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DEZ 2017
TAÇA CTT
VENHA O PRÓXIMO CAMPEÃO DE INVERNO A HORA DOS PRESIDENTES:
PEDRO PROENÇA: “É PREMENTE
GD CHAVES E UNIÃO DA MADEIRA
A MUDANÇA DE MENTALIDADES”
RIGOR
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Liga
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editorial
EM NOME DA PAIXÃO PEDRO PROENÇA
PRESIDENTE DA LIGA PORTUGAL
Passados mais de dois anos em que assumimos os destinos do futebol profissional, é tempo de nos reposicionarmos. A realidade que encontrámos foi difícil e obrigou-nos a priorizar a nossa estratégia, de sustentabilidade e consolidação da dívida. Assumimos, sem receios, o desafio e as dificuldades quase primárias de sobrevivência do legado que herdámos. Recuperámos a Liga, credibilizámos a organização, virámos a página. Não é à toa que esta publicação se chama “Liga-te”. Redefinimos o nosso posicionamento: agregação. A nossa atividade tem-se pautado por políticas de agregação no futebol profissional, pelo fomento de modelos de aproximação continuada entre todos os seus intérpretes e pela necessidade de consciencialização de que juntos somos todos mais fortes. Esse é, também, o nome que damos a uma série de iniciativas da Liga www.ligaportugal.pt
Portugal em prol das competições profissionais. Mais de uma centena de representantes das 33 sociedades desportivas, de todas as áreas de intervenção, participaram na primeira edição da materialização do conceito “Ligate”, este em formato de workshop temático e de reflexão estratégica. Tudo isto acontece num momento em que se tornam prementes a mudança de mentalidades e o reforço de medidas de proteção da indústria do futebol. É certo que a paixão alimenta o espetáculo, mas os exageros dessa paixão, do mais simples adepto ao mais categorizado dirigente, também a podem ferir de morte. Não nos conformamos! Estamos a trabalhar. As sociedades desportivas estão a trabalhar. A Primavera trará conclusões dos Grupos de Trabalho, ferramenta fundamental no papel de autorregulação do setor. Prossegue o diálogo social, nomeadamente com os representantes dos jogadores, treinadores e árbitros, assim 3
como de outros profissionais desta indústria, conforme os padrões de exigência subordinados aos valores do Rigor, Talento, Profissionalismo e Agregação. Apontamos, sem complexos, a metas que colocarão o futebol português nos níveis de competitividade idênticos aos melhores do Mundo. Mas sabemos que há ainda muito para fazer e resolver. É hora de olhar aos interesses comuns e adotar medidas para engrandecer e acrescentar valor às competições. É hora de parar os comportamentos mesquinhos e as práticas menos éticas que apenas confundem a paixão do adepto e o afasta dos valores desportivos. A reflexão obriga a todos e os modelos a implementar têm de se revelar estruturantes. A conjuntura é desafiante. É hora de dar o palco, em definitivo, aos que nos enchem a alma e o coração com os seus desempenhos nos relvados. Nesta primeira edição mostramos querer dar voz a toda a indústria, a todo o futebol profissional e aos que nele investem. Tudo em nome da nossa paixão. LIGA-TE Nº1
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Pedro Proença abriu o livro. Em entrevista à Sporttv, falou das movimentações do futebol português, do Conselho Superior, que está a nascer, e dos clubes que até conseguem sentar-se à mesma mesa. “O trabalho de credibilização que temos feito é muito sério e muito difícil”
e a ausência de receitas extraordinárias, Pedro Proença sublinhou a implementação, pela primeira vez na história da instituição, de um “plano de negócios que está a ser cumprido à risca” e que permitiu devolver a sustentabilidade que parecia irrecuperável. Entre outros fatores, isto resultou, segundo o Presidente da Liga, da implementação de uma “mudança de paradigma”, que se refletiu, também, nos próprios estatutos. “O regime que existia era absolutamente presidencialista, os clubes não tinham assento no «board» da Liga. Em 2015 tudo isto se alterou. Passámos a ter representadas oito sociedades desportivas na Direção da Liga, o representante da Federação Portuguesa de Futebol e o Presidente da Liga. E é neste novo
ações promovidas à sua revelia. Fez, aliás, questão de salientar que, “desde o primeiro momento”, os clubes envolvidos o mantiveram ao corrente de todas as movimentações, considerando que estas correspondem a “dinâmicas normais de quem pensa o futebol”. No próprio dia da entrevista – revelou – o Presidente da Liga recebeu “um telefonema de um representante desses 11 clubes” com o objetivo de o informar de que, na semana seguinte, seriam “finalizadas as propostas a serem apresentadas à Direção da Liga para, mais tarde, serem também apresentadas à Assembleia-Geral”. Pedro Proença classificou, aliás, este tipo de iniciativas como “um sinal de vitalidade” do futebol profissional, a exemplo do que sucedeu, também, com uma
SINAIS DE MATURIDADE NO FUTEBOL PROFISSIONAL O Presidente da Liga Portugal, Pedro Proença, concedeu uma entrevista à Sport TV, no passado dia 30 de novembro, na qual abordou os principais temas do futebol profissional, nomeadamente aqueles que, ao longo dos últimos meses, têm sido alvo de maior atenção mediática. Ao longo de cerca de uma hora, Pedro Proença respondeu às questões colocadas pelo jornalista Rui Orlando sobre a situação financeira da Liga, a relação com as Sociedades Desportivas, os casos disciplinares e de justiça mais recentes e as propostas do denominado movimento G15, entre outras questões da atualidade do futebol profissional português. Recordando o “cenário catastrófico” que encontrou, em 2015, quando assumiu a presidência da Liga Portugal, com “mais de cinco milhões de euros de passivo, uma dívida financeira que ultrapassava os oitos milhões de euros” LIGA-TE Nº1
modelo orgânico, funcional, que a Liga se apresenta”. Contrariando a ideia generalizada de que as sociedades desportivas não dialogam entre si, nomeadamente os denominados «três grandes», Pedro Proença salientou que “todos os meses se sentam à mesa, nas reuniões de Direção, para discutirem os assuntos do futebol profissional”. Reconheceu e sublinhou, contudo, que “o futebol profissional são 33 sociedades desportivas e, portanto, há problemas com dinâmicas diferenciadas”, às quais “a Direção da Liga e o seu corpo executivo têm tido capacidade de dar resposta”. Questionado sobre as movimentações do denominado G15, que resultou em reuniões entre 11 sociedades desportivas para definirem e apresentarem à Liga um conjunto de propostas de alterações regulamentares, Pedro Proença rejeitou que se tratem de 4
reunião que juntou, em Coimbra, os clubes da LEDMAN LigaPro. “Todas estas reuniões são normais”, disse, sublinhando que “em momento algum se viu qualquer tipo de animosidade em relação ao trabalho que esta Direção da Liga tem feito”. E explicou que elas são a demonstração de que os clubes “não se acomodam e não são conformistas”. Este é, aliás, um facto que “tem ajudado a Presidência da Liga a alcançar todos os objetivos” que tem idealizado nos últimos dois anos e meio. Pedro Proença realçou, a propósito, que da parte da Liga “há uma abertura total” para as propostas que os clubes queiram apresentar, visto que correspondem a “um sinal de maturidade” do futebol profissional português. Este tipo de atuação dos clubes e de abertura por parte Liga é algo que, acrescentou Pedro Proença, “parecia impensável” há alguns anos. www.ligaportugal.pt
Pedro Proença realçou que da parte da Liga “há uma abertura total” para as propostas dos clubes.
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CONSELHO SUPERIOR O Presidente da Liga defendeu que o “princípio da consciencialização” é fundamental para apaziguar o ambiente no futebol português. Daí ter avançado com a proposta de criação de “um Conselho Superior para o Futebol Profissional, que possa integrar todos os agentes” e seja “muito mais abrangente do que um conselho de presidentes”. A criação deste órgão constitui, nas palavras de Pedro Proença, um dos pilares do esforço de pacificação do futebol profissional, além da “magistratura de influência perante os clubes” e da “capacidade de o poder judicial e arbitral ser penalizador” das infrações que possam verificar-se. A referida magistratura de influência é, aliás, um “trabalho invisível” que o Presidente da Liga tem levado a cabo, “tentando que o bom senso impere”. Lembrou, a propósito, que esse é o seu “trabalho diário” e recordou, a título de exemplo, que nas duas semanas anteriores à data de realização desta entrevista falou com “mais de 20 presidentes”.
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“O trabalho de credibilização que temos feito é muito sério e muito difícil: Sentome com todos os clubes à mesa porque todos merecem o mesmo respeito”. Defendeu, por outro lado, que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) “tem também de ser um «player» interventivo e criar um conjunto de regras que possam controlar esse tipo de comportamento”. E acrescentou: “temos de ter a capacidade de encontrar as boas soluções para todos, de forma a inverter este clima que não queremos que exista”. Questionado sobre a pertinência de uma eventual intervenção governamental, Pedro Proença defendeu que “o Governo tem de desempenhar a sua função, legislando sobre a Lei da Violência e outros fatores que acabam por condicionar o futebol em Portugal”. “O Presidente da Liga não se revê nestes últimos comportamentos que têm acontecido e que a comunicação social também tem exponenciado. A responsabilidade é de todos, não há ninguém que fique de fora. E a todos compete alterar”.
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JUSTIÇA CÉLERE Instado a pronunciar-se sobre os processos dos “emails” e do alegado “novo apito dourado”, entre outros casos que se encontram em fase de investigação, Pedro Proença recusou comentar, visto que “estão em segredo de justiça”. Apelou, porém, à tranquilidade e à Justiça para que “seja célere e, rapidamente, faça as investigações que tem de fazer”. O objetivo principal, defendeu, é que seja tomada uma decisão o mais cedo possível. A celeridade de processos a bem do futebol é, aliás, um objetivo fundamental para Pedro Proença. “Quando eu cheguei à Liga, um processo disciplinar demorava mais de 100 dias a ser decidido. Hoje, os nossos regulamentos apontam para 15 dias úteis. E isso acontece”, realçou. “A mesma coisa [celeridade] se pede à Justiça Civil e à Justiça Criminal. Este é o tempo da Justiça e eu respeito a separação de poderes. Aquilo que o futebol precisa é de uma Justiça célere. Decidam rapidamente. O futebol necessita de respostas”, disse Pedro Proença.
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MAKING OFF
EM AMBIENTE INFORMAL Passavam poucos minutos das 20h30 quando Pedro Proença entrou nas instalações da Sporttv, no Parque das Nações, em Lisboa, onde foi recebido por Luís Miguel Pereira, coordenador de programas da estação e um amigo de longa data. Depois de uma breve visita às instalações do canal televisivo, o Presidente da Liga Portugal dirigiu-se à maquilhagem, situada ao lado do estúdio onde decorreu a entrevista. Em ambiente mais descontraído, Pedro Proença e o jornalista Rui Orlando trocaram palavras de circunstância, tal como aconteceu com Pedro Henriques, ex-árbitro de 1ª categoria e atual comentador da Sporttv, com quem esteve alguns minutos a conversar. Um sorriso aqui, outro ali e o líder da Liga Portugal lá acabou por sentar-se no estúdio, onde esteve mais de uma hora a ser entrevistado. Uma conversa em tom tranquilo, e que decorreu de tal forma fluída, que poderia ter durado o dobro que, certamente, nem entrevistador nem entrevistado se teriam importado.
