Letras (tecnologias de edição) final

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Letras

Te c n o l o g i a s d e E d i ç ã o

O curso de graduação em Letras, com formação em Tecnologias de Edição, objetiva formar profissionais preparados para o tratamento de textos originais e sua publicação, tendo em vista as diversas tecnologias de leitura e escrita, de natureza impressa e digital. Visa, ainda, à formação de mediadores da circulação da produção literária, artística cultural e científica, de produtores de conhecimento e de pesquisadores na área. O profissional deverá ser capaz de empregar, com perícia, a língua portuguesa, especialmente, e línguas estrangeiras, eventualmente, tanto na leitura quanto na produção de textos (incluindo edição e revisão). Deverá ser capaz de utilizar, de forma eficiente, os recursos informáticos e outros que venham existir em prol da melhor interação entre as pessoas. Poderá, a partir do reconhecimento das demandas sociais e organizacionais, facilitar o processo comunicativo em suas relações com as tecnologias da edição, sejam elas tradicionais ou novas. Os profissionais, ligados ao campo da edição, poderão atuar como editores e revisores de textos em diversos suportes e diferentes mídias. Poderão, também, atuar como gestores e assistentes editoriais, assessores culturais, leitores críticos no campo da literatura e de outros como resumos, resenhas, apresentações, textos de capa de livros, textos de revistas, textos que acompanham edições sonoras, audiovisuais e de multimídia, textos para publicações digitais, tratamento de textos didáticos e paradidáticos, textos de compilação, de documentação técnica, de crítica e de criação literária.


inFormaçÕes

centro Federal de educação tecnológica de minas gerais av. amazonas 5253, nova suissa – 30421-169 – belo horizonte – mg www.letras.cefetmg.br


Caminho das L e t r a s


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E s t udos de L ing uag e m O modelo curricular estruturado em eixos de conteúdos e em atividades foi idealizado de modo a promover a formação de um profissional atento às questões da edição e dos processos discursivos ligados a ela. O Eixo 1 – Estudos de Linguagem tem o papel de fundamentar o conhecimento do aluno em relação aos estudos da língua e da linguagem, com base na linguística e no estudo dos signos. Por isso, é o eixo com maior carga horária obrigatória (570h/a), distribuída em dez disciplinas ministradas nos seis primeiros períodos, em um percurso histórico-conceitual que vai desde o estudo diacrônico das línguas indo-europeias até o nível do discurso, passando pela Linguística Histórica; pelas concepções de Língua e Linguagem; pelos Aspectos Fonomorfológicos, Sintáticos e Semântico-pragmáticos da Língua Portuguesa; e pelos Fundamentos de Linguística Textual, da Análise do Discurso, da Sociolinguística, da Leitura de Imagens e das Teorias do Signo. A partir do sétimo período, são oferecidas optativas que reforçam a base desse eixo. Esses conteúdos visam levar o egresso a dominar a língua nacional e as estruturas de linguagem aplicáveis a obras literárias, científicas, culturais e de divulgação em suas diferentes formas: redação, leitura, interpretação, avaliação, revisão e crítica. Ana Maria Nápoles Villela - Coordenadora do eixo I 6

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Linguística Histórica: uma introdução ao estudo da história das línguas Carlos Alberto Faraco Parábola, 2005 ISBN: 8588456419

Esta é uma introdução aos estudos linguísticos históricos, que tem como primeiro público-alvo os estudantes de graduação em Letras. Ela oferece um panorama dos estudos da mudança linguística visando despertar o interesse pela história da(s) língua(s).Mas Linguística Histórica se destina igualmente ao público em geral, a qualquer pessoa interessada pelo fascinante e ainda bastante misterioso fenômeno que é a mudança linguística. Ao lêla, os leitores despertarão para a percepção da mudança linguística, situando-a no contexto mais amplo da realidade heterogênea de cada uma das línguas humanas.

Introdução à linguística Anna Christina Bentes e Fernanda Mussalim Cortez, 2005 ISBN: 9788524918612

Compreendendo dois volumes, “Introdução à Linguística: domínios e fronteiras” é uma coletânea de textos que cobre ramificações da Linguística – entendida, na obra, como a ciência da linguagem verbal humana –, destinada a leitores iniciantes ou não especializados, escrita por pesquisadores especialistas em suas respectivas áreas. O Volume 1 inicia com textos sobre Sociolinguística (Tania Alkmim e Roberto Gomes Camacho) e Linguística Histórica (Nilson Gabas Jr.), seguidos de escritos sobre Fonética (Gladis Massini-Cagliari e Luiz Carlos Cagliari), Fonologia (Angel Corbera Mori), Morfologia (Filomena Sandalo) e Sintaxe (Rosane de Andrade Berlinck, Marina R. A. Augusto e Ana Paula Scher). Finaliza com o artigo de Anna Christina Bentes sobre Linguística Textual.

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História da linguagem Julia Kristeva - Trad. Margarida Barahona Edições 70, 2007 isbn:9789724414171

A história das diversas concepções de linguagem até as mais modernas descobertas que permitem a constituição da linguística como ciência.

Estudos em fonética e fonologia do português César Reis FALE/UFMG, 2012 isbn: 858747023

Estudos Linguísticos é uma série que tem por objetivo divulgar trabalhos de pesquisa científica na área dos estudos da linguagem. Editada pelo Programa de PósGraduação em Estudos Linguísticos da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, esta série publica trabalhos sobre a linguagem humana e suas inúmeras interfaces, tanto sob uma perspectiva teórica quanto aplicada.

Fonética e fonologia do português: roteiro de estudos e guias de exercícios A Cor das Palavras Thaïs Cristófaro Silva Contexto, 2010 ISBN: 9788572443579

Os estudos fonéticos e fonológicos estão presentes nas faculdades de Letras do país. Professores que ministram tais cursos preparavam suas aulas sem contar com um livro teórico e prático de caráter introdutório escrito em português. Este roteiro de estudos e guia de exercícios, além de expor objetivamente aspectos teóricos da Fonética e Fonologia, permite ao estudante praticar os conhecimentos adquiridos. 8

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Constitui-se, portanto, em um livro essencial para os cursos de Letras e também extremamente relevante para alfabetizadores, fonoaudiólogos, estrangeiros que estão aprendendo português e para as pessoas interessadas na variação dialetal do português brasileiro.

Linguística aplicada ao português: sintaxe Maria Cecília Perez de Souza Silva e Ingedore Grunfeld Villaça Koch Cortez, 2004 ISBN: 8524916826

Esta obra se propõe a apresentar a descrição sintáticas do português, procedendo à operacionalização para o ensino dos conceitos da teoria linguística e da gramática gerativa transformacional. É um estudo dos tidos como principais aspectos da sintaxe portuguesa – enfocados, também, sob o prisma da gramática tradicional.

pragmática Stephen C. Levinson WMF Martins Fontes, 2007 ISBN: 9788533623323

Neste livro, Stephen Levinson apresenta análises lúcidas e abrangentes dos temas centrais da pragmática – dêixis, implicatura, pressuposição, atos de fala e estrutura da conversação. Um dos tópicos mais importantes é o da relação entre a pragmática e a semântica, e Levinson demonstra com clareza que uma abordagem pragmática pode simplificar as análises semânticas e resolver alguns problemas com que os especialistas nesta área têm se confrontado. Embora os temas não percam nada de sua complexidade, a exposição é sempre clara e ilustrada por úteis exemplos.

