Akadémicos Suplemento do JORNAL DE LEIRIA, da edição 1376, de 25 de Novembro de 2010 e não pode ser vendido separadamente.
Daniel Sampaio Escritor e médico
“Os políticos não se
interessam pelos jovens, servem-se deles” 06 e 07
A crise também bateu à porta dos estudantes
Novas regras atrasam bolsas DR
04 e 05
Abertura
Director Adjunto: João Nazário direccao@jornaldeleiria.pt Coordenador Pedagógico Paulo Agostinho paulo.agostinho@esecs.ipleiria.pt Apoio à Edição Alexandre Soares asoares@esecs.ipleiria.pt Secretariado de Redacção Daniel Sousa e Filipa Araújo Redacção e colaboradores Ana Filipa Ribeiro, Ana Neves, Anne Abreu, Bárbara Cascão, Bárbara Jorge, Cristiana Teixeira, Daniela Santos, David Agostinho, Diana Coutinho, Duarte Santos, Fernando Santos, Filipa Araújo, Filipa Moderno, Gonçalo Dourado, Iva Costa, Jessica Santos, João Pedro Magalhães, Juliana Batista, Kayla Alves, Mariana Rodrigues, Pedro Miguel, Ricardo Rampazzo, Rita Sampaio, Sofia Filipe e Tiago Pedro Departamento Gráfico Jorlis - Edições e Publicações, Lda Isilda Trindade isilda.trindade@jornaldeleiria.pt Maquetização Leonel Brites – Centro de Recursos Multimédia ESECS–IPL leonel.brites@ipleiria.pt
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barbeiro@esecs.ipleiria.pt
Miguel Oliveira Docente ESECS/IPL
Uma agenda do mês MÚSICA
Directora do Curso de Comunicação Social e Educação Multimédia Alda Mourão
Casa-Museu /Centro Cultural João Soares
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2 de Dezembro
Teatro José Lúcio da Silva, Leiria
Moonspell apresentam “Sombra” Este espectáculo irá dar a conhecer a faceta acústica da banda esperando-se momentos inesperados e surpreendentes, como por exemplo a apresentação da versão acústica de um tema dos Madredeus. Mais do que uma proposta para os fãs da banda e curiosos do estilo, este espectáculo destina-se também a um público aberto a novas sonoridades e abordagens.
ARTESANATO 26 de Novembro a 5 de Dezembro A FAG 2010 – XXI Feira Nacional de Artesanato e Gastronomia da Marinha Grande decorre de 26 de Novembro a 5 de Dezembro, no Parque Municipal de Exposições da Marina Grande. Esta iniciativa apresenta o trabalho de mais de 70 artesãos, 20 produtos regionais e cinco restaurantes. DR
Teatro Miguel Franco (Leiria)
!
JORNAL DE LEIRIA 25.11.2010
Grafitos Medievais A exposição “Grafitos Medievais do Mosteiro da Batalha” fala de um assunto até hoje ignorado: o gesticular anónimo de quem esteve no Mosteiro durante a sua construção. Escultores, pedreiros, carpinteiros, arquitectos, monges fixaram nas paredes uma linguagem paralela, não a dos alicerces, das abóbadas e de um imaginário que iriam legar à posteridade, mas as dúvidas, as conversas, as ironias, as crenças, de um quotidiano forjado numa das épocas mais criativas do viver português.
TEATRO 30 de Novembro
Marinha Grande
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EXPOSIÇÃO De 27 de Novembro a 30 de Abril
Inserido no 15.º ACASO – Festival de Teatro, apresenta-se a peça de teatro “Estilhaços”. A peça abordará a temática da violência doméstica/familiar que “atinge fundamentalmente crianças, adolescentes, mulheres e idosos, a qual constitui uma violação dos direitos humanos e das liberdades fundamentais e uma ofensa à dignidade humana, limitando o reconhecimento e exercício de tais direitos e liberdades”, refere a organização.
DR
Director: José Ribeiro Vieira jose.vieira@movicortes.pt
pelos sucessivos governos que mais uma vez a descuraram por completo na reforma educativa dos anos 80 quando as taxas de cobertura da educação pré-escolar (dos três aos cinco anos de idade) rondavam os 36%. A título de curiosidade, nessa altura, as taxas dos países do norte da Europa situavam-se entre os 60 e os 80%. É em meados da década de 90 que a educação de infância assume um papel de relevo com a publicação da Lei-Quadro da Educação Pré-escolar estabelecendo como princípio geral que “a educação pré-escolar é a primeira etapa da educação básica no processo de educação ao longo da vida, sendo complementar da acção educativa da família, com a qual deve estabelecer estreita relação, favorecendo a formação e o desenvolvimento equilibrado da criança, tendo em vista a sua plena inserção na sociedade como ser autónomo, livre e solidário”. Hoje a educação de infância ocupa um lugar de destaque na educação portuguesa, expandiu-se e a taxa de cobertura nacional é muito mais abrangente. Nos últimos anos têm havido conquistas de grande relevo com a inclusão e desenvolvimento das Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar, com a promoção de espaços de debate e reflexão sobre a infância e com introdução de novos modelos de ensino e aprendizagem nos nossos jardins-de-infância, tendo a criança como sujeito do processo educativo.
