Revista Liga-te - Edição Especial Final Four

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JAN 2019

LUÍS FILIPE VIEIRA “VONTADE INABALÁVEL EM GANHAR SEMPRE. É ESTE O NOSSO ADN”

ANTÓNIO SALVADOR “SOMOS CANDIDATOS A VENCER A ALLIANZ CUP”

PINTO DA COSTA “ESPÍRITO DOS CAMPEÕES, COMO SOMOS, EXIGE MÁXIMA ENTREGA E AMBIÇÃO”

FREDERICO VARANDAS “ESTAREMOS EM BRAGA PARA GANHAR E PARA ABRILHANTAR JORNADA QUE SE QUER FANTÁSTICA”

À VOSSA

ESPERA



FINAL FOUR ALLIANZ CUP

O MOMENTO MAIS ALTO V oltamos a janeiro. Um ano depois do sucesso alcançado, aqui estamos de novo para saber quem será o novo Campeão de Inverno, no culminar da 12.ª edição da Taça da Liga, agora denominada Allianz CUP, graças à parceria estabelecida com o novo patrocinador da competição. Esta é, também, a terceira edição da Final Four e de um modelo competitivo inovador, que transformou por completo esta prova e que se vem solidificando, amadurecendo e ganhando um protagonismo crescente no panorama do futebol profissional em Portugal. A Allianz CUP, fruto da aposta feita pela Liga Portugal e de todo o intenso trabalho que se iniciou logo após a final de há um ano, é hoje o momento mais alto do futebol para as famílias, que temos vindo a promover. Braga, a cidade que volta a acolher a Final Four, a exemplo do que sucedeu no ano passado e voltará a acontecer em 2020, será palco de uma semana inteiramente dedicada ao desporto-rei, com um conjunto de atividades que vão muito para além da competição maior que acontecerá no Estádio Municipal. De 19 a 26 de janeiro, o centro da capital do Minho vai “respirar” futebol como nunca, com inúmeros eventos a decorrerem, diariamente, numa Fanzone com muitas novidades e que promete encantar não só os adeptos do futebol, como todos aqueles que se deslocarem ao seu espaço. De todos os eventos que integram o programa desta Final Four da Allianz CUP, destaco a apresentação dos Embaixadores da Liga Portugal, que levará a Braga várias antigas glórias do futebol português e mundial. Um projeto que se enquadra, também, no tra-

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balho de internacionalização em curso, com vista ao crescimento do futebol nacional além-fronteiras, chegando a novos mercados, conquistando adeptos noutros países e continentes, enfim, potenciando as Sociedades Desportivas e a excelência dos atletas e treinadores que atuam nas nossas competições profissionais. É de internacionalização que falávamos quando projetámos a Copa Ibérica, que vai ser apresentada nesta semana do futebol e que vai acontecer em julho, em parceria iniciada há três anos com a nossa congénere espanhola e amiga La Liga, que também permitirá a presença em Portugal de grandes nomes do futebol espanhol e mundial, através do seu projeto LaLiga Legends. Abrimos portas ao Mundo e apostamos fortemente nos países com influência e ligações à cultura e identidade portuguesas. Depois de um Memorando de Entendimento assinado em dezembro com a Federação angolana, é a vez de trazer à nossa casa, à nossa festa, os mais altos representantes dos organismos desportivos dos PALOP. Vamos mostrar-lhes o que melhor se faz no nosso país, em termos organizacionais no desporto! E porque este crescimento do futebol português que ambicionamos exige maturidade e pensamento, a Liga Portugal promove, também, ao longo de toda a semana, o ciclo “Thinking Football”. Neste âmbito, destaco a realização de vários momentos de reflexão que irão acontecer pela primeira vez, como o Fórum de Treinadores e o Fórum de Capitães da Liga Portugal, o Laboratório de Arbitragem 2020, o Fórum das Associações de Futebol e, ainda, o FuteCOM – Encontro Nacional de Gabinetes 3

de Comunicação e Imprensa do Futebol Profissional. Simultaneamente, esta Final Four continuará a ser um momento de particular importância na atividade da Fundação do Futebol – Liga Portugal, apresentada há precisamente um ano, neste mesmo palco. Diversas ações de responsabilidade social voltarão a acontecer, designadamente através do apoio a instituições e ao lançamento do primeiro Manual de Acessibilidades, que visa ajudar a transformar todos os estádios em Portugal em estádios para todos, incluindo os adeptos com mobilidade reduzida. Ainda no âmbito social, realce para mais uma edição da Corrida do Adepto, que promete voltar a encher as ruas de Braga de boa disposição, atividade física e agregação. E porque a Final Four da Allianz CUP não existiria sem os seus maiores protagonistas, quero dar os parabéns às quatro equipas que irão disputar o título de Campeão de Inverno, em três jogos que prometem ser espetáculos inesquecíveis. Será a Final Four dos clássicos! Resta-me manifestar o profundo agradecimento da Liga Portugal à Câmara Municipal de Braga e ao Sporting Clube de Braga, que mais uma vez acolhem esta Final Four, à Allianz Portugal, main sponsor desta competição, a todos os restantes patrocinadores e, claro, à LaLiga. Por fim, um obrigado especial a todos os colaboradores da Liga Portugal que, ao longo de um ano, com enorme espírito de sacrifício, profissionalismo e dedicação, fazem com que tudo isto seja possível.

Pedro Proença, Presidente da Liga Portugal.

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FINAL FOUR ALLIANZ CUP

A

Taça da Liga, designada de Allianz Cup até 2020, é a festa do futebol profissional português. Projeto inovador, criado em 2007, sofreu dez anos mais tarde uma alteração importante no seu modelo competitivo, com a introdução da designada Final Four. Acredito que este modelo tenha permitido, e bem, alavancar a competição em termos desportivos e financeiros, atrair mais público aos estádios, mais espectadores e gerar mais receitas. Na presente edição, quiseram os resultados ditar que a Final Four fosse disputada pelos quatros primeiros classificados da Liga NOS, estando assim reunidas as condições para um grande espetáculo.

LUÍS FILIPE VIEIRA, PRESIDENTE DO SL BENFICA, VENCEDOR DO GRUPO A

“QUE SEJA UM HINO AO FUTEBOL” “Faço votos de que esta Final Four possa dar início a um novo ciclo no futebol português, marcado pelo fair play entre todos os intervenientes, mais tolerante e seguro”

Saúdo a Liga Portugal pelos habituais inconformismo e procura de novas formas de proteger e potenciar esta indústria que é o futebol. Mas gostaria de deixar uma nota relativamente à definição do calendário desta prova. A bem das diferentes competições e do futebol português, é importante que equipas como o Benfica, que se encontram a disputar outras três competições, não sejam sobrecarregadas com tantos jogos num tão curto espaço de tempo. Apesar de ser a mais recente competição portuguesa de clubes, o Benfica disputa a Taça da Liga da mesma forma como disputa todas as outras: com profissionalismo, respeito pelo adversário e uma vontade inabalável em ganhar sempre. Conhecido e reconhecido, é este o nosso ADN.

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Só assim poderemos manter a liderança no futebol português. Liderança que reconquistámos na última década e para a qual, naturalmente, contribuíram os troféus ganhos nesta competição. O Sport Lisboa e Benfica venceu sete das onze edições disputadas. Vitórias que comprovam a forma como o Benfica sempre encarou esta competição. Valorizando-a, valoriza igualmente as suas conquistas. Faço votos de que esta Final Four seja um hino ao futebol e ao desporto e que possa dar início a um novo ciclo no futebol português, marcado pelo fair play entre todos os intervenientes, mais tolerante e seguro, sendo o papel principal “entregue” ao jogo que se desenrola dentro das quatro linhas.

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FINAL FOUR ALLIANZ CUP

ANTÓNIO SALVADOR, PRESIDENTE DO SC BRAGA, VENCEDOR DO GRUPO B

“EVENTO QUE NOS ORGULHA E MOTIVA” “É um cartaz de elite que oferece à nossa cidade a garantia de uma semana com o melhor futebol que há em Portugal”

E

m primeiro lugar, enquanto bracarenses, é com enorme honra que vemos a nossa cidade acolher uma competição que tão bem soube organizar na época passada e que distinguiu não apenas o Estádio Municipal de Braga como um palco de excelência para as grandes decisões, mas também engrandeceu a cidade e o seu envolvimento numa festa do futebol. Mas esta edição da Allianz Cup envolve Braga e envolve o seu clube mais representativo, bandeira da região, que com uma fase de grupos 100% vitoriosa garantiu o passaporte tão ambicionado para a ronda de todas as decisões de uma prova que está sempre entre os objetivos do clube, mas que por se disputar na nossa cidade e no nosso estádio é ainda mais desejada. O SC Braga encara, pois, esta Final Four com motivação e responsabilidade. Responsabilidade por ser um dos clubes que já venceu este troféu e responsabilidade por ter a conquista desta Allianz Cup entre os objetivos da temporada. Não recuamos nas nossas intenções: somos candidatos a vencer a Allianz Cup. Mas não somos mais candidatos do que qualquer um dos restantes finalistas, clubes históricos do nosso futebol, enormes equipas que ajudarão a que esta Final Four seja, muito provavelmente, a melhor de sempre.

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Sem menosprezo para qualquer uma das formações que ao longo de meses disputou o acesso a esta ronda de decisões, é para mim claro que estarão em Braga as quatro melhores equipas do futebol português. É um cartaz de elite que oferece à nossa cidade a garantia de uma semana com o melhor futebol que há em Portugal, com os melhores treinadores, os melhores jogadores e os melhores adeptos. Um cartaz, portanto, que nos convida a desfrutar de três grandes jogos, apoiando fervorosamente a nossa equipa, mas num espírito de respeito pelos adversários e pela competição. Que saibamos honrar a enorme responsabilidade que temos e que, no final de mais um grande evento, Braga saia vencedora.

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FINAL FOUR ALLIANZ CUP

PINTO DA COSTA, PRESIDENTE DO FC PORTO, VENCEDOR DO GRUPO C

“É PARA GANHAR” “Estou certo de que o FC Porto vai beneficiar, como tem sido costume, de um apoio forte e numeroso do Mar Azul”

O

FC Porto enfrenta a Final Four da Taça da Liga com a mesma determinação com que encara todos os jogos: é para ganhar. O nosso treinador, de resto, já deu conta disso em diversas ocasiões, e não podia ser de outra maneira. O espírito dos campeões, como nós somos, exige máxima entrega e ambição em todos os jogos, seja qual for a prova e o adversário, jogue quem jogar. Na temporada passada, também em Braga, o capricho de uma bola que bateu no poste e não entrou impediu-nos de disputar a final. Este ano vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para que seja diferente. A forma como a nossa equipa encarou a fase de grupos, empenhando-se para ultrapassar rivais com qualidade e máxima motivação quando enfrentam os campeões nacionais, confirma a seriedade com que olhamos para a Taça da Liga. Alguns até poderiam achar que seria mais fácil ou até útil abdicar desta competição. Neste início de 2019, teremos de gerir um calendário sobrecarregado, com jogos da Liga, Taça de Portugal, Taça da Liga e Liga dos Campeões, em que somos, mais uma vez, a única equipa a representar Portugal nas fases

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mais avançadas. Mas é esse o preço do sucesso e é disso que nós gostamos. Naturalmente, os meus desejos para a Final Four não se esgotam naquilo que se vai passar dentro do campo. Espero que estes jogos sejam também ocasiões de festa tanto nas bancadas como fora do estádio, em Braga, e que não se repitam episódios lamentáveis que vão manchando a história recente do futebol português. Estou certo de que o FC Porto vai beneficiar, como tem sido costume, de um apoio forte e numeroso do Mar Azul. E também confio que os nossos adeptos vão contribuir para o clima de fairplay com que todos contamos, ao mesmo tempo que a nossa equipa tudo fará para lhes proporcionar as alegrias que tanto desejam e tanto merecem.

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FINAL FOUR ALLIANZ CUP

É

com uma enorme satisfação que o Sporting Clube de Portugal regressa a Braga para disputar a Final Four da Taça da Liga. Um ano depois voltamos ao Minho, região de muitos sportinguistas, para lutarmos pela revalidação de um título que é nosso. Estaremos em Braga para ganhar e também para abrilhantar uma jornada que se quer fantástica para a promoção do futebol português.

FREDERICO VARANDAS, PRESIDENTE DO SPORTING CP E VENCEDOR DO GRUPO D

"BRAVURA, LEALDADE E BOM FUTEBOL" "Um ano depois voltamos ao Minho, região de muitos sportinguistas, para lutarmos pela revalidação de um título que é nosso. Estaremos em Braga para ganhar"

Esta nova Taça da Liga tem conseguido fazer o seu caminho. Desde que foi criada, em 2007, através de uma proposta assinada pelo Sporting e pelo Boavista, nem sempre foi uma competição bem acolhida. Contudo, e indiferente às críticas, tem mostrado ser uma prova com espaço no próprio futebol português. Na passada temporada, a cidade de Braga viu o seu centro ser visitado por mais de 100 mil adeptos. E isto mostra não só a força do futebol e dos clubes presentes como da própria competição, que, ano após ano, tem vindo a acentuar o melhor do jogo: duelos intensos e competitivos dentro das quatro linhas, beleza e élan nos numerosos eventos extra-competição que a Liga tem promovido na semana da Final Four.

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O futebol é tudo isto. O Sporting, como não podia deixar de ser, será muito apoiado. O primeiro convívio significativo feito com os Sócios após a tomada de posse dos atuais Órgãos Sociais realizou-se, precisamente, em Braga. E este é um sinal que queremos transportar para esta Final Four. Com bravura, lealdade e qualidade e o apoio extraordinário dos nossos adeptos estaremos na linha da frente para manter um troféu que é nosso e que queremos conservar. A esta convicção desportiva juntamos a firme resolução de prestigiar a Taça da Liga e, sobretudo, o futebol português que necessita de ser valorizado por aqueles que o protagonizam. Só assim seremos mais fortes. Todos, sem exceção.

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FINAL FOUR ALLIANZ CUP

FINAL FOUR ALLIANZ CUP

OS QUATRO

HOMENS-GOLO

À PROCURA DA (RE)CONSAGRAÇÃO

A

Final Four da Allianz CUP, competição que decorre pela 12.ª vez, reúne, ineditamente, SC Braga, SL Benfica, Sporting CP e FC Porto na fase decisiva antes da ambicionada final, que vai consagrar o terceiro Campeão de Inverno do futebol profissional português. O emblema minhoto, anfitrião desta etapa da prova que se realiza pela segunda época consecutiva no Estádio Municipal de Braga, já se sagrou vencedor da mes-

ma, ao triunfar na final de Coimbra, na época 2012-13, frente ao FC Porto, o único semifinalista deste quarteto que não conseguiu erguer o troféu. Os “dragões”, que também marcaram presença na final da agora designada Allianz CUP na temporada 2009-10, no Algarve, na qual defrontaram o SL Benfica, clube com sete títulos na competição, vão agora opor-se às “águias” na primeira meia-final da 12.ª edição. Por seu turno, o SC Braga vai defrontar,

no segundo encontro da Final Four, o Sporting CP, o Campeão de Inverno em título, depois de triunfar diante do Vitória FC, na conversão de grandes penalidades, em janeiro passado. Estas duas meias-finais foram antecedidas por uma fase composta por quatro grupos, na qual este quarteto de semifinalistas teve que suar as camisolas, garantindo a qualificação para a Final Four apenas na última jornada, alguns por vantagens tangenciais.

O SC Braga, SL Benfica, Sporting CP e FC Porto iniciaram a participação na 12.ª edição da Allianz CUP na Fase de Grupos, dada a classificação obtida na anterior edição da Liga NOS – ocuparam, respetivamente, os quatro primeiros lugares da prova. Estavam à distância de 270 minutos da Final Four. O SL Benfica terminou em primeiro lugar no Grupo A, com sete pontos, fruto de duas vitórias e um empate nos três jogos, marcando cinco golos e sofrendo dois, sendo o quarto melhor ataque e a segunda melhor defesa do quarteto. As “águias” deram o pontapé de saída na prova com um triunfo ante o Rio Ave FC, em Lisboa, por 2-1. Também no seu reduto, levou de vencida o FC P. Ferreira, equipa da LEDMAN LigaPro, por 2-0, na segunda ronda. O apuramento “encarnado” ficou apenas garantido na

última ronda, aquando da igualdade a um golo durante a visita ao CD Aves, equipa que, até então, tinha iguais hipóteses matemáticas de se qualificar – esteve inclusive em vantagem nessa partida. A liderança do Grupo B coube ao SC Braga, com nove pontos, graças a um registo imaculado de três vitórias em outros tantos jogos. A formação minhota, melhor ataque e defesa da Fase de Grupos, apontou 11 golos e apenas sofreu um, marcado pelo CD Tondela, a quem venceu por 2-1, em jogo referente à primeira jornada do certame. Na ronda seguinte, os “guerreiros” do Minho triunfaram expressivamente, por 5-0, ante o CD Nacional. O anfitrião do estádio da Final Four reservou uma das quatro vagas na derradeira fase na última ronda do Grupo B,

aquando da deslocação ao Estádio do Bonfim, e venceu, por 0-4, o Vitória FC, finalista vencido na anterior edição da agora designada Allianz CUP. O FC Porto, terceiro melhor ataque e defesa dos semifinalistas, alcançou a passagem à Final Four dada a diferença entre golos marcados e sofridos comparativamente ao GD Chaves, segundo classificado do Grupo C, ambos com seis pontos. Em três jogos, os “dragões” marcaram por sete vezes e sofreram em quatro ocasiões, enquanto os “valentes transmontanos” foram certeiros em frente à baliza em cinco ocasiões e encaixaram menos dois tentos. Na receção ao GD Chaves, na primeira ronda do Grupo, o FC Porto não foi além de uma igualdade a um golo. Na ronda posterior, disputada também no Estádio

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A lista de melhores marcadores da Allianz CUP, disputadas as três primeiras fases da competição, é liderada pelo avançado Paulinho, jogador do clube anfitrião SC Braga, com quatro golos apontados em três jogos no Grupo A. O futebolista português estreou-se a marcar na atual edição da prova no segundo jogo da terceira etapa, com um bis em apenas dois minutos, contribuindo para um triunfo expressivo do SC Braga ante o visitante CD Nacional. Paulinho, 26 anos, repetiu o feito – mais um bis – no encontro seguinte, diante do Vitória FC, precisando de sete minutos para iniciar e reforçar aquele que seria o terceiro triunfo bracarense. Atrás do avançado português está Dyego Souza, colega de equipa e de posição de Paulinho, com três golos marcados, que se estreou a marcar logo no primeiro jogo, diante do visitante CD Tondela, protagonizado o começo de uma reviravolta no marcador. Na ronda seguinte, contra o forasteiro CD Nacional, o atacante brasileiro, 29 anos, fez o primeiro bis durante a primeira parte deste encontro – Paulinho viria a fazer o segundo. Com três golos cada, surge depois um trio composto pelo médio Bruno Fernandes, do Sporting CP, pelo extremo Witi, do CD Nacional, e também pelo avançado Soares, do FC Porto, semifinalistas O centrocampista “leonino” bisou na primeira jornada do Grupo D, diante do Marítimo M. no Estádio José Alvalade, num jogo que terminou com uma vitória verde e branca. Já o terceiro tento de Bruno Fernandes surgiu na derradeira hipótese de qualificação, no jogo com o CD Feirense, em Santa Maria da Feira. A lista de melhores marcadores da Allianz CUP, tendo em conta os quatro semifinalistas, é ainda completada pelo portista Soares, pelo sportinguista Raphinha, e pelo benfiquista Seferovic, todos com dois golos.

Dragão, os “portistas” venceram o Varzim SC da LEDMAN LigaPro, por 4-2, num jogo em que esteve em desvantagem no marcador. A apuramento da equipa azul e branca – o segundo consecutivo – ficou garantido também na última ronda, fruto de uma reviravolta em visita ao Belenenses, no Estádio Nacional, em Oeiras, por 1-2. Já o Sporting CP, Campeão de Inverno em título, terminou a participação no Grupo D em primeiro lugar, com seis pontos, os mesmos que Estoril Praia, da LEDMAN LigaPro, e também CD Feirense. Os “leões”, segundo melhor ataque e terceira melhor defesa da Fase de Grupos com oito golos marcados e quatro sofridos, venceram o Marítimo M. no primeiro jogo do certame, por 3-1, no Estádio José Alvalade, em Lisboa. Na ronda seguinte, novamente peranwww.ligaportugal.pt

te o seu público, o Sporting CP sofreu um desaire diante do Estoril Praia, formação da LEDMAN LigaPro, por 1-2, obrigando o conjunto “leonino” a vencer na última jornada, em Santa Maria da Feira. No Estádio Marcolino de Castro, os comandados de Keizer aplicaram um triunfo expressivo perante o anfitrião CD Feirense, por 4-1, e adquiriu o quarto e último bilhete com acesso à Final Four, repetindo o feito da última edição da prova. 9

SÓNIA CARNEIRO DIRETORA EXECUTIVA COORDENADORA

VITÓRIA AO FUTEBOL!

