Revista Negócios Industriais - Edição 05

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ANO 1 . N° 5 . ABRIL/MAIO 2011 . DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA

Clênio Guimarães: conduzindo antiga Acesita, de Timóteo, em um novo processo de mudanças

OTIMISMO NO SETOR DE INOX O QUE PENSA O PRESIDENTE DA MAIOR EMPRESA DE AÇOS INOXIDÁVEIS DA AMÉRICA lATINA? CONFIRA ENTREVISTA COM CLÊNIO GUIMARÃES, PRESIDENTE DA APERAM SOUTH AMERICA letradeforma.com

ISSN 2178-0706

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Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Em junho, o Mês do Meio Ambiente, a Revista Negócios Industriais será dedicada às ações ambientais das indústrias do Vale do Aço. Conte o que sua empresa está fazendo. comercial@negociosindustriais.com | 31 3823-1316

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A revista Negócios Industriais® é uma publicação bimestral da Letra de Forma Comunicação ISSN 2178-0706 P2SA COMUNICAÇÃO LTDA | CNPJ 07.291.053/0001-58 Rua Marília, 33 A, Bela Vista, Ipatinga-MG CEP 35160-194 DIRETORA GERAL Daniele Lima daniele@negociosindustriais.com DIRETOR José Geraldo de Assis jgassis@negociosindustriais.com DIRETOR FINANCEIRO Carlos Alberto S. Assis carlos@negociosindustriais.com EDITOR DE ARTE Gabriel Tôrres publicidade@negociosindustriais.com JORNALISTAS Aline Alves - MG11879JP Saniele Barbosa redacao@negociosindustriais.com PARA ANUNCIAR comercial@negociosindustriais.com (31) 3823-1316 REVISÃO Agna Ferreira Rodrigues e Silva Maria Fernanda Rodrigues e Silva FOTO DA CAPA Daniel Mansur/Pixel Studio CARTAS À REDAÇÃO Comentários sobre o conteúdo editorial, sugestões, releases e critícas às matérias - redacao@negociosindustriais.com ASSINATURAS Para receber a Revista Negócios Industriais entre em contato pelo telefone 31 3823-1316 ou e-mail comercial@negociosindustriais. com. TIRAGEM 3.000 exemplares IMPRESSÃO Gráfica Damasceno A Letra de Forma Comunicação utiliza papéis com certificado FSC (Forest Stewardship Council) para a impressão desta revista. O certificado FSC garante que uma matéria-prima florestal provenha de um manejo considerado social, ambiental e ecologicamente adequado.

muito além do aço No exato momento em que esse editorial começava a ser escrito, na manhã do dia 21 de abril, fomos informados da morte do ex-presidente da Usiminas, Rinaldo Campos Soares. Um homem que deixa sua marca. Desde o final de novembro passado tentávamos marcar uma entrevista com o "professor", para apresentar aos leitores da ‘Negócios Industriais’ sua visão sobre a economia, o mercado siderúrgico nacional e internacional, e, claro, os rumos da Usiminas. Pedia para aguardar sua melhora. Infelizmente esse dia não veio. Aos 72 anos ele se foi. Resta aqui nossa homenagem a este importante personagem da história do Vale do Aço e da siderurgia nacional. Aliás, o mercado siderúrgico recheia esta edição. Destaque para a entrevista com o presidente da Aperam South America, Clênio Guimarães. Ele explica a mudança na identidade da empresa, as perspectivas em relação ao mercado de aços inoxidáveis e também da relação entre a empresa, os fornecedores locais e a comunidade de Timóteo. “Acreditamos que surgirão muitas oportunidades para o crescimento do consumo de aço inoxidável em decorrência desses dois eventos e pela expectativa dos investimentos que ocorrerão tanto no setor público como no privado. Para ambos, as características especiais de resistência a corrosão, higiene, durabilidade, reciclabilidade, além do apelo estético, fazem do inox o material adequado para projetos sustentáveis”, defende o executivo. Ainda no Vale do Aço, a Usiminas apresenta um plano de otimização da sua planta em Ipatinga. A idéia, segundo a direção da companhia, é aumentar a eficiência da empresa perante a concorrência global. O projeto foi apresentado a diversos setores da comunidade, mas ainda depende da aprovação do Conselho da siderúrgica. Destaque especial no ‘Happy Hour’ desta edição à cobertura do X-Terra, evento esportivo cuja primeira etapa do circuito 2011 foi realizada em Ipatinga, a partir da iniciativa da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Afinal, a vida não é só trabalho. Cerca de 9 mil pessoas, de diversos cantos do planeta, puderam ver que a região não é feita só de aço, minério e celulose. A Lagoa Silvana, o Parque Ipanema e as trilhas nas matas que circundam a cidade encantaram os triatletas. Mais uma vez, agradecemos a todos os parceiros e anunciantes que acreditam no trabalho sério e duradouro promovido pela equipe da ‘Negócios Industriais’. Em junho próximo completamos seis edições e um ano de existência. Um ano de inovação, transformação e superação. Até lá. Daniele Lima Diretora Geral

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Sumário 10 Painel Timóteo também contará com unidade do Senai.

14 Personagem Robinson Félix: diretor industrial da Cenibra, de Belo Oriente

Capa

Washington Alves/Light Press

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Clênio Guimarães: presidente da Aperam confiante no mercado de aços inoxidáveis

30 Negócios NTW é a primeira do País no setor a lançar sistema de franquias

34 Gestão

Rinaldo Campos: o homem que conduziu a Usiminas por 18 anos e promoveu suas grandes transformações faleceu no dia 21 de abril

Anunciantes da edição Negócios Industriais Cenibra Aperam RCS Informática NTW Contabilidade Faemes Big Grandes Idéias Indústrias Globo Unipac Ferreira Compressores Power Test Grupo Emalto Moldam Fundição Sucatas Gerais/Sianfer Expo Usipa Loretus Gestão Empresarial Damatel Paraíso Locadora Prefeitura de Ipatinga Gráfica Damasceno Fonte Ambiental Diário Popular Assimec Consultoria Senac Minas EME Fibras e Tecnoservice Prefeitura de Timóteo Mega Micro ArtPublish Totvs Leste de Minas Usiminas

Sankyu Ipatinga obtém certificação integrada

40 Sustentabilidade Destino certo para o lixo eletrônico: Senac desenvolve projeto com empresas

45 Inovação IFM apresenta nova tecnologia durante 2ª Ecotec

47 Panorama Usiminas discute plano de otimização com a comunidade

55 Cultura Projetos culturais serão levados a comunidades onde Cenibra atua

57 Happy Hour X-Terra promove esporte e integração no Vale do Aço

Colunas

52 Marketing Ronaldo Soares, diretor executivo da Rede de Negócios e diretor do blog Negócio Já

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36 Contábil

32 Gestão

Nathaniel Pereira, sócio da NTW Contabilidade e Gestão Empresarial letradeforma.com

Charles Magalhães, diretor da Essentiali Consultoria e Treinamento

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Painel Cidadania Corporativa

Viveiro de mudas mantido pela empresa no Centro de Biodiversidade da Usiminas Daniel Mansur/Usiminas

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A Usiminas recebeu dois prêmios em reconhecimento às ações realizadas para a melhoria da qualidade de vida de seus colaboradores e das comunidades de entorno. A empresa foi considerada uma das “50 Melhores Empresas em Cidadania Corporativa 2011” e uma das “100 Melhores Empresas em Indicador de Desenvolvimento Humano Organizacional – IDHO 2011”, pela revista Gestão & RH. Além disso, a siderúrgica recebeu menção como destaque na categoria Transparência. A seleção e a premiação realizadas pela revista são feitas entre as empresas que integram a tradicional lista das “1000 Maiores Empresas do Brasil”, publicada anualmente pela editora Abril. A Usiminas se destacou como uma das melhores em Cidadania Coorporativa em um universo de 215 empresas que viabilizam projetos em quatro diferentes áreas: responsabilidade social empresarial, responsabilidade ambiental, qualidade de vida e ética e relacionamento com os públicos de relacionamento da empresa. Já a premiação “100 Melhores Empresas em Indicador de Desenvolvimento Humano Organizacional – IDHO 2011” é inspirada no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que mensura o desenvolvimento humano nos países em relação à educação, saúde, longevidade e renda per capita. O objetivo é premiar as empresas que colocam em prática no mercado corporativo cinco diferentes dimensões: capital humano, governança corporativa, cidadania corporativa, sustentabilidade e transparência.


Cursos Mediar

Com mais de 11 anos de experiência no mercado em Medicina no Trabalho, realizando exames complementares e elaboração de programas, a Mediar passou a oferecer treinamentos na sede da própria clínica, no Horto, em Ipatinga, e nas instalações da Faculdade Pitágoras. O portifólio inclui cursos de NRs 32,7,9,15 e outras; Biossegurança; Primeiros Socorros; Proteção Auditiva/ Respiratória; Ergonomia; Segurança do Trabalho; CIPA/ SIPAT/SIPATMIN; entre outros. Mais informações com Kamila Pimentel pelos telefones (31) 3821-4236 e 96311800.

Camargo Corrêa Cimentos agora é InterCement

Um dos maiores grupos cimenteiros do mundo, a Camargo Corrêa Cimentos se reposiciona com uma nova identidade e, a partir de agora, passa a ser denominada InterCement. Essa mudança é acompanhada da criação da InterCement Participações S.A., holding para o negócio cimento, que reunirá as operações no Brasil e demais países. “O reposicionamento da marca tem relação com as nossas aquisições ao longo da história, a capacidade de integrar negócios e transformá-los em modelos de gestão”, afirmou André Schaeffer, diretor da InterCement Brasil. Em Minas Gerais, a empresa possui fábricas em Pedro Leopoldo, Ijaci e Santana do Paraíso.