DR
Vai lá, vai...
A sociedade portuguesa tem mudado muito ao longo das últimas décadas e novas exigências se colocam às instituições: escola e família. Daniel Sampaio tem-nos oferecido inúmeras reflexões sobre o papel da família, sobre a escola e sobre a infância. No seu livro a “Razão dos Avós”, o autor centra-se no papel dos avós no quotidiano familiar, sustentando que a razão está do seu lado porque, como historiadores da família, garantem a autonomia e a diferenciação dos mais novos. No entanto, neste último livro “Memórias de Futuro”, o mesmo autor alerta-nos para a necessidade de discutir a escola e a importância que esta tem na educação das nossas crianças e dos nossos jovens. As diversas mudanças populacionais verificadas em Portugal, nomeadamente o movimento de migração do interior do país para o litoral fez com que os meios rurais se despovoassem e as populações se concentrassem nas grandes cidades. Em consequência, muitas famílias perderam o apoio dos avós que, ao não acompanharem os mais jovens neste movimento, deixaram de ter uma participação tão activa na educação das crianças sendo necessário criar novos mecanismos de apoio às famílias, nomeadamente o investimento no alargamento da rede de Educação Pré-escolar pública. É neste quadro que importa referir a importância que o desenvolvimento da educação de infância tem tido na sociedade portuguesa actual depois de um largo período em que foi desvalorizada e de algum modo esquecida pelos nossos governantes. A importância desta etapa educativa, depois da restauração de democracia em 1974, tardou a ser reconhecida
Nova legislação dificulta a vida dos estudantes
Está a dar Pobres bolsas de estudo
TIAGO PEDRO
As novas regras das bolsas surpreenderam alunos e atrasaram os apoios aos caloiros. O IPL remete a responsabilidade para a lei que chegou atrasada à bolsa de quem precisa TEXTO: ANA FILIPA RIBEIRO FOTOS: FILIPA ARAÚJO E DUARTE SANTOS
A austeridade faz-se sentir em todas as áreas, e o ensino não escapa às novas medidas. Muitos são os alunos do ensino superior que vêem o seu curso “por um canudo”. Com a falta de fundos dos pais e as dificuldades do dia-a-dia, as novas medidas de atribuição de bolsa vêm difi cultar ainda o suporte das despesas como propinas, alimentação, alojamento ou fotocópias, comuns a qualquer estudante. Com a alteração do regulamento para atribuição de bolsas de estudo e a demora na implementação das Normas Técnicas Nacionais, os Serviços de Acção Social viram-se incapazes de proceder à atribuição de bolsas e ao pagamento das mesmas em tempo útil.
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As mudanças O administrador dos Serviços de Acção Social do Instituto Politécnico de Leiria (IPL), Miguel Jerónimo, reconhece alguns atrasos mas remete a responsabilidade para a administração central que demorou a passar os novos procedimentos, com uma JORNAL DE LEIRIA 25.11.2010
“informação tardia e por vezes pouco esclarecedora”. No entanto, apesar disso, Miguel Jerónimo elogia o novo modelo, porque os processos de candidatura foram simplifi cados, existe uma contratualização que “assegura condições estáveis de apoio social durante todo o ciclo de estudos onde os estudantes se inscrevem” e o apoio passa a ser linear, em proporção “ao rendimento per capita do agregado familiar”. No entanto, o valor a receber, em muitos casos, será menor e alguns dos alunos poderão deixar de receber bolsas já que vai deixar de existir um complemento para alunos não deslocados. Por outro lado, os alunos, na candidatura, têm de apresentar informações bancárias e podem ser excluídos se tiverem dinheiro no banco e património com valor superior a cem mil euros. As bolsas passam agora a variar entre um mínimo de 978 euros por ano e um máximo de 6855.96 euros.
Os estudantes para poderem beneficiar de bolsa têm que estar inscritos a pelo menos 30 ECTS e os prazos de candidatura são a partir de agora fi xados pela Direção-Geral do Ensino Superior. Para os estudantes das ilhas que estudem no continente e ao contrário, surge um complemento anual de transporte. No caso de apoio aos estudantes que beneficiem de estatuto trabalhador-estudante ou mudança de curso, podem concluir o curso de três ou menos anos num período não superior a mais dois anos e ou mais três anos se o curso for superior a três anos.
