15 minute read

CULTURA

Next Article
SAÚDE

SAÚDE

189 CULTURA

Como toda cidade do interior, Paraibano tinha suas festas. As festas religiosas dedicadas a um santo, e as festas populares realizadas quando de alguma data significativa. O primeiro registro dessas manifestações foi a Festa de São Sebastião, comemorada por cerca de dez dias no mês de Janeiro164 .

Advertisement

Havia duas festas em devoção a São Sebastião. A “oficial”, de 10 a 20 de janeiro promovida pelos moradores da localidade, com os “Paraibanos” à frente, e a “oficiosa”, promovida por Dona Noca, no período de 21 a 30 de janeiro. A existência das duas festas é um fato, mas o porquê da existência de duas, é desconhecido.

Sabe-se que Dona Noca briga com o Padre Constantino, que a promovia, e passa a realizar uma segunda, na semana seguinte. Pura provocação... Em sua festa mandava montar carrossel, mandava levantar um mastro e trazia ‘raparigas’, “carradas de mulheres, só para insultar os Paraibanos”, no dizer do Sr. Valentim, morador do Marajá.

Manetinha também se refere às festas de São Sebastião. Informa que tinha todo tipo de animação: carrossel, jogo de baralho, roleta. Havia um ônibus, que vinha ou de Teresina ou de outra cidade grande da região, a que chamavam “Galinha” que promovia passeios, da porta da igreja até o “João Leite” numa distancia de três quilômetros, ao preço de um cruzado.

As festas folclóricas, com cunho religioso, realizadas geralmente próximas ao Natal e ao dia de reis – Festa de Reis e Lapinha. Os Reis eram liderados por Belchior Araujo, que catava o ‘reis’ por escala; a lapinha, por Maria Dantas Brito165 .

Passemos a descrição dessas manifestações, na entrevista de Manetinha, do qual participou Rosely Brito Agostinho – Rosinha – filha de Antonio e Mariquinha166. Percebe-se a riqueza dos detalhes e a nostalgia de um tempo que já se foi:

“RA – A Lapinha constava das Pastoras, que era, por exemplo, fazia duas filas, cinco pastoras de cada lado; atrás das Pastoras vinham que representava a Borboleta, quem representava os três Reis, quem representava as Baianas, quem representava Mercúrio e cada um tinha uma musica que representava aquilo; por exemplo, eu representava a Borboleta... CC - Tu sabes a música...

164 Ver “Política” 165 Mariquinha, viúva de Antonio Paraibano, mãe de uma das Autoras, Del. 166 CAMPOS, Clodomir Lema. DEPOIMENTOS. In VAZ, 1990, obra citada.

190 RA – Não sei, mas todo ano era a Borboleta; eu chorava porque queria participar... Era como o Reis, logo depois do Natal... Mais na zona rural, mas Maneta esqueceu-se de dizer o seguinte, a festa de Reis, diziam, era uma promessa; e aí vinha uma pessoa com uma sanfona, e lês tiravam musica e a gente estava dormindo; e eles começavam a cantar de porta em porta, depois das dez da noite; eu me lembro que a musica começava assim:

Santo Rei, Santo Rei Santo Rei do Oriente Que mandou que cá viesse... mais ou menos assim...

(CC –) Santo Rei mandou dizer Que a sua esmola desse... RA – ai demorava a abrir a porta, pois muita gente gostava de ouvir aquilo; ai eles colocavam na musica, era como se fossem esses cantores repentistas, que vão cantando e ia citando que tinha mais gente para visitar... CC – eram os Reis, eram pessoas, poetas, como nós vemos aqui em São Luis, são criadores de toadas de boi; de seu intimo... Muitas vezes não sabem ler, não sabem nada; então o Reis era dessa maneira...

Ó de casa, ó de fora Lá de dentro, nobre gente, Tá chegando em vossa porta Santo Rei do Oriente...

Era uma emoção que se tinha; hoje, com as mudanças dos tempos, acabou; acompanhava pessoas para animar, quer dizer, chamava Careta; quando você abri a porta para entrar a pessoa do Rei, chegava um cara com um bastão, vinha abusando, pedindo cachaça; você tinha que levar na esportiva... (a musica da Borboleta)

Borboleta bonitinha Sai fora e vem dançar Ta-ra-raHoje é dia de Natal...