CSN eleva participação na Usiminas

A Companhia Siderúrgica Nacional elevou a sua participação na Usiminas, ultrapassando 10% das ações com direito a voto da maior produtora de aços planos do país. A participação da empresa na Usiminas subiu a 10,01 % das ações ordinárias da siderúrgica e a 5,25% das ações preferenciais. O fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ) tem 10,4% das ações ordinárias e o fundo de pensão dos funcionários da Usiminas outros 10,1%. O controle da Usiminas é dividido entre os grupos Nippon Steel, Camargo Corrêa, Votorantim e Caixa dos Empregados da Usiminas.

Participe do Painel - Envie sua sugestão de nota para o ‘Painel’ da Revista Negócios Industriais. Escreva para redacao@negociosindustriais.com.

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PAINEL Banco de Imagens/Letra de Forma

Senai terá unidade em Timóteo

Em visita ao Vale do Aço, o diretor regional do Senai Minas, Lúcio Sampaio, se reuniu com o prefeito de Timóteo, Sérgio Mendes, o diretor das unidades Senai Vale do Aço, Plínio Perruci, o presidente da Fiemg Regional Vale do Aço, Luciano Araújo, empresários, secretários e representantes dos sindicatos patronais para discutir a implantação do Senai no município. “Timóteo viveu momentos de instabilidade, agora estamos organizando a máquina administrativa e o Senai, além de estar em nosso plano de governo, é um desejo e necessidade da população e empresários que têm tido dificuldades em encontrar profissionais qualificados. A cidade cresceu desordenadamente e agora necessitamos de um desenvolvimento forçado”, explicou Mendes. A Unidade do Senai em Timóteo funcionará no Centro de Educação Inclusiva Ativa (CREIA) que passará por reformas nos próximos meses. O terreno tem uma área de 9.344 m2 e está localizado na Av. Judith Maria do Carmo, 12, Olaria. A inauguração da instituição de ensino será no primeiro semestre de 2012. A Emalto Indústria Mecânica é parceria nesse investimento e disponibilizará para a Unidade um galpão onde serão realizadas as aulas práticas nas áreas de metalmecânica e construção civil.

Voto eletrônico na CIPA

A RCS Informática foi a responsável pelo desenvolvimento do software de votação eletrônica via internet usado para a escolha dos representantes dos empregados na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) da Usiminas. Segundo o fornecedor da siderúrgica, durante três dias e sem carecer de uma estrutura complexa e de difícil gerenciamento, a votação, que envolveu 5,8 mil votantes, ocorreu sem sobressaltos. A confiança nesse tipo de eleição foi sedimentada em cada um dos interessados. “O sistema recebeu inúmeros elogios pela facilidade de uso. Até mesmo eleitores com menor familiaridade com computador não necessitaram de treinamento para registrar sua preferência”, explicou André Luiz, diretor da RCS.

Aeroporto

A Usiminas fará investimentos de cerca de R$7,5 milhões em seu aeroporto, localizado no município de Santana do Paraíso. A iniciativa contempla a reforma geral do piso da pista e da área de acesso ao pátio de taxiamento das aeronaves. Será instalado também um equipamento de raio-x, que automatizará a verificação das bagagens de mão dos usuários. O aeroporto passará a contar ainda com um display eletrônico, no qual o usuário terá acesso a informações sobre a chegada e a saída de voos. Além disso, a Usiminas estuda, junto a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a possibilidade de elevar o aeroporto à categoria 4, no quesito referente ao combate a incêndio. Essa medida possibilitaria o aumento da capacidade de operação do aeroporto, tornando-o apto a receber aeronaves de maior porte.

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Fiemg Vale do Aço em Manhuaçu e Caratinga

A área de abrangência da Fiemg Regional Vale do Aço deu um salto (foi de 33 para quase 90 cidades) e passou a incluir as regiões cujas cidades-pólo são Caratinga e Manhuaçu. Na primeira quinzena de abril, equipes da Fiemg, Sesi e Senai já visitaram os municípios. A lista completa com a nova base territorial pode ser conferida no site www.fiemg.org.br/regionalvaledoaco.

Totvs passa a ser a 6ª maior do mundo

A Totvs, líder na atividade de desenvolvimento e comercialização de software de gestão empresarial integrada e na prestação de serviços relacionados, foi apresentada pelo Instituto Gartner como a 6ª maior empresa do mundo em software de gestão empresarial integrado, avançando uma posição no ranking mundial de fornecedores de “ERP-Suite”, de 2010. O estudo considera a receita total de software como a gerada pelas aplicações, isto é, com novas licenças, atualizações, subscrição e hospedagem, suporte técnico e manutenção. Os serviços de implementação e a venda de hardware não são incluídos na receita total de software. Com isso, a Totvs apresentou crescimento médio anual composto de 21% entre 2008 a 2010, o maior dentre os seis maiores players globais, e foi a única companhia a apresentar crescimento orgânico de dois dígitos. No Brasil, a Totvs atingiu 48,6% de market share, e manteve a liderança absoluta do mercado brasileiro, mesmo quando consideradas empresas de todos os portes. No Leste de Minas, a empresa possui escritórios em Ipatinga e Governador Valadares.


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PERSONAGEM quem faz a indústria

Grão Fotografia

Há 26 anos na Cenibra, o gerente geral industrial, Róbinson Félix, destaca valorização das pessoas como fundamental para o sucesso

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PERSONAGEM

Róbinson Félix

somando com as pessoas

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ngenheiro eletricista apaixonado por mecânica, pós-graduado em Fabricação de Celulose e Papel pela Universidade de São Paulo (USP) e com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Esse é Róbinson Félix, gerente geral industrial da Cenibra, Unidade Belo Oriente. Ao iniciar nosso bate-papo, ele fez questão de explicar a diversidade em sua formação e seu amor pela mecânica. “Minha paixão pela mecânica é antiga, sempre gostei muito de mecânica de automóveis, só levava meu carro para consertar quando realmente não conseguia solucionar o problema”. E completa: “A busca de conhecimento e especializações em áreas distintas só contribuiu para meu crescimento e amadurecimento profissional”, declarou. Casado com a professora de matemática Sílvia Maria Ligeiro Montesano Félix e pai de três filhos, Róbinson, 51 anos, natural de Muriaé, cidade situada na Zona da Mata Mineira, chegou ao Vale do Aço para trabalhar na Cenibra, onde está há 26 anos e sem nenhuma expectativa de sair. “A Cenibra foi uma escola para mim. Costumo dizer que em termos de equipamento e tecnologia, a empresa se equipara às demais em 90%. Acredito que nosso diferencial são as pessoas; como gestor, tenho a função de servir e, mais que estipular metas e buscar resultados, estou aqui para possibilitar que cada colaborador dê o melhor de si”, elogiou, referindo-se ao alto nível de conhecimento técnico dos funcionários. Róbinson começou na empresa de celulose como engenheiro de manutenção; após um ano se viu como Chefe de Seção de Turno de Manutenção Eletromecânico - departamento que, na época, era descentrali-

zado. “Assumi um grande desafio, tive que estruturar e montar o novo setor, sem gerar conflitos nas áreas elétrica, mecânica e de instrumentação.” Ainda recém-formado, ele afirma que foi uma experiência muito válida. “Turno é um eterno aprendizado. Tinha que estar disponível para a empresa 24 horas, uma máquina não tem hora de parar ou estragar. Não tinha hora certa para chegar em casa e quando chegava, estava sempre com um sorriso no rosto. Minha esposa não entendia como podia chegar em casa feliz apesar das grandes jornadas, mas quando você gosta do que faz , você faz com prazer”, opinou. Após quatro anos trabalhando na sessão de turno, Róbinson assumiu a Seção da Manutenção Mecânica da Planta Química e Área de Preparo de Cavacos - setor responsável pela produção de cloro e soda cáustica na época, área que, segundo ele, era extremamente perigosa pelo fato do cloro ser letal. “As dificuldades eram grandes, pois não existia o domínio tecnológico dos dias de hoje. Sendo assim, os equipamentos tinham pouca durabilidade”, lembrou. Por meio de um processo de seleção interna, Félix foi nomeado Chefe da Divisão de Planejamento da Manutenção, onde sistematizou ações, visando a construção do resultado pretendido. “Implementamos me-

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lhorias nos planejamentos semanais, montamos um cronograma minucioso de parada geral, com tempo de esvaziamento das máquinas, etc. Foi muito bom esse período, pois gosto de sistematizar o trabalho de forma a construir o resultado pretendido”. Ele assumiu também o Departamento de Manutenção, priorizando sempre a valorização de cada funcionário. “Eu consigo somar com as pessoas e somar naquilo que é importante”. Do Departamento de Manutenção e Engenharia, ele assumiu a superintendência técnica da Cenibra, responsável pela manutenção, engenharia e qualidade da empresa. Desde 2007, Róbinson é o gerente geral industrial e tem orgulho de dizer que construiu sua vida profissional na Cenibra sem nenhum tipo de ambição, buscando em suas ações a integração dos diversos setores da empresa, na busca dos melhores resultados. “As coisas foram acontecendo, sou feliz no que faço. Frente às incertezas do mercado, reflexo ainda da crise mundial, de não termos o poder de determinar o preço da celulose e da taxa cambial, temos que trabalhar para dar condições e segurança aos acionistas para investirem na 3ª linha, mantendo nossa competitividade e garantindo geração de empregos”, finalizou.

