letraset
Revista digital do curso de Design Gráfico da Faculdade Satc - número 3 - nov/2014
Games Online ganham cada dia mais força página 8
Uma visão da educação do Design em Santa Catarina página 12
O Design Catarina na expansão da área no estado página 22
Santa Catarina no centro de Design Nacional página 24
EXPEDIENTE
Diretor Faculdade Carlos Antônio Ferreira
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Coordenação de Ensino Jovani Castelan Coordenação do curso de Design Gráfico Diego Piovesan Medeiros Editores Aline Medeiros Rodrigues Davi Frederico do Amaral Denardi Diego Piovesan Medeiros Jan Raphael Reuter Braun Mariane Machado Soares Mariéli Salvador de Souza Rafael Hoffmann Maurilio Agradecimento Laboratório de Orientação em Design Núcleo Multimídia Reportagem Aline Medeiros Rodrigues Mariéli Salvador de Souza
Colaboradores Bianka Capucci Frosoni Daniel Fritzen Elton Luiz Gonçalves George Varela Jan Raphael Reuter Braun Joelson Bugila Julian Clezar Leonardo Minozzo Lucileine Rossa Luiz Fernando M. Mazzuco Luiz Salomão Ribas Gomes Larissa Colombo Mary Meürer Monique Medeiros Myalin Steiner Patrícia Medeiros Paz Paulo Roberto Gava Niehues Rafael Hoffmann Maurílio Roberto Panarotto Rodrigo Casteller Rodrigo M. Mazzuco Walter Stodieck ISSN 2357-769X Revista Letraset - Número 3
Realização:
Novembro de 2014
EDITORIAL Ano que vem o estado de Santa Catarina recebe a 5ª Bienal Brasileira de Design, e o estado passa a ser o centro do Design nacional. Por isso, nessa edição a Letraset traz uma visão geral do Design Catarinense. Um dos pilares do desenvolvimento do Design é a educação, por isso convidamos o Professor Dr. Salomão Ribas Gomez, da Universidade Federal de Santa Catarina para fazer um raio-x da educação do Design no estado. Também apresentamos o design dentro da academia a partir de um projeto de uso da prototipagem rápida, desenvolvido no laboratório Pronto 3D de Criciúma, e um case de projeto gráfico editorial direcionado ao ensino à distância. Tentamos fazer uma visão geral do mercado do Design no estado, por isso convidamos estúdios dos quatro cantos de Santa Catarina para discutir o mercado nas regiões norte, sul, oeste e na capital, Florianópolis. Fazendo um aquecimento para a 5ª Bienal Brasileira de Design entrevistamos
a designer Bianka Capucci Frisoni, que faz parte da comissão organizadora do projeto Design Catarina e faz parte da Associação Catarinense de Design (SCDesign), uma das instituições mais atuantes do estado. Para discutir a prática do Design conversamos com o designer e artista Joelson Bugila e também discutimos o projeto Artesana, que demonstra uma forma de contribuição do Design Gráfico ao artesanato local. Buscamos ainda três cases de inovação no estado com a empresa Brotherwood, que produz óculos de madeira de alto valor agregado, a proposta de games online desenvolvidos pela Canfundó Estúdio Criativo e uma contribuição do Gerente de Desenvolvimento de Produto da Cerâmica Portinari, Paulo Roberto Gava Niehues, a respeito da inovação no setor cerâmico, um dos mais competitivos do estado. Obviamente essas matérias não esgotam a variedade do Design em Santa Catarina, mas podem ser um bom ponto de partida. Boa leitura!
DANISH BRICKS A partir de agora a revista Letraset vai estudar e explorar em seu projeto gráfico famílias tipográficas desenvolvidas por designers brasileiros e latino americanos. Nessa edição utilizamos a Danish Bricks, do designer Rafael Hoffmann Maurilio. A Danish Bricks é uma fonte decorativa inspirada nos famosos e coloridos “tijolos de montar dinamarqueses” e surgiu como forma de experimentação e exercício em tipografia. O conceito nasceu de ilustrações do Rahma Projekt que tinham a necessidade de uma tipografia que seguisse essa linha. A partir de vetores já desenhados para as ilustrações foram desenvolvidos os caracteres que faltavam e a fonte nasceu. Todos os caracteres são inspirados em formas que realmente possam ser montadas com as peças e manterem-se montadas sem auxílio. Por ser uma primeira versão, a fonte tem apenas letras em caixa alta e numerais, sem caracteres especiais. Novembro de 2014
sumário 6
Games Online
Uma visão da Educação do Design em Santa Catarina
Design Instrucional alia prática e conhecimento no curso de Design Gráfico
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Na
34 Perfil: Inspirações movem vida de designer Catarinense
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Sobre Cleber Teixeira e o encontro da Tipografia com a Poesia em Santa Catarina
42 Artesana: o Design Social no artesanato Catarinense Revista Letraset - Número 3
O Design Catarina na expansão da área no estado
Santa Catarina no centro do Design Nacional
O Design nos quatro cantos do estado
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t você encontra... 48
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Design para encher os olhos
Inovação no setor cerâmico
Impressão 3D no Design de Joias
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design digital
GAMES ONLINE
A opção que conquista pessoas em todo mundo está se firmando no país.
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eja como marketing, entretenimento, educação ou comunicação, os games online vêm conquistando espaço no mundo virtual. Segundo o Instituto de Pesquisa em Marketing de Games, Newzoo, em dezembro de 2013, cerca de 48.8 milhões de brasileiros eram jogadores e destes, 36% jogam ao menos uma vez na semana pela internet. Um dos estúdios de design que tem se destacado no desenvolvimento de games online é o Cafundó Estúdio, de Florianópolis. No local, os projetos criados até pouco tempo atrás davam maior enfoque às mídias tradicionais, como TV e Web, mas a popularidade fez com que os games online passassem a ter preferência. Segundo o diretor comercial, Leonardo Minozzo, apesar de existirem projetos próprios da empresa, a maioria é feita para um cliente especifico, que busca passar valores sociais e assuntos complexos para o público. “O processo para que o game crie forma varia de cada caso.
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Basicamente envolve a parte de definição de escopo, objetivo que é passado para um game, design leve, todas as etapas de prêmios, recompensas mecânicas de funcionamento, arte implementação e criação”, declarou o diretor. A criação pode levar de um até 20 meses para finalização. O processo de desenvolvimento é interdisciplinar e envolve uma gama de profissionais como designers, roteiristas, animadores, ilustradores, programadores, desenvolvedores, testers (QA - Quality Assurance) e coordenação de projeto, que propõem a criação das mais diversas experiências interativas. Para Minozzo, a área dos games tem a crescer muito e todos os dias a popularização é mais visível neste meio do formato de produção e execução, o que gera benefícios e facilidade para desenvolver jogos. “É um trabalho intelectual extremamente instigante e recompensador, as pessoas precisam saber disso”.
