Eu sou aquele que dizem que sumiu | Teatro

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SINOPSE EU SOU AQUELE QUE DIZEM QUE SUMIU é um projeto de montagem teatral inédita, protagonizado pela atriz e bailarina Ana Paula Bouzas (Dona Flor e seus Dois Maridos – prêmio APTR melhor atriz coadjuvante 2008; Esfincter; Fluxo;... – Cia Teatral do Movimento) em parceria com o diretor e ator João Miguel (Só – prêmio Shell SP melhor ator 2010/ O Bispo - 2002). O espetáculo investiga a situação em que se encontra o homem contemporâneo diante das suas próprias ações devastadoras socioambientais. A montagem parte da reflexão sobre o discurso estético do artista plástico, ativista radicado no Brasil, Frans Krajcberg. Sua obra - desde as esculturas feitas a partir de árvores incineradas e de pigmentos naturais extraídos da ameaçada região do minério até pungentes registros fotográficos de queimadas no Brasil - é um brado contra a destruição do planeta, um grito de revolta contra a irracionalidade humana. Frans Krajcberg é um artista absolutamente comprometido com o seu presente e com o futuro do mundo. EU SOU AQUELE QUE DIZEM QUE SUMIU terá uma dramaturgia inédita, construída durante o processo criativo. Sua narrativa faz um recorte na história de um brasileiro comum, em um tempo futuro, num ponto-limite em que se confronta com a urgência de repensar sua realidade e as condições em que preserva o Planeta. Este personagem sem sexo ou idade definida, metáfora da humanidade, vê-se pressionado a elaborar uma defesa de si próprio diante da acusação violenta de ter sido ele, o principal responsável pelo extermínio gradual da própria espécie. A crueza de sua confissão é enraizada em delírios e memórias de muitos homens de todas as épocas. São “lembranças visionárias” sobre o irresponsável passado, o terrível presente e o patético futuro. Pensamentos, indagações repletas de autocrítica que fazem um passeio pela história da humanidade: a descoberta do fogo pelo homem, a criação de meios de domínio da natureza para sobrevivência humana, a industrialização, o consumo exacerbado, a excessiva produção de lixo, a transformação de rios e mares em esgotos, a poluição do ar, a destruição das florestas pelo fogo... Realidade e utopia se misturam numa fala recheada de poesia e humor mordaz que denunciam a agonia desse homem ante a lucidez com que reflete sobre tal condição. A trama de seu pensamento é visitada pelas palavras de inquietos pensadores, provocadores, passageiros de diferentes épocas da história do nosso país, cujos rodapés revelam a atemporalidade de reflexões e questionamentos sobre o homem e seu futuro. O roteiro dramatúrgico, assinado pelo dramaturgo e roteirista Fábio Espírito Santo, mas escrito em processo colaborativo, tem sua raiz embrionária em textos de pensadores, antropólogos, dramaturgos, escritores brasileiros cujo objeto de inspiração e discussão situa-se na relação do homem com o homem e com a terra em que vive. De Darcy Ribeiro às palavras cortantes de Affonso Romano de Sant'Anna, passando pelo discurso apaixonado de Chico Mendes, pela poesia de Thiago de Mello e a prosa emocionada de Guimarães Rosa, o texto de EU SOU AQUELE QUE DIZEM QUE SUMIU apresenta uma espinha dorsal preenchida de tais referências, revelando um fluxo verbal próprio da contemporaneidade.


