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OS PARAIBANOS

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Sobre os Autores

Sobre os Autores

Primeiro, vamos esclarecer de onde é a família de ANTONIO DE BRITO LIRA – o Paraibano. Embora tenha recebido essa alcunha, era natural de Taquaritinga19, naquela época municipio de Surubim20 – Pernambuco. A família tem início com o casamento de um Senhor de Engenho, casado com uma portuguesa, da qual descendeu Francisco de Brito Lira. De seu casamento com Ana Maria da Conceição nasceram vinte filhos, dos quais sobreviveram dezoito e, destes, tem-se notícias apenas de ANTONIO (Antonio Paraibano); JOSÉ (Zé de Brito); JOAQUIM; JOÃO; FIRMINO; QUINTINO; FLORENTINO; ANTONIA; CONCEIÇÃO; JOSEFA;

JOAQUINA:

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19 Taquaritinga do Norte é um município do estado de Pernambuco, no Brasil. Administrativamente, o município é composto pelo distrito-sede, Gravatá do Ibiapina e Pão-de-Açúcar e pelos povoados de Vila do Socorro, Gerimum, Mateus Vieira e Algodão. É conhecida como a "Dália da Serra", por apresentar muitos exemplares desta flor em suas praças. Considerando sua baixa latitude, possui um clima relativamente ameno, com temperatura suavizada pela altitude. A temperatura média anual é de dezoito graus

Celsius. A cidade de Taquaritinga do Norte nasceu em meados do século XVIII. No início do século XIX, era um lugar já populoso, formado por terras pertencentes a dona Maria Ferraz de Brito, a qual dividiu sua propriedade em lotes, o que deu lugar ao desenvolvimento da povoação. Por conta da Lei Provincial 1 895, de 10 de maio de 1887, a sede municipal foi elevada à categoria de cidade. Todo ano, no dia 10 de maio, Taquaritinga comemora a sua emancipação política. http://www.taquaritingadonorte.pe.gov.br/historia.php 20 Surubim é um município brasileiro do estado de Pernambuco, conhecido como a Capital da Vaquejada. Sua população, de acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), era de 62 530 habitantes. O município originou-se de uma fazenda de gado, pertencente a

Lourenço Ramos da Costa. Em 1864, ele construiu um oratório dedicado a São José, onde o padre português Antônio Alves da Silva celebrava as missas dominicais. No entorno do oratório surgiram as primeiras casas. Em 1878, o oratório foi substituído por uma capela. Em 8 de junho de 1991, a lei provincial nº 1585 criou a freguesia de São José de Surubim, instalada em 1885 e regida canonicamente pelo padre José Francisco Borges. A cidade tem este nome em homenagem ao boi Surubim que foi atacado e devorado por uma onça nas terras do fazendeiro Lourenço Ramos onde hoje se encontra o atual município. Foi emancipado, através da lei estadual nº 1.931, de 11 de setembro de 1928; se desmembrando do Município de Bom Jardim (Pernambuco).

ANTONIO e MARIQUINHA

2.01. ANTONIO DE BRITO LIRA -(Antonio Paraibano, “Toinho”) – nasceu em 1873, natural de Taquaritinga, naquela época municipio de Surubim – PE, falecendo em 1947, aos 72 anos de idade. Filho de Francisco de Brito Lira e d. Ana Maria da Conceição.

Casado com JOAQUINA MARIA DAS DORES21 (falecida em 09 de abril de 1938), em primeiras núpcias.

Casou-se em segundas núpcias com MARIA DANTAS BRITO22 . Teve os seguintes filhos (primeira geração), e seus netos (segunda geração) :

21 ANEXO 1 - CERTIDÃO DE CASAMENTO de Antonio de Britto Lira e dona Joaquina Maria das Dores. Aos 14 de dezembro de 1924, no lugar Brejo, do Termo de Pastos Bons. 22 ANEXO 2 – CERTIDÃO DE CASAMENTO de Antonio de Britto Lira com dona Maria Dantas Ribeiro.

4.01. MARIA DARCI FURTADO BRITO 4.02. ANTONIO BRITO LIRA NETO (Antoninho) 4.03. MARIA CECI BRITO LIRA 4.04. MOZART BRITO LIRA 4.05. MARIA DO CARMO BRITO BARROS 4.06. LOURIVAL BRITO LIRA 4.07. RAIMUNDA BRITO 4.08. MARIA IRACI BRITO GOMES, 4.09. JOSÉ RIBAMAR BRITO LIRA 4.10. DEUSELINA BRITO LIRA (Deusinha)

4.11. ZULMIRA FURTADO BRITO 23

Sinharinha – Maria Pereira Brito, sua esposa

3.03. GUILHERMINO DE BRITO LIRA

4.12. JOSIAS LIRA BRITO 4.13. JOSÉ LIRA BRITO – ZUZA 4.14. MARIA ENÉSIA BRITO 4.15. MARIA GENÉSIA BRITO 4.16. ELIZA BRITO NEVES DOS SANTOS 4.17. ANISIO LIRA BRITO 4.18. ONILDO LIRA BRITO 4.19. LEONIDAS LIRA BRITO