Revista Letraset - Número 3
design digital
O que é gameficar? Como explica Minozzo, a palavra significa usar o contexto dos games para algo que não é diretamente desta área. “Por exemplo, ensinar a dirigir através de gameficação não é necessariamente criar um jogo de carros, mas sim, ter uma didática específica que ensine, cobre resultados e gere um feedback para os usuários”, frisou o diretor. O termo está sendo adaptado as empresas a partir da visão que a didática convencional está falhando. Com games se torna mais fácil a captação da essência de conteúdo e visão de uma possibilidade de tornar um conhecimento praticável e interessante aos colaboradores.
Imagens Retiradas dos site da Cafundó Novembro de 2014
design digital
JOGO: Mistério dos Sonhos O conceito desse jogo, é fazer um mundo melhor, incentivando as crianças a aprenderem mais, instigando sua imaginação, se divertindo enquanto aprendem,
Mundo das coisas perdidas
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Mundo das sombras sussurrantes
Mundo das nuvens guerreiras
Revista Letraset - Número 3
design digital
JOGO: Desafio Virtual Este jogo foi criado para o Colégio Catarinense, com o intuito de ensinar os alunos a descobrirem valores e atitudes para melhorar o mundo.
JOGO: Bem Estar Em parceria com o SESI e a Fundação Certi, este jogo vem com a proposta de incentivar as pessoas a ter um estilo de vida mais saudável, tornando a aprendizagem mais divertida e desafiadora. Novembro de 2014
Imagens Retiradas dos site da Cafundó
educação
Uma visão da educação do Design em Santa Catarina Pesquisador da UFSC conta sobre o que o designer precisa para entrar no mercado de trabalho
Luiz Salomão Ribas Gomes Professor adjunto da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde faz a coordenação do Laboratório de Orientação da Gênese Organizacional (LOGO). Possui experiência na área de Design, principalmente em design gráfico, metodologias, branding, design industrial e de moda. E é por isso, que a seguir eles responde todas as perguntas sobre o Design em Santa Catarina.
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1 - Como você vê o ensino/educação do Design em Santa Catarina? A história do ensino/educação em design é bem antiga fora da Universidade (desde década de 1980 com o Laboratório Brasileiro de Desenho Industrial - LBDI) e muito recente (18 anos) na Universidade. Ela é jovem com 18 anos que está ainda indecisa sobre o seu futuro. Não sabe se faz vestibular e vira pesquisador ou se entra de cabeça no mercado de trabalho. O ensino/educação de Design em Santa Catarina ainda não construiu totalmente sua história e isso vai acontecer quando a maioria dos dirigentes e professores do ensino técnico e superior do estado forem aqui formados e construírem uma forma diferenciada de ensinar design. As escolas continuam correndo contra a maré internacional do ensino seja ele de Design ou de outras áreas, onde a formação básica e Revista Letraset - Número 3
educação a construção exclusiva de currículo definido pelas habilidades e competências do estudante não são levadas a sério. As escolas precisa ser um mix de generalistas e especialistas, não dá mais para termo design gráfico, design de produto, design de moda, design de sobrancelhas etc. Precisamos formar profissionais nexialistas, onde conhecem de especificidades, mas não podem estar longe do geral, que sabem interagir e conseguem formar equipes, não dá mais para fomentar a concorrência e sim a colaboração. Infelizmente ainda não estamos nesse caminho. 2 - Quais conhecimentos e/ou habilidades são indispensáveis ao designer? Metodologia, Desenho, Espírito de Equipe, Dedicação e Criatividade (coloco a criatividade por último, pois ela é inerente a todos só precisa de prática). Novembro de 2014
3 - Como você vê a relação entre o mercado e a academia no ensino do Design? Qual a configuração ideal e qual a situação atual no estado? Sou um profissional de mercado que se deslocou para academia. Sou um Designer por formação e um professor por opção. Por isso não acredito em academia sem aproximação com o mercado e muito menos mercado sem aproximação com uma academia séria e não prepotente. Precisamos de pesquisa aplicada nas Universidades, pesquisas que virem projetos de apoio às empresas e a comunidade e de retorno econômico e financeiro para Universidades, Empresas e Acadêmicos. Em Santa Catarina já existem muitas atividades de integração entre escolas e empresas no âmbito do Design, muitas empresas juniores, muitos escritórios modelos e atualmente o SEBRAE tem sido um gran
educação
de incentivador das empresas procurarem esses centros de apoio ao design e realizarem trabalhos sérios dentro do time acadêmico. 4 - Quais são os principais centros de pesquisa em Design no estado? Existe uma especialização em cada um deles? Muitas Universidades vêm se destacando como centros de Pesquisa. UFSC, UDESC e UNIVILLE estão um pouco a frente, mas novas escolas, assim como a SATC e sua iniciativa do LOD (Laboratório de Orientação de Design), têm demonstrado vontade em se tornar referência em áreas específicas do design. Ações com a da criação da REDE PRONTO 3D (UFSC, SATC, UNIPLAC, UNOCHAPECÓ) focada em Fabricação Digital e Design podem movimentar muito a pesquisa em Design no estado. Não posso deixar de falar do 14
laboratório que eu coordeno o LOGO (Laboratório de Orientação da Gênese Organizacional) que tem feito pesquisa muito séria de resultados comprovados em integração do Design à gestão das marcas das empresas (Branding), onde nos últimos cinco anos, já publicou mais de 120 artigos e realizou mais de 30 consultorias a empresas desde a construção do DNA empresarial até o desenvolvimento de produtos a partir desse DNA. 5 - Como você vê o Design nos próximos anos? Santa Catarina pode se destacar no segmento nos próximos anos? Santa Catarina já faz muito (temos o segundo maior número de escolas, um grupo muito grande de pesquisadores e empresas que investem no Design), o problema é o ditado da galinha e da pata. Em Santa Catarina, talvez pela colonização, Revista Letraset - Número 3
educação somos muito mais patas que galinhas: botamos ovos maiores e mais nutritivos, porém não contamos pra ninguém, não cacarejamos a cada ovo botado e isso nos deixa a alguns passos atrás de outros estados que se vendem melhor como produtores de design. Porém, isso tá mudando, a Bienal Brasileira de Design acontecendo aqui, novos centros de pesquisa e a melhor divulgação de nossos resultados vai, com certeza absoluta, nos tornar o estado brasileiro do DESIGN.