Parece que já passou muito tempo desde aquela tarde de 20 de maio de 2016 em que se jogou pela última vez a final da Taça da Liga num modelo que está hoje, definitivamente, enterrado. Encontrar um semifinalista em fevereiro e o outro 15 dias antes da final não era, nem é (!), um modelo que se nos afigure válido. E, por isso, foi preciso redescobrir esta competição, mudar o quadro competitivo, instigar os clubes a acreditar que esta prova pode ser tão rainha como qualquer outra. Foi um caminho cheio de espinhos mas, ao avistar este janeiro de 2019 e ter na final os quatro primeiros classificados da competição maior, permite-nos acreditar que estamos a recolher rosas, os merecidos louros. O que pretendemos é ter em Braga uma festa de agregação. Juntar adeptos de quatro cores diferentes numa Fan Zone repleta de eventos atrativos. Ver as nossas glórias do passado a mostrar que ainda sabem dar uns toques na bola; Ver os nossos miúdos a mostrar que, de comando na mão, se podem fazer jogadas extraordinárias; Ver os mais idosos a saltar e a dançar num mini-estádio repleto de alegria. Enfim, todos vamos voltar a fazer da Final Four da Allianz Cup uma verdadeira festa. E na última Final Four do mandato do atual Presidente e Direção Executiva, o que mais desejamos é que os adeptos interiorizem e vivam a festa que se avizinha. Que impere o fair play e o desportivismo e que famílias que se unem no amor, mas se dividem nas cores clubísticas, possam ir de braço dado ao estádio. Como sempre deveria ser! Mais do que uma opinião, este artigo é um apelo à agregação. Vamos encontrar o nosso Campeão de Inverno e que o Campeão seja o futebol! LIGA-TE Nº7


FINAL FOUR ALLIANZ CUP

SUSANA RODAS DIRETORA EXECUTIVA DE MARKETING

A FESTA DA ALLIANZ CUP

A partir de 19 de janeiro estamos de armas em bagagens em Braga e em ambiente de festa. A Festa do Futebol, a Final Four da Allianz CUP, na sua íntegra organizada pela Liga Portugal, escolhe a nível competitivo o Campeão de Inverno, num ambiente onde o lazer, o desporto e o futebol são reis. São atividades desde concertos de música, jogos de veteranos, inter-escolas, youtubers, torneio de eSports, corrida do adepto, à tenda do adepto, com jogos e atividades diversas, a atividades infantis, entre uma panóplia interminável. Numa perspetiva simplista e comercial este conceito permite alinhar as expectativas de retorno dos nossos patrocinadores, quer ao nível do retorno mediático, quer pelas experiências que a Liga Portugal, consegue através da centralização desta prova, proporcionar aos adeptos. O ano passado introduzimos o conceito dos Produtos Oficiais da Competição e da Liga Portugal, este ano estamos a consolidar essa estratégia. São inúmeros os produtos criados para a sua bagagem, de forma a guardar uma recordação única deste momento. Os produtos Oficiais da Liga Portugal, estarão à venda nas lojas oficiais da Fan Zone, e no Estádio, em dias de jogo. Mas se quiser vestir já a rigor ou preferir receber a sua recordação no conforto do seu lar, consulte já a nossa loja oficial em www.ligaportugal.pt. LIGA-TE Nº7

NOME

POSIÇÃO

IDADE

NACIONALIDADE

SVILAR

GR

19

Belga

CONTI

D

24

JARDEL

D

RÚBEN DIAS

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NOME

POSIÇÃO

IDADE

NACIONALIDADE

VANÁ ALVES

GR

27

Brasileiro

Argentino

JOÃO PEDRO

D

22

Brasileiro

32

Brasileiro

MAXI PEREIRA

D

34

Uruguaio

D

21

Português

CHIDOZIE

D

22

Nigeriano

ANDRÉ ALMEIDA

D

28

Português

MBEMBA

D

24

Congolês

YURI RIBEIRO

D

21

Português

DIOGO LEITE

D

19

Português

ALFA SEMEDO

M

21

Guineense

FELIPE

D

29

Brasileiro

PIZZI

M

29

Português

MILITÃO

D

20

Brasileiro

GEDSON

M

19

Português

JORGE

D

22

Brasileiro

KROVINOVIC

M

23

Croata

ALEX TELES

D

26

Brasileiro

SAMARIS

M

29

Grego

DANILO

M

27

Português

GABRIEL

M

25

Brasileiro

SÉRGIO OLIVEIRA

M

26

Português

FEJSA

M

30

Sérvio

BRUNO COSTA

M

21

Português

SALVIO

M

28

Argentino

OTÁVIO

M

23

Brasileiro

RAFA

A

25

Português

HERRERA

M

28

Mexicano

JOÃO FÉLIX

A

19

Português

BAZOER

M

22

Holandês

ZIVKOVIC

A

22

Sérvio

ÓLIVER TORRES

M

24

Espanhol

CERVI

A

24

Argentino

CORONA

A

26

Mexicano

SEFEROVIC

A

26

Suíço

MAREGA

A

27

Maliano

CASTILLO

A

25

Chileno

ADRIAN LOPEZ

A

30

Espanhol

JONAS

A

34

Brasileiro

HERNÂNI

A

27

Português

ANDRÉ PEREIRA

A

23

Português

ABOUBAKAR

A

26

Camaronês

BRAHIMI

A

28

Argelino

TIQUINHO SOARES

A

27

Brasileiro

NOME

POSIÇÃO

IDADE

GR

31

D

28

MARCELO GOIANO

D

31

Brasileiro

ANDRÉ PINTO

PABLO

D

26

Brasileiro

COATES

D

23

Brasileiro

MARCELO

D

29

Brasileiro

JEFFERSON

D

23

Brasileiro

LUMOR

M

23

MARAFONA SEQUEIRA

BRUNO VIANA RAÚL SILVA AÍLTON SILVA JOÃO PALHINHA JOÃO NOVAIS ESGAIO CLAUDEMIR FRANSÉRGIO EDUARDO RICARDO RYLLER FÁBIO MARTINS WILSON EDUARDO RICARDO HORTA TRINCÃO PAULINHO MURILO SOUZA DYEGO SOUSA

M M M M M

NACIONALIDADE

NOME

Português

SALIN

Português

BRUNO GASPAR

Português

RISTOVSKI

25

Português

MATHIEU

25

Português

BATTAGLIA

30

Brasileiro

POSIÇÃO

IDADE

GR

34

D

25

D

Brasileiro

MIGUEL LUÍS

25

Brasileiro

ACUÑA

Brasileiro

RAPHINHA

M

24

A

25

A

28

A

24

A

19

A

26

A

24

A

29

Português

WENDEL

Português

GUDELJ

Português

PETROVIC

Português

MONTERO

Português

JOVANE CABRAL

Brasileiro

DIABY

Brasileiro

BAS DOST

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D

29

D

30

D

22

D

26

MANÉ

Francês Português Português Uruguaio Brasileiro Brasileiro Ganês Macedónio

35

Francês

27

Argentino

M

24

Português

M

19

Português

27

Argentino

M M

22

M

21

M

27

M

29

A

31

A

20

A

27

A

29

A

24

Brasileiro Brasileiro Sérvio Sérvio Colombiano Cabo-verdiano Francês Holandês Português

Nota: Jogadores utilizados durante o percurso de apuramento para a Final Four da Allianz Cup. As listas estão a respeitar a ordem das meias-finais.

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28

M

DES 28

D

D

BRUNO FERNAN-

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NACIONALIDADE

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JOÃO MARTINS DIRETOR EXECUTIVO JURÍDICO

SUCESSO PARA REPLICAR A Taça da Liga, hoje Allianz Cup, passou a marca dos 10 anos de existência e é, atualmente, uma competição de sucesso, estável e apreciada por todos. Mas não foi um percurso fácil, chamemos-lhe dores de crescimento. Os primeiros passos foram dados em sintonia com uma forte vertente comercial, sustentada na vontade dos clubes em desenvolverem um modelo de negócio centralizado na Liga. Uma força inicial que se foi esbatendo com o passar dos anos, muito devido à imagem repetida de um modelo competitivo a assentar num espaço de promoção dos novos talentos e não tanto na vontade dos clubes em a vencerem. Hoje, a Allianz Cup, vive com um novo modelo competitivo e organizativo, que culmina com a festa do Futebol Profissional! E é muito mais do que uma competição. A excelência do programa da Final Four, estruturada por um lado na competitividade que os nossos clubes colocam nos jogos e, por outro, na atratividade e diversidade dos eventos que se realizam ao longo da semana, são ingredientes que exortam a espetacularidade do futebol profissional. Todo o sucesso descrito só é conseguido porque está construído num modelo centralizado de direitos comerciais e televisivos, e é nessa centralização que deve assentar o caminho que o futebol profissional terá de prosseguir. Este exemplo de sucesso e atratividade tem que ser replicado em todas as competições profissionais da Liga. E, nesse dia, acreditem, o futebol português estará ao nível das melhores da Europa! LIGA-TE Nº7



FINAL FOUR ALLIANZ CUP

GONÇALO PACIÊNCIA MELHOR MARCADOR DA TAÇA DA LIGA, EDIÇÃO 2018

“FOI UMA ALEGRIA ENORME” Foi o melhor marcador da última edição da Taça da Liga, agora designada por Allianz CUP, ao serviço do Vitória FC e, meses mais tarde, sagrou-se Campeão Nacional pelo “clube do coração”, o FC Porto. Aos 24 anos de idade, Gonçalo Paciência “mudou de ares”, para representar o Eintracht Frankfurt, da Alemanha, com esta a ser a segunda experiência no estrangeiro para o internacional português, depois ter sido cedido ao Olympiakos, da Grécia, na primeira metade da temporada de 2016-17. Além de duas passagens pelo plantel principal do FC Porto, representou, ainda, A. Académica, Rio Ave FC e Vitória FC, clubes que relembra com muito carinho e apreço. O “jovem natural do Porto, que nasceu e cresceu a respirar futebol”, considera-se “uma pessoa normal no quotidiano”, que gosta de “passar tempo com os amigos e de se divertir”. Algumas das experiências porque já passou na carreira, a Final Four da Allianz CUP ou o que projeta para o futuro, foram alguns dos temas abordados na entrevista dada à revista Liga-te, numa conversa que decorreu na sede da Liga Portugal, no último dia de 2018

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C

omo surgiu o futebol na sua vida?

Acaba por ser por intermédio da minha família. O meu pai, por estar ligado ao futebol, e eu, por sempre o ter admirado e olhar para ele como uma referência, acabei por interessar-me em ver e perceber o que ele fazia e como o fazia. Foi esse o clique para que o futebol entrasse na minha vida. Aos seis anos de idade fui às captações do FC Porto, passei os testes e acabei por ficar. O resto, desde lá até agora, é a minha história (risos).

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FINAL FOUR ALLIANZ CUP

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Todo o percurso de formação até à estreia pela equipa principal foi feito no FC Porto, com Julen Lopetegui no comando técnico. Como relembra esse caminho? Foram cerca de 13 anos em que fiz a formação no FC Porto. Passei por todos os escalões, depois tenho dois anos de equipa B e acaba por acontecer aquele momento esperado por qualquer jogador que entra na formação do FC Porto, e que é a estreia pela equipa principal. Foi o culminar de anos de muito trabalho e algum sacrifício. Apesar de ser algo que gostamos de fazer, acaba por ser sacrifício porque privamo-nos e deixamos de fazer muitas que coisas que os jovens normais fazem. E custa porque somos crianças, somos jovens, gostamos de nos divertir e às vezes temos que deixar isso de lado. Foi frente à A. Académica que fez o primeiro golo pela equipa principal do FC Porto. Foi na quarta jornada, do grupo D, curiosamente num jogo a contar para a Taça da Liga, da temporada de 2014-15. O que sentiu ao marcar no Es-

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a temporada passada, Gonçalo Paciência foi um dos destaques da Taça da Liga, agora Allianz CUP ao marcar cinco golos em cinco jogos efetuados, o que lhe valeu o título de melhor marcador da competição em 2017-18. Esta é, por isso, uma prova que o avançado, agora a atuar na Bundesliga, segue com especial atenção e muito carinho. A edição de 2019, diz, tem tudo para ser especial. Que importância teve a Allianz CUP na sua vida? Posso dizer que a Taça da Liga mudou um pouco a minha vida, porque foi na Taça da Liga que me evidenciei mais e, por isso, acho que foi muito importante para mim. Como vê o formato Final Four? Acho que é um formato muito bom porque permite que as equipas ditas “pequenas” tenham oportunidade de estar na final. É a primeira Final Four com os quatro grandes e veremos como vai ser em termos de segurança, que é o mais importante, porque acho que o espetáculo tá garantido. Vai ser uma semana muito bonita porque são as melhores equipas portuguesas e vai haver muita competição, muito espetáculo, muita adrenalina e acho que isso só vai dignificar o futebol português.

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GOLO

“VAI SER UMA SEMANA MUITO BONITA NA FINAL FOUR”

tádio do Dragão? Faz parte do sonho e do culminar do trajeto de muitos anos de formação. Acabo por fazer um golo no meu terceiro jogo e as coisas estavam-me a correr bem. Foi uma sensação única e, como disse anteriormente, é o culminar de algo muito trabalhoso e que acaba por ser um dos momentos que mais me recordo na minha carreira. Por ter sido o primeiro, no “Dragão”, na minha cidade, com os meus adeptos, na equipa que cresci e que eu sempre idealizei. É um golo que ficará para sempre na minha memória. A última temporada foi aquela onde melhor se conseguiu impor. Como vê a sua passagem pelo Vitória FC? A minha vivência em Setúbal terminou com uma final da Taça da Liga. Ainda que com uma derrota com o Sporting CP, foi meio ano que vai ficar sempre gravado na minha memória porque foi o ano que me permitiu dar o salto para um nível competitivo maior e que me abriu portas para outros lugares, como o que estou agora.

DEALEMA

CAMPEONATO NACIONAL GANHO PELO FC PORTO DERROTA CONTRA A SUÉCIA NA FINAL DO EUROPEU SUB-21 2015 (4 – 3 G.P.) O PRIMEIRO PELO FC PORTO (FC PORTO – A. ACADÉMICA)

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FINAL FOUR ALLIANZ CUP Na última edição da Taça da Liga, agora Allianz CUP, sagrou-se o melhor marcador da competição e marcou dois golos nas duas partidas da Final Four. Que balanço faz da participação do Vitória FC na competição? Foi especial, porque ninguém acreditava nesse Vitória FC. Nessa altura do campeonato estávamos em penúltimo e acabamos por fazer uma Taça da Liga brilhante. Não perdemos nenhum jogo e estávamos num grupo com SC Braga, SL Benfica e Portimonense, também uma equipa forte. Acabamos por ir à meia-final, com a UD Oliveirense e tivemos sorte. Apesar de ter sido bem disputado, a UD Oliveirense teve a supremacia do jogo. E foi uma alegria enorme quase termos ganho e termos dado esperança a estas pessoas de poder conquistar mais uma Taça da Liga. O que sentiu ao marcar na final, frente ao Sporting CP? Foi uma altura muito difícil para nós (plantel do Vitória FC). Tínhamos um grupo muito unido. As condições que têm um Vitória FC ou uma A. Académica, com muito respeito, porque foram clubes que me ajudaram imenso, são sempre diferentes. O grupo passou por muitas dificuldades, como foi público. A mudança de presidente, maus resultados, salários em atraso...e acho que foi um grito para a equipa, apesar de estar ligado ao FC Porto e ser diferente, porque tinha sempre a minha segurança. Foi especial, por ser o Vitória FC, a altura em que foi e no contexto em que nos encontrávamos. E o golo, com a forma de festejar, foi a conclusão de tudo aquilo que estávamos a passar no momento. Marcou 11 golos pelo clube “sadino”, o que valeu a primeira chamada à Seleção Nacional A. Qual foi a sensação de ser um dos selecionados de Fernando Santos e representar Portugal? A chamada à Seleção é o concretizar de um sonho. Todos os atletas de alta competição sonham em representar o país, é o expoente máximo do futebol e foi o Vitória FC que me permitiu a primeira vez. Foi um orgulho enorme ter representado e espero lá voltar mais vezes. Estar no Euro 2020 é um objetivo pessoal? Não, para já tenho que me focar no presente, ainda falta algum tempo para o Euro. Mas claro que isso me passa sempre pela cabeça. Sei que tenho condições para lá chegar, mas ainda me falta muito, ainda tenho que dar muito à perna. Logo se verá. Além da chamada à Seleção Nacional, o seu desempenho na primeira metade de 2017-18 valeu-lhe um bilhete de regresso LIGA-TE Nº7

ao FC Porto. Se a estreia foi o culminar de um trajeto de muito sacrifício, o que significa ganhar o título de campeão nacional em “casa”? É um momento que vou recordar sempre na minha vida. Como sabem, sou desta cidade (Porto), cresci nesta cidade, passeio pelas ruas desta cidade a toda a hora e vivo nesta cidade. Poder estar nos Aliados, com as pessoas que me viram crescer, porque desde novo, por intermédio do meu pai, que sou visto e acabo por estar aos olhos de toda gente, é fantástico. Estava nos festejos e via muita gente na rua que me conhecia e amigos, conhecidos. Pessoas que eu sabia quem eram, os nomes. E isso é incrível porque são poucos aqueles que conseguem ser campeões no clube do coração. E eu consegui isso, estou muito feliz, e é um dos momentos que me vai marcar para sempre na minha carreira. Esta temporada saiu para o Eintracht Frankfurt, sendo a tua segunda experiência no estrangeiro. Apesar da lesão, como analisa os primeiros seis meses na Alemanha? Tirando a lesão, como é óbvio, estou a gostar muito de estar lá fora. É completamente diferente do futebol português, ainda que em Portugal haja muita qualidade e muitas condições. É diferente, é mais uma etapa no meu crescimento

e este passo para mim foi importante, porque era aquilo que precisava. Foi o passo certo e, apesar da lesão, estou numa grande equipa, que está a fazer um grande campeonato e com grande performance na Liga Europa. Estou a gostar muito. Quais as principais diferenças que existem entre o futebol alemão e o português? É diferente. É um campeonato onde se sente mais o futebol. Aqui há muita confusão com os árbitros, as equipas sentem-se perseguidas e lá fora não se sente isso. São muito mais disciplinados e as pessoas respeitam-se muito mais. Lá fora, a imagem que se tem do futebol português não é a melhor porque, apesar da muita qualidade que o futebol tem, o que passa lá para fora são as suspeições, as perseguições e o ambiente. Eu acabo por ser um defensor do futebol português lá fora (risos). Quais são os objetivos daqui para a frente? Já estou recuperado da lesão. Acho que com tempo e trabalho, vou ter a minha oportunidade. Agora é trabalhar, recuperar bem e pôr-me em forma rapidamente porque tenho um contrato de quatro anos e quero mostrar, quero vingar lá fora. É um clube de uma dimensão muito grande e que pode dar-me muito também.

AS EXPERIÊNCIAS DA VIDA DO AVANÇADO Gonçalo Paciência não esquece os clubes por onde passou e faz questão de os mencionar a todos, assim como todos os balneários em que entrou. Revela a importância que todos tiveram na sua aprendizagem e desenvolvimento, para finalmente “dar o salto e ter a afirmação que conseguiu ter na carreira”. Defende, também, que é muito diferente jogar em clubes como o FC Porto, em que os jogadores “têm tudo”, ou chegar a uma A. Académica, “com muito respeito”, e encontrar uma realidade totalmente diferente, mas que o “fez acordar para aquilo que é o futebol na realidade”. Depois mudou-se para o Olympiakos, da Grécia, uma “experiência não muito boa, devido às lesões”, mas de onde, ainda assim, “retirou aspetos positivos”. Na segunda metade de temporada 2016-17, é cedido ao Rio Ave FC, clube “que lhe deu a mão numa altura difícil da vida” e onde chegou para “complementar o ano, pois não tinha sido uma época por aí além”. Na temporada transata, o Vitória FC abriu-lhe as portas, numa temporada em que o jovem ponta-de-lança português pensou e decidiu que “ou era, ou era”. “Era a minha quarta experiência em clubes, por empréstimo”. “Acabou por ser um ano em que tinha que dar a vida e me focar, e foi isso que aconteceu”. É nos “sadinos” que realiza a melhor metade de época no principal escalão do futebol português, tendo apontado 11 golos em 25 encontros, onde a Taça da Liga, agora Allianz CUP, surge em plano de grande destaque.

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SANDRO MENDES

“ENORME ORGULHO” O agora dirigente do Vitória FC relembra felicidade sentida na conquista da primeira edição da Taça da Liga

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Taça da Liga, agora denominada Allianz CUP, teve a sua primeira edição na época 2007-2008. Depois de sete encontros disputados, o Vitória FC marcou viagem para o Algarve, onde defrontou o Sporting CP, no Estádio do Algarve. Após nulo no marcador, a equipa sadina levou a melhor no desempate por penáltis e coube a Sandro Mendes, na altura capitão do Vitória FC, a honra de levantar a primeira Taça da Liga. Essa foi, portanto, “uma sensação de enorme orgulho”, para aquele que foi o “primeiro capitão a conquistar uma competição nova”. Afinal, esta foi “a oportunidade única” de Sandro “poder deixar a marca, não só na instituição que representava, o Vitória Futebol Clube, mas também a nível nacional, no futebol português.” Para chegar à final, o Vitória FC teve de disputar sete jogos. Olhando para essa “caminhada bastante difícil, na qual o clube deixou pelo caminho equipas bastante boas, e em jogos muito competitivos, o desafio frente ao SL Benfica, no Estádio do Bonfim, acaba por ser marcante”. Sandro Mendes recua no tempo e confessa o sentimento de “injustiça” sentido “ao intervalo”. “Estávamos a perder o jogo e o resultado era, sem dúvida, bastante penalizador para aquilo que estávamos a desenvolver”. Sobre a final, o agora team manager do Vitória FC recorda, ainda, o dia da final onde “foi necessário recorrer ao desempate por penáltis, com condições climatéricas muito adversas.” A chuva e o frio foram uma espécie de 12.º ad-

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versário: “Choveu bastante nesse dia e estava muito frio. Para além dos nervos e de toda a tensão que rodeia este tipo de momentos ter que estar parado com essas condições meteorológicas foi bastante desagradável. Mas isso passou quando o Eduardo defendeu o último penálti, e assim nos possibilitou sagrarmo-nos os primeiros campeões da Taça da Liga.” Convidado a revelar os segredos da melhor época dos últimos anos do emblema sadino, Sandro destaca “um grupo muito unido, com muita cumplicidade, e qualidade, onde alinhavam alguns jogadores formados no Vitória FC”, numa época onde o conjunto de Setúbal logrou o “apuramento para a Liga Europa, meia-final da Taça de Portugal, contra o FC Porto, e depois a final da Taça da Liga, frente ao Sporting CP.” Agora fora dos relvados, o antigo capitão do clube vitoriano recorda a última Final Four, da época 2016-2017, onde esteve presente na qualidade de dirigente do Vitória FC. Uma sensação “pior, porque sofre-se bastante mais do que lá dentro, embora seja um sofrimento bom porque estávamos a disputar jogos importantes, o que era reflexo do bom trabalho” desenvolvido, referiu, antes de enaltecer a evolução que a Taça da Liga tem enfrentado nos últimos anos, sendo agora uma competição que “todas as equipas querem ganhar, e empenham-se para que tal aconteça”, estando por isso “bastante diferente da primeira edição”. “Se bem que para mim essa primeira edição continuará sempre a ser a melhor (risos)”, desabafou.

