by mauds
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seja por motivos de personalidade ou por serem julgadas quando o fazem. Precisamos pensar em programação como solução para os nossos problemas. Porque é justamente isso que a programação se propõe a fazer. Muito podemos fazer com ela para que possamos ajudar também outras mulheres. Sendo assim, se apenas homens estiverem nesses espaços, comandando a tecnologia, provavelmente teremos poucas soluções para problemas que atingem as mulheres em pauta. Está na hora de mudarmos esse cenário e só iremos conseguir essa mudança com inspiração, reco- nhecimento e referências. Quanto mais mulheres estiverem presentes na área, mais meninas enxergarão na programação uma possibilidade.
A representação das mulheres deve contemplar toda a sua diversidade: somos negras, brancas, indígenas, transexuais, magras, gordas, heterossexuais, lésbicas, bi, com ou sem deficiências. Nenhuma de nós deve ser invisível na mídia, nas histórias e na cultura; A voz das mulheres precisa ser valorizada. A opinião das mulheres, suas vivências, ideias e histórias não podem ser descartadas ou consideradas menores pelo fato de serem mulheres; O espaço político também é um direito da mulher. Devemos ter direito ao voto, a sermos votadas, representadas politicamente e a termos nossas questões contempladas pelas leis e políticas públicas; Papéis de gênero são construções sociais e não verdades naturais e universais. Nenhum papel de gênero deve limitar as pessoas, homens ou mulheres, ou ainda permitir que um gênero sofra mais violência, seja mais discriminado, tenha menos direitos e considerado menos gente; 22
O corpo da mulher é de direito somente da mulher. A ela cabe viver a sua sexualidade como bem entender, decidir como vai dispor de seu corpo e da sua imagem, com quem ou como vai se relacionar; Qualquer ato sexual sem consentimento é estupro. Nenhum homem tem o direito de dispor sexualmente de uma mulher contra a vontade dela; Assédio de rua é uma violência. A mulher tem o direito ao espaço público (e também ao transporte público) sem ser constrangida, humilhada, ameaçada e intimidada por assediadores; A representação da mulher na mídia não pode nos reduzir a estereótipos que nos desumanizam e ajudam a nos oprimir; Mulheres não são produtos. Não podem ser tratadas como mercadoria, isca para atrair homens, moeda de troca ou prêmio; Nunca é culpa da vítima
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friends add+
friends add+
imagens Campus Party 2015
pĂşblico alvo
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redes sociais
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ProgramaĂŞ
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Eu Progr{amo}
O principal produto é o curso presencial “Eu Progr{amo}”, que teve seu lançamento no começo de 2016. Projeto-piloto da PrograMaria, possui a finalidade técnica de levar às mulheres a aprendizagem sobre os conceitos básicos da Lógica de Programação e Desenvolvimento Web. Além disso, a proposta é que os saberes produzidos nesse processo sejam capazes de transformar de alguma forma a vida das mulheres. A PrograMaria também acredita que através do curso pode empoderar as mulheres a fim de se tornarem protagonistas na luta e nas suas vidas (não que essas sejam separadas). Espaços como esse, destinados a mulheres, são importantes ferramentas para que as mulheres falem, reflitam e participem ativamente da construção do feminismo.
parceiros
Para a realização do Eu Progr{amo}, a PrograMaria se uniu a quatro parceiros para financiar a iniciativa. São eles: FIAP, Intel, Programae e Caelum. O espaço para o curso foi cedido pela FIAP, que é o centro em excelência em tecnologia mais renomado do Brasil. A Intel, empresa multinacional de tecnologia, contribui com uma verba para oferecer o coffee-break durante os intervalos entre as aulas. O Programaê é um movimento que quer aproximar a programação do cotidiano de jovens de todo o país e irão oferecer dez bolsas de estudos para o curso Eu Progr{amo}, podendo ajudar mulheres que não possuem condições financeiras para participar. A Caelum, escola para desenvolvedores, oferece bolsas de estudos para os seus cursos livres para as alunas que tiverem 100% de presença durante as aulas do Eu Progr{amo}.
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objetivos do curso Capacitar mulheres a realizar pequenos projetos e estimular o estudo constante; Fortalecer as comunidades de mulheres que estudam programação; Obter formação de banco de talentos.
requisitos Para se inscrever e participar da seleção, basta acessar o site oficial e preencher os dados. Também é necessário apresentar os seguintes requisitos:
conteúdo das aulas
HTML
É a linguagem de marcação principal de toda a web. No curso, será ensinado como ela funciona e como montar páginas simples.