Os Serviços de Acção Social do IPL No ano lectivo de 2009/2010, o IPL gastou em bolsas de estudo sete milhões de euros, distribuídos por 3359 alunos. Desses alunos, 877 receberam uma bolsa de valor superior a 295.80€ e 21 deles receberam bolsa máxima estando no 1º escalão. Como este ano, as regras mudaram, até agora, foram atri-
buídas 1658 bolsas (2 prestações). Para Miguel Jerónimo, os alunos “tendem a ser mais responsabilizados pelo processo e têm que se empenhar mais nos estudos para poderem beneficiar de bolsa”, pois para terem renovação da bolsa, o aproveitamento escolar mínimo é de 50% dos créditos em que se inscreveram no ano lectivo anterior (30 ECTS anuais). Para este ano, Miguel Jerónimo diz que a decisão fi nal sobre a renovação de uma bolsa de estudo anual será comunicada ao estudante num “prazo máximo de 60 dias úteis, excepcionalmente este ano, a contar do dia 20 de Outubro, data em que as normas técnicas nacionais entraram em vigor”. Já no que respeita às novas candidaturas “a decisão do requerimento deve ser comunicada ao estudante interessado no prazo máximo de 30 dias úteis após a aceitação de todos os dados considerados necessários à análise do respectivo processo, após a respectiva matrícula”, explicou o administrador.
FOTO: JOÃO PEDRO MAGALHÃES
Konsumo Obrigatório TEXTO: ANNE ABREU E IVA COSTA FOTOS: GONÇALO DOURADO
Sétimo
Lounge Disco
Está a dar
Concurso Band Over TEXTO: ANA NEVES, BÁRBARA JORGE E FERNANDO SANTOS
No passado dia 20 de Outubro, realizou-se a final do concurso Band Over na discoteca Beat Club. O festival de música Band Over chegou ao fim, depois de semanas de selecção. A final decorreu a 20 de Outubro, na discoteca Beat Club, e os grandes vencedores foram os Kafka Dog, uma banda que homenageia o filósofo Franz Kafka. Para Rui Gaspar a vitória no concurso constitui um “abrir de portas” para os Kafka Dog. “O ano passado estivemos na Recepção ao Caloiro e gostámos de tocar naquele palco”, mas o concurso foi também uma “uma óptima oportunidade tocar no Beat Club”. Agora, a meta é actuar no festival Paredes de Coura e ainda criar mais músicas originais. “Neste momento temos três, mas pretendemos fazer mais algumas, tornando-nos assim uma banda de originais e deixando os covers”, explicou.
O Band Over tem vindo a afirmar-se como uma solução para a ascensão das bandas amadoras ao grande público. Associado ao conceito “da tua garagem para o palco”, o objectivo visa dar a conhecer os trabalhos originais de novas bandas até aqui limitadas a espaços particulares, possibilitando o reconhecimento por novos públicos. Inicialmente organizado por alunos da então Escola Superior de Educação de Leiria (actual ESECS), a edição deste ano juntou as restantes associações de estudantes do Politécnico numa parceria com a discoteca Beat Club. Este ano concorreram 27 bandas, que foram sujeitas à avaliação de um júri composto por Teixeira de Matos (promotor da semana da Recepção ao Caloiro), Sofia Rino (promotora cultural), Miguel Chagas (assessor de imprensa do Governo Civil) e
o músico Nuno Rancho, que se regeu pelos critérios da musicalidade, composição e instrumental. Além dos Kafka Dog, foram selecionados para a audição final os Smooth Voltage (Alcobaça), os Super Clarks (Lisboa), os Endless Discry (Leiria) e os The Legacy (Leiria), que ocuparam os restantes lugares da classificação. Cada banda teve entre 15 a 20 minutos para actuar e o público pôde ainda contar com a participação especial da banda TiMaria. Apesar da afluência das bandas inscritas ter ultrapassado as expectativas, a organização lamenta a fraca adesão dos estudantes ao evento. Até porque, ao fim e ao cabo, a iniciativa foi organizada pelas associações de estudantes e diferencia-se dos eventos académicos tradicionais. No entanto, os organizadores consideram que este é um projecto com bases para continuar.
Situado no Centro Comercial D. Dinis e com uma vista privilegiada sobre a cidade, o Sétimo, que conta com pouco mais de um ano de existência, é um espaço totalmente diferente àquele a que estamos habituados. Sem segredo nenhum quanto ao seu nome, até porque se situa no sétimo piso do shopping, trata-se de um “bar dançante” que abre as portas de quinta a sábado (brevemente também à quarta) com um modesto consumo mínimo de 4€, sem diferença entre géneros. O bar oferece aos seus clientes uma variada discografia musical que vai desde o house até ao jazz. Quem entra nesta casa também pode ficar a conhecer alguns dos melhores gins do mundo inteiro, bem como algumas das melhores vodkas. “Temos uma gama de bebidas que não há por aí”, reconhece o proprietário, José Manuel, mais conhecido por Zé Manel. O Sétimo não possui um programa exclusivo para estudantes e isso faz com que quem o conheça fique rendido à decoração elegante e à vista para o castelo. Apesar de se encontrar aberto a todo o tipo de público há dias em que este acaba por ser mais específico. “A casa em si acaba por seleccionar as pessoas”, explica. Para quem procura um espaço diferente, arrojado, com uma decoração elegante e luxuosa com vista para a cidade, o Sétimo torna-se Konsumo Obrigatório para um serão entre amigos. O espaço não recorre a qualquer tipo de publicidade, utilizando apenas redes sociais como o Facebook, com diversas actualizações e informações sobre o estabelecimento. “Os espaços são todos iguais, a essência e a alma da casa é que são diferentes”, resume o proprietário.