RA – Eu sei que todo lugar o povo pedia a Borboleta, porque as Pastorinhas pediam para dar passagem para a gente e essas outras partes que tenham representante, o Mercúrio, era de acordo com o que o dono da casa pedia e tinha dia que aborrecia porque o povo som pedia a Borboleta...”.

Ainda hoje, segundo Ribeiro (2002, obra citada) no período natalino se paga promessas dos Santos Reis, onde os bons de violas, pifes, acordeons, cantores improvisam quartetos, lembrando a visita feita pelos Reis Magos ao Menino Jesus, louvando os donos da casa. A Autora traz como exemplo a seguinte musica:

“Oi de casa, oi de fora, Lá de dentro nobre gente É chegado em vossa casa Santo Reis do Oriente

Nossa Senhora lhe abrace No céu entra quem merece Quem Deus caiu em graça”. (Autor desconhecido).

Sobre aqueles músicos, que faziam as toadas para os Reis e a Lapinha, há a lembrança de Belchior Araujo; os irmãos Mariano Araujo Lima e Raimundo Nonato Lima; José Pereira Lucena; Aristides Pereira Lucena. Alguns ainda cantam Reis, pagando promessas (1990).

Além dessas festas, uma na zona rural (Reis) e a outra na zona urbana (Lapinha), que se apresentavam a noite, logo apos o período do Natal, havia a Festa do Divino Espírito Santo, que acontecia nos meses de agosto e setembro, durante o dia. Tinha o Bumba, a Bandeira. O dono da casa quem levava a bandeira, e cantava junto com o repentista. Passavam por toda a casa, com a Bandeira (o Divino Espírito Santo), a Caixinha, e as pessoas iam a todos os cômodos da casa, começando pelos quartos, cantando nos cantos; se davam esmolas. Na casa onde era realizada, previamente agendada, se servia bolo, café, e as esmolas.

Além daqueles cantadores que faziam as toadas para essas festas, havia os poetas e o maior de todos era Adão Lopes de Sousa167. Há lembrança de uma de um de suas musicas, composta em 1953, quando foi a São Luis:

“Eu trabalho e faço tudo Pra viver na Capital Lá a vida é uma beleza, Que a vida é colossal. Tem médico e doutor, Enfermeiro e zelador, Consultório e hospital. Tem automóvel e caminhão, Bonde e avião, Tem o tráfego de trem, Outros transportes além, São marítimos e fluvial. Tem fé em São Severino Que conserve o meu destino Meu desejo é imortal.

Ainda hoje a Festa do Divino Espírito Santo é feita com muita fé conduzindo a cada lar cristão a imagem e o tradicional estandarte, conforme informa Ribeiro (2002, obra citada). Aos sons de violas e pifes, cantadores improvisam quartetos lembrando a visita feita pelo Anjo São Gabriel a Nossa Senhora, louvando os donos das casas a darem suas esmolas. Exemplo:

“Oh meu Divino Espírito Santo (bis) Divino consolador (bis) Consolai as nossas almas (bis) Quando deste mundo for (bis)

Deus vos salve altar bento (bis) Onde Deus fez a morada (bis) Onde mora o cálice bento (bis) E a hóstia consagrada (bis). (Autor desconhecido)

Festeja-se, ainda, São Gonçalo e São Benedito, com rodas de danças formando círculos de homens e de mulheres avançando um passo e recuando o outro; os homens batendo com uma colher em garrafas e cumbuca de coité, em sons ritmados, trinados das violas, cantando em frente ao altar dos santos, conforme descrição de Ribeiro (2002, obra citada):

“São Gonçalo do Amarante Feito de cedro cheiroso Dizei-me meu são Gonçalo

São Gonçalo do Amarante É meu santo protetor É uma estrela brilhante Afilhado do nosso senhor

Em cima daquela mesa Alumeia diamantes De longe bem me parece Com São Gonçalo de Amarante

É um santo Pretim (bis) No meio dos outros É o mais bonitim”. (Autor desconhecido).