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LUISÃO

“VALORIZO MUITO

ESTA TAÇA!”

Antigo capitão do SL Benfica diz que não há comparação entre a Allianz CUP e a primeira que venceu, em 2008-09. Nem em termos de dimensão, nem de organização ou profissionalismo

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VITÓRIAS 2008-09 2011-12 2009-10 2013-14 2010-11 2014-15 2015-16

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steve 15 anos de águia ao peito e conquistou a Taça da Liga em sete ocasiões. Luisão, hoje retirado dos relvados e a ocupar um cargo na estrutura diretiva do SL Benfica, ergueu o troféu pela primeira vez em 200809, numa final com o Sporting CP, que terminou empatada (1-1) e que consagrou a equipa da Luz, após a marcação de grandes penalidades (3-2). Desde essa altura, o antigo capitão benfiquista apenas falhou uma das finais disputadas pela equipa que representava (2011-12), e é natural que tenha um “enorme carinho” pela atual Allianz CUP. Desde essa primeira vitória seguiram-se a de 2009-10, que o SL Benfica venceu ao FC Porto, numa edição que deixou boas recordações ao antigo camisola 4 dos encarnados: na meia-final venceu o Sporting CP, num jogo em que apontou um dos golos da vitória (4-1) da sua equipa. Na temporada seguinte, Luisão fica ligado ao jogo da final, após marcar na própria baliza, oferecendo um golo ao FC P. Ferreira, embora o SL Benfica tenha acabado por conquistar a taça (2-1). A vitória na prova em 2011-12 não foi devidamente saboreada pelo, agora, Embaixador da Liga Portugal: Luisão jogou a meia-final, diante do FC Porto, mas acabou por falhar p derradeiro jogo, que a formação do SL Benfica venceu (2-1) ao Gil Vicente. Depois de um ano de interregno, o antigo internacional brasileiro acabou por erguer, novamente, o troféu, face à vitória do SL Benfica diante do Rio Ave, numa final em que o próprio marcou o segundo e

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último golo dos encarnados. Em 2014-15 e 2015-16, naquelas que foram as últimas vitórias do SL Benfica nesta prova, Luisão voltou a estar nas respetivas finais e em ambas com a braçadeira de capitão. No total, o ex-jogador, que nasceu na cidade brasileira de Amparo há 37 anos, contabiliza 24 jogos nesta competição. “Valorizo muito esta Taça da Liga. Se nós, no SL Benfica, somos reconhecidos por termos mais títulos é também, e muito, pela Taça da Liga. Só desvalorizava a Taça quem não a ganhava! Um título é sempre um título!”, respondeu de forma veemente à Liga-te. É dos jogadores que melhor pode falar da mudança que aconteceu na prova, durante os últimos anos e que, agora, leva à atribuição do Campeão de Inverno. “Não existem nem sinais de proximidade”, exclamou o ex-central, falando especificamente das alterações que tem sentido. “A organização, a publicidade envolvida, os sinais de profissionalismo, tudo. E isso é importante porque os adeptos também deixam-se atrair pelo espetáculo que se desenvolve à volta dos jogos. A dimensão da Taça da Liga hoje é de tal forma que só se fala de forma positiva e do espetáculo e isso é espetacular para a estrutura”, salientou. O brasileiro recorda que todo este espetáculo, vivido na Fan Zone, é “muito importante no futebol, até para os jogadores”. “Quando assim é, os jogadores sentem-se mais envolvidos e, na última época, isso foi visível na Final Four. Foi top!”, finalizou Luisão. 21

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2012-13

“SENSAÇÃO DE

DEVER CUMPRIDO” O então capitão do SC Braga recorda momentos incríveis e espetaculares duma difícil final frente ao FC Porto

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stádio Cidade de Coimbra, 13 de abril de 2013. O SC Braga alcança a sua primeira final da Taça da Liga, acabando por vencer o troféu pela primeira vez, após derrotar o FC Porto, por 1-0, com um golo de Alan, agora Diretor das Relações internacionais do clube minhoto, após conversão de um penálti. Essa conquista representa, portanto, “uma sensação muito boa, de dever cumprido”, pondo fim a um período de “muitos anos em que o SC Braga não conquistou nenhum troféu”, salientou o antigo extremo, que frisou, ainda, “um momento único e irrepetível, pois sabia que tinha a minha família a assistir, nas bancadas, e que no final iria poder estar com eles dentro do campo.”Convidado a recordar o lance decisivo dessa final, a marcação do penálti, Alan recorda um momento de “pressão muito grande, até porque na meia-final contra o SL Benfica já havia falhado um penálti, defendido pelo Artur Moraes”, um ex-colega. Como tal “foi um momento de muita responsabilidade”. “Mas só pensei concentrar-me ao máximo e esquecer tudo o que está à volta, mantendo um pensamento posi-

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tivo, sempre com o foco em concretizar o penálti”, disse, deixando uma palavra para “os milhares de adeptos bracarenses”, aos quais “quis proporcionar um momento de festa”. Ainda sobre a final, frente ao FC Porto, o antigo extremo destaca as dificuldades ao enfrentar a sua ex-equipa, um reencontro “especial pelo facto de poder defrontar uma grande equipa, e poder rever vários amigos”, mas também “pelo facto de ter marcado o golo decisivo”: “Dispusemos de várias oportunidades para fazer mais golos. Infelizmente só conseguimos concretizar uma, mas tenho a certeza de que quem foi ao estádio assistiu a um grande jogo.” Para chegar à conquista do troféu, o emblema minhoto teve de disputar cinco jogos. Alan destaca o momento da meia-final, contra o SL Benfica, onde “Quim foi decisivo no desempate por penáltis”. “Lembro-me que ele tinha acabado de sair do SL Benfica, e por isso foi um momento muito especial para ele e que acabou, sem dúvida, por marcar a nossa ida à final”, enalteceu o antigo número 30 dos arsenalistas. 22

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ANDRÉ MICAEL

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“AMBIENTE ÚNICO”

2016-17

O então capitão do Moreirense recorda momentos felizes e gratificantes e uma Final Four que se viveu em festa

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oi em 2016-17 que a Taça da Liga assumiu o formato de Final Four. Chegado à final com o SC Braga, no Estádio Algarve, o Moreirense acabou por arrecadar o troféu, através de um golo solitário de Caué. André Micael, atual jogador do Gaz Metan da Roménia, na altura era o capitão de um Moreirense que venceu o Grupo B, onde estava Feirense, Belenenses e o FC Porto e na meia-final derrotou o SL Benfica. Esse foi, portanto, um percurso “todo ele muito especial”. “Muita gente não acreditava que fosse possível, felizmente conseguimos superar as dificuldades e conquistámos um troféu que é único na história do Moreirense FC”, referiu o defesa, recordando “o ambiente diferente”: “Sem dúvida que foi muito positivo sentirmos todo aquele ambiente único que rodeou esta competição e que, felizmente, culminou com a conquista da Taça da Liga pelo Moreirense FC.” Para chegar à final, o Moreirense deixou para trás nomes fortes, o que acabou por dar outro sabor a esta vitória. “De certo modo foi ainda mais especial para nós vencer esta Taça da Liga, tendo em conta o percurso que tivemos pela frente”, desabafou André Micael, falando do tal Grupo B, que era “difícil”, e onde “ninguém esperava que o Belenenses conseguisse ficar à frente do FC Porto”. “Mas conseguimos, com muita superação, luta e seriedade, e

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depois derrotámos o SL Benfica e chegámos à final. Foi inesperado e apenas foi possível graças à nossa entrega, e pelo facto de não termos nada a perder. Podíamos estar frente a frente com equipas deste calibre em circunstâncias de igualdade”, salientou. Por isso, desenganem-se todos os que pensam que uma Final Four pode favorecer as equipas teoricamente mais fortes. Para André Micael este formato é propício a surpresas e “o título conquistado pelo Moreirense FC é a prova disso”, até porque o emblema minhoto fez “um percurso muito especial, conseguindo superar equipas que, à partida, seriam favoritas, jogando de igual para igual”. E no “chamado ´mata-mata´ podem sempre acontecer desfechos que poucos esperam”. O defesa recorda, por isso, que “foi mesmo muito gratificante chegar à final”, com os jogadores a sentirem que “era possível ganhar”. “Foi algo em que acreditámos todo o jogo, e é por isso sempre um momento único na carreira de um jogador, ainda para mais estando um troféu em disputa”, disse, lembrando os dias de “muita alegria” que se viveram em Moreira de Cónegos: “Estamos a falar de um feito histórico. São momentos que recordo com grande felicidade, pelo facto de termos dado esta prenda à vila e ao clube, e com isso termos conseguido elevar o nome do Moreirense FC para outro patamar”.

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SEBASTIAN COATES

“FORAM DIAS DE GRANDE EMOÇÃO” Um dos capitães leoninos na edição de há um ano diz que a “Taça é muito bonita e fica muito bem no museu do Sporting CP”

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Coates fez parte do 11 que conquistou a última final da Taça da Liga, atualmente denominada como Allianz CUP. Qual foi a sensação de vencer o troféu? Uma sensação muito bonita. Nós futebolistas, trabalhamos diariamente para ganhar. Foi lindo podermos passar aqueles dias em Braga e partilhar com os nossos adeptos aquela conquista. Foi algo que nos emocionou muito, porque o Sporting CP, embora tenha jogado finais, nunca tinha conseguido ganhar a competição. A Taça é muito bonita e ficou muito bem no Museu do Sporting. O Sporting CP realizou cinco encontros na última edição da prova. Qual dos jogos até erguer a taça destaca? E porquê? É difícil eleger apenas um. O jogo da final contra o Vitória FC foi o decisivo. Teve um ambiente muito bom nas bancadas, porque eles também têm adeptos muito vibrantes com a sua equipa. O jogo da meia-final contra o FC Porto, tem sempre o aliciante de ter sido mais um clássico do futebol português. Foi um jogo de grandes emoções, sempre muito especial e sempre muito competitivo. Talvez por isso o destaque, mas foram dias de grandes emoções na Final Four. Na meia-final, eliminaram o FC Porto,

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através do desempate da marca das grandes penalidades. Na final, contra o Vitória FC, também foram necessários os penáltis para se encontrar o vencedor. Como viveu o desempate da marca das grandes penalidades? Sabíamos que essa era uma forma de seguir em frente e ganhar. Estávamos preparados para aquilo a que os adeptos chamam lotaria dos penaltis. Mas nem sempre é assim tão lotaria. Quem ia marcar sabia tudo sobre quem estava para defender e quem defendeu, sabia tudo sobre quem ia marcar. No momento de marcar, pode fazer a diferença a força ou a colocação. No momento de defender, pode fazer a diferença qualquer indício que seja dado sobre o lado para onde vai a bola. Já quase que não há segredos. São momentos de grande pressão para todos e de grande ansiedade para os adeptos. Para além da concentração que cada um tem de ter, também pensamos sempre que aquele pontapé pode representar algo de importante para nós jogadores, para o clube e para os adeptos. É com essa fé que quem marca parte para a bola, e quem defende tenta evitar o golo. Tudo se resume a que a bola entre ou não. Isso é que faz a diferença. Este ano volta a disputar a Taça da Liga (Allianz CUP), pelo Sporting CP, e

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novamente como um dos capitães de equipa. Quais as principais diferenças, se é que existem, e os objetivos para a Final Four? A cada ano, se torna mais complicado atingir a fase decisiva. As equipas valorizam esta competição. Também a cada ano, pelo que vemos e lemos, também os adeptos a respeitam cada vez mais, e sentem que querem fazer parte desta festa. Nós somos os detentores da prova e claro que queremos ganhar novamente, mas com muito respeito pelo Sporting de Braga, que teremos de ultrapassar na meia final. Penso que temos talento e qualidade para voltar a ganhar, porque vontade, temos muita. Mas são quatro equipas que chegaram até aqui e todas têm possibilidades. É a 12ª edição da prova. Qual a sua opinião sobre a evolução da Taça da Liga e este formato de Final Four? O formato é aquele que a Liga e os clubes decidiram que fosse. Para nós, jogadores, está bem assim. Por vezes sentimos que o calendário fica muito apertado nesta altura, mas temos de nos adaptar e todas equipas, devem ficar felizes por jogarem e não ficarem a ver jogar. É uma competição inserida num calendário. A organização tem vindo a subir de nível. Tudo muito profissional.

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JORGE JESUS

UMA ESPÉCIE DE TROFÉU TALISMÃ

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Treinador Campeão de Inverno em título já venceu o troféu em seis ocasiões. E gosta da mudança no formato da prova, com quatro equipas na final

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orge Jesus, 64 anos, é o treinador com mais vitórias na Taça da Liga. O treinador português, que no início desta temporada rumou ao Al Hilal da Arábia Saudita, mas que, em recente entrevista à Liga-te, prometeu regressar ao futebol português, mostrou-se também especialmente agradado com o formato de Final Four da Allianz CUP. A prova fica, assim, “mais competitiva, mais apaixonante e emotiva”. “Numa semana há quatro equipas a disputarem um título, como acontece em Inglaterra e os adeptos têm aderido. Penso que esta competição vai evoluir, cada vez mais. Já estive em muitas finais da Taça da Liga e esta competição merece crescer”, referiu anteriormente Jorge Jesus, à nossa revista. Há um ano, quando venceu a competição pela sexta vez, como responsável pela equipa do Sporting CP, Jorge Jesus falou num “momento importante”, destacando o número de Taças da Liga que já tem na vitrine. “Já tenho seis Taças da Liga. São seis!”, exclamou o técnico. Esta foi a primeira Taça da Liga ao serviço do Sporting CP. Todas as outras foram conquistadas pelo SL Benfica. Foi assim em 2009-10 (FC Porto), 2010-11 (FC P. Ferreira), 2011-12 (Gil Vicente), 2013-14 (Rio Ave FC), 2014-15 (Marítimo M.). Em 201718 derrotou o Vitória FC (desempate por grandes penalidades), já como treinador do Sporting CP, num jogo que decorreu no Estádio Municipal de Braga.

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ESPETÁCULO TERMINA COM O

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O sorteio das 1.ª e 2ª fases da Allianz CUP teve lugar a 11 de julho, em Coimbra, e, desde então, os clubes preparam-se para a Final Four, em Braga. Para a fase decisiva ficaram quatro, mas todos os restantes, que participaram na prova, deixam saudades. Pelo que jogaram e pelo que fizeram jogar!

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RICARDO RIO

“BRAGA TEM DE SER UM PALCO NATURAL PARA AS GRANDES COMPETIÇÕES” Ricardo Rio, Presidente da Câmara Municipal de Braga, volta a receber a Final Four da Allianz CUP de braços abertos, fazendo um “balanço muito positivo” que faz da edição de 2018. Em entrevista à Liga-TE, confessa que quer ver a cidade receber mais eventos desportivos com esta dimensão e admite expetativas acrescidas para a edição deste ano

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elo segundo ano consecutivo, a cidade de Braga acolhe a Final Four da Allianz CUP, na sequência de um acordo entre a Liga Portugal e a Câmara Municipal com vista à realização de três edições desta fase derradeira da competição na capital do Minho. Em 2018, a Final Four foi o primeiro de inúmeros eventos realizados na Cidade Europeia do Desporto, título de Braga ostentou ao longo de um ano. Volvido este período de muito trabalho, Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal, faz um balanço “muito positivo” de um ano que “começou em grande, com uma modalidade mobilizadora como é o futebol e, naturalmente, com a parceria com a Liga”. Para o autarca, a Final Four foi “uma boa forma de iniciar a aventura” da Cidade Europeia do Desporto, confessando que as expetativas que tinha para este evento “foram claramente superadas”, tanto do ponto de vista desportivo, “com três grandes jogos de futebol”, como no que se refere à “envolvência com os bracarenses que a Taça da Liga propiciou durante toda uma semana”. “Na Fanzone, tivemos milhares de pessoas a interagirem com as dinâmicas que ali foram criadas. Tivemos escolas, instituições empresariais, cidadãos que por ali passaram para desfrutarem das muitas formas de diversão e de con-

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tacto com a modalidade e a competição que foram propiciadas pela Liga”, recorda. Classificando a Final Four de 2018 como um “evento memorável” e um “excelente começo para a Cidade Europeia do Desporto”, Ricardo Rio justifica dessa forma a decisão tomada no sentido de prolongar por mais dois anos (2019 e 2020) a realização da fase final da Allianz CUP em Braga. Não é, contudo, uma aposta isolada. O presidente da Câmara Municipal enquadra a decisão numa convicção pessoal: “Braga tem de ser o palco natural para grandes competições desportivas de todas as modalidades de âmbito nacional e internacional”. Neste contexto, acrescenta, “uma competição como a Taça da Liga prestigia-nos muito enquanto cidade, mobiliza milhares de pessoas, entre aqueles que acompanham as equipas participantes, os próprios moradores de Braga e todos os que acabam por desfrutar de outras atividades acessórias e que estão incluídas, também, na programação da Final Four”. Ricardo Rio dá como exemplo a Corrida do Adepto, que este ano tem data marcada para 26 de janeiro. Estes são motivos que levam o autarca a aumentar as suas expetativas para a edição deste ano. “Bebendo do bom exemplo do ano passado e, também, de algumas inovações, como vai ser a 34

extensão do programa ao Forum Altice Braga, espero que possamos ter ainda mais mobilização e, novamente, um grande evento a abrir 2019 na nossa cidade”.

“NUNCA IMAGINÁMOS TANTA GENTE”

As atividades previstas para a Fanzone são, aliás, vistas como uma das mais-valias da Final Four. “Essa foi uma das áreas em que, claramente, as nossas expectativas anteriores foram superadas”, diz Ricardo Rio. “Nunca imaginámos que, mesmo tratando-se de um local central da nossa cidade e por onde circulam, diariamente, alguns milhares de pessoas, fosse atrair tanto interesse e mobilizar tanta gente”, confessa. Percebe-se, por isso, que este foi umas das principais motivações que levaram a autarquia a revelar interesse em manter a Final Four em Braga por mais dois anos. “Eu acho que não poderíamos deixar de repetir essa iniciativa, no mesmo local [Avenida da Liberdade], porque, de facto, o centro da cidade está sempre a fervilhar de pessoas e esta é uma atividade complementar que acaba por as fixar no local”, explica o autarca. Ainda relativamente à edição de 2018, Ricardo Rio recorda com agrado “as competições escolares” a que assistiu no espaço da Fanzone, bem como “outros eventos empresariais, em que tivemos as bancadas cheias a assistir, a www.ligaportugal.pt

"A nossa aposta foi, precisamente, criar um espaço multifacetado, muito qualificado do ponto de vista das soluções, da tecnologia e da valências que disponibiliza, para poder acomodar uma versatilidade grande de eventos de todo o tipo”

www.ligaportugal.pt

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FINAL FOUR ALLIANZ CUP meio da tarde, durante um dia da semana”. Isso, diz, “é muito positivo para Braga, para a Liga e para a competição no seu todo”. O facto de a Final Four ter ampla cobertura mediática garantida, designadamente largas horas de cobertura televisiva, que não se limita aos jogos, foi também um atrativo, já que se enquadra numa estratégia mais ampla de divulgação da marca Braga. “É um dos desígnios estratégicos que a cidade tem prosseguido. Não só a afirmação como uma das cidades com mais qualidade de vida do país, como também, obviamente, com muito potencial do ponto de vista turístico, assim

como para quem queira aqui estudar ou trabalhar”, explica Ricardo Rio. “Acima de tudo, acho que Braga beneficia muito com a Final Four e isso é algo que me leva a felicitar a Liga. Sentimo-nos muito satisfeitos por podermos ser parceiros de um momento de crescimento desta competição”, acrescenta. Ricardo Rio realça, a propósito, o “orgulho” que o Município a que preside sente por ter contribuído para a afirmação da Taça da Liga, agora denominada Allianz CUP, no panorama competitivo do futebol profissional. E dá um exemplo: “no ano passado, tivemos em dois dos três jogos da Final Four uma afluência de adeptos que, praticamente, esgotou o Estádio Municipal, LIGA-TE Nº7

o que é uma coisa rara, apesar do bom desempenho desportivo do Sporting Clube de Braga”.

“UTILIZEM OS INTERFACES DE TRANSPORTES”

A cidade de Braga volta a ser visitada por milhares de adeptos. Ricardo Rio faz questão de deixar três conselhos. Primeiro, “que as pessoas não deixem de aproveitar para visitar a cidade, nomeadamente alguns dos seus ícones”. Por outro lado, “que o façam de forma tão ordeira e positiva como aconteceu no ano passado, em que, apesar da rivalidade salutar que existe do ponto de vista desportivo, não houve qual-

FINAL FOUR ALLIANZ CUP quer tipo de incidente, todos conviveram em clima de grande amizade e respeito, quer na Fanzone como em todas as zonas envolventes do estádio”. Por fim, Ricardo Rio apela à utilização dos transportes coletivos em dias de jogo. “Braga tem interfaces de transportes, há zonas de estacionamento periféricas que é possível utilizar”, realça o autarca, salientando que “não é preciso convergirem massivamente para o Estádio Municipal e, eventualmente, confrontarem-se com períodos de maior demora no trânsito e no estacionamento, porque serão, novamente, disponibilizados transportes dedicados para cada um dos jogos”.