FICHA TÉCNICA LIGA-TE – EDIÇÃO 01 Direção Pedro Proença Editora Vanda Cipriano Redação António Barroso, Pedro Bessa, Nuno Teixeira, Hugo Lopes Fotografia Hernâni Pereira, Gualter Fatia Direção comercial e patrocínios Susana Rodas Design e paginação UNDO Impressão Greca – Artes Gráficas Periodicidade bimestral
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web summit
MUNDO TECNOLÓGICO RENDIDO “Tudo o que vai acontecendo, quer antes, durante ou depois dos jogos, é fechado em pouco mais de 5 minutos”
Foi marcante a participação da Liga Portugal no Web Summit 2017, com um stand por onde passaram milhares de pessoas nos três dias do evento. Ali, o mundo da tecnologia ficou a conhecer, de forma mais detalhada, o conceito e-Liga, bem como o relógio que causou sensação durante o evento, que foi desenvolvido a pensar no trabalho dos árbitros. Mas que quase todos quiseram testar. E-Liga à parte foi impossível é desassociar a Liga da taça de Campeão Nacional e foi este um dos pontos altos no stand. Com a Taça em primeiro plano, os adeptos do futebol iam parando, perguntavam se era a original e, claro, se podiam tirar uma fotografia. Para a posteridade. O primeiro dia do Web Summit ficou também marcado pela presença do Presidente da Liga Portugal, que inaugurou o Sports Trade, no palco LIGA-TE Nº1
principal do pavilhão 1 da FIL com uma apresentação subordinada ao tema “as 5 formas como a tecnologia está a mudar o futebol”. Foi também ali que, horas mais tarde, falariam aos visitantes Bruno de Carvalho, presidente do Sporting CP, Domingos Soares de Oliveira, CEO do SL Benfica, bem como Júlio César e Svilar, ambos guarda-redes do SL Benfica, entre outros agentes desportivos. Ora, foi na apresentação que Pedro Proença fez, perante uma plateia cheia, que ficou a saber-se, por exemplo, que com o e-Liga já foi poupado, até o momento, uma tonelada em papel. O projeto torna a Liga Portugal
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a primeira totalmente digital, em termos mundiais e desmaterializa todas as componentes relacionadas com os relatórios de jogo, envolvendo delegados, árbitros, clubes e serviços da Liga. Chegar a um patamar destes foi algo que deu trabalho, mas que, olhando para trás, foram mais os pontos positivos do que negativos. E todos já esqueceram as “montanhas” de papel que se utilizavam nos jogos de futebol. “Tudo o que vai acontecendo, quer antes, durante ou depois dos jogos, é fechado em pouco mais de cinco minutos”, explicou Pedro Proença, orgulhoso de “um projeto que se iniciou em 2015 e que tem envolvido muitas pessoas.” “É um processo único no mundo, no qual trabalhámos com os nossos três parceiros tecnológicos, a Samsung, a Bitmaker, e a Brandit, e que nos enche de satisfação”, frisou o líder da Liga Portugal. Recordando de forma superficial “a realidade” que encontrou na Liga quando assumiu o cargo de Presidente, em 2015, Pedro Proença explicou o trabalho feito, todo ele “em fases”. A primeira etapa passou pela “reorganização e sustentabilidade do negócio e, depois, ‘step by step’, foi possível introduzir novos projetos e desafios.” “Inevitavelmente tínhamos que fazer este projeto tecnológico. O futebol trabalha com conteúdos, ‘social media’, televisão e queremos que o futebol seja uma festa para todos.”
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IMPACTO DO STAND WEB SUMMIT 2017
2500
Número de pessoas que levaram gifts da LIGA PORTUGAL
Número de flyers distribuídos
10 000
1000
Número de pessoas que interagiram com o stand da LIGA PORTUGAL
Percentagem de pessoas que passaram pelo stand e tiraram fotografias
400
Equipa da Liga Portugal
MUDANÇA DE PARADIGMA Miguel Faria, Diretor de Tecnologia da Liga Portugal, e o grande responsável pelo desenvolvimento deste projeto, lembra que o mesmo “é consensual e tem funcionado bem” no futebol português. Para trás ficam horas de trabalho e de testes, em tempo real, por esses estádios fora. Uma aposta que nasceu com a entrada desta Direção Executiva da Liga. “O paradigma mudou e o Presidente lançou-nos o desafio de desmaterializar os relatórios dos delegados e dos árbitros. Rapidamente percebemos que faria sentido abranger clubes e os media”, explicou Miguel Faria, para quem tudo só faz sentido com dedicação total: “O futebol é um desporto de paixões e é impossível trabalhar no futebol sem ter esse tipo de entrega. E o esforço e a entrega são tão grandes, que este projeto tem que ser um pouco “fora de caixa”. Tudo o que fizemos
Bruno Paixão acredita num futuro brilhante
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foi ligado às pessoas do futebol. O relógio foi desenvolvido com os árbitros em jogo; o tablet com os delegados em jogo e o portal com os clubes, que apoiaram completamente.”
VISITA DE SL BENFICA E SPORTING CP O SL Benfica e o Sporting CP também passaram pelo stand da Liga Portugal e os representantes das duas sociedades desportivas elogiaram a aposta no digital, num mundo em constante desenvolvimento. Tanto Bruno de Carvalho, presidente do Sporting CP, como Domingos Soares de Oliveira, CEO do Sporting CP, enalteceram a forma como a Liga Portugal se tem posicionado em termos tecnológicos. Esta é uma aposta “muito importante para o futebol português e para os seus clubes, sendo um claro sinal de melhoria e desenvolvimento”, afirmou Bruno de Carvalho, para quem o caminho tecnológico “já é uma
Bruno Paixão, árbitro de 1ª categoria, conhece bem o relógio do e-Liga e o quanto pode facilitar a vida em campo. “Bastante porque conseguimos, em tempo real, anotar todos os procedimentos disciplinares e ocorrências, passando a ter o relatório em poucos minutos”, afirmou, durante uma visita à Web Summit. O juiz que já usou o 9
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realidade no atual Sporting CP”. Também Domingos Soares de Oliveira saudou o projeto e-Liga, reiterando que “o futuro, no futebol e na sociedade, passa claramente pelo digital”. “Quem não vir isso está claramente perdido. No Benfica temos uma estratégia ambiciosa em termos de expansão da marca”, destacou o administrador da SL Benfica, SAD.
relógio esta época, no GD Chaves-CD Tondela, da Liga NOS acredita que o futuro passa pelo relógio. “A Liga Portugal inovou, foi uma boa decisão. O futebol português vai sair beneficiado num futuro muito próximo. Este projeto vai ser importante em termos europeus e mundiais”, salientou.
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Notícias LIGA PROMOVEU ENCONTRO ENTRE MÉDICOS DO FUTEBOL O reconhecimento das diversas classes profissionais que atuam em áreas específicas das competições profissionais, levou a Liga Portugal a promover, em parceria com a Associação Nacional de Médicos de Futebol (AMEF), um encontro que juntou, no Centro de Estágio do Jamor, cerca de duas dezenas de responsáveis clínicos de sociedades desportivas da Liga NOS e da LEDMAN LigaPro. Deste encontro, subordinado ao tema
“A Saúde no Futebol”, resultou o desafio lançado à AMEF pelo Presidente da Liga, Pedro Proença, no sentido de que seja apresentada uma proposta destinada a regulamentar a acreditação dos médicos que atuam no âmbito das competições profissionais de futebol. Um desafio prontamente aceite pelo Presidente da AMEF, João Pedro Mendonça, que enalteceu o facto de a Liga demonstrar, “de forma prática, que está disposta a colaborar ativamente na introdução de uma maior eficácia das equipas médicas”. Na opinião de João Pedro Mendonça, “não faz sentido que uma equipa médica de uma equipa profissional de futebol não tenha de cumprir determinados requisitos, tal como sucede com um treinador, que tem de ter um certo nível de formação para estar no banco, ou um jogador, que deve preencher determinados requisitos”.
Liga Portugal apela à prevenção oncológica EM PARCERIA COM A LIGA PORTUGUESA CONTRA O CANCRO A Liga Portugal associou-se, em outubro, ao Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama, com uma ação sensibilizadora durante a 10.ª jornada da Liga NOS, que se realizou entre os dias 27 e 30 desse mês. Em apoio à campanha da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), sob o lema “A Defesa é o Melhor Ataque”, duas mulheres sobreviventes ao cancro da mama – um total de 18 – acompanharam a entrada das equipas iniciais e de arbitragem nos nove jogos da ronda. No acesso ao relvado, os árbitros e as mulheres vestiam uma camisola cor-de-rosa, enquanto os jogadores exibiramna durante o alinhamento, lançando-as depois para as bancadas. Rui Vitória, treinador do SL Benfica, Gonçalo Brandão e Kléber, futebolistas do Estoril Praia, apelaram também, www.ligaportugal.pt
numa ativação digital, à preocupação face a uma doença que vitima 1.500 mulheres por ano. O Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama, o segundo mais comum no sexo feminino – 6.000 casos anuais –, é assinalado a 30 de outubro, pela LPCC.
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GUIA DE RELVADOS NATURAIS REÚNE LINHAS ORIENTADORAS A Liga Portugal lançou um guia de consulta das linhas orientadoras para a manutenção e utilização dos relvados. Este manual foi desenvolvido no âmbito da gestão e profissionalização do futebol profissional, tendo em conta a importância que o relvado tem para a realização do jogo, tanto no aspeto técnico como visual. Traduzindo uma preocupação estratégica da Liga nos últimos 12 meses, o desenvolvimento do Guia de Relvados Naturais recorreu a contributos da FIFA e da UEFA. Teve, ainda, em conta os aportes dos Grupos de Trabalho dinamizados pela Liga Portugal. Através de um processo de concurso, este trabalho contou, também, com o apoio da RED. Especializada na construção e manutenção de relvados desportivos, esta empresa ajudou a conceber o Guia e desenvolveu um conceito único, objetivo e mensurável, de classificação dos relvados naturais.
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A LENTE DOS NOSSOS FOTร GRAFOS
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É sempre um só momento em 90 minutos. O futebol profissional é um campo fértil e de excelência para os instantâneos que marcam carreiras e povoam a imaginação dos adeptos. Marcas de paixão que perduram. Há os que ficam na fotografia e as fotografias que ficam para sempre
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O empenho, o esforço e o talento não escolhem palcos. Quanto muito, são convidados a pisá-los. No palco LEDMAN LigaPro, o jovem futebolista português evolui como gente grande. Não há diferença para o músculo nem para o nervo, conforme o confirmam os instantes captados pelos nossos fotógrafos Hernâni Pereira e Gualter Fatia
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PRÉMIOS AGOSTO
GOLO DO MÊS SAMSUNG LIGA NOS
TREINADOR DO MÊS LIGA NOS
Bruno Fernandes do Sporting CP – o remate de fora da área do médio verde e branco, frente aos vimaranenses, destacou-se de todos os outros pela potência e colocação precisa. Vitória SC – Sporting CP - Jornada 3.
Miguel Cardoso do Rio Ave FC – o antigo membro da equipa técnica de Paulo Fonseca no Shakthar Donetsk começou, nesta época, a sua carreira como treinador principal e arrancou com três vitórias e um empate nas quatro primeiras partidas da Liga.
MELHOR JOGADOR MÊS SAMSUNG LIGA NOS Bruno Fernandes do Sporting CP - o centrocampista leonino começou a época em grande forma, ao marcar três golos nas primeiras quatro jornadas, ajudando o Sporting CP a vencer as quatro partidas disputadas nesse mês.
MELHOR JOGADOR MÊS SAMSUNG LEDMAN LIGAPRO Fede Varela do FC Porto B – o jovem argentino arrancou a edição 2017-2018 da LEDMAN LigaPro ao mais alto nível, tendo faturado por quatro vezes e assistindo por uma num total de cinco partidas.
GUARDA-REDES DO MÊS EUROBIC LIGA NOS Campeão europeu e mundial pela Espanha protagonizou grandes exibições neste período, mantendo a baliza dos dragões inviolada, razão pela qual levou para casa este prémio.
DEFESA DO MÊS LIGA NOS Alex Telles do FC Porto – o lateral esquerdo de alto pendor ofensivo ajudou os portistas a manter a baliza imbatível nas quatro primeiras jornadas da Liga NOS, contribuindo também com duas assistências para golo.
MÉDIO DO MÊS LIGA NOS Bruno Fernandes do Sporting CP - o internacional português comandou a equipa leonina e assinou exibições de grande classe no mês de agosto, destacando-se dos demais nesta zona do terreno
AVANÇADO DO MÊS LIGA NOS Vincent Aboubakar do FC Porto – o camaronês foi uma autentica ameaça às defesas contrárias, tendo faturado por quatro vezes nas quatro primeiras partidas da Liga NOS. Números que fizeram dele o melhor avançado do mês de agosto.
Bruno Fernandes
SETEMBRO
MELHOR JOGADOR MÊS SAMSUNG LIGA NOS Bruno Fernandes do Sporting CP – o jovem português continuou a sua senda de grandes exibições no mês de setembro, desta vez com dois golos em três partidas, dados que lhe valeram a repetição da proeza do mês anterior.
MELHOR JOGADOR MÊS SAMSUNG LEDMAN LIGAPRO Galeno do FC Porto B – o extremo brasileiro arrancou grandes exibições ao serviço da equipa B dos dragões, ajudando a vencer três das quatro partidas disputadas na LEDMAN LigaPro, contribuindo com um golo.