CSS
Cascading Style Sheets (CSS) complementa o HTML, dando estilo e forma às suas páginas web. Conceitos básicos para fazer o site ficar mais atrativo.
JAVA
JavaScript é a linguagem de programação mais utilizada na web. Ele é responsável pela maioria das interações que vemos nos sites.
JQuery
Será usado uma das bibliotecas mais populares de JavaScript para adicionar recursos de interação aos projetos desenvolvidos. #
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# # #
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Pessoas que se identificam com o gênero feminino; Possuem conhecimentos básicos sobre informática; Nenhum ou pouco conhecimento em HTML, CSS E JavaScript; Ter disponibilidade para participar de todas as aulas. 43
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R
_sem controle O macroambiente, o cenário cultural, demográfico, tecnológico, político legal, ufa! São muitas coisas ao redor da Programaria.
ecentemente surgiram notícias de mulheres liderando o uso de redes sociais. Mas onde estão as mulheres na liderança desses serviços de internet? Notamos que os maiores êxitos da internet dos últimos anos - como Google, Facebook e Twitter - foram criados por homens. Esse predomínio latente do público masculino tende a ser naturalizado culturalmente, de forma que equalizamos a consciência coletiva que homens são biologicamente mais aptos para programar e mulheres mais adequadas a relações interpessoais.
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cultural.jpeg Recentemente surgiram notícias de mulheres liderando o uso de redes sociais. Mas onde estão as mulheres na liderança des serviços de internet? Notamos que os maiores êxitos da internet dos últimos anos - como Google, Facebook e Twitter - foram criados por homens. Esse predomínio latente do público masculino foi naturalizado culturalmente, de forma que pensemos que homens são biologicamente mais aptos para programar e mulheres mais adequadas a relações interpessoais. Porém, mulheres não são naturalmente inferiores aos homens em nenhuma função. Estas inferioridades são construídas socialmente desde a infância. Mães e pais não sonham que suas filhas se tornem programadoras, tampouco as meninas encontram muitas referências femininas nas áreas de ciências exatas. Assim, a falta de estímulo e de referências não gera motivação e acaba por compor o quadro de ausência de mulheres na tecnologia. No olhar antropológico, podemos começar a falar sobre manifestação do preconceito de 46
gênero na criação de meninos e meninas. Enquanto as meninas são criadas para exercerem papel de cuidadoras, mães, donas de casa e seus atributos sociais são mais estimulados, os meninos brincam com brinquedos que incentivam um maior conhecimento de tecnologia, matemática, esportes, etc. Existe todo um padrão de consumo para a infância que reforça papéis de gênero desde o início de nossas vidas, determinando também a maneira como nos encaixar nele quando se constata que os pais dos estudantes esperam menos que suas filhas trabalhem em campos relacionados à ciência, à tecnologia, à engenharia ou à matemática do que seus filhos. “Na escola, 74% das meninas demonstra interesse nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, mas na hora de decidir por uma graduação, apenas 0,4% dessas meninas escolhem Ciência da Computação.” (MELTZOFF; ANDREW, 2015). No Brasil, cerca de 11% das mulheres foram aprovadas nos vestibulares de 2015 nos de engenharia de computação nas principais universidades do país tiveram. Segundo o
dades do país tiveram. Segundo o psicólogo americano Andrew Meltzoff, manter um diálogo aberto com os filhos desde o início da infância é o caminho para impedir que estereótipos sobre homens e mulheres desestimulem o público feminino a seguir esta carreira de ciência, tecnologia, engenharia e matemática Em dezembro de 2015, a Programaria fez um pedido via Lei de Acesso à Informação para o MEC/Inep sobre a representatividade feminina nos cursos relacionados à computação. Apesar de o número de matrículas efetuadas ter crescido muito nos últimos 24 anos (586%), o número de mulheres não acompanhou esse aumento na mesma proporção. Resultado: o índice já baixo de 34,89% em 1991 está ainda mais baixo, 15,53%. Segundo o último Censo da Educação Superior disponível, de 2013, numa sala de 100 pessoas, apenas 15 são mulheres.