A encenação de EU SOU AQUELE QUE DIZEM QUE SUMIU pretende priorizar o discurso dando enfoque à atuação – palavra e movimento: o verbal, o corporal e o imagético. Aqui, o corpo em cena, em sua “fala” particular, que por vezes se apresenta em dança, revela o que há de primitivo - instinto e intuição – como num ato de confissão. E é nesta forma de expressão de seus desejos, em liberdade de ação, que este homem escolhe demarcar o território precioso da preservação da vida e suas possibilidades: a afirmação da sua potência regenerativa. Em EU SOU AQUELE QUE DIZEM QUE SUMIU, a pesquisa coreográfica se dará num processo onde palavra e movimento, música e silêncio, memórias do corpo, fatos históricos e fragmentos literários entrarão em convívio num processo criativo colaborativo entre intérprete, diretor e autor. Para ambientar e compor a narrativa do nosso personagem, serão projetadas imagens, documentos que denunciam a interferência do homem no meio ambiente e a condição de devastação em que se encontra o nosso planeta; uma reflexão crítica sobre as estruturas fundamentais dos modelos hegemônicos que ainda prevalecem na história. Tais fotografias, projetadas por todo espaço cênico, misturando-se eventualmente ao intérprete e, por vezes, ao próprio espectador, exercerão o papel de interlocutores, cúmplices, em diálogo com o discurso: busca desesperada por salvar um novo futuro que está para ser construído. No espaço cênico teremos uma estrutura cenográfica inspirada na escultura “Flor do Mangue”, de Krajcberg. Seu original é uma obra de grande porte, medindo 12 X 8 metros e 5 metros de altura, construída a partir de resíduos de árvores de manguezais destruídos pela especulação imobiliária. Esse objeto cênico, espécie de teia ressignificada, apontará um entrelaçamento dos tempos - o primitivo e o porvir - e servirá como uma espécie de abrigo por onde o nosso personagem transitará na sua odisseia. O discurso político, ecológico e social proposto pelo espetáculo também terá eco na confecção do seu cenário, figurino e arte gráfica, através da utilização de material reciclável e de menos impacto ambiental. O painel sonoro original de EU SOU AQUELE QUE DIZEM QUE SUMIU pesquisará timbres presentes em elementos na natureza, como a madeira, o ferro, a água, a pedra, folhas, juntamente com sonoridades urbanas – ruídos, vozes, melodias, sons digitais - numa amálgama que dialogará com a complexidade de estados, sensações e emoções produzidos na cena. Dessa forma, EU SOU AQUELE QUE DIZEM QUE SUMIU se apresenta como um projeto que busca originalidade na investigação estética e na abordagem de uma temática social e filosófica, ao debater um assunto de fundamental relevância para a discussão contemporânea: a relação do homem com a terra; o homem e a natureza; a natureza e a natureza do homem; o homem, algoz e vítima de si mesmo. Vilão e herói da história que ele próprio tece.


JUSTIFICATIVA Uma das discussões mais relevantes do mundo contemporâneo é a preservação do Planeta e o alcance de um desenvolvimento sustentável que leve em conta o progresso e as questões socioambientais. Este é um assunto que está em circulação por todo o mundo, pautando os noticiários dos mais diversos meios de comunicação, movimentando as redes sociais e os centros de discussão das políticas governamentais de todos os países, sejam eles economicamente desenvolvidos ou em vias de desenvolvimento. A relação do homem com a natureza deu-se, ao longo de toda história da humanidade, sobre os alicerces de uma prática exploratória acentuada com a industrialização, a expansão urbana e o crescimento desenfreado do consumo. As consequências desse comportamento são vistas no alto grau de desequilíbrio ecológico provocado pela ação do homem no meio ambiente, gerando sérios impactos como a diminuição da biodiversidade, erosão, inversão térmica, efeito estufa, mudanças climáticas, etc. Diante desse cenário quase catastrófico, faz-se necessário a afirmação da arte como instrumento provocador e o seu engajamento no aprimoramento de debates e reflexões acerca de novas diretrizes para a construção de outros paradigmas na relação homem-natureza. É nesse pensamento que estão inseridos a obra e o discurso do artista Frans Krajcberg, impulso ideológico e estético para a concepção de EU SOU AQUELE QUE DIZEM QUE SUMIU. Pintor, escultor, gravador e fotógrafo radicado no Brasil, de contemporaneidade radical, Krajcberg constrói sua arte manuseando cipós, caules de palmeiras, raízes, troncos calcinados; registrando incêndios, queimadas, dentre outras cenas reveladoras da ação do homem contra o meio ambiente. Sua arte é um grito contra a selvageria acordada, a desordem moral do homem em sua relação com o planeta: “Esse é meu grito, que posso dar com meu trabalho. Só meu trabalho pode exprimir minha revolta contra essa barbaridade que o homem pratica contra o homem. Nunca houve um século tão bárbaro como o 20. E se continuar assim, o 21 vai chegar à barbárie mais violenta.” Impregnado do espirito lúcido de Krajcberg, do comprometimento de sua obra, sem falar da aguerrida entrega da sua vida em nome dessa causa, é que se faz necessário levar à cena teatral a urgência deste tema, sendo o teatro, espaço de reflexão do homem com o homem, possibilidade de espelhamento, transgressão e evolução. O projeto EU SOU AQUELE QUE DIZEM QUE SUMIU propõe, em sua realização, a produção criativa de novas possibilidades de percepção e outros níveis de envolvimento a respeito desta questão de tamanha inerência à sociedade atual. EU SOU AQUELE QUE DIZEM QUE SUMIU traz como argumento o perigo em que se encontra hoje o futuro do mundo. Em um misto de denúncia e mea-culpa, de confissão e tentativa de redenção, h., nosso personagem, expõe suas incertezas, seus anseios, se questiona e critica, delira e clama pela retomada da consciência perdida, poetiza sua existência e se declara perdido, porém disposto a se deslocar em direção a uma nova tomada de atitude. Diante do inegável valor do assunto escolhido, o projeto investe em uma proposta contemporânea de pesquisa dramatúrgica e cênica que possibilite o aprofundamento e a expansão das possibilidades de percepção e comunicação da obra artística pelo espectador. EU SOU AQUELE QUE DIZEM QUE SUMIU pretende-se à transversalidade das artes, ao construir um fluido e provocador diálogo entre a palavra, o movimento, o audiovisual, a escultura e a música, tangenciando a antropologia, a filosofia e a sociologia, num instigante processo investigativo. EU SOU AQUELE QUE DIZEM QUE SUMIU inclui o espectador como personagem atuante no campo sensorial, ouvinte ativo, tendo como provocadores dessa zona de intercomunicação, o discurso cênico textual e visual, potencializadores de uma reflexão diferenciada sobre tal tema.