“Acima de tudo, acho que Braga beneficia muito com a Final Four e isso é algo que me leva a felicitar a Liga. Sentimo-nos muito satisfeitos por podermos ser parceiros de um momento de crescimento desta competição”

A NOVIDADE ALTICE FORUM BRAGA O Altice Forum Braga é uma das grandes novidades no programa da Semana do Futebol, que integra a Final Four da Allianz CUP. Naquele espaço terá lugar o concerto “Fan Music – Final Four”, no dia 19 de janeiro, com as atuações de António Zambujo e Miguel Araújo. O espaço onde funcionou, durante três décadas, o Parque de Exposições de Braga foi alvo de uma remodelação profunda e inaugurado em 2018, transformando-se num equipamento moderno e com condições para grandes eventos desportivos, culturais e expositivos, entre outros. “A nossa aposta foi, precisamente, criar um espaço multifacetado, muito qualificado do ponto de vista das soluções, da tecnologia e da valências que disponibiliza, para poder acomodar uma versatilidade grande de eventos de todo o tipo”, explica Ricardo Rio. Para o autarca, a extensão de atividades da Fanzone para o Altice Forum Braga “é, também, uma forma de valorizar o espaço com eventos de qualidade”.

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FINAL FOUR ALLIANZ CUP

ANOS

MOMENTOS 2011-12

2010-11 2007-08

A Allianz CUP celebra 12 anos de vida. A temporada de 2007-08 marcou o início de uma competição que já conquistou um papel de destaque, não só no panorama do futebol português, mas no desporto nacional em geral. O Vitória FC foi o primeiro vencedor da prova. Eis alguns dos melhores momentos de todas as edições anteriores, do troféu que atualmente coroa o Campeão de Inverno.

2008-09

2009-10

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2014-15

2015-16 Em 2016-17, e após várias alterações na prova, estreou-se o formato Final Four. O Estádio do Algarve, em Faro, foi o palco dos três jogos que decidiram quem seria o Campeão de Inverno. Vitória FC, SC Braga, Moreirense FC e SL Benfica foram as primeiras equipas a confirmar o passaporte para um tipo de decisão totalmente inovador no futebol português. No final, a equipa de Moreira de Cónegos foi a grande vencedora. No ano seguinte, correspondente à edição da temporada passada, a Final Four “mudou-se” para o Estádio Municipal de Braga. Vitória FC e Sporting CP reeditaram a primeira final de sempre da competição, tendo sido igualmente necessário recorrer à marca das grandes penalidades, para se encontrar o vencedor. Desta vez, foram os “leões” que foram mais certeiros dos 11 metros, acabando por vencer o desempate por 5-4.

2013-14 As quatro edições seguintes foram conquistadas pelo SL Benfica, percurso vitorioso dos encarnados que foi interrompido na época de 2012-13. O SC Braga tornou-se no terceiro emblema a vencer a competição, após derrotar o FC Porto, no encontro decisivo. Seguiram-se três épocas com vitórias do SL Benfica, que alcançaram o sétimo título na prova, confirmando o estatuto de clube mais titulado da prova.

2016-17

2012-13

2017-18

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EMBAIXADORES DA FINAL FOUR

ALAN E BARROSO ORGULHOSOS POR SEREM “CARA” DA PROVA Símbolos da cidade de Braga, os dois exjogadores dão a cara pela Semana do Futebol. E fazem-no com orgulho.

S

ão pelo segundo ano consecutivo os Embaixadores da Final Four da Alllianz CUP e orgulham-se disso. Duas caras conhecidas da cidade de Braga, que não passam sem serem reconhecidos. Nascido no Brasil há 39 anos, Alan andou pelo futebol profissional português vários anos, tendo passado por clube como o Marítimo M., o FC Porto, o Vitória SC e o SC Braga, onde se estabilizou e onde ainda hoje está, fazendo parte da estrutura do futebol profissional. No emblema da cidade minhota, o ex-médio ofensivo, que nasceu no Rio de Janeiro, mas tem dupla nacionalidade, fez 347 jogos, durante 9 épocas. É, também por isto, um homem de Braga, cidade que volta a acolher a decisão do Campeão de Inverno, 2018-19. “É uma sensação extraordinária, fico muito grato por ter sido escolhido novamente. E pretendo honrar da melhor maneira possível, tal como o fiz no ano passado””, referiu o ex-jogador, agora Embaixador da prova.

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Também Barroso, de 48 anos, é um símbolo da cidade de Braga, que vai acolher a Final Four até 2020, depois de um acordo anunciado no final da primeira edição, no ano passado, e que resultou num êxito estrondoso.O antigo médio, que vestiu as camisolas de Rio Ave, FC Porto, A. Académica e SC Braga vinca o “grande orgulho por ser embaixador da Taça da Liga”, ele que já está afastado dos relvados desde 2004-05. O sentimento aumenta com o facto da fase de decisões da Allianz CUP estar marcada para Braga. “Isso tem ainda mais valor e dá-me mais orgulho em ser parte importante deste grande evento. Quando recebi o convite fiquei muito satisfeito pelos motivos que já referi, e sobretudo pelo meu grande gosto por futebol e, por isso mesmo agradeço a oportunidade que me foi dada pela Liga Portugal, e pelo seu presidente, o senhor Pedro Proença, que tem feito um grande trabalho pelo futebol português”, frisou Barroso.

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FINAL FOUR ALLIANZ CUP

FINAL FOUR ALLIANZ CUP

AS ESTRELAS DA LIGA

Paulo Futre e Nuno Gomes são Embaixadores da Liga Portugal e dois dos responsáveis pelo programa, que é apresentado dia 19, em Braga. O projeto é uma aposta grande do organismo que gere o futebol profissional português e avança numa altura em que a internacionalização da marca é uma realidade cada vez maior. Mas os dois atacantes não chegam sozinhos. Com eles trazem grandes nomes do nosso futebol, uma modalidade pela qual vão dar a cara em vários momentos junto dos adeptos

PAULO FUTRE Nome completo Paulo Jorge dos Santos Futre Data de nascimento - 28/02/1966 (52 anos); Nacionalidade - Portuguesa Posição – Avançado Carreira em Portugal - Sporting CP (83/84); FC Porto (83/84 - 86/87); SL Benfica (92/93). Jogos - 118 (21 Sporting CP; 86 FC Porto; 11 SL Benfica). Títulos - 2 Ligas portuguesas; 2 Taças do Rei; 2 Supertaças Cândido de Oliveira; 1 Liga dos Campeões; 1 Liga

Graça Barbosa Barros

nascimento - 11/02/1976 (42 anos);

Data de nascimento - 27/01/1962 (56

Nacionalidade –Português

Cabo-verdiano

Nome completo Nuno Miguel Soares Pereira Ribeiro Data de nascimento - 05/07/1976 (42 anos); Nacionalidade - Portuguesa Posição Avançado Carreira em Portugal Boavista FC (94/95 - 96/97); SL Benfica (97/98 - 99/00; 02/03 -10/11) e SC Braga (11/12) Jogos 322 (79 Boavista FC); (221 SL Benfica); (22 SC Braga) Títulos 3 Taças da Liga; 2 Ligas portuguesas;

Nome completo Adelino Augusto da

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Títulos 1 Ligas portuguesas; 1 Super-

Cândido de Oliveira; 1 Taça de

Jogos 558 (134 Marítimo M.); (43 FC

taça Cândido de Oliveira; 1 Taça de

Portugal; 1 Taça da Liga Francesa; 1

Posição Defesa

Jogos 298 (109 E. Amadora); (73

Porto); (34 Vitória SC); (347 SC Braga)

Portugal; 1 Taça da Liga Inglesa; 1

Campeonato da Europa Sub- 18

Posição Guarda-redes

Carreira em Portugal E. Amadora

FC Porto); (61 Marítimo M,); (55 CD

Títulos 2 Ligas Portuguesas; 1 Supertaça

Supertaça Bélgica

Carreira em Portugal Boavista (95/96

(97/98 -99/00); FC Porto (00/01-01-02)

Nacional) Títulos 1 Liga Portuguesa;

Cândido de Oliveira; 1 Taça da Liga; 2

-02/03); Sporting (02/03-06/07); Vitó-

Jogos 141 (57 E. Amadora); (84 FC

1 Supertaça Cândido de Oliveira; 2

Taça de Portigal; 1 Taça Intertoto

Carreira em Portugal Vitória SC

ria FC (11/12)– Olhanense (12/13-14/15)

Porto)

Taças de Portugal

(84/85; 88/89 - 89/90; 95/96 – 98/99);

Jogos 408 (206 Boavista); (158 Sporting

Títulos 1 Supertaça Cândido de

SL Benfica (85/86 – 86/87; 90/91 –

CP); (6 Vitória FC); (18 Olhanense)

Oliveira; 1 Taças de Portugal

94/95) e Vitória FC (87/88) Jogos 269

Títulos 1 Liga portuguesas; 1 Supertaça

HÉLDER POSTIGA

(136 Vitória SC); (100 SL Benfica); (6

Cândido de Oliveira; 2 Taças de Portugal

05/06/1951 (67 anos); Nacionalidade

Nome completo Anderson Luís da Sil-

21/11/1961 (57 anos); Nacionalidade

- Portuguesa

Nome completo Helder Manuel Mar-

va Data de nascimento - 13/02/1981

- Portuguesa

ques Postiga Data de nascimento

(37 anos); Nacionalidade - Brasileira/

Nome completo Sandro Miguel

02/08/1982 (36 anos); Nacionalidade

Portuguesa

Laranjeira Mendes

- Portuguesa

HELTON Nome completo Helton da Silva Arruda

Nome completo Manuel José Tavares Fernandes Data de nascimento -

SANDRO

QUIM

MANUEL FERNANDES

da Silva Pinto Data de nascimento -

LUISÃO

sas; 3 Taças de Portugal; 1 Supertaça Cândido de Oliveira

JOÃO PINTO Nome completo João Domingos

Vitória FC) Títulos 3 Ligas portugue-

Posição Avançado Posição Defesa

Carreira em Portugal CUF (69/70 –

Carreira em Portugal FC Porto (81/82

74/75); Sporting CP (75/76 – 86/87);

Posição Defesa-central

– 96/97) Jogos 408 – FC Porto Títulos 9

Vitória FC (87/88) Jogos 485 – (131

Nome completo Joaquim Manuel

Data de nascimento - 04/02/1977 (41

Sampaio da Silva

anos); Nacionalidade –Português/

Posição Avançado

Carreira em Portugal SL Benfica (03-

Ligas Portuguesas; 8 Supertaças Cân-

CUF); (326 Sporting CP); (28 Vitória

Data de nascimento - 13/11/1975 (43

Cabo-verdiano

Carreira em Portugal FC Porto (01/02-

18) Jogos 538

dido de Oliveira; 4 Taças de Portugal;

FC) Títulos 2 Ligas Portuguesas; 1

02/03 e 04/05-07/08); Sporting CP

Títulos 7 Taças da Liga; 6 Ligas

1 Liga dos Campeões; 1 Supertaça

Supertaça Cândido de Oliveira; 2

Posição Médio

(08/09-11/12) e Rio Ave FC (15/16)

portuguesas; 4 Supertaças Cândido

Europeia; 1 Taça Intercontinental

Taças de Portugal

anos); Nacionalidade –Português

Data de nascimento - 18/05/1978 (40 anos); Nacionalidade – Brasileiro/

Posição Guarda-redes

Carreira em Portugal Vitória FC

Jogos 289 (165 FC Porto); (113 Sporting

de Oliveira; 3 Taças de Portugal; 2

Português

Carreira em Portugal SC Braga (94/95

(95/96 -96/97 e 00/01-04/05 e 05/06-

CP); (11 Rio Ave FC) Títulos 4 Ligas Portu-

Taças das Confederações; 2 Copas

-03/04 e 11/12-12/13); SL Benfica

09/10); Naval (11-12)

guesas; 2 Supertaça Cândido de Olivei-

do Brasil; 1 Liga brasileira; 1 Copa

BETO

ANDRÉ VILAS BOAS

Posição Guarda-redes

(04/05-09/10); CD Aves (13/14-17/18)

Jogos 356 (325 Vitória FC); (31 Naval)

ra; 1 Taças de Portugal; 1 Liga Indiana; 1

América

Nome completo Roberto Luís Gaspar

Nome completo Luís André Pina

Carreira em Portugal U. Leiria (02/03 –

Jogos 676 (299 SC Braga); (184 SL Ben-

Títulos 1 Taça da Liga; 1 Taça de Portugal

Taça Intercontinental; 1 Liga Europa

de Deus Severo

Cabral Villas-Boas

04/05) e FC Porto (05/06 – 15/16) Jogos

fica); (193 CD Aves)

Data de nascimento - 03/05/1976 (42

Data de nascimento - 17/10/1977 (41

308 (67 U. Leiria); (241 FC Porto) Títulos

Títulos 2 Ligas portuguesas; 1 Supertaça Cândido de Oliveira; 1 Taças de

ALAN

anos); Nacionalidade - Português

7 Ligas portuguesas; 6 Supertaças

CHAINHO

anos); Nacionalidade - Portuguesa

Cândido de Oliveira; 4 Taças de Por-

Portugal ; 3 Taças da Liga

RICARDO ROCHA Nome completo Ricardo Sérgio

Nome completo Carlos Narciso Chaí-

Nome completo Alan Osório da

Rocha Azevedo Data de nascimento

Posição Defesa

Função Treinador

tugal; 1 Liga Europa; 1 Liga brasileira;

nho Data de nascimento 10/07/1974

Costa Silva Data de nascimento

- 03/10/1978 (40 anos); Nacionalida-

Carreira em Portugal U. Lamas

Carreira em Portugal A. Académi-

1 Copa Mercosul; 1 Copa América

(44 anos); Nacionalidade Portugue-

19/09/1979 (39 anos); Nacionalidade

de - Portuguesa

(94/95); Campomaiorense (95/96);

ca (09/10) e FC Porto (10/11) Jogos

sa/Angolana

Portuguesa/Brasileira

Sporting CP (96/97- 05/06); Belenen-

69 Títulos 1 Liga Europa; 1 Liga

Posição Defesa-central

ses (09/10) Jogos 291 (21 União de

portuguesa; 1 Taça de Portugal; 1 Su-

JORGE ANDRADE

2 Taças de Portugal; 1 Taça de Itália;

NENO

tória SC (07/08) e SC Braga (08/09-16/17)

04/05); CD Nacional (05/06 – 06/07)

Posição Guarda-redes

italiana; 1 Taça de Portugal

NUNO GOMES

(98/99 – 00/01); Marítimo M. (03/04 –

anos); Nacionalidade – Portuguesa/

Cabo-verdiano

Nome completo Jorge Manuel

RICARDO

Almeida Gomes de Andrade

Posição Médio

Posição Avançado

Carreira em Portugal FC Famalicão

Lamas); (18 Campomaiorense); (243

pertaça Cândido de Oliveira; 1 Liga

Nome completo Ricardo Alexan-

Data de nascimento - 09/04/1978 (40

Carreira em Portugal Estrela da

Carreira em Portugal Marítimo M.

(97/98-98/99); SC Braga (99/00-01/02);

Sporting CP); (9 Belenenses) Títulos

russa; 1 Taça da Rússia; 1 Supertaça

dre Martins Soares Pereira Data de

anos); Nacionalidade –Português/

Amadora (94/95 - 97/98); FC Porto

(01/02-04/05); FC Porto (05/06-06/07); Vi-

SL Benfica (02/03-05/06) Jogos 274

2 Ligas Portuguesas; 2 Supertaças

da Rússia;

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LALIGA LEGENDS NA FAN ZONE

“PADRINHOS” DOS EMBAIXADORES DA LIGA PORTUGAL

A

La Liga, parceira da Liga Portugal no programa de Embaixadores, será presença de destaque na Fan Zone, logo no dia da grande abertura. Algumas das antigas estrelas do futebol espanhol chegam a Braga para “apadrinhar” os nossos jogadores, e também para realizarem aquele que será o primeiro jogo de muitos que vão acontecer no mini estádio: Embaixadores da Liga Portugal x LaLiga Legends. Este é um projeto de grande importância para a equipa liderada por Javier Tebas, Presidente da La Liga, já que são as lendas do futebol espanhol quem mais dá a cara no projeto de expansão internacional e promoção da marca. O grupo de jogadores que viaja para Braga, a convite da Liga Portugal, será chefiado pelo coordenador Fernando Sanz, antigo defesa do Real Madrid, onde foi campeão espanhol, venceu uma Liga dos Campeões e uma Taça Intercontinental. Símbolo do Málaga, Sanz já esteve em Portugal no verão, por altura da realização dos Encontros Ibéricos e já então se revelou figura de destaque na estrutura da LaLiga. Com Sanz vêm também outros nomes bem conhecidos dos adeptos de futebol, como é o caso de Mendieta, um dos jogadores mais carismáticos do Valencia, apesar de, em Espanha, ter representado também o Barcelona. Outra das figuras do emblema Che que vai estar em Braga é David Albelda, que esteve 16 temporadas ao

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serviço do Valencia, tendo sido campeão espanhol em duas ocasiões. Se há nome que os fãs de futebol reconhecem logo, um deles é o de Fernando Morientes, que significa golos: ao serviço do Real Madrid marcou uma centena, entre 1997 e 2005. O antigo internacional espanhol tem no currículo, entre muitos outros títulos, três Ligas dos Campeões, ele que em Espanha, além do clube merengue, vestiu também a camisola do Valencia. O antigo guarda-redes Cesar Sánchez, que representou os emblemas espanhóis de Real Madrid, Zaragoza, Valencia e Villarreal, ou o médio nascido no Brasil, mas naturalizado espanhol, Marcos Senna, e hoje um símbolo do Villarreal, juntam-se a Albert Luque, ex-avançado, que construiu boa parte da notoriedade ao serviço do Deportivo Corunha, para completarem o cartaz LaLiga Legends, que vai estar Braga. 46

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Muitas histórias por contar, muitas emoções e o assistir ao crescimento e valorização da atual Allianz CUP

A

Taça da Liga, agora Allianz CUP, celebra 12 anos de vida. Para trás, ficam inúmeras memórias contadas em histórias na primeira pessoa, muita emoção e centenas de elementos envolvidos na criação de um sonho que se tornou realidade. Foram várias as mudanças, em quase todos os aspetos, na Liga Portugal. Mas há algo que se mantém transversal e similar em todas as edições. Ou melhor, pessoas. Paula Cristina Fernandes e Paulo César Silva, que falam com orgulho do facto de terem estado em todas as edições da competição, que vive a sua Final Four no final deste mês de janeiro. São ambos colaboradores da Liga Portugal e participam, de forma ativa, na organização desde o “nascimento” da prova, na temporada de 2007-08, cuja final decorreu a 22 de março de 2008, no Estádio Algarve, e foi conquistada pelo Vitória FC, através do desempate pela marcação de grandes penalidades (diante do Sporting CP). Paula Cristina Fernandes, Administrativa do Departamento de Competições da Liga Portugal, relembra os tempos em que a competição dava os primeiros passos, quando “a equipa responsável pela prova era de apenas umas 10 pessoas” e olha para a evolução da Taça da Liga. “Hoje somos mais de 240 profissionais a trabalhar, em conjunto, para que tudo esteja preparado a tempo, tanto da abertura da Fan Zone ao público, como das portas do estádio”, continua Paula Cristina Fernandes, defendendo que “a mudança para o formato Final Four, permitiu uma grande evolução da prova”. “E possibilitou, ao mesmo tempo, um grande crescimento e valorização da mesma, que podemos constatar na forma como os clubes todos, os mais poderosos inclusive, encaram a prova”, salientou. Já Paulo César Silva é Técnico de Marketing da Liga Portugal há 20 anos.

PAULO CÉSAR SILVA E PAULA CRISTINA FERNANDES ESTIVERAM EM TODAS AS EDIÇÕES DA PROVA

12 ANOS

NA PRIMEIRA PESSOA

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Assim como Paula Cristina Fernandes, também ele assistiu de perto à criação da competição, bem como a todo o processo de desenvolvimento. “Quando surgiu a ideia da Taça da Liga, era algo que iria ser criado de raiz e esse era um dos maiores desafios”, aponta Paulo, revelando que, nos últimos anos, “existiu um reajuste do planeamento, ficando dividido em projetos e subprojetos, face à dimensão que o evento alcançou”. Nada, mas nada se compara com a realidade de há 12 anos. Paula Cristina Fernandes, a quem tem sido dada também a missão de ajudar na entrega das medalhas na cerimónia da final, levanta, ainda, “um bocadinho do véu” dos bastidores da organização do evento. “O planeamento da edição de 2020 começará logo após o final da atual, assim como aconteceu em todas as outras. Esta que estamos a finalizar os preparativos começou logo a ser idealizada no debriefing da que se organizou em 2018. São meses de muito trabalho e dedicação, nos quais temos que estar atentos a todos os pormenores, que muitas vezes passam despercebidos aos adeptos”, explicou. E a que se refere Paula Cristina Fernandes? Vários detalhes. “Desde a pressão de ar das bolas, à verificação do funcionamento da água quente nos balneários, aos postos médicos para adeptos ou ao gelo e outros equipamentos e pormenores que são requeridos pelas equipas. Tudo é visto e revisto e, felizmente, até aos dias de hoje, correu sempre tudo dentro da normalidade. No final, há uma grande sensação de dever cumprido, mas que rapidamente fica para trás porque no fim de semana seguinte há novos jogos para se organizarem, da Liga NOS e da LEDMAN Liga Pro”, conclui a Administrativa da Liga Portugal, uma organização que não para.