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GOLO DO MÊS SAMSUNG LIGA NOS Bruno Fernandes do Sporting CP – cada vez mais conhecido pelo seu temível remate de longe, o médio português concretizou, frente ao CD Tondela, um golo de longa distância que bateu o guarda-redes tondelense. Sporting CP - CD Tondela Jornada 6.
GUARDA-REDES DO MÊS EUROBIC LIGA NOS Charles do Marítimo M. – o guardião brasileiro tem sido um dos destaques desta edição da Liga NOS, tendo no mês de setembro, assinado exibições de grande qualidade que lhe valeram esta distinção.
DEFESA DO MÊS LIGA NOS Bebeto do Marítimo M. - na sua primeira época em Portugal, o lateral direito já deixou a sua marca, com exibições de grande qualidade, tanto no aspeto defensivo como na hora de atacar.
OUTUBRO E NOVEMBRO MELHOR JOGADOR MÊS SAMSUNG LIGA NOS Jonas do SL Benfica – o avançado brasileiro marcou sete golos no mês de outubro e novembro, ajudando os “encarnados” a vencer quatro dos cinco jogos disputados nesses dois meses. Para além dos sete golos, ainda contribuiu com dois passes para golo.
MELHOR JOGADOR MÊS SAMSUNG LEDMAN LIGAPRO Rui Costa do FC Famalicão – o jovem português esteve em grande forma nas cinco partidas que disputou neste período, ao fazer seis golos e uma assistência. O FC Famalicão venceu todas as partidas em que Rui Costa marcou ou assistiu.
MÉDIO DO MÊS LIGA NOS Danilo Pereira do FC Porto – o pêndulo defensivo do meio campo dos dragões ajudou a conquistar três vitórias no mês de setembro, tendo contribuído com um golo nas três partidas que disputou neste período.
AVANÇADO DO MÊS LIGA NOS Moussa Marega do FC Porto – o possante avançado maliano tem sido um dos destaques desta edição da Liga NOS. Em setembro não foi diferente, a fazer balançar as redes das balizas contrárias por três vezes, e assistindo, numa ocasião, um colega portista.
TREINADOR DO MÊS LIGA NOS Daniel Ramos do Marítimo M. – o treinador português fez do Estádio dos Barreiros uma autentica fortaleza. Em setembro não foi diferente, duas partidas na Ilha da Madeira, duas vitórias.
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MÉDIO DO MÊS LIGA NOS Dener do Portimonense – autor de dois golos e uma assistência nos quatro jogos em que participou nos meses de outubro e novembro, o médio brasileiro foi fundamental na conquista de oito pontos em 12 possíveis.
AVANÇADO DO MÊS LIGA NOS Shoya Nakajima – o avançado japonês é uma das revelações desta temporada na Liga NOS, e os meses de outubro e novembro vieram confirmar isso, tendo marcado três golos e feito uma assistência em quatro partidas.
TREINADOR DO MÊS LIGA NOS Vítor Oliveira do Portimonense – o experiente “timoneiro” guiou a equipa algarvia a duas vitórias e dois empates nos quatro jogos disputados na Liga NOS, fazendo do Portimonens uma das equipas em melhor forma em outubro e novembro.
GOLO DO MÊS SAMSUNG LIGA NOS Rodrigo Pinho do Marítimo M. – o pé esquerdo do avançado madeirense assinou o melhor golo do mês, concretizando um potente e colocado remate de longa distância. Marítimo M. – CD Tondela - Jornada 10.
GUARDA-REDES DO MÊS EUROBIC LIGA NOS Rui Patrício do Sporting CP – o campeão europeu foi fundamental na conquista de 11 dos 15 pontos possíveis por parte dos “leões”, “enchendo” a baliza com grandes defesas e reflexos valiosos, que lhe valem esta eleição.
DEFESA DO MÊS LIGA NOS Sebastian Coates do Sporting CP – o patrão da defesa “leonina” foi totalista nas cinco partidas disputadas pela equipa de Jorge Jesus, ajudando o Sporting CP a vencer três jogos neste período, empatando apenas com o FC Porto e o SC Braga.
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DADOS DO PRIMEIRO TERÇO DA LIGA NOS Mais remates, maior eficácia, mais golos. As 11 primeiras jornadas da época 20172018 da Liga NOS foi pródiga em festejos, com um aumento de golos (mais 39 do que em 2016-2017), relacionados com uma maior eficácia na hora de rematar. A cada 8,5 remates foi concretizado um golo, contrastando com os 9,7 da época passada, fazendo com que a eficácia de golos por cada remate tenha aumentado de forma bastante significativa para 11,8 por cento, comparativamente com os 10,3 por cento de 2016-2017. Tanto na época passada como na atual, as 11 primeiras jornadas significaram 99 partidas disputadas. Calculando a média de golos marcados nestes 99 jogos, constata-se uma subida de 2,31, na época passada, para 2,71 em 2017-2018. Verifica-se, assim, um aumento de 17,3 por cento nesta temporada. Dos 268 golos marcados nas primeiras 11 jornadas da corrente temporada, 115 (42,9 por cento) aconteceram na primeira metade das partidas, enquanto na segunda parte foram concretizados 153 (57,1 por cento). Um aumento claro em relação à época passada, na qual tinham sido marcados, até à 11.ª jornada, 99 golos na primeira metade das partidas e 130 na segunda. Para estes resultados contribuiu o aumento do número de remates às balizas das equipas da Liga NOS: 2282, na corrente época, contra 2222, em 2016-2017. Até à 11ª jornada, este ano as equipas remataram mais vezes na segunda parte (53,6 por cento) do que em igual número de jornadas da época passada (52,8 por cento).
1 268 golos
golo em cada 8,5 remates
média de golos por jogo
2016-2017: 229
golos na primeira parte
115 2016-2017: 99
2,71 2016-2017: 2,31
média de remates por jogo
23
golos na segunda parte
153
2016-2017: 22,4
eficácia de golos por remate 11,8% 2016-2017: 10,3%
2016-2017: 130
número de remates
2282 2016-2017: 2222
1 golo em cada 9,7 remates em 2016-2017
vitórias sem sofrer golos
51% 2016-2017: 57%
Jogos em que as duas equipas marcam: 49% 2016-2017: 43%
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QUANDO UMA EQUIPA MARCA PRIMEIRO
A edição 2017-2018 da Liga NOS tem demonstrado a importância de marcar primeiro nas partidas disputadas. Nestes 99 jogos, quando uma equipa marcou primeiro, em 68 vezes conseguiu conquistar os três pontos no fim. Em 12 jogos assistiu-se a uma reviravolta no marcador, com a equipa que marcou primeiro a sair derrotada. No que toca a empates, em 15 partidas, a equipa que entrou a perder acabou por igualar o marcador, havendo divisão de pontos no final. Se compararmos estes dados com as primeiras 11 jornadas da época 2016-2017, verificamos que houve um aumento do número de vitórias das equipas que marcam primeiro, passando de 62 para os referidos 68. Já o número de empates mantém-se idêntico, com 15 nesta temporada e 17 na época passada. Dados interessantes que atestam e confirmam a importância de marcar primeiro.
68 (69%) VITÓRIAS 2016-2017: 62 (63%) VITÓRIAS 15 (15%) EMPATES 2016-2017: 17 (17%) EMPATES 12 (12%) DERROTAS 2016-2017: 11 (11%) DERROTAS 4 (4%) JOGOS 0-0 2016-2017: 9 (9%) JOGOS 0-0
Um dos dados mais interessantes de análise no futebol é o momento em que os golos são marcados. A frescura mental e física dos jogadores, a alta pressão que as equipas exercem sobre as defesas adversárias, os índices de concentração, o ambiente nas bancadas, tudo são fatores que influenciam o momento da partida em que os adeptos podem festejar o golo.
Analisando os períodos comparativos entre 2017-2018 e 2016-2017, até à 11ª jornada, salta à vista o aumento de golos marcados dos 16 aos 30 minutos de jogo, assim como dos 31 aos 45 minutos da primeira parte. Entre 46 e os 60 minutos verificouse um aumento de três golos, assim como no segundo terço da segunda parte das partidas.
Por fim, os últimos 15 minutos das partidas estão a ganhar cada vez mais interesse, intensidade e importância nesta edição da Liga NOS. Tal como na época 2016-2017, até à 11ª jornada, o último quarto de hora de jogo foi aquele em que se foram marcados mais golos, registando-se um aumento de 15 tentos na comparação entre as duas temporadas.
MINUTOS DOS GOLOS 61’ – 75’ 76’ - 90’+
2017-2018
16’ – 30’ 31’ – 45’ 46’ – 60’
31
47
37
37
48
68
2016-2017
1’ – 15’
32
37
30
34
43
53
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LIGA-TE Nº1
TALENTO
LIGA PORTUGAL E LALIGA ASSINARAM MEMORANDO DE ENTENDIMENTO
A Liga Portugal e a LaLiga, de Espanha, assinaram um memorando de entendimento com vista à cooperação em matérias como o controlo financeiro e a exploração de marcas, a responsabilidade social e a formação. Este acordo, rubricado em Madrid pelos Presidentes das duas entidades, Pedro Proença e Javier Tebas, materializa o excelente relacionamento existente entre a Liga Portugal e a LaLiga, tendo como objetivo essencial o desenvolvimento do futebol dos dois países.
Segundo Pedro Proença, o protocolo é, precisamente, o “resultado de dois anos de trabalho entre as duas ligas”, acrescentando que Portugal tem “tudo a ganhar” com as “boas práticas da liga espanhola”, que é hoje uma “referência em termos mundiais”. Entre os principais pontos do memorando de entendimento, destaque para a assessoria da LaLiga ao programa de Controlo Económico da responsabilidade da Liga Portugal, orientado para assegurar a transparência económica e financeira do futebol português, bem como a gestão dos clubes profissionais nacionais. Materializando esta cooperação, o diretor de operações da LaLiga, José Guerra Alvarez, deslocou-se à sede da Liga Portugal, no Porto, em novembro, para realizar uma conferência sobre os critérios de controlo financeiro daquele organismo espanhol, apresentando algumas metodologias que aplica neste âmbito. Uma sessão que contou com a presença de vários representantes das Sociedades Desportivas. Um outro ponto importante do protocolo tem a ver com o desenvolvimento de sinergias para o redimensionamento de ambas as marcas – Liga Portugal e LaLiga – e a sua internacionalização. O objetivo é reforçar o respetivo crescimento, com a realização
de conferências e a troca de experiências em áreas como a gestão desportiva, marketing, gestão financeira, administração, segurança nos estádios, integridade e “match-fixing” (resultados combinados). Neste último capítulo, as duas instituições, cientes da evolução do futebol profissional, garantem, entre outras estratégias, o fomento permanente do jogo limpo e a luta contra os resultados combinados. A nível institucional, a LaLiga vai assessorar a Liga Portugal na criação de projetos sociais, mediante uma política de Responsabilidade Social Corporativa. Vai, igualmente, prestar aconselhamento acerca do Programa de Embaixadores, ativado em 2015. O acordo prevê, ainda, a possibilidade de cooperação entre ambas as instituições ao nível do futebol de formação, tendo como exemplo o prestigiado torneio “LaLiga Promises”. Nesse âmbito, abre também a possibilidade de criação de Academias de Excelência da LaLiga em Portugal e a organização de acampamentos infantis desportivos de verão. A colaboração entre as duas ligas prevê, igualmente, a criação de uma nova competição que envolva equipas de Portugal e Espanha.
Presidente da Liga Portugal e o homólogo espanhol, Javier Tebas, assinaram acordo
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RIGOR
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LIGA-TE Nº1
TALENTO
DEBATE E PARTILHA Cada época desportiva significa também o arranque das atividades dos Grupos de Trabalho, num momento de enorme agregação do futebol profissional, já que, durante um dia, que se repete em cinco ocasiões ao longo da temporada – existe a possibilidade de existirem dois encontros extraordinários – as Sociedades Desportivas reúnem-se para discutir temáticas de interesse coletivo nas áreas das Competições, Comunicação, Financeiro, Jurídico e Marketing. Depois de na época transata se terem contabilizado mais de 700 horas de reunião, com 232 presenças que fomentaram o envolvimento dos representantes dos clubes, e terem sido feitas 177 propostas de alteração regulamentar, que posteriormente foram apresentadas nas Jornadas Anuais, no Estádio do Dragão, este ano a Liga Portugal promove a segunda edição dos Grupos de Trabalho. Estes grupos têm por objetivo alinhar as diversas temáticas coletivas, com vista a alterações regulamentares ou criação de ferramentas e mecanismos de maior eficiência, valorização e potenciação das competições em geral, e das Sociedades Desportivas em particular. A área das Competições foca as suas temáticas de debate na idade mínima de acesso aos recintos desportivos, no papel dos coordenadores de segurança, na permissão do consumo de bebidas alcoólicas, a existência de setores nos estádios onde os adeptos possam ficar em pé durante as partidas, ou em outras questões como a reflexão do número de equipas na Liga NOS e na LEDMAN LigaPro, em virtude das normas da UEFA, do Regulamento do Fair-Play e a regulação dos equipamentos.