Bem-Vindos a Leiria FILIPA ARAÚJO
Todos os anos, são muitos os estudantes que chegam a Leiria vindos de todos os pontos do país. A adaptação a uma nova cidade pode tornar-se difícil para aqueles que a desconhecem, e a escola deve ter um papel fundamental na integração destes novos habitantes. Muitas são as vezes em que estes não sabem o que a nova cidade tem para lhes oferecer, e por isso aqui ficam algumas sugestões para dar o primeiro passo nesta experiencia leiriense. Cada cidade tem a sua marca própria. Aquela essência que cativa ou afasta os novos residentes. E Leiria não foge à regra. Sob o olhar atento do castelo, a baixa da cidade é um ponto de encontro de pessoas e serviços, onde a variedade é insubstituível. Desde lojas, supermercados e outros pontos de comércio, é nesta zona que se pode observar maior mo-
vimento por parte dos alunos. É também aqui que se encontra a Estação Rodoviária de Leiria, essencial para grande parte dos estudantes do IPL. Uma vez sozinhos numa nova casa, as compras passam a ser tarefa semanal para aqueles que chegam. Num pequeno inquérito realizado aos alunos do 2º e 3º ano da ESECS e da ESTG, o Continente e o Pingo Doce acabam por ser as referências preferidas. Mister Pizza, café Liceu ou 32 são nomes que farão parte da vida de todos os estudantes da cidade. As pizzas variadíssimas ou as famosas “sandes à 32” são especialidades obrigatórias, disponíveis para a bolsa de qualquer um. No que respeita a outro tipo de actividades, como o serviço de fotocópias ou recolha de informação académica, as escolas exercem um papel fulcral neste sentido. São a preferência de
90% dos alunos inquiridos. Leiria é sem dúvida uma cidade preparada para receber alunos todos os anos. Desde infra-estruturas comerciais, a locais de lazer, existe de tudo um pouco permitindo aos estudantes sentirem-se sempre em casa. Em qualquer cidade, a actividade nocturna é um marco importante na vida de um estudante. São nesses estabelecimentos que se gera maior convívio entre os alunos, e por isso é importante dar destaque a espaços como as discotecas Beat, Suite ou Alibi. Antes disso, a entrada na noite inclui a visita ao Terreiro e a passagem por bares tipicamente frequentados por estudantes como o Anubis e o Gato Preto que oferecem música comercial para todos gostos e muitas promoções nas bebidas. Feitas as apresentações…bem vindos a Leiria.
JORNAL DE LEIRIA 25.11.2010
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TAK
Tomografia Axial Komputorizada TEXTO: TIAGO FIGUEIREDO E FILIPA ARAÚJO FOTO: PEDRO MIGUEL
The Blind Side
Está a dar
Nem todos sabem… A apressada aplicação da nova lei referente às bolsas surpreendeu a comunidade escolar e poucos sabem das novas regras, sejam alunos, sejam pais. Maria, mãe viúva desempregada com 4 filhos, tem uma filha caloira no IPL, mas pouco sabe do assunto nem a que portas deve bater. “A minha maior dificuldade e preocupação é manter a subsistência da minha filha enquanto não recebe a bolsa de estudo”, explica. Já quanto ao alojamento, só tem elogios, graças à “atenção imediata” das funcionárias dos SAS que resolveram o problema. Mas falta ainda muita informação: “Nas vezes que liguei para os serviços as funcionárias não sabiam concretamente o que ia ser definido, embora todas as vezes que o fiz tenha sido atendida cordialmente”. Já Margarida, aluna do IPL, a vida estudantil está cada mais difícil de enfrentar, devido aos constrangimentos económicos. “As minhas maiores dificuldades são a alimentação, bens essenciais, material escolar, deslocações e ter que pedir dinheiro a minha mãe sabendo que é um esforço e que o dinheiro tem que “esticar” até ao fim do mês”, diz. Como ela existem outros que estão na mesma situação complicada e há casos de alunos que acabam por desistir de estudar por não terem dinheiro para suportar o custo de vida. Margarida insiste que devem “existir bolsas provisórias mais cedo, mesmo que fosse a bolsa mínima para os alunos com
mais dificuldades” porque os alunos estão “aqui muito tempo sem ajudas” de qualquer espécie. “Nós temos consciência que a culpa não é propriamente dos SAS, mas como há tantas campanhas para incentivar os alunos a estudar também deveria existir apoios de igual modo”, afirma. Na repografia da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais o número de cópias de manuais tem-se mantido estável, atingindo uma média de 80 livros por mês. Um sinal da falta de dinheiro e, em muitos casos, das mudanças de professores que obrigam a rever a bibliografia de cada disciplina. Ana Ribeiro, caloira do IPL, afirma que está a gastar as poupanças que amealhou nos últimos meses. “Se não tivesse trabalhado todo o Verão, não me seria possível aguentar aqui e possivelmente nem sequer tinha vindo, pois os meus pais não têm possibilidades de me ajudar e os SAS demoram demasiado tempo a atribuir bolsas”, diz. Uma ajuda já garantida é o quarto na residência. “Moro a 111 quilómetros e somos uma família de cinco pessoas com um bebé a caminho de uma gravidez de risco, acha que não é suficiente?” – desabafa. Vinda de Mira de Aire, Ana Vieira é outro exemplo de uma aluna que luta contra a burocracia das bolsas. Um dos truques é poupar nas refeições, mesmo nas cantinas, até porque, com a ajuda dos pais, sai mais barato comer em casa. “Acho que é mais económico comer na residência, uma
vez que trago comida de casa e não é necessário estar a gastar dinheiro na cantina. Contudo, não menosprezo o comer de lá porque também é económico e porque compensa o custo pela quantidade/qualidade da comida que servem”, diz Ana Vieira. Ana Ribeiro diz o mesmo: “prefiro comprar comida e fazer em casa porque me sai mais barato, às vezes até divido com a minha colega de quarto e consigo poupar mais”. Outra solução é “comer na cantina porque os preços são acessíveis”, diz.