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Clênio Guimarães: desafios à frente da maior fabricante de inoxidáveis do País

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capa

visão de médio e longo prazo

Mineiro de Itaguara, Minas Gerais, Clênio Guimarães, 54 anos, graduou-se em Metalurgia em 1980, pela Universidade Federal de Ouro Preto. É pós-graduado em Gestão de Marketing pela União Brasiliense de Educação e Cultura (UBEC) e possui MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Dom Cabral. Clênio Guimarães assumiu o cargo de presidente da Aperam South América em 14 de dezembro de 2010. Desde maio de 2008, ocupava a Diretoria de Produção da Companhia. Empregado de carreira, de 2005 a 2008, atuou como gerente geral de Aços Inoxidáveis. Antes, foi gerente da Aciaria (2002-2005) e de Melhoria Contínua (1997-2002). Em 1995 e 96 trabalhou como assistente do presidente da Sifco, empresa controlada pela então Acesita (atual Aperam). Sobre a presidência da Aperam, Clênio disse que aceitou o desafio “com muito orgulho e ciente da responsabilidade de contribuir para o crescimento dessa empresa e dos empregados, do desenvolvimento das comunidades onde a empresa atua e com o compromisso de atender a todos os demais envolvidos direta e indiretamente com o negócio”. Para ele, a receita do sucesso profissional está sustentada no tripé dedicação, envolvimento e visão. “Precisamos conhecer o nosso negócio e as suas particularidades e enxergar sempre à frente, através de treinamentos e aprendizagem. Aplicarmos todo nosso conhecimento para vencer os desafios de ‘corpo e alma’, tratar o nosso trabalho com a dedicação que trataríamos o nosso próprio negócio”.

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Perspectivas de crescimento em longo prazo no mercado brasileiro de aço inox animam o setor siderúrgico. Nessa entrevista para a Negócios Industriais, o presidente da Aperam South America, Clênio Guimarães, fala sobre esse cenário atual, mas também sobre a criação da nova Empresa Aperam, os seus projetos e os desafios para se manter competitiva no mercado global.

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capa Quais as expectativas para o mercado de aço inox? A Aperam acredita no crescimento no longo prazo do mercado de inox, no Brasil e na América do Sul. Nossas projeções indicam robustez nesse crescimento até o ano de 2015, e taxas de utilização da capacidade e de crescimento em si superiores à média mundial. Os bons fundamentos macro-econômicos do Brasil serão os grandes vetores do crescimento industrial do país. De acordo com o Núcleo Inox, entre 2003 e 2007, a produção nacional de aços inoxidáveis planos oscilou entre 370 mil e 411 mil toneladas. O que aconteceu nesse período e por que a produção voltou aos níveis do início da década? As oscilações ocorrem, principalmente, por uma característica específica da Aperam que é a flexibilidade em produzir também os aços elétricos de grão orientado, grão nãoorientado e carbonos ligados. Com esta condição, ajustamos a produção de acordo com a demanda global, permitindo garantir o abastecimento de todos os produtos em nossos mercados estratégicos, no Brasil e no exterior. Segundo previsão do Núcleo Inox, haverá um crescimento de consumo de aço inox da ordem de 12% ao ano até 2015, o que levará o consumo nacional a 550 mil toneladas/ano. Isso elevaria o consumo per capita de 2 quilos para 2,5 quilos. O senhor compactua desse otimismo? Nesta projeção do Núcleo Inox, que a partir de agora se chamará Associação Brasileira do Aço Inox (ABAI), é importante destacar que os números contemplam não só os aços planos, mas também os longos. Para o mercado atendido pela Aperam, nossas projeções são otimistas e suportadas pelo crescimento in-

dustrial previsto para as áreas de bens de capital e bens de consumo duráveis, que são consumidoras de aços inoxidáveis. Além disso, há a necessidade de melhora da infraestrutura brasileira em setores que demandarão nossos produtos. Como exemplo, podemos citar os projetos de exploração do Pré-Sal, a ampliação da malha metroviária e os biocombustíveis. Por falar em consumo per capita, por que ele é tão baixo no Brasil? A média mundial é de 10 quilos e, em alguns países europeus, chega a 20 quilos/ano. Inicialmente é importante destacar que a demanda brasileira ainda é inferior à nossa capacidade de produção. Falando de consumo per capita, embora se observe um crescimento contínuo na demanda, o volume ainda não pode ser comparado em igualdade de condições aos países desenvolvidos por algumas razões. Entre elas, citaria em primeiro lugar o fato de o Brasil contar com uma produção local, que se iniciou apenas no início dos anos 70. Portanto, relativamente recente quando se fala de demanda estruturada. Outra correlação que podemos fazer é que o consumo está ligado diretamente ao nível de investimentos público e privado nas áreas de infraestrutura, transportes urbanos e de cargas, alimentício, saneamento e saúde, construção civil e de bens de capital. A melhoria na distribuição de renda também é fundamental para que ocorra uma expansão no consumo de bens duráveis que contam com o inox em seus produtos, como por exemplo, linha branca, automóveis, utilidades domésticas, pias e cubas. Mas acreditamos que nós, Aperam e ABAI, temos uma grande responsabilidade na divulgação das vantagens do produto inox.

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Quais as ações da Aperam para abrir novos mercados? Olhando para o futuro, temos a expectativa de consolidar ações de desenvolvimento de produtos e de mercado, capturando oportunidades nas áreas de geração de energia, com ênfase para os segmentos de bioenergia e de óleo e gás, que deverão ser alavancados pelos projetos do Pré-Sal. Acreditamos ainda que haja um efeito positivo à medida que os consumidores conheçam os atributos e vantagens do aço inox. Além disso, a Empresa está se preOlhando para o futuro, temos a expectativa de consolidar ações de desenvolvimento de produtos e de mercado, capturando oportunidades nas áreas de geração de energia, com ênfase para os segmentos de bio-energia e de óleo e gás, que deverá ser alavancado pelos projetos do Pré-Sal. Acreditamos ainda que haja um efeito positivo à medida que os consumidores conheçam os atributos e vantagens do aço inox. parando para fornecer aços elétricos para motores de carros híbridos – combinações dos carros a gasolina e dos carros elétricos, para se obter maior desempenho e redução do consumo de combustível. A preocupação com o meio ambiente é também uma forte aliada para o crescimento do setor inox no Brasil. Isso porque, a tendência de produção de veículos com baixa emissão de gases tóxicos colocou o inox como produto top na fabricação de sistemas de escapamentos moder-

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capa nos, por ser um material mais nobre, resistente à corrosão e mais durável. A chegada das motos de motores flex também começa a exigir o inox. Outros setores que despontam como grandes consumidores são o de móveis e arquitetura, aliados à tradicional linha branca. E a Copa do Mundo e as Olimpíadas, elas vão beneficiar o mercado de aço inoxidável? Acreditamos que surgirão muitas oportunidades para o crescimento do consumo de aço inoxidável em decorrência desses dois eventos e pela expectativa dos investimentos que ocorrerão tanto no setor público como no privado. Para ambos, as características especiais de resistência a corrosão, higiene, durabilidade, reciclabilidade, além do apelo estético, fazem do inox o material adequado O uso intensivo do aço inoxidável permitirá o aumento da visibilidade internacional do país e contribuirá para a elevação da auto-estima do povo brasileiro. para projetos sustentáveis. Na infraestrutura, iremos utilizar o aço inox nos aeroportos, portos, hotéis, hospitais, metrôs e trens urbanos, sem falar nos novos estádios que terão o conceito de arena multiuso. Sabemos ainda que outros setores, importantes consumidores de aço inox, também terão um efeito positivo, como por exemplo, as indústrias de alimentos e bebidas, construção civil (com pias e cubas, elevadores, mobiliário urbano, etc), linha branca e utilidades domésticas. O uso intensivo do aço inoxidável permitirá o aumento da visibilidade int Divulgação

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bonito, prático e moderno O inox tem características como praticidade, modernidade e flexibilidade de uso. Em vários segmentos, como por exemplo, a arquitetura, a sua utilização vai até onde a criatividade alcança. Mais do que se pode imaginar, o inox está presente no dia-a-dia das pessoas, em casa, nas ruas, nos clubes... Ganha cada vez mais espaço também nas artes e decoração. A Aperam tem investido nesses novos mercados e com o projeto Visibilidade do Inox divulga intensamente essas possibilidades. Foi o caso da grande parceira com a Casa Cor Minas 2010, um dos maiores eventos de decoração do país, com mostras de aplicação do inox em peças de decoração, telhas, revestimentos de paredes, pisos, entre outras. A Vila do Aço, que iniciou junto com o seminário do IABr, em abril de 2010, também mostra toda a versatilidade do inox. A montagem foi produzida para demonstrar os diversos produtos e soluções em aço para construção civil, com réplicas em tamanho real de casa, prédios, equipamentos urbanos, passarelas etc., e tem sido montada em feiras e outros eventos em todo país. letradeforma.com


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capa Edmar Silva/Divulgação

Mercados emergentes: 30% das vendas da Aperam estão em países em fase de crescimento

Como está estruturada a Aperam? A Aperam é um player global em aços inoxidáveis, elétricos e especiais, com vendas em mais de 30 países e 9.800 empregados. Temos 30 escritórios de vendas em todo o mundo com suporte ao cliente e 19 Centros de Serviços, incluindo 10 plantas e instalações de transformação (incluindo Tubos). O negócio é organizado em três divisões: Aços Inoxidáveis & Elétricos; Serviços & Soluções; Ligados & Especiais (Specialties). Tem uma capacidade de 2,5 milhões de toneladas de placas de inoxidáveis na Europa e no Brasil e é líder em nichos de alto valor agregado – ligados e especiais. A Aperam conta ainda com uma

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rede altamente integrada de distribuição, processamento e serviços e uma capacidade única de produzir aços inoxidáveis e especiais, usando biomassa (carvão vegetal) de forma competitiva. Sua rede industrial com seis plantas está concentrada no Brasil, Bélgica e França. O que significa Aperam? O nome Aperam engloba a nossa história e herança, apontando ao mesmo tempo para o futuro. “Aper” vem do inglês “aperture” que significa abertura, seguido do “am”, que nos lembra nossa origem no Grupo ArcelorMittal. Nossa nova bandeira evoca também a oportunidade para vencermos num ambiente global e desafiador, evoluindo sem-