Livros

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introdução à linguística textual Ingedore Grunfeld Villaça Koch WMF Martins Fontes, 2006. SBN: 9788578271688

Nesta obra, Ingedore G. V. Koch dedica-se, em primeiro lugar, a traçar a trajetória da Linguística Textual desde sua origem até nossos dias, bem como a assinalar as mudanças de rumo que sofreu durante esse percurso, encaminhando-a para o estágio em que atualmente se encontra. Em um segundo momento, a autora procede a um levantamento dos principais temas que vêm constituindo o centro de interesse dos pesquisadores da área, com o intento de familiarizar os leitores com os tipos de questionamento que hoje caracterizam a Linguística Textual e que permitem, inclusive, fazer projeções quanto ao seu futuro.

introdução à análise do discurso Helena Hathsue Nagamine Brandão Unicamp, 2012 ISBN: 8526809911

A língua é um fato social cuja existência se funda nas necessidades de comunicação. O discurso é o ponto de articulação dos processos ideológicos e dos fenômenos linguísticos. Partindo do pressuposto de que o discurso “materializa o contato entre o ideológico e o linguístico no sentido de que ele representa, no interior da língua, os efeitos das contradições ideológicas”, a análise do discurso apresenta-se como uma disciplina não acabada, em constante mudança, em que “o linguístico é o lugar, o espaço que dá materialidade, espessura a ideias, temáticas de que o homem se faz sujeito, um sujeito concreto, histórico, porta-voz de um amplo discurso social”.

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introdução à sociolinguística: o tratamento da variação Maria Cecilia Mollica e Maria Luiza Braga Contexto, 2003 ISBN: 8572442227

Esta obra aborda as diferentes dimensões da Sociolinguística quantitativa. A obra contribui para o conhecimento da estrutura e o funcionamento do português do Brasil e as relações entre língua e sociedade, enfatizando o impacto dessa análise para os problemas do ensino da língua. Organizado por Maria Cecília Mollica e Maria Luiza Braga, ambas da UFRJ, o livro inclui textos de pesquisadores do PEUL, Programa de Estudos do Uso da Língua – grupo de pesquisas pioneiro no tratamento da variação linguística e na formação de bancos de dados com amostras de fala recolhidas segundo a perspectiva laboviana. Neste livro, o leitor encontrará tanto discussões teóricas quanto análises empíricas de fenômenos variáveis. Com bibliografia abrangente, exercícios e sugestões de pesquisa, “Introdução à sociolinguística: o tratamento da variacão” é uma obra inestimável para alunos e professores de Linguística e profissionais de áreas afins.

preconceito linguístico: o que é, como se faz Marcos Bagno Loyola, 2001 ISBN: 9788515018895

Incorporando as discussões e propostas mais recentes das ciências da linguagem e da educação, Marcos Bagno reitera seu discurso em favor de uma educação linguística voltada para a inclusão social e pelo reconhecimento e pela valorização da diversidade cultural brasileira. Combater o preconceito linguístico na escola implica, ao mesmo tempo, ampliar o repertório verbal dos aprendizes, garantindo a eles, antes de tudo, o acesso a múltiplas formas de falar e de escrever, desde as manifestações mais espontâneas e autênticas da cultura popular até o cânone literário e a cultura erudita. Livros

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Numa sociedade historicamente pouco democrática como a brasileira, essa tarefa exige, muitas vezes, um tom veemente, e este livro assume, sem rodeios, uma postura política em favor dos que sempre ficaram à margem do poder dizer.

Semiótica Aplicada Lucia Santaella Thomson Learning, 2007 ISBN: 8522102767

Este livro tem uma pretensão didática – servir de auxílio àqueles que desejam aprender com a Semiótica peirceana pode ser aplicada. Para isso, as análises são antecedidas de um capítulo de discussão dos conceitos da teoria dos signos. Em seguida, há um percurso metodológico dividido em três partes: a primeira parte é elementar, porque as análises não atingem níveis de complexidade muito grandes; a segunda parte é intermediária; e a terceira é avançada, pois leva a aplicação de conceitos de maior sofisticação.

Introdução à análise da imagem Martine Joly Ed 70, 2007 ISBN: 8530804244

Essa obra propõe uma análise da mensagem visual fixa (quadro, fotografia, cartaz), necessária à abordagem de mensagens mais complexas (imagem em sequência, animação, filmes), e questiona as significações da imagem e os problemas que esta suscita quanto à sua natureza de signo. Os exemplos metodológicos são bem desenvolvidos e servem de apoio a evocações teóricas básicas.

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E s t udos l i ter á r ios O eixo de Estudos Literários inclui, em sua configuração atual, 300 h/a em disciplinas obrigatórias e mais 270 h/a em disciplinas optativas. As disciplinas obrigatórias garantem a formação básica indispensável a todo e qualquer aluno de um curso de Letras, e as optativas, além de aprimorar essa formação básica, conduzem para temas mais próximos da ênfase específica do bacharelado em Tecnologias de Edição. No primeiro grupo, temos: “Teoria Literária I”; “Teoria Literária II”; “Historiografia Literária”; “Literatura Brasileira e suas relações com outras literaturas I”; e “Literatura Brasileira e suas relações com outras literaturas II”. Já no segundo grupo, listam-se: “Produção e crítica literária contemporânea”; “Literatura e outras artes”; “Literatura e Telemática”; “Poesia e design: interseções críticas”; “Teoria da poesia: leitura e crítica”; “Literatura e comparativismo”; “Adaptação e roteiro: teorias e técnicas da narrativa aplicadas à literatura e ao cinema”; “Literatura, música popular e crítica”; “Textualidades contemporâneas: poesia, prosa e drama”, além de possíveis disciplinas criadas como tópicos especiais em estudos literários.