EU SOU AQUELE QUE DIZEM QUE SUMIU | pré roteiro NOTA: A dramaturgia do espetáculo EU SOU AQUELE QUE DIZEM QUE SUMIU será elaborada em processo colaborativo durante os ensaios para sua criação. Para tanto, seguirá uma metodologia de construção centrada em improvisações realizadas pela intérprete em parceria com seus colaboradores artísticos (diretor, dramaturgo, diretor musical). Uma imersão criativa no conteúdo abordado através de variadas fontes: textos literários e teóricos sobre o homem social e sua relação com a natureza, textos dramatúrgicos especialmente escritos e reelaborados na cena, notícias da imprensa sobre o tema, estímulos sonoros e visuais de outros artistas contemporâneos, além das próprias memórias corporais e escritos da intérprete/atriz/bailarina. O pré-roteiro que se segue é um guia para a construção deste processo a ser realizado coletivamente. Um espetáculo que elege uma dramaturgia construída a partir do diálogo entre o corpo e a palavra na cena. ARGUMENTO Futuro próximo. Imensidão sem vida. Atmosfera cinzenta pela poluição. É neste lugar que se encontra h., nosso único personagem. Talvez seja o último sobrevivente de sua espécie nesse inóspito ambiente. Atemporal, sem sexo ou idade definida, h. representa a memória coletiva dos humanos e faz aqui, um relato, uma mea-culpa pelo extermínio lento e gradual da formas de vida do planeta Terra. A narrativa do espetáculo começa com h. junto a uma pequena fogueira feita de lixo. O flagramos no momento em que retira sua máscara anti-gás, para regar, com a própria saliva, uma semente que cultiva num pequeno recipiente plástico, em meio aos seus devaneios e picos de lucidez durante todo o seu relato. A crueza de uma confissão, feita em palavra e movimento, vem arraigada de delírios e memórias de todos os homens e de todas as épocas. São lembranças, indagações sobre o inconsequente passado, o doloroso presente e o patético futuro. Lembranças e pensamentos visionários repletos de autocrítica que fazem um passeio pela história da humanidade: a descoberta do fogo pelo homem, a criação de meios de domínio da natureza para sobrevivência humana, a industrialização, o consumo desenfreado, a excessiva produção de lixo, a transformação de rios e mares em esgotos, a poluição do ar, a destruição de todas as florestas pelo fogo... h. se dá conta que o homem não dominou o fogo e que foi responsável pelos milhares de desastres ambientais causados por sua arrogância e ignorância ao colocar-se à parte e superior à natureza. Será este o fim que lhe cabe? É a pergunta que ronda h.

durante seu relato. A estrutura dramaturgia é caótica, com idas e vindas no tempo e no espaço, seguindo o fluxo do pensamento desordenado e delírios do nosso personagem, metáfora de toda humanidade. Propõe uma linguagem cênica que mescla a palavra, o texto propriamente dito, construído como autodefesa, à cenas essencialmente coreográficas, onde o corpo constrói outro discurso, através do movimento. Um corpo ora primitivo, instintivo, ora racional e lúcido que aos poucos revela as reflexões de h.. PRÉ-ROTEIRO 01 UMA DANÇA ANTES QUE O FIM ACABE Escuro. No meio do palco vemos uma luz, é o início de uma pequena fogueira feita com restos. A luz abre e nos releva um descampado, uma atmosfera cinzenta pela poluição da floresta devastada pelo fogo. Vemos nosso personagem h., memória coletiva dos humanos. Ele veste uma máscara antigás e realiza uma espécie de ritual ao redor do fogo. É uma dança triste, catártica. O movimento fica violento até levá-lo a exaustão. MILIGRAMAS DE CARBONO PARA DOPAR A DOR h. sem a máscara. “Algumas miligramas de dióxido de carbono para encharcar os pulmões, um pouco de gás metano para acalmar a mente, partículas de óxido nitroso para escamar a pele...” h. está consciente do seu momento e questiona-se como foi possível ele chegar até ali. Será que está foi a parte que lhe coube por tantos avanços, após tantas descobertas científicas e tecnológicas para seu conforto e sobrevivência? “É este o fim que me cabe?” h. se vê sozinho, talvez não haja mais ninguém para compartilhar a desilusão desta existência. O PROGRESSO DA INTELIGÊNCIA BESTIAL Música intensa e projeções de imagens. h. delira. Confusão mental. Memórias desordenadas. Agora ele passa em revista a sua vida. Desde a descoberta do fogo até o seu fim. “No princípio eu tinha tudo, a beleza da Terra, habitava as planícies e vales.” “Belas planícies.” “Edifiquemos prédios, ergamos cidades. Terra de aço e concreto!”. E as planícies desapareceram e h. achou que isso era bom. Para h. toda esta nova beleza não combinava com tantos dejetos que seus tantos desejos começaram a produzir. “Um dia, águas abundantes.” “Joguemos todos os nossos dejetos e todo o lixo nos mares e rios!” h. achou que isso era bom e as águas tornaram-se poluídas e fétidas. “Um dia, as florestas exuberantes.” “Serremos as árvores para termos madeira para nossas casas e lenha para produzir energia!” h. achou que isso era bom e as árvores desapareceram. E a Terra se