Quase meio milhão de refeições servidas As cantinas no IPL são uma boa opção para os alunos. E os números assim o confirmam. Em 2009, foram servidas 428.852 refeições nas cinco cantinas do IPL, segundo dados recolhidos pelo Akadémicos. Numa análise comparativa nos último seis anos, os serviços de refeições do IPL, a que se somam as refeições servidas nos bares das escolas superiores, é evidente que o número de clientes tem aumentado. Das 365 mil refeições servidas em 2003, os bares e as cantinas do Politécnico passaram a servir quase meio milhão, 428 mil refeições em cantinas e 70 mil serviços semelhantes nos bares. Em 2010, os valores são semelhantes, embora se note um acréscimo ligeiro, de acordo com os dados provisórios referentes à cantina do Campus 1.
Há quarenta anos a assar castanhas no centro de Leiria, Maria de Jesus é uma figura conhecida por todos os leirienses, pelo menos nestes meses em que são muitos os que a procuram para comprar este fruto de Outono. “Sou respeitada por toda a gente”, revela. Rendidos à sua humildade e simpatia, são alguns dez os seus clientes habituais, mas existem muitos outros que a procuram com menor regularidade. O modo de confecção das castanhas é um dos segredos do seu sucesso. Sejam as chamas, o carvão ou o tacho, existe qualquer coisa que faz a diferença, algo que conquista os clientes, fazendo com que as pessoas visitem a senhora das castanhas. “Dizem-me que tentam fazer em casa mas que nunca saem iguais às minhas”, aponta. Sempre com o intuito de servir bem os seus clientes, Maria de Jesus explica que “as castanhas são escolhidas uma a uma” e, por isso mesmo, “quem compra uma dúzia de castanhas, come as 12”, afirma. Quem a visita, pode comprar um cartucho com uma dúzia de castanhas por 2 euros. “Eu gosto e os clientes gostam que eu aqui esteja”, justifica Maria de Jesus. De terça a domingo, de Outubro a Março, e após tantos anos de trabalho, o gosto pela profissão que abraçou continua a falar mais alto. Com a recente abertura do LeiriaShopping esvaziaram-se um pouco as ruas da cidade de Leiria. Também Maria de Jesus nota isso e lamenta que, de facto, a cidade está mais vazia. “Antes de abrir o shopping isto estava cheio e agora é o que se vê”, afi rma. A senhora das castanhas diz que as pessoas não passam tantas vezes por onde vende. Apesar disso, afi rma que não notou quebra nas vendas, pois “há sempre quem vá passear e passe nas castanhas”, esclarece. Desistir? Maria de Jesus reconhece que já pensou nisso, muito por culpa do cansaço e das muitas horas que passa em pé. No entanto, “os clientes pedem-me para não desistir e para ficar, porque senão acabam-se as castanhas assadas”, afirma. Maria de Jesus acrescenta que a sua motivação surge dessa amizade e carinho que recebe dos clientes que lhe dá força para continuar.