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É importante assinalar, entretanto, que a abordagem assumida em todas essas disciplinas, sejam elas obrigatórias ou optativas, mantém-se, ao longo dos períodos do curso, fielmente comprometida com os objetivos finais do bacharelado em Tecnologias de Edição, como o de formar profissionais capazes de atuar no mercado editorial, nas diversas posições de sua cadeia produtiva, cônscios de seu papel como gestores e/ou mediadores culturais. Assim, reforçam-se, com os estudos literários, a discussão dos valores estéticos e de mercado dos produtos editoriais e a ampliação indispensável e contínua do repertório de leituras e de conhecimentos técnicos ligados aos campos da literatura e demais artes, bem como de suas interfaces com as novas tecnologias. Andrea Soares Rodrigues - Coordenadora do eixo 2

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o demônio da teoria: literatura e senso comum Antoine Compagnon Editora UFMG, 2001 ISBN: 9788570418319

Mostra que a história dos historiadores não é mais uma, tampouco é única, mas se compõe de uma multiplicidade de histórias parciais, de cronologias heterogêneas e de relatos contraditórios. Ela não tem mais esse sentido único que as filosofias totalizantes da história lhe atribuíam desde Hegel. A história é uma construção, um relato que, como tal, põe em cena tanto o presente como o passado; seu texto faz parte da literatura. A objetividade ou a transcendência da história é uma miragem, pois o historiador está engajado nos discursos por meio dos quais ele constrói o objeto histórico. Sem consciência desse engajamento, a história é somente uma projeção ideológica: essa é a lição de Foucault, mas também a de Hayden White, a de Paul Veyne, a de Jacques Rancière e de tantos outros.

teoria da literatura Roberto Acízelo de Souza Ática, 2007 ISBN-10: 8508107625 | ISBN-13: 9788508107629

A literatura, por meio das histórias da ficção dos ritmos da poesia dos enredos teatrais, sempre representou uma fonte de prazer comoção e encantamento. Da mesma forma, constituiu tema privilegiado da especulação intelectual, mobilizando a atenção de pensadores de todas as épocas e das mais diversas especialidades. No século XX, tornou-se objeto de uma disciplina específica - a teoria da literatura relacionada tanto com a tradição humanística (pela retórica poética e estética) quanto com as ciências humanas (mediante a história a sociologia a linguística a antropologia e a psicanálise). Nesse livro esclarecedor, Roberto Acízelo de Souza apresenta

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o campo da teoria da literatura, fazendo convergir a história de sua constituição e os problemas conceituais e metodológicos que lhe são próprios. E o resultado é um livro extremamente útil para estudantes e interessados pelo tema.

história concisa da literatura Alfredo Bosi Cultrix, 1994 ISBN: 8531601894

Totalmente revista e atualizada pelo autor, que é professor titular de Literatura Brasileira na USP, esta obra consagrada vem ao público universitário como o melhor de seu gênero. Dividida em oito partes, respectivamente dedicadas à condição colonial, ao Barroco, à Arcádia e Ilustração, ao Romantismo, ao Realismo, ao Pré-Modernismo e Modernismo e às tendências contemporâneas, a “História concisa da Literatura Brasileira” dáuma apreciação das tendências diferenciais de cada um desses momentos, estudando os seus autores principais, acerca dos quais proporciona ao leitor dados de ordem bibliográfica, além de uma avaliação crítica. É obra que se recomenda sobretudo à atenção de professores, na graduação ou na pós-graduação.

Formação da literatura brasileira Antonio Candido Ouro sobre Azul, 2006 ISBN: 9788588777484

Este livro estuda dois períodos de nossa literatura, Arcadismo e Romantismo, considerados pelo autor decisivos para a formação do que denomina sistema literário, isto é, a articulação de autores, obras e públicos de maneira a estabelecer uma tradição. Esta gera a continuidade, que dá à produção literária o caráter de atividade permanente, associada aos outros aspectos da cultura. 16

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Metalinguagens e outras metas Haroldo de Campos Perspectiva, 1992 ISBN: 9788527303293

Este livro, em sua primeira parte (Metalinguagem), reúne os principais ensaios de Haroldo de Campos dedicados à teoria da literatura brasileira – Manuel Bandeira, Oswald de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, Murilo Mendes, João Cabral de Melo Neto e Guimarães Rosa. Na segunda parte (Outras metas), incluem-se diversos trabalhos sobre José de Alencar, Machado de Assis, Mário de Andrade e outros expoentes da literatura.

a arqueologia do saber Michel Foucault Forense Universitária, 1997 ISBN: 9789724418230

A geração de Foucault (1926-1984) é aquela que, no imediato pós-guerra, assiste à proeminência da fenomenologia e do existencialismo nos meios filosóficos e culturais franceses, mas também à omnipresente influência da geração anterior que viveu a resistência, com Jean-Paul Sartre à cabeça. Com os da idade de Foucault, a época já é a da transição entre os últimos anos da reconstrução e os anos brilhantes de quantos discípulos desobedientes daqueles mestres lhes escapam rumo a um mundo de que o Maio de 68 constituía a grande promessa. Sem esta alusão, sumaríssima, não poderíamos começar a compreender como foi possível à geração de Foucault o desassombro, a obstinação, a alegre ferocidade com que ela dá os primeiros passos na senda de vários “pós”: pósestruturalismo, pós-marxismo, pós-modernidade.

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C iênc i a s hum a n a s e c ult ur a Os conteúdos existentes no Eixo 3, “Introdução à Sociologia”; “Cultura brasileira”; “Filosofia da tecnologia”; “História da arte”; “Fundamentos de história cultural e história social das mídias”; “História da leitura e da formação do leitor I”; “História da leitura e da formação do leitor II”; “Psicologia aplicada às organizações”; e “Contexto social e profissional”; são extremamente importantes no sentido de situar o profissional de Letras no âmbito históricosocial, atravessado por uma perspectiva notadamente histórica em dialogia com outras singularidades: uma, em especial, que poderíamos chamar de profissional-editor-leitor, motivo maior da existência do eixo. De nada adianta criarmos um profissional sem senso histórico e social. Acreditamos que, sem esses parâmetros, ele logo se converteria à histeria do mercado e sua vontade de capital. Não bastasse esse aspecto relevante da história, o eixo é dotado de grande abrangência cultural. Sabemos que não se consegue definir cultura senão de maneira abrangente, sobretudo num país continental como o Brasil. Para bem ler o mundo, a compreensão da história e da cultura – ambientes, digamos, imbricados – são indispensáveis ao profissional de Letras. Atente-se para a presença da arte e da psicologia no eixo; aquela cuidando para dourar

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qualquer enrijecimento das abordagens na medida em que a arte incita o desvelar da diferença, e esta enquadrando o profissional de Letras no âmbito das subjetividades. Nesse sentido, nos conteúdos das disciplinas, fica claro o mapa do conhecimento que estas emprestam ao Eixo 3, ou seja, todas conservam uma dimensão exploratória dinâmica visando à formação geral do egresso. Destacaria duas disciplinas que contribuem para a formação crítica do leitor para além dos cursos de Letras em geral: “Filosofia da tecnologia” e “História da arte”. A primeira expõe uma dimensão epocal extraordinária, atentando o aluno para a razão que preside o universo da técnica e, nesse sentido e/ou por isso mesmo, das relações humanas. Tudo na contemporaneidade se converte num dispositivo justamente para manter o status quo exploratório do planeta. Nesse viés, é preciso problematizar a exploração planetária considerando a dimensão tecnológica. Umberto Galimberti, filósofo italiano, afirma que o avanço tecnológico é concomitante à destruição da natureza. A história da arte (palavra que, no grego, quer dizer “técnica”) contabiliza a dimensão mais próxima de uma humanidade desejada, um momento sublime que sirva para atenuar a presença invasiva do humano sobre a natureza. Acreditamos que o eixo sirva, então, para contemplar dinamicamente as forças sociais e endereçar o profissional das Letras para o lugar problemático da existência com senso ético, histórico e artístico.