tornou árida. “Animais corriam livremente pelos campos, mas eu sentia fome e frio”. “Matemos estes animais para comermos sua carne e arrancarmos sua pele. E nos protejamos do frio.” Para saciar seu desejo de abundância, animais mortos, variedades de peles. h. achou que isso era bom. Não havendo mais animais sobre a terra, restava pouca coisa para comer. Para saciar seus desejos de consumo, h. criou máquinas, indústrias que produziram em grande escala muitos objetos para suas necessidades. “Espalhemos nossos detritos pelo ar, pois os ventos os dissiparão.” E assim o fez. h. achou que isso era bom e o ar ficou impregnado de gases que não podiam mais ser eliminados. A atmosfera sufocava e ardia. O consumo destruiu o homem. Agora a Terra está vazia e silenciosa. TRISTES FELICIDADES EM RISTE h. chora. Recorda-se de coisas que o fizeram feliz. A vez que viu o mar; o banho de chuva; seu vôo; a dança no chão batido; o som da cachoeira; o sol mudando de cor, o beijo de amor; o canto triste do pássaro, o vento nas folhas. Agora o pássaro não canta, o amor foi embora, o mar não existe, a música não toca. NÃO HÁ MAIS LUAR NO SERTÃO Cena de base coreográfica e pesquisa sonora. Investigação corporal inspirada nas forças da natureza e em espécies em extinção. A energia da natureza dentro e fora de h. O estado gerado produz um corpo – memória, primitivo, matéria orgânica conectada com sua ancestralidade. O pensar e o sentir estão desordenados: um corpo em crise, impermanente, sem objetividade, sem contornos definidos de espaço e tempo. Pesquisa de movimento focada na negação de formas pré estabelecidas numa tentativa de re-conectar h. à sua natureza selvagem. DATA VENIA Imerso em sua confusão mental, h. busca lucidez para elaborar um discurso de autodefesa. Tudo que realizou foi pensando que seria bom para sua espécie. Admite sua falha. A necessidade de sobrevivência gerou sua própria falência. Sabe que se desprendeu da própria Natureza e que a empáfia do homem acabou por colocar o planeta em risco. Deixou-se seduzir pela evolução do seu próprio raciocínio, sua inteligência mordeu o próprio rabo. Precisou achar soluções para os problemas que vieram com o crescimento da população do planeta, com a desigualdade social, com o desequilíbrio provocado pela voracidade de suas conquistas, suas evoluções. “Foi tudo pela sobrevivência....Fiz o que me pareceu

melhor...” Mas h. sabe que as saídas encontradas só criaram dissabor. “E agora?”. ESTATÍSTICAS DE UMA CRÔNICA SEM LÓGICA Cena desenvolvida a partir de notícias jornalísticas. São dados, estatísticas de catástrofes ambientais brasileiras e mundiais, colhidas a partir de pesquisas divulgadas nos meios de comunicação. Aqui, h. é algoz e vítima. “Em 1979, derramei 30 mil barris de petróleo no Golfo do México, causando grandes prejuízos para a vida marinha”. “Em Bhopal, na Índia, morri 20 mil vezes ao respirar gases tóxicos e metais pesados que levarão muitos anos para desaparecer da atmosfera após o vazamento de 42 toneladas de isocianato de metila. Junto comigo morreram milhares de animais. Esse foi o ano de 1984”. “A usina nuclear do meu corpo aqueceu e explodi provocando uma nuvem radioativa que avançou pela então União Soviética e Europa oriental. Exterminei mais de quatro quilômetros quadrados de vegetação e milhares de mortos pelas águas do rio Pripyat. Chernorbyl, Ucrânia, 26 de abril de 1986”. “Sangrei seis milhões de vezes quando os dentes das serras elétricas comeram meus troncos na Amazônia”. “1991, no Golfo Pérsico, matei milhões com a minha guerra. Queimei poços de petróleo que emitiu enormes nuvens de chuvas de cinzas que matou a vegetação e poluiu os rios”. “Morri 902 vezes, depois de desmatarem e ocuparem desordenadamente as encostas dos morros na Região Serrana do Rio de Janeiro. 2011”. O MEU CORPO NO TEU Cena de projeção de imagens. Movimento. Silêncio. Estudo estético que investiga o corpo físico do ator amalgamado com imagens projetadas. Uma analogia do corpo da natureza com o corpo do próprio homem. A lógica do homem sendo a própria natureza que ele extermina. Imagens da natureza em degradação, florestas devastadas pelas queimadas, rios poluídos, peixes mortos... O homem de membros cortados, doenças na pele, desfigurado. Floresta soltando fumaça pela boca, o homem incinerado. UMA SAÍDA PARA DENTRO “A minha extinção será a única maneira de salvar esse planeta?” h. pergunta-se o que deve ser feito para resolver este dilema. Começa uma sequência de perguntas. Não se trata de uma cena de interação, mas pretende-se incluir o espectador como parte deste desafio, gerando questionamentos sobre a sobrevivência do ser humano. As questões apontam para a consciência do ser humano no desenvolvimento de uma vida sustentável em harmonia com as outras espécies de vida. “Mostre-me a saída.”