3.04. JOÃO DE BRITO LIRA - João Paraibano Nasceu em 20 de janeiro de 1907 e faleceu em 15 de outubro de 1976.

4.20. DORALICE DE SOUSA BRITO - Dorinha 4.21. DELZUITA DE SOUSA BRITO 4.22. LINDOMAR DE SOUSA BRITO 4.23. JOSÉ DE SOUSA BRITO (Zé Dito) 4.24. FELICIANO DE SOUSA BRITO 4.25. THEODORICO DE SOUSA BRITO (o Mudo) 4.26. MARIA DE JESUS SILVA BRITO ( D´jé) 4.27. MARIA DO CARMO BRITO CARDOSO 4.28. CANDIDO BOSCO DE SOUSA BRITO (Bosquinho) 4.29. MARIA DO SOCORRO BRITO SILVA (Socorrinha)

4.30. LUISA BRITO MOTA 4.31. JOSÉ BRITO LIRA 4.32. PEDRO ARCANJO BRITO LIRA 4.33. JOÃO BRITO LIRA; 4.34. ANTONIO BRITO LIRA 4.35. MARIA BRITO DE LUCENA 4.36. ANGÉLICA BRITO LIRA 4.37. FRANCISCO DE BRITO LIRA 4.38. ARCÂNGELA BRITO LIRA

4.39. ZILDOMAR.

3.07. ROSELY BRITO AGOSTINO – Rosinha

4.40. MARCELO ROMEO BRITO AGOSTINO; 4.42. ALEXANDRE BRITO AGOSTINO; 4.43. CINTHYA BRITO AGOSTINO;

3.08. DELZUITE DANTAS BRITO VAZ – Del

4.44. LORETA BRITO VAZ 4.45. LOUISE BRITO VAZ

Além dos filhos que acompanharam Antonio de Brito Lira, vieram mais tarde outros membros de sua familia – irmãos, sobrinhos, primos, cunhados - que se instalam na região, à medida que o povoado se desenvolve em torno das casas que constroem. Chega sua mãe, a Sra. Ana Maria da Conceição que morava em Surubim, depois Lagoa do Arroz.

Um irmão, José de Brito, adquire uma gleba de terra de Vitorino Fernandes, filho de José Fernandes. Essa gleba se chamou “Chapada do Zé de Brito”. Mais tarde, chegaram outros irmãos - Quintino de Brito Lira, Florentino de Brito Lira; e Antonia de Brito Lira – Totonha -, esta veio se localizar na Ponta da Serra. Sobrinhos, como João Furtado Brito...

Mas os Brito, de Pernambuco, de há muito vinham migrando para o Maranhão. Alguns já se haviam instalado – a partir do Século XIX -, em regiões próximas a Pastos Bons. Candido Lustosa de Brito24 – de Arcoverde-PE – se estabelece na região, habitando primeiro na Barra do Corda, depois no Grajaú, e por fim no povoando Alto Parnaíba25 . Segundo Eliza Brito Neves dos Santos, eram da mesma família26 ...

Mais, os Brito Lira tinham ligação com o Senador Vitorino de Brito Freire27, que também era pernambucano, e sempre lembrava de ser parente de Guilhermino...

24 Com base em raros registros escritos e muito mais em relato de parentes a descendência das três famílias é do capitão morportuguês José da Cunha Lustosa e de dois de seus filhos: Ana Maria Lustosa e José da Cunha Lustosa Filho que formaram raízes nos estados do Maranhão e Piauí, mais precisamente nas cidades Alto Parnaíba (MA) e Santa Filomena (PI). Naquela época a facilidade de aquisição de boas terras para a criação de gado e para a agricultura atraíram muitas outras famílias para a região.

Com o tempo esses novos moradores começaram a estabelecer relação de casamento com as gerações seguintes das famílias pioneiras, Lustosa, Brito e Amaral. Como exemplo as famílias: Nogueira, Vargas, Araújo, Mascarenhas, Rocha, Avelino, Moreira,

Leitão, Soares, Almeida, Pacheco, e outras mais. Mas o grande responsável por parte dessa história foi um dos filhos de José

Rodrigues de Brito e Francisca Frutuosa Lustosa do Amaral. Antônio Luiz do Amaral Brito (13.06.1850- 01.10.1924) Coronel da

Guarda Nacional e vice-governador do Maranhão. Era um homem de muitas fazendas e milhares de gado. Consta que cada filho que se casava recebia uma gleba de terras e 150 cabeças de gado. Casou-se duas vezes, primeiramente com Ana Cândida Lustosa de Brito com quem teve 4 filhos. Ana faleceu e o coronel Antônio Luiz casou-se novamente, e desta vez com Maria (Dona) Lustosa de Brito, irmã da sua ex-esposa, ambas filhas do pioneiro Candido Lustosa de Brito e Ana Vitória Vargas. E foi com Maria (Dona)