João Batista Santiago Sobrinho - Coordenador do eixo 3

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O que é arte Jorge Coli Brasiliense, 2006 ISBN:9788511000078

Da harmonia grega ao kitsch de todos os tempos. Da Mona Lisa à Marilyn de Andy Warhol. Afinal, quem decide o que é e o que não é arte? Todos os que tentaram defini-la criaram concepções parciais, limitadas no seu tempo e espaço. Nesse contexto simples e direto, Jorge Coli desvenda o enigma.

Uma história social da mídia: de Gutenberg à internet Asa Briggs e Peter Burke Jorge Zahar, 2006 2.ed ISBN:8571107718

“Uma História Social da Mídia” apresenta uma análise dos meios de comunicação, destacando os contextos sociais e culturais em que emergem e se desenvolvem, além de traçar a história das diferentes mídias e das novas linguagens que elas criam para a civilização ocidental - da invenção da prensa gráfica à Internet. Nos três primeiros capítulos, Peter Burke avalia os estudos dos meios de comunicação, da retórica ao ciberespaço, e analisa a história da Europa no período que antecedeu a era moderna – da generalização da imprensa até as revoluções francesa e industrial. Asa Briggs, em seguida, delineia o percurso do vapor à eletricidade e examina em detalhe a história dos diversos dispositivos de comunicação que prepararam o caminho para os atuais computadores. No último capítulo, questiona-se a possibilidade de desenvolvimento de um ciberespaço capaz de dominar o espaço real da existência humana. Rico em fatos e curiosidades, esse é um volume imprescindível para todos aqueles que se interessam por estudos culturais, técnicas de comunicação e jornalismo. simples e direto, Jorge Coli desvenda o enigma. 20

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História & história cultural Sandra Jatahy Pesavento Autêntica, 2008, 2.ed ISBN: 8575260782

Se a História Cultural é chamada de Nova História Cultural é porque está dando a ver uma nova forma de a História trabalhar a cultura. Não se trata de fazer uma História do Pensamento ou de uma História Intelectual, ou ainda mesmo de pensar uma História da Cultura nos velhos moldes, a estudar as grandes correntes de ideias e seus nomes mais expressivos. Trata-se, antes de tudo, de pensar a cultura como um conjunto de significados partilhados e construídos pelos homens para explicar o mundo. A cultura é ainda uma forma de expressão e tradução da realidade que se faz de forma simbólica, ou seja, admite-se que os sentidos conferidos às palavras, às coisas, às ações e aos atores sociais se apresentam de forma cifrada, portanto, já um significado e uma apreciação valorativa.

Leitura, história e história da leitura Márcia Abreu Mercado de Letras, 2000 ISBN: 8575260782

Nos últimos anos, a história do livro e da leitura tem interessado a pesquisadores de várias áreas do conhecimento. O volume e a qualidade dos trabalhos já permite esboçar uma interpretação sobre a produção, a circulação e a recepção de impressos no Brasil. É isso que se faz em “Leitura, história e história da leitura”, em que um conjunto de pesquisadores brasileiros estrangeiros examinam questões relativas às bibliotecas e práticas de leitura, à censura e livros proibidos, ao comércio livreiro e estratégias editoriais e à produção e circulação de livros escolares, desde o período colonial até o século XX. Como contraponto à situação brasileira, discutem-se também práticas de leitura no contexto europeu.

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Uma história da formação do leitor no Brasil Márcia Cabral Silva EDUERJ, 2009 ISBN:9788575111468

O livro de Márcia Cabral, fruto de pesquisa de mestrado defendida em 1996, é dividido em quatro capítulos que buscam cobrir a fase inicial da formação de Graciliano Ramos, abrangendo o período de 1892 a 1906. O primeiro capítulo, “Infância: um modo de narrar”, nos expõe à repercussão crítica da obra à época em que foi publicada, além de fazer um levantamento dos conceitos de memorialismo, memória e autobiografia. Também é mencionada a condição inferior reservada à criança naquela sociedade em transição. E, por último, são exibidos os resultados de pesquisa que evidenciam as circunstâncias que levaram à possibilidade de Graciliano vir a escrever o referido livro; dentre elas, assegurar-lhe até mesmo um meio de sobrevivência na época.

a questão dos livros Robert Darnton Companhia das Letras, 2013 ISBN:8535916768

O historiador norte-americano Robert Darnton decidiu reunir em um único volume seus artigos abordando a questão do livro, depois de verificar que, na última década, ele havia sido convidado a um grande número de conferências sobre a suposta “morte do livro”, levando-o a suspeitar que este, ao contrário, devia estar muito vivo. Abordando questões como “estaria a era do livro em papel encadernado chegando perto do fim, em face dos avanços trazidos pelas tecnologias digitais?”, Darnton discute alguns temores que essa paisagem suscita. Por exemplo, será que a iniciativa do Google de digitalizar livros de grandes bibliotecas públicas americanas sinaliza uma tendência monopolística visando apenas ao lucro? E como ficarão os interesses de editores e autores em um processo que pode assumir características predatórias, como ocorreu com a indústria fonográfica? 22

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Raça e história Claude Lévi-Strauss Presença, 1989 ISBN:9788575111468

Este texto de Claude Lévi-Strauss, datado de 1952, ganha hoje uma renovada actualidade devido às mais recentes transformações ocorridas em todo o mundo nosso contemporâneo. Trata-se de uma reflexão em torno de alguns conceitos fundamentais das ciências humanas, para a renovação das quais o contributo do autor foi sem dúvida um dos mais importantes. O seu nome ficou indissociavelmente ligado à constituição do método estruturalista, mas para além disso, Lévi-Strauss é, acima de tudo, um dos mais fecundos pensadores deste século, e a releitura do presente texto, hoje, revela precisamente o alcance e a justeza dos seus pontos de vista. Este volume inclui ainda um estudo de Jean Pouillon sobre a obra de Claude Lévi-Strauss, avaliando-a, perspectivando-a e problematizando-a também em alguns dos seus aspectos.