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Daniel Sampaio, Escritor e Médico
Sentado “Vejo o futuro dos meus no mocho netos com muita preocupação” Sentou, vai ter k explicar É entre os jovens e adolescentes que Daniel Sampaio se sente bem. Irmão de Jorge Sampaio e nascido em 1946, Daniel Sampaio coordena o Núcleo de Estudos do Suicídio e é responsável pelo atendimento de jovens com Anorexia Nervosa e Bulimia Nervosa no Hospital de Santa Maria. Além disso é um autor de renome, com dezena e meia de livros publicados entre os quais o recente “Memórias do futuro - narrativa de uma família”. TEXTO: DIANA COUTINHO, FILIPA MODERNO E JESSICA SANTOS FOTOS: FILIPA ARAÚJO
Qual é o feedback que tem recebido acerca deste livro? Este livro saiu há muito pouco tempo, tenho ainda pouco feedback, é um livro muito recente. Apesar de retratar a história de um avô, eu queria explicar que não é somente um livro só sobre avós, que não é. Começa com a história de um avô, mas depois é um recuo no tempo, até chegar ao momento em que o protagonista tinha 20 anos. Interessa-me que as pessoas discutam o papel dos avós, como abordei no meu livro anterior (A razão dos Avós), mas também gostaria muito que discutissem a escola e a questão do casamento. Há um capítulo sobre a escola, particularmente sobre a organização da mesma, e outro capítulo sobre a crise do casamento, porque o protagonista tem uma crise conjugal. Portanto, este livro pretende ser uma narrativa ao longo do tempo. Como se sabe, o livro conta a história de um homem que se vê confrontado pela idade. Há traços do próprio Daniel na personagem? Sim, tem um bocadinho. Como acontece por vezes quando se escreve um livro, a pessoa vai para caminhos que não tinha previsto inicialmente, portanto tem alguns fragmentos auto-biográfi cos, alguns são inventados, alguns são verdadeiros e eu pus em itálico algumas passagens do livro, justamente para as pessoas perceberem a diferença que há entre a vida do protagonista, que é fi ccionada e os fragmentos verdadeiros do meu período na escola secundária. Porquê a contradição do título (Memórias do Futuro)? Porque o livro é projectado no futuro, uma parte que é passada em 2028, quando o protagonista tem 78 anos e ao mesmo tempo é passada em 1968, quando o protagonista tem 20 anos, portanto o livro está sucessivamente no futuro e no passado. Direi que é um livro sobre a memória, mas é também um livro sobre o futuro das pessoas.
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Como foi o seu processo de escrita? A produção do livro demorou cerca de dois anos. No primeiro ano estive a pensar e a tomar notas e, no segundo, comecei a escrever. Em três semanas intensivas uni as diversas partes que estavam escritas, ligando os diversos aspectos do livro. Nestas três semanas intensivas até abdiquei das férias na casa de campo que tenho, para poder trabalhar intensamente, fazendo uma história minimamente boa, com princípio, meio e fim. Considera os seus livros, num sentido lato, de auto-ajuda? Não. De maneira nenhuma. Não tenho nada contra os livros de auto-ajuda. Os livros de auto-ajuda propõem melhores estratégias para lidar com as situações e eu faço reflexões teóricas da minha experiência. Alguns livros podem ter alguma sugestão e alguns onde encontram caminhos para pensar. Mudando o rumo da nossa conversa, como é a relação com os seus alunos? Bem, para isso teriam de ir à Faculdade de Medicina perguntar, mas posso dizer o que eu sinto. Eu gosto muito dos meus alunos, porque são muito bons alunos. Dou aulas de várias cadeiras ligadas com a psiquiatria. Sou responsável por duas, uma de terceiro ano que é Introdução à Saúde Mental e outra de quarto ano que é Psiquiatria. Os alunos de Medicina têm características que eu gosto muito. São muito trabalhadores e muito organizados. Embora ache exagerado ter estado três anos a estudar muito no secundário para tirar uma boa média,isso reflecte-se no espírito trabalhador do aluno, muito agradável para o professor. Permite-nos enunciar um problema que os alunos começam logo a trabalhar e a discutir, e isso é muito gratificante para um professor.
KURTAS Um local Ilha do Faial, Açores Uma Idade 20 anos Um cheiro Rosa Um sonho Ter mais 20 anos Uma som Música de Mozart
KAPAS
KAYLA ALVES
Nicholas Sparks
DR
A Melodia do Adeus
Sabemos que tem desenvolvido trabalhos no Hospital Santa Maria no que toca à ajuda a jovens com problemas de anorexia e bulimia. Considera que se tem verificado um aumento desses casos? Não, esses casos não têm vindo a aumentar. As doenças de comportamento alimentar são muito faladas, mas não são doenças muito frequentes nem nos devem preocupar especialmente, porque são relativamente raras. O que tem vindo a aumentar são as depressões e as perturbações de ansiedade em todas as faixas etárias e em todas as classes sociais. Temos muitos jovens com depressão, muitos jovens com ansiedade, os centros de saúde dão poucas respostas a essas situações e muitos desses jovens nem sequer chegam aos cuidados de Psiquiatria. Quais as diferenças mais significativas entre os jovens de hoje e os de antigamente? Não tem nada a ver, nem acho que seja útil os pais dizerem “no meu tempo”. Porque a sociedade mudou extraordinariamente e mudou nos últimos anos sobretudo por causa da Internet. Por um lado, revolucionou a aprendizagem e a forma como as pessoas aprendem e, por outro lado, os relacionamentos sociais. As pessoas agora, particularmente jovens, relacionam-se muito através das redes sociais e isso está a mudar completamente a família e a escola. Os jovens de hoje fazem várias coisas ao mesmo tempo, relacionam-se de forma diferente. E, portanto, os adultos têm que tentar perceber essa diferença e não podem utilizar esquemas anteriores que esses não vão funcionar. Como avô, como vê o futuro dos seus netos? Tem um papel importante na educação deles? Com muita preocupação, porque esta situação de crise económica e financeira e instabilidade de trabalho que vocês vão ter preocupa-me muito. Espero que quando chegar a idade do emprego dos meus netos isto esteja um bocado melhor. Em relação à educação deles, tento participar na vida deles, inclusive tenho uma tarde que é só para eles, à sexta-feira à tarde, e, às vezes, ao do-