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_presença das mulheres nos cursos de computação 350.000 300.000 250.000 200.000 150.000 100.000
50.000
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número de matrículas nos cursos da área de computação
“Esse cenário de baixa procura pelas mulheres nos cursos de tecnologia acontece no Brasil inteiro. 79% das mulheres que entram em cursos de tecnologia desistem no primeiro ano da faculdade. Não estamos sabendo lidar com essa barreira. Não temos um ambiente favorável para essas garotas se desenvolverem.” (ACHUTTI; CAMILA, 2015). Poucas mulheres conseguem se manter em cursos de tecnologia, já que a maior parte dos alunos é composto por homens e, muitas vezes, torna o ambiente hostil e transmite desconforto e repressão para as mulheres ali presentes. O problema persiste na faculdade. Um exemplo disso é o primeiro dia de aula da Camila Achutti, que cursou Ciência da Computação, no Instituto de Matemática e Estatística (IME), da Universidade de São Paulo (USP). A única mulher em uma sala com 49 homens. Para narrar o dia a dia e a dinâmica de trabalho com garotos, que sempre a colocavam na posição de fazer relatórios ao invés de programar ou mesmo, como sua relação com professores era associada com favores sexuais, ela criou o blog Mulheres na Computação. O blog cresceu e muitas estudantes do Brasil passaram a enviar depoimentos semelhantes. Esses rela-
_anos Total de Matrículas
tos das leitoras e da própria Camila, foram o apoio para que todas continuassem em seus cursos sem desistir da profissão. Elas são mais frequentemente excluídas de cargos de criatividade e inovação, sendo indicadas para cargos menos satisfatórios e com tarefas de menor visibilidade e exigência. Elas ainda têm que provar seu valor diversas vezes e suas ideias são solenemente ignoradas até que um homem dê a mesma sugestão. Um estudo de Harvard, Wharton e do MIT descobriu que as vozes dos homens são mais persuasivas, objetivas e
Total de Matrículas - Feminino
Fonte: MEC/Inep
lógicas do que as das mulheres, mesmo quando leem o mesmo texto. Os pesquisadores descobriram que, nas avaliações de desempenho, as mulheres recebem feedbacks mais vagos e críticas quanto as suas personalidades, enquanto os homens recebem conselhos de mudança baseados nos seus resultados. Um estudo com 1800 profissionais revelou que sem lideranças mais diversificadas, as mulheres têm 20% menos chances de conseguir apoio para suas ideias do que os homens brancos e heterossexuais. 47
demográfico.png _representatividade 100
80 70
Porcentagem de mulheres matriculadas
2013 15,5% 84,5%
2012 15,9% 84,1%
2011 16,2% 83,8%
2010 16,8% 83,2%
2009 17,6% 82,4%
2008 18,4% 81,6%
0
2006 18,8% 81,2% 2007 17,6% 82,4%
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2005 19,8% 80,2%
77,9%
2003 22,1%
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2004 20,7% 79,3%
76,3%
72,8,7%
2000 27,2%
2002 23,7%
69,9%
1999 30,1%
74,7%
67,1%
1998 32,9%
30
2001 25,3%
65,6%
1997 34,4%
63,8%
1996 36,2%
63,2%
1994 37,8%
63,3%
62,7%
1993 37,3%
1995 36,7%
63,3%
40
65,1%
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1992 36,7%
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1991 34,9%
porcentagem de alunos matriculados
90
Porcentagem de homens matriculados
Fonte: MEC/Inep
Então, podemos afirmar que há uma “brecha digital de gênero” (CASTAÑO, 2008; ALONSO, 2007; WACJMAN, 2006). Este termo se refere aos obstáculos das mulheres ao acesso à rede e também sobre as dificuldades que enfrentam para se apropriarem da cultura tecnológica devido a hegemonia 48
masculina nas áreas estratégicas de formação, pesquisa e no emprego na área de T.I. Essa brecha engloba dados estatísticos que medem presença e ausência por gênero, idade, classe social e demais indicadores sociais.
O Brasil possui estimativa de 206.081.432 habitantes em 2016 e o estado de São Paulo, o mais populoso, com 44.749.699 de habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O gênero predominante, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra em Domicílios (Pnad), aponta que as mulheres são predominantes com 51,5% do volume geral da população. As mulheres passaram a viver mais, têm tido menos filhos, ocupam cada vez mais espaço no mercado de trabalho e, atualmente, são responsáveis pelo sustento de 37,3% das famílias. A pesquisa da Stack Overflow Developer Survey em 2015 sobre a disparidade de gênero no mercado da computação mostra que as mulheres ocupam 5,8% deste mercado, enquanto os homens dominam com 91,2%. Os 1,7% são de gêneros não declarados e 0,5% são outros.