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Ei xo 4

l íng ua s e s t r a ng eir a s in s t r um en ta i s

O Eixo 4 engloba as disciplinas obrigatórias “Oficina de Leitura e Produção de Textos em Língua Estrangeira I”; “Oficina de Leitura e Produção de Textos em Língua Estrangeira II”; “Oficina de Leitura e Produção de Textos em Língua Estrangeira III”; “Oficina de Leitura e Produção de Textos em Língua Estrangeira IV”; e a disciplina optativa “Tradução”. Essas disciplinas podem ser oferecidas em diferentes línguas estrangeiras, de acordo com a demanda do curso. O objetivo geral das disciplinas do Eixo 4 é propiciar aos estudantes o desenvolvimento das habilidades de leitura, compreensão e produção escrita de textos de diferentes gêneros textuais relacionados ao universo acadêmico e profissional do curso. Para alcançar tal objeto, pretende-se que, do terceiro ao sétimo período, os estudantes sejam capazes de distinguir os principais modelos de leitura (processamentos top-down e bottom-up, modelo interativo); reconhecer a leitura como ato comunicativo e social, – bem como os papéis interativos entre leitor/texto e leitor/autor; desenvolver e praticar um repertório de estratégias de leitura para a compreensão de textos por meio do uso do conhecimento prévio, do contexto, de inferências lexicais, de palavras-chave, de tópicos frasais, de dicionários impressos e digitais etc; identificar os elementos de coesão e coerência na organização de textos e suas dimensões argumentativas, descritivas, expositivas e narrativas; perceber a interação entre a linguagem verbal e a não-verbal na produção de sentidos; 24

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reconhecer as características formais, linguísticas e discursivas de gêneros textuais norteadores (perfil pessoal, tirinha, charge, propaganda, notícia, folder, sinopse, resenha crítica, quarta capa de livro, orelha de livro, prefácio, resumo de artigo acadêmico, artigo acadêmico, curriculum vitæ, homepage etc) e de gêneros multimodais (gráfico, esquema, lista, mapa semântico, tabela etc); ler textos de forma crítica, identificando as possíveis interpretações e diferentes pontos de vista, bem como expressar suas opiniões como leitor; produzir alguns gêneros textuais escritos; e reconhecer diferenças linguísticas e retóricas entre a língua materna e a língua estrangeira. O processo de ensino e aprendizagem dessas disciplinas está embasado em fundamentos da teoria sociocultural da linguagem, na qual a língua é considerada um sistema simbólico complexo que media a relação com o mundo (LANTOLF, 2000).. A aprendizagem de uma língua, desse modo, ocorre por meio da interação social. Os gêneros textuais materializam essa interação por serem “ações semióticas caracterizadas por uma função social e por uma organização retórica mais ou menos típica, realizadas através da linguagem, em contextos de práticas sociais recorrentes” (MEURER, 2004). A abordagem de ensino e da aprendizagem de línguas estrangeiras via gêneros textuais operacionaliza a teoria sociocultural ao integrar as habilidades de leitura e escrita por meio dos gêneros textuais, valorizando os multiletramentos (KALANTZIS & COPE, 2012), e a interdisciplinaridade da língua estrangeira com as outras disciplinas do curso. Nessa abordagem, o processo de leitura e produção de textos é desenvolvido em um ciclo de aprendizagem que se inicia com a familiarização e reconhecimento das condições de produção textual, função social e principais marcas linguísticas e retóricas de um determinado gênero textual. Em seguida, esse gênero é produzido de forma processual, com a elaboração de uma primeira versão, revisão e reescritas, até que se chegue a uma versão final, sempre com feedbacks entre estudantes e entre professor e estudantes. Gláucio Moura - Coordenador do Eixo 4 Livros

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Produção textual, análise de gêneros e compreensão Luiz Antônio Marcuschi Parábola, 2008 ISBN: 8588456745

Este livro contém a quarta versão do curso de Linguística 3 ministrado pelo Prof. Marcuschi na graduação em Letras da Universidade Federal de Pernambuco. Tratase de observações destinadas à leitura dos alunos para o acompanhamento das exposições feitas em aula. Constam, aqui, estudos e ideias preliminares. Em certas passagens, figuram partes de trabalhos editados em revistas, anais, coletâneas e originais não publicados. Indicações bibliográficas são feitas para que cada leitor tenha condições de prosseguir em seu aprofundamento individual. As noções de língua, texto, gênero, compreensão e sentido, bem como o enfoque geral da abordagem, situam-se na perspectiva da visão sociointeracionista da língua.

Produção textual na universidade Désirée Motta-Roth e Graciela Rabuske Hendges Parábola, 2008 ISBN: 857934025X

Este livro tem por objetivo trazer informações sobre a prática acadêmica de publicação, enfocando os gêneros discursivos mais comumente adotados no contexto universitário. A abordagem de “Produção textual na universidade” tende a se concentrar não apenas na forma dos textos, mas também no seu conteúdo e na retórica (nos efeitos que se pretende causar no leitor). Este livro adota a abordagem sociointeracionista do letramento científico e se concentra no desenvolvimento de competências escritas do aluno para interagir com o mundo na posição de escritor e leitor de textos científicos. Sua pedagogia está focada no uso da linguagem para determinada ação acadêmica de avaliar, relatar ou descrever informações e dados gerados em pesquisa, para influenciar o leitor e, consequentemente, a prática acadêmica subsequente de pesquisa e de publicação em nível científico-acadêmico. 26

Letras (Tecnologias de Edição)


Ei xo 5

Pr át ic a de Pr od u ç ão, Ediç ão e Rev i s ão de T e x tos O Eixo 5 tem carga horária de 420 h/a, o que o torna um eixo relevante e intenso na formação que pretendemos para o profissional da edição. Estão nele as oficinas, isto é, aulas que focalizam as práticas de criação, edição e revisão textuais, desde o primeiro período do curso até o último, incluindo-se uma disciplina optativa. São elas: “Oficina de Texto Acadêmico e Comunicação Científica”; “Oficina de Texto Criativo”; “Oficina de Leitura e Produção de Textos I”; “Oficina de Leitura e Produção de Textos II”; “Oficina de Leitura e Produção de Textos III”; “Oficina de Texto Criativo”; “Oficina de Edição e Revisão de Textos I”; “Oficina de Edição e Revisão de Textos II”; e “As Formas do Livro Impresso”. O Eixo 5 busca desinibir o estudante em relação ao texto. É comum que conheçamos pessoas que têm certa dificuldade de escrever ou mesmo de fazer intervenções em textos alheios. Mesmo nossos conhecimentos gramaticais ou discursivos, muito teóricos em outros eixos, precisam ser exercitados e aplicados neste eixo. O que a mudança de uma palavra acarreta? A revisão de textos não é tratada como tarefa mecânica ou como mera aplicação cega de preceitos gramaticais. É preciso pensar, escolher, ter intenções claras. Aspectos discursivos são tratados,

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assim como questões ligadas aos gêneros textuais e à circulação dos textos, que podem mudar a abordagem do revisor. Um eixo de prática precisa contar com professores que conhecem o mercado editorial e as práticas mais comuns entre contratantes e contratados. Em sua maioria, os professores que atuam neste eixo simulam situações que podem mesmo ocorrer no trabalho de redatores, editores e revisores. Discussões como os limites entre revisão e preparação ou redação emergem sempre, assim como questões práticas, como uso da notação profissional (convenções) e a cobrança pelos serviços de um bacharel. Note-se que o Eixo 5 tem tanto peso quanto os outros deste curso de Letras, o que o torna um bacharelado incomum no Brasil. Não se trata de disciplinas eventuais, aqui e ali, para pincelar aspectos de uma atuação possível ao formado em Letras, mas de uma formação intensiva por meio da teoria e da prática. Ana Elisa Ribeiro - Coordenadora do Eixo 5