É fundamental que os pais e os avós aproveitem as novas tecnologias da comunicação mingo à tarde. E as novas formas de comunicação são muito úteis como as mensagens, o Facebook, e-mail, e é fundamental que os pais e os avós aproveitem as novas tecnologias da comunicação. A sua profissão manifestou-se na educação dos seus filhos? Não, os psiquiatras e os psicólogos têm que deixar o trabalho à porta de casa, porque é uma profissão muito absorvente, porque ouvimos os problemas das pessoas e quando chegamos a casa, temos absoluta necessidade de descansar. Se fosse pai nos tempos que correm o que mudava? Mudava porque tinha que educar de maneira diferente. Os meus filhos fi cavam numa praceta a brincar a duzentos metros do colégio. Quando eram mais velhos iam sozinhos para a escola e voltavam. Isso é impossível hoje em dia, porque os pais têm muito medo, mas eu tentaria adaptar-me às circunstâncias. Tentaria deixar fazer uma coisa que os meus filhos puderam que foi brincar na rua. Não sei como é em Leiria, mas em Lisboa é impossível e é importante que as pessoas não estejam sempre fechadas em casa. Tendo em conta que os jovens de hoje em dia têm uma fraca participação política, que conselhos dá aos políticos actuais como o seu irmão, Jorge Sampaio, para ajudar a integrar a geração jovem na vida política do país? O problema dos adultos na relação com os jovens é que as pessoas mais velhas servem-se dos jovens para fazerem barulho, para fazerem manifestações, aproveitando a irreverência da juventude. E acho que os políticos não se interessem pelos jovens, servem-se deles. Aproveitam a energia, a criatividade, a boa disposição, mas de facto não existe uma política de
família, não existe protecção aos casais jovens e, no fundo, a política não dá respostas ao dia-a-dia. Da sua experiência pessoal do processo que viveu até encontrar o seu “eu”, acha que os livros que leu o ajudaram nesse processo? Muitíssimo. Os livros foram fundamentais para mim. Claro que agora há outras formas de conhecimento, mas quando eu era jovem só haviam livros, e a leitura de muitos livros foi muito estimulante para mim e fez-me pensar muito nas coisas e houve livros que foram decisivos para mudar alguns aspectos da minha vida.
Os jovens dizem que não vale a pena. Vale a pena! E devem lutar por isso.” Que livros gostaria que os seus netos lessem? Bom, isso é uma pergunta que me estão sempre a fazer e é muito difícil de responder, mas há um livro que eu gosto muito que é “O Amor Nos Tempos De Cólera” de Gabriel García Márquez. É um livro sobre o amor e a continuidade do amor e gostaria que lessem esse. Um conselho para os jovens… O que eu diria aos jovens é que não partam do princípio que é perda de tempo falar com os pais e com os professores. Os jovens dizem que não vale a pena. Vale a pena! E devem lutar por isso. Estive num debate com professores e perguntaram-me o que eu propunha para mudar nas escolas e eu disse que propunha uma organização participada dos jovens nas escolas secundárias. Saíram um pouco por todo o lado, Japão, Brasil, EUA, uma data de sítios. Queremos continuar a fazer isso. Ainda não tivemos tempo de investir no que se passa lá fora. Estamos concentrados em Portugal e em fazer um bom trabalho aqui mas, mal esteja consolidado, partiremos para um universo maior. E isso é o mundo todo, porque não?
Nicholas Sparks é um romancista e guionista norte americano reconhecido internacionalmente pelos seus incomparáveis best-sellers. Publicou dezasseis 16 romances dos quais seis já foram adaptados para o cinema. A fé cristã, o amor, o destino e as comoventes tragédias que lhes conferem um misto de encanto e desilusão são alguns dos temas por ele abordados. À medida que imergimos nas suas histórias viciantes, apercebemo-nos que aquilo que seria apenas mais uma história perfeita dum mundo que não é o nosso, afinal não é tão perfeita assim, e acabamos por nos surpreender com a dura realidade que surge por detrás de todas as histórias bonitas. Não sou muito fã de clichés, nem gosto de prever o fim de uma história no folhear das primeiras páginas (embora isso me aconteça frequentemente), mas admito que este não foi o caso. “A Melodia do Adeus” não retrata um amor impossível nem uma história de amor perfeita. Nem sei ao certo se é uma história de amor, mas é com certeza uma história sobre o amor, nas suas várias formas e dimensões. É, igualmente, uma história sobre a família, as escolhas, as ilusões, desilusões, a mágoa, o perdão e as segundas oportunidades que obtemos, quando e de quem menos esperamos. Neste romance, como todos os que têm a assinatura de Nicholas Sparks, não poderia faltar a reviravolta de acontecimentos que se vai construindo subtilmente ao longo das páginas, culminando com uma tragédia comovente, que nos obriga a olhar toda a história com outros olhos e a duvidar se será possível terminar com um final feliz… “A melodia do Adeus”(The Last Song), é o seu mais recente romance adaptado para a grande tela e estreou nos cinemas, apenas cerca de seis meses após a sua publicação, em Setembro de 2009 nos EUA. Contudo não pretendo focar-me na análise do filme, nem criticar a escolha dos protagonistas, dos cenários, das cenas cortadas ou até mesmo a falta de pormenores importantes… Para um apreciador entusiasta de literatura, já é comum e expectável que um filme baseado num livro não lhe faça justiça, sendo inevitável uma certa desilusão. Convém no entanto referir que tal sucede quando a obra original se revela cativante ao ponto de elevar a fasquia do público. Talvez para quem não conheça o livro o filme possa obter uma apreciação mais positiva.
