se com umas férias mais culturais! Alguns de nós acabaremos sempre por ser condicionados pelo facto de termos um país com muitos quilómetros de costa. A praia, o mar, as ondas, a areia… fazem parte da nossa imagem mental desde que nos conhecemos. Inevitavelmente, rumaremos àquela praia da nossa infância ou então optaremos pelo local onde temos os amigos que só encontramos nesta época do ano. Enfim, todo um conjunto de razões que nos fazem sair de casa na tentativa de descansar, cortar com a rotina do quotidiano, poder desenvolver as actividades de lazer que durante o ano nos são vedadas atendendo à vida frenética que acabamos por ter, mesmo quando não o queremos. Nesta edição falar-se-á de alguns exemplos de férias, nomeadamente, para um público mais jovem e com vontade de ter experiências mais radicais, em que a adrenalina é a pedra de toque. São muitos os destinos possíveis. Quer se fique em casa, quer se viaje pelo país, ou se opte por qualquer outro tipo de férias, o importante é que estes dias sirvam para nos renovar, retemperar forças para os desafios que se avizinham, nos fortaleçam física e mentalmente para trazer mais equilíbrio para a nossa vida. Boas Férias!

Departamento Gráfico Jorlis - Edições e Publicações, Lda Isilda Trindade isilda.trindade@jornaldeleiria.pt

Maria da Graça Poças Santos Docente ESECS/IPL

Maquetização Leonel Brites – Centro de Recursos Multimédia ESECS–IPL leonel.brites@ipleiria.pt

Presidente do Instituto Politécnico de Leiria Nuno Mangas

Uma agenda do mês

filipa araújo

Directora do Curso de Comunicação Social e Educação Multimédia Alda Mourão amourao@esecs.ipleiria.pt

Os textos e opiniões publicados não vinculam quaisquer orgãos do IPL e/ou da ESECS e são da responsabilidade exclusiva da equipa do Akadémicos.

akademicos@esecs.ipleiria.pt

Castelo de Leiria

Teatro José Lúcio da Silva, Leiria

Exposição de fotografia de Nuno Moreira A exposição Light Against Time é composta por um conjunto de imagens captadas por Nuno Moreira ao longo de dez anos de carreira. Lugares comuns que, subitamente, se transformam em ambientes renovados com a junção de pessoas de interesses semelhantes. Patente ao público no Teatro José Lúcio da Silva, a exposição termina a 30 de Agosto e pode ser visitada das 17:30 às 24:00. Entrada livre.

festivais De 4 a 8 de Agosto Zambujeira do Mar

Festival Sudoeste É no inicio de Agosto que se realiza mais um edição do Sudoeste TMN. O festival decorre na Zambujeira do Mar, como tem sito habitual. Nomes como Jamiroquai, 2manydjs, Air, David Guetta, James Morisson, M.I.A e até mesmo os portugueses Expensive Soul, estão confirmados no cartaz deste ano. Os bilhetes diários custam 40 euros e o passe de 5 dias varia entre 80 a 90 euros, dependendo do uso ou não de card camping, também este ano uma novidade.

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27 e 28 de Agosto Entremuralhas – Festival Gótico É já em Agosto que o Castelo de Leiria abre as suas portas para o Festival de música gótica, Entremuralhas. Pitchfork (Alemanha), Ataraxia e Ashram (Itália), Covenant e Ordo Rosarius Equilibrio (Suécia), e Collection D’Arnell Andrea (França) são as seis bandas que vão actuar nos dois palcos nos dias 27 e 28. As entradas no Festival Gótico 2010 serão limitadas a 700 espectadores.

animação Até 11 de Setembro

Leiria, Monte Real e Praia do Pedrógão

Praça Viva O Praça Viva é uma iniciativa organizada pela Câmara Municipal de Leiria, que tem como objectivo animar as noites de Verão. O programa variado e ligado às diferentes artes do espectáculo, abrange a música tradicional, jazz, música de dança, cinema, teatro e magia. A edição deste ano inclui também Monte Real e a Praia do Pedrógão. No site da Câmara Municipal é possível consultar o calendário de actividades.

ReKtificação… O artigo sobre a participação do grupo Piratautomático no Festival de Teatro Académico, publicado na edição passada, contém alguns lapsos pelos quais pedimos desculpa e que passamos a rectificar. Assim, onde se lê “o grupo apresentou à porta do Teatro da Comuna a performance Planta de uma República”, deve ler-se “o grupo apresentou no salão do Teatro da Comuna a performance Planta de uma República”. Também na declaração de Simão Vieira sobre a peça “Técnica/A Perfeição do Outro Mundo” onde se lê “foca-se no próprio teatro, sendo uma reflexão dramaturga”, deve ler-se “trata-se de uma reflexão de natureza dramatúrgica”. Por fim, a peça apresentada em Leiria foi “A perfeição do outro mundo” e não a “Técnica/A Perfeição do Outro Mundo”, como originalmente referido. JORNAL DE LEIRIA 29.07.2010

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exposição Até 30 de Agosto

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barbeiro@esecs.ipleiria.pt

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Director da ESECS Luís Filipe Barbeiro