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Letras (Tecnologias de Edição)


Produção textual na universidade Désirée Motta-Roth e Graciela Rabuske Hendges Parábola, 2008 ISBN: 857934025X

Este livro tem por objetivo trazer informações sobre a prática acadêmica de publicação, enfocando os gêneros discursivos mais comumente adotados no contexto universitário. A abordagem de “Produção textual na universidade” tende a se concentrar não apenas na forma dos textos, mas também no seu conteúdo e na retórica (nos efeitos que se pretende causar no leitor). Este livro adota a abordagem sociointeracionista do letramento científico e se concentra no desenvolvimento de competências escritas do aluno para interagir com o mundo na posição de escritor e leitor de textos científicos. Sua pedagogia está focada no uso da linguagem para determinada ação acadêmica de avaliar, relatar ou descrever informações e dados gerados em pesquisa, para influenciar o leitor e, consequentemente, a prática acadêmica subsequente de pesquisa e de publicação em nível científico-acadêmico.

Redação e textualidade Maria da Graça Costa Val Martins Fontes, 2006, 3.ed ISBN: 8533623402

A linguística textual, desenvolvida sobretudo na Europa, a partir do final da década de 1960, se dedica a estudar os princípios constitutivos do texto e os fatores envolvidos em sua produção e recepção. Este livro procura condensar noções relevantes dessa teoria e aplicá-las à análise de redações de vestibular, na tentativa de estabelecer um diagnóstico e levantar sugestões para o trabalho com a expressão escrita na escola.

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Retextualização de gêneros escritos Regina Lúcia Péret Dell’isola Lucerna, 2007 ISBN: 8586930679

Retextualização e gêneros textuais são os dois conceitos basilares que se entrecruzam na construção da reflexão teórico-metodológica apresentada por Regina Dell’Isola, neste livro sobre a prática da escrita no ensino de língua materna. “Retextualização de Gêneros Escritos” sistematiza uma proposta que busca concretizar, pelo menos em parte, a divulgação da teoria dos gêneros e a aplicação de operações de retextualização, com a finalidade de contribuir para um melhor conhecimento dos usos da língua.

Da fala para a escrita: atividades de retextualização Luiz Antônio Marcuschi Cortez, 2001, 2.ed ISBN: 9788524907715

O princípio geral subjacente à obra é a visão não dicotômica das relações entre oralidade e escrita. O autor mostra que a relação entre a oralidade e a escrita se dá num contínuo fundado nos próprios gêneros textuais em que se manifesta o uso da língua no dia a dia.dos usos da língua.

O sentido das palavras na interação leitortexto Regina Lúcia Péret Dell’isola Cortez, 2001, 2.ed ISBN: 858747085X

Esta obra abre um significativo capítulo na história do Ensino de Português, pela escolha de tão relevante problemática, excelente fundamentação interdisciplinar/ internacional, cuidadosa abordagem metodológica (qualitativa e quantitativa) e inspirados conjunto de 30

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implicações pedagógicas, em benefício de um público diversificado: atuais e emergentes linguistas aplicados, formadores de professores, professores, pesquisadores na área da Leitura, autores de material didático, interculturalistas. Os títulos dos capítulos indicam o caminho estrategicamente percorrido pela pesquisadora. Dentre os aspectos positivos, cinco merecem destaque: a natureza intercultural do universo pesquisado; o registro de protocolos muito reveladores de percepções e atitudes de aprendizes como leitores: uma mina de insights cognitivos; um elucidativo panorama sobre o ensino de Português no Brasil e no exterior; uma abundante documentação complementar; considerações pedagógicas relevantes e sugestões para professores sobre o desafiador ensino de vocabulário. Os conceitoschave abordados englobam: leitor, leitura, texto, conhecimento lexical, componente lexical, modelo(s) de leitura, paráfrase, estratégia de compreensão, eficiência do contexto sobre a compreensão lexical na leitura. A autora, Profa. Regina Lúcia Péret Dell’Isola, comunica com muita clareza seu conhecimento interdisciplinar e usa, para isso, exemplarmente, a língua portuguesa.

Palavra e Imagem: leituras cruzadas Ivete Walty et. al. Autêntica, 2001 ISBN: 8586583626

As palavras gerando imagens e as imagens gerando textos verbais, num processo de deslocamentos e condensações, metonímias e metáforas são o objeto desse livro que se propõe a instigar leituras críticas, em tempos e espaços diversos. Tradição e ruptura se articulam na prática de leitura tematizada na casa e na terra, com que as autoras ilustram suas reflexões teóricas, associando poemas, crônicas, notícias de jornal, letras de músicas, fotos, propagandas e ilustrações.

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Além da revisão: critérios para revisão textual Aristides Coelho Neto Senac DF, 2013 ISBN: 8562564273

As palavras gerando imagens e as imagens gerando textos verbais, num processo de deslocamentos e condensações, metonímias e metáforas são o objeto desse livro que se propõe a instigar leituras críticas, em tempos e espaços diversos. Tradição e ruptura se articulam na prática de leitura tematizada na casa e na terra, com que as autoras ilustram suas reflexões teóricas, associando poemas, crônicas, notícias de jornal, letras de músicas, fotos, propagandas e ilustrações.

Nova gramática do português contemporâneo Celso Cunha e Lindley Cintra Lexicon, 2013 ISBN: 8586583626

A permanente preocupação de salientar e valorizar os meios expressivos do idioma torna este livro não apenas uma gramática, mas, de certo modo, uma introdução à estilística do português contemporâneo. A “Nova gramática do português contemporâneo” é uma descrição do português atual em sua forma culta, ou seja, da língua como a têm utilizado os escritores brasileiros, portugueses e africanos, do Romantismo para o início do século XXI. Como pretende mostrar a unidade da língua portuguesa em sua natural diversidade, uma atenção particular foi dada às diferenças de uso entre as modalidades nacionais e regionais do idioma, sobretudo as que se observam entre a variedade nacional europeia e a americana. Houve também uma preocupação de examinar a palavra em sua forma e função, de acordo com os princípios da morfossintaxe, e de destacar e valorizar os meios expressivos do idioma, o que torna este livro, a um tempo, uma gramática e uma estilística do português contemporâneo.

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A coerência textual Ingedore Grunfeld Villaça Koch Contexto, 2004 ISBN: 8586368911

Expõe a constituição dos sentidos nos textos e seus fatores: os elementos linguísticos, o conhecimento do mundo, as inferências e a situação. Apoiado em exemplos bem escolhidos, traduz em miúdos a complexa propriedade da coerência textual, sendo de grande auxílio para professores de língua portuguesa, vestibulandos e universitários dos cursos de Letras e Comunicação.