Havia, ainda, os bailes e comemorações, realizadas nas casas daquelas famílias de melhor posição social na cidade. Comemorava-se um casamento, um aniversário. Procurava-se uma das famílias com bom conceito social, e que tivesse uma sala grande, que comportasse os convidados e ali se realizava um baile, tocado pelo acordeom. Na época, existiam pessoas que tocava harmônica, como o Sr. Valentim Florêncio de Carvalho, do Marajá. Essas festas eram realizadas na casa de Manoel Coelho de Sousa (no Sobrado, adquirido de Antonio Paraibano); na casa de Neuton Noleto de Sá, Miguel Reinaldo dos Santos, conforme lembra Manetinha. Algumas vezes, vinha uma orquestra tradicional, com doze músicos, de São João dos Patos ou de Floriano.

Como eram diferentes as festa dançantes na minha terra, realizadas durante a minha infância e até minha adolescência... (SANTOS, 2013, p. 32).

Os bailes populares devem datar do inicio do povoado, pois o Sr. João Furtado de Brito lembra-se de uma dessas festas, realizada entre 1936 e 1942 (não lembra com certeza a data...) quando a cidade, segundo ele, começa a se modernizar. Era costume, nessa época, as mulheres usarem o óleo de coco babaçu para armar os cabelos. Quando começavam a suar, começava a escorrer e a cheirar mal.

Para freqüentar esses bailes, as mulheres se serviam de costureiras, como Doralice de Freitas Brito, Maria Raimunda Coelho (Dona Dica); para os homens, havia os alfaiates: José Osório Lima, Venâncio da Silva, Raimundo Noleto.

Eliza Santos (2013) lembra que, a partir de 1941, com três anos de idade, observava os preparativos as matinês (festinhas realizadas pela manhã), para as vesperais (realizadas à tarde), onde até as crianças podiam se divertir, sempre acompanhadas dos pais ou de outra pessoa adulta, sendo usados trajes mais simples, já que esses eventos não exigiam tanta formalidade, como os famosos bailes (festas noturnas). Os cavalheiros vestiam-se esmeradamente, com seus melhores ternos, de linho ou tropical, gravata de seda, sapatos cuidadosamente engraxados, camisa de tricoline da “Torre” e cabelos assentados com brilhantina Coty, ou de outra marca (p. 32):

As damas, estas sim, viviam sonhando com os bailes, não só para exibirem os seus vestidos de seda, de organdi suíço, de brocados, organza, voille da “Matarazzo”, ou de outra fazenda à altura, mas, principalmente, para dançarem com os seus namorados, momentos únicos de uma maior aproximação física do casal, pois ‘moça falada’ não encontrava um bom casamento. Essas jovens não descuidavam do menor detalhe: cabelos enrolados com tirinhas e pano (as que tinham cabelo liso) e enfeitados com fivelas e laços de fita.

As mais abastadas mandavam confeccionar os seus lindos vestidos em Pastos Bons – pela Lourdes Barros, pela Belcina, d. Lourdes Xavier, ou outra modista. Muita solicitada era d. Salomé168, de São João dos Patos, primeira esposa do Sr. Pompilio169 – este costuma abrilhantar algumas festas, se fossem especiais, com a banda de sua família170, que se deslocava de Pastos Bons para o Brejo.

Os bailes eram anunciados através de convites, elaborados através de uma comissão composta de moças da sociedade. Iam de casa em casa:

[...] andamos aqui em nome da elite social de Brejo dos Paraibanos, convidando para um baile, hoje à noite, a partir das oito horas, no sobrado, contando com a presença de Vossa Senhoria e de sua família. Desde já agrade a Comissão

168 Em 11 de fevereiro de 1950, foi vitim fatal de um raio caído na cidade. 169 Pompilio José Pereira foi prefeito de São João dos Patos de 1966 a 1971 170 O Sr. Pompilio tinha em sua banda vários de seus filhos, muito conhecida, responsável pela animação dos fetejos e de grandes festas dançantes da região; uma de suas filhas, Profesora Otávia, exerceu relevantes funçõe na Secretaria de Educação do Estado. De seu segundo casamento, nasceram-lhe outros filhos, dentre os quais, Dr. Pompilio (Pompilhinho), concituado médico.