JORNAL DE LEIRIA 25.11.2010
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SOFIA FILIPE
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JORNAL DE LEIRIA 25.11.2010
FILIPA ARAÚJO
João Pedro Magalhães foi eleito presidente da Associação de Estudantes da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do IPL, na passada segunda-feira. A lista M, candidata única, ganhou sem grande surpresa, com 275 votos a favor, dos 326 totais, sendo os 51 restantes em branco. “Apesar de sabermos de antemão que íamos conseguir atingir o número mínimo de votos necessários, estamos bastante contentes. Resta-nos colocar as ‘mãos à obra’
e seguir com os vários projectos que temos planeados”, revela Élio Mouzinho, primeiro vice-presidente da nova direcção. O objectivo é apostar em “causas solidárias”, mudando um pouco as prioridades tradicionais de qualquer associação estudantil. Uma das primeiras medidas será a realização de uma festa para apoiar uma das instituições da cidade, reforçando os laços entre os estudantes e a comunidade: “Pretendemos angariar fundos através de um arraial para oferecer
um desfibrilhador aos bombeiros voluntários de Leiria”. No que respeita aos núcleos candidatos, o núcleo do curso de CSEM obteve 56 votos, dos quais 3 foram em branco. O curso de Serviço Social conquistou 29 votos a favor de um total de 31 e, por sua vez, o curso de Animação Cultural obteve 39 votos favoráveis, de um total de 41. No curso de Educação Básica, das duas listas concorrentes, a votação sorriu ao núcleo AC, com 81 votos favoráveis.
INTERNETES Centro Desportivo da Burinhosa
TIAGO PEDRO
Alunos do IPL são estrelas do futsal RICARDO RAMPAZZO E DAVID AGOSTINHO
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Quando se fala em desporto, particularmente desportos de equipa, o ambiente dentro do colectivo, é quase tão importante como a qualidade técnica de cada um dos jogadores. É sabido que sem a existência de algum espírito de equipa a tarefa de vencer jogos fica mais difícil. É disso que o Centro Cultural Recreativo e Desportivo da Burinhosa, equipa de futsal que milita no terceiro escalão nacional, se pode orgulhar. O seu plantel é composto por 13 jogadores, sendo que 7 dos quais representaram a equipa do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) no ano passado, o que representa mais de 50% da equipa. São eles: Xico, Ricardo, João Gonçalo, Formiga, Maduro, Vitor e Putt. Apenas os últimos dois já se encontravam na equipa da Burinhosa na época anterior, destacando-se aqui o tra-
balho do treinador da equipa, Kitó, que afirma que teve “autonomia por parte da Burinhosa para escolher o plantel que queria”. Por isso, “estes jogadores são da minha ‘responsabilidade’”. Quanto ao facto de mais de 50% do plantel da Burinhosa pertencer aos quadros desportivos do IPL, Kitó afirma que “isso não é por acaso”. No entanto, o treinador admite que o contributo do desporto escolar para as equipas federadas “é um pau de dois bicos”. Tudo porque ”existe uma desvantagem que é o desgaste, e obviamente isso traz muitos problemas para quem é federado”. Mas por outro lado, “são jogadores que estão mais expostos e que são constantemente observados”. No entanto, “penso que as situações são compatíveis e apesar de ser um sacrifício, os atletas devem tirar o melhor partido destas situações”, frisa Kitó.
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Gala da inclusão no cine-teatro A Câmara Municipal de Leiria, o Governo Civil e o Instituto Politécnico de Leiria encontram-se a promover a I Gala da Inclusão, com o objectivo de recenhecer pessoas e instituições que trabalham em prol da pessoa com deficiência. A cerimónia tem lugar no dia 3 de Dezembro, no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, e insere-se nas comemorações do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, contando com o alto patrocínio de Maria Cavaco Silva, mulher do Presidente da República.
Lista M vence eleições da AE ESECS
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Mil Brinquedos, Mil Sorrisos Encontra-se a decorrer mais uma edição desta campanha, que culminará com a entrega de brinquedos adaptados pelos estudantes e professores voluntários do Departamento de Engenharia Electrotécnica da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituo Politécnico de Leiria (IPL). Os brinquedos especiais serão doados a todas as Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral (APPC) do País numa iniciativa do Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID), do Instituto Politécnico de Leiria. O projecto favorece a inclusão de crianças portadoras de deficiência, numa sociedade onde “não há mercado de brinquedos para estas crianças”, explica Nuno Mangas, presidente do IPL.