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Ei xo 6

Pr oce s s o e Pr odu ç ão Edi tor i a l

O Eixo 6 centraliza as interfaces tecnológicas e profissionalizantes do curso no campo editorial. Seu objetivo, de acordo com o projeto pedagógico, é aprofundar o conhecimento do estudante nos estudos da edição e em suas práticas, incluindo métodos, técnicas, conhecimentos específicos, temas de interesse dos estudos da editoração no mundo contemporâneo. Esse eixo inclui a produção de projetos editoriais em plataformas impressas e digitais”. A carga horária do eixo é representativa, somando-se 435 h/a, além da previsão de 150 h/a de conteúdos optativos. Juntamente ao Eixo 5, concentrado nos aspectos relativos à revisão, constitui cerca de 1/3 da carga horária do curso. Em relação aos conteúdos, observa-se um espectro considerável de questões atinentes ao universo editorial no Brasil e no mundo, em especial tendo em vista o mercado livreiro. Nas diferentes disciplinas, estudam-se desde os conceitos básicos do campo editorial, envolvendo o impresso e o digital – perpassando os processos e projetos editoriais em suas interseções com a história do livro e o mercado editorial – até os conhecimentos administrativos e empresariais. Por conseguinte, algumas disciplinas focam o estudo bibliográfico, envolvendo reflexões acerca da história da edição, a sedimentação do campo, as interpenetrações entre edição, teoria e prática linguística, teoria e crítica literária, normalização do texto e estabelecimento de variantes editoriais (tópicos da edição crítica), elementos da crítica genética, interfaces com o designer, além de 34

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práticas e problemas relacionados ao mercado editorial. Noutras, o fazer e os cuidados necessários à produção editorial, o trabalho em laboratório e a manipulação de objetos e o processamento do material textual em termos de um projeto gráfico destinado à impressão ou à divulgação em meio digital. Para tanto, requeremse o conhecimento e a habilidade de se processarem as interfaces entre texto e imagem, texturas sonoras e audiovisual. O Eixo 6, como qualquer outro, não seria possível sem as contribuições fundamentais de disciplinas de outros eixos;. Afinal, elas nos abrem possibilidades de perspectivar a escrita como uma técnica e, mais complexamente, como uma tecnologia. Em tudo isso, há que se afirmar a fundamental dimensão do leitor para a compreensão do trabalho editorial, pois é ao público leitor que ele se dirige. Por fim, há que se ressaltar a perspectiva que o curso traz especialmente por meio das disciplinas e atividades deste eixo, mas complementada pelo Eixo 7, “Prática Profissional e Integração Curricular”: a de gestão autônoma dos processos editoriais como exercício profissional, isto é, a formação do editor propriamente dita. A complementação dos conteúdos por meio do estágio e o conhecimento prático e projetivo que o curso oferece através do eixo permitem a constituição de um profissional autônomo que pode atuar nas empresas do ramo, ou até mesmo criar sua própria empresa. Nesse sentido, o curso de Letras – Tecnologias de Edição estabelece uma conexão interdisciplinar rara nos cursos da área, por meio de sua aproximação com o campo da administração de empresas e da gestão de negócios. Rogério Barbosa Silva - Coordenador do eixo 6

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A aventura do livro: do leitor ao navegador Roger Chartier Unesp, 1998 ISBN: 8562564273

A Internet faz renascer o sonho de universalidade no qual toda a humanidade participa do intercâmbio de ideias. Mas suscita também a angústia de ver desaparecer a cultura do livro. Qual é o futuro do livro? O que nos ensina seu passado? Roger Chartier mostra por que a história do livro é inseparável dos gestos violentos que o reprimem, dos autos-de-fé à censura, mas, também, como a força do escrito tornou tragicamente derrisória esta obscura vontade. Na evocação do jogo de papéis entre autor, leitor, editor e suportes técnicos do escrito, Chartier preserva tanto da nostalgia conservadora como da utopia ingênua.

Paratextos editoriais Gerard Genette Lexicon, 2013 ISBN:8571392234

Gérard Genette faz, neste livro, um longo ensaio sobre o paratexto do texto literário: apresentação editorial, nome do autor, títulos, dedicatórias, epígrafes, prefácios, notas, entrevistas e debates sobre o livro, entre outros. Esse aparato, muitas vezes visível demais para ser percebido, pode atuar sem que seu destinatário o saiba. Genette procura, portanto, estimular o leitor a examinar mais de perto aquilo que, às escondidas e com tanta frequência, regula nossas leituras.

Novo manual de produção gráfica David Bann Trad. Edson Furmankiewicz Bookman, 2010 ISBN:8577805514

O “Novo manual de produção gráfica” apresenta discussão das técnicas e tecnologias em produção gráfica, da

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Letras (Tecnologias de Edição)


impressão analógica à publicação digital e sob demanda. Cada estágio do processo de produção é explicado, incluindo dicas de planejamento, escolha de software, negociação, encadernação e distribuição.

Mercadores de cultura: o mercado editorial no século XXI Gerard Genette Ed. da UNESP, 2013 ISBN:9788539303939

O mais ambicioso estudo sobre os últimos 30 anos do mercado editorial, este livro esquadrinha a lógica de exploração do campo das publicações comerciais de língua inglesa nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, desde a década de 1960. E proporciona uma reflexão sobre a influência dos desdobramentos dessa lógica na cultura literária e intelectual daqueles países ao longo dos anos. De acordo com o autor, há três aspectos cujo domínio é crucial para a compreensão da lógica do mercado das publicações comerciais: o crescimento das redes varejistas e a transformação mais ampla e em curso do varejo de livros; a ascensão do agente literário como “porta de entrada” dos autores nas editoras; a emergência de corporações editoriais transnacionais, originárias de sucessivas ondas de fusões e aquisições iniciadas na década de 1960, que ainda continuam se realizando. A obra investiga esses aspectos de forma profunda, mostrando por que a transformação radical do varejo, em especial, desde os anos 1960, vem influenciando de modo agudo e crescente a escolha dos conteúdos. O comércio de livros se expandiu largamente desde aquela época: deixou as pequenas livrarias de rua, ganhou incontáveis lojas em shopping centers, agigantou-se com as mega stores, invadiu as gôndolas dos supermercados e, mais recentemente, as vitrines virtuais. Tal expansão transformou editoras e autores em quase reféns da necessidade de gerar lucros cada vez mais altos. Eles passaram a se concentrar na busca de títulos com potencial para virar produtos âncora, que ao mesmo tempo assegurassem vendas elevadas e permitissem “rentabilizar” as estruturas de marketing e comercialização das empresas. Desenvolveuse um processo de produção de best sellers, ainda que

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as editoras não tenham como saber quando, de fato, determinado título se tornará um fenômeno de vendas.

gestão de proJetos Luís césar de moura menezes 3.ed Atlas, 2009 ISBN:9788522440405

Este livro apresenta os principais conceitos consagrados e instrumentos que comprovam a eficácia de um projeto. Além de portar conceitos fundamentais para todo o ciclo de vida de um projeto, é uma ferramenta nas mãos de quem irá gerenciar ou deseja conhecer o que vem a ser um projeto e todos os seus desdobramentos.

teoria geraL da administração idalberto chiavenato 6.ed Campus, 2001 ISBN: 9788520432884

A partir da análise aprofundada das principais escolas e abordagens administrativas, como comportamental, sistêmica, humanística e contingencial, “Princípios da Administração” oferece conceitos e modelos para ajudar o leitor a desenvolver a habilidade administrativa diante das mais incomuns e imprecisas situações vivenciadas no mercado. Destinado tanto a estudantes de Administração como a todos os profissionais que necessitam de uma base conceitual e teórica indispensável à prática administrativa, a obra apresenta uma visão crítica e objetiva, destacando alternativas inovadoras para o cada vez mais instável e turbulento mundo dos negócios.

