REVISTA DO GRUPO FIAT DO BRASIL Número 121 - abr/mai 2013
UM DURO TESTE NO CÍRCULO POLAR ÁRTICO Agrishow apresenta as novidades do setor • Os vencedores do Prêmio Qualitas 2013 • Dodge Durango chega ao mercado brasileiro • Fabricação do Iveco Magirus pode ser feita no Brasil • O encanto e a leveza da artista popular Lia de Itamaracá • Árvore da Vida incentiva a prática de esportes • Atentado Poético completa 10 anos
grupoz.com.br
O QUE NOS MOVE É O FUTURO.
Agraciada com os prêmios: . Otimização do Valor do Produto (OVP) . Materiais Metálicos e Powertrain
Com ideias inovadoras e soluções integradas, a A e t h r a S i s t e m a s Au t o m o t i v o s s e g u e o caminho da construção de um futuro cada vez melhor para o nosso país e para o mundo. Obrigado, Fiat Chrysler, por mais este
Se dirigir, não beba.
re c onhe cime nto, que nos orgulha e motiva a seguir em frente. À equipe Aethra, os nossos cumprimentos pela competência e pela dedicação.
Te c no l o g i a de Va ng ua rda
“
Uma reforma tributária que simplifique e desonere as cadeias produtivas ajudará a aumentar a competitividade da indústria e dos produtos brasileiros, pois é um dos pilares das economias mais dinâmicas
”
cledorvino belini*
O desafio de administrar incertezas
O
painel de controle de todo gestor está focado nos comportamentos nem sempre previsíveis dos juros, câmbio, inflação, crédito, impostos e da insegurança jurídica. São variáveis cruciais para a tomada de decisões. O cenário atual da economia é marcado por um aumento do grau de incertezas, porque, em economia, a estabilidade e previsibilidade são constituídas de fatores objetivos e também subjetivos, principalmente relacionados à percepção de futuro. A antecipação da disputa eleitoral contribui para uma sensação maior de instabilidade, uma vez que a política econômica é o alvo prioritário de ataques em qualquer embate político. O cenário atual é de incertezas e requer a atenção de todos, mas é importante não perder de vista que o compromisso da sociedade e do governo com os fundamentos da estabilidade da economia está preservado. A inflação atingiu o teto da meta, mas o Banco Central reagiu e elevou a taxa básica de juros, de modo a sinalizar ao mercado que está atento. O ritmo de expansão da economia tem frustrado expectativas, mas é certo que há potencial de reação e o governo tem trabalhado para sustentar os níveis de consumo. Um dos instrumentos utilizados para estimular a economia é a desoneração de impostos, medida que atinge ou pode atingir perto de vinte setores definidos como prioritários. A iniciativa já provou que tem efeitos positivos sobre o desempenho da economia, o que leva a uma constatação: a hora é apropriada para debater a reforma tributária. O efeito positivo da desoneração demonstra o peso representado por uma das maiores cargas tributárias do mundo. Uma reforma tributária que simplifique e desonere as cadeias produtivas ajudará a aumentar a competitividade da indústria e dos produtos brasileiros, pois é um dos pilares das economias mais dinâmicas. É uma forma de criar cenários mais estáveis que, ao reduzirem o grau de incerteza, estimulam os investimentos públicos e privados, nacionais e estrangeiros. * Presidente do Grupo Fiat Chrysler para a América Latina
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sumário
18 Inovação a serviço do campo
EXPEDIENTE
Empresas do Grupo Fiat se destacam na Agrishow – Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação ao apresentar equipamentos de alta tecnologia
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Mundo Fiat é uma publicação da Fiat do Brasil S/A, destinada aos stakeholders das empresas do grupo no Brasil.
www.eticagrupofiat.com.br FIAT DO BRASIL S/A Presidente: Cledorvino Belini
Grife da pesada
MONTADORAS FIAT AUTOMÓVEIS Presidente: Cledorvino Belini CASE NEW HOLLAND Presidente: Valentino Rizzioli IVECO LATIN AMERICA Presidente: Marco Mazzu
Case Construction lança a Case Authentic, linha de roupas e acessórios, e mostra que também pode oferecer modernidade no jeito de se vestir
COMPONENTES FPT INDUSTRIAL Superintendente: (interino) MAGNETI MARELLI Presidente: Edison Lino Duarte TEKSID DO BRASIL CEO Nafta e Mercosul: Rogério Silva Jr.
30 O merecido destaque da Fiat Chrysler a seus fornecedores
8 Um duro teste no
Qualitas Awards chega à sua 24ª edição e reconhece o desempenho em qualidade, inovação, competitividade e nível de serviço dos fornecedores da Fiat Chrysler na América Latina, em evento realizado em abril, em São Paulo
Círculo Polar Ártico
Em Arjeplog, pequena cidade da Suécia, a Fiat Automóveis realiza inúmeros testes extremos com seus veículos, a temperaturas muito abaixo de zero, para desenvolvimento de tecnologias avançadas ou validação de componentes e novos carros
68 O giro suave da ciranda que vem de Pernambuco
Lia de Itamaracá é mais do que uma artista popular pernambucana: ela personifica a ciranda, importante expressão popular de canto e dança, que reúne adultos e crianças no rústico palco erguido sobre as areias da ilha
SERVIÇOS FINANCEIROS BANCO FIDIS Superintendente: Gunnar Murillo BANCO CNH CAPITAL Superintendente: Brett Davis FIAT FINANÇAS Superintendente: Gilson de Oliveira Carvalho SERVIÇOS FIAT SERVICES Superintendente: (interino) FIAT REVI Superintendente: Marco Pierro FIDES CORRETAGENS DE SEGUROS Superintendente: Marcio Jannuzzi FAST BUYER Superintendente: Valmir Elias ISVOR Superintendente: Márcia Naves ASSISTÊNCIA SOCIAL FUNDAÇÃO FIAT Diretor-Presidente: Adauto Duarte
E mais
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46 Magneti Marelli lança nova gama de equipamentos para diagnóstico automotivo 50 Magneti Marelli apresenta novo presidente para o Mercosul 52 FPT fecha contrato com a Modasa e fornece 1.500 motores para a empresa peruana 56 Dodge Durango, utilitário-esportivo de luxo do Grupo Chrysler, chega ao mercado brasileiro
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64 Documentário “Algodão entre Espelhos” relembra legado da administração do ex-governador Rondon Pacheco 74 O retrato do grande pintor Inos 84 Maratona Cultural fecha ciclo de 2012 e premia vitoriosos com um tablet 88 Árvore da Vida Esportes é novo caminho para inclusão social
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SISTEMAS DE PRODUÇÃO COMAU Superintendente: Gerardo Bovone
CULTURA CASA FIAT DE CULTURA Presidente: José Eduardo de Lima Pereira EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO TORINO Presidente: Raffaele Peano Comitê de comunicação Alexandre Campolina Santos (Fiat Services), Ana Vilela (Casa Fiat de Cultura), Pollyane Bastos (Teksid), Cristielle Pádua (Fundação Torino), Elena Moreira (Fundação Fiat), Eliana Giannoccaro (Magneti Marelli), Fernanda Palhares (Isvor), Jorge Görgen (CNH), Marco Antônio Lage (Fiat Automóveis), Claudio Rawicz (Iveco), Milton Rego (CNH), Othon Maia (Fiat Automóveis), Tarcísia Ramalho (Comau) e Roberto Baraldi (Fiat do Brasil). Jornalista Responsável: Marco Antônio Lage (Diretor de Comunicação da Fiat). MTb: 4.247/MG Gestão Editorial: Margem 3 Comunicação Estratégica. Editora-Executiva: Lilian Lobato. Colaboraram nesta edição: Angelina Fontes, Ellen Dias, Guilherme Arruda, Jamerson Costa, José Rezende Mahar, Leonardo Werner, Nairo Alméri, Oliviero Pluviano, Polliane Eliziário, Ricardo Dilser, Roberto Baraldi. Projeto Gráfico e Diagramação: Sandra Fujii. Produção Gráfica: Ilma Costa. Impressão: EGL - Editores Gráficos Ltda. Tiragem: 19.500 exemplares. Redação: Rua Oriente, 445 – Serra – CEP 30220-270 – Belo Horizonte – MG – Tel.: (31) 3261-7517. Fale conosco: mundofiat@fiatbrasil.com.br Para anunciar: José Maria Neves (31) 3297-8194 – (31) 9993-0066 – mundofiat@uol.com.br
Do frio do Ártico, ao calor
da ciranda de Pernambuco Por Marco Antônio Lage*
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capa desta edição de Mundo Fiat provoca até arrepios ao mostrar a paisagem de Arjeplog, centro tecnológico de testes de segurança veicular utilizado pela Fiat. As manobras radicais emocionam, mas o que faz tremer mesmo é o frio de 20 graus abaixo de zero. Arjeplog fica no norte da Suécia, próximo do Círculo Polar Ártico. No inverno, a superfície dos lagos da região congela, formando a pista perfeita para inúmeros testes veiculares, como de estabilidade e frenagem. Mundo Fiat acompanhou um grupo de jornalistas brasileiros à região e pode registrar o desempenho de vários modelos, cuja dirigibilidade é testada em situações extremas, diferentes traçados de pistas e pisos com aderência distinta para cada lado do veículo. A tecnologia é colocada à prova e passa no teste. Por trás da confiabilidade dos veículos, está a busca permanente da qualidade, que é compartilhada pelas empresas do Grupo com suas cadeias de fornecedores. Todos os anos, o êxito desta parceria é celebrada no Qualitas Awards, premiação que reconhece o desempenho em qualidade, inovação, competitividade e nível de serviço dos fornecedores. Os concessionários da Fiat também são reconhecidos, através do Qualitas Excelência. Ambos os prêmios ocorreram no final de abril, reunindo muitas centenas de parceiros estratégicos da Fiat Chrysler. Enquanto isto, o sucesso do agronegócio brasileiro, animado pela supersafra de grãos, pode ser visto na Agrishow – Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, dedicada à apresentação de equipamentos de alta tecnologia. Case e New Holland, as empresas de máquinas agrícolas e de construção reunidas na CNH, apresentaram muitas novidades em equipamentos. Também estiveram presentes os caminhões Iveco, os motores FPT Industrial e os automóveis e picapes Fiat e Dodge. A edição também abre espaço para as artes, traçando um perfil de Lia de Itamaracá, uma das mais expressivas artistas populares de Pernambuco, que preserva e difunde a ciranda. Negra, alta e de rosto marcante, ela costuma usar um longo vestido azul e ornamentos nos cabelos que lhe dão um ar místico de Iemanjá. Outro artista presente é o pintor italiano Inos Corradin mais um personagem do projeto “100 Nonni”, que conta histórias da imigração italiana. Inos espalha suas cores por nossas páginas. Também está presente o ex-governador de Minas, Rondon Pacheco, um artista da política, que negociou a vinda da Fiat para Betim nos anos 1970 e agora é tema do documentário “Algodão entre Espelhos”. Boa leitura! * Diretor de Comunicação e Sustentabilidade da Fiat Chrysler
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Fotos divulgação
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Um duro teste no Círculo Polar Ártico É em Arjeplog, cidade da Suécia, que a Fiat Automóveis realiza inúmeros testes para desenvolvimento de novas tecnologias e carros mais modernos Por Ricardo Dilser
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s olhos leem letra por letra, mas a pronúncia jamais sai correta: Aarjepluevie, Árjjepluovve, Arjeplog. Os mais ocidentalizados dizem “Arreplogue”, meio com sotaque alemão, enquanto os íntimos a chamam de “Arepluvi”, puxado para o francês. No final das contas, tanto faz, pois nada tira o charme dessa pequena cidade da Suécia, situada a menos de 100 quilômetros do Círculo Polar Ártico. É uma terra de ursos, gazelas, alces e trenós puxados por felizes e barulhentas fileiras de cachorros. Entre os meses de novembro a março, poucos se atrevem a encarar as temperaturas em torno de 20° graus Celsius abaixo de zero que invadem, sem piedade, cada milímetro aberto dos casacos, luvas e cachecóis. Para nós, brasileiros, Arjeplog é um cenário quase irreal: casas com teto alto e bem inclinado, carros estacio-
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nados que mais parecem uma bola de gelo gigante, altos e intermináveis pinheiros, rios e vales que se fundem em um só cenário branco e sem fim. Olhando pela janela do carro, Arjeplog parece uma pintura da natureza inóspita, branca e gélida que, por outro lado, consegue ainda se revelar linda, atraente e muito distante. Saindo do Brasil, são 24 horas de viagem, em uma jornada dividida em três voos e mais três horas de estrada. Arjeplog está situada na região da Lapônia, a 900 quilômetros de Estocolmo, capital sueca. Dizem que é a terra do Papai Noel, e é fácil dizer realmente se o bom velhinho mora lá, já que poucos serão aqueles que irão conferir pessoalmente se é verdade ou apenas um conto. A região não recebe muitos visitantes e é pouco habitada. Também, pudera: o local pode ficar meses na escuridão. Arjeplog tem menos de 2 mil habitantes, corajosos
A Fiat realiza inúmeros testes extremos com seus veículos na gélida Arjeplog
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moradores que vivem do turismo e da pesca nos meses de verão. É nesse distante cenário que a Fiat realiza inúmeros testes extremos, para desenvolvimento de tecnologias avançadas ou validação de componentes e novos carros. No inverno, quando até os ursos preferem hibernar para fugir do frio, um seleto grupo de técnicos e engenheiros troca o aconchegante calor brasileiro pela “grande aventura e prazer que é desenvolver carros mais modernos”. A frase, do engenheiro
Claudio Demaria, diretor de Desenvolvimento de Produto e Estilo da Fiat, resume bem a paixão da empresa pela inovação e avanço nos campos da tecnologia e segurança, mesmo que para isso seja preciso encarar temperaturas muito abaixo de zero. Segredo extremo Pense em um carro que você gosta. Novo Uno, Bravo, linha Adventure. Desde o lançamento do Palio, em 1996, todos os carros lançados no
Brasil passaram pelo crivo e pela mais severa exigência de Arjeplog. Mais ainda: ícones de todo o grupo Fiat Chrysler marcam presença nas pistas de Arjeplog. Ferrari, Alfa Romeo, Maserati, Lancia e outros sonhos norte-americanos, como 300 C ou Jeep, Wrangler e Cherokee são vistos aos punhados, bem como novos projetos que só estarão nas ruas daqui a dois ou três anos. Para garantir a que não haja vazamento de informação, existe um enorme esforço de segurança, já
que os lagos congelados de Arjeplog, onde se encontram as pistas de testes, se transformam em centros ultra-secretos onde são desenvolvidas novas tecnologias e produtos. O seletivo e exigente campo de testes na terra do Papai Noel é na verdade a junção de enormes lagos que, congelados pelo frio do inverno ártico, se transforma em centenas de quilômetros de pistas. Abaixo dos carros, alguns palmos de gelo separam-nos de duzentos metros de água. A cama-
Todos os carros, inclusive ícones do grupo Fiat Chrysler, lançados no Brasil passam pelo crivo e pelas mais severas exigências
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Batendo os dentes com um sorriso no rosto Após um pouso inesquecível, um grupo formado por 30 brasileiros desce sorrindo do pequeno e barulhento turbo-hélice. Alguns comentavam os solavancos no voo, outros falavam da dificuldade em pousar em uma pista congelada como aquela, enquanto outro punhado de pessoas praguejava contra o frio, cerca de 10 graus Celsius abaixo de zero. Todos eles, no entanto, sabiam que estavam em uma viagem única, marcante e muito exclusiva, mesmo para os técnicos e engenheiros da Fiat que já haviam trabalhado em Arjeplog e conhecem a região e suas particularidades como ninguém. Para o restante do time, formado por jornalistas especializados de televisão e internet, tudo era novo, diferente e desafiador. Conhecer uma região tão distante e pouco habitada como essa já é uma experiência digna de colocar no currículo. Pilotar modelos top de linha e avaliar os mais modernos sistemas de segurança ativos, então, era quase que um sonho. Na lista de carros, alguns bem conhecidos por nós, como o Bravo T-Jet, o Jeep Wrangler e Fiat 500, e outros ainda pouco conhecidos pelos jornalistas, como Alfa Romeo Giuletta e Mito, Novo Ducato e Fiat 500 L. Mais do que avaliar os modelos e suas últimas tecnologias, o grupo ainda pode conhecer de perto as dezenas de pistas que formam o exclusivo laboratório de desenvolvimento que a Fiat Chrysler usa nos meses invernais da Europa. Traçados sinuosos, pistas ovais, rampas, pisos com aderência distinta para cada lado do veículo levam a dirigibilidade do carro a situações extremas. No meio de tanta inovação, dois Bravos T-Jet marcaram presença, revelando e colocando à prova a mesma alta tecnologia da versão T-Jet vendida no Brasil, como o controle de tração e de estabilidade, hill holder, freios ABS e EBD. É uma mostra de como a Fiat Automóveis do Brasil desenvolve tecnologias alinhadas aos modelos mais avançados do mundo e, principalmente, viabiliza as inovações a preços competitivos.
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da de gelo pode parecer fina, mas é suficiente para suportar toneladas de pressão por centímetro quadrado. O comportamento do veículo é totalmente diferente: as rodas patinam para arrancar, o volante gira e o carro não muda a trajetória, o freio é pressionado, mas a velocidade quase não diminui. E tudo isso é muito bom. Ou melhor, é ótimo para desenvolver carros mais seguros e sistemas ativos de auxílio ao motorista. Agora, se no Brasil não temos neve, por que vamos tão longe desenvolver nossos carros? A resposta vai muito além da busca contínua da segurança ou de veículos mais simples e intuitivos ao volante. A imensidão gelada de Arjeplog proporciona condições ideais para entender melhor as forças que atuam sobre o carro em movimento. As forças compreendidas, simuladas e controladas em programas de computador ou no cérebro dos técnicos e engenheiros, serão provadas e comprovadas na prática sobre um piso de aderência quase zero. Não fique cons-
trangido se, ao descer do carro, você escorregar e cair sentado no gelo. Todos passam por isso e talvez o tombo sirva para entender melhor essa pista de patinação que é o campo de provas de Arjeplog. Para desenvolver veículos que tenham boa estabilidade, melhores suspensões, freios eficientes ou controles eletrônicos mais modernos, uma pista com aderência perto do zero é a ideal. “Um sistema eletrônico de controle de estabilidade, por exemplo, se aprovado nessas difíceis condições, terá funcionamento exemplar em qualquer lugar do mundo”, explica Claudio Demaria. Com um espírito cada vez mais globalizado, nada mais natural que os carros do grupo Fiat Chysler sejam desenvolvidos nas condições mais críticas e severas do planeta. Centenas de avaliações realizadas em dezenas de pistas marcam a vida dos profissionais do gelo. Em geral, os testes são ligados à dinâmica veicular e passeiam entre calibração de motor e transmissão, acertos de suspensões
Barulhentas fileiras de cachorros encaram as temperaturas de 20° graus Celsius abaixo de zero
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capa O Alfa Romeo Mito, um compacto de luxo, também passou por diversos testes em Arjeplog
e freios, dilatação de materiais de carroceria, vedação e, claro, sistema de ventilação interna. A sopa de letras que acompanha os carros mais modernos é totalmente desenvolvida, testada e validada. Pegando como exemplo o Bravo T-Jet, modelo top de linha da marca, sistemas como controle de tração, hill holder, controle eletrônico de estabilidade, ABS e EBD, foram todos avaliados no inverno de Arjeplog.