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presidencia@ipleiria.pt


foto: ruben viegas

Konsumo Obrigatório TEXTO E FOTO: MARIANA RODRIGUES e Joana roque

Pontuel

Com vista para o Castelo

Um Optimus Festival

Alive só para quem se antecipou andré mendonça

Os bilhetes, há muito esgotados, faziam prever que o dia grande da edição de 2010 do Optimus Alive seria o 10 de Julho. Pearl Jam, LCD Soundystem, Gogol Bordello e Legendary Tiger Man, eram os grandes nomes da derradeira jornada do festival de música à beira-rio, em Oeiras. E o Passeio Marítimo de Algés foi mesmo pequeno para tanta gente. A procura foi tanta que os habituais passes de três dias saíram de circulação, e a organização adoptou uma inovação, criando um passe de dois dias, que garantia a entrada no recinto para 8 e 9 de Julho. Mas houve uma outra novidade: ao longo dos três dias, notou-se a presença de bastantes estrangeiros a vaguear pelo recinto: 12 mil, segundo a organização (espanhóis e ingleses, maioritariamente). No total, 120 mil pessoas entraram no recinto do primeiro grande festival do calendário de Verão. Esta foi mesmo a edição mais concorrida de sempre. No dia 8, em que actuaram Faith No More, Kasabian e Alice In Chains, assistiram aos concertos 40 mil pessoas e o dia 9, de Skunk Anansie e Deftones, foi o menos concorrido, mas mesmo

assim contou com cerca de 35 mil pessoas. Pedro Pinheiro, residente em Lisboa, foi uma das 45 mil pessoas que no dia 10 não quiseram perder a oportunidade de assistir a Pearl Jam. O recém-licenciado em Economia adquiriu o passe de 3 dias. “Inicialmente a minha ideia era vir apenas ao último dia, mas todo o cartaz era do meu agrado e o preço era realmente compensador”, esclarece o jovem de 23 anos. A quarta edição do Optimus Alive fica, também, na história por ter sido o primeiro festival português com um dia completamente esgotado a mais de duas semanas do início.

Surpresa Esta foi mesmo uma contrariedade para muitos dos fãs de Eddie Vedder e dos Pearl Jam que planeavam assitir ao quinto concerto em Portugal da banda de Seattle. Ninguém esperava que os bilhetes para dia 10 esgotassem de forma tão rápida. Muitos guardaram para a última hora a compra, e deram-se mal. Após a produtora do evento informar que os bilhetes estavam esgotados para o último dia, inúmeros fóruns de música na internet encheram-se de anúncios de pessoas a procurarem um

vendedor de última hora que lhes garantisse o ingresso para o dia mais aguardado do festival. Marcos Rogeiro, finalista em Geografia, preparava-se para assistir ao seu terceiro concerto dos Pearl Jam em solo português. Depois do Pavilhão Atlântico em 2006 e da edição de 2007 do Alive, pretendia viver mais alguns momentos inesquecíveis, daquela que considera ser “a banda mais consensual de todas as gerações até aos 30, 40 anos”. Talvez tenha sido por isso que já não foi a tempo de garantir o bilhete. “O hábito faz com que se facilite e se deixe para a última, mas o aviso da organização em relação à quantidade de bilhetes que restavam vender foi realizado muito em cima e os bilhetes já eram muito, muito, poucos para a procura”, esclarece. Provavelmente, Marcos, não terá tão depressa a oportunidade de ver a banda ao vivo. É que Eddie Vedder, durante o concerto, disse que aquele seria “não o último concerto, mas o último durante muito tempo”. Depois da desilusão provocada pelo anúncio, a plateia ouviu o que esperava: “Mas isso é bom, porque nos vamos divertir esta noite”, concluiu o vocalista. E a promessa foi cumprida.

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Está a dar

Localizado no Largo de Camões, na zona histórica de Leiria, o restaurante Pontuel abriu portas em Março de 2009, assumindo um conceito que alia o requinte, a modernidade e a qualidade. Este espaço nasceu da ideia de um conjunto de amigos, que pretendia conjugar “uma arquitectura de excepção, uma localização central com uma vista única sobre a cidade e um cozinheiro que é uma referência na cozinha nacional”, explica António Pinto, um dos proprietários do restaurante. Além da área de refeições, neste espaço encontra-se um bar com música ambiente que acolhe os clientes, dando-lhes as boas vindas. A localização privilegiada com vista para o Castelo e para a cidade é, sem dúvida, uma das mais-valias do espaço. No entanto, António Pinto considera que o serviço oferecido pelo restaurante é a principal atracção dos clientes. Caracterizado pela cozinha tradicional portuguesa ou cozinha de autor, a cargo do Chef Vítor Sobral, o Pontuel conjuga o melhor dos produtos portugueses, desde as carnes e os peixes aos vinhos e enchidos. O Pontuel recebe todo o tipo de clientes, desde pessoas sozinhas ou acompanhadas, em negócios ou em grupos de amigos, tendo todos eles vários traços em comum: “são simpáticos, amáveis, divertidos, educados, estão de bem com a vida e gostam de comer bem num sítio agradável sem ter de pagar muito por isso”, refere António Pinto. Em 2009 foi atribuído ao Pontuel o Diploma de Bronze na categoria Fine Dinning, da 6ª edição do Concurso Gastronomia com Vinho do Porto. O restaurante procura satisfazer os desejos do cliente para que, concluída a refeição, fique a pensar no regresso, conclui António Pinto.