Laboratório de Orientação em Design - LOD É uma das referências em pesquisa no Design
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educação
Design Instrucional alia prática e conhecimento no curso de Design Gráfico
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proposta de fazer um projeto gráfico editorial dos livros para o Ensino à distância da Satc (EaD) surgiu da necessidade de melhorar a experiência dos leitores com o material didático e aplicar a identidade visual da instituição para as apostilas. De acordo com a responsável pela produção de materiais do EaD, Patrícia Medeiros Paz, o material desenvolvido para o ensino a distância precisava ser aprimorado. “Os livros que são distribuidos para os alunos atualmente são produzidos em um formato mais próximo ao de um processador de texto simples. Ele também é impresso na própria instituição, o que compromete até certo ponto a qualidade de impressão. A ideia de propor um projeto gráfico adequado ao EaD surgiu junto ao professor Elton Gonçalves também a fim de proporcionar uma experiência prática aos acadêmicos de Design Gráfico”, conta.
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A proposta foi apresentada pelo professor Elton Gonçalves para a disciplina Editoração Eletrônica da quarta fase do Curso de Design da Faculdade Satc. “A proposta não estava inicialmente no plano de ensino, mas quando propusemos os alunos aceitaram na hora, por que é um proposta interessante para o portfólio e uma experiência diferente para eles”, explica Gonçalves. Nove equipes propuseram projetos gráficos. “Os professores trouxeram o conteúdo e orientaram o processo de desenvolvimento, e os acadêmicos criaram o projeto gráfico. Eles pesquisaram o posicionamento estratégico do EAD, planejaram a organização da informação, além de definir os principais elementos de projeto, como tamanho do papel, as grades, a paleta tipográfica, o ritmo editorial e a paleta cromática do impresso. A equipe do EaD disponibilizou o conteúdo, os Revista Letraset - Número 3
educação principais elementos editoriais e explicou a dinâmica do setor na Satc”, comenta Patrícia. Segundo Patrícia, é importante esclarecer as estratégias e táticas do Ensino à Distância, além de discutir e criar interesse dos acadêmicos na área do Design Instrucional. De acordo com Gonçalves, as práticas editoriais são importantes elementos do Design Instrucional, e podem ser aplicadas para ensino à distância. Ainda segundo o professor, o projeto foi desenvolvido em torno de seis a sete semanas e teve a parceria da disciplina de Projeto Gráfico Editorial. O trabalho foi desenvolvido seguindo a metodologia de projeto proposta por Fatima Ali e contempla cinco etapas: público-alvo, conceito editorial, projeto gráfico, edição e finalização. Confira no infográfico o processo as principais ferramentas e conceitos utilizadas no projeto gráfico. Novembro de 2014
Segundo Gonçalves, as equipes tiveram liberdade para escolher a forma como seria o projeto. “Eles fizeram pesquisa do público-alvo, eles fizeram um briefing com a Patrícia. Ela esteve na sala explicando tudo que ela desejava, e o que ela queria, qual era a dificuldade dos alunos do EaD”, lembra De acordo com Gonçalves, o trabalho foi realizado no segundo semestre de 2013, pela quarta fase de Design Gráfico na disciplina de Editoração Eletrônica. Quando foi lançada a ideia do Design Instrucional, os acadêmicos buscaram apreender sobre o tema. “Foi feito uma aula sobre a exposição do tema, o que era o Design Instrucional. Pedi que fizessem uma pesquisa sobre ideias e sobre a metodologia, e a partir disso as equipes desenvolveram os trabalhos”, ressalta o professor. Cada equipe propôs um projeto gráfico. “Depois das aulas, do briefing, cada
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equipe fez uma simulação da apostila. Eles pegaram uma apostila de eletrônica que era padrão do EaD, e aplicaram no primeiro capítulo”, explica. Ainda de acordo com Gonçalves, foi feita uma apresentação do projeto em aula. “A Patrícia recolheu os protótipos físicos e depois deu um feedback para os alunos. E qual o trabalho que atendeu as necessidades dela”, lembra. O livro será implantado a partir de 2015. Para Gonçalves, a ideia é poder criar outros projetos do mesmo modo para outros cursos da Satc. “A ideia é que o curso desenvolva novos projetos a ser implantado dentro da Satc. Onde o Design Gráfico pode estar atuando, na parte de comunicação visual da instituição”, afirma.
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educação Novembro de 2014
educação Imagens Diagramação do projeto escolhido. Desenvolvido pelas acadêmicas Larissa Colombo, Mialyn Steiner e Monique Medeiros. 20
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educação Novembro de 2014
matéria de capa
O Design Catarina na expansão da área no estado Por meio do projeto, o profissional é reconhecido e a inovação é levada para o mercado de trabalho.
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ara conscientizar as micro e pequenas empresas da utilidade do profissional do design, foi criado o programa Via Design do SEBRAE\NA. A parceria gerou a oportunidade de criação de Redes de Design por todos os estados, até que em 2005, foi fundada a Rede Catarinense de Design, hoje chamada de Design Catarina. A rede criada pelo Sebrae\SC e pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), contou com parcerias de ensino renomeadas nacionalmente e internacionalmente, como Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Posteriormente foi integrado também pela Associação Catarinense de Tecnologia e o Instituto Gene de Blumenau (ACATE).
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A partir do projeto foram criados para prestar serviços as micro e pequenas empresas os núcleos de inovação de Design (NIDs), vinculados aos cursos da área. Os NID’s são: de artesanato, vinculado ao curso de Design da Udesc; Cerâmico, vinculado da Engenharia de Materiais da Ufsc, Modas, do curso de Design na Univali, Mobiliário, pertencente ao tecnólogo de Design do Senai, Embalagens, pelo design da Unoesc e Metal Mecânico, que faz parte do tecnólogo em Design da Unoesc. Em seguida, estes núcleos foram se perdendo e o único que permaneceu foi o de Cadeia Têxtil da Univali, que absorve o Centro da Associação e a presidência. “Em paralelo a isso, enquanto os núcleos estavam ativos, organizou-se uma reunião entre todos os NID’s e outros profissionais do estado, foi criada a Associação Catarinense de Design (SC Design), que visa para dar suporte aos profissionais de Revista Letraset - Número 3
matéria de capa Design”, declarou a coordenadora adjunta da SC Design, Bianka Capucci Frisoni.