No departamento de Comunicação, estão a ser abordadas questões como a hierarquização e segregação dos media, a atribuição e distribuição de coletes aos membros dos órgãos de Comunicação Social, bem como
a distribuição de conteúdos partilhados e redes sociais, ou os passos necessários para uma crescente credibilização das competições da Liga Portugal e os procedimentos a adotar nas flash-interview.
Departamento de Competições
Departamento de Comunicação
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TALENTO
No que toca à área Financeira, a revisão da portaria 50/2013 está a ser discutida, tal como os pressupostos de natureza financeira, os seguros de acidentes de trabalho, o modelo de escrutínio de investimento financeiro nas Sociedades Desportivas e o programa de saneamento financeiro dos clubes. Nas sessões de trabalho que juntam o Departamento Jurídico da Liga Portugal e os representantes das Sociedades Desportivas dessa mesma área, têm sido debatidos os temas da Gestão da Disciplina e Arbitragem, do policiamento, das multipropriedades e registo de interesses, e das apostas desportivas. No âmbito do Marketing, são abordadas questões relativas à Central de Marketing, propriedades comuns das competições, bilhética e desenvolvimento do digital e do ecossistema digital, sendo esta uma grande aposta da Direção-Executiva da Liga NOS. Este trabalho conjunto culminará, a 23 de março de 2018, com a realização da segunda edição das Jornadas Anuais dos Grupos de Trabalho, que terá lugar no Estádio da Luz, em Lisboa, onde se apresentarão as respetivas propostas e conclusões. Das conclusões obtidas nestes subgrupos, são elaboradas propostas de alteração aos Regulamentos de Competições, de Arbitragem e Disciplinar da Liga Portugal, que serão levadas a aprovação em sede de reunião da Direção da Liga. Para que as propostas que estão a ser desenvolvidas nas diversas áreas possam ser aprovadas pelas Sociedades
Departamento Jurídico
Departamento de Marketing
Desportivas terão que ser apresentadas e votadas em sede de Assembleia Geral da Liga Portugal. De qualquer forma, para a Liga Portugal estes Grupos de Trabalho são já motivo de orgulho, pela disponibilidade, assiduidade e espírito de diálogo revelado por todos os representantes das Sociedades Desportivas. A ativação do “superflash” no final das partidas da Liga NOS e a melhoria das condições dos repórteres de pista são algumas das propostas em estudo nos Grupos de Trabalho relacionado com os diretores de Comunicação das sociedades desportivas e outros operacionais cuja principal preocupação é a imagem da competição.
Departamento Financeiro
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LIGA-TE Nº1
DESTAQUE
“EXCELENTE CARTÃO DE VISITA” RICARDO RIO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE BRAGA CIDADE EUROPEIA DO DESPORTO ABRE COM A FINAL FOUR Em 2018, Braga é a Cidade Europeia do Desporto. Num calendário que se prevê vasto em termos de competições que terão a cidade minhota como palco, o ano arranca com a Final Four da Taça CTT. Uma das três competições profissionais de futebol organizadas pela Liga Portugal, que tem no Município um parceiro fundamental para a sua concretização. Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, está otimista quanto ao sucesso da Final Four, considerando que será “um excelente cartão de visita logo na abertura” da Cidade Europeia do Desporto. Essa foi, aliás, uma das principais motivações que levaram a autarquia a manifestar o interesse em acolher a fase final da Taça CTT. Por outro lado, explica Ricardo Rio, um evento como este tem “uma dimensão mediática muito importante”, que se enquadra no desejo de procurar “captar para o concelho grandes competições nacionais e internacionais de todas as modalidades”. “Quando percebemos a estratégia da Liga Portugal de descentralizar e diversificar os palcos desta competição entendemos, desde a primeira hora, que LIGA-TE Nº1
Braga poderia ser uma solução para acolher a Final Four”, revela. A fase final da Taça CTT chega assim a um concelho onde o futebol é não só “a modalidade desportiva mais praticada”, como dispõe também de um estádio com características arquitetónicas únicas no mundo. Há mesmo quem o descreva, frequentemente, como um “estádio democrático”, onde todos os adeptos têm a mesma visão do relvado, dada a forma como as bancadas estão dispostas. 24
“Será um palco muito interessante para a Final Four da Taça CTT”, refere Ricardo Rio, lembrando que o Estádio Municipal de Braga “é uma peça arquitetónica e uma obra de engenharia de rara beleza”, único em termos de enquadramento. Por outro lado, “é desafiante do ponto de vista técnico e, por esse motivo, tem suscitado o interesse de muitos especialistas a nível internacional, sendo, ele próprio, também um cartão de visita da cidade”. www.ligaportugal.pt
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OPORTUNIDADE PARA DINAMIZAR SETORES BASE DA ECONOMIA LOCAL A expetativa do presidente da Câmara Municipal de Braga relativamente ao impacto local da Final Four da Taça CTT é grande. Contextualiza-o, contudo, em duas dimensões. A primeira é a possibilidade de “propiciar aos bracarenses o contacto com toda a logística, toda a dinâmica que uma organização destas envolve, não só com o acolhimento dos jogos relativos às meias finais e à final, mas depois, de uma forma também muito particular, com toda a animação que se vai verificar na Fan Zone, no centro da cidade”. A esse propósito, refere a Corrida do Adepto, “onde vão participar, seguramente, muitos milhares de bracarenses, e não só, e isso é, obviamente, muito importante para os habitantes do concelho”. www.ligaportugal.pt
Numa segunda dimensão, Ricardo Rio realça a capacidade que um evento como a Final Four da Taça CTT tem para “promover a cidade e atrair, ao longo desses dias, bastantes visitantes de fora de Braga, que acompanharão as suas equipas e irão, também, assistir a cada uma dessas realizações”. Trata-se, por isso mesmo, de um grande acontecimento desportivo, acompanhado por um conjunto de ações paralelas no centro da cidade que, acredita o autarca, “irão dinamizar Braga, quer do ponto de vista turístico, quer do comércio e da restauração”, ou seja, “de todos os setores base da atividade económica local”. De 20 a 27 de janeiro, os adeptos das quatro equipas que irão disputar a 25
Final Four da Taça CTT vão ter a oportunidade de visitar a mais antiga cidade de Portugal, com mais de dois mil anos de história, que é também a mais antiga cidade cristã do mundo. Braga é, por isso, nas palavras do presidente da Câmara Municipal, “um destino com muitos recursos turísticos para oferecer”. Fundada pelos romanos no ano 16 a.C. e, então, denominada Bracara Augusta em honra do imperador César Augusto, Braga reúne vestígios de muitos séculos de história, passando pelo período barroco até aos tempos mais modernos, em que ganha prestígio enquanto cidade criativa, universitária e de referência ao nível científico e tecnológico. LIGA-TE Nº1
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Também apelidada de “cidade dos arcebispos”, Braga continua a ter uma “forte dimensão religiosa, com centenas de igrejas que dispõem de um espólio muito interessante”, conforme Ricardo Rio faz questão de sublinhar. Se lhe perguntamos o que aconselha a visitar, não hesita. Desde logo, “a Sé Catedral, que tem mais de 900 anos, o Bom Jesus do Monte, que está a concorrer a Património da Humanidade, a Basílica do Sameiro, que é também um ex-libris da cidade, ou o Mosteiro de Tibães, mais na periferia”. No centro da cidade, Ricardo Rio destaca, ainda, “a dinâmica comercial e a qualidade da gastronomia local, a vibração que se sente nas ruas”. Aconselha, igualmente, a visitar “o Theatro Circo, o Palácio do Raio, o Museu dos Biscaínhos e o Museu Nogueira da Silva”. “Numa outra dimensão, os nossos visitantes podem tentar conhecer, ainda, o Campus da Universidade do Minho e, do ponto de vista mais científico e tecnológico, o Instituto de Nanotecnologia, que é também um espaço aberto a visitas”.
Em 2018, Braga é Cidade Europeia do Desporto. O objetivo do Município é que 2018 deixe um legado para o futuro, gerando o aumento da prática desportiva no concelho, com benefícios ao nível da promoção da saúde, integração e educação. E se este grande ano abre com um evento da dimensão da Final Four da Taça CTT, o certo é que a agenda desportiva de Braga promete muitos e variados acontecimentos, alguns dos quais de nível internacional. O programa, que à data do fecho desta edição ainda não tinha sido oficialmente anunciado, integra a realização do Campeonato Nacional de Remo Indoor, competições internacionais de ginástica aeróbica, ginástica desportiva e ginástica de trampolins, a Taça da Europa de Karaté, e finais de supertaças e taças de Portugal de várias modalidades. LIGA-TE Nº1
2018, O ANO DO DESPORTO A escolha de Braga para Cidade Europeia do Desporto acontece depois de ter sido Capital IberoAmericana da Juventude, em 2016, e um ano antes da organização da XIII edição dos Jogos do Eixo Atlântico, que irão decorrer em 2019. Segundo o Presidente da Câmara Municipal, Ricardo Rio, estas distinções “confirmam o potencial da cidade e o trabalho desenvolvido nos últimos anos”. Constituem, por outro lado, um estímulo para a aposta na melhoria 26
das condições para a prática desportiva, quer de atletas de alta competição, quer da população em geral. Neste contexto, estão em curso obras de reabilitação do Complexo Desportivo da Rodovia e do Parque de Exposições de Braga, dois dos principais espaços que ainda irão acolher eventos da Cidade Europeia do Desporto. Decorrem, também, projetos de requalificação e reabilitação do Pavilhão Flávio Sá Leite e da Ciclovia Urbana, respetivamente. www.ligaportugal.pt
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LIGA-TE Nยบ1
“BALANÇO É MUITO POSITIVO” DESTAQUE
miguel salema garção Diretor de Marca e Comunicação dos CTT quer manter a aposta no futebol e elogia modelo competitivo da Taça CTT
LIGA-TE Nº1
Os CTT têm dois momentos fortes de ligação ao futebol. Um foi no Euro’2004, e o outro, mais recentemente, na Taça CTT. Qual o balanço que faz? O balanço para a marca e para o negócio é, do meu ponto de vista e da empresa, muito positivo. Relativamente ao Euro’2004 fomos a primeira empresa portuguesa a associar-se a um projeto que era, sem dúvida, de grande importância nacional, para a economia e para o país. E, como grande empresa, entendemos que devíamos estar presentes para potenciar e valorizar tudo aquilo que era a nossa cadeia de valor e o portfólio de produtos e serviços. Tivemos um conjunto de emissões filatélicas que levaram não só o nome do Euro’2004 mas também de Portugal aos quatro cantos do mundo, porque os selos são, sem sombra de dúvida, um exemplo de comunicação. E entendemos também que, potenciando uma das maiores redes de retalho de Portugal, como são o caso das nossas lojas, podíamos potenciar a venda de merchandising 28
alusivo à competição. Depois temos um conjunto de emissões filatélicas, fora do Euro’2004, feita em conjunto com alguns clubes portugueses, entre eles o Sporting CP, o SL Benfica e o FC Porto, e também alguns selos com figuras, como por exemplo, Eusébio. Por seu lado, na Taça CTT, estamos a viver o terceiro ano, numa competição que era inicialmente vista como o patinho feio e aqui, como gostamos de grandes desafios, entendemos que seria uma boa oportunidade para aproveitar, tendo em conta os atributos que a modalidade reúne e que potencia quem nela quer investir. O futebol é transversal a toda a sociedade, a todas as religiões, a todas as faixas etárias… nas mesas de um português dificilmente se encontra uma conversa que não seja de futebol. Por isso, o futebol é um veículo de comunicação de excelência, no qual as marcas podem investir para potenciar os seus produtos, para criar valor, notoriedade e ajudar na penetração do mercado. O balanço é muito positivo, e, para nós, foi muito importante para comunicar o lançamento de um projeto muito ambicionado na empresa, como era o Banco CTT. O facto da Taça CTT marcar, agora, o calendário futebolístico português durante toda uma semana é uma mais-valia? O modelo de competição foi alterado, é inovador e pode potenciar a comunicação. Sendo uma competição menos espaçada no tempo, dentro do que é a estratégia de comunicação das marcas, há que apelar à criatividade e ter uma estratégia bem delineada para capitalizar ao máximo as várias vertentes, seja de ativação da marca, de produtos e serviços, de eventos, de comunicação publicitária, bem como ao nível do digital, do tratamento do social media, do marketing e de tudo o que envolve o “brand” e as Relações Públicas. O modelo é interessante e o facto de se ter realizado a sul, no centro e no norte mostra que a Liga Portugal quer levar o futebol e a competição a todo o país. Os CTT, como empresa de enorme proximidade à população e de grande presença territorial, atribui favoravelmente o investimento nesta competição. www.ligaportugal.pt
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A Liga Portugal tem apostado fortemente na profissionalização, rigor e organização. Estes fatores também contribuíram para a aposta dos CTT?