Docentes da ESAD.CR recebem Prémio de Multimédia ANDREIA COUTINHO

O ex-docente da ESAD.CR, Fernando Nabais, em colaboração com Fernando Galrito e Stephan Jurgens, actuais docentes da mesma escola, foram os vencedores da 5º edição do Prémio Nacional Multimédia, organizado pela Associação para a Promoção do Multimédia e da Sociedade Digital (APMP), na categoria Arte e Cultura com a sua peça de performance interactiva intitulada .txt. A cerimónia de entrega de prémios realizou-se no dia 23 de Maio no Museu da Electricidade onde foram anunciados os vencedores das cinco categorias: Plataformas e Suportes Tecno-

lógicos, Informação e Comunicação, Educação e Formação, Entretenimento, Arte e Cultura, Comércio Electrónico e o Prémio Sony Escolas (HD). O Prémio Nacional Multimédia, organizado pela APMP, tem por objectivo “destacar e reconhecer o valor da produção multimédia nacional e premiar o talento, a ousadia, a criatividade e a perspectiva empresarial dos profissionais do sector”. .txt é um trabalho interactivo de diversas tecnologias sensoriais, que exploram formas de linguagens artísticas transversais contemporâneas. O conceito original é da responsabilidade de

Fernando Nabais que, em colaboração com Fernando Galrito e Stephan Jurgens, assume a direcção artística do projecto. Esta criação é desenvolvida com a tecnologia da YDreams, parceira do projecto. As ideias centrais de .txt baseiam-se na interactividade entre o interface e o performer, onde a tecnologia é explorada enquanto conteúdo. O projecto aponta para uma reflexão crítica sobre as convergências entre a arte e a ciência na sua dimensão social. A obra de William S. Burroughs, The Electronic Revolution (1970), funcionou como base dramatúrgica a partir da qual a estrutura narrativa se desenvolve.

JORNAL DE LEIRIA 29.07.2010

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Quando viajar não é sinónimo Está a dar de grandes gastos

Chegadas as tão esperadas férias, fomos saber como quatro jovens conheceram vários destinos, com muito pouco dinheiro no bolso

TEXTO: luciano larrossa fotos: sara vieira

Em tempos de crise, fazer férias em Portugal ou no estrangeiro, parece difícil, mas não impossível. Através de histórias de quatro jovens que esqueceram a comodidade e partiram à aventura, trazemos algumas sugestões de como se poderá viajar, ‘lá fora’ ou ‘cá dentro’, com poucos recursos. Já imaginou visitar sete cidades europeias, tais como Amesterdão, Berlim ou Paris em 16 dias por menos de mil euros? Parece quase impossível, mas não para Pedro Jorge. Ver de perto alguns dos mais consagrados monumentos, foi o que levou este jovem estudante de arquitectura a aventurar-se com dois amigos num Interrail. “Partimos de avião até Paris e a partir daí visitamos as outras cidades de comboio”, refere o jovem de 21 anos, acrescentando que “o facto de estudar arquitectura foi o que o levou a viajar

por todos estes países”. Este modo de viajar é escolhido, especialmente, pelos mais novos, pois permite aos menores de 26 anos um desconto considerável no preço do bilhete. Contudo, o valor final do bilhete dependerá dos países a percorrer, sendo Alemanha, França e Grã-Bretanha os países mais caros enquanto os mais económicos se encontram na outra ponta da Europa: Bulgária, Macedónia, Sérvia, Eslováquia, Eslovénia a Turquia. “Espectacular e inesquecível”, foi assim que Ricardo Ferreira considerou a sua viagem de carro com o primo pela Europa. Visitou em duas semanas países como Espanha, França, Holanda Alemanha ou Bélgica e tudo dentro do seu Opel Astra. Custo total da viagem? 600 Euros. “Viajar de carro tem esta grande vantagem, podemos poupar bastante dinheiro pois pode-

mos levar comida e bebida dentro da viatura”, afirmou o jovem de 22 anos. O mesmo meio de transporte utilizou Francisco Simão e mais quatro amigos que decidiram acompanhar os colegas a uma viagem de finalistas a Lloret Del Mar. Percorrer várias cidades espanholas foi o percurso escolhido. “Muitos de nós nunca tínhamos saído de Portugal e optamos por realizar uma viagem mais curta”, confessou o jovem de 24 anos. Contudo, viajar não é apenas sinónimo de avião, comboio ou carro, como confessou ao Akadémicos Cláudia Silva, de 21 anos. Foram oito os dias que a ex-aluna de Comunicação Social e Educação Multimédia da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais demorou a percorrer a pé o caminho para Santiago de Compostela. “Conhecer a viagem realizada pelo padroeiro

