Prefeitura Municipal de Poços de Caldas DIVISÃO DE PATRIMÔNIO CONSTRUÍDO E TOMBAMENTO
FICHA DE INVENTÁRIO (conforme modelo IEPHA)
ESTRUTURAS ARQUITETÔNICAS E URBANÍSTICAS – CONJUNTO PAISAGÍSTICO, TURÍSTICO E BALNEÁRIOS TERMAIS
Antiga Residência Magalhães IPAC Nº 55 Rua Prefeito Chagas, 271-291 / Rua Rio Grande do Sul, 1109 Latitude: -21.788406, Longitude: -46.564988 WGS 84 Rodrigo Hudson Magalhães Rodrigo Hudson Magalhães Alugado Residencial e Comercial Uso atual: Comercial ( )Registro de Bem Imaterial ( )Tombamento ( )Entorno de Bem Tombado Proteção Legal: ( )Regulação Urbana Outro: Inventário Instância: ( )Federal ( ) Estadual (X ) Municipal Tipo de Proteção: ( )Isolado ( )Conjunto ( ) Nenhum Decreto/homologação: Inscrição Livro de Tombo: Cadastro imobiliário 00.01.011.0018.0001 / 00.01.011.0018.0002 / 00.01.011.0018.0003 As décadas de 60 e 70 em Poços de Caldas foram marcadas pelo avanço construtivo, influenciado pelo movimento modernista, onde a verticalização estava em ascensão. Um marco da década de 60 em Poços de Caldas foi a venda da CBA (Companhia Brasileira de Alumínio) para a Alcoa, tornando-se responsável pela extração de Bauxita em Poços de Caldas. Nesta época foram construídos prédios como a Antiga Residência Magalhães (edificação em questão), Edifício Esther, Edifício Hercules. Análise Entorno situação e ambiência:
Contextualização:
Designação: Endereço: Coordenadas: Propriedade: Responsável: Situação de Ocupação: Uso antigo:
O imóvel está inserido na área central da cidade na Rua Prefeito Chagas, 271 a 291, esquina com a Rua Rio Grande do Sul, 1109, com intenso fluxo de veículos e pedestres. Os passeios são largos e não arborizados. O quarteirão no qual está inserido o imóvel possui diversos prédios residenciais e comerciais, com gabaritos entre três e quinze pavimentos. Próximo do imóvel se encontram também outras edificações inventariadas, como a Boutique Choquinho, os Correios, além do Antigo Banco do Comércio e Indústria e o Antigo Unibanco.
Histórico: Descrição: Fatores de Degradação Elementos para Preservação Medidas de Conservação Estado de Conservação:
Foi construído aproximadamente na década de 70 por José Carlos Magalhães e seu irmão Mauro Magalhães, na época dois prédios geminados. No térreo era localizada a garagem e no pavimento superior, os apartamentos. Posteriormente, quando encerraram a sociedade, dividiram seus bens, e José Carlos passou a ser proprietário de ambas as partes do prédio. Carlos Eduardo, filho de José Carlos, morreu em um acidente de carro quando tinha 18 anos, o que fez José Carlos perder a afeição pelo imóvel, mudando-se para outro local. Nascido em 1922, José Carlos Magalhães foi responsável pelo transporte das partes do Cristo Redentor do Rio de Janeiro até Poços de Caldas, que foi transportado fracionado e inaugurado em 13 de maio de 1958. Ele era proprietário da única transportadora da cidade, a Tassitur. Com sua saída da empresa, os filhos assumiram o negócio, no entanto, a transportadora acabou falindo. José Carlos Magalhães faleceu em 24 de fevereiro de 2017 aos 94 anos. Na parte inferior da edificação funcionou a loja M e M pneus e posteriormente passou a ser a Dpaschoal. Posteriormente o local se tornou um restaurante chamado Dândaros, onde há 20 anos houve um incêndio, e se perderam janelas e algumas características. Hoje funciona o restaurante Bepi, que está lá há 12 anos. No andar superior funcionou um restaurante chamado Vegetarianos. Hoje são salas de escritórios. Originalmente eram dois imóveis geminados, mas posteriormente foi transformado em apenas um imóvel, devido à demolição de algumas paredes internas que antes dividiam os imóveis. No térreo, onde atualmente funciona o restaurante Bepi, várias paredes internas foram demolidas para colocação das mesas e para melhor funcionamento do restaurante. Devido ao incêndio ocorrido mais ou menos há 20 anos, as venezianas das janelas, entre outras características originais do prédio se perderam. Na fachada da Rua Prefeito Chagas, no segundo pavimento, existem 5 pilares em forma de triângulo reto invertido, hoje pintados em cores que destacam o elemento do restante da edificação. No pavimento térreo, as esquadrias de vidro quadriculadas compõem janelas e portas de acesso ao restaurante. O imóvel foi construído na face da quadra na área central da cidade na Rua Prefeito Chagas, 271 a 291, esquina com a Rua Rio Grande do Sul, 1109, sem recuos frontal e laterais. Em alvenaria, tem inspiração na arquitetura moderna, caracterizado pela geometrização dos elementos externos, com platibanda, janelas retangulares de madeira e vidro e pilares em destaque. O principal fator de degradação do imóvel é seu uso comercial e, com ele, a fixação de toldos e placas de comunicação visual. Além disso, o fato de estar localizado na esquina de ruas com fluxo intenso de veículos contribui para a deterioração, devido à poluição e à trepidação causada pelo tráfego dos automóveis. O imóvel sofre ainda o desgaste habitual do tempo e da exposição às intempéries. → → →
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Volumetria geral da fachada; Elementos de geométricos da fachada; Janelas de madeira.