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A recém-criada Aperam é uma empresa que nasceu do desmembramento do segmento inox do grupo ArcelorMittal com a missão de ser catalisadora líder na indústria do aço inoxidável e dos aços especiais.

pre e redefinindo nossa forma de pensar, trabalhar e comportar. Por que o segmento de inox separou-se do Grupo ArcelorMittal, criando a Aperam? O que muda com o desmembramento? O projeto de desmembramento do segmento inox do Grupo ArcelorMittal esteve amparado em qua-


tro princípios-chave: negócio único e integrado; organização enxuta e reativa; eficiência local reforçada; e descentralização/ fortalecimento no dia-a-dia do negócio. O que se espera é a competitividade em custo, por meio de sinergias operacionais e melhores práticas, maior flexibilidade, otimização das unidades para corresponder à demanda global; reforçar a posição no mercado com uma rede de compras e práticas comerciais comuns e assegurar o Desenvolvimento Sustentável, com maior foco no produto, serviços e desenvolvimento de soluções, presença global por meio dos 19 Centros de Serviços, diversidade e internacionalização da equipe gerencial. Quais são os principais diferenciais da Aperam frente aos concorrentes? O que nos torna únicos é a tendência de crescimento no longo prazo, sustentado pela demanda dos mercados emergentes, que hoje representam aproximadamente 30% das vendas totais da Aperam. Além disso, contamos com uma rede de distribuição global, integrada e próxima dos clientes. A divisão de Serviços & Soluções oferece um canal exclusivo de distribuição global e é líder em Pesquisa & Desenvolvimento aplicada, com contínuos desenvolvimentos de produtos e inovação (Aços ferríticos, GO/ GNO ultra baixa perdas, Ligas de Níquel, Duplex...) e Centros de Pesquisa na França e no Brasil. A Aperam conta ainda com forte cultura de melhoria contínua, com destaque para o Programa de Melhoria Contínua, assegurando eficácia de custos e foco em saúde e segurança e a gestão financeira com um eficaz gerenciamento de riscos empresariais e do capital de giro.

Essas mudanças vão alterar o relacionamento com a comunidade e seus fornecedores? Não. Por meio da Fundação Aperam Acesita, a empresa desenvolve ações nas regiões onde atua, em quatro principais áreas: educação, cultura, meio ambiente, promoção social/capacitação profissional. Em relação aos fornecedores, a empresa mantém a política de valorizar os fornecedores regionais, sempre que possível. A empresa estuda mudanças no controle acionário no curto ou médio prazos? As ações da Aperam estão listadas nas bolsas de Paris, Amsterdam e Luxemburgo. Nos Estados Unidos, elas serão negociadas no mercado de balcão. A Aperam foi criada mantendo a proporcionalidade das ações que os acionistas tinham dentro do grupo ArcelorMittal. Portanto, a família Mittal permanece como principal acionista da Aperam. Como o crescente aumento da importação de aço no país afeta nossa indústria e particularmente a Aperam? Atualmente, são três os principais problemas das siderurgias brasileiras: preços baixos por causa da oferta de aço superior à demanda (lei da oferta e da procura); desvalorização do dólar e consequente valorização do real, o que facilita a importação. O que tem acontecido é que alguns produtos dos concorrentes internacionais chegam ao mercado brasileiro com preços mais baixos, forçando a redução dos preços internos. O terceiro problema é a inflação brasileira, que se traduz num aumento de custo não compensado pela taxa de câmbio, dificultando nossa vida ainda mais em relação aos competidores internacionais. Assim, a

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nossa rentabilidade fica cada vez mais comprimida. Por exemplo, em 2010, recuperamos nossa produção aos mesmos níveis de 2008, antes da crise mundial, mas a nossa rentabilidade ficou menor que a metade apurada em 2008. Qual a estratégia da Aperam para se manter nesse mercado global competitivo? Agilidade é uma das formas de vencer os desafios atuais, com foco na competitividade e na sustentabilidade do negócio. Ser ágil significa mover-se mais rapidamente e adaptar-se às condições do mercado. Uma estrutura mais leve, com mais autonomia aos gestores para atuarem de forma proativa na busca da melhoria do desempenho dos negócios sob sua responsabilidade. Essa autonomia estende-se também para questões ligadas à saúde, segurança e atendimento ao cliente. A Aperam pretende investir na planta industrial de Timóteo? A Aperam está investindo na planta industrial de Timóteo cerca de 120 milhões de dólares. Um dos projetos é a adequação dos equipamentos para funcionarem com o Gás Natural (GN) e vai permitir significativo ganho de competitividade, além de reduzir a emissão em 37 mil toneladas de CO2 ao ano. O outro projeto é a substituição do coque metalúrgico granulado pelo carvão vegetal, na produção de gusa no Alto-Forno 2. A tecnologia, inovadora na siderurgia mundial, melhora a competitividade e diminui as emissões de CO2 em 700 mil toneladas/ano, possibilitando que a empresa reduza a geração de CO2 em 50%. Nesse caso, o carvão – insumo energético – virá de reflorestamento, enquanto o coque é fabricado a partir do carvão mineral, um combustível fóssil.

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homenagem

Washington Alves/Light Press

O ex-presidente da Usiminas Rinaldo Campos Soares faleceu no dia 21 de abril, em Belo Horizonte, aos 72 anos, em decorrência de câncer. Soares nasceu em Divinópolis em 17 de junho de 1938 e formou-se engenheiro de Minas e Metalurgia na Escola de Minas de Ouro Preto, na turma de 1963. Doutor em Metalurgia pela Universidade de Paris, tornou-se cônsul geral honorário do Japão, em 1999, e acumulou diversas funções em entidades que representam o setor no país. Sua trajetória na Usiminas começou em 1971, na função de assessor do departamento de engenharia industrial. Ele deixou a empresa em 2008, após permanecer por 18 anos no comando da companhia. Em nota de pesar, o atual presidente da Usiminas, Wilson Brumer, lembrou que processos importantes envolvendo a siderúrgica, como sua privatização e a consolidação da Cosipa – outra estatal adquirida em 1993 -, foram conduzidos durante a gestão de Soares com “inegável êxito, contribuindo para tornar a Usiminas o maior complexo siderúrgico de aços planos da América Latina.” Rinaldo foi presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), atual Instituto Aço Brasil, por duas vezes. Ao deixar a presidência da Usiminas, o executivo foi indicado membro do conselho de administração da empresa, representando a Caixa dos Empregados (CEU), dona de 10,1% do capital votante da siderúrgica. Ficou no cargo até o fim de abril de 2010. O ex-presidente da Usiminas descobriu a doença, um câncer no rim, em outubro, durante uma viagem de férias na Europa. Após intenso tratamento, no Brasil e EUA, no dia 14 foi internado em um hospital de Belo Horizonte (MG). Apesar do estilo centralizador, como presidente, Rinaldo era muito querido. Todos os anos ele comparecia ao churrasco de confraternização entre os funcionários da empresa. Também ajudou a fundar o Apoteose, time de Ipatinga, que acabou logo que ele se aposentou, em 2008. Foi ainda durante a sua gestão que grandes mudanças aconteceram na cidade: a construção do Shopping do Vale, do teatro do Centro Cultural Usiminas, da unidade II do Hospital Márcio Cunha e a criação do time do Ipatinga, patrocinado pela Fundação São Francisco Xavier. Foi também enquanto era presidente que a empresa enfrentou um dos seus períodos mais emblemáticos: a privatização, ocorrida em 1991. Mesmo com a venda para grupos privados, Rinaldo se manteve estável e nunca enfrentou greves de funcionários.

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SENAI Uma homenagem dada a Rinaldo em vida está na sede do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) da cidade, que fica no bairro Veneza. O Senai Rinaldo Campos Soares foi inaugurado em 2007 e, segundo o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais no Vale do Aço, Luciano Araújo, leva o nome do ex-presidente da Usiminas porque ele era um grande incentivador da educação e do trabalho. Rinaldo era casado com Maria da Conceição Dias Soares. Com ela, teve dois filhos: Henrique e Raquel. A viúva chorou ao falar do marido e explicou a razão de ter se preocupado em velar seu corpo em Ipatinga: "eu não podia deixar de trazê-lo à terra que ele tanto amava".