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FINAL FOUR ALLIANZ CUP

FINAL FOUR ALLIANZ CUP

PEDRO CORREIA, DIRETOR DE PROVA

“DURANTE UMA SEMANA

A FINAL FOUR FOI O GRANDE EVENTO”

E

sta será a terceira edição, no formato Final Four, da Allianz CUP e a segunda na cidade de Braga. Que balanço faz da última edição? A última edição foi um sucesso e permitiu consolidar o conceito da Final Four como a semana do futebol em Portugal e a consagração do Campeão de Inverno. A Liga Portugal conseguiu implementar um evento que teve um grande impacto para diferentes stakeholders, com shares de televisão superiores a 30%, com 31,7 horas de programação complementar; aumento dos níveis de reconhecimento publicitário; maior número de adeptos no estádio, superando a barreira dos 52

sucesso foi a atribuição do prémio de Melhor Evento Desportivo na Gala do Desporto em Braga, não esquecendo que a cidade anfitriã ganhou ainda o melhor prémio de cidade europeia do desporto. Ou seja, foi um ano em grande e a Liga Portugal teve o privilégio de contribuir com a implementação da Final Four. Eu diria que a Final Four passou definitivamente a ser um elemento de referência em Portugal. Quais as principais novidades que podemos esperar para a Final Four da temporada 2018-19? Existem vários aspetos que foram modificados. Desde logo temos um novo patrocinador e a competição passou a

mil no conjunto dos jogos. Tivemos também mais de 100 mil pessoas a passarem e participarem nas atividades da Fan Zone o que deu muita visibilidade à cidade anfitriã e uma visibilidade e interação extraordinária nas redes sociais. Diria que todos estes aspetos são significativos e ilustrativos da importância e sucesso do evento. Durante uma semana a Final Four foi o grande evento em Portugal. O culminar deste

chamar-se Allianz Cup, tendo a Sport TV como Media Partner. A 11ª edição da Taça da Liga passa a ter um programa mais extenso e agregador do mundo do futebol. À margem dos jogos, que são obviamente o cartel principal, a Liga Portugal criou um conceito para um programa, durante esta semana do futebol, que agregue os diferentes stakeholders na sua abordagem às grandes temáticas do futebol Português.

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Este conceito foi denominado Thinking Football e terá como alguns dos elementos principais o FuteCom – uma conferência internacional com profissionais da comunicação; a apresentação conjunta com a La Liga de um programa de Embaixadores da Fundação do Futebol; o Fórum de discussão com treinadores dos clubes profissionais, outro com capitães das equipas profissionais e ainda um com as Associações Regionais de futebol e também uma Cimeira de Presidentes. Além disso, haverá diversas outras iniciativas que permitam a reflexão e agregação do futebol profissional em Portugal. Em termos de Fan Zone teremos também algumas novidades, das quais gostaria de realçar um jogo de Velhas Glórias dos clubes que se qualificaram para a Fan Zone e uma nova área denominada “Arte e Kid Zone” que pretende atrair um público mais jovem e dar um caráter ainda mais diversificado. Este ano a Liga Portugal irá também lançar uma APP interativa onde os participantes podem consultar todas as atividades que irão ter lugar, participar em concursos, votar no homem do jogo e outras funcionalidades que poderão verificar assim que fizerem o download. Quando começou a ser planeado o evento e quais os meios que estão envolvidos no projeto? A edição deste ano começou a ser preparada na semana seguinte à consagração do Sporting Clube de Portugal como vencedor da 10ª edição da taça da Liga. Começamos com um debrief para que, abertamente, se possa discutir o que correu bem e que pontos devem ser melhorados. Passada esta reflexão passamos a uma fase de redefinição de conceitos por projeto em que definimos o seu âmbito, os recursos ao dispor e as metas a alcançar. No www.ligaportugal.pt

total, a Liga Portugal gere cerca de 30 projetos para que se implemente este evento desportivo. A organização por projeto faz-se à semelhança de organizações como a FIFA e UEFA quando organizam as grande finais internacionais. Definimos um orçamento, um cronograma de talhado em que se gere através de reuniões mensais as mais de oitocentas atividades identificadas. Pessoalmente organizo a Taça da Liga em 4 grandes Domínios: Competições, Marketing, Fan Zone e Administração – para o qual nomeio líderes de domínio que, por sua vez, gerem os respetivos líderes de projeto. Numa base semanal temos cerca de 30 membros da Liga Portugal envolvidos e durante a semana da final este número duplica, com a ajuda de outros membros do staff, de alguns membros do quadro de delegados e ainda com elementos externos à organização. Durante a Final Four gostaria ainda de realçar o apoio de cerca de 120 voluntários e um conjunto de fornecedores que ajudam a Liga Portugal na implementação deste evento de referência. Qual a importância da Fan Zone para o sucesso do evento e quais os principais objetivos a serem atingidos com este espaço? A Fan Zone tem um papel central no sucesso deste conceito. Antigamente, a Taça da Liga era meramente um jogo tendo como único elemento diferenciador o facto de ser uma Final. Com a introdução da Semana do Futebol passamos a ter 3 jogos, mas, mais importante que isso passamos a ter um conceito de www.ligaportugal.pt

uma cidade anfitriã com uma fan zone numa localização central. Esta Fan Zone passa a ser um espaço de agregação com uma série de atividades relacionadas com o desporto que permitam a agregação daquela parte da população local que não pode ou não está interessada em ir aos jogos de futebol. O conjunto de atividades passou a ser tão diversificado e abrangente que conseguimos que mais de 100,000 pessoas se associassem ao evento. A Liga investiu em concertos, atividades de desporto para todas as idades, torneios juvenis, eSports, um espaço digital, uma corrida do adepto, e um sem número de outras atividades na Fan Zone. Além disso a Liga Portugal procurou associar todo este dinamismo a atividades de responsabilidade social, tendo lançado a Fundação do Futebol e apoiado diversas causas sociais, tendo como pano de fundo a Final Four. Para este ano alargamos este conceito indo ainda mais longe com a introdução do Thinking Football e com o alargar de atividades de agregação da família do futebol. A Fan Zone é, hoje em dia, um elemento diferenciador onde todas estas atividades gravitam e que, na realidade, permite que exista uma verdadeira semana do futebol em Portugal. Na organização de um evento com esta amplitude e importância, quais as maiores dificuldades com que se deparou? A equipa da Liga Portugal é uma equipa experiente e profissional. O planeamento atempado tem como objetivos a diminuição dos riscos associados e este tipo de eventos e por conseguinte uma melhor implementação do even51

to. As dificuldades operacionais acabam por advir de imprevistos que vão naturalmente ocorrendo, como por exemplo falhas de alguns fornecedores, situações de segurança, a questão do próprio clima e outras que variam de ano para ano. A Liga Portugal tem um programa de treino operacional que visa preparar todo o seu staff para situações imprevistas, de modo a testar as linhas de comunicação, de decisão, os níveis de stress e o conhecimento do seu pessoal. Deste modo, os seus profissionais estão preparados para um conjunto de situações que potencialmente possam vir a acontecer. A outro nível, com o acumular da intensidade das competições nacionais e internacionais existem dificuldades de calendarização e obviamente dificuldades na agregação dos vários stakeholders para as atividades conjuntas. No entanto, o conceito da semana do futebol começa a impor-se e estamos a crer que os diversos convidados têm interesse em participar e associar-se a todas estas atividades proporcionadas pela Liga Portugal. No geral estamos preparados para lidar com um conjunto de situações que possam vir a acontecer e, mais importante, estamos preparados para fazer a implementação de um grande evento que orgulhe a família do futebol, os seus patrocinadores e a cidade anfitriã. Estou seguro que a 11ª edição da Taça da Liga, a Allianz Cup, será um evento de referência em 2019 e será seguramente ainda melhor que a edição anterior! LIGA-TE Nº7


FINAL FOUR ALLIANZ CUP

FINAL FOUR ALLIANZ CUP

HELENA PIRES, DIRETORA DE OPERAÇÕES DE ESTÁDIO

“É UMA MEGA-OPERAÇÃO”

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ste é o segundo ano em que a Final Four é disputada na cidade de Braga. Qual é a importância de se voltar ao Estádio Municipal de Braga para se decidir quem é o Campeão de Inverno? A importância está no facto de voltarmos a trabalhar com uma estrutura e um município que já conhecemos. A articulação existente entre a Liga Portugal e as diversas entidades e autoridades, públicas e privadas, que colaboram na organização do evento, é essencial e um dos pontos fortes para o sucesso da realização, tanto da prova, como das atividades complementares. A estabilidade é importante numa mega-operação como a Final Four, até

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porque permite-nos melhorar em vários aspetos. Quem está de fora não imagina as horas de trabalho que estão aqui aplicadas, mas isso só nos dá vontade de fazer mais e melhor. O que podemos assegurar é que, em termos organizacionais, estamos a fazer tudo para que nada falhe e para que todos os pormenores sejam devidamente assegurados. Vamos lidar com três jogos de nível 1 e, por isso, as atenções que já são imensas diariamente, serão redobradas aqui. Queremos que as quatro equipas envolvidas na Final Four possam dizer, independentemente do resultado, que regressaram a casa satisfeita com tudo o que a Liga Portugal lhes ofereceu durante a Final Four. E a importância do SC Braga no processo? O SC Braga tem um papel importante, assim como todas as Sociedades Desportivas que participam na competição. É importante clarificar que, apesar de jogar no próprio estádio, o SC Braga joga num campo neutro, recebendo um tratamento coadunado com o que está a ser prestado aos restantes finalistas. Posto isto, é de se saudar a intervenção e participação ativa das Sociedades Desportivas, contribuindo para potenciar e exponenciar a competição. O valor das assistências que foram sido registadas, ao longo de toda a prova, é a constatação do que tem sido efetivamente o desenvolvimento da competição. Quais são as maiores preocupações a ter no planeamento e na organização do estádio, tanto no dia de jogo, como no que antecede o pontapé de saída? O planeamento é um dos fatores mais importantes para o sucesso da organização da prova. O foco principal passa pela organização dos adeptos, dadas as características que o Estádio Municipal de Braga nos oferece. É um 52

recinto peculiar, com acessos diretos e que, por isso, exige uma monitorização permanente, bem como condições de acesso diferenciadas e seguras. Mas, neste aspeto, estamos confiantes em ter verdadeiras festas nas meias-finais. Inerente ao ponto previamente indicado, surge a necessidade da criação de lugares de lazer, para esses mesmos adeptos tanto para o estádio, como para as diferentes zonas de atividades complementares da Final Four. E isso, garantidamente, vamos ter. A nossa zona de adeptos no centro de Braga está preparada para superar o número dos 100 mil visitantes da última edição, até porque temos ainda mais atividades dirigidas aos vários escalões etários. É um espaço para famílias e para amigos. Quais foram as maiores dificuldades sentidas no planeamento da Final Four, em edições anteriores? Não lhes chamaria dificuldades, mas sim desafios. Estamos na 12.ª edição da Taça da Liga, agora Allianz CUP, a terceira em formato de Final Four. Como tal, existe já um grande conhecimento da equipa, no que toca à organização de um evento com a dimensão e magnitude que tem esta prova. Ainda assim, é necessário gerir os recursos humanos existentes, tendo em conta que se encontram mais de 242 pessoas envolvidas em todo o processo, entre profissionais e voluntários. Na Allianz CUP, a Liga Portugal deixa de ser um mero organizador, passando, também, a ser o promotor do evento. E, naturalmente, surgem os tais desafios que, graças a um planeamento, que se encontra cada vez mais aperfeiçoado, nos permite estar aptos a responder a todas as questões que se levantam, com grande rapidez e eficiência. www.ligaportugal.pt

Temos mais de seis meses de trabalho nesta prova de 2019 e, apesar de esperarmos uma afluência enorme nos dias de jogo, estamos certos que, no que depender exclusivamente da Liga, vai tudo correr bem. Deixo um apelo muito importante aos adeptos, para que se desloquem com tempo para o estádio. Estamos a falar de jogos de segurança apertadíssima e não vai haver contemplações na entrada do estádio. O que podem os adeptos esperar da Final Four da Allianz CUP? Em primeiro lugar, uma grande competitividade. Como tem sido apanágio nas edições anteriores, têm-se verificado que várias equipas chegam à fase das decisões, chegando até mesmo a conquistar o troféu. É um facto que desmistifica a ideia de que a competição privilegia os habitualmente chamados “grandes”. Por outro lado, além do futebol, a Liga Portugal oferece um conjunto de atividades complementares, como o “Thinking Football” ou a Fan Zone, a fim de potenciar e promover o convívio entre adeptos de todas os clubes, naquela que é a Semana do Futebol. Para termos uma ideia, na edição da temporada transata, passaram cerca de 100 000 pessoas pela Fan Zone e 52 273 pelo estádio, para assistir aos jogos. São números que demonstram o impacto que o evento já tem e que, naturalmente, esperamos aumentar de ano para ano.

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FINAL FOUR ALLIANZ CUP

NA PREPARAÇÃO ESTÁ O GANHO

FINAL FOUR “ARRANCOU” EM JULHO DE 2018

EM OPERAÇÃO

Já neste mês de janeiro, na quinta-feira dia 10, foi levado a cabo um treino operacional com toda a equipa presente no Estádio Municipal de Braga, onde os colaboradores foram expostos a hipotéticas situações de crise, aproveitando para testar as capacidades de reação e a qualidade das mesmas. No dia seguinte, arrancaram as montagens no Estádio, com a preparação para a Conferência de Imprensa de lançamento da Final Four e das salas de serviço da Liga. Nos dias que se seguiram, começaram as montagens de tudo o que é a sinalética do estádio, alinhamentos das cerimónias pré e pós-match, testes do Goal Line Technology (GLT), briefing aos voluntários, ativação de zoning, conferências de imprensa de lançamentos das meias-finais e da final, bem como a preparação e montagens da Fan Zone, entre muitas outras atividades organizativas.

MELHOR EVENTO DESPORTIVO 2018 Votação promovida pelo Município de Braga carimbou com chave de ouro a organização da Liga Portugal

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Liga Portugal leva, pelo segundo ano consecutivo, a Final Four da Allianz CUP ao Estádio Municipal de Braga, aquela que já começa a ser uma “segunda casa” para os profissionais da Liga, pela familiaridade com as instalações e locais adjacentes. Com algum “sangue novo”, a Liga Portugal tem colaboradores jovens e talentosos, que estarão com empenho máximo na sua primeira Final Four, contando também com profissionais cuja vasta experiência, alguns com 11 finais da prova organizadas, faz com que haja a simbiose perfeita entre prática e inovação. São mais de 75 os profissionais com ligação à Liga Portugal que estão envolvidos na organização da Final Four

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da Allianz CUP (contabilizados os delegados que darão uma ajuda preciosa na operacionalização), contando também com os mais de 100 voluntários que estão espalhados pelo Estádio. A preparação desta Final Four arrancou em março, com as primeiras ideias para a edição 2018-2019 a serem delineadas. A partir da segunda quinzena de julho, seguiram-se dezassete reuniões com todos os operacionais alocados à organização da “semana do futebol” em Braga. Foram mais de 40 horas de reunião, onde foram debatidos e aprimorados todas as áres de projetos: Gestão e Administração, Alojamento, Apoio Jurídico, Bilhética, Catering, Cerimónias, Estádio, Conteúdos e Social Media, 54

Hospitalidade, Credenciação, Design, Fan Zone, Finanças e Seguros, Logística e Compras, Merchandising, Operações de Competições, Operações de Marketing, Operações de TV e Imprensa, Operações de Estádio, Operações de Tecnologia, Protocolo, Relações Públicas, Responsabilidade Social, Segurança, Sinalética e Decoração, Transportes e Parking, Visitas Técnicas, Voluntariado, Website e Eventos Complementares. À margem destas reuniões internas, os diversos líderes de projeto juntaram-se com elementos das forças de segurança, dos clubes semifinalistas, da Câmara Municipal de Braga, das equipas de emergência médica, operador televisivo, Proteção Civil, segurança privada, entre outros. www.ligaportugal.pt

Ano após ano, a fasquia da organização da Final Four da Allianz CUP continua a ser elevada e prova disso foi a eleição para melhor evento desportivo da época 2017-18, num anúncio feito da V Gala do Desporto, promovida pelo Município de Braga, e votada pela população. O evento organizado pela Liga Portugal, que fez passar a semana do futebol pela cidade de Braga, no final de janeiro de 2018, venceu esta eleição, destinada a premiar aqueles que em prol de uma atividade ou clube tenham alcançado resultados de elevado mérito desportivo. Esta eleição honrou, e muito, a Liga Portugal, colocando, ao mesmo tempo, uma responsabilidade acrescida de fazer mais e melhor nesta edição da prova, de forma a que passe a ser cada vez mais importante no panorama do futebol profissional português. www.ligaportugal.pt

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FINAL FOUR ALLIANZ CUP

FINAL FOUR ALLIANZ CUP

EM 12 EDIÇÕES

Entre

EVOLUÇÃO DO TROFÉU QUE

COROA O CAMPEÃO DE INVERNO A atual Allianz CUP, feita de latão e banhada a ouro, é motivo de satisfação para a empresa que a construiu

A

Final Four da Allianz CUP 2018-19 marca a 12ª edição de uma competição que distingue o Campeão de Inverno do futebol profissional português. Esta época, o vencedor irá erguer um novo troféu. Com cerca de 80 cm de altura e oito quilos de peso, o desenho da nova taça da Allianz CUP ficou a cargo de Nuno Martins, designer que já havia idealizado a Taça que vigorou na competição entre 2011 e 2015. O designer fala na intenção de “dar mais robustez e mais corpo à taça”, indo de encontro à principal vontade de Pedro Proença, Presidente da Liga Portugal. Deste modo, o Nuno Martins alterou, “pela primeira vez”, um projeto por si concebido, o que acabou por não ser um desafio fácil. Foi, aliás, “uma

2011-12 e 2014-15

Nas quatro edições seguintes, a competição passou a ser designada de maneira semelhante ao que representa: a Taça da Liga. O SL Benfica venceu mais três das quatro provas disputadas neste intervalo de tempo, alcançando a sexta Taça da Liga da história do clube. Em 2012-13, surgiu um novo nome da lista de vencedores. O SC Braga foi o grande vencedor, depois de ultrapassar o FC Porto, após vitória por 1-0. Novamente no Estádio Cidade de Coimbra, Alan apontou o golo solitário, através da conversão de uma grande penalidade, e ergueu a taça para os “Guerreiros do Minho”, na altura comandados por José Peseiro. O troféu entregue entre 2011-12 e 2014-15, pode ser chamado de parente mais próximo, daquele que será levantado pelo capitão da equipa vencedora da Final Four da presente temporada.

enorme dor de cabeça”, mas, no final, valeu a pena, dada a beleza da taça. O troféu da competição contabiliza, agora, cinco designs distintos, sendo que a execução do troféu propriamente dito ficou a cabo da empresa Domingos Guedes Unipessoal. Leonel Pinto, o responsável pela manufatura da peça, revela que “o maior desafio é a construção completa do troféu, não há um ponto específico. Toda ela (a taça) tem pontos complicados de montar, desde a base e a falta de espaço para se poder apertar todas estas tiras que aqui estão, à colocação e a fixação da bola no troféu. Não é uma peça fácil de executar”. Feita de latão e banhado a ouro e prata, o troféu da Allianz CUP “é um motivo de grande orgulho” para a

Bwin Cup

2007-08 2009-10

Carslberg Cup

A Taça da Liga nasceu na temporada de 2007-08. Sandro, antigo capitão do Vitória FC, foi o primeiro a erguer o troféu da prova, denominada por Carslberg Cup nas primeiras três edições. O Estádio do Algarve foi o palco escolhido para receber a primeira final da competição, jogada a 22 de março de 2008, onde Vitória FC e Sporting CP marcaram presença. Após um empate sem golos, no final do tempo regulamentar, foi necessário recorrer ao desempate através da marca das grandes penalidades para se encontrar o primeiro vencedor. A equipa de Carlos Carvalhal foi mais forte (3-2) e conquistou o direito de ser a primeira a inscrever o nome no troféu. Nas duas edições seguintes, o SL Benfica foi o vencedor.

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2010-11

A quarta edição da prova ficou marcada pela alteração no naming da competição. A Taça da Liga foi designada como bwin Cup na temporada em questão. A casa de apostas deu o nome ao troféu, de cor preta, que foi disputado entre SL Benfica e FC P. Ferreira, no Estádio Municipal de Coimbra. Os encarnados bateram os “castores”, por 1-2, com golos de Jara e Javi García. Luisão, na própria baliza, ainda reduziu para a turma então comandada por Rui Vitória, mas as “águias”, capitaneadas pelo autor do autogolo, acabaram por erguer a taça, pela terceira vez em quatro edições.

Entre

e

Taça da Liga

empresa Domingos Guedes Unipessoal, que “tenta apresentar aquilo que é projetado”. No final, “ver os vencedores a festejar com a peça que construímos é uma honra enorme”. Leonel afirma, ainda, que o aspeto de solidez da taça se deve “aos materiais e à forma como estudamos a fixação do troféu”. “Fomos usando novos materiais, que não eram utilizados noutros troféus, e procuramos dar a maior robustez possível à peça”, conclui o responsável pela construção.

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Entre

2015-16 e 2017-18

Taça CTT

A partir da temporada de 2015-2016, os CTT deram o nome à competição. Nas três edições da Taça CTT, registaram-se outros tantos vencedores: SL Benfica, Moreirense FC e Sporting CP. As finais foram, também, disputadas em três cidades distintas: Coimbra, Algarve e Braga. O primeiro formato Final Four (2016-17) foi conquistado pelo Moreirense FC, depois de eliminar SL Benfica, nas meias-finais, e SC Braga, no derradeiro encontro. O Estádio do Algarve viu, assim, a equipa de Moreira de Cónegos ser coroada como o Campeão de Inverno. Na última edição da prova, Jorge Jesus confirmou o estatuto de técnico com mais vitórias na competição (seis títulos). O Sporting CP derrotou, nos penaltis, o Vitória FC (5-4) e “vingou” a derrota sofrida na final da primeira edição da prova.