de Santiago” foi o motivo que levou esta estudante e mais vinte escuteiros do Agrupamento de Belas a percorrer os 200 Km’s que ligam Barcelos até ao destino final. A aventura aconteceu em 2004. Cláudia sublinha que “o caminho de Santiago deveria ser feito, não por qualquer impulso religioso ou devocional, mas por uma “forte necessidade de fortalecimento espiritual” e acrescenta que, quando pensa em voltar a percorrer o Caminho, “é pela necessidade de vencer um desafio pessoal, num roteiro cultural e histórico”. A antiga aluna aconselha qualquer pessoa a repetir a experiência, porque, como explica: “só nestas situações é que conhecemos os nossos limites”. Para Cláudia Silva, a Credencial de Peregrino é um documento indispensável e exclusivo para o percurso porque permite o acesso aos albergues gratuitos existentes

O que posso fazer? Interrail ou Intra-rail

Couchsurfing

Camping

Viajar de comboio pela Europa com os amigos, conhecendo vários países e culturas. Podes também optar pelo Intra-rail e conhecer melhor Portugal.

Disponibilizar o sofá para viajantes de outro país e viajar para um sítio distante ficando alojado na sala de outros surfers.

A forma mais tradicional de tirar férias para jovens com poucos rendimentos. Pega numa tenda e passa algumas noites com amigos num parque perto da praia ou se preferires, na floresta.

De Norte a Sul, em contacto com a natureza, a praia ou cidade, podes visitar o melhor do país e do Mundo pernoitando nos albergues da juventude.

Vantagem Basta uma guitarra e uma pequena fogueira à noite e tens diversão garantida.

Vantagem conforto, localização e contacto com outros alberguistas

Vantagem Para além de conheceres novos locais, tens ainda a oportunidade de ver as mais belas paisagens durante a viagem.

Vantagem Conhece novas culturas de perto, ao viver durante uns dias com habitantes de outros países Preço Só pagas a deslocação (a estadia é grátis)

Preço Depende da duração e percurso. Passe Europeu: a partir de €159. www.interrailnet.com

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JORNAL DE LEIRIA 29.07.2010

Tiago pedro

www.couchsurfing.org

Preço Cerca de €5 por dia (Valores variam em função da época e da dimensão da tenda)

www.roteiro-campista.pt

Pousadas

Preço Cerca de 15 Euros. Variações em função da época, da localização e do tipo de quarto.

http://microsites.juventude.gov.pt


TAK

Tomografia Axial Komputorizada tiago figueiredo e filipa araújo

DR

Está a dar

José Luís Jorge

Sensibilidade Fotográfica

em toda a rota, serve como prova de que se percorreu ou está a percorrer o Caminho.

Peripécias Mais económicas, as viagens de carro ou comboio proporcionam momentos por vezes inesquecíveis para os viajantes. Depois de uma noite com muita neve em Burgos e sem conseguir encontrar estadia, Francisco Simão recorda como decidiram passar a noite no carro. O que parecia ser a solução ideal para combater o frio na cidade espanhola, tornou-se, logo pela manhã, numa situação assustadora para o grupo de amigos. “Acordámos e o carro estava cheio de fumo por dentro, tudo devido ao aquecimento que estava a pegar fogo!”, lembrou o alcobacense com alguns risos pelo meio. E as aventuras em Espanha não ficaram por aqui: “Pelo meio, ainda furámos o pneu do carro e fomos obrigados a andar cinco dias a cinquenta quilómetros por hora devido ao pneu suplente”. Incerteza parece ser também a palavra certa para quem viaja de Interrail, especialmente quando chega a hora de dormir. “Quando viajamos de comboio temos duas opções: ou dormi-

mos nos bancos normais ou compramos o bilhete com camaratas. Nós preferimos a segunda opção”, referiu Pedro Jorge, acrescentando o facto de os bilhetes com camaratas custarem apenas mais 12 euros foi o motivo da escolha. Poupadas acabaram também por ser as horas de sono, tudo por causa de um “russo que não parava de ressonar e não nos deixava dormir!”, confessou o jovem de 21 anos. “Agora ao pensar na situação até acho piada, mas na altura provocou-nos umas olheiras enormes”, conclui.

Internet Para quem prefere conhecer outros países de uma maneira mais económica, uma ferramenta parece ser essencial: a internet. É lá que a maioria dos turistas compra a grande parte dos seus bilhetes ou estadias em hotéis ou pousadas. Para Pedro Jorge, a internet foi essencial, pois “permitia estarmos a viajar de comboio e conseguirmos o alojamento para o dia seguinte. A maioria das vagas eram conseguidas no site hostels.com”. A segurança parece ser um dos motivos que leva muitas pessoas a não arriscarem este género de viagens, tal como explica