Saiba mais sobre a SC Design Associação Catarinense de Design atua em todos os segmentos do Design e faz parte do Centro Design Catarina, cujo objetivo principal é fomentar o área no estado, valorizando a criação e propondo novas soluções que estimulem a competitividade para o seu desenvolvimento sustentável. O trabalho da associação é realizado com cursos, palestras e workshops. Atualmente SC Design tem como Diretor Presidente Adriano Wagner dos Santos.
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matéria de capa
Santa Catarina no centro do Design Nacional Bienal 2015 será realizada no estado e receberá envolvidos na área de todos os lados do país.
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om o intuito de mostrar o melhor da produção de Design nacional, aguçar a percepção do público sobre a presença da área no dia a dia e promover a atividade como fator decisivo de competitividade para produtos e serviços no país, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e o Movimento Brasil Competitivo (MBC), organizam a Bienal Brasileira de Design 2015. O evento realizado entre 15 de maio a 12 de julho do próximo ano conta com o ponto principal em Florianópolis. Para realização os organizadores contam com o apoio da Apex-Brasil e Governo de Santa Catarina, Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e também Associação Catarinense de Design (SC Design). Será um espetáculo de exposições, seminários, ações educativas, interativas e um circuito de ações paralelas ao longo de
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dois meses, que visam promover ao longo da Bienal o reconhecimento do importante papel que o Design representa para o desenvolvimento econômico e sustentável do estado e do país. Tendo em vista que Santa Catarina é o quarto estado mais industrializado do Brasil, com produção rica e diversificada e com alto índice de desenvolvimento humano no país, a escolha da cidade foi acertada. A Bienal irá se expandir por Florianópolis, com mostras em locais como o Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) e o Museu da Imagem e do Som (Mis), ambos no Centro Integrado de Cultura (CIC). Também haverá atividades no Museu Cruz e Souza, na Fundação Cultural BADESC e em espaços abertos da cidade. De acordo com a coordenadora adjunta da SC Design, Bianka Capucci, a agenda oficial do evento ainda não está fechaRevista Letraset - Número 3
matéria de capa da. “Estamos desenvolvendo um guia que dirá quais eventos estão chancelados pela Bienal, bem como data e hora que estarão acontecendo”, declarou. As atividades acontecerão através de iniciativas independentes de empresas e instituições. Estas ações precisam apresentar um local para acontecer e demonstrar que tem condição financeira para ser realizada por conta própria ou através de parceiros. “Por enquanto estamos recebendo propostas, ainda não temos fechado quais cidades exatamente irão receber os eventos. Acredito que teremos ações em cidades como Criciúma, Florianópolis, Blumenau e Jaraguá”, frisou Bianka.
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Como Santa Catarina foi escolhida? “A Proposta foi levada para Brasília através da SC Design em parceria da Federação Indústrias Estado de Santa Catarina (Fiesc), Governo do Estado, da Prefeitura, da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC), principais Universidades do Estado e parceiros. A apresentação chamou atenção do júri pela potência industrial que temos no estado bem como a pluralidade de segmentos diferentes na área de Design e a proposta diferenciada de atividades. A edição subsequente já tem local eleito: ocorrerá em Recife, em 2017, e estará a cargo do Centro Pernambucano de Design, estado que competiu contra a gente na candidatura para 2015”. Bianka Capucci.
matéria de capa Bienal Brasileira de Design Será um espetáculo de exposições, seminários e ações educativas
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matéria de capa Imagens Divulgação Novembro de 2014
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Ilustração Rafael Hoffmann 28
Revista Letraset - Número 3
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O Design nos quatros cantos do estado Especialistas contam como é atuar na área em cada região de Santa Catarina.
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Em 2015 o estado de Santa Catarina receberá a 5ª Bienal Brasileira de Design, e por isso será o centro das atenções da comunidade de Design do Brasil. Tentamos trazer as percepções do mercado de Design Gráfico nas quatro principais macrorregiões do estado. Na região norte conversamos com o diretor do estúdio GGE Design, um dos escritórios de Design Gráfico mais atuantes da região. No sul entrevistamos o estúdio Iocus, uma empresa jovem e em franca expansão, que está conseguindo aproveitar com qualidade as oportunidades de um mercado ainda pouco explorado. O estúdio Alice, conhecido nacionalmente no segmento do Design Gráfico, discutiu o mercado da metade oeste do estado. Finalmente, o leste geográfico é representado pelo 42 Brand Studio, que atua no mercado altamente competitivo da capital do estado.
matéria de capa
Região
NORTE
George Varela É Diretor na empresa GGE Design em Balneário Camboriú
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1 - O Design Gráfico já é reconhecido como tal? Ou ainda é confundido com Publicidade? R: O reconhecimento do Design como atividade de comunicação evoluiu, mas ainda sofre confusão com a Publicidade e não será resolvido a curto prazo. A necessidade do mercado, desconhecimento por parte das empresas contratantes e objetivo de agências, birôs e freelancers em gerar receita faz com que haja uma sobreposição de competências. Por vezes o designer ainda é subjugado no mercado, mas por outro lado, há uma valorização da atividade quando os profissionais se aperfeiçoam nas estratégias e necessidades do mundo corporativo atual e usam o conhecimento do Design associado ao Marketing.
empresas, o que as tornam mais acessíveis aos designers. É comum podermos atuar diretamente com os decisores dessas empresas e as possibilidades de negócios se tornam mais específicas e democráticas.
3 - Quais as desvantagens de atuar com design na sua região? R: Como desvantagens, posso considerar o pouco profissionalismo e baixos honorários causados pela prostituição do mercado. Há também falta de profissionais preparados, especialistas. Geralmente, as empresas de Design acabam dependendo de seus sócios fundadores para abrirem novos mercados ou áreas de atuações específicas. O fato de concorrer com agências que cobram fee enquanto nossas propostas são por job ou por projeto, cria uma competição desleal e 2 - Quais as vantagens de atuar com De- força o mercado regional a praticar baixos sign na sua região? salários. R: Como vantagem de atuar no segmento de Design na região de Balneário Camboriú está a quantidade de pequenas e médias Revista Letraset - Número 3
matéria de capa
Região
LESTE 1 - O Design Gráfico já é reconhecido como tal? Ou ainda é confundido com Publicidade? R: Hoje ainda existe confusão a respeito do Design e da Publicidade, visto que apesar de serem áreas distintas, deveriam trabalhar em conjunto e não como concorrentes. Apesar de ainda acontecer esse tipo de confusão, acredito que a proporção já diminuiu bastante do que há cerca de 10 anos atrás. 2 - Quais as vantagens de atuar com Design na sua região? R: Em Florianópolis o Design tem se destacado como um polo tecnológico e de inovação. Muitas empresas estão surgindo e percebendo a necessidade de um bom De-
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sign, como fator de diferenciação entre seus concorrentes. 3 - Quais as desvantagens de atuar com Design na sua região? R: O Design ainda é visto como uma “ferramenta” que qualquer um pode usar, então encontra-se muita oferta de profissionais que acreditam que por saberem usar um software de edição de imagem podem oferecer o mesmo serviço que nós designers. As pequenas empresas acabam optando muitas vezes pelo trabalho de não formados devido ao fator custo, e acabam percebendo o erro cometido tempos depois quando não conseguem se destacar no mercado.