2018-19 Allianz Cup Na presente temporada, a competição passou a ser denominada como Allianz CUP. É a primeira vez na história da prova que os quatro primeiros classificados se encontram na fase decisiva. As meias-finais colocam frente-a-frente SL Benfica – FC Porto e SC Braga – Sporting CP. As águias são o clube mais titulado da prova (sete títulos) e defrontam os “dragões”, a única equipa presente que ainda não conseguiu conquistar a Taça da Liga. Na outra partida, há duelo entre os anfitriões da prova e os últimos vencedores da competição. O grande vencedor da Allianz CUP, será coroado como o Campeão de Inverno e levará para casa o troféu banhado a ouro e prata, com cerca de 80 centímetros e um peso a rondar os oito quilogramas.

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JOSÉ FRANCISCO NEVES, CMO DA ALLIANZ PORTUGAL

“ALLIANZ CUP É UMA PROVA DE FUTEBOL POSITIVO!" Responsável máximo pelo marketing da Allianz Portugal garante que o único modelo que interessa à marca é o do espetáculo, daquele que se joga em campo e do que se vive nas bancadas. Para a Final Four de Braga, edição de 2019, a primeira com o naming da companhia de seguros, espera uma festa sem igual

Q

uais as expetativas da Allianz para esta Final Four, que decorre de 19 a 26 de janeiro em Braga? As expetativas são muito elevadas. Já eram quando avançámos para este apoio e isso tem sempre um peso muito importante. Claro que estamos mais animados, porque pela primeira vez vamos ter os quatro denominados grandes em conjunto. Mas atenção, que fique muito claro que enalteço este facto, mas também todas as outras equipas que jogaram a competição. Não há nenhum tipo de preferên-

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cia, mas é a realidade de Portugal e estes clubes têm um peso diferente de todos os outros. A quantidade de pessoas que vão estar nos jogos e a forma como o país vai parar para ver a Final Four será diferente com a presença destas quatro equipas. Certamente estarão também muitos adeptos em Braga, aliás como aconteceu na última edição… Sem dúvida! Estamos a falar das equipas com maior número de adeptos em Portugal, e isso tem peso. Em termos de marca, quais são as expetativas para a Allianz com esta Final Four? Temos tido um acompanhamento muito próximo do retorno que a competição tem trazido. E esse deve-se ao facto, como referi desde o primeiro momento – e disse-o ao Pedro Proença – que o futebol, quer queiramos ou não, começa a ter necessidade de provar às marcas que é importante. O momento em que a Allianz Portugal tomou a decisão de dar o naming à Allianz CUP coincide com o momento em que o futebol português passa por algumas perturbações. E o facto de termos entendido, na mesma, que era no futebol que estaria o núcleo de consumidores que queremos impactar tem, obviamente, que ser provado. Passámos por momentos conturbados no futebol e isso

traz peso para as marcas. Honestamente, e tal como sempre defendi, o futebol é o local onde mais conseguimos tirar proveito em termo de marca, em Portugal. Mas também é importante estarmos bem conscientes que um dos principais objetivos passa por tentar transmitir para este mundo do futebol alguns dos valores positivos, nos quais acreditamos. E desde o início, em conjunto com a Liga, ficou muito claro que a Allianz CUP seria, como é, uma prova de futebol positivo, bem como tudo o que envolve esta competição. A Final Four vai concentrar todos os valores que defendemos e que acreditamos estão nesta taça desde o início. E que valores são esses? Como sempre falámos, e vocês também na Liga, tem a ver com o futebol positivo. E isso é um futebol que se pratica dentro das quatro linhas, com o apoio do público cá fora. Tudo o resto, tudo o que se diz, pouco importa. Na derradeira edição da Final Four da, agora, Allianz CUP foi bonito ver adeptos do Sporting e do FC Porto em convívio saudável no dia em que se defrontaram. Estas imagens vividas na Fan Zone também são o símbolo do futebol positivo? Esta definição de futebol positivo não foi a Allianz que trouxe. Foi a Liga que nos

propôs que, na continuação do sucesso que foi o ano passado, tínhamos de manter esta atitude. E é o que queremos! Gostaria de aproveitar este momento para, de uma forma muito tranquila, dirigir-me ao Sr. José Mota, como o faria com qualquer outro treinador que tivesse dito que era muito importante para os patrocinadores a questão “X” ou “Y”. Tenho por ele o maior respeito pessoal e profissional e percebo bem o que quis dizer, mas devo dizer que a Allianz só tem a responsabilidade de apoiar a Liga para fazer com que esta seja a Taça mais importante do futebol português. O modelo de jogo e da competição é da inteira responsabilidade dos clubes e, portanto, não tem nada a ver com o patrocinador. Não exigimos nada. Quero é que as coisas corram bem, em termos organizacionais. E que dentro do campo os jogadores estejam a jogar e fora do campo, o público esteja a apoiar. É o tal futebol positivo! Espera ver três casas cheias em Braga? Não tenho dúvida nenhuma! A Allianz Portugal também era patrocinadora da Taça CTT, no último ano. Conheço bem o modelo da Final Four e estive em Braga há um ano. Falei com muitas pessoas da Liga que me explicaram que toda a semana foi um sucesso, também porque Braga é uma cida-

“Pelas últimas avaliações percebemos que a notoriedade teve uma variação muito positiva desde que assumimos o naming. Foi algo que veio em crescendo e que se manteve”

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FINAL FOUR ALLIANZ CUP de de desporto, de futebol, e viveu o ano de Cidade Europeia do Desporto… Não tenho dúvida nenhuma que será um sucesso! Como é que a Allianz, uma seguradora muito ligada ao desporto, mede a força da aposta neste naming? Como disse, é verdade que a Allianz é uma empresa que tem como principal ativo de publicidade o desporto e, dentro disso, o futebol. A marca Allianz tem uma ligação muito especial ao desporto com os estádios Allianz [nota: a companhia tem estádios em Munique, Turim, Nice, Sydney, São Paulo, Londres e Viena]. Mas, voltando à questão, pelas últimas avaliações percebemos que a notoriedade teve uma variação muito positiva desde que assumimos o naming. Foi algo que veio em crescendo e que se manteve. Isso

é muito notório e gratificante e é o que se mede diretamente. Depois, há a parte que não se mede, mas temos noção que o caminho que a marca tem vindo a fazer… E reafirmo: está em crescendo. Pode haver uma futura ligação da Allianz à Liga Portugal, numa perspetiva de aumentar o espaço de negócio no futebol? Temos a certeza que o futebol é o principal divulgador de marca em Portugal e queremos continuar a estar onde estão os portugueses. E os portugueses estão, essencialmente, no futebol. Porém, não podemos resumir o nosso investimento de marca apenas ao futebol e queremos ter outras manifestações, desportivas e também culturais. Portanto, também vamos fazer, em 2019, um

investimento muito interessante na área da cultura. Mas não vamos abandonar o futebol! E quem sabe se não vamos, juntamente com a Liga reforçar esta relação. Não tenho muitas dúvidas. Recuando no tempo, foi difícil a decisão de dar o naming à competição? Dar o naming a uma competição em Portugal era uma ambição que tínhamos há muitos anos. Foi uma negociação dura, mas, desde o início, percebemos que havia espaço para conseguir. As negociações foram sempre muito transparentes e muito claras. Tenho que fazer aqui uma menção também à Olivedesportos, porque tem sido sempre muito correta com a Allianz Portugal e, neste campo da negociação, foi muito importante para o sucesso.

“Não podemos resumir o nosso investimento de marca apenas ao futebol e queremos ter outras manifestações, quer desportivas como culturais. (…) ! E quem sabe se não vamos, juntamente com a Liga reforçar esta relação”

TROFÉU EM “ROAD SHOW” NOS MEDIADORES ALLIANZ Ainda antes de começar a Final Four, a Allianz já e patrocinador satisfeito… Sim! A Final Four tem um peso muito grande, mas a verdade é que a Allianz CUP já é uma competição que dura há alguns meses e temos tirado bastante proveito dela, até porque internamente fizemos algumas coisas para divulgar a Allianz CUP. Por exemplo tivemos uma iniciativa muito interessante, não só entre consumidores, mas também entre os nossos agentes. Fizemos uma iniciativa muito interessante com a Taça, que foi o Road to Braga, e a troféu passou pelos escritórios dos mediadores onde se ia jogando a competição. A aceitação foi boa? Muito! Há sempre duas aceitações muito engraçadas neste negócio: a do nosso intermediário, que é o nosso agente, e que é fundamental para passar a nossa imagem e modelo de negócio. E, depois, temos o público, que esteve sempre muito presente e que tirou fotografias com o troféu e interagiu nas redes sociais. LIGA-TE Nº7

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FINAL FOUR ALLIANZ CUP

FINAL FOUR ALLIANZ CUP

A Final Four é muito mais do que apenas futebol. As meias-finais e a final que conduzem à consagração do Campeão de Inverno 2019 são o ponto alto de uma festa que se realiza diariamente na Fan Zone, no centro de Braga. Em 2018 foram mais de 100 mil as pessoas que por ali passaram. Queremos bater recordes e montámos um mini estádio e uma tenda do adepto cheia de surpresas. A Liga Portugal promete-lhe 8 dias de pura diversão. Venha daí, junte-se a nós!

MINI ESTÁDIO

4

3

DIGITAL SPOT

ART & KIDS ZONE

6

8 LOJA OFICIAL

TENDA DO ADEPTO

7

TROFÉU INSUFLÁVEL

2 5

9 ESTÚDIO RÁDIO COMERCIAL

VISITA A FAN ZONE DE 19 A 26 JANEIRO DAS 10H ÀS 20H

ESTÚDIO SPORT TV

1 PÓRTICO DE ENTRADA

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FINAL FOUR ALLIANZ CUP

FINAL FOUR ALLIANZ CUP

CASA DO ADEPTO

13H Demonstração Freestyle com José Moreno

15H Influencer time

com Bruno “impaKt” Moutinho

16H Jogo glórias SL Benfica vs FC Porto 16H Meet and greet com Hélton e Quim

A Avenida Central em Braga dá palco à festa do futebol pelo segundo ano consecutivo

18H Exibição de Futebol Feminino do SC braga

A Fan Zone da 12.ª edição está cada vez mais virada para proporcionar ao adepto, uma experiência única. Situada no coração de Braga, a Fan Zone da Allianz CUP 2018-2019 promete unir, em torno de uma grande festa, todos os adeptos que se desloquem à Avenida Central. São oito dias recheados de momentos inesquecíveis, com vários tipos de atividades. Este ano há muitas surpresas, desde o Jogo das Estrelas SportTV, ao Jogo de estrelas da Rádio Comercial com artistas, e a jogos de eSports.

10H eSports torneio 1 vs 1 15H Influencer time com Ricardo “Fox” Pacheco

12H e 14H30 Oficina de Graffiti

ARRANQUE DE LUXO

com MESK e espaço DJ Kids *

14H Apresentação Embaixadores Liga Portugal

17H Jogo Embaixadores

Liga Portugal vs LaLiga Legends

SÁBADO, 19

22H Concerto Miguel Araujo + António Zambujo * Estas atividades decorrem todos os dias na Fan Zone às 11H e 14H00 A Fan Zone abre no sábado, dia 19 de janeiro, e arranca com a oficina de Graffiti com MESK, um dos mais conceituados graffiters portugueses. Às 17 horas entram em campo os embaixadores da Liga Portugal e da LaLiga, num encontro que colocará frente a frente alguns dos jogadores mais titulados da história do futebol mundial. Um “clássico” imperdível entre antigas estrelas do futebol português e ex-jogadores de LaLiga, naquele que será um verdadeiro encontro de galáticos. A fechar com chave de ouro, Miguel Araújo e António Zambujo darão um concerto no Altice Fórum Braga, num concerto com entrada livre e gratuita.

ESPORTS EM GRANDE E ALAN NOS AUTÓGRAFOS DOMINGO, 20

POSTIGA JUNTO DOS FÃS

SEGUNDA, 21

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DIA DE CLÁSSICO ANIMA ADEPTOS

15H Meet and greet com Alan 16H Torneio Empresarial com presença de equipas da Allianz, CM Braga, Holmes Place e Liga Portugal

No segundo dia da Fan Zone da Allianz CUP, os eSports tomam palco, com o torneio “1 vs 1” de “FIFA 19”, colocando, frente-a-frente, membros da comunidade de gaming. Às 15 horas, Ricardo “Fox” Pacheco, atleta da Red Bull e da equipa “Giants Gaming” do jogo Counter Strike, marcará presença na Fun Zone, para uma sessão de perguntas e respostas. Também o antigo futebolista profissional e atual Diretor de Relações Institucionais do SC Braga, Alan, estará presente para uma sessão de autógrafos e, certamente, fará as delícias de miúdos e mais velhos. Os jogos do Torneio Empresarial de futebol, que será disputado entre as equipas da Allianz, CM Braga, Holmes Place e Liga Portugal, encerrará o segundo dia.

Numa tarde de fazer inveja até a uma constelação, arrancamos às 13 horas com uma exibição da estrela do “Freestyle” José Moreno. Duas horas depois, Bruno “impaKt” Moutinho, o “streamer” de “League of Legends” responderá a todas as dúvidas dos presentes, estando marcado para as 16 horas um Jogo de Glórias entre SL Benfica e FC Porto. Um momento de festa num encontro que promete relembrar antigas rivalidades e momentos altos do futebol português. Hélton e Quim, antigos guardiões de vários emblemas, vão estar em convívio com os adeptos e disponíveis para fotografias e sessões de autógrafos. Mas como o futebol é de todos e para todos, às 18h, chega a vez das senhoras entrarem em campo, com uma exibição de Futebol Feminino do SC Braga.

11H Finais Torneio Inter Escolas 15H Relata com João Ricardo Pateiro 16H Jogo Estrelas Sport tv vs Vencedor Torneio Empresarial

JOGO GRANDE COM EQUIPA DA CIDADE

Dia 25 o futebol jogado ganha grande destaque, com o culminar do torneio interescolar, que será disputada nas faixas etárias de 13, 15 e 17 anos. Tendo uma das vozes que dá voz ao futebol, cujo carisma e mediatismo são amplamente conhecidos no panorama desportivo português, João Ricardo Pateiro, jornalista da TSF, poderá dar aos adeptos a hipótese de fazer um relato com uma das vozes portugueses mais inconfundíveis. A seguir, jogar-se-á a partida que colocara, frente a frente, as estrelas da Sport TV contra o vencedor do torneio empresarial. Em campo vão estar nomes como Simão Sabrosa, Ricardo, Chainho, Bino, Vítor Paneira, entre outros, para jogarem uma final com chave de ouro. Em disputa não está o troféu da Allianz CUP, mas poderia muito bem-estar, tal a qualidade dos atletas em campo!

TREINADORES EM AÇÃO

16H Beat the Legend com Alan

10H eSports Final Pro Clubs

16H Meet and greet com Hélder Postiga

12H Jogo Rádio Comercial

Segunda-feira, pelas 10h da manhã, terá lugar o “Programa PULSAR”, promovido pela Câmara Municipal de Braga, que contempla programas de exercício ponderado e direcionado a cada pessoa, com prescrição de técnicos especializados que estarão presentes nestas sessões. A manhã continua com o Torneio de futebol interescolar, entre as 11 e as 14 horas, onde os mais jovens poderão mostrar os dotes que possuem. Um outro local para essas demonstrações será o “Beat The Legend”. Um desafio para os adeptos, que tentarão derrotar Alan. Missão difícil! Também às 16h, será a vez de nova sessão de autógrafos, desta feita com o antigo internacional português Hélder Postiga, um avançado que ainda hoje faz suspirar muitos adeptos.

14H Jogo de Exibição dos Campeões Europeus de Futsal com Síndrome de Down (ANDDI)

14H Sessão de autógrafos – embaixado-

15H Influencer time com SirKazzio

QUINTA, 24

ESTRELAS EM CAMPO NO MINI ESTÁDIO

RÁDIO COMERCIAL ENTRA EM CAMPO SÁBADO, 26

16H Clinic com Embaixadores Liga Portugal O último dia de Fan Zone arranca logo com a grande final do torneiro de eSports “ProClubs”, onde os jogadores

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16H Meet and Greet Barroso e Manuel Fernandes 17H Jogo Estrelas Universidade Minho Inspirado no futebol, com um toque de ténis, o Teqball promete abrir o quinto dia da Fan Zone com muita atividade e emoção. De seguida, é a vez da “streamer” Pamufa “entrar em campo”, ela que é umas das figuras de destaque no mundo online em Portugal. O Meet and Greet de dia 23 junta duas das figuras de maior relevo na história do SC Braga e do Sporting CP, Barroso e Manuel Fernandes, respetivamente. A fechar o dia, jogar-se-á o jogo de estrelas da Universidade do Minho.

11H Clinic APAF 14H Bubble Football 15H Influencer time com Tomás “Shikai” Sousa e Bernardino Pedroto

res Liga Portugal

15H Freestyle Show com Ana Silva

16H Jogo glórias Sporting CP vs SC Braga

16H Clinic ANTF com Carlos Carvalhal

SEXTA, 25

11H e 14H Torneio Inter Escolas

15H Influencer time com Marina “Pamufa” Sousa

QUARTA, 23

18H Final do Jogo das Glórias

10H Programa PULSAR

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TERÇA, 22

13H Demonstração Teqball

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A abrir o dia 24, o clinic com a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) juntará na Fan Zone algumas das caras mais conhecidas da área. De seguida, o Bubble Football invade a Avenida Central, numa atividade que surge como uma variante do futebol, e cuja principal característica é a bolha insuflável gigante, a Bubble, que faz parte do equipamento dos jogadores. Joga-se 4 contra 4, em jogos de 10 minutos muito intensos. Shikai, um dos maiores “streamers” portugueses do jogo “Fortnite vai ao miniestádio da Fan Zone e estará disponível para interagir com os adeptos. A fechar este dia, está previsto um Clinic com Carlos Carvalhal e Bernardino Pedroto, com a chancela da Associação Nacional de Treinadores de Futebol, numa ação formativa, que vai decorrer no mini-estádio. Pouco depois tem lugar um jogo do projeto de futebol de rua, que apoia crianças que querem ter o futebol como meio de inserção no meio social.

em representação das suas sociedades desportivas favoritas, tentarão elevar os seus clubes a um dos mais altos patamares do gaming. Um dos momentos altos do dia está marcado para as 12 horas, altura em que a Rádio Comercial, rádio oficial da Final Four, entra em campo, para um jogo que vai opor nomes Pedro Ribeiro, Nuno Markl, Vasco Palmeirim, César Mourão, António Zambujo, Miguel Araújo, entre muitos outros. Motivo mas do que suficiente para passar pela Fan Zone! Logo de seguida haverá de um jogo de exibição dos Campeões Europeus de Futsal com Síndrome de Down. Às 15 horas, SirKazzio, uma das caras mais reconhecidas no mundo dos youtubers portugueses, com uma vasta legião de fãs, vai estar na Fan Zone, à mesma que a freestyler Ana Silva dará um espetáculo de como se tratar a bola, com toques únicos e irreverentes. Um dia em cheio antes de “espaço” para a grande final, que vai apurar o Campeão de Inverno.

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FINAL FOUR ALLIANZ CUP

FINAL FOUR ALLIANZ CUP

Disputam-se as variantes 1v1 e ProClubs de FIFA 19 No âmbito da sua estratégia de eSports, a Liga Portugal vai utilizar a Final Four da Allianz CUP para terminar dois torneios, enquadrando a comunidade de eSports no geral, promovendo a modalidade e captando novos talentos, ao mesmo tempo que pretende um maior envolvimento das Sociedades Desportivas. Com isto, a Liga Portugal pretende alargar o conceito implementado na edição anterior, com componente Online e Offline, tendo o seu culminar na FanZone, no centro da Cidade de Braga, na semana de 19 a 26 de janeiro. As duas variantes serão torneios de FIFA 19 na modalidade 1vs1, aberto a toda a comunidade de eSports, e um torneio de Pro Clubs com inscrição restringida às equipas das Sociedades Desportivas que participam na Liga NOS e na LEDMAN LigaPro, sendo que os vencedores terão direito a prémios monetários fixados em dois mil euros. Mas vamos por partes. A modalidade de 1v1 consistiu, primeiro, num “golden challenge”, em modo online, de 21 a 25 de novembro, no qual se qualificam os 64 melhores para a fase presencial, a disputar na Fan Zone. Depois, seguiu-se o “silver challenge”, desta feita em modo offline, que serviu para apurar mais 32 participantes – entre 64 eliminados na etapa prévia – com destino à Semana do Futebol. A terceira e última fase, intitulada “Main Event Final Four”, terá a participação de 96 “craques do comando”, juntando-se a 32 atletas nomeados pelas Sociedades Desportivas. Já o “Pro Clubs Challenge” da eAllianz CUP tem uma vertente mais de jogo de equipa, na medida em que cada uma das equipas inscritas possui 11 jogadores, sendo que cada jogador contra um dos elementos da sua equipa. O alinhamento dos jogos ficou definido através de um sorteio, realizado durante a terceira edição do “Liga-te”, que ditou quais as equipas que se enfrentariam na fase de grupos. A sorteio foram o CD Nacional, o SC Braga, o Leixões SC, a UD Oliveirense, o SC Farense, o Rio Ave FC, o Vitória Sc, o Marítimo M., o CD Cova da Piedade, o Belenenses SAD, o Estoril Praia, o CD Tondela, o FC Paços de Ferreira, o Vitória FC, o CD Mafra, o CD Feirense, o Sporting CP, o Boavista FC, o Varzim SC e a A. Académica. Destas equipas que estão em disputa, apenas duas marcarão presença na grande final, que se realizará na Fan Zone. Os jogos de eSports foram um verdadeiro sucesso na edição de 2018 da Final Four e, por isso, a expetativa é que este ano seja ainda maior o interesse nestes torneios, que durante a semana vão ajudar a animar a Fan Zone, onde são esperados milhares de pessoas.