Pedro Jorge. “É claro que tivemos sempre receio em relação à segurança. Andávamos sempre com a mochila à nossa frente”. Apesar de ter assistido a um assalto, o jovem sintrense lembra que “o próprio site do Interrail dá alguns conselhos de como guardar e levar os pertences, o que diminui o risco de roubo”. Já Ricardo Ferreira não teve qualquer tipo de problemas em relação à segurança, também porque, como explica, “tínhamos sempre algum conhecido nas cidades que visitámos, o que torna tudo mais seguro”. Reduzir a bagagem a um mínimo indispensável é um dos conselhos dados por Cláudia Silva: “Levem apenas o essencial, pois senão acontece como a alguns de nós, que tivemos que nos desfazer de alguns adereços a meio da viagem”. O facto de desconhecer a língua que se fala no país de destino é considerado por muitos, também, como outro factor para não viajar, o que para Ricardo Ferreira não faz qualquer sentido. “Falamos inglês em quase todos os países, na Holanda então todos falam inglês. O único país onde não aconselho a utilizarem o inglês é em Itália, principalmente com as italianas!”, brinca.

“Sensibilidade(s) 25” é um projecto que conta com a presença de 25 fotógrafos do distrito de Leiria e com o patrocínio de IPL. José Luís Jorge foi coordenador e co-autor desta obra editada pelo CEPAE (Centro de Estudos do Património da Alta Estremadura). Natural de Leiria, José, aluno de Comunicação Social e Educação Multimédia da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, é um hoje um fotojornalista com experiência. Para além deste projecto é também autor de O cheiro das Especiarias, livro baseado numa viagem de três meses que fez ao continente Asiático, e co-autor de Os Trabalhadores Laneiros no Distrito de Leiria. Foi também dirigente Associativo do Ateneu e do já extinto grupo CIRCULARTE. José começou a fotografar aos 19 anos de idade. Foi “obrigado” a explorar o gosto sozinho e, por isso, considera-se uma pessoa bastante autónoma. “Não havia ninguém na minha família que me incentivasse ou que estivesse ligado à actividade”, refere. Hoje, trabalha como freelancer, tendo, ao longo dos seus 20 anos de experiência, colaborado com diversos jornais e revistas como o Diário de Leiria, Público, Sol, Tempo Livre, Invest e Volta ao Mundo. Em 1988 frequentou o Curso de Iniciação à Fotografia do FAOJ (Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis), actual IPL (Instituto Português da Juventude). Em 2000/2001 estudou no Ar.Co (Centro de Arte e Comunicação Visual). É em 2008 que recebe uma menção honrosa no VIII Prémio de Fotojornalismo Visão/BES e participa no workshop Every Picture Tells a Story, dirigido pelo fotógrafo norte-americano Frans Lanting. Quando questionado sobre os seus gostos, a resposta é imediata: “Fotografar, ler, escrever e viajar”. Depois de um interregno sem estudar, o fotógrafo revela que os seus maiores objectivos são acabar o curso e dar a volta ao mundo registando fotograficamente cada momento, cada lugar…

JORNAL DE LEIRIA 29.07.2010

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Easyway, Miguel Marques (produtor e guitarrista)

Sentado “Há uma onda de criatividade que se perderá no mocho se não houver apoios” Sentou, vai ter k explicar

Japão, Brasil ou até mesmo EUA já se renderam à inconfundível sonoridade dos Easyway. A banda, nascida na cidade de Lisboa em 2000, arrisca algo que só os Pink Floyd tentaram até à data, produzir um álbum que seja um filme e a sua banda sonora. Laudamus Vita surge nos ecrãs portugueses, e é Miguel Marques (guitarrista) que nos conta como tudo surgiu TEXTO: FILIPA ARAÚJO E TIAGO PEDRO FOTOS: FILIPA ARAÚJO

Como surgiram os Easyway? Os Easyway surgiram em 2000. Eu e o Tiago tínhamos uma banda e o Danilo e o “Atum” tinham outra. Costumávamos tocar no bairro onde crescemos e as coisas foram evoluindo. As banda mudaram e acabámos por ficar todos juntos formando os Easyway. Para iniciar, fizemos uma demo, que teve uma boa aceitação. Entretanto surgiu a oportunidade de gravar o primeiro álbum em 2001.

Ter trabalhado com Joey Cape foi uma mais valia para vocês enquanto músicos? Claro que sim! Todos nós somos fãs da banda de Joey Cape, os Lagwagon, e na altura o punk rock estava em grande e foi uma oportunidade única poder gravar com ele. Quando os Lagwagon deram um concerto em Lisboa nós tocámos com eles, e surgiu-nos a ideia de perguntar ao Joey se ele queria gravar uma música connosco. Admito que, no momento, pensámos que ele nunca aceitaria mas decidimos arriscar e correu bem. Perguntámos-lhe e ele prontamente respondeu “Claro! Quando vamos para estúdio? Agora?”, não sabíamos bem o que dizer, acabámos por convidá-lo primeiro para um café, depois fomos para estúdio. O que é que este disco traz de novo na sonoridade dos Easyway? Traz muita coisa porque é uma mudança brusca na direcção que os Easyway estavam a tomar. Para além de ser um filme, este álbum, tem também a função de banda sonora do mesmo filme. Para isso, tivemos que criar as músicas e ambientes necessários, portanto há uma maior dinâmica, as músicas são mais fortes ou mais suaves do que o habitual. Existe essa tal diferença de sonoridade necessária para que as músicas encaixassem no filme. Não podíamos continuar a fazer músicas de punk rock porque não encaixavam no projecto, portanto abrangemos um