Lustosa de Brito que o casal teve 11 filhos: Leondina (Santinha), Lindolfo, Ana Cândida (Candoca), Enéias, Adelaide (Ladi), Oséias,

Antônio Luís (Toinho), Maria Olinda (Dondona), Astrolábio, e os gêmeos Palmeron e Salmeron Lustosa do Amaral Brito. Depois de viverem boa parte de suas vidas na terra natal, Alto Parnaíba (MA), partiram para outras regiões em busca de melhores condições de vida. Entre as cidades escolhidas estavam Porto Nacional e Gurupi. BRITO, núbio, In Famílias pioneiras do Tocantins se reúnem em Palmas http://www.atitudeto.com.br/familias-pioneiras-do-tocantins-se-reunem-em-palmas/ 25 ROCHA, Décio Heider do Amaral. “Alto Parnaíba”. Jornal “O ESTADO DO MARANHÃO”, São Luís, segunda-feira, 05 de junho de 1989, p. 4, Opinião. 26 VAZ, 1990, obra citada. 27 VITORINO DE BRITO FREIRE – nasceu na Fazenda Laje da Raposa, município de Pedra, em Pernambuco, a 28 de novembro de 1908, filho de Vitorino

José Freire e de Ana de Brito Freire, ambos descendentes de tradicionais famílias interioranas. Faz o curso primário no Colégio Gastão Rezende, em Arcoverde (PE); mudou-se para o Rio de janeiro em 1919, com o desejo de ingressar na vida militar, hospedando-se com o tio, general Antonio

Inácio de Albuquerque Xavier, que patrocinou seus estudos. Como não havia vaga no Colégio Militar, estudou no Colégio Santo Alberto, transferindo-se em seguida para o Colégio Pedro II. Além de estudar, trabalhava com o engenheiro João Proença, onde conheceu o então coronel

Eurico Gaspar Dutra. Com 17 anos, retornou ao Recife. Em 1928 logrou aprovação para a faculdade de Direito do Recife, mas não o concluiu, porque aderiu a causa da revolução de 1930. Antes, foi nomeado oficial de gabinete do Secretário de Agricultura de Pernambuco, Samuel

Herdmann. Vitorioso o movimento que derrubou o presidente Washington Luis, a 24 de outubro de 1930, voltou ao Rio de Janeiro, onde prestou no gabinete do ministro de Viação e Obras Públicas, José Américo de Almeida. Quando estourou a Revolução Constitucionalista de 1932, ficou ao lado das forças legalistas, sob o comando do general Valdomiro Lima. Em 1934, foi nomeado para o Departamento Nacional de Saúde Pública, pelo ministro Gustavo Capanema. No exercício desse cargo, recebeu convite do capitão Antonio Martins de Almeida, nomeado interventor do

Maranhão, para assumir o cargo de secretário-geral do Estado. Organiza o Partido Social Democrático – PSD – no Maranhão, para as eleições de 1933; candidata-se a deputado federal, não se elegendo. Sem espaço político no Maranhão, retorna ao Rio de Janeiro. Em 1936, após crise política,

assume o governo do Estado Paulo Ramos. Em novembro de 1937 com a decretação do Estado Novo, Getulio Vargas nomeia Paulo Ramos interventor no Maranhão, e este negociou o afastamento de Vitorino do Maranhão. Em 1939, estava no Ministério da Viação, onde ficou até 1945, quando aconteceu o fim da ditadura Vargas, e a renuncia de Paulo Ramo s. Vitorino retorna ao Maranhão, para reorganizar o PSD. Nas eleições de dezembro de 1945, para a Assembléia Nacional Constituinte, Vitorino se elege deputado pelo Maranhão. O general Dutra elege-se presidente da

República e Vitorino deflagrou as primeiras ações destinadas a instalação de sua hegemonia política. Instala-se o que se convencionou de chamar da era do ‘Vitorinismo’, que vai ditar os destinos do Maranhão até a Revolução de 1964. Morre aos 70 anos de idade, vitima de um câncer no pulmão, a 27 de agosto de 1977, no Rio de Janeiro. BUZAR, Benedito. VITORINISTAS & OPOSICIONISTAS (BIOGRAFIAS). São Luis: Lithograf, 2001, p. 15-26. Para saber mais:

BUZAR, Benedito. O VITORINISMO – lutas políticas no Maranhão –(1945 a 1965). São Luís: Lithograf, 1998.

BUZAR, Benedito. A GREVE DE 51 – os trinta e quatro dias que abalaram São Luís. São Luis: Ed. Alcântara, 1983

BUZAR, Benedito. OS 50 ANOS DA GREVE DE 51. São Luis: Lithograf, 2001

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