Os modelos da Fiat, produzidos no Brasil, são referências em inovação graças ao know-how para desenvolver carros brasileiros com conhecimento global. A empresa lançou o primeiro carro nacional com air bag, primeiro motor turbo-comprimido. Ainda, alguns modelos marcaram época ao explorar tecnologias quase desconhecidas na categoria, como o ESP (controle de estabilidade) no Sti-
Sopa de letras que salva vidas Entenda melhor a tecnologia embarcada e saiba em quais modelos estão presentes: Antilock Braking System (ABS) Nas frenagens de emergência, ou com pisos de baixa aderência, o ABS evita o travamento das rodas, mantendo a dirigibilidade do veículo. São equipados com freios ABS: Novo Uno, Novo Palio, Palio, Strada, Palio Weekend, Idea, Punto, Bravo, Linea, Fiat 500 e Fiat Freemont. Electronic Brake-force Distribution (EBD) A função ajuda a manter a estabilidade durante frenagens em retas e curvas, distribuindo a força de frenagem entre os eixos dianteiro e traseiro. São equipados com EBD: Novo Uno, Novo Palio, Palio, Strada, Palio Weekend, Idea, Punto, Bravo, Linea, Fiat 500 e Fiat Freemont. Electronic Stability Program (ESP) Ajuda o motorista a manter a dirigibilidade do veículo em situações críticas de estabilidade. O objetivo é manter a condução e o controle do carro em situações limite. A tecnologia corrige o comportamento do veiculo atuando nas pinças de freios e também na potência do motor. São equipados com freios ESP: Bravo T-jet, Fiat 500 e Fiat Freemont. Torque Transfer Control (TTC) Intervenção do freio em uma das rodas motrizes durante aceleração em curva e com perda de aderência. Simula o comportamento de um diferencial blocante, transferindo torque para a roda externa e evitando a “escorregada” de frente (subesterço). Modelos com TTC: Fiat 500L e Alfa Romeo Giulietta. Traction Control e Anti Spin Regulation (TC & ASR) Em pisos de baixa aderência ou com ondulações, a tração pode ser comprometida pela derrapagem das rodas. Os sistemas TC e ASR trabalham em conjunto com a central de injeção eletrônica para diminuir a potência enviada às rodas, aumentando a tração. Veículos com TC e ASR: Bravo T-Jet, Fiat Freemont e Fiat 500. Hill Holder (HH) Seu objetivo é ajudar o motorista nas saídas em aclives por meio da aplicação do freio por um breve momento – entre dois e cinco segundos. Além de manter os freios acionados, o recurso calcula o torque necessário para partir na subida. Com isso, o motorista não precisa puxar o freio de mão e “queimar” a embreagem. Modelos com Hill Holder: Bravo T-Jet e Fiat 500. Dynamic Steering Torque (DST) Atua na direção induzindo o ângulo certo do volante, em uma situação de perda de estabilidade. Sua função é simples: aplica um leve torque na direção (não angular, ou seja, não “assume” o volante do carro), para induzir o motorista a corrigir o ângulo de volante. Carros com DST: Fiat 500L e Alfa Romeo Mito e Giulietta.
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O Jeep, um dos ícones do grupo Fiat Chrysler também marcou presença
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lo Abarth, o primeiro motor de quatro cilindros com 16 válvulas (Tempra 16V) e o primeiro carro popular com motor flex, o Palio. Vale ressaltar, também, que o primeiro carro a álcool produzido em série no mundo, o Fiat 147, e a primeira picape pequena derivada, a 147 pick up, saíram das linhas de montagem da Fiat brasileira. Os veículos foram resultado da soma de instinto, ousadia e expertise dos técnicos brasileiros, combinadas com a competência singular das áreas de desenvolvimento e de fornecedores com visão global. Arjeplog é um pouco de tudo isso. Nos testes invernais, a ocupação da cidade praticamente dobra, devido ao afluxo de profissionais da indústria automobilística que marcam presença buscando antecipar o futuro e aumentar a segurança e a dirigibilidade, para produzir veículos mais modernos, confortáveis e seguros. Mesmo que não apareça, saiba que um pouquinho de gelo de Arjeplog está presente no projeto de cada novo modelo da Fiat Chrysler que roda mundo fora.
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a serviço do campo
Empresas do Grupo Fiat se destacam na Agrishow – Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação ao apresentar equipamentos de alta tecnologia
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setor agrícola passou por inúmeras transformações, ao longo dos anos, sobretudo no que diz respeito à evolução das máquinas. É inegável que o mercado brasileiro passou a oferecer cada vez mais equipamentos de alta tecnologia que contribuem para uma boa performance no campo. Diante de uma a safra recorde,
de um maior entusiasmo do agricultor e de taxas de juros mais acessíveis, a demanda por máquinas que elevem a produtividade e reduzam a necessidade de mão de obra se tornou uma realidade e o investimento em pesquisa e inovação uma prioridade. Para apresentar as novidades do setor e os principais lançamentos, foi
se IH se sobressai Ca na Agrishow Para surpreender o mercado e atender o aumento da demanda, a Case IH apresentou a revolucionária colhedora de cana A8800 Multi Row de espaçamento variável e, também, a mais nova colheitadeira Axial-Flow 9230 classe 9, desenvolvida e fabricada no Brasil, modelo que faz parte da nova linha Axial-Flow série ‘230’, em que marca também traz como lançamentos as Axial-Flow 7230 e a 8230 – atualizações das já consagradas Axial-Flow 7120 e 8120. Para completar, ainda expôs o pulverizador Patriot 250 classe 2; as novas versões dos tratores Farmall, bem como fez o lançamento comercial do simulador de colheita de cana. Com as novidades, Mirco Romagnoli, vice-presidente da Case IH para América Latina, estima bons resultados ao longo deste ano. “No primeiro trimestre de 2013, o desempenho excepcional da Case IH superou as expec-
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Agrishow
Inovação
realizada, de 29 abril a 3 de maio, a Agrishow – Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, consolidada como a maior feira do setor agro da América Latina, que completou 20 anos em 2013. Ao todo, 150 mil visitantes passaram pelo evento nos cinco dias. A feira recebeu, ainda, um número recorde de visitantes internacionais. Foram cerca de 1.000 pessoas de 67 países. A supersafra de grãos e suas consequentes demandas contribuíram para o sucesso da feira. Os negócios iniciados no evento devem movimentar R$ 2,6 bilhões, um crescimento entre 15% e 16% em relação à edição do ano anterior, quando movimentou R$ 2,15 bilhões. “Além dos negócios iniciados durante a feira, a Agrishow tem um papel fundamental de multiplicar a tecnologia existente para o agronegócio, contribuindo de forma decisiva para tornar a atividade cada vez mais produtiva, rentável e sustentável”, ressalta o presidente da feira, Maurilio Biagi Filho.
lhor desempenho ao equipamento e na rentabilidade da operação da colheita mecanizada. Já o novo modelo das colhedoras de cana-de-açúcar da série A4000 chega ao mercado com uma série de melhorias, garantindo maior qualidade da matéria-prima e aumento na capacidade produtiva do equipamento. A Case IH também fez o lançamento comercial da versão 2013 do simulador das colhedoras de cana da série A8800. O equipamento utiliza tecnologia avançada e recursos da realidade virtual para capacitação de mão de obra. Por fim, a empresa apresentou seu novo pulverizador, o Patriot 250, que possui a mais alta tecnologia do mercado e é ideal para pequenos e médios produtores.
José Lira
Agrishow
Durante a Agrishow, a New Holland expôs um balão gigantesco, no formado do modelo T8
Case Construction aposta no agronegócio A Case Construction Equipment, apostou mais uma vez na Agrishow para aumentar sua participação no agronegócio, que já dobrou nos últimos três anos. É a quinta vez que a empresa participa da feira. Nesse ano,
Alberto Gonzales
Equipe da Case IH comemora o prêmio Gerdau Melhores da Terra, recebido pela A8800 Multi Row
tativas: crescimento de 45% em colheitadeiras e 61% em tratores”, afirma. Ele ainda ressalta que a feira é responsável por grande parcela de negócios da marca. “Todos os anos, a Agrishow representa de 15% a 20% das negociações anuais da Case IH”, revela. De olho no setor sucroenergético, a empresa revolucionou o mercado de colheita mecanizada de cana-de-açúcar na América Latina com a colhedora de espaçamento variável A8800 Multi Row. Não foi a toa que o equipamento recebeu o prêmio Gerdau Melhores da Terra durante a feira. Projetada para atender à crescente demanda por redução de custos operacionais, a colhedora de cana possui um exclusivo e patenteado sistema de divisores de linha, que tem como característica a flexibilidade de atender à colheita em diferentes espaçamentos, sendo esse um sistema ajustável mediante as necessidades do produtor. Ainda para atender o setor sucroenergético, as colhedoras de cana-de-açúcar da série A8000 da Case IH, modelo 2013, apresentaram uma série de melhorias que garantem me-
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O ator Tarcísio Meira, produtor rural há mais de 30 anos e cliente New Holland, esteve na feira e adquiriu equipamentos da marca
uma das novidades foi o lançamento da Case Authentic, grife da Case que pretende ganhar o mercado. A Case foi a marca de máquinas de construção que teve o maior estande na feira, com 2.340 metros quadrados. Foram expostas as máquinas de construção mais usadas no agronegócio: pás carregadeiras 621D e 721E versão canavieira, pá carregadeira W20E, escavadeiras hidráulicas CX160B e CX220B, motoniveladora 865B, retroescavadeira 580N, miniescavadeiras CX55B, midiescavadeira CX80B e minicarregadeiras SR175 e SV185. “Não existe uma fazenda de grãos ou uma usina de açúcar que não precise de uma pá carregadeira para carregar insumos, a produção e fazer serviços gerais. Muitas máquinas de construção tem larga aplicação no agronegócio”, explica Roque Reis, diretor geral da Case Construction para a América Latina. New Holland expõe novidades e traz cliente global Apostando alto no setor sucroalcooleiro, a New Holland apresentou uma série de produtos de alta tecnologia em-
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barcada. Estiveram expostas as suas tradicionais colheitadeiras de grãos, a mais ampla gama de tratores das mais variadas potências disponíveis no Brasil, assim como os novos equipamentos na linha de feno e forragem, pulverização, plantadeiras e plataformas. Uma das novidades apresentadas foi a família de tratores T7 e T8, que passou a contar com um kit canavieiro instalado direto na fábrica. Para conhecer o modelo T8 bastava olhar para o céu, já que um balão gigantesco no formato do trator, sobrevoava a feira todos os dias e ganhava os olhares curiosos de visitantes e clientes. “Podemos dizer que a New Holland tem a melhor resposta para as exigências da agricultura brasileira, independentemente do segmento. Portanto, estamos preparados para atender desde a agricultura familiar até os grandes produtores do país”, ressalta o vice-presidente da New Holland para a América Latina, Alessandro Maritano. O estande da empresa, ainda, contou com uma presença ilustre. O ator Tarcísio Meira, produtor rural há mais 30 anos e cliente New Holland, ampliou sua linha de maquinário adquirindo uma colheitadeira CR e um
Além das máquinas agrícolas, produtos de outras empresas do Grupo Fiat Industrial também fizeram parte dos estandes da Case e da New Holland. Entre os destaques, foram expostos os caminhões da Iveco Latin America, e os motores da FPT Industrial para máquinas agrícolas, de construção, caminhões e geração de energia. A Fiat Automóveis também marcou presença, com seus produtos destinados ao setor e a loja Fiat Fashion. O destaque da Fiat Automóveis foi a picape Fiat Strada Série Especial Mangalarga Marchador, nas versões Trekking 1.6 16V Cabine Estendida e Adventure 1.8 16V Cabine Dupla, que acabam de ser lançadas no mercado. A empresa, ainda, exibiu seus modelos que carregam o conceito off road, como Idea Adventure, Palio Weekend Adventure e Novo Uno Way, além de Strada Fire Working e Ducato Minibus Teto Baixo. Empresa da Fiat Automóveis, a Chrysler mostrou a picape Dodge RAM. Já a Iveco apresentou produtos desde o segmento de leves até o de extrapesados e mostrou porque é uma referência de empresa full liner no mercado de veículos comerciais. Ao todo, seis veículos da montadora foram expostos. Os visitantes tiveram acesso ao Daily Truck 7 Toneladas, ao médio Vertis HD 90V18, ao semipesado Tector 260E28, ao Stralis 800S48TZ Eurotronic (câmbio automatizado) e às duas versões do Trakker, o 410T48 (Plataforma) 6x4 e 740T48T (Cavalo Mecânico). Os produtos Iveco foram expostos nos estandes das marcas Case e New Holland, gerando sinergia entre veículos de uso complementar aos das máquinas agrícolas. Divulgação
Agrishow
Fiat Industrial e Fiat Automóveis: participação de peso na Agrishow
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Divulgação
Agrishow
pulverizador. Tarcísio possui fazendas de pecuária de corte e produção de grãos em São Paulo e no Pará, e para aumentar a produtividade nas terras – onde planta milho, soja, aveia, trigo e feijão – precisava de novos equipamentos. O ator já tem tratores da marca e outras colheitadeiras da linha TC. Na feira, ele visitou o estande, fez contato com os concessionários e atendeu a imprensa que prestigiou o espaço da New Holland em busca de novidades da marca. Para os visitantes que também desejavam ampliar a linha de maquinário, novidades não faltaram. Um dos destaques foi o upgrade da linha
de tratores TL, que passou a ter novo design e, futuramente, novos itens de série. Já o modelo T7, que passou a ser fabricado no Brasil, tem o menor custo operacional e completa a linha de tratores entre 200cv e 220cv de potência. Um dos grandes lançamentos da empresa foi o Pulverizador Defensor SP2500, que vem com inovações tecnológicas. Outra novidade foi a apresentação da colheitadeira CR9090, a maior do país. O equipamento é produzido na Europa e equipado com um motor de 13 litros, que possui um
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novo sistema de controle de emissões e utiliza ureia no processo, garantindo mais força e menos consumo. Para os produtores que procuram mais tecnologia, a New Holland ainda destacou a CR5080 – menor máquina com sistema de duplo rotor do mercado. O equipamento é destinado aos produtores que possuem áreas menores e querem deixar de utilizar o sistema convencional de debulha e aderir ao duplo rotor, para incrementar a qualidade da sua produção. New Holland Construction fortalece sua atuação no agronegócio A New Holland Construção, pelo sexto ano consecutivo, marcou presença na Agrishow. A marca, que nos últimos anos vem direcionando algumas das suas principais estratégias para o aquecimento do agronegócio, aproveitou o encontro para expor a evolução das suas principais linhas de produtos dedicados ao setor. “O desafio recorrente do agronegócio é elevar a produtividade no campo. Para isso, a solução é investir em alta tecnologia. De nossa parte, buscamos evoluir ano a ano para oferecer produtos e serviços que gerem maior competitividade e performance aos produtores e empresários do segmento”, explica Marco Borba, diretor Comercial e de Marketing da New Holland Construção para a América Latina. O estande da New Holland contou com diversos equipamentos como a motoniveladora RG170.B, pá-carregadeira W130, retroescavadeira B90B, minicarregadeiras L215 e L225, além do manipulador telescópico LM1745 e da escavadeira E175C – essa um dos principais lançamentos da marca em 2013. Fora do estande, a marca disponibilizou dois de seus produtos para as áreas operacionais da Agrishow: o manipulador telescópico LM1445 e a minicarregadeira L218.
Arquivo Case
Lançamento Fotos Gaspar Nóbrega
A coleção é composta por roupas e acessórios masculinos, femininos e infantis
Grife da pesada Case Construction lança a Case Authentic, linha de roupas e acessórios, e mostra que também pode oferecer modernidade no jeito de se vestir Por Lilian Lobato
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er uma marca reconhecida nacionalmente não é tarefa fácil. O valor de uma marca vai muito além de uma cifra financeira e está relacionado à credibilidade no mercado e boa imagem diante da sociedade. A Case Construction – empresa da Fiat Industrial e uma das principais fabricantes de máquinas de construção do
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mundo – sabe que sua marca é um ativo e estima estar, ainda mais, na memória das pessoas a partir da criação de sua grife de merchandising, a Case Authentic, lançada em abril, na cidade de São Paulo. A coleção é composta por roupas e acessórios masculinos, femininos e infantis. “A ideia das peças é fazer
com que as máquinas, cada vez mais, participem da vida das pessoas. Queremos agradar ao público que conhece os equipamentos da Case e são do setor de construção, bem como as pessoas em geral que gostam de produtos de alta qualidade, com estilo despojado e casual”, explica Roque Reis, diretor geral da Case Construction Equipment para a América Latina. Segundo ele, a empresa sempre apostou em uma grife de merchandising e chegou a lançar, anteriormente, uma coleção voltada para a prática de esportes radicais. No entanto, o modelo de negócio não atendeu as expectativas. Reis destaca que não queria apenas a marca nos produtos. O intuito era que fora do ramo, as pessoas tivessem conhecimento do que é a
Case. E foi isso que a empresa buscou ao lançar a nova grife. “A Case Authentic é uma marca urbana, que veste para o trabalho e para o passeio. As peças trazem elementos históricos ligados ao universo Case, como a águia Old Abe, símbolo da marca e que representa a força dos equipamentos Case em suas asas. Certamente, é uma simbologia importante para os amantes da empresa, mas vai agradar também às pessoas que não são do mundo das máquinas de construção. Essa grife veio para reforçar a nossa marca”, garante Reis. Ainda de acordo com ele, a coleção é toda inspirada nos equipamentos produzidos pela empresa, criada há 171 anos, bem como na modernidade que a mantém entre as principais fa-
As peças trazem elementos históricos ligados ao universo Case, como a águia Old Abe
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Arquivo Case
bricantes de máquinas de construção. Cada detalhe das peças remete às cores e símbolos que estão, por exemplo, nas escavadeiras, motoniveladoras, pás carregadeiras e retroescavadeiras. Ao todo, a grife reúne 40 itens entre camisetas, camisas, jaquetas de couro e jeans, calças, botas, bonés, mala, mochila, carteira, cinto, nécessaire, chaveiro, pen drive, relógio, bicicleta e kit churrasco. A linha infantil é composta por moletons, camisetas e bonés. “A escolha da coleção foi muito bem preparada. Pensamos em tudo que satisfaria o cliente. Todo o processo desde o planejamento até o lançamento da grife levou menos de um ano. A ideia, agora, é ir renovando a coleção”, afirma Reis.