TORNEIOS DE E-SPORTS EM DESTAQUE LIGA-TE Nº7

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PENSAR O FUTEBOL EM MOMENTO DE AGREGAÇÃO

restantes elementos da Direção, para uma visita ao estádio, onde horas mais tarde vai ter o lugar a primeira meia-final da Allianz CUP, entre SL Benfica e FC Porto. A 23 de janeiro terá lugar a segunda meia-final da competição, com SC Braga e Sporting CP a medirem forças às 19h45, mas muitas horas antes terá lugar a Comissão de Diálogo Social, que contará com a presença da Liga Portugal, do Sindicato de Jogadores, da APAF e da ANTF. Este é um dia muito preenchido e o Presidente da Liga, Pedro Proença, vai aproveitar o palco da Final Four para realizar uma Cimeira de Presidentes, com todos os líderes da Liga NOS e da LEDMAN Liga Pro, tal como já tem acontecido nas reuniões que se têm

Braga vai ter várias atividades, que decorrem de forma paralela a toda a festa do futebol, na Fan Zone. A Cimeira de Presidentes é apenas uma delas

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21-25 JANEIRO 2019

HOTEL VILA GALÉ COLLECTION - BRAGA A Final Four da Allianz CUP será palco de vários momentos dedicados, em exclusivo, aos verdadeiros agentes de futebol: treinadores, jogadores, árbitros e dirigentes vão refletir e apresentar propostas para o futuro do Futebol Profissional, num espaço que será de todos.

PROGRAMA I FÓRUM DE TREINADORES DA LIGA PORTUGAL

I FÓRUM DAS ASSOCIAÇÕES DE FUTEBOL

REUNIÃO DO DIÁLOGO SOCIAL

DIA 21 JAN - 15H00

DIA 22 JAN - 14H00

DIA 23 JAN - 10H00

FUTECOM 2019

LABORATÓRIO DE ARBITRAGEM 2020

I FÓRUM DE CAPITÃES DA LIGA PORTUGAL

DIA 24 JAN - 9H20

DIA 25 JAN - 10H00

DIA 25 JAN - 15H00

ORGANIZAÇÃO: Associação Nacional de Treinadores de Futebol

ORGANIZAÇÃO: Liga Portugal

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ORGANIZAÇÃO: Associação de Futebol de Braga

ORGANIZAÇÃO: Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol

realizado em Coimbra, no Convento de São Francisco. O Fute.COM vai ocupar todo o dia de 24, e na manhã do dia seguinte tem lugar o LAB2020, uma ação promovida pela APAF e na qual será debatido o futuro da arbitragem no próximo ano. Este é um momento de reflexão por parte dos convidados, com as conclusões a serem divulgadas no final do evento. Na parte da tarde, com início às 15 horas, a Liga Portugal, numa organização conjunta com o Sindicato de Jogadores, pretende sentar à mesma mesa os capitães das equipas do Futebol profissional, de forma a que sejam debatidos todos os problemas que os jogadores vão sentindo nas nossas competições.

ORGANIZAÇÃO: Liga Portugal

ORGANIZAÇÃO: Sindicato dos Jogadores

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Liga Portugal tem a agregação como um dos valores fundamentais no modelo de negócio e de gestão estabelecido e, por isso, os seus responsáveis acreditam que a Final Four é o palco certo para se debaterem questões importantes para o Futebol profissional. Dentro deste espírito, foram desafiados vários agentes para, em dias distintos, se deslocarem a Braga para falarem de assuntos específicos de cada área. O primeiro evento do “thinking football” é, precisamente, o Fórum de Treinadores, que está marcado para dia 21, às 15 horas, no hotel Vila Galé. Esta iniciativa, que conta com a participação da ANTF, foi delineada para que os técnicos das equipas da Liga NOS e da LEDMAN LigaPro falem de questões que possam merecer reflexão, no panorama do futebol nacional. Na terça-feira, a Liga continua as suas ações que decorrem de forma paralela à festa que vai decorrer na Fan Zone, e tem marcada para as 14 horas uma reunião com as Associações distritais, sendo este um fórum também importante para analisar aspetos relacionados com o futuro, mais ou menos imediato, do futebol. Este é o dia em que a Direção da Liga Portugal reúne, sendo que este encontro mensal vai decorrer em Braga, com Pedro Proença a ser o anfitrião dos www.ligaportugal.pt

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MESAS REDONDAS

DURANTE A SEMANA DO FUTEBOL

FUTECOM DEBATE COMUNICAÇÃO NO FUTEBOL PROFISSIONAL A primeira edição do FuteCOM – Encontro Nacional de Gabinetes de Comunicação e Imprensa do Futebol Profissional promete ser uma plataforma inovadora de debate e formação para todos os profissionais que atuam naquelas áreas, bem como no Marketing das Sociedades Desportivas. A relação com os Media e a ética na comunicação do futebol profissional serão os temas dominantes. Joris Evers, Diretor de Comunicação Global da LaLiga, e Gisela Gonçalves, investigadora da Universidade da Beira Interior, integram o programa de oradores. O debate será gerado por mesas redondas, que contarão com as presenças do Secretário de Estado da Juventude e Desporto, do Presidente da Liga Portugal, do Vice-Secretário-Geral da European Leagues e dos diretores da Sport TV e do diário desportivo espanhol “Marca”, entre outros

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Liga Portugal realiza, no dia 24 de janeiro, no Hotel Vila Galé Collection, em Braga, a primeira edição do FuteCOM – Encontro Nacional de Gabinetes de Comunicação e Imprensa do Futebol Profissional. Trata-se de um evento estratégico anual, que pretende promover o debate, troca de experiências e formação em torno desta área. Organizado no âmbito do ciclo “Thinking Football” e tendo como público-alvo as direções e os profissionais dos departamentos de comunicação, imprensa e marketing das Sociedades Desportivas, a jornada de trabalho do FuteCOM 2019 terá como pontos de partida para o debate as intervenções de Joris Evers, Diretor de Comunicação Global da LaLiga, e Gisela Gonçalves, professora e investigadora da Universidade da Beira Interior (UBI). A partir das 9h30, Joris Evers irá partilhar com o auditório toda a reorganização e estratégia de comunicação que implementou na LaLiga, com vista à concretização do ambicioso projeto de internacionalização do principal campeonato espanhol, que é já, também, a par da Premier League, uma das mais mediáticas competições nacionais de

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clubes do mundo. Este antigo jornalista, de origem holandesa, traz consigo uma larga experiência em projetos de dimensão planetária. Antes de ingressar na LaLiga, Joris Evers foi Vice-Presidente e Diretor de Comunicação da Netflix na Europa, Médio Oriente e África, tendo estado profundamente envolvido no lançamento em todo o mundo daquela que é a atual líder mundial na transmissão online de filmes e séries. Antes da Netflix, Joris Evers foi responsável pela comunicação da McAfee, empresa norte-americana de referência na área do software de segurança. Antes disso, enquanto jornalista, cobriu a indústria da tecnologia ao longo de uma década, tanto na Europa como no Vale do Silício, nos Estados Unidos. Da parte da tarde, a partir das 14h00, Gisela Gonçalves dará o mote para o debate que se seguirá, com uma abordagem ao delicado tema da ética, enquanto questão de identidade profissional, na área das relações públicas e da comunicação. Doutora e Mestre em Ciências da Comunicação pela UBI, é, desde 2003, professora de relações públicas e comunicação estratégica, bem como

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investigadora integrada no LabCom. Ifp – Centro de investigação em comunicação, filosofia e artes, sediado na Faculdade de Artes e Letras da UBI. Atualmente, Gisela Gonçalves, preside ao Departamento de Comunicação e Artes e é Diretora do Mestrado em Comunicação Estratégica: publicidade e relações públicas. A sua pesquisa e publicações têm estado centradas no campo das teorias das relações públicas, ética da comunicação e comunicação política, sendo autora e co-editora de vários livros dedidacos a estes temas. Entre 2014 e 2018 foi coordenadora eleita da Secção de Comunicação Estratégica e Organizacional da ECREA – European Communication Research and Education Association. Desde 2015, Givela Gonçalves é secretária-geral da SOPCOM - Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação.

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Às intervenções de Joris Evers e Gisela Gonçalves, seguir-se-ão mesas redondas destinadas a promover o debate em torno das relações entre os Media e o futebol profissional e da ética na comunicação. Da parte da manhã, a Mesa Redonda: Futebol e Media contará com a moderação de Manuel Queiroz, Presidente do Clube Nacional de Imprensa Desportiva (CNID), dois convidados da área dos Media e, ainda, o Vice-Secretário-Geral da European Leagues (EL), Alberto Colombo. Em representação dos órgãos de comunicação social, Nuno Ferreira, Diretor de Informação da Sport TV, trará a perspetiva do principal operador televisivo em Portugal na área do Desporto. A seu lado, estará Juan Ignacio Gallardo, Diretor do jornal espanhol “Marca”, um dos mais influentes diários desportivos do mundo, que irá fazer o “retrato” da relação existente entre a comunicação social e o futebol profissional do país vizinho. A segunda Mesa Redonda, subordinada ao tema “Ética na Comunicação do Futebol Profissional”, decorrerá da parte da tarde, sob a moderação de Luís Miguel Pereira, Diretor de Programas da Sport TV. O debate contará com as presenças do Secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo, do Presidente da Liga Portugal, Pedro Proença, do antigo jornalista (fundador e primeiro diretor do jornal Público) e atual professor da Universidade do Minho, Joaquim Fidalgo, e do ex-assessor de comunicação e atual professor e investigador da Universidade do Porto, Vasco Ribeiro.

VERTENTE FORMATIVA

Criado a partir de uma proposta do Departamento de Comunicação da Liga Portugal, no âmbito do Grupo de Trabalho da Comunicação, o FuteCOM tem na vertente formativa outro dos seus objetivos. Nesta primeira edição, a formação estará a cargo de Vasco Marques, experiente formador e CEO da Web2Business, que será responsável por um workshop destinado a apontar soluções inovadoras na utilização das redes sociais para o desenvolvimento das estratégias de comunicação do futebol profissional. Ainda na vertente formativa, Daniel Sá, Diretor Executivo do Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM), irá apresentar uma análise ao caso português da comunicação do futebol enquanto produto. Daniel Sá será, ainda, responsável pela apresentação das conclusões deste primeiro FuteCOM, que encerrará com a apresentação da sua segunda edição, em 2020. www.ligaportugal.pt

PROGRAMA

Hotel Vila Galé Collection Braga 24.Janeiro.2019 08h45 – Receção aos participantes 09h20 – Sessão de Abertura PEDRO PROENÇA, Presidente da Liga Portugal 09h30 – Growing LaLiga through strategic communications JORIS EVERS, Diretor de Comunicação Global da LaLiga *(Intervenção em língua inglesa) 10h15 – Debate / Perguntas & Respostas 10h30 – Intervalo / coffee break 10h45 – Mesa Redonda: Futebol e Media Moderador: MANUEL QUEIROZ, Presidente do CNID  JUAN IGNACIO GALLARDO | Diretor do jornal “Marca” (Espanha)  NUNO FERREIRA | Diretor de Informação da Sport TV  ALBERTO COLOMBO | Vice-Secretário-Geral da European Leagues (EL) 11h45 – Workshop: Comunicação 360º em redes sociais VASCO MARQUES, Formador e CEO da Web2Business 12h30 – Intervalo / Almoço 14h00 – Ética e Relações Públicas – uma questão de identidade profissional GISELA GONÇALVES, Universidade da Beira Interior (UBI) 14h45 – Debate / Perguntas & Respostas 15h00 – Mesa Redonda: Ética na Comunicação do Futebol Profissional Moderador: LUÍS MIGUEL PEREIRA, Coordenador de Programas da Sport TV  JOÃO PAULO REBELO | Secretário de Estado da Juventude e Desporto  PEDRO PROENÇA | Presidente da Liga Portugal  JOAQUIM FIDALGO | Universidade do Minho  VASCO RIBEIRO | Universidade do Porto 16h15 – Intervalo / Coffee Break 16h30 – Conclusões FuteCOM 2019 “A Comunicação do Produto Futebol: o Caso Português” DANIEL SÁ, Diretor Executivo do IPAM 17h30 – Lançamento do FuteCOM 2020 17h40 – Sessão de Encerramento SÓNIA CARNEIRO, Diretora Executiva Coordenadora da Liga Portugal 17h50 – Fim

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JO RIS EV ER S

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FINAL FOUR ALLIANZ CUP

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A INTENSIDADE DO AZUL

FUNDADOR E DESIGNER DA UNDER BLUE ORGULHOSO DE VESTIR “STAFF” E DELEGADOS DA LIGA PORTUGAL

PARCERIA MUDOU O NOSSO PARADIGMA

Ao mesmo tempo que Filipe Magalhães, 44 anos, falava para a LIGA-TE e para a LigaTV, ouvia-se, como som de fundo, as máquinas da unidade fabril da Under Blue, na qual se produzem 200 casacos por dia e trabalham 44 pessoas. No total, a marca estabelecida em Penafiel e que se orgulha de ser “100 por cento nacional”, emprega 150 colaboradores. “Decididos a fazer a cabeça ao homem atual”, sobretudo na forma como se relaciona com a roupa, e com um nome “que visou a internacionalização”, a empresa penafidelense está presente em Portugal Continental com 19 lojas, e em Espanha, com mais cinco espaços comerciais, tendo ainda clientes em Angola, Inglaterra e Suécia. Por fim, o empresário português sublinhou que a Under Blue, “tal como acontece com a Liga Portugal”, rege o seu modus operandi pelos valores de rigor e de profissionalismo. Uma parceria plena.

Filipe Magalhães diz que a empresa passou a ser “mais exigente” desde que trabalha com o organismo que gere o futebol profissional

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Under Blue tornou-se um dos principais parceiros da Liga Portugal decorria a temporada 2015-16, com a parceria a tomar forma pouco depois de Pedro Proença assumir a presidência do organismo, “no qual tem feito um excelente trabalho”, apreciou Filipe Magalhães, fundador e designer da marca. Num exercício de memória, o responsável mostrou-se orgulhoso quando recordou a final da agora designada Allianz CUP, que decorreu em Coimbra, em 2015-16. também ela com cor azul. “Foi muito marcante ver árbitros, delegados e staff da Liga vestidos pela Under Blue naquele dia”, confessou. O sócio-gerente assumiu que “esta parceria mudou o nosso paradigma”, já que “as pessoas passaram a conhecer e associar muito melhor a marca”, que havia alterado o seu logótipo durante aquele período, e “ajudou” a empresa “a ser mais exigente”. Desde então, “através da relação com a Liga, da televisão e do impacto do futebol”, Filipe Magalhães, paulatinamente, recebeu contactos de emblemas profissionais, criando parcerias cujos retornos, conforme explicou, “são ajustados anualmente”. Atualmente, as respetivas equipas técnicas e plantéis das Sociedades Desportivas (SD) da Liga NOS de GD Chaves, CD Aves, Rio Ave FC e Boavista FC são vestidas pela Under Blue, empresa cuja “identidade de cada uma” das

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Sociedades Desportivas é levada em conta. “A Liga teve um papel fundamental, pois jamais era possível criar estas relações de negócio sem o seu contributo”, ressalvou Filipe Magalhães, que “não tinha a mente aberta a este tipo de parcerias desportivas”. Os contactos entre a Under Blue, “que se adaptou aos ciclos do futebol profissional”, e as quatro SD, “com quem se vai aprendendo”, ocorrem no início de cada época e durante o mercado de transferências de janeiro ou quando há uma mudança de treinador. “Tem sido muito fácil, encontramos pessoas acessíveis, e além disso eles esforçam-se muito para divulgar a marca. Oferecem-nos mais do aquilo que pedimos”, elogiou Filipe Magalhães, dando o exemplo do CD Aves, que utilizou recentemente as instalações da Under Blue para gravar um vídeo promocional. O fundador da empresa revelou, além do mais, que “houve possibilidades” de fomentar mais parcerias com outras SD, inclusive da LEDMAN LigaPro, mas lamentou “não ter sido possível dar resposta”, dado “o fluxo de trabalho quando surgiram” essas possibilidades. Porém, e “depois de a Liga atestar a qualidade da marca”, afiançou ainda que a Under Blue “mantém vontade de trabalhar” com outros emblemas das competições profissionais, pelo que "a porta continua aberta para a próxima época desportiva”. 76

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“A LIGA TRANSPORTA A NOSSA IMAGEM PELO PAÍS FORA” O relógio apontava as 14 horas quando, em 05 de dezembro de 2018, dois elementos da Under Blue acederam ao auditório João Aranha, na sede da Liga Portugal, e, no meio de uma panóplia de adereços, sapatos, fatos e camisas, transformaram o espaço numa espécie de provador de grandes dimensões. Entre colaboradores e Delegados da entidade, por ali passaram dezenas de pessoas para apreciar, experimentar e ajustar à medida aquela que é, hoje, a sua mais recente indumentária em eventos oficiais. O timing da renovação teve que ver com a Final Four da Allianz CUP – fase final da competição com “nova roupagem” desde 2016/17 – e com a política de atuação da Under Blue, que labora no mercado desde 2007. Mas foi dias mais tarde, a 13 de dezembro de 2018, que a LIGA-TE se deslocou à sede da empresa, em Penafiel, para uma conversa pouco institucional e que decorreu num espaço cuja fachada envidraçada reflete em grande parte o céu. Numa conversa em tom bem disposto, Filipe Magalhães abordou a mudança dos fatos oficiais da Liga Portugal. “Quando há peças novas, achamos que é altura de mudar, claro, para melhor. Vocês não podem estar sempre iguais, já que transportam a nossa imagem pelo país fora”, reconheceu o responsável, que renovou a parceria com o organismo por mais uma época. A próxima paragem, pelo segundo ano consecutivo, é em Braga, para consagrar, no Estádio Municipal da cidade, o terceiro Campeão de Inverno, momento áureo que finaliza a Semana do Futebol, e que vai decorrer de 19 a 26 de janeiro. “Há muito trabalho a fazer e, dado o cumprimento de datas tendo em vista a realização da Final Four [da Allianz CUP], vamos fazer o necessário para que tudo esteja pronto a tempo”, garantiu Filipe Magalhães, aquando da entrevista à LIGA-TE. LIGA-TE Nº7



FINAL FOUR ALLIANZ CUP

“REIS” DA ESTATÍSTICA DA ALLIANZ CUP Com a chegada da Final Four da Allianz CUP, ficam para trás 40 jogos onde foram apontados 114 golos, que representam uma média de aproximadamente três golos por jogo. Paulinho (SC Braga) foi o jogador que mais vezes introduziu a bola nas redes adversárias, contabilizando quatro tentos certeiros. Com três golos seguem Bruno Fernandes (Sporting CP), Dyego Sousa (SC Braga) e Witi (CD Nacional). No capítulo dos passes para golo, destaque para Rodrigo Soares (CD Aves) que por três vezes assistiu um colega para golo. Com duas assistências sucedem-se Wilson Eduardo (SC Braga), Edgar Costa (Marítimo M.) e Xavier (CD Tondela). Entre os postes são os nomes de Salin (Sporting CP) e Paulo Vítor (Rio Ave FC) que surgem em destaque, depois de por 12 ocasiões terem negado o golo ao adversário. Thierry (Estoril Praia) completa o pódio com 11 intervenções.

JARDEL PODE ALCANÇAR NÚMERO HISTÓRICO No primeiro jogo da Final Four da Allianz CUP, SL Benfica e FC Porto defrontar-se-ão com o objetivo de disputarem a final da prova, mas há um “milestone” em jogo para Jardel, capitão das “águias”. O central brasileiro pode tornar-se, caso defronte os “dragões” na meia-final da prova, no jogador com mais jogos na história da prova, podendo ultrapassar Tarantini que, tal como Jardel, conta com 37 partidas disputadas na competição. Olhando para as outras equipas em competição nesta Final Four, Maxi Pereira (FC Porto) é o jogador com mais jogos, com 29 jogos disputados. No SC Braga e no Sporting CP, João Novais e Jefferson, com 24 e 20 respetivamente, são aqueles que contam com mais jogos na história da prova nos respetivos planteis.

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LIGA PORTUGAL ESTREIA LOJA ONLINE Todos os adeptos do futebol português têm agora possibilidade de se equiparem com os produtos oficiais da Liga Portugal. Inaugurada a 30 de dezembro do ano transato, a Loja Online oferece a possibilidade de adquirir toda a gama de produtos oficiais da Final Four, desde camisolas, polos, gorros, bolas oficiais ou até spinners, para os mais novos. Com data marcada para a semana entre 19 e 26 de janeiro, assista aos encontros que vão coroar o Campeão de Inverno vestido a rigor. Tudo isto pode ser adquirido na loja online, no site oficial da Liga Portugal. Visite-nos em: https://lojaoficial.ligaportugal.pt/.

