Prefeitura Municipal de Poços de Caldas DIVISÃO DE PATRIMÔNIO CONSTRUÍDO E TOMBAMENTO
FICHA DE INVENTÁRIO (conforme modelo IEPHA)
Residência Doutor Rowilson Flora Filho IPAC Nº 110 Rua Doutor Mário Mourão, 54 -21.789631, -46.561999 WGS84 Rowilson Flora Filho Leda Campion Flora Próprio Residencial Uso atual: Residencial ( )Registro de Bem Imaterial ( )Tombamento ( )Entorno de Bem Tombado Proteção Legal: ( )Regulação Urbana Outro: Inventário Instância: ( )Federal ( ) Estadual (X ) Municipal Tipo de Proteção: ( )Isolado ( )Conjunto ( ) Nenhum Decreto/homologação: Inscrição Livro de Tombo: Cadastro imobiliário 00.03.008.0901.0000 Após a proibição dos jogos de azar, a atividade turística de Poços de Caldas entrou em declínio e outras alternativas foram necessárias para a composição da economia e desenvolvimento da cidade, dentre elas, a extração mineral e a indústria. Em decorrência, ocorreu o estabelecimento de grandes companhias mineradoras de extração e transformação, como a Cia. de Minas (precursora da Alcoa Alumínio), a Cia. Brasileira de Alumínio – CBA e a Cerâmica Togni, conjugado ao grande desenvolvimento que o país obteve na década de 1970 denominado “Milagre Brasileiro”, fez com que a cidade se firmasse como polo industrial regional. Neste período de evolução, o imóvel designado Residência Doutor Rowilson Flora foi construído, nos moldes da arquitetura moderna. O imóvel está localizado à Rua Doutor Mário Mourão e está implantado em área residencial. Situa-se no meio da quadra, possui apenas recuo frontal. Seu entorno é composto principalmente por casas de no máximo três pavimentos, no entanto, as ruas próximas já estão bastante verticalizadas, assim a vista do imóvel para a cidade está tomada por edifícios altos. Por se tratar de bairro residencial, ainda que próximo do centro, a rua apresenta pouco fluxo de pessoas e veículos. A via é de mão única e possui passeios bastante estreitos e parcialmente arborizados. O imóvel se encontra entre o Chalé Doutor Rowilson Flora e a Antiga Residência Doutor Mário Mourão, ambos inventariados.
Análise Entorno situação e ambiência:
Contextualização:
Designação: Endereço: Coordenadas: Propriedade: Responsável: Situação de Ocupação: Uso antigo:
ESTRUTURAS ARQUITETÔNICAS E URBANÍSTICAS – CONJUNTO PAISAGÍSTICO, TURÍSTICO E BALNEÁRIOS TERMAIS
Histórico: Descrição: Fatores de Degradação Elementos para Preservação Medidas de Conservação Estado de Conservação: Análise do Estado de Conservação:
Doutor Rowilson Flora Filho era filho de Apparecida Mourão Flora e Rowilson Flora. Seguindo a vocação familiar, foi médico gastroenterologista de renome da cidade. Em determinado momento, dedicou-se às pesquisas no meio da medicina. Em homenagem ao brilhante médico, há uma avenida na cidade com o seu nome. O terreno onde está localizado o imóvel era inicialmente pertencente ao Chalé Doutor Rowilson Flora, no entanto, Doutor Rowilson Flora Filho o comprou, juntamente com o terreno dos fundos de Jaime Junqueira, para garantir a salubridade do projeto. O projeto de aprovação é datado de 1979, conforme consta na Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, assinado pelo arquiteto Alfred Talaat. Segundo o site escavador: “Alfred Talaat nasceu em Alexandria, no Egito, e mudou-se com sua família para o Brasil em 1957. Graduou-se em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo em 1968(...). Atualmente é professor no curso de Arquitetura e Urbanismo da UNISANTOS. Além do trabalho docente, Talaat é sócio da Ferro & Talaat Arquitetos desde 1979 e chefiou a equipe do Arquiteto Ruy Ohtake na adequação do Estádio do Morumbi para sediar a abertura da Copa do Mundo/FIFA-2014 em São Paulo (...). É autor de mais de 500 projetos nas áreas de arquitetura, urbanismo e design”. Talaat tem vários projetos em parceria com Ruy Ohtake. O imóvel é um dos exemplares do estilo brutalista da cidade, caracterizado pela utilização de concreto aparente na fachada. Além disso, possui janela em fita e brises que são características do estilo modernista. Possui três pavimentos e um estúdio, além de um jardim lateral no térreo. O fechamento da fachada do térreo é feito com madeira e vidro fumê. O primeiro pavimento possui planta frontal em arco, com brises. Já no segundo pavimento, seu fechamento é em janela em fita. Também possui iluminação zenital. Possui uma piscina nos fundos do lote. A cobertura do imóvel é feita por lajes impermeáveis. O imóvel está sujeito à degradação pelo tempo e pela exposição às intempéries.
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Volumetria da fachada; Brises; Janela em fita; Tijolinho a vista; Concreto aparente.
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Manutenção da laje impermeável; Manutenção da piscina.
(X )Excelente
( )Bom
( )Regular
( )Ruim
( )Péssimo
( )Demolido
O imóvel se apresenta em excelente estado de conservação, tendo se mantido ao longo dos anos com suas principais características.
Intervenções:
O imóvel recebeu apenas manutenções ao longo dos anos, mas nenhuma que o descaracterizasse.
Ficha Técnica:
Referências Bibliográficas:
Entrevista realizada com D. Apparecida Mourão Flora, dia 17/07/2018. Acervo da Divisão de Patrimônio Construído e Tombamento. Acervo do Museu Histórico e Geográfico. Site Escavador. Disponível em: < https://www.escavador.com/sobre/1827985/alfred-talaat> Acesso em 28/09/2018. Elaboração da ficha em 2018: __________________________________________________ Arq. Letícia Siqueira Loiola Coord. da Divisão de Patrimônio Construído e Tombamento __________________________________________________ Arq. Lícia Perote de Almeida Divisão de Patrimônio Construído e Tombamento __________________________________________________ Bianca Gonzaga Rodrigues Estagiária de Arquitetura e Urbanismo Documentação Fotográfica:
Figura 1: Fachada do imóvel, sem data. Foto: Acervo da Divisão de Patrimônio Construído e Tombamento.
Figura 2: Fachada do imóvel, sem data. Foto: Acervo da Divisão de Patrimônio Construído e Tombamento.
Figura 3: Fachada do imóvel, sem data. Foto: Acervo da Divisão de Patrimônio Construído e Tombamento.