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Nova coleção a cada dois meses Para atrair o público consumidor é preciso inovar e oferecer, frequentemente, novidades. Yulli Becker, coordenadora de Comunicação da Case Construction, ressalta que uma nova coleção será lançada a cada dois meses. “Novos produtos vão para as prateleiras e promoções serão feitas com os itens expostos anteriormente. A ideia é que o consumidor sempre queira algo mais. Os produtos seguem um conceito e são modernos”, avalia. Ela, que participou de todo planejamento e criação da coleção da Case Authentic, destaca que o primeiro passo para o desenvolvimento da grife foi encontrar uma empresa que
atendesse a Case dentro das expectativas. “Participei de várias feiras no setor, até encontrar a Doca 8, em São Paulo. Hoje, trabalhamos em conjunto e temos uma sinergia total. O ritmo de trabalho é agitado, mas eles conseguem nos acompanhar e entregar os pedidos dentro dos prazos estipulados. Toda a coleção lançada, agora, foi definida e feita em um mês e meio. Gostei muito do resultado final e sou muito grata a eles, porque me atenderam dentro da exigência”, afirma. A criação da grife, de acordo com Yulli Becker, tem o objetivo de “atender os clientes e colaboradores que gostam de usar roupas e acessórios com a marca e expandir o nome Case para fora do universo das máquinas de construção. A coleção tem peças que vão agradar à todos os públicos. Além disso, a Case Authentic vai gerar retorno de faturamento ao nosso concessionário”, revela. As peças da grife podem ser adquiridas por telefone, e-mail, bem como nos concessionários Case (são 30 pelo Brasil) e também nas feiras de negócios das quais a empresa e seus concessionários participam. Em breve, será possível encontrar os itens também no site (www.casece.com.br) da Case, onde haverá um link direcionando para o e-commerce da Case Authentic. Case Authentic também na América Latina Mais que conquistar o mercado nacional, a Case deseja ter uma marca brasileira com exposição na América Latina. Segundo Yulli Becker, a empresa planeja lançar, futuramente, a marca no Peru, Bolívia, Chile, Argentina e Colômbia. Roque Reis confirma a informação. Ele destaca que a Case Authentic não deve ficar restrita ao Brasil. “Vamos consolidá-la no país para, depois, expandi-la para a América Latina”.
Arquivo Case
Lançamento
Roque Reis e Yulli Becker participaram de perto do planejamento e criação da grife
Cada detalhe das peças remete às cores e símbolos presentes nos equipamentos da Case
Case Authentic é sucesso na Agrishow Quem visitou o estande da Case Construction Equipment, na Agrishow, de 29 de abril a 3 de maio, teve a oportunidade de conhecer a nova grife da empresa, que pretende conquistar o mercado. “A Case Authentic foi apresentada ao público pela primeira vez na Agrishow e o resultado não poderia ter sido melhor. Os comentários foram muito positivos e muitos itens à venda na loja montada no nosso estande se esgotaram. Em breve, as peças da coleção poderão ser adquiridas nos nossos concessionários e por meio do nosso e-commerce”, ressalta Roque Reis, diretor geral da Case Construction para a América Latina.
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Prêmio Qualitas
O merecido destaque
da Fiat Chrysler a seus fornecedores
Qualitas Awards chega à sua 24ª edição e reconhece o desempenho em qualidade, inovação, competitividade e nível de serviço dos fornecedores da Fiat Chrysler na América Latina, em evento realizado em abril, em São Paulo
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fornecedores do Grupo Fiat Chrysler na América Latina em 2012, em solenidade realizada em abril, em São
Fotos Studio Cerri
ais de 500 pessoas se reuniram para o Qualitas Awards, que premiou os melhores
Paulo. Com o tema “Mãos no presente, olhos no futuro”, esta foi a 24ª edição do prêmio, que reconhece o desempenho em qualidade, inovação, competitividade e nível de serviço dos fornecedores. Nesta edição, o Qualitas Awards premiou sete empresas na categoria “Materiais Metálicos e Powertrain”, cinco na categoria “Materiais Químicos”, três em “Materiais Elétricos”, uma em “Logística” e uma em “Otimização do Valor do Produto”. Já o Qualitas 5 Estrelas, a categoria mais importante da premiação, reconhece os fornecedores que conquistaram o prêmio Qualitas por cinco anos consecutivos. A Sumidenso e a NGK receberam o prêmio máximo entre os fornecedores do grupo.
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Gilberto Yoshiharu Maeda, gerente da Divisão de Vendas da NGK do Brasil, ao centro
NGK recebe o Qualitas 5 Estrelas Fornecedora de Velas de Ignição, Cabos de Ignição Supressivos, Sensores de Oxigênio e Detonação, a NGK levou o “Qualitas 5 Estrelas” para casa na premiação do Qualitas Awards 2013. O Qualitas 5 Estrelas é conferido apenas a empresas que ganham o prêmio Qualitas por cinco anos seguidos e a NGK vem recebendo o prêmio há 16 anos na categoria Elétricos. Em 2013, ainda faturou destaque em Peças e Acessórios. “Estes prêmios significam o reconhecimento ao esforço que a NGK realiza, contribuindo para a liderança da Fiat no mercado”, afirma o gerente da divisão de vendas da fornecedora, Gilberto Maeda. Segundo ele, a Fiat deu a oportunidade da NGK ser a fornecedora de um grande número de componentes, demanda que ela tem conseguido cumprir na linha de montagem e no P&A. “O prêmio aumenta ainda mais a responsabilidade que temos em continuar oferecendo o melhor produto, na quantidade e no momento certo”, disse.
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Prêmio Qualitas
Prêmio máximo para Sumidenso Parceira de 23 anos da Fiat, a Sumidenso também faturou o Qualitas 5 Estrelas na premiação de 2013. Além da premiação máxima, ela também conquistou o Qualitas na categoria de Materiais Elétricos. Segundo o diretor industrial da Sumindenso do Brasil, Motomu Fukushima, o prêmio é resultado de um esforço conjunto que une a equipe interna da empresa com o seu parque de fornecedores e também com a própria Fiat. “A Fiat tem contribuído nas melhorias para atingirmos os objetivos propostos”, disse. O executivo ressalta que os prêmios são um incentivo para que a equipe continue focada em busca de melhorias de qualidade, competitividade e inovação e, desta forma, sempre estar pronta para enfrentar os desafios de crescimento propostos pela Fiat.
Motomu Fukushima, diretor industrial da Sumidenso do Brasil, ao centro
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Cledorvino Belini, presidente da Fiat Chrysler na América Latina, citou a importância de investir em inovação
Outros dois fornecedores foram reconhecidos com Destaque no Qualitas Awards em Logística, dois em Peças e Acessórios, e dois em Atendimento ao Programa de Produção Fiat Chrysler. Inovação Em seu discurso, o presidente da Fiat Chrysler na América Latina, Cledorvino Belini, citou a importância de investir fortemente em inovação para melhorar a competitividade da indústria. “Ainda ocupamos uma posição muito modesta nos rankings internacionais que relacionam inovação e competitividade. Se quisermos continuar como uma das maiores economias do mundo, não há outro caminho: temos que investir em tecnologia e em pessoas”.
Prêmio Qualitas
Maxion Structural Components é reconhecida A excelência do atendimento é a meta da Maxion em seu relacionamento com a Fiat no setor de peças e acessórios, de acordo com seu diretor superintendente, Marcos Luchese. “Temos uma equipe dedicada em atender de forma exemplar a Fiat”, disse. Este atendimento, segundo o executivo, não se resume apenas aos produtos produzidos, mas estende-se também aos serviços prestados. “Nossa ideia de parceria é ir muito mais que ser apenas uma fornecedora de peças”, disse. Também premiada com o destaque de Peças e Acessórios, Luchese afirma que a chave do crescimento da empresa está na sustentabilidade. “Nossa meta é continuar expandindo nossas operações, mas de forma sustentável”.
Marcos Luchese, diretor superintendente de componentes automotivos da Maxion Structural Components, ao centro
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SKF também é destaque Premiada com o destaque em Atendimento do Programa de produção Fiat Chrysler, a SKF busca agregar competitividade nas suas parcerias. “Temos o desafio de ajudar nosso cliente a ser mais competitivo tanto em tecnologia, melhoria de processos e também nos serviços prestados”, afirma o presidente da empresa, Donizete Santos. O executivo afirma que a Fiat é um de seus maiores clientes de maior competitividade e que o prêmio é um reconhecimento pelo esforço realizado em atingir as metas propostas. “Usamos toda a nossa competência e experiência de engenharia de ponta para agregar valor a um dos mercados mais competitivos do mundo”, disse.
Belini citou também a relevância de toda a cadeia produtiva automotiva neste momento de transformação do setor promovido pelo Inovar-Auto. “Este programa tem o foco na cadeia de produção, o que nos compromete com inovação em produtos, pesquisa e desenvolvimento de materiais, processos, tecnologias e soluções inventivas para o mercado”, explicou. Ao se referir ainda à cadeia de fornecedores, o presidente da Fiat Chrysler mencionou o World Class Manufacturing (WCM), processo contínuo de melhoria de manufatura, redução de perdas e ampliação da competitividade e qualidade. “Nosso objetivo é levar aos clientes sempre os melhores produtos com o máximo de qualidade. Clientes satisfeitos comprarão mais produtos, consequentemente mais pe-
ças e serviços serão necessários, em um círculo virtuoso que precisamos manter”, acrescentou. Escala global A premiação do Qualitas Awards refletiu a nova estrutura de compras do grupo, na qual as holdings Fiat SpA (que reúne as operações de automóveis Fiat Chrysler) e Fiat Industrial (que compreende as áreas de máquinas agrícolas, de construção, caminhões e seus motores) passam a contar com estruturas cada vez mais independentes e focadas em seus negócios específicos. Dentro desta estratégia, o grupo de compras passa a ser dividido em dois: Group Purchasing Fiat Industrial, focado em caminhões, ônibus, veículos de defesa, máquinas agrícolas e de construção e motores a
Donizete Santos, presidente da SKF, ao centro
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Ao centro, Valter Sales, Diretor de Vendas & Marketing para Rodas Veículos Leves da Maxion Wheels divisão da Iochpe-Maxion
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O Grupo Fiat Chrysler reconheceu a qualidade dos nossos produtos e serviços com o prêmio na categoria fornecedor de materiais indiretos Vilmar Fistarol: a importância do WCM
diesel; e Group Purchasing Fiat Chrysler, dedicado ao setor automotivo. Embora com foco específico em cada um dos negócios, o nível de sinergia entre as duas estruturas continuará a ser muito forte. O diretor mundial de Compras da Fiat Chrysler, Vilmar Fistarol, em seu discurso durante a cerimônia, destacou a importância cada vez maior de se ter fornecedores em escala global. “É preciso empenho e investimento na globalização de produtos e serviços, com agilidade em relação ao volume, qualidade em nível mundial, time to market, alta competitividade, ótimos serviços e rapidez na solução de problemas”, afirmou Fistarol, destacando que sua prioridade é a modernização do parque de fornecedores no país e em toda a América Latina. Ele lembrou que “não adianta esperar melhores condições estruturais, tributárias ou logísticas para começar a qualificação do parque de fornecedores, pois o tempo é agora”. Fistarol destacou a importância de os fornecedores estarem alinhados com a Fiat Chrysler, em busca de novos patamares de desempenho. “Estamos com um foco ainda maior na mudan-
do Qualitas Awards. Nós também valorizamos esta parceria, e reforçamos nosso empenho em fazer parte do futuro do Grupo Fiat, desenvolvendo soluções especializadas que façam a diferença no dia-a-dia, aumentando a produtividade e facilitando o trabalho, com segurança e conforto.
www.gedore.com.br
Prêmio Qualitas
A Maxion Wheels iniciou seu fornecimento de rodas para o clássico modelo 147 da Fiat e, hoje, cerca de 40 anos depois, continua sua parceria em várias frentes. “Hoje Fiat e Chrysler representam, juntas, um dos principais clientes da Maxion Wheels no mundo”, afirma o diretor de vendas e marketing da empresa, Valter Sales. Segundo ele, a premiação obtida em Materiais Metálicos e o destaque em Atendimento do Programa de produção Fiat Chrysler é o resultado da dedicação de cada profissional da Maxion Wheels no atendimento a Fiat em suas diversas demandas, desde a capacidade produtiva e flexibilidade de atendimento, até o suporte técnico e à busca incessante da empresa pelas melhores soluções em produtos e serviços. “A Fiat nos desafia, diariamente, a termos os melhores produtos, os melhores serviços e a priorizarmos nossos grupos de interesse, sejam eles os acionistas ou nossa comunidade de entorno. Muito além de parceiros no desenvolvimento de rodas, colaboramos em ações mútuas de responsabilidade social, discussões de tendências tecnológicas e os desafios de competitividade e sustentabilidade de nossos negócios para o futuro”, disse Sales.
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As melhores ferramentas, premiadas pela segunda vez consecutiva no Qualitas Awards
Maxion Wheels tem duplo reconhecimento
Prêmio Qualitas
Francisco Vargas Júnior, diretor de operações e financeiro da Viaduto Rebocadores, ao centro
Viaduto Rebocadores é premiada Com o prêmio de destaque na área de Logística nas mãos, o diretor de operações e financeiro da Viaduto Rebocadores, Francisco Vargas Júnior, atribui o prêmio à sua equipe de funcionários e também à própria Fiat, por acreditar no fornecedor e incentivar seu crescimento. “Começamos na Fiat em 2008 com apenas uma máquina e hoje já temos 235 operando”, explica ele. O executivo conta que o fato da Fiat acreditar no crescimento de seus fornecedores e incentivar melhorias constantes é o catalizador para que a equipe cresça e os resultados sejam obtidos. Um exemplo citado por Vargas é o “Programa Super”, da Fiat, que incentiva os fornecedores a apresentarem ideias de mudanças internas de processos e serviços. “O fornecedor traz ideias que são analisadas e podem ser utilizadas para a melhoria dos processos de logística interna da Fiat, aumentando a produtividade, diminuindo os custos e desenvolvendo novas tecnologias em movimentação de matérias e fortalecendo a aplicação dos pilares do WCM nos processos logísticos, o que se reflete no amadurecimento da parceria e na performance”, disse.
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ça radical da performance dos nossos fornecedores”, acrescentou Fistarol. Este é o motivo de ter sido escolhido para o Qualitas 2013 o tema “Mãos no presente, olhos no futuro”. “É crucial que todos nós, Fiat Chrysler e fornecedores, estejamos alinhados, falando a mesma língua, uma só voz. Por isso, utilizamos o “One Voice” como modelo de relacionamento com a cadeia de fornecedores em todo mundo. Este modelo busca alinhar as estratégias relacionadas às commodities, criar mapas estratégicos de tecnologia de longo prazo, promover um consenso para futuras recomendações de sourcing, criar planos de desenvolvimento de fornecedores e focar na complexida-
de e na otimização do valor do produto”, disse. Fistarol destacou também a importância de os fornecedores adotarem o World Class Manufacturing, observando que a implantação do WCM na cadeia de fornecedores latino-americana está absolutamente atrasada. Na Europa, por exemplo, 200 fornecedores adotaram o WCM. Na América Latina, apenas 37. “Nossa expectativa é que busquemos resultados claros de melhoria da qualidade e do nível de serviço dos nossos fornecedores, consequentemente, contribuindo para a Fiat fortalecer sua liderança no mercado, em processo que beneficia a montadora e também para os fornecedores”, destacou.
Bruno L’Abbate, diretor comercial da Casamassima, ao centro
Cassamassima é destaque em Logística A Casamassima Embalagens Industriais conquistou o destaque Qualitas na categoria Logística na premiação 2013. O diretor comercial da empresa, Bruno L’Abbate explica que a Casamassima foi a primeira empresa a produzir embalagens industriais feitas de madeira para a Fiat há certa de 12 anos. “Introduzimos na Fiat o conceito de embalagem de madeira e isto é motivo de orgulho para nós”, afirma. Segundo L’Abbate, a premiação é resultado de um processo de internalização da ideia de logística da Fiat e de suas demandas. “Nossa meta é qualidade, é pontualidade. Temos que estar preparados para entregar o que ela nos pede no tempo certo. E temos conseguido fazer isso”, afirma.