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LETras (TECnOLOgias DE EDiçãO)


Livros, editoras e projetos Plinio Martins Filho (Org,) Ateliê, 2007 ISBN: 9788574803562

Ensaio de editoração, o livro reúne quatro depoimentos de editores, que resultam de um encontro entre profissionais do livro, professores universitários e pesquisadores da USP realizado na Universidade Federal do Paraná, em 1988. E apresenta, assim, uma síntese entre o conhecimento gerado na Universidade e a atuação no mundo editorial.

A câmara clara Roland Barthes. Trad. Julio Castañon Edições 70, 2005 ISBN: 9788520931486

A câmara clara não é um tratado sobre a fotografia como arte, nem uma história sobre o tema. Como em muitos de seus trabalhos, Barthes rejeita os caminhos mais percorridos e se lança à tarefa de decifrar o signo expressivo, o objeto artístico, a “obra” entendida como mecanismo produtor de sentido.

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Ei xo 7

Pr át ic a Pr ofi s s ion a l e In teg r aç ão C ur r ic ul a r/ Metodolo g i a do T r a b a l ho Ac a dê m ico O Eixo 7, “Prática Profissional e Integração Curricular”, tem carga horária de 633 h/a. Esse eixo trata da caracterização dos diversos tipos de pesquisas científicas de opinião pública e mercadológica; dos métodos de pesquisas (abordagens quantitativas e qualitativas); do desenvolvimento do processo e do planejamento da pesquisa; da elaboração e da execução de pesquisa; da coleta de dados em campo; da revisão, codificação e tabulação de dados; da análise e interpretação de dados; da confecção e apresentação do relatório de pesquisa; da conceituação de ciência; da pesquisa em ciência e tecnologia; da redação técnica e científica; da normalização e elaboração de trabalhos técnicos e científicos; e da elaboração e desenvolvimento de trabalho de conclusão de curso sobre temas relacionados a estudos da linguagem, de conteúdo interdisciplinar, sob orientação e acompanhamento individual por professor orientador. O Eixo 7 se desdobra nas disciplinas: “Métodos de Pesquisa em Ciências Humanas”; “Metodologia Científica”; “Estágio Supervisionado”; “TCC I”; e “TCC II”. Na condição de coordenador do Eixo 7 e de professor da disciplina “Estágio Supervisionado”, propus e coordeno dois

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Letras (Tecnologias de Edição)


projetos de extensão em que os alunos do sétimo período podem fazer o estágio. Um projeto intitulado “Sistema Integrado de Comunicação” (SICom) integra um canal de Web TV, um Portal Digital de Notícias e uma Web Rádio. Trata-se de um projeto com três eixos de divulgação das atividades desenvolvidas no curso de Letras do CEFET-MG, utilizando as mídias impressa, televisiva e radiofônica em plataformas digitais. O projeto consiste em produzir e publicar conteúdos em áudio, vídeo e textos escritos, produzidos por alunos estagiários do curso e supervisionados por alunos regulares do Mestrado e do Doutorado em Estudos de Linguagens do CEFET-MG, com formação e experiência profissional em cada uma dessas áreas. Outro projeto de extensão também disponibilizado aos alunos para estágio é o “Núcleo de Desenvolvimento de Projetos Editoriais”, em que os alunos, supervisionados por professores do próprio curso de Letras, desenvolvem projetos editoriais para publicação das dissertações e teses defendidas no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens do CEFET-MG em formato de livros digitais e/ou impressos. Esses projetos editoriais são ofertados aos autores ao final do estágio supervisionado. Sempre que possível, procuro integrar os alunos dos cursos técnicos da Educação Profissional e Tecnológica do CEFET-MG em projetos de desenvolvimentos de sites para esses projetos de forma a integrar verticalmente os níveis de ensino do CEFET-MG: EPT, Bacharelado em Letras – Tecnologias de Edição e Mestrado/ Doutorado em Estudos de Linguagens. Vicente Aguimar Parreiras Coordenador do Eixo 7

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Fundamentos de metodologia científica Eva Maria Lakatos e Marina de Andrade Marconi Atlas, 2007 ISBN: 8522457581

A câmara clara não é um tratado sobre a fotografia como arte, nem uma história sobre o tema. Como em muitos de seus trabalhos, Barthes rejeita os caminhos mais percorridos e se lança à tarefa de decifrar o signo expressivo, o objeto artístico, a “obra” entendida como mecanismo produtor de sentido.

Técnicas de Pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados Eva Maria Lakatos e Marina de Andrade Marconi Atlas, 2011 ISBN:9788522451524

Este texto apresenta-se como uma introdução geral às técnicas de pesquisa. Seu propósito fundamental é examinar os meios disponíveis, sobretudo na área das Ciências Sociais, para o desenvolvimento de pesquisas fundamentadas em procedimentos sistemáticos, controlados e críticos, que permitam descobrir novos fatos ou dados, novas relações ou leis. Os meios reunidos neste texto não se limitam, porém, à instrumentalização de investigações especializadas e completas; destinamse, também, a orientar estudos e investigações específicos para a produção de artigos e monografias.O texto examina as várias etapas de um projeto de pesquisa: seleção do tópico ou problema para investigação, definição e diferenciação do problema, levantamento de hipóteses de trabalho, coleta, sistematização e classificação dos dados, análise e interpretação dos dados e relatório do resultado de pesquisa. Foi escrito como texto básico, em nível didático, para cursos introdutórios, mas traz procedimentos fundamentais, de interesse para pesquisadores em diferentes meios, abordando não só as características e a tipologia da pesquisa como também seu planejamento e execução. 42

Letras (Tecnologias de Edição)


letras (tecnologias de edição) Catálogo desenvolvido na disciplina Gestão de Projetos em Edição, ministrada pelo professor Luiz Henrique Oliveira, no primeiro semestre de 2015. Alunos Adriana Rodrigues Gonçalves Alessandra Valeria de Carvalho Pereira Mattos Breno Fernando Silva Araújo Danielle Graziella de Freitas Oliveira Gabriela Ferreira Rezende Gilsemar José da Silva Giulia Sampaio Piazzi Izabel Maria Fonseca Vieira Sá Juliane Celene Lopes Leticia Santana Gomes Maurício Araujo Almeida Nardele Aparecida Chaves Silva Priscilha Sansão Alves de Oliveira Renata Marques da Silveira e Santos



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