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FINAL FOUR ALLIANZ CUP Por Duarte Gomes

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á dezenas e dezenas de lances por jogo e, como bem sabemos, de dois tipos: A. Os de análise objetiva, consensual e pacífica (para o árbitro, que está em campo e para o adepto sensato, que está em casa). Quando assim é, tudo certo, tudo tranquilo, “no pasa nada”; B. E os de análise mais dúbia e cinzenta. Os subjetivos. Curiosamente, aqueles que são mais determinantes para a partida: os que acontecem no interior das áreas, as entradas durinhas, alguns foras-de-jogo manhosos... No fundo, os que são suscetíveis de afetar,

direta ou indiretamente, o resultado final. Não é karma nem é opção. No futebol, as coisas são assim mesmo. São como são. Para o árbitro, que está em campo a tentar fazer o seu melhor, o ajuizamento de uma qualquer jogada depende de muitas variáveis: da sua lucidez, competência e posicionamento; da sua movimentação, foco e concentração; da maior ou menor dificuldade de análise do lance em si; da intenção ou intensidade de quem o protagoniza; da ilusão inicial que desperta… Enfim... de tanta e tanta coisa. A maneira mais recente que a lei encontrou para ajudá-lo a reduzir alguns desses

REENQUADRAR

ESTA COISA CHAMADA VAR

Spoiler alert: este artigo requer distância emocional, pragmatismo e uma dose bem razoável de racionalidade

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condicionamentos (os que controla e os que não dependem dele) foi permitindo que recorra ao vídeo. Assim, quando um determinado lance (ainda que dúbio no relvado), se torne evidente nas imagens, a primeira decisão pode e deve ser alterada para aquela que for mais correta. O nosso aplauso. A medida, nobre e de qualidade indiscutível, já tardava. Sobre isso não parecem restar agora muitas dúvidas. O problema (e há sempre um senão) é que o receio da ferramenta poder interferir demasiado no jogo, tornando-o mais lento e menos emotivo, levou os seus "criadores" a balizarem, ao máximo, a sua capacidade de intrusão. Por isso é que o famoso "protocolo" (a bíblia que rege o seu procedimento) é, nesta fase, apertado. Muito apertado. Mas além deste há ainda outro constrangimento que convém não esquecer: é que a tecnologia não funciona sozinha. Não tem vida própria. Não atua por sua conta. Precisa de condutor. E o condutor mais qualificado, aquele que está mais apto e preparado é o árbitro. Naturalmente. O mesmo árbitro que se habituou, durante anos, a não fazer outra coisa que não fosse tomar decisões dentro de campo, exposto a circunstâncias muito particulares, num enquadramento competitivo bem distinto daquele que agora lhe exigem que assuma. Para que percebam o peso da transição, imaginem o seguinte: como é que acham que reagiria uma pessoa que tenha sido comercial toda a sua vida... se fosse fechada num escritório, com a exigência imediata de vender mais e melhor? Era coisa para não correr muito www.ligaportugal.pt


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AÇÃO DE SENSIBILIZAÇÃO

NA LUTA CONTRA

A VIOLÊNCIA NO DESPORTO

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uase trinta profissionais de futebol (não só do futebol português mas também portugueses a representar clubes internacionais), aceitaram o repto para enviarem um vídeo apelando ao fim da violência no desporto, em particular a que ocorre contra árbitros de futebol/ fustal distrital: a mais evidente e frequente e que já ultrapassou a centena desde o início de 2017. Todos - todos sem exceção (tal como as respetivas estruturas dirigentes) - disseram "sim" a essa iniciativa, felizmente partilhada centenas de milhares de vezes, quer nas redes sociais, quer pela imprensa. Quando quer, o futebol profissional português e os seus

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principais atores são capazes dos mais nobres exemplos de altruísmo e desportivismo. Ainda bem que assim foi. Ainda bem que assim é. É que há, de facto, limites para tudo. Num jogo de emoções fortes e de nervos à flor da pele, a tolerância deve ser máxima para a reação acalorada, mas nula quando a palavra passa para a agressão. Os clubes portugueses e os seus principais intervenientes são o rosto maior de quem ama este jogo. São as suas referências, os seus grandes exemplos. Mantenhamos esta elevação, que só prestigia quem provou que sabe estar acima, bem acima, de qualquer resultado desportivo. Um bem haja. Este é o caminho.

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bem, não era? Pelo menos no princípio... Para refletir. Isso não invalida, no entanto, que não reconheçamos a existência de situações menos expetáveis nesta altura do campeonato: algumas decisões mereciam, de facto, outra intervenção/decisão; e outras, felizmente pontuais mas óbvias aos olhos de todos, roçam o "indesculpável" (face ao apoio que agora a tecnologia presta à arbitragem). Moral da história: do lado de dentro, há ainda um longo caminho a percorrer. Este é um processo contínuo, em que é necessário continuar a preparar/formar os árbitros que desempenharão esta função. É também importante aumentar o filtrar, escolhendo os que têm mais sensibilidade e aptidão em detrimento dos restantes. Do lado de fora, do vosso lado e ainda que compreendendo a dimensão do que está em jogo, pede-se alguma paciência e tolerância. Roma e Pavia não se fizeram num dia. É tudo muito novo ainda. As imposições protocolares são mais do que muitas (quase setenta páginas de regras e regrinhas). Transpor tanta teoria para dez, vinte segundos de prática nem sempre é fácil. Os erros que vemos por cá não são, acreditem, diferentes dos que vemos lá fora. Estou certo que o tempo corrigirá as imperfeições e que daqui a meia dúzia de anos, tudo estará a rolar tão bem que já ninguém se lembrará de como era o futebol... sem videoárbitro.

ESCLARECIMENTO TÉCNICO

Uma das questões que mais dúvidas levanta (e que já aconteceu em vários jogos nesta época e na transata), prende-se LIGA-TE Nº7

com tentar saber-se, com exatidão, até quando deve ser revisto um lance que resulte em golo ou em pontapé de penálti. Ou seja: até quando deve o árbitro, apoiado pelo VAR, recuar a jogada que originou um daqueles dois momentos? O conceito atual - de que deve regressar-se até ao momento em que a equipa ganhou posse de bola e iniciou a fase de construção atacante - não tem sido de aplicação prática pacífica. Para que tenhamos noção, a "posse de bola" acontece a partir do momento em que uma equipa efetua um recomeço de jogo (lançamento lateral, pontapé livre, etc) ou assuma o controlo da bola em "jogada aberta" (quando o adversário não a detiver e a bola estiver solta numa qualquer zona do terreno). Também acontece quando a equipa ganha a bola ao seu oponente, após disputa direta com ele e/ou quando a conquista após perda daquele (devido a um alívio para a frente ou a um passe defeituoso, por exemplo). Pelo sim, pelo não, o IFAB tem feito alguns esclarecimentos neste sentido. De um modo geral, a ideia é esta: A - Quando se refere que a jogada deve ser revista até à fase em que uma equipa conquistou a posse de bola, uma das premissas que se pretende avaliar é se esta o fez de forma legal, ou seja, com ou sem falta sobre o adversário. O VAR pode atuar se houver (clara/óbvia) irregularidade aí; B - Quando se refere que a fase de ataque deve ir "rapidamente" em direção à baliza adversária, está sobretudo a ter-se em conta equipas que joguem num estilo de circulação de bola muito prolongada ("tiki-taka"). A ideia é que seja o videoárbitro a aferir qual o momento exato em que essa equi82

pa entrou na fase final da jogada que levou ao incidente, sendo esse o limite que baliza a sua análise retroativa do lance, caso seja necessário atuar. C - Se, numa fase de construção atacante, uma equipa jogar deliberadamente a bola na direção do seu próprio meio-campo, faz-se "reset" (para efeito de análise VAR) a eventuais faltas cometidas até então, ou seja, é como se a jogada só iniciasse a partir do momento em que ela sai para nova jogada atacante; D - Se a equipa que defende, entretanto, fica de posse de bola - ainda que momentaneamente - isso passa a contar como nova jogada, ou seja, o VAR analisa a partir do momento em que ela a perde de novo para quem ataca, ignorando tecnicamente o que aconteceu até então. A equipa adversária não fica de "posse de bola" quando chuta a bola ("alívio"), tirando-a da zona de perigo nem quando a interceta com um toque dado por um único jogador. Também não fica quando há uma defesa do guarda redes ou quando ocorre um ressalto. Para efeitos de análise do VAR, só se considera que essa equipa está de posse de bola quando a joga efetivamente, de forma controlada. Quando a bola é tocada/jogada por um segundo jogador dessa equipa. Não é tão fácil como parece, pois não? No fundo, a letra do protocolo abre margem à dupla "árbitro/VAR" para analisarem esta questão com sensatez. Na prática, o importante é que todos percebam e aceitem onde começou, efetivamente, a jogada que culminou, de seguida, em castigo máximo ou golo. Agora imaginem o que é interiorizar toda esta informação e, de um momento para outro, aplicá-la numa qualquer jogada matreira... www.ligaportugal.pt



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PRIMEIRA IMPLEMENTAÇÃO NUM EVENTO DA FIFA

A tecnologia da linha de golo é já uma certeza no panorama do futebol mundial, tendo sido utilizada pela primeira vez pela FIFA no Mundial de 2014, no Brasil. Foi precisamente nesta competição que esta tecnologia confirmou pela primeira vez um golo. Num jogo disputado no Estádio José Pinheiro Borda, que opôs a seleção de França à seleção das Honduras, o cabeceamento do internacional francês Karim Benzema transpôs na totalidade a linha de golo, ainda que mesmo com o recurso a imagens televisivas tenham

ficado muitas dúvidas relativamente a este lance. Certo é que o relógio confirmou o golo, em menos de um segundo, contribuindo para a fluidez do jogo, e prestando um auxílio fundamental para a equipa de arbitragem, tendo em conta a complexidade do lance em questão. Registe-se que esta tecnologia foi utilizada com sucesso em todos os 64 jogos desta competição, algo que voltou a acontecer no Mundial de 2018, na Rússia, com o propósito de contribuir para a melhoria do espetáculo.

mate de Frank Lampard, em jogo contra a Alemanha, em que a bola transpôs na totalidade a linha de golo, algo que acabou por passar despercebido ao árbitro da partida, é visto como um momento que reforçou a urgência de eliminar este tipo de situações e dúvidas. Nesse sentido, a Liga Portugal esteve sempre atenta à necessidade de valorizar e profissionalizar o futebol profissional, sendo um dos pioneiros na aposta nesta tecnologia, que com o passar dos anos se tem alastrado a um maior número de competições, e que está sempre sob olhar atento da FIFA que mantém níveis de exigência muito altos, procedendo frequentemente a testes especiais.

seu relógio, de forma a que este possa tomar a decisão no momento.

DE NOVO NA FINAL FOUR

TECNOLOGIA DA LINHA DE GOLO PELO QUINTO ANO CONSECUTIVO

A Liga Portugal continua com forte aposta em manter-se na vanguarda tecnológica, pelo que a “Goal Line Technology” volta a estar presente pelo quinto ano consecutivo na fase final da Taça da Liga, agora denominada Allianz CUP. A primeira implementação ocorreu na final da Taça da Liga de 2014-2015, realizada no Estádio Cidade de Coimbra, que foi certificado pela FIFA, em maio de 2015, para a utilização deste tipo de tecnologia, tornando-se assim no primeiro estádio da Península Ibérica a obter este licenciamento. O recurso a este importante instrumento de auxílio repetiu-se na final de 20152016, também realizada em Coimbra, também na Final Four de 2016-2017, no Estádio do Algarve e, por último, na edição transata da Final Four realizada em Braga, em 2017-2018, que volta a ser o palco escolhido para receber os três jogos desta edição, que se vão disputar nos dias 22 (SL Benfica-FC Porto), 23 (SC Braga-Sporting CP) e 26 de janeiro (final).

Conheça ao pormenor o GLT, que tem sido aposta forte da Liga Portugal na Allianz CUP

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Liga Portugal continua com forte aposta em manter-se na vanguarda tecnológica, pelo que a “Goal Line Technology” volta a estar presente pelo quinto ano consecutivo na fase final da Taça da Liga, agora denominada Allianz CUP. A primeira implementação ocorreu na final da Taça da Liga de 2014-2015, realizada no Estádio Cidade de Coimbra, que foi certificado pela FIFA, em maio de 2015, para a utilização deste tipo de tecnologia, tornando-se assim no primeiro estádio da Península Ibérica a obter este licenciamento. O recurso a este importante instrumento de auxílio repetiu-se na final de 20152016, também realizada em Coimbra,

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MUDANÇA DE PARADIGMA

A tecnologia da linha de golo vem dar resposta a uma necessidade de facilitar o trabalho de todos os agentes envolvidos no jogo, e consequentemente contribuir para a melhoria e credibilidade do futebol. O famoso lance do Mundial 2010, na África do Sul, do re84

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IMPLEMENTAÇÃO

O IFAB (The International Football Association Board), organismo responsável por determinar as leis de jogo, aprovou, de forma oficial, o uso de árbitros assistentes de vídeo, em 2012, confirmando de forma definitiva a possibilidade de utilização de meios tecnológicos para determinar instantaneamente se a bola cruzou ou não a linha de golo. A condição exigida pelo IFAB foi que esta tecnologia não tivesse implicações no desenrolar do jogo, pelo que o modelo adotado permite que a confirmação de que se a bola cruzou ou não a linha de golo, seja transmitida ao árbitro no espaço de um segundo, através do 85

FUNCIONAMENTO NA FINAL FOUR DA ALLIANZ CUP

Resultante de uma parceria entre a Liga Portugal e a GoalControl, este processo ocorre graças ao recurso a câmaras de alta velocidade, para que estas possam proceder à captura de vídeo. No caso do Estádio Municipal de Braga, o licenciamento foi feito em janeiro de 2018, altura em que se realizou a Final Four de 20172018, e conta com a instalação de 16 câmaras, apontadas para cada uma das balizas de forma a possibilitarem a produção de cerca de 400 imagens por segundo. Este sistema tem a capacidade de produzir cerca de 4,5 GB de dados por segundo, que são direcionados para computadores de alta performance. Através da utilização destes dados é possível produzir uma imagem 4D capaz de determinar, sem qualquer sombra de dúvida, se a bola entrou ou não, algo que é muitas vezes impossível de escrutinar através do olho humano, e até mesmo com recurso a outras tecnologias como o VAR (Video Assistant Referee), que não é suficiente para resolver este tipo de situações, e implica uma quebra no ritmo do jogo. LIGA-TE Nº7


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serção social destes jovens, proporcionando-lhes “experiências diferentes daquelas que traziam na bagagem”.

“UMA OPORTUNIDADE DE SEREM IGUAIS AOS OUTROS”

" O PRIMEIRO DESAFIO É ACOLHER ESTES JOVENS"

No âmbito do projeto de Responsabilidade Social da Liga Portugal – e por indicação da Câmara Municipal de Braga –, vários jovens da instituição vão, de 19 a 26 de janeiro, ser voluntários na Fan Zone da Final Four da Allianz CUP e também na Corrida do Adepto, marcada para o derradeiro dia de atividades. “Foi surpreendente receber a notícia do apoio, especialmente num momento como este, muito importante para nós, que passamos por uma reestruturação interna. É uma oportunidade para mostrarmos a nova realidade e perfil”, realçou Sílvia Lopes. A diretora técnica, 33 anos, revelou que o Colégio São Caetano é visto, em Braga, como uma “instituição carenciada no sentido mais pejorativo”, juízo de valor esse que pretende “alterar”, pois “todos têm a responsabilidade de acolher estes jovens”. “Sozinhos não conseguiremos. Queremos que saiam, embora seja um desafio acompanhá-los, pois legalmente alguns são adultos, mas carecem de desenvolvimento pessoal”, atentou Sílvia Lopes. Pela segunda época consecutiva, a celebração e a solidariedade promovidas pela Semana do

Futebol regressam, então, à capital minhota, o que avivou a memória de vários jovens do Colégio de São Caetano – os próximos a serem apoiados. “Lembravam-se perfeitamente do que aconteceu no ano passado e do envolvimento que houve”, recordou a responsável, referindo-se a entidades sociais bracarenses que, em janeiro de 2018, foram igualmente beneficiadas pela Responsabilidade Social da Liga Portugal. Além da integração de jovens do Colégio de São Caetano no projeto de voluntariado do organismo, a instituição será também ajudada monetariamente, através da venda de merchandising da Fundação do Futebol e das inscrições na Corrida do Adepto. O objetivo é a compra de computadores pessoais – “uma limitação muito grande” –, para muitos dos jovens institucionalizados que frequentam escolas e universidades. A responsável da instituição bracarense ressalvou, porém, que a “real necessidade” do Colégio de São Caetano não são bens materiais – embora estejam “gratos pelo benefício económico” – nem comida, vestuário ou até cuidados médicos. “Eles precisam, sim, de cuidados afetivos e emocionais e de oportunidades de reintegração

na sociedade, de participar em eventos na cidade. O futebol é, sem dúvida, uma oportunidade de eles serem iguais aos outros”, considerou Sílvia Lopes. Atualmente, dois elementos do Colégio de São Caetano integram, respetivamente, a equipa principal de futebol feminino e também a de atletismo do SC Braga, clube anfitrião da Final Four. Além desses, “todos os que gostam” da modalidade são praticantes. “Temos fomentado a integração deles em clubes da região. É uma aposta nossa, pois desenvolvem capacidades técnicas e competências comunicacionais e sociais”, salientou a responsável. Pese embora o gosto pelo desporto dos vários jovens do Colégio de São Caetano, os mesmos, confessou Sílvia Lopes, “tiveram um pouco de receio” quando lhes foi dito que participariam na Semana do Futebol, mas garantiu que “vão estar motivados para colaborar”. A responsável agradeceu, por fim, à CM Braga e à Liga Portugal a oportunidade proporcionada, “especialmente por [os jovens] estarem envolvidos, participativos e a fomentar relações importantes. O envolvimento deles nisto fá-los-á sentir responsáveis”, concluiu.

Elementos do Colégio São Caetano vão ser voluntários na Final Four da Allianz CUP e são apoiados pela Fundação do Futebol com material informático

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Fundação do Futebol-Liga Portugal vai apoiar o bissecular Colégio de São Caetano, situado em Braga e fundado a 1 de setembro de 1791, pelo frei Caetano Brandão, que alberga, atualmente, 36 jovens – dos 11 aos 23 anos de idade – sem suporte familiar e, por isso, suscetíveis de risco social. Às suas costas, e segundo diz Sílvia Lopes, diretora técnica do estabelecimento, trouxeram “uma mochila carregada com muitas pedras” e, no interior, um “sentimento de culpa”,

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o que, diariamente, “coloca à prova” uma “casa em transformação”, tornada num lar misto em 1998, evitando a separação de casais de irmãos. “O primeiro desafio é acolhê-los verdadeiramente, criar uma relação significativa e mostrar que acreditamos neles. O desafio torna-se muito grande”, começou por explicar a responsável, que lidera uma “equipa nova e que gosta do que faz”, com “desafios diários e exigência emocional”. No fundo, mais não é do a tentativa de reinclusão familiar e a rein-

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ADEPTOS E CORES ENCHEM RUAS DE BRAGA

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Mariana Machado, Alan e Carlos Alves sรฃo a imagem desta prova, marcada para dia 26 de janeiro

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epois de Algarve e Braga, a Corrida do Adepto está de volta à “cidade dos arcebispos”. A Liga Portugal realiza a terceira edição da prova, em conjunto com a Fundação do Futebol, a Câmara Municipal de Braga, do Instituto Português do Desporto e da Juventude – IPDJ – e da RUNPORTO. Agendado para 26 de janeiro, o evento divide-se entre o percurso de 10 quilómetros de distância e a caminhada de cinco quilómetros de extensão, com o Estádio Municipal de Braga a ser novamente o ponto de partida e de chegada dos participantes. Mariana Machado, atleta do SC Braga, e uma das esperanças do atletismo português, é uma das embaixadoras da Corrida do Adepto e não tem dúvidas da importância do evento para o desenvolvimento da modalidade. A ponte com o futebol “é ótima para divulgar o atletismo, num período em que há um grande número de praticantes de corrida”. Mariana refere, ainda, que “a união de adeptos de vários clubes e a tentativa de diminuir algumas das rivalidades existentes”, são outros dos objetivos do evento. Outro dos embaixadores é Carlos Alves, da Run Tejo. O atleta de desporto adap-

FINAL FOUR ALLIANZ CUP tado defende que “o desporto é para toda gente, sem restrições” e que “com ou sem dificuldades, todos têm direito à prática desportiva e a um estilo de vida mais saudável, física e mentalmente”. “Todos temos dificuldades, precisamos é de trabalhar e acreditar para conseguirmos atingir aquilo a que nos propomos”. Alan Silva, antigo futebolista profissional e atual Diretor das Relações Internacionais do SC Braga, também se aliou ao projeto com orgulho, ele que é Embaixador da Final Four e Embaixador da Liga Portugal. A celebração de uma rivalidade saudável é o prato forte de um evento que já se tornou referência, no âmbito da Final Four do troféu que distingue o Campeão Inverno do futebol português. Nas duas anteriores edições, são várias as imagens de adeptos, dos mais variados clubes do panorama nacional, num convívio repleto de felicidade e harmonia e onde ganhar ou perder fica para segundo plano. Margarida Miranda, Gestora da Responsabilidade Social da Liga Portugal, revela que a “corrida foi criada com o intuito de agregar os adeptos das sociedades desportivas das nossas competições profissionais e tem como objetivo promover o fairplay e a valorização da

FINAL FOUR ALLIANZ CUP cultura desportiva”. Sendo um dos novos grandes projetos da Liga Portugal, a Fundação do Futebol, que apoia várias instituições, não poderia deixar de marcar presença na Final Four, vincando a vertente social que lhe está inerente”. Deste modo, “parte das inscrições da prova vão reverter a favor da instituição eleita pela Câmara Municipal de Braga, o Colégio de São Caetano, em que o montante será aplicado no investimento da formação destes jovens, que se encontram em situações de risco e vulnerabilidade”. Na última edição, onde Pedro Proença, Presidente da Liga Portugal, vestiu de laranja, cor do fair play, Ricardo Vale, adepto do SC Braga foi o primeiro a cortar a meta. Rui Borges terminou na posição seguinte, também com o tempo de 31:45 minutos. No que toca às senhoras, Hortense Tenda, atleta do Centro de Atletismo do Porto, registou o melhor tempo, com 39:43 minutos, num dia onde o grande vencedor foi o desporto.

PERCURSO 5KM 1ª VOLTA 5200KM

PARTIDA/META

LIGA DEIXA O DESAFIO

Uma corrida em crescimento, mas da qual a Liga Portugal se orgulha bastante e, por isso, Margarida Miranda, Gestora de Responsabilidade Social pede aos adeptos que se juntem na manhã da final para correrem. Por prazer e por solidariedade. “De ano para ano, procuramos uma maior adesão à Corrida do Adepto e por isso, deixo o convite a todos para vestirem a camisola do seu clube e correrem/caminharem por uma causa. De uma fundação e de uma corrida solidária, usando a as expressões do nosso lema”, referiu.

PERCURSO 10KM 1ª VOLTA 4150KM 2ª VOLTA 5850KM

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