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NTW lança Rede de Franquias Empresa criada no final da década de 90 em Ipatinga torna-se primeira do segmento a oferecer franquias e caminha rumo à expansão do modelo de excelência em gestão de escritórios contábeis A NTW Contabilidade e Gestão Empresarial anunciou, no início de abril, a sua Rede de Franquias. A empresa, com sede no Vale do Aço, passa a ser o primeiro escritório de contabilidade no Brasil a formatar o seu negócio no sistema de franquias. Fundada em 1989, a empresa deu uma guinada em 2000 com novos sócios. Quando Nathaniel Pereira se juntou a Walter Teixeira Jr., foi decidido que era preciso rever a oferta de serviços. “Foi quando lançamos serviços voltados para informações gerenciais e gestão financeira para pequenas empresas. Sentimos que deveríamos nos posicionar no mercado. Realizamos um estudo e identificamos que essas áreas não eram exploradas na região de atuação. Isto fez a NTW crescer e ganhar credibilidade junto ao mercado”, conta Nathaniel Pereira, que também é colunista da ‘Negócios Industriais’. Naquela época, a empresa estava em uma pequena sala e tinha três funcionários. Em 2009, tornou-se a primeira do setor de contabilidade a receber a certificação ISO 9001:2008. Ainda naquele ano, a NTW se expandiu com a inauguração de dois novos escritórios de contabilidade, em Belo Horizonte e Teófilo Otoni, totalizando 56 fun-

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cionários. Hoje, as três unidades juntas atendem a cerca de 400 empresas de diversos segmentos, dentre elas a Petrobras. Em 2010, a NTW desenvolveu sistema próprio para gestão de negócios contábeis e financeiros e encerrou o ano como uma das vencedoras da etapa estadual do MPE Brasil 2010 - Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas, concedido anualmente pelo Sebrae. Já naquele ano, ela consagrou-se a vencedora da categoria Serviços na etapa nacional do prêmio MPE Brasil 2010. A Rede de Franquias O desejo de ter um negócio próprio tem atraído cada vez mais empreendedores para o universo das franquias. Ao analisar especificamente o nicho de mercado contábil, os diretores da NTW concluíram que há muitos profissionais recém-formados que possuem conhecimento, mas sem experiência, e contadores que são exímios técnicos que, entretanto, sentem certo desconforto quando o assunto é gestão e acompanhamento das mudanças e atualizações no mundo corporativo. São dois os modelos oferecidos: Advanced, formatado para cidades de até 80 mil habitantes, e Premium, para cidades maiores. O investimen-

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to inicial não é alto: a partir de R$ 25 mil, dependendo dos objetivos que o franqueado almeja alcançar. Este valor mínimo corresponde ao modelo de pequeno porte - 20 clientes em média - composto por uma sala de atendimento e operação. Segundo Nathaniel, o valor da taxa de franquia é variado conforme o modelo de negócio e o do royalties é de 5% sobre o faturamento bruto. A taxa de propaganda institucional equivale a 1% e para o marketing local é solicitada uma reserva de 2%. Para tanto, oferece ao novo parceiro treinamento e suporte nas áreas de gestão da qualidade, atendimento ao cliente, arquitetura, financeira, jurídica, marketing, recursos humanos e também na área técnica. “Os candidatos a uma franquia NTW devem ter idade acima dos 21 anos, formação na área contábil, ser empreendedor, ter espírito de liderança, perseverança e senso comercial e de organização apurados. Os interessados passarão por uma préavaliação das condições financeiras, além de serem submetidos a uma avaliação de personalidade”, frisa. O retorno do investimento dependerá principalmente da dedicação e empenho do franqueado. Entretanto, a previsão média é de 24 a 36 meses.


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negócios

Nathaniel: uma década de conquistas ao desenvolverem novos serviços para seus clientes

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Gestão @admcharles

POR CHARLES MAGALHÃES Diretor da Essentiali Consultoria e Treinamento charlesmagalhaes@essentiali.com.br

A Importância da Comunicação Comunicar é uma habilidade requerida a todos os profissionais que exercem funções gerenciais, pois, na maioria das atividades que desenvolvem, necessitam exprimir-se oralmente ou comunicar-se com uma ou mais pessoas. Embora esta seja uma das capacidades humanas mais fundamentais e seu desenvolvimento nas pessoas se dê de forma natural, a grande maioria das pessoas não sabe comunicar-se. Infelizmente isso ocorre também no âmbito das empresas, mesmo entre os gestores de altos escalões. Muitas pessoas, por saberem expressar-se com certo desembaraço, julgam-se bons comunicadores. Cabe, no entanto, lembrar que existe uma grande diferença entre informar e comunicar. Informar é um ato que ocorre de forma unilateral, envolvendo a pessoa que tem a informação a dar. Já comunicar implica tornar algo comum, fazer-se entender, provocar reações no interlocutor. Como saber comunicar significa fazer entender, o comunicador precisa estar capacitado não apenas para falar, mas também para ouvir. A maioria das pessoas possui uma impressionante incapacidade para ouvir e entender o que as pessoas dizem, sendo muito comum observar uma pessoa falando e a outra preocupada com a maneira como irá responder, o que significa que esta não está ouvindo nada. Este comportamento custa caro para as empresas, dificulta o relacionamento entre as pessoas e provoca conflitos desnecessários. O processo de comunicação envolve os seguintes ingredientes: emissor, codificador, mensagem, canal, decodificador e receptor.

A maioria das pessoas possui uma impressionante incapacidade para ouvir e entender o que as pessoas dizem, sendo muito comum observar uma pessoa falando e a outra preocupada com a maneira como irá responder, o que significa que esta não está ouvindo nada. Este comportamento custa caro para as empresas, dificulta o relacionamento entre as pessoas e provoca conflitos desnecessários.

O emissor é a pessoa que tem uma ideia ou sentimento que deseja comunicar. O codificador é constituído pelo mecanismo responsável pela exteriorização da mensagem. A mensagem é a expressão formal da idéia que o emissor deseja comunicar. O canal é o meio pelo qual é conduzida a mensagem. O decodificador é constituído pelo mecanismo responsável pela decifração da mensagem. Vemos, portanto, que na comunicação de pessoa para pessoa, o emissor e o codificador aparecem juntos, assim como o receptor e o decodificador. Um bom gestor, antes de qualquer outra habilidade, deve obter um desempenho eficiente na função de comunicador, o que exigirá o conhecimento do processo de comunicação, o reconhecimento dos fatores que a dificultam e o domínio de regras para torná-la mais eficiente.

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“Soluções customizadas para atender às necessidades específicas de nossos clientes” A LORETUS é uma entidade de consultoria e treinamento em Sistemas Integrados de Gestão, que atualmente conta com clientes e serviços prestados na região do Vale do Aço e outras regiões do Brasil. A empresa conta com consultores capacitados e experientes, que participam de inúmeros projetos de educação e treinamento, consultoria e auditoria, pesquisa e desenvolvimento, nas diversas áreas de especialização em Sistemas de Gestão Empresarial. A LORETUS presta serviços em sistemas de gestão, realiza auditorias e treinamentos com base nos modelos e diretrizes internacionais como as normas ISO 9001, ISO 14001, OHSAS 18001, ISO 22000, ISO 17025, PAS 99, ISO 31000 e ISO 26000. Além disso, realiza trabalhos nas Áreas de Saúde e Segurança do Trabalho e de Meio Ambiente, tais como elaboração de programas legais (PPRA, PCMSO, PPR, PCA, PGR, PPRE, PPRPS, PRP, Licenciamentos Ambientais, dentre outros), cursos e treinamentos específicos e avaliação de atendimento a requisitos legais.

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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, CONSULTORIA E TREINAMENTO EM SISTEMAS DE GESTÃO

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GrĂŁo Fotografia

Conquistas: Nobuyuki Aoki e KlĂŠber Muratori destacam ganhos para a empresa e seus clientes

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gestão

Sankyu Ipatinga recebe certificação integrada Prestadora de serviços para grandes indústrias recebe da DNV o certificado ISO 9001 e 14001, além da OHSAS 18001 A unidade da Sankyu em Ipatinga recebeu, no final de março, a certificação integrada emitida pela Det Norske Veritas, DNV, organismo certificador com reconhecimento internacional. O documento atesta que a Sankyu atua em conformidade com os padrões de gestão da qualidade (ISO 9001), respeito ao meio ambiente (ISO 14001) e saúde e segurança do trabalho (OHSAS 18001), na prestação de serviços de apoio operacional e logístico, manutenções e montagens eletromecânicas industriais. “A certificação é um recurso valioso na medida em que demonstra o nosso comprometimento na condução dos negócios de forma profissional e consistente”, afirma Kleber Muratori, gerente-geral da empresa e delegado regional do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil) no Vale do Aço. Ele afirma que a certificação integrada confirma que a empresa adotou um novo modelo de gerir seus negócios, atendendo às expectativas das cinco partes interessadas – colaboradores, clientes, fornecedores, sociedade e acionistas. Multinacional de origem japonesa, a Sankyu está presente em 14 países e no Brasil há 38 anos, onde presta serviços de operação, manutenção e obras no segmento siderúrgico. No Brasil, a empresa conta com unidades em Ipatinga, João Monlevade, Belo Horizonte, Volta Redonda, Cubatão e São Paulo. A filial Ipatinga é a maior e mais antiga em solo brasileiro, contando com cerca de 3,5 mil funcionários, que atendem empresas como Usiminas, Aperam, ArcelorMittal e outras. O diretor da Sankyu Ipatinga, Nobuyuki Aoki, reconhece que os desafios aumentam na medida das conquistas.

“Nossa responsabilidade aumenta a partir de agora, pois além da manutenção do sistema, a diretriz da melhoria contínua deve vigorar”, salienta. Em menos de um ano, a empresa estruturou a equipe do Sistema Integrado de Gestão com representantes de todas as áreas. Orientada pela consultoria Loretus Gestão Empresarial, a empresa mapeou e documentou 22 processos de trabalho, de maneira a atender aos requisitos das três normas, contemplando, principalmente, um levantamento dos perigos e danos, os aspectos e impactos ambientais de cada atividade, bem como as respectivas medidas de controle e o atendimento a requisitos legais. Com base nesse diagnóstico, cada gestor adequou seus procedimentos e instruções de trabalho e orientou seus colaboradores, a fim de estabelecer novas diretrizes com vistas à reformulação de atividades, com foco na qualidade, saúde, segurança e meio ambiente. Após essa etapa, os funcionários foram orientados quanto à nova Política do Sistema Integrado estabelecida pela Filial Ipatinga, de modo a obter a conscientização e contribuição de todos.