Dentro deste universo de tecnologia e feminismo, a Programaria apoia a causa da inclusão do público que se identifica com o gênero feminino em seu projeto. Por isso, é importante fazer recortes para mulheres negras e transexuais quando o assunto é desigualdade. Estes segmentos sociais não tem espaço no mercado de trabalho formal por causa do preconceito cultural presente na sociedade. “Não é segredo que a diversidade não é o forte da comunidade da tecnologia, e nós estamos sempre atrás de oportunidades que ajudem a mudar isso. Hoje, um quarto das vagas de Tecnologia de Informação são de mulheres, e mulheres negras representam apenas 3% das cientistas e engenheiras. A situação é clara: temos um longo percurso a seguir para criar uma comunidade mais diversa, aberta e inclusiva”, disse o Google - uma das maiores empresas de tecnologia do mundo. Quando se pensa em um profissional ativo no mercado de trabalho relacionado à tecnologia, a primeira imagem que geralmente se projeta não é a de uma mulher negra.
Nem a segunda. Nem a terceira. A desconstrução do estereótipo de carreira relacionado às negras é discussão séria sobre diversidade racial no setor: a tecnologia é um ambiente predominantemente branco. No Twitter, estima-se que dois por cento dos funcionários são negros, um número que é menor do que chocante para aqueles que trabalham dentro de suas muitos escritórios. Os números do Facebook e Google refletem muito do mesmo: ambos empregam algumas centenas de trabalhadores negros entre dezenas de milhares. Os desafios em que travestis e transexuais enfrentam no mercado de trabalho devido ao preconceito também são grandes. Segundo dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), 90% das travestis e transexuais estão se prostituindo no Brasil. “Ainda que elas queiram arranjar um emprego com rotina, horário de trabalho e carteira assinada, o preconceito fica evidente quando elas se candidatam a uma vaga”. (LAPA, 2013). Embora seja mais do que necessário o Brasil avançar na questão LGBT, também observamos conquistas de direitos e políticas públicas.
disparidade de gênero no mercado da computação homens mulheres não declarado outros
92,1% 5,8% 1,7% 0,5%
Fonte: Stack Overflow Developer Survey/2015
O Brasil é país membro da Organização Internacional do Trabalho (OIT) desde a década de 1950 e, em 1965, o país ratificou a Convenção nº 111 da OIT11 sobre discriminação em matéria de emprego e profissão. A especialista em tecnologia da informação, Daniela Andrade, é mulher transexual e possui 18 anos de carreira na tecnologia da informação, incluindo duas graduações e duas pós-graduações. Neste ano, ela participou do Fórum Internacional de Software Livre em Porto Alegre para discutir sobre a inclusão de grupos oprimidos no mercado de TI. “A filosofia do software livre já carrega consigo uma preocupação social importante, que é possibilitar que a sociedade tenha acesso igualitário à internet e à informação. Eu creio que isso significa, também, incluir as minorias discriminadas”, afirmou Daniela. 49
tecnolรณgico.mov
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forças forças Projeto inovador A PrograMaria foi uma das pioneiras em abrir um espaço de discussão sobre programação para as mulheres, além de oferecer um curso especializado para o público feminino e com preço acessível, comparado aos cursos oferecidos pelo mercado. Atende as demandas atuais O projeto é pioneiro e antecipa uma demanda sócio-cultural que tende a crescer. Curso Eu Progr{amo} O curso é o único produto da PrograMaria e seu valor possibilitou a visibilidade do projeto para o público. Além da aprendizagem do conteúdo, ele se torna completo por ajudar também em fatores que as mulheres ali presentes buscam. Ele se diferencia de outros cursos de programação devido valorizar a potencialidade das alunas, 54
mostrando que elas podem sim aprender o conteúdo, cria um ambiente seguro e amigável para troca de conhecimento, experiência e apoio; inspira a autonomia e promove a cultura de colaboração e solidariedade Reconhecimento do público que apoia o projeto Apesar de não ser popular no setor em que atua, o público pequeno que acompanha o projeto é fiel e gosta de compartilhar com os amigos, pois sabem o quão importante é fazer parte desta discussão que a PrograMaria propõe. Inspirar mulheres, mostrando que há um mundo de possibilidades Um dos três pilares da PrograMaria é inspirar e, com certeza, essa missão é totalmente cumprida pelo projeto. Por meio da informação que transmitem nas mídias sociais, conseguem abrir os olhos de muitas delas que não se sentem a vontade de pertencer ao mundo da programação. Seja para fazer um pequeno projeto, conquistar uma vaga em alguma empresa ou simplesmente aprender programação por