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Prêmio Qualitas
Os premiados no Qualitas Awards Categoria 5 Estrelas NGK SUMIDENSO Categoria Elétrico MTA NGK SUMIDENSO Categoria Metálico/Powertrain AETHRA ARCELOR MITTAL AUTOCAM JOHNSON MATTHEY DA ARGENTINA MAHLE MIBA MAXION WHEELS METALKRAFT Categoria Químico 3M DUPONT PERFORMANCE COATINGS VENEZUELA L’EQUIPE MONTEUR PIRELLI PRODUFLEX Categoria Logística FEMSA TRANSPORTADORA Categoria Materiais Indiretos CEMIG GEDORE LEO BURNETT PROVEST Categoria OVP AETHRA Categoria Destaque atendimento do programa de produção Fiat Chrysler MAXION WHEELS SKF Categoria Destaque Logística CASAMASSIMA VIADUTO REBOCADORES Categoria Destaque P&A AXION COMPONENTES AUTOMOTIVOS NGK
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One Voice Estar entre os melhores da maior montadora do Brasil é um orgulho. O grupo MTA agradece a Fiat Automóveis pela confiança em nosso trabalho. MTA DO BRASIL QUALITAS 2011 - 2012 www.mta.it
Prêmio Qualitas
Fiat premia concessionárias que se destacaram em 2012
Qualitas Excelência homenageia concessionários e equipes de todo o Brasil pela excelência no atendimento e desempenho em vendas e pós-vendas
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om o tema “Mãos no presente, olhos no Futuro”, a Fiat Automóveis premiou em abril, as melhores concessionárias do Brasil e suas equipes no Qualitas Excelência, em cerimônia que reuniu cerca de 800 convidados no Clube Monte Líbano, em São Paulo. Os prêmios foram entregues pelo diretor comercial da Fiat
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Automóveis, Lélio Ramos. Também estiveram presentes na cerimônia Guido Viviani, presidente da Associação Brasileira dos Concessionários de Automóveis Fiat (Abracaf), e outros diretores da entidade. O Qualitas Excelência é um programa de incentivo motivacional, que reconhece o trabalho e performance
Lélio Ramos, diretor comercial da Fiat, explica o tema do Qualitas Excelência - “Mãos no presente, olhos no futuro”
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Qualidade e competitividade Em seu discurso, o diretor comercial da Fiat, Lélio Ramos, explicou o tema do Qualitas Excelência - “Mãos no presente, olhos no futuro” – observando: “Nosso mercado tornoudas concessionárias, por meio de seus -se um dos mais atrativos do mundo dirigentes, colaboradores, corpo ge- e todas as marcas querem estar aqui. rencial e respectivas equipes. Durante É importante entendermos que este é o ano, diversos indicadores de qua- um processo natural de um mercado lidade e desempenho são analisados que vem amadurecendo a passos larpara estabelecer o ranking das vence- gos”, afirmou. Segundo Ramos, “para manter doras por região do país. Os homenageados somam mais de nosso sucesso neste mercado compe1.500 profissionais. Além dos troféus, titivo precisamos de um comprometieles recebem prêmios em reconheci- mento total de toda a cadeia do nosso mento por seu trabalho em 2012, que negócio, que passa pela Fiat, pelos incluem, dentre outros, viagens na- nossos fornecedores e, principalmencionais e internacionais e sorteios de te, pela nossa rede de concessionárias, que é o nosso canal de comuniautomóveis. cação e relacionamento direto com o mercado”. Objetivos Alinhados O diretor da Fiat disse ainda que Para Saulo Arruda, Gerente de Desenvolvimento Profissional da Rede recomendará a toda a rede o World Fiat, o programa Qualitas Excelência Class Dealer (WCD), cujo objetivo é promove um grande alinhamento de melhorar a eficiência operacional reobjetivos entre a montadora e con- duzindo perdas e desperdícios, maxicessionárias. “As concessionárias só mizando oportunidades de ganhos. “O ganham se o dealer e o gerente se es- WCD foi experimentado em duas conforçarem e estes dependem do empe- cessionárias em 2012. Neste ano, de nho da equipe. Os bons profissionais abril a outubro, oito concessionárias precisam ser recrutados e retidos por participarão da implantação de um meio de um trabalho de liderança e do plano piloto e a partir de 2014 vamos RH, que depende de um bom funcio- levar o programa a toda a Rede Fiat”, namento de todo o administrativo ali- afirmou. “Na prática, com a melhoria nhado com serviços básicos”, explica. dos processos e o engajamento das Ele acrescenta que o propósito é equipes, o World Class Dealer vai meque “todo o time trabalhe focado nas lhorar a rentabilidade e o desempenho mesmas metas, o que reforça a união das concessionárias”, acrescentou.
pessoas
Gruppo Dirigenti
Fiat – Brasil elege diretoria GDF-Brasil amplia base de representação, ao admitir associação de Professional Expert. Grupos de trabalho avançam e novos projetos incluem Seminários, o primeiro ocorre em junho, e ações de responsabilidade social
G
iacomo (Angelo) Regaldo foi reeleito presidente do Gruppo Dirigenti Fiat – Brasil durante a Assembléia Geral do GDF. A associação, que tem como vice-presidentes honorários, Cledorvino Belini, presidente do Grupo Fiat/Chrysler para a América Latina, e Silvano Valentino, ex-presidente da Fiat, recebeu em seu novo Conselho Diretivo para o triênio 2013/2016 os vice-presidentes Fabrizio Milone, Gilson de Oliveira Carvalho, Marcelo Adrian Postay, Marco Antônio Lage, Mario Graziano Borio, Massimo Cavallo, Roberto Boris Bogutchi e Rogério Silva Júnior. Os dirigentes que permanecem como vice-presidentes no novo Conselho Diretivo são: Adauto de Oliveira Duarte, Alvimar Tavares de Souza (Responsável Financeiro), Gino Raniero Cucchiari, José Eduardo de Lima Pereira, Luca Alberto Tognelli, Marcio Alexandre Jannuzzi de Oliveira, Márcio de Lima Leite (Responsável Administrativo), Marco Mazzu, Mauricio Magalhães Teixeira Neves, Osmani Teixeira de Abreu (Secretário Geral), Raffaele Peano e Valentino Rizzioli. Uma importante alteração aconteceu no Estatuto: o GDF Brasil, que atualmente possui cerca de 190 dirigentes na ativa e ex-dirigentes, agora oferece aos empregados Fiat da categoria Professional Expert a opor-
tunidade de participarem do Gruppo Dirigenti Fiat como associados convidados. A nova fase do Gruppo Dirigenti Fiat no Brasil continua sendo marcada pelas atividades dos Grupos de Trabalho: Competências, Vantagens, Benefícios, Voluntariado, Cultura (Eventos e Viagens) e Comunicação. Foi definida a retomada do projeto Somando Ideias, que fará parte do grupo de trabalho Competências. O primeiro evento acontecerá no dia 18 de junho e as palestras serão apresentadas por Cledorvino Belini, Marco Mazzu e Gilson de Oliveira Carvalho. Sob a coordenação de Massimo Cavallo, diretor de Recursos Humanos da Comau na América Latina, o grupo de trabalho Voluntariado está consolidando um projeto junto ao Instituto Minas pela Paz e a FBAC (Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados). Um acordo de cooperação entre o Gruppo Dirigenti Fiat e a FBAC será assinado durante o primeiro seminário do projeto Somando Ideias.
Ignácio Costa
Prêmio Qualitas
e qualidade dentro das concessionárias FIAT e torna toda a equipe vencedora”. Para o próximo ano, explica Arruda, o Qualitas Excelência será mais abrangente, pois os indicadores medirão o desempenho da concessionária sob vários aspectos, inclusive sob a ótica de quatro importantes perspectivas: Financeiro, Mercado, Processos e Pessoas, além dos aspectos de relacionamento.
Regaldo foi reeleito presidente do Gruppo Dirigenti Fiat - Brasil
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Diagnóstico com precisão Magneti Marelli acompanha a evolução das tecnologias e lança nova gama de equipamentos na América Latina
Fotos divulgação
A partir de um software é possível ter acesso a cada detalhe do veículo, inclusive aos seus problemas
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carro está com problemas, mas o mecânico não consegue encontrar o defeito. A situação é comum e acontece com frequência. Foi-se o tempo em que o reparador apenas olhava o veículo ou somente escutava aquele barulhinho e já sabia, na mesma hora, a peça que precisaria trocar.
A tecnologia avançada, atrelada a um sistema eletrônico mais complexo, exige ferramentas adequadas para revisão e conserto. Pensando nisso, a Magneti Marelli lançou, durante a Automec, maior feira do setor na América Latina, em abril, a nova gama de equipamentos para diagnóstico automotivo.
“Para desenvolver os equipamentos, uma equipe da empresa precisou ir até o mercado para identificar as necessidades dos clientes. Queríamos oferecer um software que fosse aliado dos reparadores”, afirma Estevam Barna Junior, gerente de Marketing de Produtos da linha Magneti Marelli, responsável pela área de equipamentos de diagnose. A empresa, por meio da divisão de Aftermarket – a Magneti Marelli Cofap Autopeças Ltda. – criou um setor que atua especificamente no desenvolvimento de soluções para oficinas mecânicas. A ideia é oferecer equipamentos para diagnóstico e manutenção dos veículos, bem como melhorar o acesso a informações técnicas que contribuam para o trabalho nas oficinas de todo Brasil. O empenho até o lançamento durou sete meses. No entanto, segundo Barna Junior, o trabalho é contínuo e a Magneti Marelli está sempre em busca de inovações. Diariamente, são lançados novos sistemas diagnosticáveis, mas a capacidade de desenvolvimento local é de dez por semana. Ele ressalta que os equipamentos para diagnósticos de sistemas eletrônicos dispõem de programas que são desenvolvidos de acordo com cada sistema aplicado no veículo. Ao se comunicar com eles, permite ao mecânico extrair as informações de como está o funcionamento geral do veícu-
lo, sendo capaz de indicar as possíveis causas de defeitos. Ao todo, dez equipamentos fazem parte da nova linha. São cinco produtos diagnose – Tester Logic, Tester Smart, Tester Flex, Tester Vision, OBD Inside – e mais cinco para ar-condicionado (Clima Tech Mobile, Clima Tech Plus Next, Clima Tech plus HD Next, Clima Tech Top, Ozon Maker). Há, ainda, outros itens complementares, como teste e limpeza de injetores ciclos otto e diesel, teste de baterias e bombas de combustível e sanitizador de ar-condicionado. De acordo com Barna Junior, a expectativa da empresa é enraizar cada vez mais, no mercado de reparação, a presença e o compromisso que a Magneti Marelli tem com as novas tecnologias e as práticas adequadas de reparação. “Somos líder de vendas no segmento de autopeças e queremos alcançar, também, posição
A ideia da Magneti Marelli é oferecer equipamentos para diagnóstico e manutenção dos veículos
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Lançamento
de destaque na comercialização de soluções em diagnóstico, que já fazem parte do DNA da marca”, afirma.
Produtos diagnose Tester Logic Tester Smart Tester Flex Tester Vision OBD Inside
Produtos para ar-condicionado Clima Tech Mobile Clima Tech Plus Next Clima Tech plus HD Next Clima Tech Top Ozon Maker
Itens complementares Teste e limpeza de injetores ciclos otto e diesel Teste de baterias e bombas de combustível e sanitizador de ar-condicionado.
Ao todo, dez equipamentos fazem parte da nova linha
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Diferenciais da nova linha Os sistemas de diagnóstico da Magneti Marelli são desenvolvidos, simultaneamente, no Brasil, Argentina, Estados Unidos e Europa. Com isso, é possível garantir que seu software multimarca seja capaz de comunicar-se com veículos nacionais e importados, disponibilizando ao mercado brasileiro uma vasta lista de opções de fabricantes e modelos. Com um layout moderno, o sistema de diagnóstico foi desenvolvido para atender as diferentes necessidades dos mercados nacional e mundial, com um conceito de operação simples e interativo. O software utilizado permite a verificação dos parâmetros de funcionamento, lista de defeitos presentes no sistema, ativações de componentes para testes dinâmicos, codificações especiais, funções de parametrização denominadas Funções OK, funcionalidade avançada como Easy-Fix, Easy-Diag e +Plus, que permitem o registro de parâmetros comparativos, manutenção e diagnose assistida. Já os equipamentos destinados ao ar-condicionado, removem o fluido refrigerante do sistema, imprescindível para seu funcionamento, sem que seja lançado à atmosfera e o torna reutilizável por processos de filtragem e eliminação de contaminantes. Da mesma forma, elimina a umidade presente no sistema que, em muitos casos, é a responsável pela perda de sua eficiência, recoloca o óleo que lubrifica as suas partes internas e reintroduz o fluido na exata quantidade determinada pelo fabricante. Os equipamentos para diagnóstico automotivo da Magneti Marelli são preparados para atender automóveis leves, utilitários, pick-ups diesel, caminhões, ônibus e motocicletas.
Divulgação
Negócios Edison Lino Duarte é engenheiro mecânico
Magneti Marelli
tem novo presidente para o Mercosul Edison Lino Duarte assume o comando da empresa com o desafio de aumentar a competitividade em toda a região
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Magneti Marelli apresentou em março seu novo presidente para o Mercosul, durante um evento com jornalistas em São Paulo. Edison Lino Duarte, executivo com longa experiência na companhia, assume o desafio de guiar a Magneti Marelli em uma região estratégica, responsável por aproximadamente 20% do faturamento mundial do grupo - a empresa possui fábricas no Brasil e na Argentina, além de uma forte presença nos demais países por meio da divisão Aftermarket.
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“A região do Mercosul é muito importante para a Magneti Marelli. Temos um forte compromisso em manter nosso posicionamento atual, mas também em expandir nosso market share, aproveitando todas as oportunidades dentro de um mercado que é muito dinâmico”, explica Eugenio Razelli, CEO mundial da Magneti Marelli. “Edison Lino está altamente capacitado em alcançar esse objetivo, pois conta com experiência internacional aliada à cultura brasileira”, completa. Engenheiro mecânico, Edison Lino
Duarte, 56 anos, iniciou sua carreira na Cofap em 1987. Após trabalhar em diversas funções, em 1998 foi convidado para assumir o cargo de plant manager da unidade de Melfi, na Itália. Dois anos depois, retornou ao Brasil para dirigir a unidade de Sistemas Eletrônicos, em Hortolândia, interior de São Paulo. Em 2005, tornou-se presidente mundial da divisão Amortecedores, sendo o responsável pela implantação de fábricas na Polônia, Índia e China. O novo presidente conhece bem o setor automotivo e seus obstáculos. A Magneti Marelli no Brasil encerrou o ano fiscal de 2012 com faturamento de R$ 2,7 bilhões, mantendo equilíbrio dentro do setor de autopeças, que registrou retração de 13,5% no mesmo período. “O setor automotivo é muito exigente e reage imediatamente às mudanças da economia. Essa característica tem impacto direto nos fornecedores de autopeças”, explica Edison Lino. Para lidar com as adversidades, a empresa procura tornar-se cada vez mais competitiva, seja sob o ponto de vista dos negócios, seja sob o ponto de vista da inovação. Atualmente, desenvolve novas tecnologias e componentes para 15 veículos de nove montadoras diferentes, impulsionada principalmente pelo programa Inovar-Auto (regime automotivo brasileiro, em vigor desde janeiro, que prevê benefícios tributários às montadoras que seguirem regras específicas de produção, como eficiência energética, sobretudo redução do consumo médio de combustível, e preferência pela compra local de peças). Ao longo de 2013, a Magneti Marelli pretende investir cerca de 5% de seu faturamento em Pesquisa e Desenvolvimento no Brasil. “Nosso objetivo é expor cada vez mais o potencial da empresa e conquistar novos clientes, mantendo nosso habitual compromisso com a qualidade e inovação”, afirma o executivo.
Grupo Magneti Marelli no Brasil A Magneti Marelli é uma das maiores fabricantes de sistemas e componentes automotivos de alta tecnologia do mundo e está presente no Brasil desde 1978, contando com aproximadamente 8.300 colaboradores. Líder de mercado em amortecedores, sistemas de injeção eletrônica e escapamentos, a empresa atua também nos segmentos de faróis e lanternas, quadros de instrumentos, telemática, navegadores GPS, sistemas de suspensão e módulos e componentes plásticos. É dona de marcas consagradas no mercado, como Cofap e Automotive Lighting, e possui no país 11 unidades produtivas e cinco centros de Pesquisa e Desenvolvimento, localizados em Minas Gerais (Contagem, Itaúna, Lavras) e São Paulo (Amparo, Hortolândia, Mauá e Santo André), além de escritórios regionais de vendas em algumas das principais capitais brasileiras (Curitiba, Goiânia, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo).
Grupo Magneti Marelli no Mundo Com 83 unidades produtivas, 12 centros de P&D e 26 centros de aplicações em 19 países, a Magneti Marelli conta com 36.900 mil colaboradores e registrou faturamento de € 5,8 bilhões em 2012. O Grupo fornece para as principais montadoras da Europa, Américas do Norte e do Sul e Ásia. Suas áreas de negócio são Powertrain, Iluminação, Sistemas Eletrônicos, Suspensão e Amortecedores, Sistemas de Exaustão, Aftermarket (peças e serviços para o mercado de reposição), Componentes e Módulos Plásticos e Motorsport.
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Negócios
FPT fornece motores
Os benefícios do motor NEF 6 GNV
para a Modasa
Após longo período de teste, contrato é fechado e estabelece a entrega de 1.500 motores a gás para a empresa peruana, líder na fabricação de ônibus
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Fotos divulgação
Ônibus da Modasa equipado com motor FPT GNV
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o intuito de ampliar seus negócios no mercado latino-americano, a FPT Industrial Latin America fechou acordo para fornecimento de 1.500 motores GNV (Gás Natural Veicular) para os ônibus urbanos da Modasa, empresa peruana líder na fabricação de ônibus, grupos geradores e serviços de reparação. Já foram entregues cerca de 150 unidades e a companhia andina receberá ainda uma média de 400 motores ao ano até 2016. “Esse contrato representa um grande passo para a unidade de negócios da FPT na América Latina, reafirmando o objetivo de comercializar nossos produtos de maneira ampla em diversos mercados latino-americanos e também para clientes fora do Grupo Fiat. Comprova, ainda, nossa liderança tecnológica e reforça o compromisso em oferecer motores de qualidade que colaboram para o meio ambiente”, afirma Olivier Michard, diretor de Vendas
& Marketing da FPT Industrial Latin America. Há cinco anos, a empresa realiza pesquisas de mercado em busca de clientes em âmbito internacional. A ideia de fornecer motores para a Modasa surgiu há 3 anos e um protótipo foi instalado em um veículo do país andino para teste. Segundo Leonidas Pagoto, gerente de Vendas Open Marketing da FPT Industrial, “o processo para fechar o contrato foi longo. Era preciso avaliar o desempenho do ônibus com muitos passageiros e com poucas pessoas, o consumo de combustível, e o que era preciso modificar para atender às necessidades do cliente. Feito isso, começou a negociação”. O motor FPT NEF 6 GNV foi o modelo escolhido para o fornecimento à Modasa. Com seis cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e 5.9l, alcança potência máxima de 147kW a 2.700rpm e torque máximo de 650Nm a 1.250rpm. Pagoto explica que, no Peru, os motores a gás se
Leonidas Pagoto, Gerente de Vendas e Open Marketing FPT; Hector García, CEO da Modasa; e Olivier Michard, Diretor de Vendas e Marketing da FPT, assinando acordo
tornaram uma realidade em função da busca do governo por combustíveis alternativos. Ainda de acordo com ele, “a utilização do gás contribui para o meio ambiente por reduzir a emissão de poluentes na atmosfera, tem um baixo custo operacional em relação ao diesel e menores índices de ruído (cerca de 3dB a 5dB a menos)”, avalia. O gerente de Vendas Open Marketing ressalta que, há 13 anos, a FPT desenvolve a tecnologia a gás e o resultado favorável se deve à adoção da tecnologia de ignição por centelha, bem como à injeção indireta, combustão estequiométrica dos gases e uma taxa de compressão menor. Além de fornecer os ônibus equipados com motores FPT NEF 6 GNV ao mercado peruano, a Modasa poderá também exportá-los para a Chile, Colômbia, Equador, Venezuela, Bolívia e Costa Rica. “A Modasa passa a ser nosso distribuidor e como usuário, saberá explicar as vantagens do motor FPT”, avalia Pagoto. A parceria com a empresa andina também garantiu aos clientes finais da Modasa um pacote completo de pós-venda, que inclui o fornecimento de peças e serviços de assistência técnica do motor FPT NEF 6 GNV nos países latino-americanos. Os mecânicos da Modasa foram a Turim (Itália) – onde os motores FPT são fabricados – para um treinamento. A ideia é que os profissionais aprendam a detectar problemas e possam fazer a manutenção dos veículos.