O sobrado – do simpático casal Joaquim José de Carvalho e Joana Guedes de Carvalho (Seu Carvalho e D. Joaninha) – era o local preferido para esses bailes. O casal sempre dava inicio à festa dançando a ‘primeira parte’. Os bailes aconteciam, também, em outras residências, como a de d. Dulce, do Sr. Bernardino, do Sr. Guilhermino, do Sr. Manoel Coelho, e outros membros da comunidade.

Quanto respeito! Ao adentrarem o salão de festas, os senhores e suas acompanhantes sentavam-se em cadeiras, que circulavam a pista, sempre as filhas próximas, protegidas. Os rapazes, abotoando o paletó em sinal de respeito, chegavam, pediam licença aos pais e convidavam as filhas para dançarem ‘uma parte’, que podia ter o ‘bis’.

PECADOS DA GULA (CULINÁRIA)

Quanto às comidas, a base era o arroz e o feijão, o baião-de-dois, verduras e predominava a carne de boi, de capão, peru. Lembram que o povo não passava por dificuldades. Algumas pessoas possuíam sítios, em quem se plantavam banana, laranja, lima, jaca, e outras frutas. Tinha plantado, ainda, o café, abacate. Produtos que não eram vendidos, mas alem do uso pessoal, familiar, eram distribuídos aos amigos e aos necessitados. Como ocorreu na grande seca de 1952.

As crianças tinham o habito de consumir frutas. Geralmente nos finais de tarde, ou nos finais de semana, pegavam suas facas e iam chupar laranja naqueles sítios mais próximos, como os de Bernardino, de Marcos.

Veloso Filho (1984) informa que o quebra jejum é feito a base de cuscuz de milho, cuscuz de arroz, beiju de massa e de tapioca, bolo frito, banana frita, batata doce cozida, abobora cozida, chapéu de couro, bolo branco, petas, roscas, coalhada escorrida e com soro, bolo de puba, pamonha, etc. No jantar e almoço, serve-se arroz de galinha, Maria Izabel, lingüiça, arroz com fava, baião-de-dois, capão assado e cheio, tatu ao leite de coco, cutia, paçoca de veado, arroz com jacu, cozidão, panelada, buchada de bode, sarapatel de bode ou de porco, pernil, farofa, quibebe, carne de sol, arroz de piqui, etc.

A doçaria consiste de doce de jaca, goiaba, banana, figo, manga, mamão, limão, cidra, caju, cajá, cristalizado, caju-ameixa, caju de calda, batida de cana, lafenim, doce de leite, tijolo de leite, tijolo de jaca, tijolo de banana, etc.

Preparam-se saborosos sucos de frutas da região como: cajá, maracujá, pitomba, manga, umbu, buriti, macaúba, etc. Há ainda os licores de jenipapo, caju-ameixa, caju em calda, batida de cana, lafnim...

Hoje, segundo Ribeiro (2002, obra citada) predomina, como prato típico, o cozidão, sendo consumido ainda o arroz com galinha, arroz de Maria Izabel, arroz com fava, feijão misturado (baião-de-dois), tatu ao leite de coco,

195 panelada, buchada de bode, sarapatel de bode ou de porco, quibebe, etc. Das bebidas, as mais comuns são os saborosos licores de jenipapo, caju, maracujá, batidas de frutas e sucos de frutas variadas.

O Departamento de Cultura foi criado em conseqüência do Programa de Interiorização da Cultura, pela Lei no. 005/88 de 13 de março de 1988. Esse Departamento tem como prioridades lógicas a valorização e divulgação da cultura do município.

ARTESANATO

Pobre em artes plásticas encontra-se algumas coisas feitas por homens prendados, como trabalhos em taboca –forros de casa, cestos, peneiras, em palha/abano, cofo, objetos utilitários como esteiras; em vidro e latas confeccionam-se lamparinas, bacias, funis, etc. (VELOSO FILHO, 1984).