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Contábil

POR NATHANIEL J.V. PEREIRA Sócio-administrador da NTW Contabilidade e Gestão Empresarial e coordenador da Câmara Setorial de Contabilidade do Vale do Aço

Gestão Empresarial em 4D Estava lembrando, junto com o meu filho, da primeira vez em que assistimos a um filme 4D juntos. Foi uma experiência fantástica! Não esqueço as palavras dele: “gostaria que todo filme fosse em 4D, porque assim eu consigo ver todos os detalhes do filme.” Ao final da nossa conversa fiquei pensando o quanto uma visão em várias dimensões pode ser útil no dia-adia das empresas. Os empresários e gestores que conseguem ter uma visão em 4D da sua empresa conseguem observar todos os detalhes do seu negócio. Sei o quanto é comum um empresário analisar o desempenho do seu negócio a partir de informações pouco estruturadas, ou até mesmo por um simples extrato bancário. Se tem dinheiro na conta-corrente, é que o negócio é lucrativo, se não tem, é sinal de que a empresa está com problemas. Gerenciar uma empresa assim é como assistir a um filme de um idioma desconhecido, sem legenda. O máximo que se pode fazer é curtir a paisagem, a fotografia do filme. Resumindo: não dá. Uma empresa deve ser gerenciada com o maior número de informações possíveis. Fazer gestão empresarial em 4D é uma boa forma de qualificar a tomada de decisão. E o curioso é que se pararmos para analisar o fluxo de uma empresa podemos dizer que a gestão empresarial é sabiamente dividida em quatro dimensões/ aspectos: - Operacional; - Econômico;- Financeiro;Patrimonial. Em todas as atividades desenvolvidas em uma empresa é possível observar as quatro dimensões/aspectos de forma interdependente. Sob o aspecto OPERACIONAL, podemos relacionar a competência da empresa em gerenciar os recursos exigidos para produção ou prestação de serviços: a quantidade e qualidade do que se propõe a fazer e o cumprimento dos prazos pactuados junto aos clientes. O acompanhamento da eficiência deste aspecto pode ser feito através de controles de produção (quantidade prevista x quantidade produzida), da utilização de indicadores de qualidade (perdas, defeitos, retrabalho, devoluções, etc) e do acompanhamento do pedido (previsão da entrega x data da entrega).

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Como toda operação de uma empresa movimenta recursos, temos também que acompanhar o aspecto ECONÔMICO do negócio. Todo recurso utilizado na produção ou prestação de serviços, o produto ou serviço gerado, até o resultado final da operação deve ser minuciosamente acompanhado pelos gestores. Um bom sistema de custos (independente do método utilizado) e apuração de resultados pode dar uma visão totalmente real do desempenho no período. Para isto, basta utilizar a DRE-Demonstração de Resultado do Exercício, e alguns indicadores de desempenho para medir a performance de alguns grupos de contas, conforme as especificidades de cada negócio, sem nunca se esquecer de monitorar mercado e marketing. A visão FINANCEIRA é importante para demonstrar o resultado do negócio pelo regime de caixa (entradas e saídas de recursos). Toda operação envolve prazos de pagamentos e recebimentos, ou seja, tem um ciclo financeiro. Este ciclo financeiro pode ser favorável ou não à empresa. Daí a importância de acompanhálo. Existem várias ferramentas que podem ser úteis, onde destaco o Fluxo de Caixa (tem como objetivo demonstrar a capacidade de pagamento de uma empresa na linha do tempo), e a DFC-Demonstração de Fluxo de Caixa, que separa as informações de entrada e saída de recursos em três grandes grupos: atividades operacionais, investimentos e financiamentos. Com isso, tem-se a clara noção da capacidade de geração de caixa de uma empresa, ou seja, se o resultado econômico da empresa está se transformando em resultado financeiro. E por último, mas nem por isso menos importante, a visão PATRIMONIAL, que tem o papel de demonstrar as movimentações ocorridas no patrimônio da empresa (caixa, estoques, contas a receber, ativo fixo, contas a pagar e patrimônio líquido). É a visão clara do: “para onde foi parar o meu dinheiro?”. Experimente utilizar com maior frequência a contabilidade gerencial e de custos como ferramentas para tomada de decisão. Você vai perceber o quanto uma visão em várias dimensões ou perspectivas pode ser útil no dia-a-dia da sua empresa.


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Lixo eletrônico agora com destino certo Senac Vale do Aço desenvolve projeto em parceria com empresas para fazer gestão correta de equipamentos e peças eletrônicas O lixo eletrônico gerado no Vale do Aço agora tem destino certo. É que acontece desde o mês de março o projeto Tecnologia Solidária ou “Tecnosol”, criado numa iniciativa conjunta de alunos, professores e demais funcionários do curso técnico de Redes de Computadores do Senac de Coronel Fabriciano. No total são 135 alunos envolvidos no projeto e que procuram empresas que possuem computadores e demais peças de informática obsoletas, os recondicionam e doam para entidades carentes. Eles também desenvolvem um estudo referente às questões ambientais e ainda conscientizam todos os alunos da escola para o correto descarte desses materiais ou seu reaproveitamento. “A ideia do projeto partiu dos alunos, professores e demais funcionários envolvidos no curso de Redes de Computadores. Vimos a necessidade de aprimorar a parte técnica (em ma-

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nutenção) e partiu dos alunos a ideia de dar este foco ambiental. Felizmente temos tido bons resultados com o Tecnosol e os alunos estão bastante envolvidos em todas as etapas desta ação”, comenta o orientador e professor do curso, Ezequiel Mendes Duque. “O lixo eletrônico é hoje um problema muito sério que não tem rece-

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SUSTENTABILIDADE bido a devida atenção das autoridades e comunidade em geral. Descartamos muitas vezes baterias de celulares, pilhas, peças de computador, entre outras, em lixo comum, sem termos a real consciência dos danos que este descarte incorreto pode causar a nossa saúde. Além do aprofundamento técnico através da prática na manutenção desses computadores, hoje os alunos compreendem a importância do descarte correto desses materiais, têm consciência dos danos que este tipo de lixo pode causar à saúde, além de, é claro, da responsabilidade social”, acrescenta a supervisora pedagógica do Senac, Anair Bragança Soares Siqueira.

Empresas O projeto conta com o envolvimento de diversas empresas do Vale do Aço, seja através de doações de computadores e de demais equipamentos eletrônicos ou como “postos de coleta”, recebendo diversas peças para repassar aos alunos do Senac. “A empresa em que trabalho já doou cerca de 20 equipamentos, entre eles notebooks, impressoras, scanners, entre outros. Acho muito interessante esta iniciativa e também muito válida, principalmente ao meio ambiente”, comenta o gerente administrativo-financeiro da Premially, rede de padarias no Vale do Aço, Tarcísio Pereira da Costa. “Na empresa em que trabalho também nos preocupamos com esta questão ambiental, tanto é que temos o ‘cata pilhas’, no qual recolhemos pilhas, baterias e demais materiais de nossos clientes, com a finalidade de dar um destino certo a esses aparelhos”, conta. Já a Infortec, empresa do ramo de informática, atua divulgando o projeto. “Como não temos muito maquinário, resolvemos encaminhar cartas para diversas empresas

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do ramo, principalmente da informática, que temos contato. Felizmente desde essa ação, várias já doaram equipamentos a este projeto”, conta o empresário Max Jeferson Moreira de Souza. “Acredito que o Projesol seja muito positivo e atinja vários aspectos como o aprendizado dos alunos, ação social e principalmente a preocupação com o meio ambiente”, finaliza. Doações. Empresas que queiram participar do projeto, doando computadores e demais equipamentos eletrônicos de informática, podem se dirigir a uma das unidades do Senac do Vale do Aço ou às empresas parceiras do projeto como pontos de recolhimento. Mais informações pelo telefone (31)3841-9650.

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Imagem de eucalipto

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VOCÊ SABE O QUE ACONTECE CADA VEZ QUE ESTA REVISTA É IMPRESSA NA DAMASCENO? UMA NOVA ÁRVORE DA EDUCAÇÃO, DA INFORMAÇÃO E DA DEMOCRACIA É PLANTADA.

A Gráfica Damasceno vem esclarecer dúvidas e, principalmente, trazer à luz da verdade algumas questões ligadas à sustentabilidade. A principal delas é deixar claro que, no nosso setor, as árvores destinadas à produção de papel provêm de florestas plantadas, e que estas são simplesmente culturas, lavouras, plantações como qualquer outra. Somos uma indústria alinhada com a ecologia e com a natureza, ou seja, as nossas impressões são extremamente conscientes. Hoje temos processos mais limpos do que a grande maioria das indústrias. E, mesmo assim, buscamos todos os dias novas tecnologias de produção que respeitem ainda mais o equilíbrio do meio ambiente. Somos uma indústria que traz prosperidade para o país e benefícios para todos os brasileiros. Temos imenso orgulho de saber que, cada vez que imprimimos um caderno, um livro, uma revista, um jornal, material promocional ou uma embalagem, estamos levando conhecimento, informação, democracia e educação a todos. Imprimir é dar veracidade, tornar palpável. Imprimir é assumir compromisso. Imprimir é dar valor. Principalmente à natureza.