“Entendemos que o futebol é um veículo de excelência para trazer até junto de nós os portugueses”
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É sempre mais fácil trabalhar com organizações profissionais e com pessoas que têm os “skills” para o exercício das funções. É verdade que o futebol em Portugal tem seguido um projeto para se profissionalizar, através de organismos como a Liga Portugal e a FPF. Os próprios clubes já têm estruturas bastante profissionais e isso é muito importante, porque as organizações só sobrevivem neste mercado se forem altamente profissionais. Não faz sentido Portugal ter dos melhores treinadores e jogadores, se as estruturas deixarem a desejar. Através dos clubes, da Seleção 29
Nacional, e dos contactos que a Liga Portugal tem com outras Ligas, temos a sorte de aprender com os bons exemplos, embora com a certeza que em Portugal existem muitos bons talentos, e a verdade é que quando somos chamados a intervir fazemos até melhor do que os outros. Em Portugal há muito talento. É preciso ter coragem de rejuvenescer o quadro de dirigentes do futebol português, de aproximar a modalidade às melhores escolas de negócio, porque um jovem talento que queira acabar o mestrado, pensa três/quatro antes de ingressar numa organização desportiva… Mas se for para uma multinacional de outra atividade diz logo que sim. Porquê? Porque tem receio de alguma instabilidade e daquilo que, por LIGA-TE Nº1
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vezes, o futebol leva à tona. Há que parar para pensar, o futebol é uma indústria muito forte e que merece ter os melhores profissionais e muito talento ao seu serviço Diz-nos, então, que o futebol precisa de ser mais acarinhado em todas as vertentes? O futebol não pode ser uma guerrilha constante. O futebol precisa de paz institucional. O futebol revela paixões e arrasta multidões, com tudo o que de positivo e negativo isso acarreta. Os pós e os contras foram bem analisados dentro dos CTT antes da aposta na modalidade? Obviamente que sim. Tínhamos como primeira missão a privatização, num momento em que o país estava sob assistência financeira e em que a Europa vivia uma crise, e esse processo foi um sucesso. Tudo o que é empresarial tem a componente racional, porque a nossa obrigação, no final do dia, é entregar valor ao acionista, mas também sabemos que q componente emocional é fundamental para chegar ao consumidor, para fidelizar clientes e obter outros novos. Portanto, há que encontrar uma fronteira para casar o racional e o emocional, ainda por cima tratando-se de uma “super brand”, uma marca acarinhada. Somos marca de confiança dos portugueses. É importante que os CTT reúnam, dentro dos seus atributos valores como a confiança, a proximidade, a versatilidade, a portugalidade, e entendemos que o futebol é um veículo de excelência para trazer até junto de nós os portugueses. Existe ou ponderam o investimento em outros desportos? Há outras modalidades, como a aposta no Estoril Open, mas aí mais do ponto de vista comercial, porque é também um espaço de excelência que potencia a concretização de negócios e o networking para as áreas comerciais; Estamos presentes também na corrida, que hoje faz parte do modo de vida das pessoas no global, através da maratona; E estamos também empenhados em algo que assumimos com muita clareza, que é a responsabilidade social e da cidadania LIGA-TE Nº1
empresarial, dando o naming à prova de deficientes motores em cadeira de roda, que se realiza dentro das maratonas de Portugal. Tivemos, igualmente, uma presença no surf, porque entendemos que era importante trazer para nós as novas gerações, que são os clientes do futuro, já que a nossa atividade não é só correio e está muito alavancada no digital, através do “Expresso encomendas” e do “e-commerce”. Sabemos que este target faz muitas compras online e nós queremos ser claramente lideres de mercado nesse setor e ser o “player” que entrega as encomendas. E temos ainda a componente dos serviços financeiros, que já fazemos há muitos anos e que agora foi reforçada com o Banco CTT. Não somos só correio. Estamos a surfar a onda do digital, a adaptarmo-nos a esta transformação da economia e continuaremos a dar cartas, utilizando veículos fortes de promoção. O facto de ser uma marca forte pode potenciar o crescimento de outras empresas ou atividades… É uma marca fortíssima, que faz parte da história de Portugal, e que em 2020 celebra 500 anos. Obviamente é uma marca que tem, por um lado, uma enorme responsabilidade no país e, por outro, um grande capital de necessidade de comunicar, porque é difícil construir uma marca e torná-la de referência, uma “super brand”. Mas também muito difícil destruir uma marca e isso nós não queremos. Qual será o posicionamento futuro dos CTT? Vamos aguardar. Estamos a fazer um conjunto de estudos para avaliar a nossa presença, casando também com a estratégia dos CTT, mas na certeza porém que o desporto, independentemente da modalidade, será claramente um dos veículos que queremos escolher para comunicar todas as marcas que fazem parte do portfólio da maca CTT. A entrada nos clubes de futebol português, como sponsor ou parceiro, está no horizonte? Entendo que uma marca transversal, e com a portugalidade dos CTT , a apoiar, teria que ser uma Seleção Nacional. 30
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“É uma marca fortíssima, que faz parte da história de Portugal, e que em 2020 celebra 500 anos” www.ligaportugal.pt
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CIDADE ANFITRIÃ
PALCO ATRAÇÃO
MAQUETA DA FAN ZONE
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CIDADE ANFITRIÃ
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Est rad ad eS ão Ma rtin ho
Conhecido como a Pedreira, o Estádio Municipal e Braga foi construído para ser uma das casas do Euro’2004. Inaugurado a 30 de dezembro de 2003, num jogo entre o SC Braga e o Celta de Vigo, o recinto recebe vários visitantes, sobretudo estudantes de arquitetura, que querem perceber como foi projetada uma obra tão diferente. É o palco oficial da Final Four.
DA FAN ZONE AO ESTÁDIO
ENCHA-SE DE EMOÇÃO NA TAÇA CTT
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P 6B OR TA AT S AT
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A Liga Portugal e a FootballSolidar unem-se na criação de cinco caixas de emoção comemorativas da Final Four da Taça CTT. As caixas colocam à disposição produtos únicos de merchandising relacionados com a competição, desde bilhetes, camisolas, réplicas das Taça ou até uma visita ao Estádio, palco da final. Os preços variam entre os 29,90 € e os 149, 90€. Podem ser adquiridas em www.ligaportugal.pt.
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EMBAIXADORES DA TAÇA CTT
A etapa conclusiva da Taça CTT, uma das competições profissionais do futebol português, prevê uma semana dedicada ao convívio e à diversão de todos, assim como à atividade física nas ruas bracarenses. Para isso, a Liga Portugal conta com o apoio de dois atletas com fortes ligações à cidade: Alan, ex-jogador do SC Braga, e Jéssica Augusto, antiga maratonista e uma das personalidades da região.
“É uma honra muito grande, um reconhecimento de um trabalho e de um percurso que eu fiz ao longo de uma carreira que classifico de brilhante” ALAN A 11ª edição da Taça CTT culmina em Braga com a Final Four, de 20 a 27 de janeiro, fase decisiva da prova composta por três jogos – meias-finais e final –, sendo Alan, o atual diretor de Relações Institucionais do SC Braga, um dos embaixadores e aquele que, por motivos óbvios, está mais ligado ao futebol. “É uma honra muito grande, um reconhecimento de um trabalho e de um percurso que eu fiz ao longo de uma carreira que classifico de brilhante”, enalteceu o ex-jogador. Alan disputou 549 jogos ao mais alto nível em Portugal, marcou 73 golos em 16 temporadas, juntando-lhe dois títulos de campeão nacional e a própria Taça CTT, competição que na época anterior se revitalizou e que, agora, “tem um modelo muito inovador”. “Dá mais oportunidades a equipas de menores dimensões para poderem ganhar. Antes o desgaste era maior”, afirmou Alan, avivando de seguida a sua melhor memória na prova: a conquista em 2013, no Estádio Cidade de Coimbra, frente ao FC Porto: “Recordo-me logo de erguer o troféu, com os meus companheiros Custódio e Hugo Viana, e do meu golo decisivo, possibilitando o objetivo”. Além desse golo, note-se, Alan festejou por mais seis vezes, participou em 22 jogos, e atingiu a final por duas vezes – a segunda no LIGA-TE Nº1
Estádio Algarve em 2017. A escolha de um reconhecido nome do futebol profissional para seu emissário comunga com o estatuto de símbolo que augura no clube minhoto, visando representar assim os valores da competição: a Celebração e a Paixão desportiva e também a Agregação adepta. Estes são valores reconhecidos a Alan, pois a sua carreira ‘aportuguesada’ fala por si: Marítimo Madeira, FC Porto, Vitória SC e – o rival – SC Braga, foram os emblemas servidos, este último durante mais de metade da carreira. E que continua a servir, agora noutra função. 34
Alan Osório da Costa Silva figura na história da modalidade em Portugal, com diversas provas dadas, várias delas em Braga, a próxima cidade anfitriã da Final Four, onde quatro equipas competem pelo título de Campeão de Inverno. O palco não podia ser melhor. “O Estádio Municipal de Braga foi muito bem escolhido. Significa um crescimento da própria cidade e até do clube e suas infraestruturas. Acaba por ser ótima a atração de imensos adeptos”, elogiou, por fim. www.ligaportugal.pt
JÉSSICA AUGUSTO
“É sempre um orgulho ser embaixadora de um acontecimento desportivo, sobretudo numa cidade que muito me diz.” JÉSSICA AUGUSTO
Em 2010 estabeleceu o recorde europeu de nove minutos, 19 segundos e 39 centésimos em duas milhas indoor, em Birmingham, Inglaterra. Jéssica Augusto estreou-se em maratonas em Londres, registawndo a segunda melhor marca competitiva de então. A caminho dos Jogos Olímpicos de 2012 – onde se fixou em sétimo –, também em Londres, Inglaterra, ficou em terceiro e quarto lugar nos Campeonatos de Europa da Barcelona, nas vertentes de cinco e dez mil metros. Em 2014 conquistou a medalha de bronze na Maratona do Campeonato da Europa, em Zurique, na Suíça. Após ter sido mãe, participou nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, no Brasil, Jéssica Augusto conquistou novo bronze na meia-maratona feminina dos Europeus de Atletismo. Graças aos seus múltiplos feitos no atletismo nacional, europeu e até mundial, a corredora portuguesa é considerada, por muitos, como a atual melhor portuguesa da modalidade.