FICHA TÉCNICA IDEALIZAÇÃO: ANA PAULA BOUZAS CONCEPÇÃO: ANA PAULA BOUZAS, FABIO ESPIRITO SANTO e JOÃO MIGUEL DRAMATURGIA: FABIO ESPIRITO SANTO DIREÇÃO: JOÃO MIGUEL ATUAÇÃO: ANA PAULA BOUZAS TRILHA SONORA: LUCAS SANTANA ILUMINAÇÃO: FABIO ESPIRITO SANTO CENÁRIO: VALDY LOPES FIGURINO: ADRIANA HITOMI PREPARAÇÃO CORPORAL: JULIANA NOGUEIRA CONSULTOR CONCEITUAL: JOSÉ ANTONIO SAJA DESIGN GRÁFICO: ADRIANA HITOMI DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: LETICIA TÓRGO REALIZAÇÃO: SETEOITO PRODUÇÕES ARTÍSTICAS





Currículos ANA PAULA BOUZAS CONCEPÇÃO, ATUAÇÃO Atriz, bailarina e coreógrafa, 39 anos, residente na cidade do Rio de Janeiro, natural de Salvador, Bahia, graduada em Licenciatura em Dança pela Faculdade Angel Vianna (RJ). Participou dos Grupos e Cias CTM - Cia Teatral do Movimento (RJ), Trupe do Passo (RJ), Companhia de Teatro da Bahia (BA), Balé do Teatro Castro Alves (BA) e Mantra Cia de Dança (BA). Fez Cursos e Oficinas com Marilena Ansaldi, Luís Carlos Vasconcelos, Ana Kfouri, Paulo de Moraes, Enrique Diaz, Walter Lima Jr, Fátima Toledo, Zebrinha, Beto Brant, Denise Namura, Suzanne Linke, Suzana Yamaushi, Maria Alice Poppe e Ana Vitória Freire, dentre outros. Dentre os espetáculos que participou como atriz, destacamse DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS (Direção: Pedro Vasconcelos), ESFÍNCTER, PREGUIÇA, FLUXO, ALDEIA, A LUA QUE ME INSTRUA (Direção Ana Kfouri – CTM), ARLEQUIM SERVIDOR DE DOIS PATRÕES (Direção Luís Arthur Nunes), UM PELO OUTRO(Direção André Paes L e m e ) , D I V I N A S PA L AV R A S ( D i r e ç ã o N e h l e Franke/indicação Prêmio Bahia Aplaude - melhor atriz), CARNE FRACA e IDIOTAS QUE FALAM OUTRA LÍNGUA (Direção Fernando Guerreiro – Cia de Teatro da Bahia) e ÓPERA POPULAR REI BRASIL (Direção Paulo Dourado). Como bailarina participou dos Trabalhos Solos EU PRONOME PESSOAL INTRANSFERÍVEL, VOZES DO TEMPO, FOREVER. IN AETERNUM e DO LUGAR DE ONDE ESTOU JÁ FUI EMBORA – apresentados em diversos eventos de dança e teatro dentro e fora do país. Na televisão atuou em O SORRISO DO LAGARTO, PERIGOSAS PERUAS, COMPADRE DE OGUM (Roberto Talma), CENA ABERTA - A hora da estrela (Guel Arraes e Jorge Furtado); CARGA PESADA (Roberto Naar), A DIARISTA (José Henrique Alvarenga), AMAZÔNIA, O PROFETA, SETE PECADOS, CAMINHO DAS INDIAS e ESCRITO NAS ESTRELAS (todos na REDE GLOBO). Protagonizou também a mini-série OROPA, FRANÇA E BAHIA (Glauber Filho -TV CEARÁ) e TECENDO O SABER (José Carlos Pieri - canais Globo e Futura). No Cinema participou do curta metragem ADELA (Elisio Lopes Jr.), HISTÓRIAS DA BAHIA, episódio “Diário de um