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Daniele Lima Engenheira Sanitarista e Ambiental

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INOVAÇÃO A segunda edição da Ecotec Mostra Tecnológica para o Desenvolvimento Sustentavel, realizada em março, em Ipatinga, foi marcada por inovações no mercado mineiro. Uma delas é o monitor de fluxo, com utilização de nanotecnologia, lançado pela ifm electronic, empresa de origem alemã, especialista em instrumentação para automação industrial. De acordo com Brasilino Baptista Gariglio, representante da ifm na região, o monitoramento de fluidos (óleo e água) permite o acompanhamento a distância, onde garante e inibe qualquer risco de vazamentos, que normalmente provocam grandes perdas para o meio ambiente e impactos diversos. Ele explica que o monitor é composto por um êmbolo sustentado por uma mola helicoidal que desloca em função de uma força montante. “O deslocamento é medido por um sensor eletrônico devidamente calibrado que considerando a sessão transversal do corpo do monitor de fluxo libera um sinal digital ou analógico, relativo à vazão padrão de cada modelo utilizado. Nos modelos digitais, até o momento temos vazões de 6, 12, 18 e 25 LPM (litros por minuto), além dos modelos analógicos até 75 LPM”, explicou. Segundo Gariglio, “trata-se do primeiro monitor de vazão desenvolvido com mecatrônica embarcada, o que permite maior confiabilidade, respostas mais rápidas, e robustez do equipamento”. Utilizados na indústria em geral, seja em água de selagem, refrigeração de grandes máquinas girantes, óleos e graxas, o equipamento que não precisa de manutenção tem custo relativamente baixo, pois além de mensurar a vazão existente, ainda funciona como válvula de retenção, contra-fluxo, e permite ainda utilização em ambientes agressivos, como por exemplo, em um circuito de arrefecimento de for-

Sensor SBY: permite o monitoramento de fluidos e acompanhamento à distância, além de inibir riscos de vazamentos

Monitor de Fluxo inibe vazamentos Empresa lança na 2ª Ecotec sistema de monitoramento de fluidos que permite acompanhamento a distância e inibe riscos de vazamento no de fundição. Para o representante, participar da feira é a oportunidade de trazer tecnologia de ponta para o mercado brasileiro. “Sempre acreditei no potencial de uma feira técnica na cidade de Ipatinga. O Vale do Aço é um dos maiores polos industriais do nosso estado, e os profissionais das empresas aqui estabelecidas, são extremamente capacitados para absorverem novas tecnologias”, ressaltou. Além de inovação e tecnologia a

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Ecotec rendeu boas oportunidades de negócios a ifm. “Adquirimos bons contatos. Nosso intuito é, por meio do nosso produto, atender às demandas e trazer benefícios aos nossos clientes em potencial, através do aumento de projetos envolvendo nosso equipamento e consequentemente, vendas”, defendeu a coordenadora de marketing da empresa, Márcia Faleco. Mais informações sobre o funcionamento do monitor de fluxo mecatrônico pelo site www.ifm.com/br.

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Francisco Amerio, diretor da Usina de Ipatinga: “A Usiminas vai investir em eficiência e não em aumento de capacidade” Nilmar Lage/Cilindro Ocular

Plano de Otimização da Usiminas custará 3 bilhões Ao mesmo tempo em que anuncia investimentos em eficiência, siderúrgica busca aproximação com fornecedores locais do setor metalmecânico do Vale do Aço Depois de anunciar o cancelamento do projeto da Usina de Santana do Paraíso, em novembro passado, o presidente da Usiminas, Wilson Nélio Brumer tratou de antecipar um projeto de equilíbrio entre a produção e a laminação. “Em vez de fazer um novo projeto, vamos otimizar a planta de Ipatinga”, disse o executivo, em entrevista à Revista Negócios Industriais publicada em dezembro último. O projeto, na casa dos R$ 3 bilhões, já está saindo do papel. O plano de investimentos deverá ser concluído em 42 meses, após a aprovação do Conselho de Acionistas - prevista para o mês de agosto. O projeto da Usiminas inclui a construção do quarto alto-forno

(e desativação de dois mais antigos), um convertedor e uma máquina de lingotamento contínuo na Aciaria 2 e a escarfagem (processo de remoção de imperfeições na superfície do aço). De acordo com Francisco Amério, diretor da Usina de Ipatinga, o objetivo é equilibrar a capacidade de produção da usina com sua capacidade de laminação e enobrecer o mix de produção. “A Usiminas vai investir em eficiência e não em aumento de capacidade”, explicou o diretor da siderúrgica. Segundo ele, as siderúrgicas no mundo têm capacidade para produzir 1,9 bilhão de toneladas, mas o consumo é de 1,37 bilhão. Estimativas da empresa revelam que no pico da

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obra (23 meses) serão contratadas quase 9,5 mil pessoas, priorizando a mão-de-obra local. Somente em salários serão injetados R$ 345 milhões na economia regional durante as obras. Na fase de operação, 1.265 funcionários serão contratados. Os impactos no trânsito, nos serviços de transporte, meio ambiente, saúde, educação já foram levantados e as medidas estão sendo tomadas. FORNECEDORES O anúncio de investimentos vem no mesmo momento em que a side-

O projeto, na casa dos R$ 3 bilhões, já está saindo do papel. O plano de investimentos deverá ser concluído em 42 meses, após a aprovação do Conselho de Acionistas - prevista para o mês de agosto. O projeto da Usiminas inclui a construção do quarto alto-forno, um convertedor e uma máquina de lingotamento contínuo na Aciaria 2 e a escarfagem.

da Usiminas, Henrique Hélcio dos Santos, inovação é uma questão de sobrevivência. “Estamos convidando os fornecedores a repensar suas empresas, visto que o momento é estratégico para que eles se capacitem e ampliem sua atuação”, diz. O diretor industrial da Vam Service, Márcio Amado, acredita que essa seja uma excelente oportunidade para a região, pois vai estimular o desenvolvimento local. “Crescer é um sonho comum a todas as empresas e hoje foi possível vislumbrar um caminho para isso. Minhas expecta-

As oportunidades surgem. Sua empresa precisa estar preparada para aproveitá-las. rúrgica promove a integração com os fornecedores do setor metalmecânico do Vale do Aço. Em 2010, a Usiminas comprou cerca de R$400 milhões por meio de aproximadamente 350 empresas da região, que atuaram fornecendo materiais e serviços. No final de março, a siderúrgica apresentou a entidades e empresas o Projeto Garimpando Oportunidades, que visa a aproximar fornecedores e especialistas da Usiminas em busca de inovações que agreguem competitividade às empresas. Segundo a assessoria da Usimi-

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nas, no início o projeto será realizado nas áreas da Aciaria e Manutenção. “Para que as empresas possam conhecer e atuar a favor de suas necessidades e da siderúrgica, serão agendadas visitas por meio do Sindimiva. Especialistas da Usiminas também visitarão os fornecedores interessados”, explica a empresa em nota encaminhada à imprensa. As demandas lançadas pelo mercado trarão o desafio do desenvolvimento e exigirão soluções inovadoras que otimizem os processos produtivos. Para o gerente de Suprimentos

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tivas são as melhores”, comentou. Para o diretor da Faceme LTDA, Antônio José Moreira, que já fornece para a Usiminas há 32 anos, o projeto marca um novo momento desse relacionamento. “Essa é a oportunidade que sempre aguardamos. Será possível ampliar a visão e a atuação dos fornecedores, oferecendo produtos com uma base tecnológica que agregue valor à marca”, conta. Segundo o superintendente de Suprimentos da Usiminas, Roberto Piragibe, todas as ações desenvolvidas deverão estar pautadas sob as


panorama vertentes de sustentabilidade (aspectos econômico, ambiental, social, cultural). “Esperamos que os fornecedores atendam a esses critérios e que, a partir deles, possamos fortalecer nosso relacionamento”, comenta. “Estamos convidando os fornecedores a repensar suas empresas, visto que o momento é estratégico para que eles se capacitem e ampliem sua atuação” Henrique dos Santos, gerente de Suprimentos

425 milhões

de reais em salários pagos durante as obras

1265

novos empregos gerados na fase de operação

220,6 milhões de reais será o acréscimo da arrecadação em impostos federais, estaduais e municipais

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Estimativas da Usiminas, apresentadas em audiências públicas, projetam demanda de quase 10 mil trabalhadores. Veja as áreas mais requisitadas. civil e refratário Ajudante

1562

Pedreiro

209

Carpinteiro

371

Armador

209

Marteleteiro

39

Encarregado

108

Cortador

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Pedreiro Refratarista

766

Bombeiro Hidráulico

4

Pintor

23

Mestre

116

Montagem: elétrica e automação Ajudante

597

Eletricista

796

Mestre

78

Montagem: instrumentação Instrumentista

199

Encanador Tubista

311

Mestre

117

Montagem e Mecânica Ajudante

965

Mecânico

1034

Maçariqueiro

307

Montador

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Soldador

684

Caldeireiro

117

Encanador

493

Rigger

13

Mestre

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Administrador, especialista em Gestão e Marketing, Gestor Executivo da Rede de Negócios Metalmecânica e autor do Blog do Ronaldo/Negócios Já (www.blogdoronaldo.com.br)

Como vender um município? Não se observa, há bom tempo, a preocupação dos líderes políticos do Vale do Aço em atrair investimentos, uma vez que a riqueza generosa que a natureza disponibiliza em terras mineiras, por si só, atraía negócios de toda a sorte para cá. Com isso, mineradoras, siderúrgicas, indústrias de papel e celulose se implantaram incondicionalmente (sem receber benesses dos governos). Vinham para cá porque o mercado, matérias-primas e logística valiam a pena. Décadas e décadas ficamos atrás dos balcões somente esperando os investimentos e imediatamente gozando dos impostos por eles propiciados. A mesma sorte o Norte e Nordeste do Brasil não tinham: O mercado consumidor incipiente, a pobreza, a falta de infraestrutura, o baixo nível intelectual e a falta de estradas faziam investidores de toda ordem torcer o nariz e não se arriscar nas terras secas e áridas. Mas, o mundo mudou: globalizou! E as oportunidades de negócios tornaram atraentes para a implantação de indústrias (e outros negócios) para as regiões onde os governos respectivos ofereciam redução/renúncia de impostos, apoio locacional, capacitação de mão-de-obra e infraestrutura logística.