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universo muito maior. Como surge a ideia de fazer uma longa metragem? A ideia surge na altura em que estávamos a promover o segundo álbum. Começámos a pensar no que íamos fazer a seguir e, de uma forma natural, porque eu trabalho com áudio e o Danilo em vídeo, aparece a ideia de unir as duas coisas e criar algo diferente. Foi então que o Danilo teve a ideia de fazermos um filme, ficámos motivados e decidimos trabalhar nisso. A partir daí, começámos a evoluir com o projecto, juntámos as coisas e, quase três anos depois, aqui estamos com o álbum que é também uma longa-metragem. É a longa metragem que acompanha o álbum ou o álbum que acompanha a longa metragem? É impossível separar um do outro. A longa metragem não vive sem o álbum e o álbum não faz sentido sem a longa metragem. O álbum foi criado para a longa metragem e a longa metragem sem o álbum não existe. Porquê Laudamus Vita (saudamos a vida)? Começámos a procurar um nome para o álbum e para as músicas em português, nomes que fossem facilmente percebidos e quase universais. Foi impossível, tínhamos 18 capítulos e não havia 18 nomes em português que encaixassem e que estivessem relacionados com o respectivo capítulo. Optámos por pensar noutras hipóteses e achámos que fazia sentido um nome em latim, devido à sua conotação de grandiosidade e de épico. Laudamus Vita dava um ambiente perfeito para aquilo que nós queríamos. O uso do latim remete-nos a uma simbologia épica, considera que isso se reflecte a nível musical e cinematográfico deste projecto? De que forma? Sim! Não só do nome mas o facto dos ambientes, do filme e


Um local Algarve Um cheiro Baunilha Um filme The Cove Um álbum Um álbum de fotografias. Uma música Living is a Problem Because Everything Dies, de Biffy Clyro

das músicas terem muita orquestração. Têm um ambiente grandioso e o uso do latim faz todo sentido. Porquê a escolha de Lisboa e Évora como cenários? Primeiro porque Portugal tem cenários lindíssimos e muitas vezes passamos pelas coisas e nem sequer reparamos. Em Lisboa, por exemplo, basta ir à baixa e olhar com olhos de ver: é absolutamente magnífica e nós nem reparamos no seu poder. A escolha de Évora está relacionada com duas coisas, primeiro porque nos remete para um passado longínquo e grandioso que existiu em Portugal, depois deve-se à questão burocrática. Gravar torna-se muito complicado porque é preciso um papel para isto outro para aquilo, mas a Câmara Municipal de Évora deu-nos cem por cento daquilo que podia para estarmos à vontade, portanto, a escolha dos locais não podia ter sido outra, foi perfeita. Tiveram apoios para toda esta produção ou foi um investimento da própria banda? Foi um investimento da própria banda, tivemos apoios em termos logísticos de algumas empresas de vídeo e de áudio que nos ofereceram uma data de material, sem eles era completamente impossível. Tivemos também muita mão-deobra disponibilizada por uma data de profissionais que acreditaram neste projecto e, a troco de quase nada, não desistiram. Tivemos a maior sorte do mundo em encontrar os maiores profissionais como o José Rato, Miguel Manso que foi também director de fotografia, sem eles o resultado teria sido completamente diferente. Considera que Portugal dá/ tem as condições necessárias a produções deste género? Acredito que Portugal tem condições, mas acho que faltam apoios para que estes projectos se possam desenvolver. Nós, como banda, não somos uma empresa para nos podermos dar ao luxo de passarmos por uma parte burocrática em que no fim nos possam dar o apoio. Ou é um esforço pessoal ou neste momento é impossível projectos destes acontecerem, o que

é pena porque há muitas bandas, muita música, muitos artistas que têm talento e que vão acabar por cair no esquecimento porque não têm o apoio suficiente para conseguir desenvolver esse talento. Acredita que o filme chamará um novo tipo de público à banda? Acho que sim, até pelo facto de ser diferente e inédito. Acredito que quem tiver um contacto com o filme ficará interessado, independentemente do género de música que ouça. Qual é o papel da internet na evolução dos Easyway? Tudo passa pela internet, desde o Myspace que está quase obsoleto, indo para o Facebook, tudo passa pela internet. Tocar ao vivo é muito importante para fazer um primeiro contacto, mas a internet torna-se essencial pois dá continuidade a esse contacto. Portanto, se hoje em dia não houvesse internet, a realidade seria completamente diferente. Qual a vossa opinião em relação ao panorama musical português? Acho que há vários tipos de panoramas em Portugal. Se começarmos por pensar no panorama underground acho que há bandas muito boas, ao nível de bandas internacionais, e isso pode dar frutos. Penso que no futuro se estas bandas, que se estão a afirmar agora continuarem, vamos ter por exemplo uns novos Moonspell ou uma data de outros casos de sucesso. Mas para isso é preciso haver apoios, é preciso que as pessoas se desloquem aos concertos, que apoiem as bandas. Há uma onda de criatividade que se perderá se não houver apoios. O que se pode esperar de um espectáculo dos Easyway? Podem-se esperar várias coisas, primeiro pode esperar-se uma coisa intensa e isso sempre foi uma componente dos nossos concertos. Nós estamos a fazer concertos com o filme e sem o filme, com o filme é um bocadinho diferente porque não podemos tirar a atenção do público daquilo que se passa na história, então é quase como se houvesse uma divisão daquilo que se passa no pal-