A 27 de janeiro vai decorrer a próxima edição solidária da Corrida do Adepto, prova apadrinhada pela corredora Jéssica Augusto e que tem o mote “Vem Correr Pela Tua Equipa”. O evento, cuja extensão é de 10 quilómetros (metade para a caminhada), tem o apoio da Câmara Municipal de Braga e do Instituto Português do Desporto e da Juventude, associando-lhe um cariz de responsabilidade social, com parte das verbas das inscrições a revereterem para duas instituições de solidariedade bracarenses. “É sempre um orgulho ser embaixadora de um acontecimento desportivo, sobretudo numa cidade que muito me diz. Além disso, é importante apoiar o desporto e incentivar a atividade física, reforçando com isto a qualidade organizativa dos bracarenses”, frisou a ex-atleta, nascida em Paris, e que iniciou a sua já “maratona” profissional ao serviço do SC Braga, em 1997. Três anos depois sagrou-se campeã europeia de corta-mato júnior e até 2008 obteve sempre vitórias nacionais em corta-mato e na estrada, em diferentes distâncias. No seu palmarés, destacam-se uma medalha de ouro em Banguecoque, na Tailândia, e o estatuto de vice-campeã europeia de corta-mato, em Bruxelas, na Bélgica. www.ligaportugal.pt
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CORRIDA: ATÉ 31 DEZEMBRO: 8€ / DE 1 A 22 JANEIRO: 10€ CAMINHADA: ATÉ 31 DEZEMBRO: 5€ / DE 1 A 22 JANEIRO: 7€ INSCRIÇÕES DE ÚLTIMA HORA: 12€ Organização
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Apoio Institucional
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PROFISSIONALISMO
Sociedades Desportivas ANTÓNIO SILVA REELEITO PRESIDENTE DO RIO AVE À frente do Rio Ave FC há quase uma década, António da Silva Campos foi reeleito Presidente da Direção do conjunto vila-condense. Com quase 80% dos votos, o líder do Rio Ave FC terá pela frente mais um triénio de mandato, tendo agradecido aos sócios a participação no sufrágio, desejando “um Rio Ave FC estável financeiramente, sustentável, que continue a lutar pela afirmação enquanto clube que luta pelos 8 primeiros lugares e tentando sempre chegar mais longe.” A tomada de posse foi formalizada a 30 de novembro, evento onde a Liga Portugal marcou presença.
FC FAMALICÃO PREPARA O FUTURO COM NOVO CENTRO DE FORMAÇÃO Depois do lançamento da primeira pedra a 3 de julho de 2017, a construção do novo centro de formação do FC Famalicão avança a bom ritmo. A obra contempla a construção de 3 relvados sintéticos, com bancadas, balneários, espaços de apoio e uma unidade de alojamento. “É uma obra fundamental para o crescimento do clube e um investimento de grande esforço financeiro mas que vai trazer a médio e longo prazo frutos. Vamos no imediato melhorar as condições de trabalho das crianças e jovens que integram os diversos escalões de formação do clube”, vincou o presidente do clube Jorge Silva. O bom andamento dos trabalhos prevê a conclusão no primeiro trimestre de 2018, antes do prazo previsto. www.ligaportugal.pt
CD AVES CELEBRA ANIVERSÁRIO MAS QUEM RECEBE OS PRESENTES SÃO… OS ADEPTOS!
A 12 de novembro de 1930, o Clube Desportivo das Aves foi fundado, e no dia em que completou 87 anos de existência, os grandes beneficiados foram os adeptos do clube.
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Numa iniciativa que visava unir a população da Vila das Aves em torno do clube que milita na Liga NOS, o CD Aves espalhou balões por toda a vila, sendo que cada balão continha um prémio. Desde bilhetes para jogos, camisolas, brindes, cachecóis, MP3s, descontos na loja do clube, assim como um telemóvel e um tablet, foram vários os prémios dados.
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Sociedades desportivas
DEBATE E PARTILHA DE PROJETOS E SERVIÇOS
Mais de uma centena de representantes das Sociedades Desportivas (SD) participaram na primeira edição do “Liga-te”, uma iniciativa promovida pela Liga Portugal que veio introduzir um novo conceito de workshops temáticos e de reflexão estratégica. O objetivo é a apresentação e discussão de projetos e serviços comuns que poderão ser partilhados com os vários emblemas. Neste primeiro Liga-te, que decorreu na sede da Liga Portugal, no Porto, foram apresentados diversos projetos, com destaque para a implementação de um Centro de Serviços Partilhados, um guia com recomendações técnicas para a manutenção dos relvados naturais e um modelo de comercialização online e de promoção de bilhe-
tes da LEDMAN LigaPro. Foi, também, apresentado e debatido o processo de integração dos relatórios e do boletim de segurança na plataforma e-Liga, a recolha e proteção das estatísticas oficiais das competições profissionais e a Plataforma VideObserver, uma ferramenta de análise técnico/tática destinada a disponibilizar a todos os clubes o acesso facilitado a vídeos e a estatísticas. Entre os vários assuntos abordados, destaque ainda para a Final Four da Taça CTT, as estratégias para potenciar a Liga NOS Virtual e o projeto de criação de uma competição profissional de eSports. ADESÃO FANTÁSTICA No final dos trabalhos, o Presidente da Liga Portugal, Pedro Proença, congra-
Pedro Correia, Diretor-Executivo coordenador, apresenta conceito
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PROFISSIONALISMO
Sala cheia para ouvir Helena Pires
tulou-se com a “adesão fantástica” das sociedades desportivas a esta iniciativa, que disse ter sido criada seguindo “o princípio de que todos juntos valemos muito mais do que de forma individual”. Pedro Proença realçou, por outro lado, que este tipo de iniciativas, situadas num “patamar muito mais operacional”, visando encontrar soluções para os problemas comuns dos clubes, vão permitir, em última instância, “criar um centro de serviços partilhados, onde as SD terão acesso a um conjunto de bens e serviços em condições muito melhoradas, numa lógica de economia de escala”. Já Marco Carvalho, representante do Rio Ave FC, considerou que iniciativas como o “Liga-te” são “uma prova de que algo está a mudar no futebol português” e mostram, também, que “é um produto muito rentável e bonito, que a Liga está a trabalhar de uma forma fantástica”. Prova disso, acrescentou, “é a adesão dos clubes e a preocupação em torno de todos estes temas pertinentes”. Seguindo a mesma ideia, Paulo Grencho, do Vitória FC, deu os parabéns à Liga Portugal pela iniciativa. Em sua opinião, iniciativas como o “Ligate” representam “uma ajuda para as estruturas do futebol”, contribuindo para a sua evolução.
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5º CURSO DE FORMAÇÃO NA LIGA PORTUGAL
FORTALECER COMPETÊNCIAS DOS DELEGADOS
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No contexto da crescente aposta da atual direção da Liga Portugal ao nível do fortalecimento das competências e desempenho dos Delegados, decorreu em Lisboa, no passado mês de novembro, o quinto curso destinado à formação e avaliação destes agentes desportivos. Neste 5º Curso de Formação de Delegados da Liga Portugal, que teve lugar no Estádio do Restelo, foi efetuado o levantamento das questões mais recorrentes no que se refere à plataforma informática do e-Liga, tendo sido prestados diversos esclarecimentos e clarificados alguns procedimentos a seguir. Foi, ainda, dado conhecimento da implementação do respetivo Boletim de Segurança. Os 38 Delegados e sete estagiários presentes receberam, também, esclarecimentos acerca do formato de utilização da plataforma informática SAND – Sistema de Apoio à Nomeação dos Delegados, um importante apoio no âmbito da coordenação pelo registo, equilíbrio e histórico que a mesma proporciona. Foram, igualmente, prestadas aclarações de procedimentos a seguir em 40
questões que visam acautelar o equilíbrio, equidade e salvaguarda de pormenores regulamentares e comerciais inerentes às competições profissionais. Tendo sido proposta a proatividade como tema global a trabalhar na presente época desportiva, os Delegados da Liga realizaram diversas atividades com vista à promoção de uma reflexão sobre os seus comportamentos proativos e não proativos relativamente a diferentes aspetos da organização global das competições. Entre outros temas abordados, e aproveitando o facto de o curso decorrer num estádio de futebol, foi depois realizada uma atividade prática relacionada com a verificação de uma ficha técnica de estádio. A Direção de Competições da Liga Portugal encerrou a jornada com um agradecido reconhecimento pelo modo como os Delegados estão, progressivamente, a integrar as exigências que foi introduzindo, tanto no que se refere à formação contínua, como no que toca ao uso da e-Liga e na representação da Direção deste organismo que assumem nos jogos junto das sociedades desportivas. www.ligaportugal.pt
RIGOR
“O Delegado da Liga é cada vez mais assertivo, mais bem formado, mais profissional.” HELENA PIRES Diretora-Executiva para as Competições da Liga Portugal
Helena Pires
Diretora Executiva para as Competições da Liga Portugal
“A Liga tem, cada vez mais, um papel muito interventivo naquilo que é a formação prática dos seus Delegados, tendo por base o levantamento e a análise que vamos fazendo acerca de todas as situações que ocorrem em cada jornada. O Delegado da Liga é mais assertivo, mais bem formado, mais profissional.” www.ligaportugal.pt
Pedro Proença
Reinaldo Teixeira
“Estes cursos resultam de uma mudança completa do paradigma relativamente ao que era o reconhecimento do Delegado da Liga como peça fundamental durante o evento desportivo. Hoje, esta direção, olha o Delegado como a extensão da organização da Liga nos estádios.”
“Hoje, a Liga tem uma grande preocupação em dar as melhores condições aos seus Delegados. As formações práticas e em sala, bem como a realização de testes mensais de avaliação à distância, fazem com que os Delegados tenham que estar muito mais atualizados em relação aos regulamentos e às regras.”
Presidente da Liga Portugal
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Coordenador dos Delegados da Liga Portugal
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LIGAS EUROPEIAS DEBATEM BALANÇO COMPETITVO PROFISSIONALISMO
EPFL REUNIU EM LISBOA E VISITOU VAR O debate sobre modelos de distribuição de receitas e mecanismos de solidariedade para desenvolver e proteger o balanço competitivo dos campeonatos de clubes trouxe a Lisboa o mais recente Board of Directors da associação das Ligas Europeias de Futebol Profissional (EPFL), de que a Liga Portugal detém uma das vice-presidências. A EPFL é, desde setembro, membro de pleno direito da UEFA, o que a transforma num parceiro efetivo no que diz respeito à governação continental do futebol. Foi já com sob estatuto que o atual quadro executivo que dirige os interesses comuns de 32 ligas europeias apreciou o sistema de Vídeo-Árbitro (VAR) que é gerido na sede da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e que tornou pioneira a Liga NOS no que diz respeito à implementação desta inovadora “ferramenta” nas competições profissionais. Na reunião, além do sueco Lars-Christen Olsson, presidente da EPFL, estiveram presentes Pedro Proença e Pedro Correia (presidente e diretor executivo coordenador da Liga Portugal, respetivamente), assim como os seguintes elementos da Direção: Jabier Tebas LIGA-TE Nº1
(Espanha), Claus Thomsen (Dinamarca), Claudius Schaefer (Suíça), Sergei Cheban (Rússia), Jacco Swart (Holanda), Didier Quillot (França), Ansgar Schwenken (Alemanha), Marco Brunelli (Itália) e Shaun Harvey (Inglaterra), este último com o estatuto de observador. A EPFL, que representa a vasta maioria das ligas europeias onde se inserem as mais importantes equipas do continente, tem por missão promover e proteger as competições nacionais organizadas pelas ligas profissionais, para que possam alcançar desempenhos individuais e coletivos ao mais alto nível, num ambiente equilibrado, sustentável e competitivo.
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Para isso, a EPFL integra ou trabalha em cooperação direta com os organismos que regem o futebol e com as autoridades públicas em toda a Europa. Presidida por Lars-Christer Olsson, foi constituída originalmente por 14 membros, sendo a Liga Portugal um dos fundadores. Atualmente, conta com 32 ligas e associações de futebol profissional de 25 países, representando mais de 900 clubes europeus.
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PROFISSIONALISMO
INTEGRIDADE Na sequência da planificação para a presente temporada, a EPFL, em cooperação com a LaLiga, avançou no sentido da criação de uma plataforma para discutir questões de integridade, com o foco na luta contra a viciação de resultados (match-fixing) e apostas ilegais. Esta iniciativa juntará peritos e responsáveis pela integridade dos membros da EPFL, cuja primeira reunião decorreu em meados de novembro, na sede da LaLiga, em Madrid, na qual participou Sónia Carneiro, diretora executiva da Liga Portugal. A Plataforma de Integridade da EPFL será executada como um fórum informal para que as ligas europeias colaborem, identifiquem e partilhem as melhores práticas, enquanto trocam informações sobre as ações e medidas a adotar para proteger a www.ligaportugal.pt
integridade do futebol, match-fixing e apostas ilegais (através da educação, acompanhamento, investigação, desenvolvimentos recentes 43
sobre legislação ou jurisprudência, tendências), bem como em casos específicos de viciação de resultados.
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Patrocinadores Anuário
Ernst & Young
Holmes Place na Final Four da Taça CTT A Liga contará com a colaboração do seu parceiro Holmes Place na dinamização da semana da Final Four da Taça CTT, que decorre de 20 a 27 de janeiro de 2017, na cidade de Braga. Para isso, a cadeia de “fitness centers” disponibilizará fisioterapeutas que darão apoio nas aulas de exercício físico que estão programas para a referida semana. Mas a assistência dos fisioterapeutas do Holmes Place não se fica por aqui! Eles darão apoio nos exercícios de aquecimento e de recuperação no Jogo das Lendas, que vai reunir antigas glórias do futebol nacional, assim como na Corrida do Adepto, marcada para o dia 27 de janeiro.