hobby, a PrograMaria mostra essas e outras possibilidades que podem ser conquistadas. Mesmo que não vá trabalhar na área, aprender a programar já é considerada uma habilidade do século 21, por desenvolver o raciocínio lógico, a criatividade e a solução de problemas. Contribuir para que mais mulheres se insiram na área da tecnologia E isso vai gerar mais oportunidades de emprego para as mulheres, aumentar as diversidades desse mercado e diminuir o déficit de profissionais do setor. Formentar a discussão no meio Expert em programação e feminismo, o projeto possui força para abrir essa discussão que é tão necessária na nossa atualidade. Continuar questionando sobre o assunto é essencial para chamar a atenção nesta problemática e a PrograMaria faz com que as pessoas possam ter uma visão do quão importante é a presença de diminuir o preconceito da mulher no setor. Outra oportunidade é levar essa discussão para outras áreas em que mulheres também se identificam em que não se sintam representadas e podendo inspirar
outros projetos ou serviços para serem uma solução, assim como a PrograMaria é para a computação.
fraquezas
Voluntários qualificados Todos os voluntários, tanto para ajudar nos eventos quanto no curso Eu Progr{amo}, são capacitados para exercer suas devidas funções no projeto. Um exemplo disso é no próprio curso: a tutora voluntariada para a segunda turma foi a Luciana Heuko que é designer formada pela FAUUSP, programadora front-end, co-fundadora da startup Habemus e que também já ministrou diversas oficinas de desenvolvimento web.
Desconhecimento fora do meio O conhecimento da Programaria dentro do movimento feminista na internet é grande. As meninas tem alguns projetos parceiros que também atuam em relação a causa, e a disseminação da ideia de um projeto que seja para as mulheres é forte em grupos feministas. Essa comunicação é orgânica e quase que boca a boca, só que como é na internet dizemos que é um conteúdo sharable. Ou seja, muita gente fica sabendo, mas muita gente do meio. Sabemos que muitas mulheres não tem acesso a esses espaços e por isso essa “divulgação” não as inclui. Assim, como na área tecnológica, precisamos de conhecimento fora do nosso meio para que o projeto possa crescer cada vez mais. Por não ter uma divulgação muito bem estruturada, o alcance se limita em quem já conhece o projeto. A PrograMaria não é conhecida no meio tecnológico e quando dizemos isso, estamos falando de empresas grandes
e eventos de tecnologia, por exemplo. Isso também se deve ao fato de não investirmos em mídia para ter um alcance maior. Sem mídia, contamos apenas com o crescimento orgânico. Tanto dos conteúdos, curso e projeto em si. No momento, o projeto faz uma comunicação dirigida para mulheres que possivelmente se interessem por um curso de tecnologia e que muito provavelmente já estejam engajadas em algum outro projeto feminista. E, apesar de ser ótimo o projeto ser conhecido no meio, ele precisa também ser conhecido fora dele, e não ter esse awareness é um pouco preocupante para os rumos que o projeto irá tomar. A PrograMaria precisa ser o mais conhecida possível, para que também haja reconhecimento da causa, para que possa transformar a vida de muitas mulheres. Branding A Programaria não possui uma gestão ou posicionamento de marca bem definida, isso inclui site. O branding deve alinhar toda a empresa à estratégia de Marca e tem como objetivo criar uma proposta de valor para ser único e bem executado. Por isso, é preciso rever os conceito e personificação à marca, 55
_o machismo nosso de cada dia
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X
X
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19,5%
76,9%
35,2%
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objetivo
pĂşblico-alvo
metodologia
amostra
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conclusão É possível concluir que o papel do Eu Progr{amo} faz sim a diferença na vida das alunas participantes: ensina e empodera. Todas ficaram sabendo sobre o curso pelo Facebook, o que concretiza a força da PrograMaria nas redes sociais. A maioria delas, sem conhecimento em programação, disse que se inscreveram sem a esperança de serem selecionadas. Seja aprender programação para tocar um projeto ou pelo simples gosto de querer aprender, o que foi ensinado satisfez as necessidades desejadas. 70
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_nossos _lorem ipsu planos lorem oi Nosso de marketing, Lorem objetivo ipsum dolor sit e tudo queelit. preparamos adipiscing Curabiturpara fazer a Programaria ante pulvinar iaculis.crescer.