co e no ecrã. Percebemos que estamos a fazer algo inédito, estamos a apresentar um filme e a tocar a banda sonora ao vivo. Quando ouvimos o feedback do público, as pessoas não se sabem explicar muito bem, ficam sem saber o que dizer, ficam meio engasgadas, umas dizem que foi “brutal” mas não conseguem explicar melhor. Percebemos que as pessoas gostaram. Para quando um álbum em português? Nunca digas nunca, mas os Easyway sempre se moveram com base na universalidade. A música é universal. Nunca achámos que cantar inglês fosse problema, aliás, cantar em inglês dá-nos a possibilidade de expandirmos aquilo que fazemos num universo muito maior. Quem canta em português não fica imediatamente limitado por uma fronteira que nem sequer existe mas pode ficar, e nós nunca quisemos isso. Desde o primeiro álbum que estipulámos que queríamos ir lá para fora, mais além das fronteiras, conhecer o mundo, fazer o máximo que podíamos fazer enquanto banda e cantar em inglês facilitava isso. Não por ser mais fácil de cantar ou soar melhor, mas sim pelo facto da música ser universal. Como se prevê o futuro dos Easyway? Neste momento prevê-se uma tournée com o Laudamus Vita, apresentar o álbum ao vivo o máximo que pudermos. Vamos tentar correr todas as salas em Portugal que tenham condições para fazer isto, com lugares sentado para que as pessoas se possam concentrar no filme e no concerto. Esse é o nosso primeiro objectivo. O segundo é concentrarmo-nos no estrangeiro. Desde o primeiro álbum que fizemos várias tournées na Europa, e os nossos dois álbum anteriores saíram um pouco por todo o lado, Japão, Brasil, EUA, uma data de sítios. Queremos continuar a fazer isso. Ainda não tivemos tempo de investir no que se passa lá fora. Estamos concentrados em Portugal e em fazer um bom trabalho aqui mas, mal esteja consolidado, partiremos para um universo maior, e isso é o mundo todo, porque não?

Kultos

MARIANA RODRIGUES

The Blind Side Baseado numa história verídica, The Blind Side surge nas salas de cinema com uma enorme expectativa por parte do público. Não é caso para menos, tendo em conta que foi graças ao desempenho neste filme que Sandra Bullock arrecadou a primeira estatueta da sua careira. Recebeu o Óscar e o Globo de ouro de melhor actriz. O filme conta a história de Michael Oher (Quinton Aaron), um negro jovem, com elevada estatura, filho de uma mulher completamente viciada em drogas, que é ajudado por uma família branca, liderada por Leigh Anne Tuohy (Sandra Bullock) que acredita no seu potencial. Os Tuohy tinham tudo: fama, dinheiro, os filhos eram bons alunos, todos eram felizes. Sean Tuohy, o pai (Tim McGraw) conjugava o sucesso desportivo com o olho para o negócio, mas era Leigh Anne quem mandava lá em casa. Sean já a conhecia e antecipava todos os seus movimentos, admirando a coragem e determinação da mulher. A relação funcionava porque ele não a questionava, pois já sabia que simplesmente não iria resultar em nada. Quando Leigh Anne decide albergar por uma noite Big Mike, nenhum deles imaginava onde tudo iria terminar. De uma noite para o Dia de Acção de Graças, até ficar a morar com os Tuohy e ser adoptado foi um pequeno passo. Atendendo ao baixo quociente intelectual, a etapa seguinte foi ajudá-lo a encontrar uma carreira no desporto. Michael tinha, contudo, três capacidades que o tornavam muito especial: uma resistência incrível, uma aptidão inata para o desporto e um instinto de protecção particularmente apurado. O que poderia ser unicamente um gesto de generosidade, torna-se no grande momento de viragem nas suas vidas. DR

DR

KURTAS

O filme transporta para o ecrã uma família que tinha tudo e não se importou de o partilhar. Da simples caridade da classe alta (recolhas de fundos, presenças em eventos) para o verdadeiro envolvimento: acolher, vestir e tutorar um jovem problemático e difícil de compreender, tudo foi feito. Com a ajuda da família Tuohy, do treinador de futebol e dos professores, o filme demonstra a forma como o rapaz conseguiu ultrapassar todas as dificuldades e dar a volta por cima, singrando no mundo do futebol e tornando-se numa estrela da Liga Nacional Americana. The Blind Side possui um argumento espectacular, tendo o escritor e realizador John Lee Hancock feito um óptimo trabalho. É uma história bem contada, moralizadora, romanceada, mas com bastante sentido de humor e com Sandra Bullock em grande destaque. Envolvente e com uma boa dose de emoção, este é um filme ideal para qualquer público. Uma história de vida sobre o orgulho de pertencer a uma escola, sobre o orgulho maior de ter um filho. Memorável!