Com potência elevada e baixo consumo de combustível, o motor NEF 6 GNV tem alimentação de ar com turbo Waste Gate e intercooler, que reduzem o turbo lag e aumentam a densidade de potência. Outra característica de destaque é a boa resposta graças ao sistema de injeção sequencial multipoint, que assegura uma alimentação precisa do combustível e uma combustão estável, além de prevenir problemas de retorno de chama (backfire). O propulsor também conta com pistões específicos, que permitem uma combustão mais homogênea e eficaz. O motor NEF 6 GNV está em conformidade com a norma EEV (Enhanced Enviromentally friendly Vehicles), a mais exigente da Europa para os níveis de emissão em aplicações acima de 3,5 toneladas. Atualmente, os motores a gás natural podem atingir um nível aproximado de 0,5g/kWh, 25% do limite exigido. Com a utilização de um catalisador de três vias, os propulsores possuem redução de 95% na emissão dos poluentes NOx, HC e CO.
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Fotos Pedro_Bicudo
Lançamento
Dodge Durango, mais conforto e eficiência Além do lançamento da versão diesel do Jeep Grand Cherokee, Grupo Chrysler aposta no utilitárioesportivo full size de sete lugares, inédito no país
Por José Rezende Mahar
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hegaram ao mercado, recentemente, dois utilitários-esportivos de luxo do Grupo Chrysler que mostram bem o que é a engenharia dirigida aos desejos e necessidades individuais do consumidor: o Dodge Durango e a versão diesel do Jeep Grand Cherokee. O primeiro mostra exemplarmente como é possível um veículo ser pensado para família, com sete lugares de verdade, e ao mesmo tempo, satisfazer o motorista. Seu nome é o de uma cidade lendária da Corrida do Ouro do Século 19 no Estado do Colorado, que sugere valores de resistência ilimitada, e é isso que o Durango traz ao mercado brasileiro. Montado em Detroit, sobre uma plataforma ultramoderna e atual (a mesma do Jeep Grand Cherokee), o Durango tem 5,07 metros de comprimento e é um utilitário-esportivo. Isso lhe permite portar com desenvoltura até sete passageiros sem apertos ou prever lugares só para crianças. Todos podem ser adultos e viajar juntos em pleno conforto, com espaço suficiente para as pernas até na ultima fileira de bancos, acessível facilmente com o rebatimento total da fileira intermedi-
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ária e pela amplidão das portas traseiras. Dentro do veículo existem todos os recursos de entretenimento imagináveis como HD de 30 GB para vídeos e música, tela para os bancos traseiros e fones de ouvido sem fio com escolha de programação, tudo para manter os passageiros entretidos. Para o prazer de quem dirige, o Dodge Durango tem muito a oferecer. Uma de suas principais qualidades é o fato de distribuir igualmente o peso sobre cada eixo: 50% em cada um. Assim também é a tração nas quatro rodas: permanente e igualitária. Isso provê um comportamento dinâmico ímpar entre os concorrentes desse setor de mercado. O veículo supera as expectativas, sobretudo no molhado, onde anda como se estivesse em cima de trilhos, ignorando solenemente o fenômeno da aquaplanagem. Apesar de seu porte, os 2.350 quilos de peso se distribuem de boa forma e a agilidade é assegurada por bons pneus de grande tamanho. Somado a isso, tem uma suspensão muito bem estudada para que a altura não seja excessiva, independente nas quatro rodas e macia na dose certa para ser
Sofisticação, beleza e conforto não faltam ao Dodge Durango
confortável e equilibrada em curvas de qualquer tipo, o que é dizer muito em se tratando de veículos de tamanho avantajado e uso familiar. A mecânica é um capítulo à parte. A versão que chega ao Brasil em dois níveis de acabamento – Crew e Citadel – dispõe de um motor atual, leve e potente. É o Pentastar 3,6 litros de 286 CV, o milagroso do Grupo Chrysler que se aninha em veículos tão díspares, como o sedã 300C e o Jeep Wrangler, com grande sucesso. Trata-se de uma unidade construída totalmente em
alumínio que substitui com grandes vantagens seis motores diferentes que iam de 2,7 a 4 litros de deslocamento. Com a construção em alumínio, o Pentastar tem uma diferença de peso significativa, em média 42 quilos a menos na dianteira dos carros, e permite uma economia de escala importante, além de simplificar e facilitar a estocagem de peças e o acesso a serviços eventualmente necessários, já que um só motor serve a muitos veículos. O motor, ainda, tem mais de 35 quilos de torque, o que lhe permite
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Lançamento Com 5,07 metros de comprimento, o Durango oferece espaço suficiente para as pernas até na ultima fileira de bancos
mover com boa desenvoltura o tamanho grande do Durango, naturalmente aliado à caixa automática de cinco marchas. Com trava no conversor de torque e quinta do tipo sobremarcha, a caixa é longa, mas tem desmultiplicações bem estudadas para oferecer sempre uma relação de marcha adequada a cada situação de uso, além de ser controlável manualmente em descidas de serra, por exemplo. O Durango é o Sport Utility Vehicle – SUV (Veículo Utilitário-Esportivo) ideal para quem precisa de um carro espaçoso e seguro, relativamente econômico e com grande autonomia, de até 883 km, graças à mecânica eficiente e ao tanque de 93 litros. conomia e requinte E no segmento off-road O Jeep Grand Cherokee é um legítimo descendente do veículo que criou o setor de mercado dos esportivos de luxo, ou SUV: o Grand Wagoneer dos anos 60. O veículo foi o primeiro 4x4 de luxo, em um tempo em que ter ar condicionado, direção hidráulica e trio elétrico era desconhecido nesse tipo de automóvel. Em 1992, chegou
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ao mercado o Grand Cherokee, muito vendido no Brasil, principalmente quando equipado com o conhecido motor Dodge V8 318 pol³, mais adequado ao porte do veículo e descendente do motor do Dodge Dart nacional dos anos 70. Agora, chega ao país uma nova versão, turbodiesel, a quarta geração do Grand Cherokee, que já estava e continua disponível com o V6 Pentastar de 3,6 litros: é o modelo Limited CRD, com um motor V6 Diesel da VM Motori. Feito em Cento, na Itália, em uma joint venture do Grupo Fiat, tem três litros de deslocamento e 241 cv a 4.000 rpm com corte de rotação a 4.600 rpm. Mas o principal é o torque de 56 mkgf entre 1.800 e 2.800 rpm. O turbo compressor é o Garrett VGT 2056 com turbina de geometria variável para subir mais rápido de giros. O motor, cujos cabeçotes são de alumínio, pesa completo 230 quilos, sendo bastante compacto para sua potência. É um diesel V6 a 60° de 2.987 cm³ (83 x 92 mm) com turbo com inter resfriador para dar mais densidade e oxigênio no ar da admissão, duplo comando de válvulas e quatro válvulas
por cilindro acionadas por balancins roletados. A injeção é direta via common-rail (galeria única alimentando os injetores) sob pressão de 1.800 BAR, a chamada tecnologia Multijet II que foi desenvolvida e patenteada pela Fiat Powertrain. Esse motor moderno também é acoplado ao mesmo câmbio automático de cinco marchas do Durango, embora com relações ajustadas à sua curva de potência e torque. A tração também é permanente, mas do tipo Quadra-Trac II, que pode variar o torque entre os eixos conforme a necessidade do momento e com o recurso Selec-Terrain, para ajustar o veículo a diferentes pisos. Ao mesmo tempo, o motor pode levar o robusto Grand Cherokee a 202 km/h e acelerar de 0 a 100 km/h em 8,2 segundos, gastando uma media de 12 km/l e chegando a fazer até 13,9 km/l, na estrada. Mérito do sistema de injeção direta, que permite uma mistura do óleo mais homogênea com o ar na câmara de combustão. Isso também permite que, com o mesmo tanque de 93 litros do Durango, o Grand Cherokee chegue a mais de 1.100 km
de autonomia, quase a distância de São Paulo a Porto Alegre. E o melhor, com os vidros fechados o motor tem seu ciclo Diesel imperceptível, de tão silencioso é seu funcionamento. É bem verdade que o Grand Cherokee é um veículo entusiasmante. O fato de possuir reduzida na transmissão permite que tenha um motor a óleo diesel com caminhões de torque e retomada, muito bem administrados pelo suavíssimo câmbio automático, um casamento perfeito para um utilitário de selva e asfalto.
O veículo exibe mais de 30 porta-objetos, 28 configurações de bancos e área de bagagem de até 2.390 litros
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Fotos divulgação
Negócios Veículo garante eficiência e segurança nos resgates
Os planos da Magirus
para o Brasil
Infraero adquiriu junto à Magirus 80 unidades de sua linha ARFF – sigla em inglês para Resgate e Combate a Incêndios em Aeroportos – em uma iniciativa de preparação da infraestrutura nacional para a Copa do Mundo de futebol, no próximo ano. Mas, ao contrário do evento da Fifa, os negócios da Magirus no país não têm data para terminar. É o que informa Paolo del Noce, diretor de Veículos Especiais da Fiat Industrial América Latina. “Nos próximos anos, os planos do governo brasileiro incluem a abertura de centenas de aeroportos, sobretudo no interior do país, e a ampliação de várias unidades já existentes. Trata-se de um mercado potencial gigante, uma vez que todos esses locais precisarão de uma frota preparada para atuar em caso de necessidade. A Iveco Magirus está pronta para atender essa demanda. Analisaremos o mercado e, conforme as oportunidades se confirmem, não temos porque não nacionalizar a fabricação desses veículos”, explica o executivo. O contrato inicial com a Infraero soma R$ 141 milhões e é uma das maiores compras em um único pedido da história da Iveco Magirus. Para
atendê-lo, em um primeiro momento, a montadora irá fabricar os veículos na Alemanha, QG da marca, e trazê-los ao Brasil. A ideia, contudo, é transferir gradativamente a produção para a fábrica da Iveco em Sete Lagoas (MG). Trata-se de uma estratégia que se encaixa perfeitamente nos planos da Iveco de diversificar seus negócios e, dessa forma, alcançar novas fatias do mercado latino-americano. A importância da linha de veículos especiais para os negócios da montadora fica clara em números. Somadas, as vendas das linhas de combate a incêndio, transporte de passageiros e veículos de defesa correspondem a nada menos que 22% do faturamento mundial da empresa. Muito além das escadas Cidade natal de um dos maiores gênios da humanidade, o físico Albert Einstein, Ulm, na Alemanha também é a terra de invenções que, à primeira vista, podem parecer simples, mas guardaram seu lugar na história. Uma delas partiu de Conrad Dietrich Magirus, filho de uma respeitada família de comerciantes locais e fundador do serviço voluntário de combate a incêndios da cidade. Entre seus feitos
A Infraero adquiriu 80 unidades da linha de Resgate e Combate a Incêndios em Aeroportos
Com nova linha de produtos e veículos de alta tecnologia, Iveco inova mais uma vez e se prepara para subir novos degraus no mercado nacional
Por Leonardo Werner
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istórias em quadrinhos e enredos de ficção não estão entre os negócios da Iveco. Mas não é incorreto dizer que a montadora produz veículos para heróis trabalharem. Ou quem duvida que seja um ato de heroísmo enfrentar fogo, fumaça, alturas e outros cenários inóspitos para salvar vidas? A Iveco Magirus usa tradição centenária e alta tecnologia para desenvolver e fabricar os
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melhores veículos para que bombeiros de vários países do mundo possam realizar resgates com eficiência e segurança. E o melhor: o Brasil está entrando definitivamente na rota dessa inovadora linha de produtos. O foco dos negócios no país tem aumentado à medida que o governo federal realiza investimentos para incrementar a segurança nos aeroportos do país. Com esse propósito, a
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Negócios Há veículos na linha com escada que alcança 60 metros de altura
está a criação de uma escada articulada, que poderia alcançar 14 metros de altura. O ano era 1872. Nascia aí a tradição das escadas Magirus, que acabaram se tornando sinônimo dos equipamentos utilizados por bombeiros de todo o mundo. A Magirus foi uma das cinco marcas que, unidas, formaram a Iveco em 1975, tornando-se, com o passar dos anos, a líder mundial no segmento de escadas móveis e dobráveis, com vendas em mais de 100 países. Mas a história não para aí. Ao longo do tempo, a Iveco Magirus formou uma linha completa de produtos e veículos, que incluem caminhões de combate ao fogo em floresta, veículos de resgate e linhas de todos os portes de
caminhões com bombas d’água – os chamados pumpers. A evolução dos negócios e tecnologia permitiu também que a Iveco Magirius mais que triplicasse a altura da escada criada por Conrad. Atualmente, esse equipamento alcança 60 metros de altura, o que equivale a um prédio de 22 andares. Mesmo com todos os aparatos de segurança, por experiência própria deste jornalista, é preciso tomar fôlego para olhar para baixo a uma altura como essas. É mesmo uma prova de que esse é um trabalho reservado apenas para heróis. Tradição e treinamento Para conhecer a tradição alemã no combate a incêndios, nada me-
lhor que números. A estimativa é de que o país possua um total de 1,3 milhão de bombeiros. Desse total, apenas 80 mil possuem “carteira assinada”. Os demais são voluntários. Isso mesmo. São mais de 1 milhão de pessoas que exercem outro tipo de profissão, mas realizam treinamentos para estarem aptos a ajudar em vários tipos de ocorrência quando necessário. Muitos deles, inclusive, trabalham nas linhas da Iveco Magirus, ajudando, com conhecimento de causa, a desenvolver produtos perfeitamente adaptados ao dia a dia do profissional da área. Mas não basta apenas fornecer o que há de melhor em tecnologia. É preciso saber utilizá-la. Por isso, a marca oferece aos seus clientes cursos de capacitação, com treinamentos específicos voltados para desafios corriqueiros dos bombeiros. Eles incluem a reprodução fiel de ambientes de incêndio e também a condução adequada dos veículos e manejo dos equipamentos, como as escadas que tornaram a cidade de UIm e a Iveco Magirus mundialmente famosas.
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A Iveco planeja nacionalizar a fabricação da linha Magirus
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História
Rondon Pacheco, um algodão entre espelhos
Lançamento do documentário “Algodão entre Espelhos”, em Belo Horizonte, produzido por jornalistas de Uberlândia (MG), relembra o importante legado da administração do ex-governador Rondon Pacheco (1971-75) para Minas Gerais
Fotos Ignácio Costa
Por Nairo Alméri
O documentário leva para tela, de forma histórica e didática, o importante legado da administração do ex-governador Rondon Pacheco
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ma viagem no tempo. Ela reprisa o instante mais emblemático para o desenvolvimento de Minas Gerais, na primeira metade da década de 1970, quando o Estado se posicionou (com certo atraso) para desempenhar papel importante e passar a competir na industrialização do país. É nessa fase que são implementadas, em paralelo, as decisões fundamentadas para áreas do ensino e da cultura, com destaque à preservação do patrimônio cultural.