convento” de Edyala Iglesias, MA LU DE BICICLETA (Flavio Tambelini) e CILADA.COM (José Alvarenga). Foi vencedora do PRÊMIO MELHOR ATRIZ na 2ª Mostra Vídeo – Off (BA) - curta metragem “ADELA” (Elisio Lopes Jr.), PRÊMIO Copene 2009 (BA) MELHOR ATRIZ “IDIOTAS QUE FALAM OUTRA LÍNGUA” (direção Fernando Guerreiro), PRÊMIO APTR 2008 – MELHOR ATRIZ COADJUVANTE em “DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS”. Assina a Preparação Corporal, Direção de Movimento e Coreografia em teatro dos seguintes projetos: SEM VERGONHAS (Guilherme Leme), GERINGONÇA (Caio de Andrade), ANTONIO DE CHICA (Zéu Brito), BAILE DO MENINO DEUS (Cibele Santa Cruz e Paula Horta), OS CAFAJESTES, ASSIS VALENTE - um musical, PONTAPÉ (Fernando Guerreiro) e A VER ESTRELAS (João Falcão). No cinema foi preparadora de ator do protagonista do longa metragem O TRANSEUNTE, de Eryk Rocha. Também assina a direção cênica da carioca Beatrice Mason e do ORGANISMO. Como Assistente de Direção foi responsável por NAMÍBIA, NÃO! (Lázaro Ramos), DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS (Pedro Vasconcelos), ZORRO (Pedro Vasconcelos); VOLPONE (Fernando Guerreiro) e AS COISAS BOAS DA VIDA (Ana Kfouri). Atuou também como Professora de corpo e interpretação nas oficinas de corpo no projeto Centro de Estudo Artístico Experimental, coordenado por Ana Kfouri, patrocinado pelo Sesc Rio de Janeiro e sediado no Sesc Tijuca (2001 a 2008) e foi professora de corpo do curso técnico para ator da Casa de Dramaturgia Carioca (2007,2008). Desenvolve esse mesmo trabalho, sob formatos diversos, em outras localidades dentro e fora da cidade do Rio de Janeiro. Atualmente prossegue trabalhando como atriz, bailarina, pesquisadora e coreógrafa em atividades diversas. Coordena e atua como oficineira e diretora artística no projeto MEMÓRIA: CARNE VIVA, contemplado pela FUNARTE através do PRÊMIO de INTERAÇÕES ESTÉTICAS E RESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS nas edições de 2009 e 2010 e integra o elenco da peça teatral DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS.


JOÃO MIGUEL CONCEPÇÃO, DIREÇÃO João Miguel deu início à sua carreira de ator aos 9 anos, no programa de televisão Bombom Show, de Nonato Freire. Em 1985, estreou como ator principal na peça A viagem de um Barquinho, com direção de Pety Barreto. Entre 1990 e 1996 João Miguel foi integrante do Grupo Piolim, onde atuou como produtor do espetáculo Vau da Sarapalha, e onde iniciou as apresentações como Palhaço Magal. Ainda como Magal, apresentou-se também com o Circo Picolino em hospitais públicos, favelas e ruas de Salvador e do interior da Bahia. No Teatro destacam-se: Só, de AlviseCamozzi, Bispo, de Edgard Navarro, Novíssima Poesia Baiana do grupo Los Catedrásticos, com direção de Paulo Dourado. Atuou no Circo Picolino como Palhaço Magal/ Grupo Piolim, onde atuou como produtor de 90-96. No Cinema, participou dos filmes Xingu, de Cao Hamburger, À Beira do Caminho, de Breno Silveira, Descartes, de Cao Guimarães (em produção), Bonitinha, mas Ordinária, deMoacyrGóes, HotelAtlântico de SuzanaAmaral, Se Nada Mais Der Certo, de J.Eduardo Belmonte, Estômago, de MarcosJorge, Mutum, de Sandra Kogut, Deserto Feliz, de Paulo Caldas, O Céu de Suely, de Karim Aïnouz, Cinema, Aspirinas e Urubus, de Marcelo Gomes e Cidade Baixa, de Sergio Machado. Na Televisão fez O Louco dos Via-Dutos (TV Cultura), Ó Paí Ó, Casos e Acasos, A Grande Família, Te Quiero América, Amazônia, de Galvez a Chico Mendes; Carandiru; Outras Histórias e Cordel Encantado (TV Globo). Foi contemplado com o PRÊMIO DE MELHOR ATOR NA MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA DE 2005, com Cinema, Aspirina e Urubus, PRÊMIO DE MELHOR ATOR NO FESTIVAL DO RIO DE 2005, com Cinema, Aspirina e Urubus, PRÊMIO DE MELHOR ATOR NO FESTIVAL DE VALLADOLID em 2008, com o filme Estômago e PRÊMIO SHELL DE MELHOR ATOR EM 2010, com a peça Só, dirigida por Alvisi Camozzi.