SORTEIO DOMUNDIAL
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A Ernst & Young está a desenvolver um anuário relativo às finanças do futebol profissional português, que pretende compreender o ponto de situação financeira atual do setor, perceber a sua evolução financeira, assim como a evolução dos principais indicadores económico-financeiros das sociedades desportivas. Para isso basear-se-ão em fatores de evolução financeira como as receitas, despesas, ativos, passivos, modelos de negócio, modelos competitivos, cadeia e geração de valor, entre outras. No fim, apresentarão as principais tendências concluídas.
A Seleção Nacional já conhece os adversários no Campeonato do Mundo de 2018, que se disputará na Rússia. Portugal ficou no Grupo B, onde defrontará a Espanha, Marrocos e o Irão. A Espanha, orientada pelo antigo treinador do FC Porto, Julen Lopetegui,
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BITMAKER E LIGA PORTUGAL:
PARCEIROS NA EVOLUÇÃO DO FUTEBOL PROFISSIONAL
Juntos há mais de quatro anos, a BitMaker é um dos parceiros de maior duração da Liga Portugal. A marca define-se como uma equipa de tecnologia que une software, design e negócio para ajudar a crescer os seus parceiros, criando produtos de alta qualidade e com design singular. E é justamente isso que tem feito (por exemplo no desenvolvimento da plataforma E-Liga) e continua a fazer, desta feita, com o rebranding e modificação do nosso novo site, que já se encontra disponível a todos e com excelentes novidades.
conta nas suas fileiras com jogadores como Iniesta, Sérgio Ramos, Morata, Isco e David Silva, e fará deste encontro com Portugal um jogo imperdível! Marrocos e Irão partem como outsiders mas tentarão ter uma palavra a dizer no desfecho deste Grupo.
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AGREGAÇÃO
“Podemos hoje dizer que os jogadores profissionais de futebol que atuam na Liga NOS e na LEDMAN LigaPro ficaram, de uma maneira geral, conscientes das abordagens para os resultados combinados, do risco disciplinar e penal que existe e do risco de um aparente ganho imediato se transformar no prejuízo de uma carreira destruída.”
SÓNIA CARNEIRO
Diretora-Executiva da área jurídica
CONTRA OS RESULTADOS COMBINADOS A Liga Portugal, a Federação Portuguesa de Futebol e o Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol abraçaram o projeto da Integridade que, até este momento, já visitou todos os plantéis da Liga NOS e da LEDMAN LigaPro, onde efetuaram palestras sobre o “match fixing” (resultados combinados). Foi em Ponta Delgada, junto do grupo de trabalho do CD Santa Clara, que Sónia Carneiro, João Oliveira e Rute Soares, oficial de integridade da UEFA, que os três organismos terminaram a ação, que teve vários pontos altos e muitos momentos de interação, como aconteceu no Portimonense, com o treinador Vítor Oliveira, ou na Academia Sporting, onde Jorge Jesus pediu aos jogadores que tivessem consciência do que estava em causa e das sanções que podem sofrer caso apostem em jogos de futebol. A Diretora-Executiva da área jurídica LIGA-TE Nº1
da Liga Portugal, Sónia Carneiro, ficou extremamente satisfeita com a ação e a “forma gentil e interessada” como os três organismos foram recebidos e deixou o alerta para uma nova realidade “associada ao surgimento da internet e ao desenvolvimento das comunicações em geral”, que “veio potenciar o crescimento” do fenómeno. “Podemos hoje dizer que os jogadores profissionais de futebol que atuam na Liga NOS e na LEDMAN LigaPro ficaram, de uma maneira geral, conscientes das abordagens para os resultados combinados, do risco disciplinar e penal que existe e do risco de um aparente ganho imediato se transformar no prejuízo de uma carreira destruída”, explicou Sónia Carneiro, numa ideia
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subscrita por Rute Soares: “A promoção da modalidade depende, também, da sua proteção e é fundamental passar a mensagem do que está por detrás deste fenómeno, riscos que os agentes correm e consequências para a vida de cada um”. Os três foram unânimes na cooperação dos três organismos e, neste campo, também João Oliveira faz um balanço “muito positivo” desta ação. “Fico com a plena convicção de que a mensagem passou. Proteger os jogadores e a modalidade é um dever de todos os agentes desportivos”, acrescentou, lembrando que a plataforma “deixa-te de joguinhos” está disponível nos sites da Liga Portugal, do SJFP e da FPF.
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AGREGAÇÃO
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AGREGAÇÃO
a hora dos presidentes
“DESPORTIVO REPRESENTA UMA REGIÃO”
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Francisco José Carvalho
Presidente do G.D. Chaves
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AGREGAÇÃO
Qual o momento mais marcante para si, desde que assumiu a direção do clube? Obviamente que o regresso à primeira Liga, 17 anos depois, e o título de campeões nacionais da antiga segunda divisão B foram os momentos mais marcantes desde que assumimos os destinos desta Sociedade Desportiva. Mas tenho vivido com grande intensidade muitos outros momentos e é também profundamente marcante para mim a paixão e o apoio incondicional dos sócios e adeptos. O que diferencia o GD Chaves dos restantes? O Desportivo é um Clube que representa toda uma Região, 2 distritos, quase 30 concelhos. E encarna uma forma de estar na vida que o nosso lema traduz. Nesse sentido, a implantação regional alarga-se geograficamente a todo o território nacional e internacional onde há Transmontanos e queremos reforçar essa ligação e essa identidade através duma prática desportiva que honre o nosso lema e a história do clube. Como vê o seu clube daqui a cinco anos? A tendência natural do clube é crescer! Num período de 5 anos passámos de 300 sócios para quase 6000! Entre muitas outras coisas, construímos uma bancada nova com 3000 lugares, fizemos obras de beneficiação em mais duas bancadas, aplicámos um relvado novo no Estádio e estamos a construir um centro de treinos com dois relvados, um de relva natural e outro de relva sintética, para darmos melhores condições à equipa principal e às nossas camadas jovens. Investimos também na profissionalização e modernização de estruturas desportivas e administrativas. Queremos continuar a afirmar-nos indiscutivelmente como um grande clube preparado para as exigências do presente e do futuro. Quais os grandes objetivos do GD Chaves para esta temporada? Já o dissemos no início da temporada e hoje, cumpridas 12 jornadas da Liga, continuamos firmes nos nossos objetivos: fazer melhor do que no ano passado e aumentar a qualidade do nosso jogo. Estamos no bom caminho! www.ligaportugal.pt
Que passos podem ser dados para promover uma maior sustentabilidade e competitividade da competição? A centralização dos direitos televisivos, à semelhança do que acontece nas principais ligas europeias, penso que traria mais justiça ao futebol português e, naturalmente, aumentava a consequente competitividade do nosso campeonato. Têm sido dados alguns passos importantes no sentido de assegurar a justiça e a verdade desportivas e naturalmente todos beneficiaremos com um reforço da transparência e 49
dos mecanismos de combate a todo o tipo de deturpação daquilo que se passa nas quatro linhas. É um caminho que deve prosseguir para credibilidade das instituições e dos agentes desportivos e para um futebol “limpo”, isento de influências externas que deturpem a verdade do jogo. Complete a seguinte frase: tendo como marca que o distingue o talento, o futebol português deve, a médio/longo prazo, caminhar para: a profissionalização de todos os agentes envolvidos. LIGA-TE Nº1
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a hora dos presidentes
“SOMOS UM CLUBE MONTRA” Filipe Silva
Presidente do União da Madeira
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Qual o momento mais marcante para si, desde que assumiu a direção do clube? Há uma série de acontecimentos que me marcaram desde que assumi a direção do União da Madeira. O reativar dos nossos escalões de formação foi muito marcante, pois um clube não pode existir sem uma forte base social de apoio. Mas, sem dúvida alguma, que o mais marcante de todos foi a subida à Primeira Liga, 20 anos depois da nossa última participação entre os maiores do futebol português (a última presença do União da Madeira no topo do nosso futebol havia sido na temporada 1994/95). Simbolizou o alcançar dos objetivos traçados pela minha equipa, que se manteve unida mesmo nos momentos mais difíceis e soube sempre acreditar que seria possível atingir o que todos desejávamos. Foi arrojado, mas provámos que havia razão de ser naquele que era o nosso sonho e o nosso projeto. Infelizmente, e por variadíssimas razões, foi uma estadia curta, mas prometemos trabalhar para lá voltar.
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O que diferencia o União da Madeira dos restantes? O União da Madeira é hoje um clube que oferece condições ímpares aos seus atletas. Temos infraestruturas de grande nível e reconhecidas por todos os que se deslocam à nossa Academia. Não é por acaso que as melhores equipas do país nos procuram quando se dirigem à ilha da Madeira. Para além disso, o clube transporta em si uma certa misticidade capaz de cativar qualquer um. É um clube centenário, com um passado riquíssimo e muita história. Vem daí também a nossa ‘proximidade’ ao nosso ‘main sponsor’ - MuseuCR7, que é uma marca fortíssima e nos confere, para além de uma maior responsabilidade, também mais visibilidade além fronteiras. Gosto de nos apelidar de ‘clube montra’, pois o nosso scouting procura jogadores desconhecidos ou em busca de relançar a carreira, para depois, com a competência do trabalho que é por nós efetuado na rentabilização dos ativos, se gerarem mais-valias financeiras para além das desportivas. Como vê o seu clube daqui a cinco anos? O clube tem crescido muito nos últimos anos. Reativou todos os seus escalões de formação. Estreou-se no futebol e futsal femininos. Abriu-se à sociedade, granjeando uma maior base de apoio. Instituiu boas práticas de comunicação. Para além do Facebook, já temos Instagram e Twitter. Todos os meses produzimos internamente e publicamos uma revista com a atualidade do nosso clube. Profissionalizámos os nossos diferentes setores. E podíamos continuar... Com isto quero dizer que merecemos estar na Primeira Liga. É para lá que projeto o nosso futuro. É lá que nos vemos daqui a 5 anos. Quais os grandes objetivos do União da Madeira para esta temporada? Face ao nosso orçamento, não nos podemos considerar candidatos a nada, mas claro que somos ambiciosos e prometemos lutar pela vitória em todos os jogos. Achamos que nos podemos bater de igual para igual com qualquer outra equipa da LEDMAN LigaPro e a partir daí todos os cenários são possíveis. Antes de mais nada, www.ligaportugal.pt
queremos consolidar-nos nesta Liga, mas sem nunca descurar a possibilidade de alcançarmos a subida de divisão, por mais difícil que seja. Que passos podem ser dados para promover uma maior sustentabilidade e competitividade da competição? Acima de tudo, a LEDMAN LigaPro precisa de adquirir maior visibilidade, e isso começaria com um aumento do número de jogos transmitidos em direto. Seria igualmente fundamental que se reforçasse o apoio financeiro às equipas desta divisão, pois há uma diferença abismal e infundada entre os clubes da Primeira Liga e os da Segunda. No meu ponto de vista, tem que haver uma maior equidade. Sou um defensor acérrimo da centralização dos direitos televisivos por parte da Liga Portugal, pois em meu entender a negociação coletiva favoreceria todos os clubes e, consequentemente, incrementaria a competitividade e sustentabilidade da competição. Uma das minhas lutas é pela verdade desportiva e, nesse sentido, outra medida que eu implementaria seria trazer o VAR para a LEDMAN LigaPro, visto que esta é uma competição extremamente equilibrada e onde os erros de arbitragem acabam por ter ainda mais influência que os da Primeira Liga propriamente ditos. Devíamos começar por definir 51
critérios graduais para cada época na transmissão dos jogos, já que seria muito dispendioso implementar este sistema na totalidade dos encontros. Mas, gradualmente, as coisas iriam ficando compostas. Além do mais, não é compreensível que se defendam dois estilos de arbitragem diferentes para o mesmo árbitro... ora centremonos apenas nas situações de fora-dejogo, não é coerente que se peça a um árbitro que apite de um modo na primeira liga, onde a instrução é, em situações de dúvida, deixar a jogada tomar o seu fim para depois avaliar a regularidade do lance e de outro modo na segunda, onde, na mesma situação, vemos muitos árbitros penalizar logo as equipas que atacam. Até para os próprios árbitros esta diferenciação é perigosa, já que dificulta o seu trabalho e as suas rotinas. Para finalizar, sugiro uma alteração estatutária em que, tal como o Vice-Presidente da FPF, os Presidentes dos Conselhos de Disciplina e Arbitragem possam ter assento na Direção da Liga por inerência. Esta proximidade seria benéfica para o diálogo que deve imperar entre todos os agentes desportivos. Complete a seguinte frase: tendo como marca que o distingue o talento, o futebol português deve, a médio/longo prazo, caminhar para: a excelência! LIGA-TE Nº1
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Por Duarte Gomes
VAR- ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Como todos sabemos, o “Protocolo do Videoárbitro” prevê que o VAR intervenha apenas em situações onde o erro do árbitro seja claro e evidente (nas imagens). Isso refere-se a quatro momentos de jogo: - Os que conduzem a golos; - Os que conduzem a pontapés de penálti; - Os que resultam de uma troca na identidade de um jogador (para efeitos disciplinares); - Os que conduzem a expulsões (cartão vermelho direto).