Aquelas pegadas são adereços salientes no enredo que “Algodão entre Espelhos”, produzido (direção e roteiro) pelos jornalistas Celso Machado e Nara Sbreebow, de Uberlândia (MG), leva para tela, ao documentar, de forma histórica e didática, o importante legado da administração do ex-governador Rondon Pacheco (1971-75) para Minas. É uma metamorfose econômica, pois o estado sai de uma atividade predominantemente rural para a transformação industrial. Os 68 minutos da
edição final, uma síntese de mais de 100 horas de gravações, mesclam, em película em preto e branco, cenas cotidiano bucólico da vida mineira, desde a década de 1930, de Uberlândia, onde nasceu Rondon, com registros de fases posteriores da vida política e social até a modernidade regional. Esta última fase mostra o ápice da carreira pública de Rondon, como ministro de Estado (ministro-chefe da Casa Civil do Governo Costa e Silva – 1967-69) e governador de Minas. LITERATURA E VISÃO Com leveza nos cortes, a edição do filme (meia metragem, na classificação dos cineastas) valoriza cenas da Minas Gerais silenciosa, contemplativa, festiva, apressada e transformação. Coloca em harmonia locuções de épocas (no estilo das chamadas de noticiário do rádio e televisão como: “... no ar, o Repórter Esso”), de eventos oficiais de épocas de democracia (de liberdades) e do regime militar (ditadura) com as atuais – as metodicamente definidas em áudios digitalizados. Sem estigmas, passa uma lente na história dos protocolos, acordos e desarranjos políticos vividos, em todas as áreas. Os episódios são narrados por quem conviveu e, até mesmo, foi artífice. Não é, portanto, uma obra partidária, nem carregada por cunhos ideológicos. Celso Machado comenta que está definida, de início, a distribuição de cópias para escolas públicas da rede estadual de Minas e emissoras de televisão dos estados. A produção do filme também começa a trabalhar outras etapas para o material remanescente. “Rondon tem um viés de cultura dos tempos em que estudou Direito, em Belo Horizonte, e quando trabalhou com Milton Campos. Criou gosto por obras de Guimarães Rosa e Machado de Assis. Na arte da política, conviveu com Carlos Lacerda, governador do antigo Estado da Guanabara e um dos líderes civis do Golpe Militar de 1964, que depôs o presidente
João Goulart”, completou Nara Sbreebow, ao exemplificar parte daquilo que eles ainda têm coletado sobre a vida do ex-governador, que está com 94 anos de idade. Mesmo tendo sido produzido por duas empresas de Uberlândia, a Close Comunicação e a Nós Projetos de Conteúdo, Memória e Cultura, o filme não abre arestas para bairrismos. Pautado nos limites das tangentes de um documentário clássico, retrata momentos importantes da vida pública da maior figura política do Triângulo Mineiro. “De Uberlândia, só tem um depoimento, o do dono de um bar que o governador frequentava muito”, antecipava
Celso Machado, momentos antes da estreia de “Algodão entre Espelhos”, dia 26, no Cinemark, no Pátio Savassi, em Belo Horizonte. O ex-governador, claro, puxa, comenta e encerra fatos que nasceram em sua administração e muitos só concluídos tempos depois. Os testemunhos de amigos, ex-ministros de Estado, ex-secretários de seu governo, ex-assessores e de dirigentes empresariais desse convívio dão liga à história. Assim como na saga do zebu, por exemplo, trazido da Índia para o cerrado do Triângulo Mineiro, no início do século XX, e, na década de 1970, com a soja, que saiu das lavouras do Sul
Os jornalistas Celso Machado e Nara Sbreebow, produtores (direção e roteiro) do filme, com o ex-governador Rondon Pacheco
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do país, para se expandir, e com maior produtividade, em terras da mesma região, Rondon recebe o reconhecimento de ter, com a sua habilidade política, superado posições antagônicas e dado vida às etapas importantes delineadas pelos engenheiros e economistas que redigiram o “Diagnóstico da Economia Mineira”, herdado de Israel Pinheiro (1966-71): aumentar a produção de energia elétrica, consolidar instituições de planejamento e pesquisas, criar ambiente favorável à expansão da siderurgia, atrair investimentos externos e dar o start up para uma industrialização moderna em Minas, que teve reflexos no país. Este conjunto de propósitos, nessa fase, teve como símbolo a chegada da Fiat Automóveis, em Betim, em 14 de março de 1973. DESENVOLVIMENTO E CULTURA Além da Fiat, que entrou em operação em 9 de julho de 1976, a administração de Rondon captou no exterior recursos para a construção da UHE São Simão, que duplicou a capacidade da Cemig. A hidrelétrica deu sustentação a outros projetos como da planta metalúrgica de nióbio da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), em Araxá, imediata expansões nas siderúrgicas Mannesmann (atual V&M Brasil) e Belgo-Mineira (ArcelorMittal), e, posteriormente, da Usiminas
e apresentação do projeto da Açominas (atual Gerdau Açominas). A partir do Programa Integrado de Pesquisas Agropecuárias do Estado de Minas Gerais (Pipaemg), criado, em 1971, pelo engenheiro agrônomo Alysson Paulinelli (ex-ministro da Agricultura – 1974-79), o Governo federal constituiu (com Paulinelli à frente), dois anos depois, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa – líder mundial na agricultura tropical). Em 1973, o Pipaemg deu origem à Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado de Minas Gerais (Epamig). No segmento de planejamento, surgiu a Fundação João Pinheiro (FJP). No universo da cultura, Rondon criou o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha). O instituto viabilizou tombamentos e preservação de monumentos importantes como a casa, em Cordisburgo, onde nasceu o escritor João Guimarães Rosa (comprada pelo Iepha, tombada, reformada e transformada no Museu Guimarães Rosa), tombamento e primeira restauração do Palácio da Liberdade, primeiras intervenções de conservação nas estátuas dos Profetas, do mestre Aleijadinho, no Santuário do Bom Jesus do Matozinhos, em Congonhas. EMOÇÃO “Algodão entre Espelhos” foi produzido com incentivos federal e estadual
Há exatos 40 anos, a Fiat escolhia Minas Por Ellen Dias Há exatos 40 anos, no dia 14 de março de 1973, a Fiat dava o primeiro passo para instalar-se em Minas Gerais. Nessa data, reuniram-se o presidente da Fiat SpA, Giovanni Agnelli, e o governador Rondon Pacheco para assinarem, no Palácio da Liberdade, o Acordo de Comunhão de Interesses entre Fiat e Governo do Estado, que resultaria na constituição e implantação da empresa. Giovanni Agnelli, neto do fundador da Fiat, seria depois o anfitrião na solenidade de inauguração da fábrica instalada em Betim, em 9 de julho de 1976. A Fiat foi projetada para produzir 200 mil veículos por ano. Seguidos investimentos ao longo de seus 36 anos de operação ampliaram sua capacidade anual para 800 mil automóveis e comerciais leves, consolidando-a como a maior fábrica da Fiat no mundo. Ao mesmo tempo, atraiu para o seu entorno dezenas de outras empresas fornecedoras, contribuindo para a industrialização de Minas Gerais. A planta de Betim está, neste e no próximo ano, passando por obras de ampliação, que elevarão sua capacidade anual de produção para 950 mil unidades a partir de 2014. Trata-se de um passo importante para a empresa que alcançou, em 2012, o décimo primeiro ano de liderança do mercado brasileiro. Divulgação
história Os familiares de Rondon Pacheco foram prestigiar a estreia do filme “Algodão entre Espelhos”, em Belo Horizonte
(Lei de Incentivo à Cultura e Lei Estadual de Incentivo à Cultura) e apoio da iniciativa privada (Fiat, CBMM, Grupo Algar) e da estatal Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig - Governo de Minas). Concluído em 2012, a primeira exibição ocorreu no Cinemark, em Uberlândia, em dezembro. No Pátio Savassi, onde ficou em apresentação gratuita por três dias (26 a 28 de abril), além dos familiares de Rondon, o evento propiciou um festivo reencontro com amigos, políticos, ex-auxiliares e empresários. Ao final da sessão de estreia, o homenageado subiu ao palco e, muito emocionado, expressou um curto e caloroso agradecimento: “... Evidente, os senhores poderão avaliar as motivações de meu coração, dos meus ideais, do meu amor a Minas... Eu agradeço, penhorado, esta homenagem, que, pela fase avançada da minha vida, sei que ela viverá comigo até o final...”. O título do filme, revelou Celso Machado, surgiu de uma expressão usada pelo ex-ministro João Camilo Penna (que foi presidente da Cemig na gestão de Rondon), ao definir Rondon como hábil negociador político entre civis (opositores) e militares, durante a ditadura: “... um algodão entre vidros”. O produtor completa: “O espelho, quando risca, fica a marca”.
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Fotos Rafael Bandeira
Itamaracá
ARTE E CULTURA
O giro suave da ciranda que vem de Pernambuco Lia de Itamaracá é mais do que uma artista popular pernambucana: ela personifica a ciranda, importante expressão popular de canto e dança, que reúne adultos e crianças no rústico palco erguido sobre as areias da ilha Por Roberto Baraldi
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ia de Itamaracá. O próprio nome, combinação de gente e lugar, indica que se trata destes casos luminosos em que pessoa, artista e lenda se fundem completamente. Lia é uma das mais importantes artistas populares de Pernambuco e se notabilizou nacional e internacionalmente pela ciranda, que é um misto de música, dança e folguedo popular. Uma canção muito difundida no final dos anos 1970 já celebrava sua importância na cultura popular, repetindo o verso ritmado: “Esta ciranda quem me deu foi Lia, que mora na ilha de Itamaracá”.
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Ela nasceu Maria Madalena Correia do Nascimento, em Itamaracá, região metropolitana de Recife, há 69 anos, completados em 12 de janeiro. Desde muito cedo, revelou seu talento como dançarina, compositora e cantora de ciranda. Jamais abandonou a ilha de nascimento, onde aos 12 anos começou a participar de rodas de ciranda, uma tradição cultural fortemente arraigada em Pernambuco. Aos 19, já era responsável pela organização dos eventos. Fez das areias diante de casa o seu próprio palco. Ali ela criou o Centro Cultural Estrela de Lia, um palco rústico que se estende até o
mar. Centenas de pessoas comparecem todos os sábados para dançar a ciranda, compartilhar do carisma de Lia ou participar das oficinas de dança e música que ela e os músicos que a acompanham oferecem regularmente. “Tenho muito preocupação com os jovens”, diz Lia. “Precisamos mostrar-lhes a boa música, para que tenham referências e possam distinguir o que é bom”, acrescenta. A ciranda é típica arte de rua e popular, caracterizada pelo emprego da palavra e corpo, mantendo o público em estado ativo e sensível. É uma manifestação que mexe com todos,
pois evoca diretamente a infância: a ciranda é das brincadeiras infantis mais populares em todo o país e constitui memória afetiva de grande parte da população brasileira. No entanto, em Pernambuco é uma expressão para adultos e crianças. Há nas canções teor idílico e ingênuo, que fala de namoro, encontro, natureza. Os participantes dançam conjuntamente e de mãos dadas. Formam uma grande roda e o modo de dançar obedece à batida forte do surdo para marcar o giro, que é dado com o pé esquerdo passando sobre o direito. A música é executada por um gru-
Em Itamaracá, região metropolitana de Recife, Lia revelou seu talento como dançarina, compositora e cantora de ciranda
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Rogerio Reis
Itamaracá
A pesquisadora Maria Aparecida de Souza produziu uma tese de mestrado sobre Lia de Itamaracá e a ciranda, para a Escola de Dança e Teatro, da Universidade Federal da Bahia, intitulada Ciranda na Ilha: Um Rito Espetacular, Herança de Mestre Baracho e Lia de Itamaracá. No estudo, a autora pesquisa a origem da dança, provavelmente europeia. Citando o folclorista Câmara Cascudo, ela observa que as manifestações em que a roda gira de mãos dadas são de natureza europeia e não africana ou ameríndia. Maria Aparecida identifica referências a folguedos semelhantes em Portugal e outros países europeus, como danças campestres. Trata-se, segundo a autora, de danças coletivas que con-
Aos 12 anos, Lia começou a participar de rodas de ciranda, uma tradição cultural fortemente arraigada em Pernambuco
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po de sopro e percussão, composto por trompete, saxofone e trombone, surdo, ganzá e caixa. Eles formam a base rítmica e melódica para a voz da cantora. A ciranda de beira-mar lembra o ritmo das ondas, é mais suave e cadenciada do que a do interior, mais vigorosa e agitada. É uma corrente humana, na qual se entra e sai livremente, com a única condição de não interromper o movimento. No Centro Cultural Estrela de Lia, a dança é uma interação da natureza e da cultura. Músicos e dançarinos estão voltados para manter a roda girando em leve balanço e com os passos sincronicamente passeando pela areia. “Na ciranda, todo mundo dança. Todas as idades, todas as classes. É democrática. É terapêutica. Todos saem mais leves e sintonizados”, descreve Lia. Não há limite para o número de pessoas. Ela já mobilizou 20 mil pessoas em um único dia, em um evento junto aos arcos da Lapa, no Rio de Janeiro. Quando há muitos participantes, a ciranda pode se organizar em círculos concêntricos, para abrigar todos.
duzem ao êxtase e ao meditar através do bailar do corpo, caracterizando um acontecimento na comunidade. Na roda, o indivíduo não busca a si mesmo, mas trata de encontrar a comunidade e de encontrar-se no coletivo. O círculo, na tradição cultural, representa a totalidade espacial e temporal, o movimento e seu retorno. Em Pernambuco, a tradição foi propagada pelo mestre cirandeiro Antonio Baracho da Silva, o Mestre Baracho, e continuada por suas filhas, Dulce e Severina. Lia reavivou a tradição e a propagou, consolidando a ciranda como uma legítima tradição popular pernambucana. A pesquisadora vê na ciranda mais do que uma dança ou brincadeira, en-
Com rosto marcante, ela costuma usar um longo vestido azul e ornamentos nos cabelos que lhe dão um ar místico de Iemanjá
Ao longo de sua carreira de mais de cinco décadas, Lia gravou um disco em 1977, A Rainha da Ciranda, como reflexo do grande interesse que a Música Popular Brasileira (MPB) devotava nos anos 1970 e 80 às raízes da cultura e da arte populares. A ciranda foi apresentada em muitos programas de televisão e Lia excursionou pela França, Espanha, Itália e Alemanha. Em 2000, ela gravou um CD, Eu Sou Lia, e está produzindo agora um DVD. A quantidade de registros fonográficos definitivamente não é proporcional à sua grande produção artística. Acontece que sua carreira de artista sempre seguiu o caminho do contato direto com o público. Daí brotam seu sucesso e reconhecimento, que lhe renderam, em 2004, a comenda da Ordem do Mérito Cultural, outorgada pela Presidência da República por suas relevantes contribuições à cultura brasileira. Em 2005, o Conselho Estadual de Cultura lhe conferiu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, bem como de Embaixadora da Cultura do estado.
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Itamaracá
Ilha de Itamaracá, a 50 quilômetros de Recife A Ilha de Itamaracá é um município da Região Metropolitana do Recife, distando pouco mais de 50 quilômetros da capital pernambucana. Seu nome já pressupõe música, dança e festa. É resultado da fusão de duas palavras da língua tupi: itá, que significa pedra, e mbara’ká, que quer dizer chocalho. Já estava ocupada pelos portugueses em 1526. Atualmente, tem uma população de 22 mil pessoas e uma economia baseada no turismo, devido às belas praias com coqueirais, piscinas naturais, recifes e bancos de areia, além de clima agradável. Atrai praticantes de esportes náuticos e amantes da natureza, pois abriga reservas ecológicas com remanescentes de Mata Atlântica e o centro de preservação do peixe-boi marinho. Um dos destaques da ilha é o Forte Orange, construção militar iniciada em 1631 como fortificação de campanha por forças holandesas que, no ano anterior, haviam conquistado Olinda e Recife. Teve grande importância estratégica durante a ocupação, abrigando 366 homens e alto poder de fogo. Após a capitulação holandesa em Recife em 1654, o forte foi abandonado e subsequentemente ocupado pelas forças portuguesas. Sobre a sua estrutura, a engenharia militar portuguesa ergueu o então denominado Forte de Santa Cruz de Itamaracá. Do alto de suas muralhas tem-se uma vista privilegiada das praias ao redor e a clara noção de sua importância estratégica na defesa da região.
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contrando aí três vertentes distintas. Na ciranda, é possível brincar e a participação é aberta e democrática. Basta querer entrar na roda; Dançando em círculos com a comunidade, pode-se notar o ritualizar, já que, estabelecendo uma pausa no cotidiano, a ação concêntrica do giro evoca uma memória coletiva, constituindo um grande corpo simbólico. E a força engendrada pela repetição rítmica, associada à onda melodiosa, passa a religar os participantes entre si e, depois, com um sentido comum, com a natureza, em tendência elevada e harmoniosa. Há muitas cirandeiras e cirandeiros em Pernambuco, mas Lia tem o carisma que faz dela símbolo e síntese desta expressão artística original. Pessoa, artista e lenda se confundem. Em seu aniversário, a 12 de janeiro, a festa é pública e espontânea, com cortejo pelas ruas, passagem pela ca-
pela Bom Jesus dos Passos e apoteose no Centro Cultural. Vizinhos, amigos e admiradores entregam seus presentes, declarações de carinho e admiração pela artista. Negra, alta e de rosto marcante, ela costuma usar um longo vestido azul e ornamentos nos cabelos que lhe dão um ar místico de Iemanjá. A semelhança com a divindade das águas chega a ser impressionante quando ela, da praia, contempla o mar. Enquanto a fotografávamos na praia, diante de seu Centro Cultural, ela olhava fixamente o horizonte e, perto dali, pequenos barcos de pescadores se lançavam ao mar. Ao vê-la, os pescadores espontaneamente começaram a entoar suas cirandas enquanto venciam as primeiras ondas de mais um dia de trabalho, mostrando a admiração pela artista e, ao mesmo tempo, o quanto a arte é essencial à vida e ao cotidiano.
Alegria e carisma não faltam a Lia de Itamaracá
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Projeto 100 Nonni
Inos Corradin
O retrato do grande pintor A vida intensa do grande mestre da pintura deixa a lição de que não se pode apagar nada da personalidade de um indivíduo. As boas e más experiências são importantes e fazem parte do mosaico de cada um de nós
Por Oliviero Pluviano
Fotos OLiviero PLuviano
Escultura de São Francisco com pássaros: uma imagem sacra que expressa a devoção de Inos. Do artista aflora também o profano em suas pinturas
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eu pai tinha uma amante. Chamava-se Artemide - um nome grego. Minha mãe estava grávida e Artemide estava lendo um livro de um autor da Grécia antiga. Então aquela mulher disse a ele: se você tiver um menino ele vai se chamar Inos, mas se vier uma menina será Artemide. Uma amante deve ser tratada com carinho, custe o que custar, portanto meu pai tinha intenção de obedecer, ainda que o nome feminino pudesse provocar muitos problemas com sua esposa... Mas por sorte eu é que nasci. E o nome Inos foi uma profecia inexorável para minha vida: em grego quer dizer vinho”. Assim começa o irônico testemunho para o “100 Nonni” (o projeto de resgate da memória dos nonni (avós) da emigração italiana no Brasil, patrocinado pela Fiat) de Inos Corra-
din, um dos maiores pintores da arte brasileira, que em novembro completará 84 anos. Sua viagem da cidade natal de Castelbaldo, conhecida como a cidade das maçãs no Vêneto, a Jundiaí, onde mora até hoje, a aventura da viagem a Salvador sem um tostão no bolso, seus problemas com o álcool, a inacreditável história com o presidente Janio Quadros, suas 420 (até agora) exposições internacionais, são capítulos dos 60 anos de pintura de Inos durante os quais trabalhou como um louco do nascer ao por do sol, sempre buscando algo de novo para seu próximo quadro. “Castelbaldo, com 1500 habitantes, era pequena demais para mim. Somos todos parentes. Por isso cheguei ao Brasil em 1951 para me soltar um pouco, com meu pai pedreiro e minha mãe costureira. Tinha 22 anos e quando vi pela primeira vez uma mulata, não acreditei nos meus olhos. Quis pintá-la nua e este foi o meu primeiro quadro brasileiro”, conta. Mas o verdadeiro início de sua produção aconteceria dois anos mais tarde, quando foi a Salvador da Bahia com o amigo Geraldo Trindade Leal, também pintor. A cidade do Pelourinho naquele tempo era o núcleo das belas artes mais importante do Brasil: trabalhavam lá, entre outros, Ma-
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rio Cravo, Pancetti e Caribé. “Todos me ajudaram a sobreviver” – lembra Inos sobre aqueles anos de pobreza e despreocupação. “Chegamos lá no dia 2 de fevereiro, a festa de Iemanjá, e perguntei a Pancetti o que era todo aquele pandemônio. Ele explicou que a festa era muito importante em Salvador, terra da religião afrobrasileira, e que as pessoas depositavam ao longo das praias muitas oferendas de comida para a divindade do Candomblé. Eu logo pensei: Oba, comida!!! Eu tinha uma fome atávica. Falei: Pancetti você tem um saquinho? Quer o saco para que? Para pegar alguma coisa da comida de Iemanjá: ela tem uma praia inteira para comer e será que não tem nenhuma sobrinha para mim? Enchi o saco e a barriga com frango misturado com vatapá e acarajé. Só tínhamos dinheiro para três dias de pensão. Geraldo não queria comer, porque - dizia - não que ele acreditasse, mas nunca se sabe, com estas coisas de santos... Mas depois, vendo que eu comia com tanto apetite, ele também se fartou, já que quase tinha mais fome do que eu”.