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A Fechar

anne abreu

Mestrados da ESAD A Escola Superior de Artes e Design aposta em quatro novos mestrados: Design de Produto, Design de Tipografia, Artes Plásticas e Gestão Cultural e Teatro. As candidaturas decorrem até 6 de Setembro de 2010.Mais informações em www.ipleiria.pt.

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JORNAL DE LEIRIA 29.07.2010

daniela santos

munidade, investigação, consultadoria, educação e indústria alimentar”. O curso Engenharia de Redes e Serviços de Comunicação pretende formar profissionais com competências necessárias para projectar, instalar, operar e manter plataformas computacionais interligadas, bem como desenvolver aplicações e serviços no âmbito das redes de comunicação. Administração de redes, serviços de telecomunicações, televisão por cabo, banca e comércio electrónico são os principais sectores previstos para saídas profissionais. Ambos os cursos vão funcionar no regime diurno.

DR

A escassos meses do início de um novo ano lectivo, o Instituto Politécnico de Leiria apresenta duas novas licenciaturas: Dietética, na Escola Superior de Saúde e Engenharia de Redes e Serviços de Comunicação, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão. A Licenciatura em Dietética tem por objectivo o desenvolvimento de competências de “avaliação do estado nutricional, elaboração de programas de intervenção e terapêutica dietética adequada a cada situação clínica”; tendo como principais saídas profissionais “empresas que desenvolvam actividades nos domínios clínico, saúde da co-

INTERNETES Desporto e Bem-Estar organiza Torneio

juliana batista

Vieira de Leiria recebe Futebol de Praia

Whats On When é o site indicado para quem vai viajar. Trata-se de um guia para mais de 500 países, cidades e resorts mais famosos. Para além de poderes escolher o local de destino, podes também descobrir os costumes, a gastronomia típica, a paisagem, factos interessantes bem como os principais eventos do local a visitar.

DR

andré mendonça

útil

www.whatsonwhen.com

agradável O curso de Desporto e Bem-Estar da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais em Leiria está a organizar o II Torneio de Futebol de Praia, que vai decorrer durante o fim-de-semana de 7 e 8 de Agosto, na praia da Vieira, em Leiria. As inscrições estão abertas até dia 31 de Julho, para equipas masculinas e femininas com um máximo de 11 elementos, e tem um custo de 100 euros por equipa, que incluí as águas durante os jogos, seguro de acidentes desportivo, um reforço alimentar, descontos nos bares e restaurantes da Praia da Vieira e entrada na festa “DBE mexe o pé!”. Estão ainda contemplados taças e prémios monetários para os três primeiros classificados: o 1.º lugar recebe €110, o 2.º lugar €60 e o 3.º lugar 40€. Para mais infor-

mações, contactar a organização através do número especificamente criado para o efeito: 915 800 624.

Festival de Fitness A 14 e 15 de Agosto o Curso de Desporto e Bem–Estar organiza também um Festival de Fitness em colaboração com a Associação Académico de Leiria, na Praia do Pedrógão. As aulas, que decorrerão entre as 17 e as 19 horas, serão ministradas por instrutores dos ginásios Maxigym e Life Concept e contemplarão actividades como body combat, body jam, dance fusion, aerolatinas, stretching e aeróbica. Pedro Pena, da equipa Internacional Manz/Les Mills Portugal, será presença especial.

O título diz tudo - Uma foto da NASA a cada dia do ano. Neste site é diariamente publicada uma nova fotografia da NASA. Umas fotos são do espaço, outras da terra e a qualidade das imagens é bastante razoável. O design da página é o mais simples que se possa imaginar… não tem!

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Estágios INOVEXPORT Com o objectivo de apoiar a inserção de jovens licenciados no mercado de trabalho e estimular o processo de internacionalização das pequenas e médias empresas, a iniciativa INOVEXPORT está a promover a realização de estágios profissionais nas áreas do Comércio Internacional, Marketing, Gestão, Relações Internacionais e Novas Tecnologias . Mais informações sobre o programa disponíveis em: www.inovexport.com

IPL abre dois novos cursos

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Concurso OPEN Estão abertas, até ao próximo dia 30 de Setembro, as candidaturas para o Concurso de Criação de Empresas de Base Tecnológica, promovido pela Associação para Oportunidades Específicas de Negócio. Este concurso destina-se a quem pretenda desenvolver ideias e projectos que ainda não entraram na fase de exploração comercial. Em avaliação estarão a viabilidade técnica e económica do projecto, o grau de inovação, o potencial de mercado, bem como o currículo dos promotores. Mais informações em www. open.pt

http://antwrp.gsfc.nasa.gov


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