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POR RONALDO WANDERSON SOARES

Os estados e municípios nordestinos deram um salto de qualidade! Mostraram competência para montar uma estratégia de marketing que, entre as suas principais ações, estavam colocar agentes de negócios espalhados pelo Brasil e vários países para “vender” os estados, regiões e municípios. Foram hábeis e tiveram muita articulação política para levar, recentemente, investimentos de grande vulto (fábrica da Ford na Bahia, Estaleiro Atlântico Sul e fábrica da Fiat para Pernambuco, fábrica de beneficiamento do alumínio para o Maranhão, siderúrgica de aços laminados no Pará, mineradoras no Rio Grande do Norte, siderúrgica próxima ao porto no Ceará, entre outros. Estive pessoalmente nos estados de Sergipe, Pernambuco e Alagoas e pude verificar, “in loco”, como toda a articulação governamental concorre para o objetivo de atrair investimentos. É como se todo o município ou toda a máquina do estado parasse tudo para atender ao investidor que procura os órgãos de fomento, quando este vem atrás das oportunidades e dos pacotes de benefícios. Os benefícios vão de redução de impostos a cessão/venda subsidiada de terrenos, adequação de infraestrutura logística entre outros. Não se faz aqui uma discussão política ou ética da guer-

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ra fiscal, nem sua apologia, mas, fato é que, muito do desenvolvimento do nordeste somente foi possível graças ao conjunto de incentivos. Mas, e Ipatinga? Coronel Fabriciano? Timóteo? O que oferecem para atrair investimentos, sobretudo, os estruturadores (investimentos que atraem uma cadeia produtiva em seu entorno). Você se lembra da última indústria que fincou estacas em nossa região? Distritos industriais são anunciados anualmente pelas três cidades, mas nenhum sai do papel e as agências de desenvolvimento não desempenham o que se espera de um órgão de fomento. Quando vamos começar, de verdade, a vender melhor nossos municípios? Fixar nossa gente aqui e não perder tantos talentos para outras regiões? A falta de perspectiva leva muitos dos nossos jovens a buscar, cada vez mais, oportunidades no mercado de trabalho em lugares mais inóspitos do nosso país. A sugestão que fica é de começarmos a copiar as estratégias e as ações que nossos co-irmãos do norte/ nordeste já fazem há anos (e com êxito) para atrair projetos estruturadores e negócios vultosos e, assim, realmente vender nosso municípios.


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cultura

arte nas alturas Projetos de incentivo à cultura beneficiarão comunidades da área de atuação da Cenibra

Guto Muniz

C

omunidades onde a Cenibra atua receberão projetos apoiados pela empresa nos próximos meses. Dentre os trabalhos beneficiados neste ano está o Projeto Objeto de Voo, da Companhia Suspensa, de Belo Horizonte. Trata-se de uma ação educativa que propõe pensar o corpo e sua interrelação com os espaços a partir da Física, contribuindo para a interpretação do conteúdo absorvido na sala de aula e sua aplicação. O projeto está na primeira fase, com a definição de espaços e contatos com as prefeituras e secretarias municipais de educação para estruturar as oficinas e intervenções, que acontecerão ainda no mês de maio e também junho.

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cultura O projeto é uma ação educativa que tem o corpo como primordial, que propõe pensar junto, praticar e discutir o que poderia acontecer se o circo e a dança se juntassem à Física e fossem para dentro de uma escola, e o que aconteceria se a Física se juntasse à dança e ao circo e fosse para um palco. A ação visa o compartilhamento de um projeto artístico e educacional em um território onde coexistem o Corpo (dança-circo-movimento), a Física, o ensinar e o aprender, a Arte e a Escola. A experiência do trabalho inclui: a apresentação do vídeo-documentário (uma parte prática envolvendo os princípios dessa experiência) e a apresentação de uma “cena”, - desdobramento artístico deste projeto. As apresentações envolvem, entre outras coisas, bailarinos suspensos em algum espaço da cidade a ser escolhido - como árvores nas praças ou construções arquitetônicas. A proposta

consiste em, através de princípios desenvolvidos durante a oficina, dialogar com um espaço de relevância da cidade, a fim de sensibilizar o olhar para algo que sempre esteve lá. “Este projeto expressa a importância de se levar arte para comunidade e é voltado mais para os professores, visando ensinar a Física do dia a dia de uma forma mais lúdica. A expectativa é que assim que efetivado, o projeto dê bons resultados", comenta Márcia da Silva Rocha, Relações Públicas da Cenibra. Suspensa O trabalho da Cia. Suspensa teve início em 1999, com um grupo de pesquisa que buscava explorar possibilidades de movimentação aérea. Desde então desenvolve projetos que incluem diálogos com outros artistas, cursos e oficinas direcionados a estudantes, artistas e interessados em práticas corporais, percepção do espaço

físico e criação; além do trabalho de construção de intervenções, performances e espetáculos. Arte e Educação Em 2011, com o apoio do Instituto Cenibra, será realizado também o trabalho do Grupo Real Fantasia, que a partir de oficinas de teatro nos municípios de atuação da Empresa, proporcionará aos jovens a formação de uma consciência crítica, trabalho em equipe e a capacidade de expressar sua percepção de mundo no cotidiano da educação infanto-juvenil. O Grupo Real Fantasia tem como meta a valorização do teatro feito para crianças como forma de arte. Há 25 anos trabalhando para este público, o Grupo tem em seu currículo diversas produções e prêmios. A constante pesquisa de linguagens é enriquecida pela multiplicidade de vocações individuais, complementando e amadurecendo o trabalho do Grupo.

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HAPPY HOUR a vida não é só trabalho

Fotos Sérgio Roberto/Agência Cobertura

XTerra Vale do Aço Cerca de 9 mil pessoas participaram do maior festival de esportes outdoor do planeta. Pela primeira vez evento é realizado em região industrial

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A vida não é só trabalho: o prefeito de Ipatinga, Robson Gomes, participou da Night Run (foto acima à direita); os empresários do setor industrial também: Flaviano Gaggiato, Gláucio Campelo, Anísio Tavares Filho, Patrícia Barbosa, Alexandre Torquetti Jr, Luciano Araújo e Rozani Azevedo

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Fotos Sérgio Roberto/Agência Cobertura

Quinze mil copos d’água, quatro mil garrafas de isotônicos, três mil maçãs e 3.500 pacotes de biscoitos distribuídos aos participantes do XTerra Vale do Aço, maior festival de esportes outdoor do planeta, realizado pela primeira vez em Ipatinga a partir da iniciativa da Federação das Indústrias e do Sesi. Responsável por reunir em três dias cerca de 9 mil pessoas entre elas atletas profissionais, amadores e crianças, e distribuir mais de 20 mil reais em prêmios, o XTerra mais que incentivar a prática esportiva é uma oportunidade de fomento do turismo local. Para o secretário de Desenvolvimento Econômico de Ipatinga, Marco Aurélio Sena, a maratona internacional permitiu que pessoas de todo o mundo conhecessem a região, estimulando o desenvolvimento dos setores hoteleiro, de alimentação, comércio e lazer, gerando emprego e renda à região. “O Vale do Aço é um polo de oportunidades em termos de turismo e desenvolvimento e o XTerra nos proletradeforma.com

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porcionou essa visibilidade em nível internacional”. De acordo com Bernardo Fonseca, diretor comercial da X3M Sports Business e responsável pelo circuito nacional XTerra, cada atleta traz, em média, dois acompanhantes que automaticamente contribuem com o desenvolvimento da economia. “Fazemos um desconto, entendendo que 50% dos participantes são moradores da cidade e 50% vêm de fora. Recebemos participantes de diversas partes do Brasil e do mundo, que com seus acompanhantes, colaboraram para o aumento da demanda nos restaurantes e hotéis da cidade, gerando um movimento de cerca de R$ 3,5 milhões”, referindo ao retorno direto, indireto e de mídia. Satisfeito com o sucesso do evento, Luciano Araújo, presidente da Fiemg Regional Vale do Aço, destacou que não é só do aço, minério e celulose que vive o Vale do Aço. “Temos nossa economia baseada na atividade industrial, mas nossa região possui o Parque Estadual do Rio Doce, a maior reserva da mata atlântica do Estado e dezenas de lagoas, além de uma acolhedora zona rural. O XTerra é a comprovação de que o desenvolvimento da nossa economia, aliado à prática de hábitos saudáveis de vida dá certo”, ressaltou. “Tanto o Parque Ipanema quanto a Lagoa Silvana foram muito elogiados pelos atletas e participantes que aprovaram a estrutura que o Vale do Aço ofereceu. A Lagoa Silvana, por exemplo, foi considerada lugar ideal para a prática do Triathlon”, lembrou. De acordo com o prefeito de Ipatinga, Robson Gomes, a cidade é privilegiada por ter sediado um evento desse porte e no que depender da administração municipal o XTerra entrará para o calendário da cidade. “Temos trabalhado pelo incentivo e popularização do esporte que tem o poder de aproximar as pessoas em todos os segmentos, indústria, comércio e poder público”, declarou.

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Anfitriões: Baques Sanna, diretor-geral do Instituto Estrada Real, e Luciano Araújo, presidente da Fiemg Regional Vale do Aço

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Construir parcerias, olhar para o futuro e enxergar novas oportunidades. A história da Usiminas está ligada diretamente à história de Ipatinga. Aqui a empresa nasceu e foi a partir daqui que ela cresceu e expandiu sua atuação pelo Brasil. Hoje, a Usiminas tem 35 mil empregados em oito Estados brasileiros. Nessa trajetória, a Usiminas viu Ipatinga crescer e se tornar um dos municípios com um dos melhores Índices de Desenvolvimento Humano do País. Foram inúmeras as iniciativas que geraram emprego e renda para a região, oportunidades na cultura, na educação, na saúde e no meio ambiente. É assim, trabalhando cada vez melhor, que a Usiminas presta a sua homenagem aos 47 anos de Ipatinga.

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