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Mario Cravo, que naquele tempo era um escultor importante e hoje, com noventa anos completados em abril, é talvez o melhor pintor vivo do Brasil, os acolheu com casa e comida em seu atelier “com uma gentileza inimaginável”. Aí Corradin preparou a sua primeira exposição pessoal. “O vernissage acontecia logo depois da inauguração do Banco da Bahia, ali perto, e todos vieram à minha mostra, inclusive o presidente Janio Quadros. Um construtor italiano com sobrenome Gatto, naquele tempo entre as pessoas mais ricas da Bahia, gostou dos meus quadros e comprou cinco. E aí os outros seguiram seu exemplo e minhas obras foram vendidas que nem pão quente. Um dos quadros foi comprado por Janio, que pagou por ele mas o deixou comigo porque naquele momento não podia levá-lo embora. Era um Cristo. Eu havia prometido que entregaria assim que fosse a São Paulo”. Mas na capital paulistana Inos foi contratado como cenógrafo do balé para o quarto centenário de São Paulo e acabou por vender o quadro do presidente ao coreógrafo húngaro
A imagem do beijo e do equilibrista são recorrentes na obra do pintor de Jundiaí, fotografado acima junto ao Fiat Doblò do projeto “100 Nonni”
Aurelio Millos. “Tem momentos na vida em que a moral torna-se elástica”, brinca Inos, que nunca se separa de seus óculos escuros. “Janio era muito carismático: era incrível porque quanto mais ele bebia, mas lúcido ficava. Também pintava, mas sempre a mesma coisa: uma menina tendo no peito um emblema do Corinthians. Para não ter problemas de consciência, prometi que faria de novo o quadro para ele, em outra ocasião em que nos encontramos. Mas depois disso ele renunciou à presidência e assim, por motivo de força maior, não lhe dei mais nada”. Inos bebia muito. Tinha começado com a cerveja, depois tinha acrescentado o Steinhaeger, e por fim tinha chegado na cachaça e no whisky. “Fiz minha melhor cenografia em Rovigo, na Itália, no final dos anos 70, pintando uma tela imensa, de 11 metros por 8, durante muitos meses como Michelangelo na Capela Sistina. Aquela grande obra foi feita totalmente à base de lambrusco, que eu bebia de manhã até de noite. Em 1975, quatro anos antes, eu tinha
A amizade com Jorge Amado e Dorival Caymmi Em Salvador, em 1953, Inos Corradin começou uma amizade que durou toda a vida com Dorival Caymmi e com Jorge Amado. “Caymmi me pedia de cantar para ele, com esta voz estridente que tenho na garganta desde sempre, um sucesso italiano daqueles anos, Luna Rossa, de que ele gostava muito. Nos tornamos muito amigos, tanto que numa ocasião me fez ouvir em primeira mão no violão uma canção que ele tinha acabado de compor, “João Valentão”, que foi gravada também por Elis Regina”. Na casa de Amado e de Zélia Gattai, ele passava quando ia ao atelier de Mario Cravo, que também morava no bairro do Rio Vermelho. “Eu, que não sou critico de arte mas admirador sincero que se comove diante da beleza da arte de Inos – escreveu Amado – sinto-me à vontade de apontar o ambiente geral de romantismo difuso que transpira de seus quadros, ultrapassando a angústia e a solidão, uma flor, um barco, um cavalinho de pau, que interrompem o desespero da condição humana: em última análise o tema fundamental da sua arte. A pintura de Inos Corradin é presente que mistura infância e magia, entre luzes e sombras que nos envolvem e nos fazem sonhar... Quadros que nos obrigam a uma contemplação demorada, no enlevo da beleza que a sabedoria e as experiências de vida suscitam”.
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uma gota”. Agora Inos não bebe há mais de 19 anos e esta “renúncia” é devida principalmente a sua esposa Maria Helena, com quem casou em 1960 e que lhe deu três filhos. “Minha prometida estava namorando o professor de matemática dela e os pais ficaram muito brabos porque ela tinha trocado aquele bom partido por um bêbado. Na época eu vivia nas florestas de Ibiúna, perto de São Paulo, onde com um sócio eu tinha montado uma fabriqueta de brinquedos de madeira. Logo depois do casamento, Maria Helena adoeceu gravemente de malária e precisou de uma transfusão urgente de sangue. Me ofereci imediatamente, mas o doutor me disse com tato que não podia dar meu sangue porque ela ficaria bêbada”. Inos trabalhava a semana inteira nos brinquedos e controlava os serviços de uma grande serraria, mas o sábado e o domingo eram reservados à pintura. Até que um dia, depois de
Os materiais empregados nas esculturas são variados, do pó de mármore ao plástico. A esfera com as cores das duas bandeiras do Brasil e da Itália tornou-se um ícone de seu trabalho
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ido apresentar minha primeira mostra na Europa, em Paris, na galeria Debret, que pertencia à embaixada brasileira. Era embaixador na época Delfim Netto, muito gentil mas não lembro mais nada porque vi a ville lumiere completamente bêbado. Cheguei a beber um litro de whisky por dia. Eu era catedrático do álcool desde os tempos em que voltei da Bahia de navio, com três caixas de Jujuba e Jacaré, as aguardentes locais que eu queria comparar com a cachaça de Jundiaí. Mas aquele cargueiro levou tempo demais e no final, entre a tripulação e eu não tinha sobrado nem
três anos, chegou na casa dele um marchand judeu com um carrão americano Buick e perguntou se ainda pintava, pois na casa de um amigo de Jundiaí ele tinha visto um quadro que tinha lhe agradado muito. “Mostrei a ele os quadros feitos naquele período: eram 64”, lembra. “Ele comprou todos e depois me disse: você de amanhã em diante não trabalha mais aqui, mas vai viver em minha casa em São Paulo. Todos os quadros que eu fazia ele pagava. Foi realmente uma enorme felicidade. Depois veio o proprietário da Galeria André para quem trabalhei com exclusividade por 40 anos. Assim acabou minha fome’’. Entre os muitos sucessos de Inos, devem ser arrolados a participação na Bienal de São Paulo, a decoração do navio de cruzeiro Costa Atlântica com 40 quadros e 800 serigrafias, e uma recente mostra no palácio do Congresso em Brasília para o MIB (o Momento Itália-Brasil 2012, em que está inscrito também o projeto “100 Nonni”).
“Me considero um pintor extemporâneo: na realidade já estou morto há muito tempo em relações aos autores chamados de contemporâneos” diverte-se Corradin, mostrando a bola colorida presente em muitos de seus quadros e que se tornou o símbolo de suas duas pátrias, a Itália e o Brasil, com as cores das bandeiras, branco, vermelho, verde e amarelo. “Em minha vida não me arrependo de nada”, conclui o pintor.”Também o período de alcoolismo faz parte do percurso de minha pintura. Não se pode apagar nada da personalidade de um indivíduo. Tudo faz parte de nosso mosaico’’.
O quadro do homem sob a chuva foi um dos destaques de sua última exposição em Brasília, realizada no âmbito do Momento ItáliaBrasil
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Cultura
Cultura para todos Atentado Poético, realizado pela Fundação Torino, comemora dez anos integrando diversas manifestações artísticas e culturais em um só evento Por Lilian Lobato
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de: é amor”, que inspirou a 10ª edição doAtentado Poético, promovido pela Escola Internacional Fundação Torino. O evento reuniu cerca 400 alunos e seus familia-
cada uma delas, o trabalho era feito em português, inglês ou italiano”, explica Daniela Mendes, coordenadora e idealizadora da iniciativa. Ainda segundo ela, o Atentado Poético insere os alunos no cenário cultural de Belo Horizonte, bem como aguça a sensibilidade dos jovens e da comunidade para a leitura de textos literários e apreciação da arte em geral. Daniela Mendes ressalta que o envolvimento dos estudantes só tem crescido e, nessa edição, alguns alunos ficaram chateados ao se despedirem do evento, já que prestam vestibular em
O evento reuniu cerca 400 alunos e seus familiares
Fotos Ignácio Costa
omo já dizia a escritora Janaina Michalski, “Se há detalhes mínimos e belos que só você vê, não duvide: é amor”. O trecho está no livro “Não Duvi-
res. Enquanto parte dos estudantes participava de nove oficinas diferentes na Praça JK, um grupo itinerante fazia intervenções artísticas em outros pontos da capital mineira, como Mercado Central, Praça da Liberdade e Savassi. “Na edição comemorativa de dez anos, o trabalho foi interdisciplinar a partir do tema cultura que é, por natureza, intertextual. A cada ano, criamos uma nova roupagem e exploramos diversas áreas do conhecimento para não desgastar o projeto. Em 2013, foram nove oficinas diferentes e cada aluno se inscreveu em duas. Em
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Cultura Patrícia Salgado e o filho Vinícius, que participou do evento pela primeira vez
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2013. No entanto, continuarão sendo bem-vindos como ex-alunos. Para comemorar esses dez anos em grande estilo, o Atentado Poético contou com a participação especial da escritora Janaína Michalski. “Conheci o trabalho artístico que ela faz nos centros urbanos por meio do Facebook e percebi que
poderia ser inserido no evento da Fundação. Os alunos criaram e pintaram um painel e os textos produzidos durante o evento foram fixados nele – que se tornará um espaço permanente na escola de compartilhamento de textos”, ressalta Daniela Mendes. O livro “Não Duvide: é amor”, segundo Janaína Michalski, é uma obra ‘facebookiana-de-rua’ e nasceu, espontaneamente, durante uma aula de grafite. Para ela, o livro se enquadra muito bem no Atentado Poético. “Acredito muito na arte nos espaços públicos. É importante sair dos ambientes fechados. Teatro, música, arte, poesia, tudo é apresentado em espaço fechado, o que elitiza o produto. Não existe arte reservada, sendo preciso compartilhar e trazer para a nova geração. Isso é enriquecedor para os estudantes”, afirma. A presença da escritora também foi exaltada pelo professor de História da Arte, Luciano Sepulveda, também coordenador do projeto. “A ideia dessa edição foi fazer uma intervenção que integrasse as diversas linguagens artísticas. Os alunos tiveram que usar a imaginação. Com a participação da Janaína, foi possível unir poesia e pintura no meio urbano. O Atentado é um momento único em que os alunos saem do ambiente da escola e trocam experiências”, afirma. Nessa edição, o Atentado Poético contou com a parceria da editora Miguilin, que apresentou parte da exposição “Atrás das páginas” na Praça JK. O editor Alexandre Machado destaca a importância de eventos como esse e diz que a exposição já está nas escolas de Belo Horizonte. Um dos destinos da mostra é a Fundação Torino. Satisfação dos familiares O Atentando Poético também envolveu os pais dos alunos. Segundo Carolina Liboni Rebello e Francisco Rebello, os filhos – Helena Liboni Rebello, de 16 anos, e Samuel Libo-
ni Rebello, de 14 anos – já participam do evento há três anos e empolgação não falta. “O Atentado Poético é muito importante pelo contato que proporciona com a escola e professores. É um momento de descontração em que também podemos conhecer os amigos dos nossos filhos”, explica a mãe dos estudantes. Ela, ainda, destaca que cada edição reserva algo novo e que os filhos se envolvem muito e não aceitam chegar atrasados. “Nessa edição, eles nos acordaram cedo, porque queriam chegar pontualmente para participar com os amigos. Gostei muito do evento na Praça JK, porque é possível chamar a atenção de um público que, muitas vezes, não tem acesso à arte”. Já Patrícia Salgado, mãe do estudante Vinícius Salgado, de13 anos, explica que o filho participou do Atentando Poético pela primeira vez e que foi um momento de interação com a escola e com os outros alunos. Ela, que também colocou a mão na massa, ressalta que ficou satisfeita de ver a desenvoltura de Vinícius falando inglês. “O evento também foi uma possibilidade de contato com os professores”, afirma.
Alunos envolvidos Com o rosto pintado e sombrinha colorida na mão, Talita Stuart Cardoso era só alegria. Ela, que tem 16 anos e está no 2º Liceu Científico, participou do Atentado Poético pela terceira vez. A estudante fez parte do grupo itinerante que se apresentou no Mercado Central, Praça da Liberdade e Savassi. “Essa edição foi mais colorida e organizada. Apresentei poemas e músicas”, destaca. Se o evento desperta o interesse dos brasileiros, imagina de quem é estrangeiro? Matilde Bolduri, de 17 anos, italiana, está em Belo Horizonte há um mês e ficará mais cinco meses na cidade estudando na Fundação Torino. Para ela, o Atentado Poético é uma grande novidade. “Foi a primeira vez que participei de um evento cultural como esse. Em Pavia, na Itália, só temos a Olimpíada de Matemática”, compara. Ela, que aprendeu o português antes de chegar ao Brasil a partir de letras de músicas, ficou encantada com o evento. A estudante recitou poemas de Vinicius de Moraes e disse que foi muito bem recebida por todos os alunos da escola.
Alegria não faltou a Carolina e Francisco, pais de Helena e Samuel
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Cultura
Mais um ano de aprendizado Maratona Cultural finaliza o ciclo de 2012 ao premiar vencedores do programa educacional com um tablet
Por Angelina Fontes
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Fotos Studio Cerri
Luiza, de 17 anos, e a irmã Júlia, de 8 anos, comemoram a vitória
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esta em casa, com a presença de familiares e amigos, para receber o prêmio da Maratona Cultural 2012: um tablet, sonho de consumo de muita gente. Foi assim que 72 estudantes, filhos de colaboradores das empresas do Grupo Fiat, comemoraram a vitória conquistada na 12ª edição do programa educacional desenvolvido pela Fundação Fiat e realizado de agosto a dezembro do ano passado. Ao todo, 2.067 estudantes
matriculados no Ensino Fundamental (1º ao 9º ano) e no Ensino Médio (1º ao 3º ano) participaram da iniciativa, que testou os conhecimentos por meio de provas, redações e trabalhos com foco social. Elena Moreira, gerente de Entretenimento, Comunicação e Desenvolvimento Social da Fundação Fiat, ressalta que o intuito da Maratona Cultural é valorizar a educação e incentivar os filhos dos colaboradores
das empresas Fiat a se dedicarem, cada vez mais, aos estudos. “O programa traz uma série de benefícios aos participantes, sejam eles alunos, pais e professores, como, por exemplo, a continuidade dos estudos; o envolvimento dos colaboradores das empresas participantes na vida escolar dos filhos; e a participação de toda a comunidade escolar em prol de uma educação de qualidade para todos”, destaca. Em 2012, a grande novidade da Maratona Cultural foi a utilização das plataformas virtuais para a realização das atividades. O objetivo foi aproximar os participantes do que existe de mais moderno quando se fala em ferramentas de ensino. Com esse formato, eles puderam se preparar melhor e escolher a hora e o local ideais para fazerem as provas. “Recebemos vários elogios de pais e alunos com o novo formato. Por ter sido realizado on-line, os estudantes se sentiram mais à vontade para realizarem as atividades”, afirma Elena Moreira. As disciplinas analisadas foram aquelas já bastante conhecidas nas escolas: Português, Redação, Matemática e Multidisciplinar, com questões de Geografia, Ciências e História. Além disso, foi preciso abusar da criatividade ao realizarem duas atividades extras. Uma delas foi a análise crítica de uma propaganda, veiculada em TV ou veículos impressos, escolhida pelo próprio estudante, e a outra foi o desenvolvimento de uma ação de intervenção social que impactasse positivamente no cotidiano da comunidade. A estudante Luiza Figueiredo Juncal, de 17 anos, filha de Fabíola Pena, colaboradora da Fundação Fiat, cursa o 2º ano do Ensino Médio, e desenvolveu uma importante ação na comunidade onde mora. A ideia foi alertar a todos sobre a importância da reciclagem, colaborando para a preservação do meio ambiente. “Elaborei, com o
apoio da minha família, um folheto mostrando como a iniciativa é importante e entregamos aos vizinhos e colegas. Foi bem interessante”, diz. Essa foi a primeira vez que Luiza participou da Maratona Cultural e pretende, nas próximas edições, participar novamente, uma vez que o projeto a incentivou nos estudos. Quanto às provas on-line, ela gostou da ideia. “Durante a prova, quando surgiam dúvidas, era possível fazer pesquisas na internet. Fiz tudo com calma e tempo para revisar”, frisa. Irmã de Luiza, a pequena Júlia, de oito anos, também participou da
Maratona Cultural e, assim como a irmã, ganhou um tablet como prêmio. “A festa foi bem legal, com a presença de parentes e amigos”, lembra. Boa em números, a prova mais fácil, para ela, foi a de Matemática e a mais difícil, a de Português. Na Redação, Júlia diz que descreveu que, quanto mais estuda, mais chances tem de alcançar sucesso no futuro, o que vai de acordo com o propósito da Maratona Cultural. “Agora, aproveito meu tablet para brincar e estudar. Já tenho jogos e bibliotecas, com livros que posso ler sempre que quiser”.
Lívia Ferreira Guimarães, de 8 anos, participou pela primeira vez e adorou
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Cultura
Evolução da Maratona Criada em 2001, pela Fundação Fiat, a Maratona Cultural já contou com a participação de mais de 35 mil estudantes e teve diferentes formatos e temas durante os 11 anos de existência. Sempre com o objetivo de promover os estudos e o conhecimento aos filhos dos colaboradores das empresas Fiat. O programa começou como um mini-vestibular, com provas de Português, Matemática e Redação. Assim permaneceu até 2008. Em 2009, a empresa promoveu um concurso cultural com foco na reforma ortográfica da língua portuguesa. Já nos anos de 2010 e 2011, os estudantes elaboraram projeto e redação com foco nos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM), abordando os 8 Jeitos de Mudar o Mundo. Por fim, em 2012, a ideia foi mostrar como a tecnologia é eficiente na educação, com as provas online. Em 2013, o projeto retomará a abordagem inicial, em formato de mini-vestibular.