C L
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objetivo++ Tornar oprojeto conhecido e aumentar o seu share of mind.
objetivos+ Promover parceria com o público-alvo, oferecendo oportunidades e ferramentas na aprendizagem da programação; Ser referência na inclusão da mulher dentro da área da tecnologia.
estratégia Rebranding; Parceria com grandes investidores; Promover ações (online e offline) para gerar experimentação do produto; Criar vínculo entre a marca e o público. 74
como-fazer.exe
Valores da marca
Elaborar novo conceito e realinhamento dos pilares Rebranding da marca
Nova identidade visual INSTITUCIONAL
Brandbook
B2B (business-to-business)
Criar uma apresentação institucional para os investidores Criar site institucional
Mídias online
MERCADOLÓGICO
Planejamento de ações offline
Elaborar um planejamento de social media Curso itinerante: caminho das Marias Festival de encerramento: #SouMulherePosso 75
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error404 Problema de comunicação: O projeto não é conhecido no setor em que atua.
objetivos Criar um mecanismo de comunicação para incentivar mulheres a ingressarem na área de tecnologia
Apresentar e posicionar a marca e seus valores para os públicos de interesse
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Apresentar novas ferramentas de comunicação online
Gerar identificação dos públicos com a marca
Criar engajamento (viralização da marca)
missão Empoderar meninas e mulheres com tecnologia e programação.
novos valores A agência Mauds analisou com cuidado toda a proposta da PrograMaria. Percebemos que é preciso alinhar os pilares do projeto com clareza e de forma mais didática para concretizar aonde elas querem chegar. Por isso, propomos uma nova estruturação de como explicar isso ao mundo. Primeiro, acreditamos que se nomear como um projeto feminista é necessário para reforçar os seus objetivos. Veja porquê:
Quando falamos de empoderamento, pode parecer um conceito muito abstrato, mas tem muito mais a ver com sensação. É uma sensação realmente muito boa e animadora sentir que se nos unirmos, conseguiremos muito mais conquistas do que se continuarmos a nos ver como o mundo quer que nos vejamos: sendo concorrentes uma das outras. Empoderadas, sabemos que juntas podemos ser pessoas ainda mais fortes.
visão A PrograMaria sonha com que as mulheres possam ter mais escolhas e alta inserção no mercado de trabalho na área tecnológica. Por isso, promove cursos de programação para mulheres, para que no futuro - e que esse seja próximo - elas possam estar mais presentes neste segmento.
Além disso, o curso Eu Progr{amo} também proporciona uma experiência pessoal única: mulheres com histórias parecidas enxergam a representatividade e uma nova possibilidade em suas vidas. São essas mulheres que vão ajudar a construir uma sociedade em que todas nós sejamos mais incentivadas a ter novas conquistas.
valores A Programaria é um projeto feminista, que acredita que homens e mulheres devem ter igualdade de direitos e oportunidades. O projeto foi criado a partir do conceito feminista e existe para fortalecê-lo. Dentro dessa proposta, a empatia, sororidade e respeito às mulheres, não podem ser esquecidos. Entender que não somos iguais e que não fizemos parte dos mesmos espaços e que não tivemos os mesmos acessos. Compreender a dor da semelhante e se solidarizar com ela, independente de ser algo distante da sua vida.
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id-visual-versao-2.pdf
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fases
Exemplo de Post Copy:
Exemplo de Post Copy:
Exemplo:
Photo Post Post estático com arte. Vídeo Post Post com vídeo produzidos pelo Programaria ou por outros meios mas que tenham afinidade com os objetivos de comunicação para redes sociais. Live Transmissões ao vivo com entrevistas e cobertura de eventos.
cronograma
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KPI’s
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Fonte: MĂdia Kit MetrĂ´
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mobiliรกrio urbano
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metrĂ´
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