FABIO ESPIRITO SANTO CONCEPÇÃO, DRAMATURGIA, ILUMINAÇÃO Fábio Espírito Santo é diretor, dramaturgo, roteirista e iluminador cênico. Formado em Comunicação Social – Cinema e Vídeo, tem especialização em Roteiros para Audiovisual. Como dramaturgo, é premiado pelo texto A Farsa da Usura, no Concurso Nacional de Dramaturgia Álvaro de Carvalho/SC.1998. É também de sua autoria a comédia Matilde, La Cambiadora de Cuerpos, o musical Amor Barato e o infanto juvenil Sem Pé Nem Cabeça, entre outras obras desenvolvidas em parceria. Assinou a direção artística do concerto/DVD “Yèyè Omó Ejá – Mãe das águas” (2010), e dirigiu os espetáculos Sobre Flores no Asfalto Quente (2009); o circense Histórias Contadas de Cima (2008); a comédia Divorciadas, Evangélicas e Vegetarianas (2005); o musical infantil Do Outro Lado do Mundo (1999); e o espetáculo de rua Quem Não Tem Cão Casa com Gato (1996). Na área da iluminação cênica, recebeu o troféu Braskem de Teatro/2008 pelo seu trabalho nos espetáculos: O Olhar Inventa o Mundo, Batata e Casa Número Nada. No campo do audiovisual, trabalhou como roteirista e diretor de filmes educativos e institucionais. Entre seus trabalhos de ficção, destacam-se o curta-metragem Cabidela (2006) e Onde está Lynch? (2002) vídeo premiado em festivais de Santa Maria (RS) e Rio de Janeiro (VídeVideo/RJ). Trabalhou na elaboração e coordenação de projetos culturais como Diretor do Teatro Vila Velha (2008/2009); como repórter do Correio da Bahia e diretor técnico de eventos e casas de espetáculos. VALDY LOPES JN CENOGRAFIA Valdy Lopes Jn é formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Mackenzie 1996 e tem sua atuação em cinema, teatro, TV e exposições. Como Diretor de Arte assina A Novela das 8, de Odilon Rocha, Corda Bamba, de Ugo Giorgetti, Rosa Morena, deCarlos Oliveira, Amanhã Nunca Mais, de Tadeu Jungle, Insolação, de Felipe Hirsch-Daniela Thomas, O Contador de Histórias, de Luiz Villaça, Linha de Passe,de Walter Salles-Daniela Thomas, Violetas Murchas, de Sônia Lopes, O Natimorto, de Mário Bortoloto, Um Lugar de Sarah, de João Miguel-Sônia Lopes e O Pequeno Príncipe, de João Falcão. Como Cenógrafo foi responsável por A Casa de Alice, de Chico Teixeira, A Máquina, de João Falcão, Cidade Baixa, de Sérgio Machado, Cinema Aspirina e Urubus,de Marcelo Gomes, Filhas do Vento,de Joel Zito Araújo, Garotas do ABC, de Carlos Reichenbach e Carandiru a Série, de Hector Babenco. Foi Assistente de Direção de Arte de O Céu de Suely, de Karim Ainouz, Carandiru, de Hector Babenco, Latitude 0o, de Tony Venturi, Dois Córregos, de Carlos Reichenbach e A Hora Mágica, de Guilherme de Almeida Prado. Também foi Produtor de Objetos de Narradores de Javé, de Eliane Caffé. Assina ainda as Exposições Sob o peso dos meus amores - Itaú Cultural – 2011, Ocupação Rogério Sganzerla -Itaú Cultural – 2010, Fluxus 2010, Festival internacional de cinema pela internet – MIS São Paulo – 2010, Cinema Sim- Itaú Cultural – 2008/Rios de Machado - SESC Pompéia – 2008, Primeira Pessoa- Itaú Cultural – 2006 e Loucos por Cinema - SESC Pompéia – 2005.


ADRIANA HITOMI

JOSÉ ANTONIO SAJA

FIGURINO, DESIGN GRÁFICO

CONSULTOR CONCEITUAL

Atua como figurinista e programadora visual desde 1987, em projetos de dança e teatro.

Professor do departamento de Filosofia da UFBA comMestrado em Artes Visuais e Doutorado em Letras.

