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3 Princípios gerais de tratamento cirúrgico

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4 Osteoporose

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Osteoporose

Francisca Aguiar, Iva Brito

1.1 introdução

1.1.1 Definição

A osteoporose é uma doença metabólica do esqueleto que se caracteriza por diminuição da massa óssea e alterações da sua microarquitetura, com consequente aumento da fragilidade óssea e maior suscetibilidade à ocorrência de fraturas (figura 4.1).

Figura 4.1 – Diferentes fases de osteoporose.

1.1.2 Epidemiologia

Em Portugal, a prevalência estimada de osteoporose em pessoas acima dos 18 anos é de cerca de 10% (17% nas mulheres e 2,6% nos homens). Estima-se que a incidência de fraturas de fragilidade da anca seja, na população portuguesa, de 154 a 572 em cada 100 mil mulheres e de 77 a 232 em cada 100 mil homens, dependendo da idade. Prevê-se que o número de fraturas osteoporóticas na União Europeia aumente de 3,5 milhões/ano (2010) para 4,5 milhões em 2025 (acréscimo de 28%), tratando-se, pois, de um grave problema de saúde pública.

1.2 PatofisioLogia

A osteoporose resulta de um balanço negativo na remodelação óssea, sendo a reabsorção superior à formação de tecido ósseo. Fatores genéticos e fatores hormonais, como carência estrogénica na pós-menopausa, fármacos (por exemplo, corticoterapia), imobilização prolongada, doenças sistémicas inflamatórias, entre outros, estão implicados na fisiopatologia da osteoporose.

1.3 fatores de risco

Os principais fatores de risco para osteoporose encontram-se enumerados no quadro 4.1.

3.1.3 Sintomatologia

A dor é a primeira e principal manifestação da maioria dos tumores ósseos. Geralmente descrita como ligeira a moderada, espontânea, contínua (incluindo em repouso) e de evolução não aguda. Uma dor intensa não traumática com dias ou semanas de evolução deverá fazer suspeitar de quadro inflamatório ou infecioso. Por outro lado, uma dor intensa com trauma minor pode ser resultado de uma fratura patológica, que revela uma lesão até então não diagnosticada.

No entanto, é importante reforçar que muitos tumores ósseos, principalmente benignos, não são causa de qualquer sintomatologia.

3.2 ExamE objEtivo

Na maioria dos casos, o exame físico é inocente. Os tumores primários musculoesqueléticos, geralmente, não cursam com adenomegalias palpáveis, devendo fazer pensar numa neoplasia metastática. Lesões periarticulares podem estar associadas a derrame articular e impotência funcional. Tumores da coluna vertebral podem provocar compromisso neurológico.

3.3 RadiogRafia

O raio-X convencional continua a ser o primeiro exame a realizar perante a suspeita de tumor musculoesquelético. Por vezes, o padrão imagiológico é tão típico que define desde logo o diagnóstico, tal como acontece com fibroma não ossificante (figura 6.1A), osteocondroma (figura 6.1B), quisto ósseo simples (figura 6.1C) e encondroma (figura 6.1D).

A B

C D

Figura 6.1 – A. Radiografia de fibroma não ossificante da tíbia; B. Radiografia de osteocondroma do fémur; C. Radiografia de quisto ósseo simples do úmero; D. Radiografia de encondroma do fémur.

Perante uma imagem radiográfica, são três as questões essenciais a responder:

3.3.1 Onde está a lesão?

Existem alguns tumores ósseos que são característicos de certas áreas anatómicas, como é o caso do adamantinoma, que é quase exclusivo da tíbia ou cúbito, ou do encondroma,

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