Walter Stodieck É Diretor Executivo na empresa 42 Brand Studio em Florianópolis
matéria de capa
Região
OESTE
Roberto Panarotto É Sócio na empresa Estúdio Alice em Chapecó
1 – O Design Gráfico já é reconhecido como tal? Ou ainda é confundido com publicidade? R: No Design Gráfico e na publicidade, por serem áreas próximas, essa confusão continua acontecendo. O próprio meio profissional de atuação eventualmente confunde as duas especialidades. Os clientes então, tem uma maior dificuldade de entender o que é o Design Gráfico e pra que serve e como funciona. 2 – Quais as vantagens de atuar com o Design na região? R: A maior vantagem é poder proporcionar resultados gráficos de maneira mais eficiente e séria, para os clientes/empresas em nível regional é um dos principais pontos positivos da área.
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3 – Quais as desvantagens de atuar com o design na região? R: A desvantagem está na falta de valorização que o profissional de Design Gráfico tem. Todos se julgam no direito de achar que entendem mais do que o profissional que estudou/estuda e tem o expertise e o know-how para proporcionar sempre o melhor. Também tem o aspecto financeiro que muitas vezes acaba em consequência dessa falta de percepção, não sendo valorizado.
Revista Letraset - Número 3
matéria de capa
Região
SUL 1 – O Design Gráfico já é reconhecido como tal? Ou ainda é confundido com publicidade? R: O Design Gráfico (mais especificamente o design promocional) se mistura e se assemelha com a Publicidade. Nesse contexto, os publicitários acreditam que o profissional designer é apenas o executor do produto ou manipulador de softwares para desenvolvimento das peças. Assim, o reconhecimento do Design Gráfico como tal, é um exercício que pratico todos os dias com os meus clientes, ensino eles a importância da profissão e o que vou fazer para propor uma solução. Tanto treino que deixei de ser apenas designer gráfico de formação, mas também atuo como consultor e estrategista de marcas, operando branding nos meus serviços.
mercado, pois é uma área ainda muito a ser explorada. Desta forma, o design gráfico tem a chance de desenvolver peças e estratégias que tem que ser planejados e apresentados para o público como algo diferente.
3 - Quais as desvantagens de atuar com design na sua região? R: As desvantagens existentes são várias: a questão cultural do que significa design, o que ele faz e o que ele entrega, as pessoas não conhecem; a banalização do nome é outro problema, os que se dizem entendidos misturam com profissional de publicidade, marketing ou levam para áreas não existente como design de sobrancelha (esteticista), design de unha (manicure). Com essa falta de reconhecimento ou mistura com outras áreas, a precificação dos pro2 - Quais as vantagens de atuar com De- dutos e serviços oferecidos estão prostituídos, abaixo do valor do custo de um projesign na sua região? R: A vantagem mais nítida no cenário da to ou pessoas oferecendo serviço longe de região é a oportunidade e a demanda do ser Design. Novembro de 2014
Julian Clezar É Sócio-Fundador na empresa Iocus Estúdio em Sombrio
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Perfil: Inspirações movem vida de designer catarinense Designer conta sobre as motivações para o dia a dia tanto no design quanto a arte.
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Joelson Bugila Artista Plástico e Designer de Produto na empresa Imaginarium em Florianópolis
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atural de Criciúma, o designer Joelson Bugila começou a carreira na SATC. “Estudei Design na Escola Técnica SATC e logo iniciei o curso de Artes Visuais na Unesc, lá em 2004. Abandonei a universidade em 2006, pois fui me aventurar como mediador na 6ª Bienal Internacional de Arte do Mercosul em Porto Alegre”, lembra. Segundo Bugila, fascinado por grandes cidades, ficou em Porto Alegre por quase cinco anos. “Neste tempo tive a oportunidade em trabalhar com pessoas extremamente competentes em um escritório de design chamado Bendito Design, além de expor em alguns lugares bacanas”, conta. Ele ainda ressalta que nesse período teve alguns trabalhos neste escritório, onde se destacam campanhas de PDV para Reebok, Grendene, Azaléia, Ipanema, embalagens para o grupo Vonpar/Coca Cola e redesenho de logos para a marca Renner. Revista Letraset - Número 3
inspiração Atualmente, Bugila atua como designer de produto na empresa Imaginarium, localizada em Florianópolis. “Este ano acabei me formando em Marketing pela Uniasselvi, com a proposta de tentar inserir um pensamento mais administrativo na carreira, para 2015 tentar o mestrado na área de Arte Contemporânea, onde seria a oportunidade de investir a minha pesquisa em arte”, comenta. O interesse pela arte não influencia nos trabalhos do designer. “Sempre dividi meu tempo entre o design e a arte. Fora do horário comercial e nos finais de semana estou de alguma forma trabalhando”, afirma. Umas das inspirações de Bugila para o dia a dia como designer, foi retirada de uma palestra de Charles Watson . “Ele comentava que “o chapéu é o atelier do artista/ designer, nunca deve sair da cabeça, nem mesmo quando tomamos banho”. Acho que isso não é uma regra, mas quando as Novembro de 2014
duas coisas caminham juntas acredito que isso se chama amor”, lembra. Segundo o profissional, lidar com a criação requer clareza, investigação, curiosidade. “Nós precisamos estar frescos, atualizados para trabalhar de acordo com o mercado, que busca inovação o tempo todo. Falo mais do design do que da arte, pois a arte requer mais entrega e pesquisa por tratar de investigação intrínseca”, explica. De acordo com Bugila, cursos de criação e processos criativos, viagens, mudanças, leituras, situações de medo e desconforto, prática de esportes e uma boa alimentação sempre ajudaram a pensar diferente. “Neste sentido, acredito que a inspiração é resultado de dedicação do trabalho, do investimento de energia nas coisas que realmente fazem sentido, e logo as conexões se manifestam naturalmente. Para mim, este conjunto de fatores é a melhor forma de buscar inspiração”, ressalta.