As únicas exceções são: - Cartões vermelhos exibidos por conduta violenta (ou seja, agressões); - Cartões vermelhos exibidos por falta grosseira (ou seja, aquelas que um jogador - na disputa pela posse de bola - ponha em risco a integridade física do adversário ou que use de força excessiva na sua abordagem ao lance). Nestes dois casos não é necessário que o VAR recue a imagem até ao início da jogada. Ele deve apenas e só focar na infração em si. Isolada de todo o seu contexto. Porquê? Porque a infração é tão grave que o infrator terá sempre que ser expulso. Resumindo: - Penáltis, golos, troca de identidade disciplinar ou expulsões diretas por anulação de uma clara oportunidade de golo: o VAR tem que rever a jogada até ao início do movimento atacante e se existir falta evidente anterior, tudo isso é apagado. Como se não tivesse existido. Anulado; - Vermelhos diretos por conduta violenta ou por falta grosseira: o VAR incide a imagem apenas no lance (o início da jogada é irrelevante).
CONSULTA DAS IMAGENS NO RELVADO Como já repararam, há momentos em que o árbitro escolhe ver as imagens disponibilizadas em zona próxima do relvado e há outros em que decide aceitar, de imediato, a indicação do VAR. Essa não é uma escolha aleatória. O que o protocolo sugere é que para situações de jogo subjetivas (como, por exemplo, a da intensidade de uma carga ou de um empurrão), o VAR deve sugerir ao árbitro que reveja o lance em campo. Porquê? Porque ele saberá, dentro do critério que estabeleceu, se a sua decisão inicial deve ou não ser revista. A ideia é que aplique, de forma coerente e uniforme, o mesmo princípio para ambas as equipas, durante todo o jogo. Já para lances claros e objetivos (como por exemplo, o de uma posição evidente de fora de jogo), não é necessário que o árbitro reveja a jogada. Se o VAR indicar ao seu colega que o lance é evidente e não deixa margem para dúvida, o árbitro deve aceitar de imediato a sua indicação. Isso garante menor gasto de tempo e maior rapidez na correção do erro.
Quase todos implicam que, na avaliação da sua legalidade, o VAR tenha que rever a jogada até ao momento em que essa equipa iniciou a construção da fase atacante que conduziu ao lance. A ideia é perceber se houve alguma infração clara na origem dessa situação de jogo. Caso ela tenha existido, o VAR deve informar o árbitro que a jogada está ferida de legalidade e o jogo deve recomeçar com a devida reposição dos factos (técnica e disciplinar). Essa “revisão” acontece, ainda que em silêncio, em todos os lances que resultem, por exemplo, em golos ou em pontapés de penálti.
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RECORDEMOS AGORA ALGUNS ASPETOS ESSENCIAIS DO PROTOCOLO
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O árbitro é o chefe de equipa e o VAR um colega, equiparado ao árbitro assistente ou 4o árbitro. O primeiro terá sempre a decisão final;
No momento em que revê o lance em campo, o árbitro não pode ser perturbado ou acompanhado por jogadores ou técnicos: isso dará direito a advertência (cartão amarelo) ou, no caso dos técnicos, a expulsão por comportamento irresponsável;
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De cada vez que um lance é corrigido após consulta ao VAR, o árbitro está obrigado a fazer, com as duas mãos, o sinal do écran (tv). Se não o fizer, a decisão inicial não pode ser retificada;
As jogadas que resultem em segundo cartão amarelo não podem ser revistas pelos VAR (ainda que este comprove a existência de um erro evidente). Da mesma forma, golos ou pontapés de penálti que resultem de livres ou de cantos mal assinalados, não serão alvo de revisão;
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Se o VAR não tiver certeza que o árbitro cometeu um erro evidente (dentro das quatro situações protocoladas), não pode nem deve intervir;
Se existir uma avaria (parcial ou definitiva) da tecnologia - imagens ou comunicação entre a equipa de arbitragem - a partida continuará como se essas não existissem e as equipas não poderão apresentar protesto com esse fundamento. Voltaremos oportunamente a este tema.
Duarte Gomes Arbitro
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AMOR À CAMISOLA A Liga NOS lançou, no final de 2017, uma campanha centrada na relação única que une os Portugueses à camisola do seu clube do coração, num registo intimista com base em 18 testemunhos de adeptos de todas as equipas da principal competição de futebol profissional do país. As histórias destes adeptos, identificados pela profundidade do sentimento de ligação ao clube, foram recolhidas em todo o território nacional e filmadas tanto nos estádios dos clubes como nas regiões de residência dos protagonistas.O fio condutor é o amor ao clube que se materializa na camisola, venerada como uma verdadeira relíquia, companheira de incontáveis momentos, memórias e emoções. Cada região é também homenageada através das suas tradições e ligações desportivas. Esta nova campanha, criada sob o lema “Liga-nos o amor à camisola”, está presente em diversos meios, designadamente na televisão, rádio, digital e, naturalmente, nos estádios das equipas que disputam a Liga NOS. Com criatividade da Havas Worldwide, a campanha traz um olhar mais profundo sobre o adepto e o clube, ilustrado através de uma história verídica
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contada na primeira pessoa. Cada adepto testemunha, assim, a relação emocional que tem com a sua camisola, que mais do que um pedaço de tecido é um objeto de adoração. A NOS, enquanto maior grupo de comunicações e entretenimento em Portugal e patrocinador principal da Liga, está apostada em contribuir para a valorização do futebol português, dos clubes e dos profissionais envolvidos, aprofundando a ligação aos adeptos baseada nos valores universais da competição saudável e do “fair play”. “Liga-nos o futebol” continua a ser a assinatura da edição 2017/2018 da
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Liga NOS e espelha o posicionamento e a ambição da NOS em ligar todos os intervenientes no futebol sob o lema do respeito pela competição saudável, a celebração dos valores positivos da modalidade e as emoções que esta provoca. A NOS renovou, até à época 2020/2021, o seu patrocínio na qualidade de “main sponsor” da Liga NOS e está, desde o início desta parceria com a Liga Portugal, apostada em contribuir para a valorização do futebol português, como patrocinador oficial do “Amor à Camisola”.
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AGREGAÇÃO
talento lá fora
“TEMOS QUE BAIXAR O PREÇO DOS BILHETES” Carlos Carvalhal
Treinador do Sheffield Wednesday
O Championship é muito competitivo. Trabalhar neste campeonato é uma mais-valia para um treinador? Sem dúvida. O Championship é o campeonato mais duro do mundo, pela sua intensidade, pelo número e proximidade entre jogos. E depois o campeonato é muito equilibrado. Há, no mínimo, 18 equipas em 24 que querem subir e isso faz com que este seja um campeonato muito especial. Por outro lado, a promoção do jogo é muito bem feita. O Championship é visto em quase todo o mundo. Infelizmente em Portugal isso não acontece, mas é visto em quase todo o mundo, através das transmissões em direto da “Sky”. A afluência nos estádios é enorme. Para termos uma noção temos uma média de 27 mil adeptos nos jogos em casa, todos os bilhetes disponibilizados para encontros fora estão sempre esgotados. Estou extremamente satisfeito. O trabalho é reconhecido, este é o meu terceiro ano, sou o segundo treinador mais antigo no Championship. A nossa equipa é conhecida por jogar bem e estivemos em dois playoff em dois anos e vamos tentar o terceiro. Sinto-.me como peixe na água em Inglaterra. Foi difícil deixar o futebol português? Parece que foi ontem, mas o último clube do futebol português que treinei foi o Sporting e já foi há 8 anos. Estive na Turquia, nos Emirados Árabes Unidos e agora estou em Inglaterra. Não foi difícil, porque a saída do futebol português aconteceu para um LIGA-TE Nº1
grande, o Besiktas e, evidentemente, quando saímos para um clube deste tipo, e para um campeonato tão emocionante como é o turco, vamos satisfeitos. Levámos a mesma satisfação, depois, para os Emirados e também para Inglaterra. Não posso dizer que tenha sido difícil, porque foi uma opção tomada conscientemente. O futebol português tende a aproximar-se dos conhecidos “big five”, como são os campeonatos espanhol, inglês, italiano, francês e alemão? Portugal tem um elevado potencial humano, grandes jogadores, grandes treinadores, pessoas que adoram futebol, bons dirigentes, bons empresários e uma comunicação social excelente. Mas vendemos mal o produto e é pouco rentabilizado. Agora, temos tudo para virmos a ter um grande sucesso. O que pode ser feito, então, para aumentar essa competitividade? Em termos de matéria humana, o futebol português é, sem dúvida, uma referência. Temos que vender melhor o produto, valorizar o jogo, os intérpretes… Temos que baixar o preço dos bilhetes, criar uma cultura de encher estádios, fazendo com que as pessoas que tenham menos possibilidades financeiras tenham lugares mais baratos, mas com acesso às respetivas cadeiras nos estádios… Evidentemente que para aumentar a competitividade importa que os clubes mais
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pequenos tenham mais dinheiro e que se faça uma distribuição do dinheiro dos direitos televisivos de forma mais justa… Por exemplo, na Turquia é feita por vitórias, ou seja, uma parte das receitas de televisão são tributadas em função dos pontos que os clubes conseguem. Só assim, ao criar-se condições para que os clubes médios e pequenos tenham mais receitas, se conseguirá equilibrar o campeonato. Por outro lado, essa competitividade passa por ter mais gente nos estádios, vender melhor o produto e chamar mais e melhores sponsors. Voltaria
ao
futebol
português?
Claro que sim, um dia vou voltar. Não está nos meus planos, mas nunca se sabe. Estou bem em Inglaterra, e a tentar fazer com que o Sheffield Wednesday chegue à Premier. Já tive convites para trabalhar na Premier, mas sinto-me muito acarinhado no Sheffield e estou bem. Um dia vou voltar de certeza absoluta e serei muito melhor treinador do que quando saí. Agora, o futuro a Deus pertence. Pode ser na próxima época ou daqui a 10 anos. Mas, está nos meus horizontes voltar a Portugal, ao meu país, o melhor do mundo. A nível de futebol, pela matéria humana, temos um capital fantástico… O futebol é bem gerido pela Liga e pela FPF, mas a clubite estraga o negócio.
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Sheffield PARA VISITAR Localizada a 60 quilómetros de Manchester, Sheffield é uma cidade inglesa em South Yorkshire. Apresentada como uma localidade vibrante e com caráter, Sheffield é a sexta cidade com maior população de Inglaterra e é conhecida por ter uns jardins de inverno (winter gardens, no nome original) absolutamente fantásticos, onde existem um grande número de plantas exóticas, mas não é este, certamente, o único motivo de interesse para uma visita. Situada a 270 quilómetros da capital inglesa, Londres, Sheffield vive momentos de emoção grandes quando há um dérbi na cidade: os dois clubes da cidade, o Wednesday e o United jogam atualmente no Championship. O Estádio Hillsborough tem capacidade para 40 mil adeptos, que acompanham este clube fundado em 1867, mas ainda hoje é recordado e não pelos melhores motivos. A “tragédia de Hillsborough”, da qual todos os seguidores de futebol se recordam, aconteceu em abril de 1989, no jogo das mais-finais da Taça de Inglaterra, entre o Liverpool e o Nottingham Forest. Deste grave incidente resultaram 96 mortos e 766 feridos, tendo acontecido pela sobrelotação do estádio, mas também pela sua má condição de conservação.
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RIGOR
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