Pintura da fachada; Manutenção e pintura das esquadrias; Manutenção periódica do telhado.
( )Excelente
(x)Bom
( )Regular
( )Ruim
( )Péssimo
( )Demolido
Análise do Estado de Conservação: Intervenções: Referências Bibliográficas:
Suas características principais se mostram preservadas, como a volumetria e os elementos de composição da fachada.
Demolição de paredes internas do térreo; Reforma do térreo realizada pelo restaurante Bepi; Pintura externa que remete à bandeira italiana.
Acervo da Divisão de Patrimônio Histórico e Tombamento Acervo Museu Histórico e Geografico de Poços de Caldas Entrevista no dia 26/06/2018 com um dos herdeiros: Raphael Magalhães Muniz Elaboração da ficha em 2018:
Ficha Técnica:
Arq. Letícia Siqueira Loiola Coord. da Divisão de Patrimônio Construído e Tombamento
Arq. Lícia Perote de Almeida Divisão de Patrimônio Construído e Tombamento
__________________________________________________ Bianca Gonzaga Rodrigues Estagiária de Arquitetura e Urbanismo
Documentação Fotográfica:
Figura 1: Vista parcial de Poços de Caldas na década de 50, lote do imóvel antes da implantação. Acervo: Museu Histórico e Geográfico Poços de Caldas
Figura 2: Vista parcial de Poços de Caldas na década de 50, lote do imóvel antes da implantação. Acervo: Museu Histórico e Geográfico de Poços de Caldas
Figura 3: Vista parcial de Poços de Caldas, sem data. Acervo: Museu Histórico e Geográfico de Poços de Caldas
Figura 4: Vista parcial de Poços de Caldas na década de 80. Acervo: Museu Histórico e Geográfico de Poços de Caldas
Figura 5: Fachada principal da antiga residência de José Carlos Magalhães, 1995. Acervo: Divisão de Patrimônio Construído e Tombamento
Figura 6: Fachada principal da antiga residência de José Carlos Magalhães, 1995. Acervo: Divisão de Patrimônio Construído e Tombamento.
Figura 7: Fachada principal da antiga residência de José Carlos Magalhães, Julho 2013. Acervo: Divisão de Patrimônio Construído e Tombamento.
Figura 8: Fachada principal da antiga residência de José Carlos Magalhães, Julho 2013. Acervo: Divisão de Patrimônio Construído e Tombamento.
Figura 9: Fachada principal da antiga residência de José Carlos Magalhães, Julho 2013. Acervo: Divisão de Patrimônio Construído e Tombamento.
Figura 10: Fachada da antiga residência de José Carlos Magalhães para rua Prefeito Chagas, Julho 2013. Acervo: Divisão de Patrimônio Construído e Tombamento.
Figura 11: Fachada da antiga residência de José Carlos Magalhães para rua Rio Grande do Sul. Foto: Letícia Loiola (26/06/2018). Acervo: Divisão de Patrimônio Construído e Tombamento.
Figura 12: Fachada principal da antiga residência de José Carlos Magalhães, em relação ao seu entorno. Foto: Letícia Loiola (26/06/2018). Acervo: Divisão de Patrimônio Construído e Tombamento.
Figura 13: Fachada principal da antiga residência de José Carlos Magalhães, em relação ao seu entorno. Foto: Letícia Loiola (26/06/2018). Acervo: Divisão de Patrimônio Construído e Tombamento.
Figura 14: Fachada principal da antiga residência de José Carlos Magalhães para rua Prefeito Chagas, em relação ao seu entorno. Foto: Letícia Loiola (26/06/2018). Acervo: Divisão de Patrimônio Construído e Tombamento.