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Revista Letraset - NĂşmero 3
Imagens Cedidas pelo designer
Joelson Bugila Trabalhos realizados pelo Designer
Novembro de 2014
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inspiração
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Quero transformar em palavras a imagem que vi, o que não vi, o que não existe
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Foto Cedida pela autora Revista Letraset - Número 3
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Sobre Cleber Teixeira e o encontro da Tipografia com a Poesia em Santa Catarina
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Mary Meürer É professora da disciplina de Tipografia e Projeto Editorial da Universidade Federal de Santa Catarina e uma admiradora do trabalho de Cleber Teixeira. Novembro de 2014
alar da Tipografia em Santa Catarina sem falar em Cleber Teixeira é impossível. O poeta, tipógrafo e editor carioca mudouse para Florianópolis em 1977 trazendo sua editora e seu talento e aqui viveu até 22 de junho de 2013 quando faleceu aos 73 anos. Formado em Letras, Cleber trabalhou no Instituto Nacional do Livro e na Editora Bloch mas foi unindo a poesia aos tipos móveis que encontrou sua maneira de se comunicar com o mundo. Foram diversos livros, de sua autoria e também de poetas como Mallarmé, Donne, Cummings, Keats, Gertrude Stein, Afonso Ávila, José Paulo Paes, entre outros, produzidos de forma artesanal. Letra a letra o texto ia ganhando forma no componedor, um trabalho que ele mesmo considerava exaustivo, porém gratificante.
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A arte da tipografia, com tudo que precede a composição e a impressão (desenho, fundição dos tipos, projeto gráfico, etc.) tem vida longa e cabe a cada um que sabe disso resistir e ajudar a promover uma estreita convivência com os designers gráficos hoje.
A Editora Noa Noa, cujo nome veio da obra de Paul Gauguin que agradava a Cleber, funcionava no porão de sua casa, no bairro Agronômica, onde a família reside até hoje. É o local onde está toda a vida de Cleber, o trabalho e a família, suas paixões. Uma casa de portas abertas, onde intelectuais, jornalistas, professores, alunos e quem mais se interessasse pelos livros e pela tipografia era bem recebido sempre. A gentileza era outra característica de Cleber, que ao lado de sua esposa Elizabeth, sempre recebia as pessoas com um sorriso e um café. Além dos livros produzidos na Noa Noa, Cleber reuniu um acervo com cerca de 8 mil livros sobre os mais diversos temas, tendo ênfase nas artes plásticas, literatura e livros sobre livros, é claro. Todo este acervo continua disponível na casa da família e pode ser visitado com um agendamento prévio pelo email editoranoanoa@gmail.com. Apesar da ausência física de Cleber, os tipos de metal, a prensa e o papel ainda estão lá, contando histórias. 40
Também é possível compreender melhor sua obra no livro Editores Artesanais Brasileiros, de Gisela Creni, que traz um capítulo inteiro sobre Cleber e a editora Noa Noa, merecidamente colocado ao lado de outros grandes editores. O catálogo da Editora Noa Noa, organizado em 2012, apresenta 65 obras produzidas por Cleber. Embora algumas estejam esgotadas é uma ótima oportunidade de conhecer estes exemplares que unem a beleza da poesia, da tipografia e da gravura. A história de Cleber também está registrada no documentário Cleber e a Máquina, dirigido por Rosana Cacciatore. Lançado em dezembro do ano passado o filme foi produzido depois da morte do tipógrafo e mostra o depoimento de amigos, colegas e personalidades. O amor e o respeito do poeta e tipógrafo pelos livros, aliado à sua simpatia e generosidade fizeram dele uma personalidade ímpar que merece ser lembrada e homenageada sempre.
Revista Letraset - Número 3
Capa do Catálogo da Editora Noa Noa
http://grupoautentica.com.br/autentica/livros/editoresartesanais-brasileiros/922
http://issuu.com/amir_brito/docs/catalogo_editora_noanoa
inspiração
Capa do Livro Editores Artesanais Brasileiros
Facebook: Cleber e a Máquina
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Artesana: o Design Social no artesanato catarinense Trabalho de conclusão de curso conquista espaço no mercado por meio do artesanato.
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ex-aluna do curso de Design Gráfico da Faculdade Satc, Lucileine Rossa, trouxe uma nova proposta para seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), com base em uma identidade visual voltada para os trabalhos de uma marca de artesanato de Florianópolis. Com a ajuda do Design Social, a profissional trouxe os aspectos fundamentais para a sociedade envolvida no meio. A essência foi conseguir uma conscientização social e de cidadania para voltar a criatividade em direção ao progresso cultural e tecnológico. “Uma identidade é importante para qualquer marca, inclusive de artesanato. Tem gente que esquece um pouco disso, acha que porque é artesanato não precisa ter valor”, declarou a designer. Para o resultado final do trabalho Luci, foi utilizada a metodologia projetual de Chamma e Pastorello, já criada para a aplicação na criação de identidades visuais e composto por quatro fases: diagnóstico, cenários, design e implantação. Novembro de 2014
Na primeira fase (diagnóstico), foram identificadas informações estratégicas como a posição da empresa no mercado e a imagem que a mesma deseja alcançar. Neste momento um ponto fundamental foi entrevistar a fundadora da marca, resultado no resumo do projeto (briefing). Em seguida na etapa de cenários, foram definidos os principais conceitos, valores e atributos da marca. Foram destacadas 27 palavras relacionadas à história e seus valores, que foram organizadas em seis grupos com significados semelhantes, aproveitando o momento, foram desenvolvidos painéis semânticos, servindo como referências visuais de cores, texturas e formas. Também foi feito um painel de imagens relacionado a concorrências, para saber o que já existe no mercado. A etapa seguinte foi o Design, iniciando com os conceitos já definidos, analisando as características da marca e traduzindo-as visualmente. Essa tradução foi feita através dos painéis semânticos nos cená
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rios, as palavras conceito definidas foram: paz, amor, humana e natural. Elas foram escolhidas para agregar valores humanos ao projeto e direcionar os esforços na direção de uma ideologia de cultura de paz. Para cada palavra foram estudadas formas e significados, que culminaram em formas orgânicas, redondas, sutis e delicadas. A partir daí foi necessário gerar um ícone gráfico para a assinatura visual, e o ícone que mais se aproxima a estes conceitos é de um pássaro, pois apesar de parecerem frágeis, constroem seu próprio território, tranquilos e felizes, representando assim os conceitos e valores da marca. Após a definição do ícone outra pesquisa foi feita, dessa vez, buscando imagens de pássaros para referências para a paleta cromática do projeto. Tendo em vista a necessidade da artesã fazer seus produtos em casa, optou-se por utilizar a identidade visual através de carimbo, facilitando a aplicação, e como este processo requer apenas uma cor, a esco44
lhida foi o azul, representando o céu. Na etapa de implantação, procurou-se fornecedores para os materiais utilizados, gráficas para as impressões e pesquisa de mercado, analisando se a identidade aplicada está adequada ou se é necessário fazer alguma adequação. O nome “Artesana”, tem origem espanhola, tendo em vista a nacionalidade argentina da artesã. Na língua portuguesa, o nome significa artesão e arte que cura. O orientador do projeto, Jan Raphael Reuter Braun, foi o primeiro a ver a identidade visual na prática. “Durante uma viagem entrei em uma loja e vi que os produtos estavam sendo comercializados com o logotipo. Tenho orgulho de ter feito parte deste processo, a Luci foi muito dedicada ao longo de todo o trabalho, o que lhe rendeu ainda mais méritos”, analisou Braun. Ainda segundo ele a preocupação foi muito além, o direcionamento e foco no mercado foram fundamentais para o resultado final. Revista Letraset - Número 3
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Cenários 02 03
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Manual, artesanal, original, exclusivo, presente e especial
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Família, amigo, casa e Bombinhas
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Amor, dedicação, doce, sensível e zelo
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Saúde, sã e bem
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Sustentável, sociável e natural
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Humildade, sábio, paciente, tranquilidade, paz e ordem
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Construção da assinatura visual
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Design para encher os olhos Empresa de óculos de madeiras Brotherwood ganha o mercado
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a região de Criciúma/SC, apenas a Brotherwood produz armação de óculos em madeiras. Dos irmãos Luiz Fernando M. Mazzuco e Rodrigo M. Mazzuco, a empresa desenvolve os produtos há mais de um ano e meio em Criciúma. O nome Brotherwood, vem da variação de Brotherhood que significa irmandade. “Por sermos irmãos e também pelo apelo comercial”, comenta Rodrigo. Atualmente a empresa produz 10 modelos de óculos e tem capacidade para fabricar 300 peças por mês. Segundo Rodrigo, a tradição com o uso de madeira vem de família. “Nosso avô já tinha fábrica de esquadrias e o nosso pai tem uma fábrica de móveis. No começo, produzíamos luminárias de madeiras, mas após uma pesquisa de produtos e encontramos os óculos de madeira e decidimos tentar produzi-los”, lembra. Os irmãos fazem pesquisas dos tipos de Novembro de 2014
madeiras antes de começar a confeccionar o produto. “Não temos grandes pretensões industriais, no começo foi por causa da pesquisa do Rodrigo que resolvemos fazer óculos, até então o foco principal eram artigos de decoração”, explica Luiz Fernando. Ele ainda ressalta que obteve estudos que sugeria procedimentos e técnicas para o trabalho com madeira. “Tivemos ajuda de uma professora e fomos alterando várias coisas no desenho, depois aprimorando na parte técnica. No começo o processo era um fracasso, mas começamos a descobrir com pessoas que davam aulas de ótica, como fazer um padrão”, comenta. Um dos pontos mais delicados do processo é a escolha do material, já que existem tipos de madeiras que não são adequados para a produção de óculos. “A professora nos deu orientações a respeito de cada madeira, sobre os processos de produção e sobre a densidade de cada uma.
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Cada densidade tem uma cola específica, que nem sempre é encontrada no mercado local. Por isso, uma das dificuldades do processo é encontrar materiais para produzir os óculos. Praticamente importamos tudo”, conta Luiz Fernando. No começo a Brotherwood tinha apenas quatro modelos. “Nós começamos a criar um modelo padrão e uma empresa de São Paulo nos ajudou com os materiais”, conta Luiz Fernando. Atualmente a empresa usa somente madeiras nacionais. A produção leva no máximo uma semana para ficar pronta. “A madeira é um material vivo, trabalha muito. Lidamos com a mudança de temperatura direta”, exemplifica Luiz Fernando. Os irmãos personalizam todos os acessórios que vem junto aos óculos. “Produzimos tudo, menos a lente. O projeto da armação e das embalagens faz parte do processo, temos até uma máquina de costura pra fazer esses materiais, produzimos desde o produto aos materiais de venda, do início até o fim”, conta Luiz Fernando. 50
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Fotos Cedidas pelo autor 
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Inovação no setor cerâmico
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Paulo Roberto Gava Niehues É Gerente de Desenvolvimento de Produto na empresa Cerâmica Portinari prg@cecrisa.com.br
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busca por inovação é, sem dúvida, almejada por toda empresa, independente da sua área de atuação. Isto porque a empresa que está no mercado com produto diferenciado possui grandes vantagens sobre os concorrentes. É obvio e simples, mas nada fácil instalar um processo de criação e lançamento de novos produtos com potencial para isso. Um dos principais desafios é ter uma equipe capacitada e motivada. E montar esta equipe que produza é complexo por vários motivos, mas acredito que o principal deles seja a escolha certa do perfil de cada profissional. Primeiramente, o Designer de Produto deve agir como um líder, que conecta vários conhecimentos e muitas ações para alcançar um objetivo e este objetivo deve estar claro em seu projeto. Isto o leva a interagir e coordenar as pessoas de diversas áreas, muitas vezes (em empresas maioRevista Letraset - Número 3
tecnologia e inovação res) de outras culturas. “Um líder deve estar aberto para compreender e trabalhar da melhor forma os diferentes perfis de profissionais”. (José Roberto Marques, Presidente do Instituto Brasileiro de Coaching). Outro ponto importante é que estamos acompanhando a entrada da geração Y no mercado de trabalho, que em geral são jovens muito criativos, conectados, impulsivos, ágeis, introspectivos e realistas. Aparentemente, qualidades fundamentais para um ótimo designer, e de certa forma é. Mas falta algo. Mais importante que a inteligência individual, observa-se pouca sensibilidade interpessoal, a capacidade de perceber o outro, de olhar nos olhos e compreender seu estado. É algo tão importante que diversos estudos estão sendo realizados, no mundo, para compreender e potencializar nos grupos essa tal qualidade. Novembro de 2014
Thomas Malone, líder do MIT, que estuda a inteligência coletiva, diz à revista HSM Management, edição de julho, que a principal qualidade para ter uma equipe inteligente e criativa é a Percepção Social, ou seja, a capacidade de identificar as emoções das outras pessoas de maneira correta. Em suas pesquisas ele declara que quanto mais mulheres no grupo, melhor o desempenho, pois nas mulheres a sensibilidade é mais desenvolvida, talvez por componentes genéticos e influências dos hormônios. Algumas pesquisas ainda demonstram que esta qualidade pode ser desenvolvida e aprendida, porém há muito ainda para evoluir sobre este assunto. Não defendo a criação de grupos com apenas mulheres, mas sim a importância de montar uma equipe heterogênea e repleta de membros que saibam lidar com gente, que interajam de forma produtiva entre si e entre outros setores da empre
tecnologia e inovação
sa. A responsabilidade maior é da empresa que precisa montar este “time do bem”, gerando um local de trabalho com clima amigável. Então, é muito importante ter integrantes com percepção social desenvolvida para manter o ambiente sempre estável, deixando para o Gestor a função de criar zonas de desconforto, com metas ousadas e, ao mesmo tempo, realistas. Quando falo do Designer de Produto, incluo aqui o profissional do setor cerâmico, que não apenas deve pensar na superfície do produto, pois isso o faria incompleto, mas sim criar um produto pensando em formato, espessura, especificações técnicas, diferenciais, cor, textura, gráfica, relevo, local de uso, público alvo, concorrência, mercado, preço, custo, parque industrial disponível para produção, payback, etc. Tudo isso através de pesquisas de mercado, informações de tendências, feeling do próprio profissional, metas da empresa, entre outras. Com tudo, enfatiza-se aqui a importância deste profissional dentro da indústria, 56
que não somente trabalha criando novos produtos, mas pode fazê-lo reduzindo custos de produção, de investimentos e implantação, potencializando e ampliando as vendas, melhorando tecnicamente e esteticamente. Ou seja, sabendo usar os seus conhecimentos, somados aos conhecimentos de todo o time, este profissional se torna praticamente indispensável para qualquer setor. Por isso, vejo o designer de produto como um líder, um líder sem status, um líder natural, sem imposição de cargo. Nossas empresas precisam investir mais em inovação, principalmente em nosso estado (SC), que precisa se diferenciar do restante do país e dos importados asiáticos. Produtos de ponta, de forma alguma, poderão brigar por preço. Por isso, serviço, produto, marca, gente, são fundamentais para o posicionamento de mercado. Devemos entregar mais do que “peças de porcelanato de alta qualidade e
tecnologia e inovação beleza”. Por fim, os profissionais de Design são os maiores responsáveis nessa evolução, ele transforma o produto frio e estático em objeto dos sonhos, com alma e DNA, repleto de história e emoção. Somente assim, nossa indústria continua a evoluir e se destacar.
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Impressão de 3D no Design de Joias Os acadêmicos podem vivenciar a teoria na prática na disciplina de Modelagem 3D
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impressora 3D é amplamente utilizada para desenvolver protótipos, versões iniciais de produtos que servem para identificar características e defeitos antes que se inicie o processo de produção industrial. Em Santa Catarina, a rede Pronto 3D conta com uma rede de cinco impressoras, uma delas, está na Faculdade Satc. De acordo com o coordenador do Pronto 3D, laboratório de prototipagem rápida da Faculdade Satc, Daniel Fritzen, a impressora está desde o final de 2013 oferecendo conhecimento aos acadêmicos de Design Gráfico e Engenharia Mecânica. “São vários tipos de impressoras 3D, a que temos aqui trabalha com apenas um filamento por vez, e a matéria prima pode ser PLA e ABS”, explica. De acordo com Fritzen, a matéria-prima Acrilinitrila Butandieno (ABS), é bastante comum em impressoras de modelagem por fusão e depósito. “Esse tipo de polímero é bastante rígido e leve, apresenNovembro de 2014
tando um bom equilíbrio entre resistência e flexibilidade”, conta. Ele ainda ressalta que o material Poliácido Lático (PLA), é biodegradável. “O PLA é produzido a partir de fontes naturais como milho e cana-de-açúcar. Esse tipo de matéria-prima é mais eficiente que o ABS em determinadas moldagens, pois tende a deformar menos depois da aplicação e libera menos fumaça ao atingir o seu ponto de fusão, além de ser biodegradável”, comenta. A impressora 3D é utilizada em uma das práticas da disciplina de Modelagem 3D do curso de Design Gráfico, direcionada ao projeto de joias. “Os acadêmicos da quarta fase do curso fizeram o modelamento digital. O projeto das joias seria algo palpável para os alunos terem conhecimento mais fácil para eles trabalharem”, comenta Fritzen. Os trabalhos foram realizados em quatro semanas de aulas. “Como o processo de modelamento 3D é lento, eles fizeram em acrílico, que é utilizado na máquina a
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laser”, conta. Processo de fabricação das joias em sala de aula As acadêmicas Myalin Steiner e Larissa Colombo, agora na sexta fase do curso, contam que fizeram uma fivela para cinto e um chaveiro. A ideia surgiu da familiaridade que elas possuíam com a moda. “Nós queríamos fazer algo diferente. Não como os outros grupos estavam fazendo, como colares, pulseiras ou anéis. No chaveiro foi feito uma coruja, por que nós gostamos desse formato”, lembra Larissa. E ainda ressalta que a proposta foi dada ao professor e ele apoiou a ideia. De acordo com Larissa, foram feitas pesquisas sobre as tendências em joias. “Nós vimos que estava na moda a fivela grande e corrente que estavam nos desfiles. Nós fomos pesquisando isso”, conta. Segundo Mialyn, criaram o painel semântico para decidir quais cores usar e 60
formas mais adequadas ao protótipo. “Nós colocamos as nossas iniciais na fivela. No fundo da fivela usamos uma estampa de onça. No painel semântico seria mais a respeito de cor, de uma tendência que estivesse em alta e tecnicamente faria vender a fivela”, ressalta. Ela ainda conta que usaram um material em dourado. “E como fizemos em dourado, seria como se fosse uma fivela dourada mesmo. Que no protótipo não fica exatamente igual”, lembra. Para as acadêmicas, a experiência em trabalhar com 3D, foi satisfatória. “Foi difícil trabalhar com o 3D, ele é complicado. Quando se pega o jeito, consegue fazer um trabalho legal. Até aprender e ver o trabalho pronto foi satisfatório e deu vontade de fazer bastantes protótipos. É muito melhor ter o objeto físico pra ver que só em 3D no computador. Pegar na mão e visualizar cada detalhe, quando se pode tocar muda totalmente”, finaliza Larissa.
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letraset
Revista digital do curso de Design GrĂĄfico da Faculdade Satc - nĂşmero 3 - nov/2014
letraset@satc.edu.br (48) 3431-7664
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