Como Figurinista assinou A primeira madrugada do mundo, de Gisela Rocha (Ba); Golden Boys (personagem fauno),de Gisela Rocha (Zurique); Headhunters,de Helena Waldman (Alemanha) e Cristina Castro (Ba); Sonar e DVD – Digital Vídeo Dança, de Evelin Moreira (Ba); Projeto Vigadança anos 1, 2 e 3, de Sônia Lopes (SP); Um lugar de Sarah e Violetas Murchas, de Sônia Lopes e João Miguel (SP); Fragile; De.Gelo; Olhar Oblíquo e Jardim Noturno, de Maurício de Oliveira (SP); Bispo, de João Miguel e Edgar Navarro (Ba); Da boca pra fora, de Marcelo Rubens Paiva e Fernando Gomes (Ba); As fenícias (personagem Tirésias), de Giulia Gam e Caco Coelho (RJ); Até que o Casamento nos Separe, de Eduardo Martini e Cris Nicolloti (SP); I Love Neide, de Eduardo Martini (SP); 10 maneiras incríveis de destruir seu casamento, de Sério Abritta (SP); O Filho da Mãe, de Regiana Antonini (SP) e Na Boca do Leão, de Eduardo Martini (SP).

Editor de Quimada de Krajcberg - livro de denuncia social, editor de Natureza de Krajcberg - livro comemorativo aos 90 de Krajcberg, consultor conceitual de O Grito - um filme sobre Krajcberg, editor de Natureza - um texto inedito de Milton Santo. É ainda Assessor especial e Coordenador da Coordenação de Promoção do Conhecimento Ambiental e Promoção Social do Institudo do Meio Ambiente da Secretaria do Meio-Ambiente do Governo do Estado da Bahia.

LUCAS SANTANNA TRILHA SONORA Gravou os discos Sem Nostalgia – 2009 /3 sessions in a greenhouse – 2006/Parada de Lucas – 2003/Eletro Ben Dodô – 2000. Foi responsável por diversas Trilhas e músicas para cinema, TV e teatro, onde destacam-se: “O Bispo” – ator João Miguel/ Trilha sonora do Longa de animação “Morte e Vida Severina”, Trilha sonora do programa “Além Mar” de Belissário França, Tijolo a tijolo, dinheiro a dinheiro, Longa “Broder “de Jeferson De/Awô dub, Documentário “Dub Echoes” de Bruno Natal/Lycra limão dub versão, Documentário “Surf Adventures 2” de Roberto Moura/Lycra limão, Longa “Deus é Brasileiro“ de Cacá Diegues/Surf malecon, Documentário “Fabio Fabuloso“ de Pedro Cezar/Who can say which way e Longa “A Alegria” de Felipe Bragança e Marina Meliande. Dentre seus principais trabalhos como Instrumentista destacam-se Tropicália 2 – Gilberto Gil e Caetano Veloso, Unpluggaed – Acústico MTV – Gilberto Gil, Afrociberdelia – Chico Science & Nação Zumbi e Memórias, crônicas e declarações de amor – de Marisa Monte.

LETÍCIA TÓRGO DIREÇÃO DE PRODUÇÃO Gestora e Produtora Cultural, Escritora, Roteirista e Turismóloga. Formada em Comunicação Social pela PUCRio e Roteiro para Cinema e TV pela Estácio de Sá, com pósgraduação em Criação e Produção para Cinema e TV pela FGV e MBA em Marketing pela ESPM. Atualmente cursa MBA em Turismo e Negócios no Instituto de Turismo e Entretenimento da Universidade Cândido Mendes. Dentre suas experiências como Produtora Cultural, destacam-se a produção da novela das 20h “Belíssima” e da minissérie “Amazônia: de Galvez a Chico Mendes”, na TV Globo e os espetáculos de teatro “Encontro com Fernando Pessoa”, “Transtorno Cênico Feminino”, “O Diabo veste Saara”, “Dona Flor e Seus Dois Maridos” em mais de 30 cidades de todo o Brasil e “A Marca do Zorro”.Produziu também o curta-metragem “O Caso Libras”, vencedor do Festival de Cinema de Los Angeles e selecionado no Tribeca de NY e escreveu um dos roteiros da série “Os figuras”, em cartaz no canal Multishow. Especializou-se em editais e leis de incentivo à cultura, prestando consultoria a artistas dos mais variados segmentos e atua como parecerista de projetos para o Ministério da Cultura (Funarte e SAV) desde março de 2010. No final de 2009 lançou o site sobre viagens “O Destino a nós pertence”. Ainda em 2011 pretende lançar seu primeiro livro de ficção “Uma janela para nove irmãos” baseado na história de sua família na cidade de Gramado, Rio Grande do Sul, e a série de televisão “O Viajante – a missão de escrever um guia de viagens”, inspirada no “Guia Criativo para o Viajante Independente”, atualmente em fase de edição. É sócia da “da Gaveta Produções” com o economista Alexandre Rocha.





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