Como trabalho feminino sobressai o tricô e o crochê, preparando-se bonitas redes tecidas em teares rústicos, labirintos, varandas de almofadas e de paredes, bordados a mão e a máquina, rendas de bilro e com o barro preparam-se vários utensílios domésticos.

CRENDICES E SUPERSTIÇÕES

São registradas, ainda, algumas crendices e superstições, ligadas as populações migrantes, especialmente nordestinas e nortistas (VELOSO FILHO, 1984; RIBEIRO, 2002):

• Em 1º de janeiro, ao se acordar a primeira pessoa vista não deve ser velha nem negra, param que se possa ter um ano novo feliz; • Mulher grávida não pode passar por cima de cabresto de animal porque pode ter parto difícil; • Umbigo de recém-nascido deve ser cortado na porteira do curral, para que ele seja muito rico; • Na falta de chuva, roubam-se imagens de santos que em procissão são devolvidos aos donos, após o aparecimento das chuvas; entretanto, não se pode roubar a imagem de Jesus Crucificados porque poderão ocorre tempestades; • Se a galinha canta como galo está agourando o dono da casa e por essa razão deve ser morta imediatamente; • Em um sepultamento, as pessoas presentes devem jogar três punhados de terra na cova para não sentir medo do falecido; • Casa que só tem um filho homem deve por o nome de Adão em um para chamar a Eva e se tiver só mulher, o contrario.

• Para não dar gripe em criança de berço, enfia-se um dente de alho em um cordão e amarra-se no berço do bebê; • Para acabar com o fastio de criança, mede-se a boca de um pote comum cordão (sic) em seguida faz-se um saquinho de pano, e dentro coloca-se um dente de piranha, coloca-se essa medalha no cordão e pendura-o no pescoço da criança; • Para curar azia, se pega um garfo ou colher e coloca-se dentro de uma lata com café em pó; em seguida retira-se o cabo do garfo, coloca-se na boca e engole o pó. Repete-se três vezes ao dia.

Já na Medicina Natural, é grande a variação, destacando-se chás, ungüento, infusões, lambedores, etc. Como exemplo:

• Chá de erva cidreira e folhas de limam e maracujá servem para pressão alta e nervosismo; • Chá de malva do reino, para tosse; • Chá de hortelã, para dores de estomago; • Chá de quebra-pedra e caroço de abacate para doenças renais; • Chá de arranca estrepe (xanana) para todos os tipos de inflamações; usa-se ainda a entrecasca da aroeira, da açoita cavalo, do caju, do cajá, do inhame, da manga. Se pega o entrecasca, coloca-se em uma vasilha de água e deixa-se em infusão por uma ou duas horas, depois se bebe e toma banho; • Chá de milindro para doenças do coração; • Chá da folha do olho da goiabeira para diarréia; • Para impurezas no sangue, fazem-se garrafadas da entrecasca de inharé; • Para gripe, tosse, asma, toma-se o lambedor feito de malva do reino, raiz de titirica, alho, cebola branca, cravinho e açúcar. Colocam-se tudo em uma panela com água e leva-se ao fogo, deixando cozinhar até ficar em calda grossa. Côa-se. Está pronto para tomar

As plantas medicinais encontradas na flora natural são muitas: aroeira, quebra-pedra, tiririca, salsa branca, janauba, entrecasca do caju, folha de mamão, folha de carambola, mastruz, catuaba e açoita cavalo, etc. São cultivadas: hortelã, capim-cheiroso, militro, erva-cidreira, etc.

Benzedores171: destacam-se Joana Lopes, Ribeiro, Juvenal Lira, Vitória Lira de Sousa, Maria de Sousa. Curandeiros – os mais procurados são Raimunda Pereira de Sousa, Antonio de Lucas, Mestre Zeca.

Quanto aos partos, geralmente feitos em casa por parteiras leigas, ou nos Postos de Saúde – Belcina Alves de Sousa, Maria Eunice, Osmidia de Sousa, Dona Maria do Valentim, Dona Carolina.

This article is from: