Olimpíada gera polêmica quanto a valorização do esporte (pág. 15) Booktubers: Blogueiros mudam a visão de jovens sobre a literatura (pág. 14) NEWS
EDIÇÃO 2 AGOSTO 2016
A importância das agências reguladoras no Brasil (pág. 12) Ondas de boas ações gera um novo olhar para humanidade (pág. 6)
O feminismo ganha força no Brasil O movimento feminista está em ascensão. somando 140 casos, que visam ampliar o movimento Apesar da luta das mulheres estar presente há mais feminista retirando relatos das ruas. de 200 anos, é hoje, com o mundo globalizado e a sociedade conectada por meio da rede, que as Conheça também suas vertentes, a immulheres e sua voz vêm ganhando cada vez mais portância da mulher no esporte e os coleforça. Mas o que é o feminismo afinal? E o que ele tivos feministas universitários que empodeprega? ram as mulheres pelo Brasil. (pág. 10) Conheça o documentário “Precisamos falar do assédio”, que coletou depoimentos de mulheres,
Ansiedade preocupa jovens universitários (pág. 7)
Scanned by CamScanner
Fique por dentro de tudo que acontece na Belas Artes (pág. 2)
Aproveitamento do espaço urbano Conhecida como a “selva de pedra”, São Paulo abriga aproximadamente 12 milhões de habitantes vindos de todos os lugares do mundo, e por consequência o setor imobiliário cresce desenfreadamente, permitindo que até no espaço mais improvável surja um novo edifício. Onde fica a qualidade de vida em meio a tanta correria e caos? Nas artes e no verde que se incorpora nos muros dessas construções.
A empresa Movimento 90° também propõe colorir São Paulo, mas de verde. Atuando em um nicho de mercado, o projeto liderado por Guil Blanche vem se dedicando desde 2013 à iniciativa Corredor Verde do Minhocão, e de acordo com o site (www.movimento90.com). (pág. 9)
Astrologia gera dúvidas entre jovens (pág. 16) Conforto é a melhor escolha (pág. 8 e 9)
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Expediente dos para essa segunda edição do BuzzArt. Como editores-chefes foi uma tarefa difícil coordenar e canalizar nossas energias para dar ao jornal a cara da faculdade Criatividade. Essa e também a dos futuros é a palavra que define brilhantes jornalistas que a turma do 3º semestre por aqui passaram. de jornalismo do Centro Agradecemos a paciênUniversitário Belas Artes. cia, orientação e Toda a euforia, confusão, carinho que recebemos originalidade e carisma do nosso querido Proda turma foram passa- fessor Anderson Gurgel
Quem faz?
Editorial
Natália Rocha
Editora de Cidade Verdadeira e fiel aos amigos. Adora assistir séries, ler bons livros e pesquisar sobre coisas aleatórias, futebol e conhecer novos lugares.
Isabella Bedin Editora-chefe
e um obrigado especial a nossa editora-chefe de artes Carolina Farias, que passou tardes conosco a fim de entender a alma dessa turma. Esperamos que nossos esforços tragam aos nossos leitores a mesma alegria contagiante com a qual preparamos essa segunda edição, Isabella Bedin e João Arantes
João Arantes Editor-chefe
Gostaria de estar vivendo dentro de um livro fantástico, de preferência que contivesse muita magia, natureza e elfos. Enquanto isso não acontece, contenta-se com o que Hollywood proporciona.
Ainda não foi aceito no All Blacks e nem teve a oportunidade dançar Haka em um jogo de rugby. Como todo mineiro, gosta de pão de queijo, mas é fissurado mesmo por cachaça.
Giulia Ghigonetto
Daniela Santos
Editora de Cultura e Entretenimento
Amante dê livros e series de tv... Para ela não existe um sábado a noite melhor do que aquele no netflix.
Reitor Prof. Dr. Paulo Antonio Gomes Cardim
Pró-Reitor Institucional Prof. Me. Turguenev Roberto de Oliveira
Planejamento Profa. Maria Lúcia de Oliveira Gomes Cardim
Coordenadora do Curso de Jornalismo Prof. Dr. Maria Inês Migliaccio
Assessora-Institucional Patrícia Gomes Cardim Pró-Reitor Administrativo Prof. Dr. Francisco Carlos Tadeu Starke Rodrigues Pró-Reitor Acadêmico Prof. Dr. Sidney Leite
Carolina Farias
Editora-chefe de arte e diagramação
Professor Responsável Prof. Dr. Anderson Gurgel (Texto e Edição) Identidade Visual Thais Grandisoli
Coluna Belas Artes Por Daniela Santos e Giulia Ghigonetto
Avanti Construtora, da Incubadora Belas Artes, ganha espaço no mercado Empresa criada por aluno da BA fechou contratos com grandes empresas e é exemplo de economia criativa
Vinicius Alves
Editor de Tecnologia
Canceriana, chorona, amante do mar. Sempre em movimento com uma profundidade que ninguém consegue chegar. Editoria-chefe do Meiô 22.
Ser iluminado que desde pequeno ajuda ao próximo: participa com frequência de ações voluntárias. Menino do interior, veio para São Paulo estudar o que se tornaria sua paixão: o jornalismo.
Editora Coluna BA
Isabella Flores
Editora Coluna BA
Giovanna Andrade
Palmerense roxa! Dona de um estilo autêntico, ama as bandas de rock dos anos 70/80, dormir, história e mojito.
Típica escorpiana, de alma boa e coração aberto não sabe esconder seus segredos nem de desconhecidos.
Possui um conhecimento inútil que só não supera sua habilidade artística! Ativista das pequenas causas, é uma pedra com o coração quente.
Editora Esportes
Por Leticia Quintela Desenvolvida com o apoio da Incubadora Belas Artes, a startup Avanti Construtora Corporativa, do aluno de arquitetura e urbanismo Lucas Torres Fatoretto, conseguiu fechar três grandes contratos com a TIM Brasil, Expo Center e Club Athletic Paulistano, no início de 2016. “Estávamos na época desenvolvendo a ideia de abrimos uma construtora que pudesse integrar as diversas etapas de uma obra. Uma empresa na qual o estudo, o projeto e a execução fossem desenvolvidos interligados para um melhor resultado final”, contou Fatoretto. No mesmo período, o professor Wilson Santos começou, na Belas Artes, a busca por alunos que tivessem uma “veia empreendedora” para o começo da Incubadora Belas Artes, um espaço para viabilizar projetos, negócios, produtos e serviços inovadores, criados por alunos e professores da instituição, o que interessou Fatoretto e sua sócia Cristiana Furlan. “A incubadora trazia as bases, o conceito e a organização que precisávamos para abrimos as portas”, destaca o aluno. Foi aí que se uniram. Mas foi um longo caminho percorrido.
André Nakahara, do Tio Dedé e Cia Fotografia.
“A incubadora apoia as startups desde os primeiros passos até ela conseguir ‘andar’ sozinha, diferentemente das incubadoras tradicionais”, ressalta Santos. Atualmente, a empresa se encontra em constante crescimento e continua buscando novas oportunidades de negócios, em parceria com uma grande agên- Uma das festas preparadas pela Dona Raposa. cia de publicidade. que deseja fazer festas Onde encontrar as startups infantis personalizadas. Economia criativa “A Incubadora me A Belas Artes ensina em Avanti Construtora Corporativa seus cursos sobre o con- auxiliou dando suporte R. Londrina, 470 - Vila Helena, São Bernardo do às questões como estuceito de economia criCampo ativa, que consiste em do de mercado, planehttp://www.avanticonstrutora.com.br/ jamento de negócios e atividades nas quais indivíduos exercitam sua confecção de contrato”, Dona Raposa imaginação explorando ressaltou Biagioni. Rua Taguá, 305 - Liberdade, São Paulo Apesar da concorseu valor econômico. http://donaraposafestas.wix.com/carolbiagioni Necessitando incentivar rência no nicho em que o espírito empreendedor está inserida, a empresa O que é uma startup? e apoiar os projetos dos oferece conceitos de exalunos com iniciativas clusividade e qualidade Uma startup é uma empresa em sua fase inovadoras, a Incubadora como diferencial, crianda Belas Artes surgiu no do cenários e desenvol- embrionária que, através de uma ideia inovadora, vendo personagens perbusca crescer de uma forma escalável sem preano de 2015. sonalizados em parceria cisar aumentar o investimento na mesma proDe acordo com o seu reporção de sua evolução. sponsável Wilson San- com o curso de Desenho de Animação da BA. “O termo se popularizou na segunda metatos “a incubadora tem Embora a econode da década de 1990 nos EUA, período conhecomo objetivo transformar cido como a ‘bolha da internet’”, contou o profesboas ideias em negócios mia atual também esteja afetando a startup da fusor de Mídias Sociais Digitais, Tiago Sousa, que bem-sucedidos”. complementa, “a ideia também é relacionada a A incubadora pos- tura designer, ela destaca que “a sensação de se esempresas que pensam de forma criativa e sustesui projetos diferenciantável e buscam trazer uma melhoria à sociedade dos. Exemplo, a Dona tar realizando um grande sonho é incrível”, e se diz diante de problemas”. Raposa, criada pela mais segura quanto aos As startups ainda geram pouco capital, aluna Ana Carolina Bimas seus surgimentos atualizam e expandem o agioni, do curso de De- próximos passos. sign de Interiores, e é voltada para o público
Aluno fecha contrato com editora britânica pistilliart.tumblr
Aline Alcoforado
Editora de Feminismo Paulistana aficionada por moda, Maroon 5, RBD e livros. Cidadã do mundo, não perde seu tempo de férias e está sempre com o pé na estrada.
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Anna Carolina Xandó
Leticia Quintela Repórter
Repórter
Atleticana de paixão, é uma menina meiga que não aparenta ser uma excelente foward no campo de rugby.
Nada define essa curiosa geminiana que adora livros, músicas, cinema, novelas e fotografia.
Débora Marquetti Repórter
Tem certeza de que a carta de admissão para Hogwarts foi desviada. Enquanto ela não é encontrada, faz teatro e segue o sonho do jornalismo.
Bruna Daroz Repórter
Estudante de jornalismo e fã de poesia. Vive com intensidade e sente demais. Não sabe o qual o sentido da vida, mas segue tentando.
A editora britânica JNPAQUET Books Ltd anunciou a contratação do aluno José Alfredo Pistilli, do curso de Design Gráfico da Belas Artes, como ilustrador do novo livro infantil, “Blue Cow”, do autor J.
N. PAQUET. A obra que conta a história de uma vaquinha azul que é apaixonada por tudo o que tem a sua cor, deve ser lançado dia 7 de setembro e estará disponível em mais de 15 idiomas, e em diversos formatos.
raciocínio estratégico de negócios do país, diversificando e inovando a economia. Apesar disso, o impacto social é grande, pois não só criam empregos como também atingem a população através de melhorias e facilitação de serviços. A atual situação econômica brasileira tem feito com que muitos investidores e criativos repensem na abertura de uma empresa ou em colocar um projeto em prática. Mas não desanime caso você tenha alguma ideia inovadora! “A crise existe, mas com ela também há muitas pessoas dispostas a gastar dinheiro com soluções para as suas vidas que outras empresas ainda não enxergaram”, destacou Souza.
Desenho de autorretrato do aluno José Alfredo Pistilli
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Coluna Belas Artes
Destaque
Sucesso dos professores Professor expõe obras em SESC de Presidente Prudente O SESC Thermas de Presidente Prudente expôs, entre março e maio, obras do professor de Artes Plásticas, Luciano Zanette. A exposição “Objetos/Oblíquos” conta com esculturas de aço e bronze inspiradas no mobiliário cotidiano que desafiam conceitualmente a funcionalidade usual dos objetos projetados para o uso corporal. Em entrevista para o Prêmio PIPA, no qual foi indicado em 2011, o artista disse que a ideia de seus trabalhos não é de interação, mas sim a relação mental entre o público e a obra. O professor também está participando, até setembro, da exposição “MAC/MON: Um diálogo”, no Museu Oscar Niemeyer (MON) em Curitiba, com uma obra que hoje pertence ao Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC-PR). (grau de necessidade baixo) Jerri Rossato Lima
Coluna Belas Artes
Internacionalistas contam sobre carreira
Fique de olho
Marco Lo Schiavo
“Sem título”, guache sobre tela, 25x25
BA recebe
Marco Bartholomei Lo Schiavo é aluno do 2 semestre de Artes Visuais. Ele diz que sempre gostou muito de desenhar e pintar. “Faço isso desde que se conhece por gente”, contou o artista. Para conferir mais desenhos e pinturas criadas por ele, siga-o no instagram: @marcoloschiavo.
Instagram da Belas Artes
Da esquerda para direita: os palestrantes Bernando Agostini, Cintia Haddah, Felicia Alejandrina, Sérgio Bernardes, Filomena Siqueira e Paulo Watanabe.
Equipe cria obra inspirada em novo filme de Tim Burton
Uma das obras de Luciano Zanette exposta no SESC Thermas.
BA em evento Sucesso em Milão Participação da Belas Artes do Salone Satellite, na Salone De Mobile Milano, em abril, onde cinco alunos expuseram seus trabalhos. “A participação foi bacana e capaz de nos posicionar no mercado internacional como escola de design”, contou a professora e coordenadora de Design e Mídias Sociais Digitais, Maria Carolina Garcia, que acompanhou os alunos durante a feira.
Baseado nas formas e na personalidade do Chapeleiro Maluco, personagem da nova produção cinematográfica da Disney “Alice Através do Espelho”, a equipe composta pelos alunos Bruno Escorza de Design de Produto, Heitor Muramatu de Design Gráfico e Danielle Moreira e Luana Freitas de Design de Moda, com o apoio do Studio Grid e do FabLab – Laboratório de Prototipagem e Fabricação Digital, criaram o chapéu “Chapéu dos Mil
Feira de Fotografia de São Paulo (SP ARTE/FOTO 2016) 24 de agosto a 28 de agosto
Reflexos”. “A junção de todas essas áreas representa muito bem a forma com a qual o Studio Grid funciona, juntando todos os conhecimentos dentro do design para a solução eficiente de um projeto”, explica Danielle Moreira. A obra que foi confeccionada com a prototipagem 3D, e contém pedrarias e uso de LED, esteve exposta em uma mostra especial aberta ao público, no Shopping Metrô Boulevard Tatuapé, e agora segue para o Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
Fronteiras do Pensamento com Valter Hugo Mãe – 31 de agosto
Bienal Internacional do Livro de São Paulo - 25 de agosto a 5 de setembro Fronteiras do Pensamento com Elisabeth Roudinesco – 14 de setembro
A BA recebeu a palestra “Trajetórias”, sobre a carreira e experiência de cinco profissionais da área de Relações Internacionais. O evento contou com a participação dos bachareis em RI, Bernardo Agosti, atuante na área de gestão de riscos da Odebrecht, na África; Cinthia
O que vem por aí
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Acervo pessoal de Maria Carolina Garcia.
Haddad, especialista em comércio exterior, análise mercadológica de produtos estrangeiros, risco político, conflitos internacionais e consultoria em mercado financeiro; Filomena Siqueira, pesquisadora na Ação Educativa que acompanha agendas relacionadas aos acordos globais no
campo da educação, com destaque para Education for All, da UNESCO; Patrick Pomeroy, experiente em promoção de vendas, desenvolvimento de projetos e relação com clientes, e Paulo Watanabe, atuante na área de internacionalização do ensino superior.
Bienal Internacional de Arte de São Paulo - 10 de setembro a 11 de dezembro
Fronteiras do Pensamento com Ian McEwan – 26 de outubro
The 1975 - 23 de setembro
Anima Mundi 2016 - 2 de novembro a 6 de novembro
Fronteiras do Pensamento com Peter Sloterdijk – 5 de outubro
Fronteiras do Pensamento com Jan Gehl – 23 de novembro
Produtor fala sobre Branded Content
Rolling Stone: mais que música
Nos dias 3 e 18 de maio, o produtor Ian Haudenschild esteve na Belas Artes para falar sobre a importância de entender mais sobre Branded Content e a influência das marcas na vida das pessoas. Participou também da palestra, Mariana Bastos. Ian atualmente trabalha na produtora O2, assim como Bastos, e é Produtor Executivo da Haudenschild Criações e Projetos.
Danielle Moreira
Equipe Belas Artes (alunos e professora) participante da Feira de Milão.
Professores e ex-alunos expõe obras em Porto Alegre
Convite da exposição, divulgando alguma das obras expostas.
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Depois de passar por Veneza, Berlim, Munique e São Paulo, a exposição “Metropolis” desembarcou no Museu do Trabalho, em Porto Alegre, entre abril e maio, e contou com obras de Helena Freddi, professora do curso de Bacharelado em Artes Visuais, e dos ex-alunos Ana Claudia Silveira Takenaka, Anna Carolina Leite Bigão e Merien Rodrigues Camera, tendo um único pré-requisito: os trabalhos tinham que ser feitos no formato 20cm x 20cm. A mostra retornará à SP e será exibida na Biblioteca Municipal Mário de Andrade, no fim do primeiro semestre.Carolina Garcia, que acompanhou os alunos durante a feira.
Parte da equipe idealizadora do “Chapéu dos Mil Reflexos”.
Diretor de videoclipes com milhões de acessos Entre os dias 16 e 20 de maio, foi realizado a “Semana Intercursos de Comunicação Social 2016: Criatividade e Cidadania”. Entre diversas palestras, uma das que mais chamou a atenção foi a do estudante do 6 semestre de PP, Felipe Sassi. O diretor de videoclipes de artistas como Ludimilla, Biel e Karol Conká, totalizando assim, mais de 60 milhões de visualizações no Youtube.
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4 Legendas
1. SPFW: Peças criadas por Glória Coelho durante o desfile na BA. 2. Branded Content: Produtor Ian Haudenschild durante palestra na BA. 3. Rolling Stone: Stella Rodrigues responde perguntas dos alunos e professores. 4. Supla: O cantor Supla conta sobre sua carreira e experiências.
Também como parte da “Semana Intercursos de Comunicação Social 2016: Criatividade e Cidadania”, a Belas Artes recebeu a editora assistente e repórter da renomada revista Rolling Stone, Stella Rodrigues. Ela contou sobre o dia a dia da enxuta redação, as pautas, uso de imagens, o senso comum equivocado de que a revista é totalmente voltada para a música e rock, e como é a relação entre o site e o produto impresso.
SPFW na BA
Supla divide suas histórias
A Belas Artes recebeu, durante a 41 edição da São Paulo Fashion Week, o desfile de Glória Coelho, apresentando sua nova coleção com o tema “O Jardim no Mar Assimétrico”. A estilista inovou e seguiu a tendência internacional conhecida como ReadyTo-Shop, na qual as peças apresentadas nas passarelas vão direto para a loja.
A palestra com o músico Supla lotou o auditório da Unidade 2, onde ele conversou com os presentes sobre suas experiências de vida (algumas delas narradas no seu novo livro “Supla: crônicas e fotos do Charada Brasileiro”), falou sobre política, rock in roll, rebateu críticas quanto ao seu reality show “Papito in Love” e soltou a voz, cantando suas composições.
Reprodução Felipe Sassi
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Comportamento
Ansiedade preocupa jovens universitários
Comportamento
O desespero que assola estudantes universitários pode gerar ansiedade e depressão Por Bruna Queiroz
Onda de boas ações gera um novo olhar para humanidade Projetos voluntários trazem uma nova perspectiva social, e aqueles que praticam possuem uma vida mais feliz e realizada
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religiosas. E a medida que esse desejo por mudança vai crescendo, as necessidades pessoais de cada indivíduo vai mudando também, trazendo uma importância muito relevante a forma de contribuir para o desenvolvimento das relações sociais. Relações essas, fundamentais para Giselli Cardenette, 38 anos, Química e Gerente de vendas & marketing, quando questionada sobre seus sentimentos ao fazer o voluntariado ela destaca: “Gratidão e, consequentemente, felicidade plena. Sinto motivação pra enfrentar os meus problemas que se tornam tão pequenos frente ao de outras pessoas”. E a diretora e fundadora do projeto Sair e Servir continua dizendo: “Passo a ver o mundo diferente, sinto que a minha vida ganha propósito!” O projeto de Giselli conta com aproximadamente 60 voluntários divididos em mais de 15 grupos de Whatsapp, tem a missão de levar a alegria, o bom astral e um sorriso no rosto para aqueles que passam por alguma enfermidade. As visitas do grupo acontecem na clínica Premium Care, com reuniões uma vez por mês aos sábados, e quem lidera a equipe é a própria fundadora, acompanhada de mais 2 colaboradores. Para entrar no projeto, não precisa ter nenhuma graduação, basta ter idade acima de 8 anos e ter muita boa vontade, não importa religião, profissão ou crença, todos serão bem vindos. O futuro do Sair e Servir, promete ser grande, eles tem a intenção de inserir
mais crianças em suas atividades, levando um novo olhar sobre a sociedade para os pequeninos. Muitos são os benefícios dos projetos voluntariados, de acordo com o psicólogo especialista em educação social e psicologia analítica Arthur Souza, o trabalho voluntário deixa a pessoa satisfeita com a doação e possuí como consequência o sentimento de utilidade, tornando a ela mais feliz, e colaborando ainda com sua saúde biopsicossocial. É preciso sorrir para ganhar Um outro projeto que eleva os pontos destacados pelo professor é o Sorrir, no qual, a diversão, a alegria e o rizo são o que movem o grupo. Os membros são responsáveis a se fantasiarem de palhaços e vestirem realmente os seus personagens. Para participar do Sorrir é preciso ficar de olho nas inscrições que acontecem uma vez ao ano, e ainda, é preciso ter uma idade
mínima de 16 anos. Já as visitas são realizadas em vários hospitais de 15 em 15 dias. Tiago Dias, 28 anos, mais conhecido entre os pacientes como Queijo,faz parte do projeto e afirmou que o voluntariado deveria ser matéria obrigatória nas escolas. “Realmente não há muito como descrever o que se sente fazendo um trabalho voluntário, mas sim os reflexos que ele traz para sua vida. Seu círculo social se torna mais amoroso, sua forma de lidar com os outros, tanto na esfera profissional e pessoal, também é alterada, enfim sua visão de mundo evolui” relata o gestor comercial. Mas se engana quem pensa que ser voluntariado é só diversão, Arthur Souza ressalta que o trabalho voluntário tem que ser visto como uma opção séria, pois quem opta deve saber que é uma doação de tempo e energia, e que existe um processo de ensino e aprendizagem, onde todos os envolvidos trocam suas vivências. E
sobre o futuro do ato de servir ele coloca: “Penso que estamos em uma fase de transição de ideologias, perspectivas e formas de ser, visto o momento delicado que vivenciamos na política e na sociedade, não só o Brasil mas o mundo.” E o psicologo continua, “O sistema capitalista já está desgastado, onde a supervalorização do individualismo já esgotou, se fazendo necessário uma nova visão de coletivo. O ‘colaborativismo’ vem crescendo como uma nova ótica de relações humanas.” Definitivamente é preciso que a sociedade, de maneira geral, caminhe para esse novo olhar sobre a humanidade, para que essa onda de boas ações não seja apenas passageira, mas, que esteja sempre presente no cotidiano daqueles que mais precisam. O serviço voluntário não é uma tendência ou um modismo, e sim é uma tradição que deve continuar crescendo e ser levado por gerações.
O “Sair e Servir” conta com uma participação especial para música quando os pacientes autorizam. (Foto: divulgação)
“despersonalização”,um efeito psicológico que afeta pessoas em extremos momentos de ansiedade, e consiste em deixar a pessoa em uma espécie de “modo automático”, em que ela vive os dias com uma sensação de irrealidade, é um mecanismo de defesa do próprio cérebro para conseguir lidar com a pressão extrema. Na faculdade, vemos muitos alunos “despersonalizados”, que, nesses momentos, não sabem distinguir o que é real do que é um sonho, e, apesar de muitos não levarem a sério, é algo que realmente afeta os jovens, que não sabem como lidar com isso. Um exemplo, é M.C, que decidiu não revelar sua identidade, e conta que “Ter que assumir mui-
Jovens como T.G e B.S, que também optaram por não mostrar suas identidades, cansadas de viverem em um mundo despersonalizado, cheio das pressões da vida adulta, decidiram procurar a ajuda de Gimenez, que percebeu o tamanho do problema, “Eu entendo que seja uma fase difícil, mas tente ser forte e se manter perto de quem te faz bem”, diz, e as ajuda com receita de remédios para que elas possam ter uma força extra para lidar com o medo que as persegue, e diz que, realmente, é um problema muito preocupante. Quando a ansiedade é grande, e o rendimento fica prejudicado, é preciso encontrar alguma técnica para se acalmar.
Consistem em encontrar o gatilho que desencadeia a ansiedade, e a partir disso fazer uma exposição gradual a este, até que a ansiedade diminua e esteja sob controle. Porém, sempre de forma lenta e gradual, se não o paciente pode apenas ficar muito ansioso, e sofrer, sem ter benefícios do procedimento.“Desta forma, não posso recomendar que seja feito sem acompanhamento de um psicoterapeuta” diz Gimenez. A terapia, como diz Camila, é muito importante, pois o psicólogo é uma pessoa que está ali especialmente para ouvir o jovem, dando a atenção necessária que talvez ele não receba em outros lugares, preocupando-se especialmente
ta responsabilidade me deixa ansiosa, problemas na família, relacionamentos, e auto-estima baixa também.” Muitos universitários procuram ajuda de um especialista, seja um psicólogo, para poder conversar sobre seus anseios, seja um psiquiatra, para receitar medicamentos que os ajudem a passar por essa transição. Camila Anezi, psicóloga, diz que grande parte do problema é o medo do jovem não conseguir ser alguém na vida, e não ter a capacidade de seguir sozinho. Esse temor acaba deixando-o desmotivado e sem perspectiva de vida.
Cada pessoa tem gatilhos que a desencadeiam, e estratégias que a acalmam que são únicas, e podem ser exploradas em psicoterapia, de forma a garantir o bom controle desse sintoma. Medicações oferecem excelente controle momentaneamente, mas, apesar de ótimas no início do tratamento, não abordam efetivamente o problema, pois criam a necessidade de sempre usar os remédios, o que é inadequado, e expõe os pacientes a efeitos colaterais de longo prazo. Então, fora os remédios, a terapia comportamental é muito importante, pois utiliza técnicas de exposição.
em vê-lo melhorar. Quando se tem depressão, é importante manter-se perto das pessoas que os fazem bem, como amigos e família. Também, procurar fazer coisas que os agradem, como assistir filmes, séries, ou ouvir as músicas preferidas. Nunca isolar-se, e fazer exercícios físicos que liberem seretonina, hormônio que funciona como neurotransmissor na inibição da ira, agressão, temperatura corporal, humor, sono, vômito e apetite. “Tudo por uma vida mais saudável e que possa ajudar a passar pela pior fase, e, mais tarde, viver uma vida estável”.
Luana Theodoro
Por Vinícus Alves e Débora Marquetti Em meio ao estresse excessivo e ao caos da cidade grande, a falta de tempo vem assolando as pessoas, fazendo com que algumas situações sociais sejam deixadas de lado, implicando assim, em questões de igualde entre os seres humanos. Isso não está apenas relacionado a questões que envolvem - a muito comentada - igualdade de classes, mas também, as inúmeras falhas na construção de valores e do respeito entre os homens. Porém, isso não vem impedindo que uma onda de boas ações aconteça. É notório que o número de ONG’s (organizações não governamentais), projetos de ações filantrópicas e o serviço voluntário vem crescendo. Nas saídas do metrô, próximo a universidades e hospitais, quase sempre algum membro está disposto a fazer abordagens sobre o assunto. Uma pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência comprava essas afirmações, destacando que um em cada quatro brasileiros com mais de 16 anos, ou seja, cerca de 35 milhões de pessoas, faz ou já fez algum trabalho voluntário. E ainda: 11%, cerca de 15 milhões de pessoas, exercem alguma atividade voluntária no momento. Quanto à motivação para o exercício do trabalho voluntário, 67% apontam que o fazem para “ser solidário e ajudar os outros”, 32% para “fazer a diferença e melhorar o mundo” e 32% por motivações
diversos adolescentes em fase de transição. É possível no O início da vida adulta é algo pelo que tar, em universidades, muitos anseiam. O um grande número de aniversário de 18 anos e alunos que sofrem desse a sensação de liberdade. problema, e, com ele, Porém, quando o jovem vem a depressão, que, se depara com as re- de acordo com o Manual sponsabilidades da maior Diagnóstico e Estatístico idade, amedronta-se por dos Transtornos Mentais, ainda não saber como li- o indivíduo passa necdar com essa nova etapa. essariamente por uma Nas universidades, isso tristeza profunda ou uma é nítido. Fora os inúmer- perda do interesse nas os trabalhos e provas, há atividades, e pode incluir também a competição en- também: insônia ou extre os alunos, que sentem cesso de sono; perda ou a necessidade de serem ganho de peso; agitação os melhores em tudo o ou lentificação dos movque fazem, e, depois de imentos; cansaço excesterminado o curso, há a sivo; sentimento de culluta para conseguir um pa ou inutilidade; pouca emprego. Responsabi- capacidade de concenlidades batendo em sua tração; e pensamentos porta, faculdade, trabalho, de morte. São critérios etc. A pressão só aumen- bem vagos, mas eles ta, mas será que todos servem para ajudar a enconseguem lidar com isso? O ingresso na faculdade, para a maior parte das pessoas, vem em um momento de grandes mudanças. É uma espécie de rito de passagem da vida adolescente, de poucas responsabilidades efetivas, para uma vida adulta plena, em que essa pessoa será integralmente responsável por si própria. Surgem pressões como conseguir um emprego, ser capaz de se sustentar, mudar de casa, dirigir, ter relacionamentos afetivos mais comprometidos, cuidar da própria saúde, e, entre muitas outras, escolher e iniciar seu treinamento tender o sofrimento por na profissão que será sua que passam essas pespara o resto da vida. São soas. A ansiedade, por pressões que podem ou sua vez, é uma reação não ser condizentes com normal do corpo diante a filosofia de vida deste de uma situação preocujovem adulto, mas que pante. Ela antecede situestão na nossa cultura, ações perigosas, por e, realize ele estas tare- exemplo, e é fundamenfas todas ou não, trazem tal para uma resposta consigo muito estresse adequada a elas. Todo e ansiedade. “Na minha mundo sente ansiedade, opinião, um jovem de e isso é importante para 18 anos pode não estar que as pessoas estejam preparado para escolher preparadas para ensua profissão tão cedo, frentar essas situações. e a mudança de opção Ansiedade em excesso, ao longo do curso, pode no entanto, prejudica o acabar sendo vista como rendimento do indivíduo, uma falha, uma perda pois este fica preocupadaquele tempo investido, do demais, e acaba não realizar trazendo ainda mais es- conseguindo tresse e insatisfação”, diz suas atividades adequaRodrigo Gimenez, médi- damente. Conhecido como co psiquiátra que atende
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Comportamento
Comportamento
A rapidez da web e a natureza humana Como a internet, sua conectividade, velocidade e redes sociais podem afetar o ser humano Por Isabella Bedin O mundo está conectado. O acesso à rede tornou-se parte integrante da vida das pessoas. Os smartphones, principalmente, viabilizaram uma gama infinita de possibilidades, tudo nas palmas das mãos. A qualquer lugar e a qualquer instante, toneladas de informações são recebidas e enviadas. Tudo isso altera o comportamento humano: a web, veloz, se contrapõe à nossa evolução natural, que é tão lenta. Mudanças radicais no modo de vida contemporâneo, no entanto, trazem prejuízos e benefícios, principalmente ao se levar em conta o lado psicológico da população. Na perspectiva desses fenômenos mentais, o uso abusivo das redes sociais pode levar ao isolamento ou ao desenvolvimento de relações superficiais, como indicou a psicóloga e professora Irene Barone. Nesse sentido, a crescente necessidade do imediatismo- a satisfação a apenas um toque- pode refletir na capacidade de suportar
Jovens encontram maneiras de colorir a metrópole e melhorar a qualidade de vida dos paulistanos Por Giovanna Andrade
frustrações. Ao mesmo tempo, o que antes era estritamente particular tornou-se público. As pessoas que se expõe ao extremo nas redes talvez o façam, de acordo com Irene: “porque acreditam que isso ajuda ou facilita a apresentação de sua existência. É a uma maneira de socialização, atingir o inacessível na realidade presencial”. A própria sociedade normalizou os nudes e fotos pós-sexo, a web envolveu a todos e tornou comum o que antes era considerado tabu na sociedade.
A internet ainda tornou a felicidade, a satisfação, os desejos e liberdades mais próximas. Muitas pessoas trocaram o real pelo virtual a fim de experimentar sensações e prazeres de forma rápida e instantânea. “O homem é um ser desejante, com sentimentos de incompletude. Talvez essa forma de consumo (das redes) auxilie na busca perene de satisfação das necessidades humanas”, decorreu Irene. Por outro lado, as possibilidades de comunicação aumentaram de
modos inimagináveis. Da mesma maneira que outras ferramentas foram criadas visando a sobrevivência, a adaptação e o bem-estar, a web foi criada para suprir, inicialmente, a necessidade humana de defesa- isso em 1969. Assim como o próprio ser humano, ela se desenvolveu. A básica ARPAnet se ampliou e hoje já existem cerca de 3,2 bilhões de internautas do mundo, segundo dados divulgados pela União Internacional das Telecomunicações, órgão vinculado à Organização das Nações
Unidas (ONU). Essa conectividade e suas consequências, no entanto, é muito recente na história da humanidade. Atualmente, coloca-se tais pontos em discussão, debatendo possibilidades e respostas e, devido a esses fatos, a professora completou: “Por enquanto, o que podemos, e devemos fazer, é colocar em discussão esse assunto. Quanto mais debatermos, mais possibilidades de respostas construiremos”, concluiu Irene.
O conforto é a melhor escolha O estilo urbano está cada vez mais presente na hora de se vestir, e estar calçando algo confortável é fundamental para enfrentar o dia a dia
Este fato não está ligado a uma revolução pela liberdade de expressão no mundo fashion, mas sim ao retrato de uma sociedade que passa a maior parte do dia fora de casa, e merece estar confortável Por Vinicius Alves para realizar suas ativi Diga adeus ao dades do cotidiano, prinvelho estilo de se vestir! cipalmente calçando saAgradar ou, até mesmo, patos que lhe tragam um se adequar a uma deter- certo bem-estar. minada ocasião ou uni- Dentro do segmenforme de trabalho é coisa to dos calçados existe do passado. A moda sem- uma enorme variedade de pre foi uma forma de ex- modelos e estilos, porém, pressão de criatividade e nenhum traz tanto conarte, tanto de quem veste forto quanto o tênis. Sua quanto de quem produz, beleza sempre foi quesporém, com o advento tionada e sua inclusão do street style – estilo de estava limitada ao munrua - estar confortável e do dos esportes, mas vestir o que e onde quer, esses paradigmas estão tem se tornado prioridade passando por mudanças para grande parte das com o apoio de grandes nomes do mundo fashpessoas.
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Arte nas ruas de São Paulo torna-se um respiro em meio ao caos
ion. Quem garante isso é a jornalista, professora e mestre especializada em Moda, Cultura e Arte, Silvana Holzmeister. “O fato de a Chanel e Dior terem incluído tênis numa coleção de alta-costura, em 2014 (a Chanel 2013 incluiu no prêt-àporter) ajudou a massificar a ideia de que o tênis pode ser combinado com uma roupa que não seja esportiva. ”, conta Holzmeister e completa, “O que estamos vendo agora é o uso de modelos bem mais charmosos ocupando um espaço mais glamoroso no visual de homens e mulheres”. Definitivamente o tênis vêm ganhando cada vez mais adeptos a proposta do conforto. Para o jovem estudante
Bruna Vieira
Movimento 90 º
Conhecida como a “selva de pedra”, São Paulo abriga aproximadamente 12 milhões de habitantes, conforme o IBGE 2015, vindos de todos os lugares do mundo, e por consequência o setor imobiliário cresce desenfreadamente, permitindo que até no espaço mais improvável Empenas cegas cobertas de muito verde ao longo do Elevado Presidente Costa e Silva surja um novo edifício. Onde fica a qualidade de Presidente Costa e Silva ainda mais quando pens- vão desde reduzir o bavida em meio a tanta cor- – o Minhocão, alegando amos no futuro que quer- rulho da cidade até proreria e caos? Nas artes estarem danificados por emos.” mover uma melhora e no verde que se incor- pichações e cobertos A empresa Mo- na estética dos lugares pora nos muros dessas de lambe-lambes irreg- vimento 90° também acinzentados. construções. ulares, mas ele não se propõe colorir São Paulo, O Minhocão foi in O grafitti é uma mostra incomodado com mas de verde. Atuando augurado em 1970 e torarte essencialmente ur- a atitude. em um nicho de mer- nou-se alvo de criticas por bana que ganhou adep- “É interessante à cado, o projeto liderado ser causador de transtortos em São Paulo e tornou ação da prefeitura porque por Guil Blanche vem se nos e ter transformado a a cidade uma referên- torna a rotatividade dos dedicando desde 2013 à estética da região, hoje o cia mundial. O artista artistas maior no sentido iniciativa Corredor Verde Elevado Presidente CosFabio de Oliveira Par- de pintar mais e combat- do Minhocão, e de acor- ta e Silva ganhou novos naíba, mais conhecido er o cinza”, afirma. Ele do com o site (www.mov- holofotes e além de seus como Crânio, começou acredita que a arte tem imento90.com), este é o lindos grafites e jardins grafitar há 18 anos e já impacto na vida do pau- primeiro corredor verde verticais, vêm sendo esexpôs sua arte em diver- listano e que deve estar do mundo. A ideia con- tudada a possibilidade sos países. Em março incluída no planejamento siste em instalar jardins de transformá-lo em um desse ano, a prefeitura urbano. “Associar arte e verticais nas empenas parque, como a High Line apagou seus famosos práticas saudáveis, como cegas de prédios e pare- de Nova York. índios azuis das vigas de também atitudes sus- des que não possuem Maria Alzira Marzagão sustentação do Elevado tentáveis, é importante, janelas. Os benefícios Monfre, doutora e pro-
fessora de Arquitetura e Urbanismo no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, afirma “Um parque elevado no Minhocão não resolve os dois problemas maiores criados pelo Elevado: o ruído e invasão de privacidade das residências lindeiras e a degradação dos baixios”. Ela aponta que o fato da região ter se tornado alvo recorrente de intervenções denuncia exatamente a degradação deixada por essa construção. “A deteriorização de determinadas áreas da cidade é um fenômeno que pode ter como causa diversos e variados motivos, mas sejam quais forem as causas ou motivos, são essas áreas que são consideradas áreas de requalificação urbana”, analisa a professora e doutora Maria Alzira. Muitos são os lugares em São Paulo que poderiam ser requalificados devido às suas degradações, o Elevado Presidente Costa e Silva pode ser considerado um entre tantos.
Diferentes maneiras para combinar os tênis
Nah Cardoso
Gloria Kalil
Modelo Coco Chanel
Vinicius Brilhante
de jornalismo e digital influencer, Vinicius Brilhante, que passa grande parte do seu dia na rua, isso está claro “Hoje o tênis está presente na arara/ catálogo de quase todas as marcas do mundo. Eu por exemplo, já usei terno com tênis. É algo normal e todo mundo acha cool”. Já para Nayra Teodoro, estudante de Relações Públicas, o tênis já se tornou objeto de paixão, fazendo com que ela priorizasse mais eles do que os demais sapatos. “Eu uso tênis pra tudo, e o conforto foi o que me conquistou de início.”, compartilha a futura RP. Marcas como a Adidas, principalmente na etiqueta Originals, buscam agradar jovens como Vinicius e Nayra - e pelo visto estão conse-
guindo, já que ambos se declaram fãs da marca - apostando em parcerias com grandes nomes da música como Pharrell Williams e Kanye West, para a criação de produtos que transmitam liberdade de expressão, criatividade, estilo e conforto, itens fundamentais para agradar essa geração. Sem dúvida, todos aqueles que vivem no mundo urbano não possuem mais espaço nos armários para o desconforto e para o preconceito quanto aos tênis. Ele se reinventou e veio para ficar! E para aqueles que se identificam com essa moda, só resta esperar para ver qual será a próxima coleção do calçado “esportivo” que irá dominar as passarelas e as ruas.
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Feminismo
Universitárias lutam pela igualdade de gênero através de debates políticos
Feminismo
Para coibir o assédio no local onde estudam, jovens criam grupos para debates feministas Por Leticia Quintela
O feminismo ganha força no Brasil Entenda o que é o movimento feminista, sua ascensão e como se tornou essencial no país Por Isabella Bedin
O movimento feminista está em ascensão. Apesar da luta das mulheres estar presente há mais de 200 anos, é hoje, com o mundo globalizado e a sociedade conectada por meio da rede, que as mulheres e sua voz vêm ganhando cada vez mais força. Mas o que é o feminismo afinal? E o que ele prega? Resumidamente, o feminismo defende a humanidade das mulheres: sendo pessoas, elas merecem direitos iguais. A fundadora do coletivo feminista Charlotte Perriand, que atua na Belas Artes, Giovanna Melo concorda que o movimento prega alguns ideais básicos, independentemente de qual vertente esse venha, como por exemplo: mulheres devem ganhar salários
iguais aos dos homens no desempenho da mesma função; não é obrigação da mulher cuidar da casa, dos filhos e do marido; nenhuma mulher é propriedade e, portanto, nenhum homem tem direito de agredi-la fisicamente ou verbalmente, ou ainda determinar o que ela pode ou não fazer; o corpo da mulher é direito somente dela; qualquer ato sexual sem consentimento é estupro; dentre diversos outros. Dentro do contexto sócio-político brasileiro e com esse crescimento dos movimentos feministas, a hashtag #meuprimeiroassédio tomou a internet em outubro do ano passado. Seguida de outras campanhas como #meuamigosecreto e #agoraéquesãoelas, todas mostraram de fato a relevância e voz dos movimentos feministas no Brasil.
Reprodução Paula Sacchetta
Van do Precisamos falar do Assédio
MACHISMO MATA O feminicídio significa assassinato de mulheres, não apenas ligado ao sexo em si, mas sobretudo relacionado a esfera política. São mortes intencionais e violentas de mulheres em decorrência de seu gênero; crimes de ódio, de genocídio, ligados à misoginia, termo que designa ódio, desprezo ou repulsa ao
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gênero feminino e suas características. O Mapa da Violência de 2015 indicou que dos 4.762 homicídios de mulheres registrados em 2013, 50.3% foram cometidos por familiares, sendo a maioria desses crimes (33.2%) cometidos por parceiros ou ex-parceiros. Isso indica que a cada sete feminicídios, quatro foram praticados por
Precisamos falar do assédio O boom de mulheres que compartilharam histórias de abuso e que denunciaram atitudes machistas de conhecidos nas redes, mostrou apenas uma realidade que sempre esteve mascarada na sociedade. A partir desse tipo de relato e de sua importância na web que surgiu a ideia do documentário Precisamos falar do assédio. A fim de continuar e ampliar esse movimento, a equipe de Paula Sacchetta, jornalista e documentarista, resolveu coletar depoimentos de mulheres vítimas de qualquer tipo de assédio, mas de uma forma inovadora e convidativa: dentro de uma van. Servindo como uma espécie de estúdio móvel que ocupou diversos lugares de São Paulo e do Rio de Janeiro, a van coletou os depoimentos durante março desse ano. “Foram 140 depoimentos, gravados em 7 dias, entre São Paulo e Rio de Janeiro, somando mais de 12 horas de material bruto”, Paula disse. Apoiado pelo SPCine, Secretaria de Políticas para as Mulheres da Prefeitura de São Paulo e Think Olga, o documentário já está no processo de edição. “Esta-
mos editando o filme e ele será exibido em cinco lugares, ao ar livre, nas empenas da cidade, também para continuar levando o tema para a rua”, como a própria diretora do projeto afirmou. Além disso, um site de mesmo nome será criado. O empreendimento que veio da rua e no final vai voltar a ela, serve como inspiração a todas as mulheres. Paula, por fim, declarou que: “Rolou de tudo. Tiveram mulheres que chegaram com muita vontade de falar, e viram na van, um momento para isso. Outras foram quase convencidas a falar e gostaram, ou se sentiram aliviadas. Outras, que chegaram
querendo falar, saíram muito, muito abaladas. Rolou de tudo: raiva, choro, tristeza, alívio, desabafo”. Por fim, fica claro que há necessidade de se falar mais e aceitar cada vez menos. Precisamos falar do assédio é um projeto que busca dar voz a essas atrocidades vivenciadas diariamente pelas mulheres Brasil afora. O site do documentário resume o sentimento feminista que abraça o país nesse momento: “Vamos mostrar pelo que passamos todos os dias, apenas por sermos mulheres, para tentarmos começar a mudar alguma coisa”.
pessoas que tiveram ou tinham relações íntimas de afeto com a mulher. A violência doméstica familiar é a principal forma de violência letal praticada contra as mulheres no Brasil. O Mapa ainda indica que o número de mortes violentas de mulheres negras aumentou 54% em dez anos, passando de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013. Vale
ressaltar que, no mesmo período, a quantidade anual de homicídios de mulheres brancas diminuiu 9.8%, caindo de 1.747, em 2003, para 1.576, em 2013. Uma maneira de sanar o feminicídio, de acordo com a professora e ativista feminista Tássia Zanini, seria: “Com certeza, a união cada vez mais forte das mulheres na busca por direitos, bem
como o esclarecimento a respeito do movimento feminista e as questões sociais e culturais que envolvem a discriminação de gênero.” Por fim, Tássia ainda acrescenta como fator fundamental para a erradicação desses assassinatos o empoderamento feminino, a educação acerca do tema e um real compromisso por parte do poder político.
As vertentes do feminismo Feminismo Negro: A mulher negra sofre duas opressões, de raça e gênero. Feminismo Interseccional: Feminismo com recortes de raça, classe social e gênero. Pois cada caso sofre opressões diferentes, e é preciso entender e debater essas diferenças para assim, combate-las. Feminismo Radical: Feminismo que considera mulher aquela que possuí vagina, excluindo os trans. Acreditam que eles (as) sofrem opressões, mas não relacionadas as pautas feministas. Feminismo Liberal: Acredita que por meio de reformas políticas e legais é possível dizimar a desigualdade de gênero. Fonte: Giovanna Melo, fundadora do coletivo feminista Charlotte Perriand
Todos os dias, jovens mulheres buscam uma maneira de se destacar no mercado, não por sua beleza, mas por sua inteligência e capacidade de assumir cargos que antes eram somente ocupados por homens. Com tanta coisa acontecendo no Brasil e no mundo, a luta pela igualdade de gênero não poderia ser deixada de lado. Cansadas de passarem por situações constrangedoras dentro das universidades, estudantes se reuniram para formar coletivos e frentes feministas. Apesar dos grupos não serem diretamente ligados às universidades, eles se reúnem em dias alternados, e colocam em pauta assuntos que vão desde a questão feminista, ao debate sobre a situação do atual cenário político brasileiro. Para tal, se reúnem dentro da própria universidade ou em outros locais públicos. Geralmente, a divulgação do local onde será feita a reunião é feita pelas redes sociais como Facebook e WhatsApp. Durante as conversas, as estudantes que já sofreram algum tipo de assédio trocam experiências umas com as outras, alertando outras meninas sobre perigos de uma sociedade machista e preconceituosa, entretanto muita coisa já mudou. Por exemplo, o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), que visa a proteção da mulher e assegura sua participação no mercado de trabalho, foi criado 1985 garantindo o poder feminino.
Movimento na Belas Artes Para “empode rar” as mulheres, alguns grupos realizaram ações reivindicando melhor tratamento para elas. O Coletivo Feminista Charlotte Perriand formado por alunas do Centro Universitário Belas Artes publicou, no ano passado, uma nota repudiando uma das festas organizadas pela atlética da faculdade. A nota repercutiu, em várias redes sociais ligadas à Belas Artes, dando a elas a visibilidade para o grupo. Giovanna Oliveira de Melo, representante do coletivo, diz que o feminismo é a “mulher poder ser o que quiser.” A estudante de arquitetura complementa: “feminismo é poder fazer suas escolhas sem medo.” O coletivo ainda organiza outras ações dentro da universidade e participa de várias reuniões com outros grupos, também formados por estudantes em prol ao desenvolvimento da igualdade feminina diante dos homens. Outros coletivos Em Abril deste ano, o Coletivo Zaha, formado por alunas de arquitetura e design da Universidade Mackenzie, como forma de protesto, espalhou pela faculdade cartazes com frases machistas que escutaram de seus professores. O manifesto rendeu uma matéria para o portal UOL, porém para o coletivo ainda há muita luta pela frente. Elas avi sam que não ficarão paradas. Jamyle Hassan Rkain, da Frente feminista do Mackenzie, explica que as reuniões do grupo são dedicadas apenas às mulheres. “Acreditamos que é necessário deixar
esse espaço apenas pras mulheres porque o feminismo é um movimento de mulher pra mulher.” Contudo uma vez por mês as estudantes organizam reuniões abertas, para homens e mulheres. Jamyle justifica o método como forma de proteger quem frequenta as reuniões que, segundo ela, funciona como um “confessionário” para as meninas que já sofreram algum tipo de assédio. O Coletivo Feminista da ECA, na Universidade de São Paulo, realizou várias ações contra o machismo na sala de aula. “Atuamos no combate ao machismo nos jogos universitários JUCA e BIFE , montamos uma biblioteca feminista e combatemos o Miss Bixete que acontecia até 2013 na nossa faculdade”, exemplificou Ananda Soari, representante do grupo. Os coletivos já conquistaram muita mudanças. A professora da Belas Artes, Tássia Zanini, adepta ao movimento feminista, percebe o lento avanço para conquista da igualdade de gênero, entretanto afirma que existe um longo caminho a ser percorrido. “Com certeza, a união cada vez mais forte das mulheres na busca por direitos, bem como o esclarecimento a respeito do movimento feminista,” explica. “Questões sociais e culturais que envolvem a discriminação de gênero, são as necessidades mais urgentes para que conquistas mais importantes sejam possíveis, passando pelo empoderamento feminino, pela educação e por um real compromisso por parte do poder público”, termina a professora enfatizando as principais necessidades da conquista do poder feminino.
No esporte: falta divulgação e sobra preconceito Por Isabela Flores A inserção da mulher no esporte é marcada por persistências e transgressões. Para muita gente, o esporte é um território masculino e o pensamento de uma mulher desempenhando suas habilidades esportivas ainda incomoda. Mesmo assim há exceções. Uma delas é a jogadora Marta Vieira da Silva Viega. Mais conhecida como Marta, a camisa 10 da seleção brasileira e do FC Rosengård, da Suécia, ultrapassou Pelé como maior artilheira da seleção em 2015. Ela conquistou cinco vezes o título de melhor jogadora do mundo e duas vezes a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos com a Seleção, além de duas pratas olímpicas e um vice-campeonato mundial. Ainda, é a goleadora histórica de Copas do Mundo. Nomeada o “Pelé de saias”, apesar das discrepâncias de salário e reconhecimento. Relatado como “berço dos grandes” é de conhecimento geral que o Pelé e Neymar chegaram ao sucesso com a camiseta 10 do Santos, mas é facilmente esquecido o fato de Marta ter vestido a camiseta 10 do Santos e ao lado de Erika e Cristiane ter entrado para história conhecidas como as “sereias da Vila” pela obtenção de êxito em praticamente todas suas partidas. Apesar das superações femininas futebolísticas, o time feminino do Santos foi cortado em 2011 com o objetivo de suspensão de gastos para que o time pudesse manter o jogador Neymar em sua seleção masculina. A desigualdade não se limita ao campo de futebol. Em seu Instagram pessoal, a surfista profissional, Claudia Gonçalves, mais conhecida como Claudinha, explicita sua revolta pelas mulheres integrantes do surfe que há cinco anos estão sem um circuito brasileiro profissional, mesmo após o brasileiro campeão mundial de surfe da ASP World Tour de 2014, Gabriel Medina, conquistar os holofotes e os olhares brasileiros para a modalidade, abrindo portas para atletas como o Adriano de Souza, Filipe Toledo, Ítalo Ferreira, Miguel Pupo e etc. No skate também é grave a situação. Após o Bob Burnquist, skatista e maior medalhista da história do X-Games, evidenciar o esporte e retirá-lo de segundo plano, sucedendo uma linhagem de talentos do esporte de quatro rodas como o Luan de Oliveira, mestre de street, e o Pedro Barros, do half, as mulheres ainda continuam brigando para ter reconhecimento. É o caso de Leticia Bufoni e Karen Jonz, profissionais do skate, mas que são constantemente nomeadas modelos.
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Economia
Economia A importância das agências reguladoras Ao apoiar a decisão de limitar a velocidade da internet fixa, a Anatel se colocou mais uma vez no centro de uma polêmica envolvendo grandes empresas de telefonia Por João Arantes e Isabela Flores
Dilma Rousseff, em abril de 2014, dizendo, também, que a decisão seria benéfica para os usuários da internet. Outro caso de semelhante polêmica ocorreu em 2007, depois que um Airbus A-320 da TAM, não conseguiu pousar na pista, causando um acidente que deixou 199 mortos e colocou, mais uma vez, uma agência reguladora no meio da confusão. Denise Abreu, que na época presidia a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), se tornou alvo de investigações sobre irregularidades ocorridas enquanto ocupava o cargo. Se as agências se envolveram em tais polêmicas, não foi completamente sem motivo, uma vez que, dentre as funções dos órgãos, se destaca a defesa dos direitos do consumidor, incentivo a concorrência no mercado privado - a fim de evitar monopólios - e elaboração de normas disciplinadoras do setor regulado. Entretanto, e não são raras as situações, em que ocorrem falhas cometidas pelas agências, deixando, por fim, de cumprir algumas de suas funções mais básicas.
em formação, não só o Brasil, mas toda a América Latina, ainda apresentam falhas mercadológicas que são minimizadas exatamente pelas agências reguladoras, criadas em sua grande maioria ao longo dos anos 90, década em que o continente presenciou uma onda neoliberal tirar das mãos do Estado a função de empresário, para torná-lo regulador. Miguel Arab, graduado em ciências econômicas pela UFRJ e atualmente professor do Centro Universitário Belas Artes, em relação aos anos 90, afirma: “Veio uma onda para privatizar setores fechados que só tem uma empresa funcionando”. “Para isso, é preciso ter uma agência reguladora, senão ocorre um monopólio”, completa. Países em que o mercado atua de forma mais livre são bons exemplos em que a concorrência leva as empresas, que visam superar seus competidores, a abaixarem preços e oferecerem serviços melhores. Segundo Arab, quando há pouca concorrência em um segmento, há o risco da formação de cartel. A agência nesse caso serve para suprir falhas Privatizações de mercado e evitar que Por possuir um situações como estas mercado novo e ainda ocorram.
Fiscalização de empresas privadas, erros na defesa dos direitos dos consumidores e outros casos mais particulares são sempre motivos para que o brasileiro passe a discutir a qualidade dos serviços prestados pelas agências reguladoras, e o que acontece para que aqueles que deveriam regulamentar o mercado não cumpram a risca a sua função. Discutir o seu papel é importante, inclusive para que seus dirigentes prestem um serviço de melhor qualidade, mas para isso é antes necessário entender onde atuam, porque foram criadas e, se não desempenham bem uma função, porque isso ocorre. Em março deste ano, Vivo, Net e Oi, três das principais empresas de telecomunicação do Brasil, anunciaram um plano para limitar os dados da internet fixa, tornando o modelo atual semelhante ao dos pacotes de internet móvel, em que a operadora pode diminuir a velocidade de navegação uma vez que o limite contratado seja atingido. A decisão chamou a atenção de muitos, tornando o assunto polêmico e extremamente controverso. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), responsável por regulamentar o mercado e impedir qualquer forma de exploração cometida por empresas do ramo aos seus clientes, apoiou a decisão sugerida pelas companhias afirmando que a proposta possui bases legais, contidas no Marco Civil da Internet, lei aceita pelo Congresso Nacional e sanciona- Aumento no número de agências reguladoras existentes da pela então presidente na América Latina ao longo da década de 90 (Figura 1)
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As agências Diversos estudos apontam para a necessidade de haver uma regulação forte feita pelo Estado, mas que deve, entretanto, ser independente das forças políticas, como forma de evitar choques de interesses que acabam por prejudicar a população. Arab explica que a agência reguladora fica exatamente na mediana, se colocando entre os interesses do mercado privado e da população, que deseja serviços melhores por um preço cada vez mais acessível.
que o tornaria incapacitado para ocupar tal cargo. Heider volta a ressaltar que “a independência (das agências) tem de ser fortalecida. “Isso é fundamental para que o papel delas seja mais efetivo e imparcial”, afirma. Ele lembra ainda a necessidade de aprimoramento dos marcos regulatórios que preveem um melhor funcionamento e eficiência das agências. Embora possuam um desenho institucional bom, como apresentado no gráfico abaixo, ainda existem falhas graves e
Funções que são ou não cumpridas por algumas das agências brasileiras de acordo com o projeto de lei, número 3.337/04
A independência das agências, embora necessária, nem sempre ocorre de forma plena, como diz Mathias Heider, formado em engenharia de minas pela UFMG e atualmente funcionário do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). “As indicações acabam sendo políticas, e há intervenção do governo na atuação das agências, atendendo interesses políticos e econômicos”. Um exemplo claro do que Heider diz, foi a nomeação de Ricardo Fenelon Junior para a presidência da Anac em agosto de 2015. Genro do líder do senado pelo PMDB, Eunício Oliveira, o advogado foi ferrenhamente criticado por entidades de pilotos e servidores, que alegaram a falta de experiência e conhecimento no ramo,
espaços para aperfeiçoamento. Um dos fatores que contribui para uma qualidade inferior das agências, se refere aos salários dos funcionários. Arab explica que “é bom quando existe a implantação de agências reguladoras em lugares onde os salários delas sejam tão bons quanto de empresas privadas”. Atualmente, entretanto, os órgãos governamentais oferecem, em geral, salários muito melhores que os do mercado privado. Um problema que leva ao desequilíbrio entre os dois setores. O mercado Heider também faz uma comparação entre o mercado brasileiro e o americano onde, segundo ele, “o sistema é fragmentado e com alta concor-
rência”. No Brasil, por outro lado, “os monopólios criam ineficiências pois, diante da falta de concorrência, a empresa pública pode controlar preços, obtendo lucros exorbitantes bem acima dos seus custos marginais. Ou ainda, impactar na menor qualidade dos serviços e produtos”. Embora seja difícil afirmar com precisão o número de agências reguladoras nos Estados Unidos - uma vez que parte delas estão ligadas aos estados e não ao governo federal - há uma clara superioridade numérica no país que, em contrapartida, tem uma menor participação direta na economia se comparado ao Brasil. Arab, entretanto, aponta para uma diferença fundamental na forma com que o mercado atua no Brasil e nos EUA. Para ele, “em um mercado maduro (como o americano), as empresas, de certa forma, conseguem em um ambiente de boa concorrência conduzir o setor de forma que o consumidor não se sinta prejudicado”. Em comparação “um mercado incipiente como o nosso, que se desenvolveu de forma atrasada sem ter décadas de bom funcionamento, vem com vícios do passado de um mercado privado dependente de ações do Estado”. Isso, para Arab, “depende também da posição histórica de cada país”. O Brasil, por ser um país onde o mercado ainda é jovem, possui falhas não só no próprio mercado privado, mas também nas agências reguladoras e na forma como o Estado, por vezes, atua, impedindo o bom funcionamento destes órgãos públicos. Para contornar estes defeitos e vícios há diversos estudos que já apontam formas para aprimorar os marcos regulatórios e como colocá-los em prática, além de melhorar o funcionamento dos já existentes. Essas reformas precisam ocorrer pois assim o Brasil será capaz de atrair mais investimentos e mais empresas e, como consequência, oferecer produtos e serviços melhores por preços mais justos e acessíveis.
Mala cheia, bolso vazio
Por Giulia Ghigonetto e Débora Marquetti
Veja uma lista com 4 itens para não deixar de viajar em tempos de crise! A economia brasileira é puxada pelo consumo por anos. O que vem acontecendo ultimamente é que gastos com consumo está sendo maior que a entrada de capital, devido ao baixo investimento estrangeiro. Todos sabem que viajar em tempos de crise é complicado e necessita de muito planejamento. Para Luciene Godoy, professora do Centro Universitário Belas Artes, formada em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, há um conjunto de fatores envolvidos no contexto que vivemos como “inflação alta, demissão e desconfiança no governo afetando o bolso dos brasileiros”. Em consequência, o que será cortado primeiro serão as viagens. Mas, não se preocupe selecionamos 4 dicas para te ajudar a economizar na hora de montar a sua viagem!
Planejar a viagem com antecedência é fundamental! Os preços variam muito! Além de agências de viagem, consulte em sites com promoções e só feche assim que achar o menor preço para não se arrepender depois, e fique atento a cotação do dólar e suas variações. “A incerteza política interfere na moeda”, relata Luciene Godoy. Evite períodos de férias (dezembro a fevereiro) As passagens aumentam devido à grande procura. Fique atento as promoções. De acordo com a companhia aérea Gol, o ideal é realizar a compra de passagens, pelos menos, três meses antes. Se for de última hora, uma dica é usar as milhas oferecidas pelas companhias.
Economize na sua hospedagem Não quer gastar muito em sua acomodação? Alguns sites oferecem tipos de opções com um precinho bem bacana. O “Couchsurfing” conecta viajantes e locais que possuem um quarto vago em sua casa, já nos sites como “Mind My House” e “Trusted House”, a pessoa ganha hospedagem gratuita enquanto o dono da casa está viajando, em troca de manter a casa em bom estado. Em algumas situações, alugar uma casa ou apartamento sai mais em conta do que ficar em um hotel, o aplicativo mais famoso para isso é o “AirBnB” ou pode também conseguir um intercambio de casas como em “Amor Não Tira Férias”, usando o “Home Exchange”. Agora já pensou que legal trabalhar e ter experiências autênticas do local? O “Worldpackers” liga viajantes e hostels que precisam de trabalhadores, enquanto
sites como “Voulez Vous Diner”, conecta viajantes adeptos do turismo gastronômico e moradores que gostam de cozinhar e receber pessoas. Caronas e aluguel de meios de transporte Existem tanto os serviços em que você aluga o carro de alguém, quanto aqueles em que você pega carona com alguma pessoa que está indo para o mesmo lugar que você, pagando um pequeno valor para ajudar com a gasolina. Sites como Relay Rides e Getaround oferecem a primeira opção, enquanto na segunda o mais conhecido é o Blablacar. Para quem quer alugar bicicletas, o Spinlister é um bom meio.
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Tecnologia
Esportes
Blogueiros mudam a visão de jovens sobre a literatura
Olimpíada gera polêmica quanto a valorização do esporte
Com linguagem e vídeos divertidos, os booktubers estão mudando a relação dos jovens com os livros
Rio 2016 pode ser uma das grandes apostas para o crescimento esportivo no Brasil
Por Natália Rocha
A tentativa deu tão certo que a jovem acabou pedindo de Em um cenário missão de seu antigo caseiro e com uma emprego e atualmente câmera ligada, jovens vive de seu canal, onde nomeados “booktubers”, resenha livros clássiapresentam críticas, recos uma vez por semasenhas e opiniões varina. Hoje, um dos seus adas sobre literatura vídeos, “Cinco segredos e o mercado editorial, para ser um bom leitor”, através de uma linguapossui mais de 70.000 gem informal e divertivisualizações e é um da, e detalhe, usando o exemplo de como o forYoutube como suporte. mato ajuda nos hábitos Quebrando o velho clide leitura e as editoras chê de que jovens leem do Brasil e do mundo. pouco devido ao avanço “O sucesso dos da tecnologia, esse grubooktubers me entusipo de blogueiros, enasma e me dá uma certa contraram na internet esperança sobre o futuro um mundo para debater dos profissionais da codesde clássicos, YoungAdults (jovens adultos) Stela Aquino, mostrando municação”, afirma Luaté best-sellers do mo- alguns de seus livros re- brano. Segundo ela, eles mento, utilizando um senhados em seu canal tratam a literatura como um tema divertido, interrepertório que agrada a (Foto: Acervo pessoal) essante, que fascina e nova geração de leitores. C o n h e c i m e n t o faz pensar. Para o profesmuito além da literatura A grande aposta sor de inglês, Jonathas Almeida, os booktubers Outro canal de destaque destes jovens é a forma possuem um poder de no Youtube é o da jo- de se comunicar com seu influência com o públi- vem Isabella Lubrano, público, com suas estanco jovem. “Os canais que comanda o canal tes coloridas, o cenário literários estão fazendo “Ler Antes de Morrer”, dá ênfase aos livros, com 41.797 inscritos. A despertando atenção um favor para essa booktuber adquiriu amor de seus seguidores. “A geração, ajudando-os com a literatura usando a leitura ainda quando maior parte de nosso púum tipo de linguagem criança, motivada pelas blico são adolescentes próxima do cotidiano”, mulheres de sua família ou jovens adultos de até eram grandes 30 anos e esse pessoal disse Almeida. Assim que está descobrindo que também pensa o jornalis- devoradoras de livros. A ideia de criar os livros também podem ta Luís Felipe Soares, do Diário do Grande ABC. conteúdos em formato ser um produto pop muiPara ele, “parece uma de vídeos veio da sua to divertido, assim como conversa entre amigos”. insatisfação com seu o cinema, a música ou emprego como pro- os quadrinhos”, destaca dutora jornalística em a booktuber. Quem são os São Paulo. Assim como booktubers? Stela Aquino, do tantos jornalistas, ela canal The Dandelion in sonhava em ter uma The Spring, começou oportunidade em frente câmeras, como a produzir vídeos co- às mentando suas leitu- repórter de rua. Porém, ras depois de ver e se percebeu que para realinspirar em sua ami- izá-lo levaria tempo, então ga da faculdade de resolveu se dedicar ao jornalismo, Michas seu blog literário, que exiBorges, que também stia desde os tempos de Isabella Lubrano, num possui um canal no You- faculdade, usando todo o momento de gravação no aprendizado que teve tra- seu cenário improvisado tube sobre o assunto. (Foto de acervo pessoal) balhando na televisão.
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Atualmente, cursando Letras na Universidade de São Paulo – USP, Stela aponta que sua forma de analisar os livros ficou mais crítica depois das aulas. “Os seguidores até pedem por vídeos de assuntos ligados aos meus estudos”, conta a blogueira.
O que pensam as editoras? Profissional do mercado editorial e graduada em Letras pela USP, Juliana Queiroz afirma que “Uma nova geração de leitores está sendo formada e junto com ela, veremos novas formas de se relacionar com a leitura, com o uso de aplicativos, dispositivos e novas formas de se fazer literatura”. Ela destaca que a relação dos booktubers e as editoras é um ponto positivo, que pode gerar ganhos diretos e indiretos para ambas as partes. Para os blogueiros, esse diálogo pode ajuda-los a tornarem-se conhecidos, a ponto de viverem financeiramente disso, e a oportunidade de incorporarem novos negócios. Já para as editoras, ter alguém que fale sobre seus títulos é excelente para a divulgação, pois um alcance de um canal no Youtube ou uma rede social é imensurável. O sucesso booktubers reflete o comportamento de uma geração que utiliza, prioritariamente, as redes sociais para se informar, estudar, se divertir, interagir com outras pessoas etc. Mesmo com esse trabalho, os blogueiros literários não substituem a crítica convencional, já que os trabalhos se diferem. A crítica tradicional consagra e gera prestígio aos livros, enquanto os blogs fazem uma leitura de referência para a nova geração, que simpatizam e admiram o seu trabalho.
Por Aline Alcoforado
Snapchat e o mundo Por Aline Alcoforado As mídias sociais se popularizaram muito. Hoje elas são as maiores fontes de entretenimento no mundo inteiro. Uma em específico vem ganhando grande força nos últimos anos: o Snapchat, um aplicativo de mensagens que tem como base fotos e vídeos e traz à tona questões como invasão da privacidade. A coordenadora, professora e jornalista Maria Inês Migliaccio, ao ser questionada sobre essa invasão afirma que é uma contradição dizer que o aplicativo faz isso. “Ele é uma ferramenta como qualquer outra que pode ser usada ou não de acordo com a vontade do usuário”. Ela ainda coloca em pauta o questionamento: a serviço de que a foto está sendo tirada? “Essa fotografia do instante serve a um novo propósito, uma redescoberta com uma outra função, mas não anula as outras possibilidades que ela tem, cada vez ela é mais ampliada”, afirma Inês. Seja através do Snapchat ou qualquer outra plataforma social, o fato é que o sucesso delas não é algo passageiro. Ferramentas como o Snapchat estão trazendo uma nova maneira de olhar o mundo. A problemática que fica sobre essa febre social não está em qual delas você vai estar inserido, mas sim no modo de como irá utilizá-las.
A Olimpíada é mundialmente conhecida, ainda sim existem dilemas a serem debatidos como alguns esportes são mais valorizados do que outros, o lugar da mídia nesse contexto e a perspectiva das pessoas em relação à ele. Apesar disso ele ainda é um evento onde vários atletas de vários esportes diferentes se reúnem para defender seus países. Esse ano ela vai ocorrer aqui no Brasil, do dia 05 a 21 de agosto, na cidade do Rio de Janeiro. Ter os jogos no país traz visibilidade e pontos bons, como afirma Educadora Física formada pela UNIBAN e pós-graduada em Personal Trainer na FMU Ludmilla Ferrante Messa. “É um evento mundial com muitos anos de existência, e que só vem ganhando força com o passar dos anos. Ele traz o conhecimento de “novos” esportes, e nos dá de presente o dom que cada atleta tem para cada modalidade, nos mostrando superações e até onde o corpo humano disciplinado é capaz de chegar”. Apesar dos pontos fortes, o Brasil ainda tem
muito a crescer quanto ao esporte, já que a grande mídia acaba por valorizar mais alguns do que outros. Quando questionada sobre isso, a educadora acredita de fato que a mídia exerce essa influência e que também está diretamente ligada aos patrocínios, ao que rende mais e dá o exemplo do futebol para isso. Ela ainda se vê otimista quanto à visibilidade do evento: “As olimpíadas sempre servem para aprendermos e conhecermos mais certos esportes, principalmente aqueles menos populares ou aqueles menos conhecidos”. Ela ainda acredita que os veículos teriam a obrigação de apresentar ao público novos esportes ou aqueles que sofrem com essa falta de visibilidade. Apoio Esse questionamento não é só feito por profissionais da área, o público em geral, devido ao grande fluxo de informação, também é capaz de perceber a diferença que existe entre a divulgação de um esporte ou outro. “A modalidade que eu menos tenho conhecimento é o handebol”, declara Raquel Rissato Echem, analista SAP e
expectadora do evento. Ela possui a mesma opinião que a educadora, que tudo isso pode ser devido à falta de patrocínio ou a falta da devida importância por parte da mídia quanto ao esporte. A atleta federada na categoria Júnior brasileira, Thaiza Fernandes acredita nessa influência dos grandes veículos, e vai muito mais além, fala que por parte da confederação/federação poderiam organizar eventos esportivos como campeonatos nacionais, uma liga que durasse o ano inteiro, com mais equipes participando e os jogos sendo transmitidos pela TV. Quanto a valorização do seu esporte “Quem conhece o esporte, normalmente gosta muito. Acho que o público irá acolher bem o handebol nos jogos e após ele também”, declarou. A olimpíada conta com 28 modalidades, e o handebol é só um exemplo do que se pode ser explorado no país. É esperada a chegada de mais de 10.000 atletas de diferentes nacionalidades para as competições. Será mais uma explosão de cultura e a oportunidade para a valorização do esporte no país, depois da Copa do mundo de 2014.
Jogos Olímpicos de 2016 podem influenciar na vida do universitário
Por Leticia Quintela A prática de atividades físicas durante o período universitário é algo raro para alguns estudantes, mas em 2016, ano das Olimpíadas do Rio de Janeiro, o esporte ficou em alta e tornou-se uma ótima oportunidade para estabelecer um envolvimento entre o universitário e as atividades esportivas. Virgílio Franceschi Neto, jornalista formado pela Faculdade de Motricidade Humana, em Portugal, e fez parte do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos – Rio 2016 como comentarista de Rugby, enaltece a importância da pratica esportiva durante a vida acadêmica. “O esporte na vida do universitário valoriza o intercâmbio de ideias, proporciona círculos de amizades e é capaz de inserir o universitário em um ambiente de esporte, de rendimento, e de participação”, afirma. Algumas universidades incentivam o esporte através das Associações Atléticas. A Atlética do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, proporciona ao aluno da instituição a oportunidade de treinar em modalidades como o futebol, handebol, natação e atualmente o rugby, em times femininos e masculinos, e competir em jogos como o JUCA (Jogos de Comunicação e Artes), e a NDU (Novo Desporto Universitário). O aluno de Publicidade e Propaganda e representante da Atlética Belas Artes, Marcelo Negrão é um exemplo do entusiasmo dos universitários com o mundo dos esportes. “O esporte pode trazer oportunidades aos atletas, além de entretenimento, se tornando uma competição em alto nível”, acrescenta. Balanço do Juca 2016 O evento que ocorreu em Sorocaba, São Paulo, contou com a participação de oito universidades e cerca de 6 mil universitários de vários cursos de comunicação e artes. Entre as instituições representadas esteve o Centro Universitário Belas Artes, que gradativamente vem se destacando e melhorando sua classificação. Nessa 23ª edição do Juca, a Belas Artes conquistou a quinta posição. O vencedor geral dos jogos foi a Universidade Presbiteriana Mackenzie. A vitória mais importante para a instituição foi a medalha de prata no futsal feminino. Outros destaques foram o rugby feminino e masculino que conquistaram a medalha de bronze.
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Entretenimento Por Giulia Ghigonetto e Vinicius Alves
Dia na Vila Madalena
Lá na Venda Rua Harmonia, 161 - Vila Madalena O Lá da Venda é um armazém cheio de coisas penduradas e espalhadas por toda a parte. É uma ótima opção para almoço, café da manhã ou para fazer uma parada no meio da tarde e se deliciar com o famoso pão de queijo do local. Tel. (11) 3037 7702 | De terça a sexta das 11h às 19h; sábado das 10h às 19h e domingo/feriado das 10h às 17h30
Urban Arts Rua Harmonia, 303B - Vila Madalena Loja focada em arte digital, possuí obras diferenciadas e únicas. Tel (11) 3032 1590. De terça a sábado 11h - 20h / Segunda fechado / Domingo 13h - 19h
Beco do Batman R. Gonçalo Afonso - Vila Madalena O Beco do Batman é uma travessa localizada na Vila Madalena repleta de grafites. É aberto ao público 24hrs.
The Phillysteak Shop R. Girassol, 649 - Vila Madalena Com uma geladeira cheia de cervejas artesanais, esse pequeno espaço tem como carro-chefe o popular prato da Filadélfia, o Philly Cheesesteak. Tel (11) 3530-5421. Ter-Sex: 12:00 às 15:00 / 18:00 às 22:00, SábDom: 13:00 às 22:00
Varal do Beco Rua Cardeal Arcoverde, 1771 Um brechó vintage, com um acervo de 35 mil peças e acessórios originais das épocas de 1920 à 1990, com foco maior nos anos 60 e 70. O lugar certo pra quem busca compor um look temático e o público consumidor de moda retrô. Tel (11) 3032-5074. Segunda: das 11:00hrs ás 19:30hrs / Terça a Sábado: das 9:00hrs às 19:30 hrs
Astrologia gera dúvida entre os jovens
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sites onde cada um fala uma coisa diferente. O problema esta na forma como os veículos estão abordando o assunto. “Eu acho que essa geração está desesperada por algo concreto que explique o por que as coisas são do jeito que são, e a astrologia virou a resposta do momento”, comentou. Para ela, os jovens estão usando os signos como desculpa, tirando a responsabilidade própria alizados, mostra que os um maior entendimento e colocando nos astros. Como todos os jovens possuem opiniões do seu eu e do próximo outros assuntos que são diversas. Em pesquisa é muito valido, principalrealizada pelo BuzzArt, mente quando se é jovem, debatidos temos os dois com 184 jovens, mais previne evitar certos er- lados, os jovens que de 60% acreditam em ros”, diz a estudante so- acreditam e seguem a horóscopo e acompanham bre a relação dos jovens astrologia e os que já acham que faz parte de em suas redes sociais. com o tema. A aluna da Belas Por outro lado te- uma desculpa. E você, Artes, Heloísa Passos, mos jovens como a Cami- se encaixa em que lado? 23 anos, procurou saber la Falcão, de 19 anos, que Dada a liberdade que mais sobre astrologia cursa direito na PUC-SP e vivemos, todos podem para entender melhor não acredita em horósco- pensar e acreditar no que as pessoas e melhorar po. Para ela a astrologia quiserem e na maioria vezes conseguio convívio com seus virou moda e perdeu um das mos conviver com nosamigos. “Todo conhe- pouco da credibilidade cimento que te leve a com a criação de muitos sas diferenças. Scanned by CamScanner
dos com maior profundidade, esse que antes era restrito e pago, conta Vanessa Tuleski, astróloga do site Personare. Para Vanessa o público jovem é bem aberto para conversar sobre astroPor Anna Carolina logia, signos e horóscoXandó pos, independente dos conceitos, sejam eles Os jovens de hoje mais populares ou sofisnão conseguem ficar ticados. E ainda mais muito tempo sem aces- pelo fácil acesso de hoje so a internet, seja pelo através de diversos texcelular, computador ou tos e vídeos, em sites e tablete. E um dos assun- redes sociais. tos mais acessados é A astrologia esa Astrologia, que gerou tuda como céu pode reo crescimento de sites, fletir na vida pessoal, no perfis no Facebook e no momento e no futuro de Twitter, grupos com mais cada um, ajudando a ende seis mil pessoas so- tender o que esta acontebre horóscopo, signos cendo e identificando as específicos e mapa as- potencialidades das pestral, além das milhares soas para saber como imagens engraçadas e elas devem lidar com irônicas criadas sobre o diversas situações que assunto. a vida pode apresentar, Com o fácil aces- tendo mais segurança. so à informação gratuita Pela proporção os jovens passaram a se que o assunto tomou e alimentar desses conteú- os diversos debates re-
Rafaela Barros
Assunto muito debatido no dia a dia dos jovens, mostrou que não são todos que concordam com os astros, mas a maioria ainda leva em conta suas dicas