Códigos da Modernidade Outra novidade da edição 2012, segundo Elena Moreira, foi a elaboração das provas a partir dos Sete Códigos da Modernidade, desenvolvidos pelo educador e filósofo colombiano Bernardo Toro. Os códigos definem as capacidades e competências mínimas para a participação produtiva no sé-
O vitorioso Samuel é filho de Ricardo de Oliveira, da Fiat Automóveis
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culo XXI, ou seja, o que os estudantes precisam para enfrentar os desafios do mundo atual. Entre os preceitos dos códigos estão as capacidades em leitura e escrita; em cálculo matemático e solução de problemas; na análise e governabilidade do meio social; na capacidade para localizar, acionar e usar a
informação. Além disso, envolve a capacidade para a recepção crítica dos meios de comunicação de massa e de planejar, trabalhar e decidir em grupo. “Os sete códigos possuem uma identificação com a Maratona Cultural, pois avaliam situações de planejamento, trabalho em grupo e meios de comunicação. O resultado foi satisfatório. Os alunos e pais abraçaram a causa e compreenderam os objetivos propostos pela Maratona”, diz Elena. Passo a passo A fim de seguir a grade curricular exigida pelo Ministério da Educação (MEC), a Maratona Cultural é preparada por uma instituição de ensino, que tem a responsabilidade de receber as inscrições, elaborar e aplicar as provas, bem como fazer as correções e divulgar os resultados. Ao final das atividades avaliadas em 2012, os três estudantes de cada ano que acumularam a maior pontuação na soma total de todos os desafios ganharam um tablet cada. Também receberam o mesmo prêmio os autores da melhor redação, da melhor ação de intervenção social e da melhor análise crítica de propaganda de cada ano. Durante a realização da Maratona, o site oficial do concurso ainda lançava ações-relâmpago com quizz, gincanas, jogos de adivinhação e cruzadinhas, relacionados aos conteúdos das provas. Os ganhadores receberam como prêmios patinetes, skates e jogos. Lívia Ferreira Guimarães, de oito anos, filha de Paola Ferreira, da Fiat Services, é estudante do 3º ano do Ensino Fundamental e destaca que se preparou paraa Maratona. “Essa foi a primeira vez que participei e adorei o prêmio e a festa que fizeram em minha casa. Estudei bastante para tirar notas boas”. Ela, afirma que, quando crescer, pensa em ser veterinária para cuidar do cachorrinho que tem em casa e de outros animais. Também no 3º ano do Ensino
Fundamental, Samuel Costa Fidelis de Oliveira, filho de Ricardo de Oliveira, da Fiat Automóveis, ressalta que gostou bastante do modelo das provas, feitas pela internet. “Não era preciso ir a lugar nenhum para fazer as provas”. Segundo ele, ainda é cedo para definir a profissão que escolherá para sua vida. Já Ana Luiza Monteiro Bastos Ornellas, filha de João André, da FPT Industrial, está no 3º ano do Ensino Médio, se preparando para o vestibular, quando vai concorrer às vagas para Serviço Social. Ela já havia participado da Maratona Cultural, anteriormente, e se classificado entre os vencedores. No entanto, nessa edição, as provas feitas on-line aumentaram as oportunidades para que mais alunos participassem do programa. “A atividade de ação na comunidade foi muito interessante e me permitiu ganhar o prêmio em 2012”, afirma.
Se preparando para o vestibular, Ana Luiza, filha de João André, da FPT Industrial, recebe o prêmio
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Fotos Ignácio Costa
Responsabilidade Social
No Fiat Clube, as meninas do voleibol têm a oportunidade de se aperfeiçoarem
Inclusão social
por meio do esporte
adolescentes de 10 a 18 anos, moradores do entorno do Fiat Clube ou de outras regiões do município. Em todas as modalidades, as atividades acontecem duas vezes por semana com duração de uma hora. As atividades são ministradas por 11 profissionais de educação física e assistência social, especialmente capacitados para criar um
ambiente de inclusão social e aprendizado, fundamentado na metodologia do Minas Tênis Clube. “Além dos benefícios da prática esportiva, procuramos desenvolver as competências dos alunos, promovendo a associação entre o esporte e valores como convivência social, cooperação, união e trabalho em equipe, que são as bases para a construção
Raiane Cristine Costa é uma das cerca de 600 crianças e adolescentes que vestem a camisa do Árvore da Vida Esportes
Árvore da Vida incentiva a pratica de atividades físicas, transforma a vida dos jovens e ensina valores fundamentais, como compromisso e disciplina
Por Ellen Dias
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aiane Cristine Costa, 12 anos, aprendeu a gostar de voleibol pela tela da TV. Acompanhava ponto a ponto e repetia, junto com os comentaristas, os termos técnicos das jogadas. Na escola onde atualmente cursa o ensino fundamental em Betim (MG), as aulas de educação física ainda estão distantes das quadras. Falta o principal: a bola. É no Fiat Clube, a poucos quarteirões de casa, que Raiane está tendo a oportunidade de colocar em prática as jogadas que tanto via pela televisão. Ela é uma das cerca de 600 crianças e adolescentes que já
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vestem a camisa do Árvore da Vida Esportes. A meta é chegar a 800 participantes nos próximos meses. O ponto de partida do projeto para seus beneficiários foi em fevereiro deste ano, tendo à frente a Fiat Automóveis, por meio do programa social Árvore da Vida, e o Minas Tênis Clube, com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte e apoio da Fundação Fiat, Fundação AVSI e Cooperação para o Desenvolvimento e Morada Humana (CDM). Além do vôlei, são oferecidas aulas gratuitas de basquete, futsal, judô e natação para crianças e
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Responsabilidade Social
Trabalho não falta para a Cooperávore Nos bastidores, o projeto também traz contribuição direta para um grupo de mulheres e homens, moradores do bairro Jardim Teresópolis, localizado a 10 quilômetros de distância do Fiat Clube, em Betim. Todos os alunos do Árvore da Vida Esportes recebem uniformes, que foram silkados pelos associados da Cooperárvore, cooperativa social do programa Árvore da Vida – Jardim Teresópolis, idealizada e desenvolvida pela Fiat Automóveis em parceria com as instituições Fundação AVSI e CDM. “O programa Árvore da Vida reúne diversos projetos, mas todos com um ponto em comum: estimular a autonomia do ser humano, na criação e fortalecimento de redes e no empoderamento das comunidades para que se tornem protagonistas de suas próprias histórias”, explica Ana Veloso. Além da estampa nos uniformes do Árvore da Vida Esportes, os integrantes da cooperativa estão a todo vapor. Nos primeiros quatro meses do ano, a Cooperárvore já vendeu cerca de seis mil produtos e pretende aumentar esse valor com o lançamento da coleção especial do Dia das Mães. Dentre os produtos comercializados, destacam-se sacolas, bolsas, nécessaires e almofadas. Grande parte das peças tem como matérias-primas aparas de cintos de segurança e tecido automotivo, doados pela Fiat Automóveis e seus parceiros.
Coleção especial do Dia das Mães, produzida pela Cooperárvore
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da cidadania”, explica o coordenador do projeto, Mateus Levi. Para os alunos, o ingresso no Árvore da Vida Esportes ultrapassa o aprendizado das técnicas esportivas. “Antes, eu ficava à tarde em casa, vendo TV, sem nada pra fazer. Agora, pratico vôlei e natação, de terça a sexta. Quando chego em casa, estou mais animada para fazer os deveres da escola”, conta Raiane. A colega de natação, Karine Letícia da Silva, 12 anos, trocou as tardes nas ruas do bairro pelas aulas no Fiat Clube. “Agora, tenho algo para me ocupar. Aproveito para perder as gordurinhas”, conta. Sempre na torcida acompanhando a filha de 11 anos nas aulas de vôlei, Laucilene Pereira conta que a motivação para inscrevê-la foi a oportunidade de socialização. “Da escola, ela ia direto para casa. Nem rebater direito ela sabia”, diz. Valéria Aguilar, mãe de Alexia Cristina, conta que foi a filha quem tomou a iniciativa para a matrícula no projeto. “Ela chegou em casa
Karine Letícia da Silva, 12 anos, trocou as tardes nas ruas do bairro pelas aulas de natação no Fiat Clube
decidida: quero aprender natação”, relembra. Alexia não falta nenhuma aula e já perdeu o medo de nadar: “Venho até na chuva”. Para Robert Moreira, 14 anos, que frequenta as atividades de futsal, o Árvore da Vida Esportes é o trampolim para a realização de um sonho: “Quero ser jogador profissional. As aulas me ajudam a ter disciplina e compromisso”.
Projeto de Vida Em meio às aulas de basquete, futsal, judô, vôlei e natação, os alunos também participam de minipalestras para abordagem de temas como drogas e mercado de trabalho. De acordo com Ana Luiza Veloso, supervisora da área de relacionamento com a comunidade da Fiat, o Árvore da Vida Esportes nasceu da percepção da oportunidade de associar o esporte à inclusão social. “O esporte tem função pedagógica no processo de formação do indivíduo. Nosso objetivo é que o projeto contribua para a transformação social dos participantes, com uma abordagem preventiva para a melhoria dos indicadores de educação, além da autoestima e socialização”, afirma. As aulas do projeto Árvore da Vida Esportes seguem até dezembro deste ano, com endereço certo: o Fiat Clube, localizado em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Com uma área total de 230 mil metros quadrados, o espaço oferece quadras poliesportivas, piscinas e ginásio para a realização das atividades. “O projeto movimenta o clube trazendo a comunidade para seu interior”, destaca Bruno Ocelli, supervisor do Fiat Clube.
Além de praticar futsal, a garotada ainda participa de minipalestras para abordagem de temas como drogas e mercado de trabalho
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cultura
Um pouco do
Brasil na Itália
Promovido pela Casa Fiat de Cultura e pela Embaixada do Brasil em Roma, evento cultural leva o que há de melhor da arte brasileira à Itália
Por Polliane Eliziário
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Rafael Motta
A organista e musicista Elisa Freixo é uma das convidadas do Festival
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o intercâmbio de experiências culturais nasce a riqueza da convivência entre os povos. Desde 2011, a Casa Fiat de Cultura tem estimulado tal intensa troca por meio da realização do Festival de Cultura Brasileira na Itália, que ocorre na sede da Embaixada do Brasil em Roma, no Palazzo Pamphilj, na Piazza Navona. Resultado de parceria entre a instituição, a Embaixada do Brasil em Roma e o Ministério da Cultura, com patrocínio da Fiat Automóveis, da CNH e da Iveco, o evento é respon-
sável por levar o melhor da arte brasileira à apreciação dos italianos. Em 2013, a organista e musicista Elisa Freixo é uma das convidadas do Festival. Com repertório escolhido especialmente para a ocasião, a artista se apresenta, em maio, na Sant’Agnese in Agone, igreja barroca do século 17 que integra o conjunto do Prédio da Embaixada na Piazza Navona. No concerto, a solista interpretará obras em dois diferentes órgãos: o primeiro instrumento é italiano, remonta ao século 18 e se caracteriza como “po-
sitivo” – por não possuir pedais e contar com poucos registos (nome dado às configurações do órgão, para que se obtenha um timbre específico). Já o segundo é alemão e foi reconstruído no século 20. Atualmente, conta com dois teclados e pedais, além de tubos feitos de estanho. Elisa Freixo ressalta que o repertório escolhido para o evento revela-se, ao mesmo tempo, original – visto que é quase desconhecido na Europa –, bonito e leve. “Abro com peças latino-americanas e, em seguida, presto homenagem a Scarlatti e a seu ‘quase aluno’ João de Souza Carvalho. Já na segunda parte da apresentação, interpreto dois autores bastante conhecidos, Brahms e Mendelsohn, por considerar que suas obras soam muito bem no órgão alemão”. Na sequência, a artista dedica-se a duas peças, compostas, respectivamente, por Pietro Yon e Guy Bovet. “Bovet foi meu professor e compôs Tango a modo de bossanova pensando no Brasil. A obra é muito divertida”, ressalta. A apresentação se encerra com o trabalho de dois compositores brasileiros, João Wilson Faustine e Calimério Soares. Para o presidente da Casa Fiat de Cultura, José Eduardo de Lima Pereira, a realização do Festival é a consolidação do sonho da permanente troca de experiências artísticas e culturais entre as nações. “A cultura pode ser uma só, mas as manifestações revelam-se diversas. Daí a importância de que todos, no Brasil e na Itália, tenham acesso ao que de melhor é produzido, culturalmente, pelos dois países. Tenho certeza de que o vasto talento de Elisa Freixo será apreciado, e experimentado, pelos amigos italianos, como uma das mais belas e intensas facetas da cultura brasileira”. Lima Pereira recorda-se, ainda, do sucesso do projeto Momento Itália-Brasil, que, em 2011 e 2012, permitiu que muitos artistas italianos se apresentassem em terras brasileiras.
O talento de Elisa Freixo Após longo período de formação em órgão e cravo, no Brasil e na Europa, a paulista Alisa Freixo está radicada em Minas Gerais desde 1988, quando foi convidada, pela Fundação Cultural e Educacional da Arquidiocese de Mariana, a cuidar do órgão de sua Sé e a desenvolver um trabalho de divulgação em torno desse precioso instrumento. Além de suas atividades como concertista, que a levam a viajar regularmente pelo Brasil e por outros países, exerce intensa atividade didática, e vem produzindo uma série de gravações, ao órgão, como solista e camerista. A musicista é, hoje, responsável por projetos de restauros de importantes órgãos históricos brasileiros, além de diretora artística dos Concertos no Museu do Oratório em Ouro Preto e responsável pela programação de concertos na Sé de Mariana e na Matriz de Santo Antonio de Tiradentes, em Minas Gerais. A artista também acaba de lançar seu último CD, gravado em Waltersdorf, Alemanha, com música ibero-americana dos séculos XVII e XVIII. F estival de Cultura Brasileira na Itália O evento oferece apresentações gratuitas, da música instrumental erudita ao design, das artes plásticas às artes cênicas. Dentre as atrações realizadas em 2011 e 2012, destacaram-se o Grupo Uakti, Nelson Freire, os Irmãos Campana, Nicolas Krassik, o Grupo Galpão, Toquinho, Yamandu Costa, Vik Muniz, o violoncelista Antonio Meneses e a pianista Maria João, o pianista Eduardo Monteiro, o cravista Bruno Procópio, o barítono Paulo Szot e a exposição sobre o arquiteto Paulo Mendes da Rocha. Em 2013, além do concerto de Elisa Freixo (22 de maio), o Festival contará com exposições de Ernesto Neto (28 de maio) e do fotógrafo Massimo Listri (2º semestre).
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Fundação Torino recebe Prêmio Nacional de Gestão Educacional na categoria Gestão Administrativa/Pessoas
Daniela Gomes
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Raffaele Peano, presidente da Fundação Torino, mostra o prêmio
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ma instituição de ensino que faz um bom trabalho e valoriza sua equipe merece ser reconhecida. A Escola Internacional Fundação Torino foi agraciada com o PNGE - Prêmio Nacional de Gestão Educacional 2013, na categoria Gestão Administrativa/Pessoas. A premiação ocorreu no dia 20 de março, durante o 11º Congresso Nacional de Gestão Educacional e 3º Congresso Internacional de Gestão Educacional, em São Paulo. “Em três anos, fomos premiados quatro vezes nesse evento. Em 2011 e 2012, a instituição recebeu o PNGE na categoria Responsabilidade Social, e, ainda em 2012, recebi o Prêmio Gestor Educacional do Ano. Para completar, fomos agraciados este ano. Tudo isso, é resultado de um trabalho de longos anos e mostra que estamos no caminho certo”, ressalta Raffaele Peano, presidente da Fundação Torino. Segundo ele, nessa edição, a instituição de ensino concorreu com um projeto de remuneração variada, que é uma forma inovadora de recompensar o corpo docente da Educação Infan-
til da Fundação Torino. O programa consiste em bonificar o educador em até três salários contratuais no início do ano letivo, tendo como referência os objetivos e metas estabelecidos no Planejamento e Visão Estratégica, mensurados por meio da avaliação de desempenho individual, fluência da língua italiana, manutenção e permanência e satisfação do cliente (pesquisa aplicada aos pais de alunos). “A remuneração variada é uma inovação, porque são raras as instituições que atuam dessa forma. A iniciativa vai de encontro à nossa visão estratégica. Zelamos pela qualidade do ensino, satisfação dos alunos e familiares, e remuneração adequada dos educadores”, afirma Peano. A grande virtude dessa bonificação, para ele, está no fato de deixar a equipe mais motivada, o que contribui para um ensino mais qualificado. Ele explica, ainda, que uma instituição que cumpre o seu papel e é economicamente saudável, está apta para desenvolver um bom trabalho. Nos últimos anos, a instituição de ensino recebeu diversos prêmios. De acordo com Peano, o reconhecimento é fruto de muito trabalho e do apoio do corpo docente, assim como dos alunos e familiares. “Os pais que escolhem a Fundação Torino não querem que seus filhos deixem a escola. Temos uma imagem de credibilidade no mercado e continuamos repetindo casos de sucesso”, avalia.
notas
Premiação
Valorizando quem educa
A maior exportadora de componentes para a Venezuela A Iveco recebeu, pela segunda vez consecutiva, o Prêmio Expo/Impo 2013 – ano base 2011, promovido pela Federação de Câmaras de Comércio e Indústria Venezuela-Brasil (FECAMVENEZ), sendo considerada a maior empresa exportadora de componentes automotivos para a Venezuela. A entrega ocorreu no auditório do Crea-SP, em março. A premiação existe há 23 anos e tem como base os dados do Ministério da Indústria e Comércio do Brasil. Com fábrica na Venezuela há mais de 50 anos, a Iveco tem uma rede de 14 concessionárias que cobrem todas as regiões do país. As peças e componentes seguem da fábrica de Sete Lagoas (MG). Os produtos comercializados na Venezuela incluem toda a gama de veículos, como as linhas PowerDaily, Vertis, Eurocargo, Stralis e Trakker, além dos chassis de ônibus para 27, 32 e 44 passageiros e abastecem um mercado de 22 mil unidades, do qual a Iveco detém 13% de market share.
FPT Industrial apresenta motor para geradores S8000 O FPT S8000 G-Drive foi apresentado durante a 27ª Feira Internacional da Indústria Elétrica, Eletrônica, Energia e Automação (FIEE), de 1 a 5 de abril, em São Paulo. O motor de quatro cilindros em linha e duas válvulas por cilindro foi desenvolvido para aplicação em grupos geradores de energia elétrica. O equipamento atinge a potência líquida de até 61kva a 1.800rpm em regime stand-by. As principais vantagens são a redução do consumo de óleo e combustível e a mecânica simplificada, que facilita a manutenção. O motor foi apresentado em parceria com a Leon Heimer, fabricante de grupos geradores para uso em condomínios, lojas, supermercados, empresas de telecomunicações e outros. O portfólio da Leon Heimer tem todos os grupos geradores equipados com motores FPT Industrial. De acordo com dados do segmento, nos últimos dois anos, o setor brasileiro de geração de energia cresceu aproximadamente 30% e deve crescer 15% até 2014.
New Holland lança aplicativo da Apple Store A New Holland abriu um importante canal de comunicação com seus clientes, a partir de um aplicativo criado para iPad e iPhone, respectivamente tablet e smartphone da Apple, que pode ser baixado gratuitamente no site da Apple Store. O programa tem conteúdo completo sobre toda a linha de produtos da empresa, com recursos de visualização em 360°, lista comparativa de diferenciais e especificações técnicas, reportagens recentes e vídeos de máquinas em funcionamento. Ele permite ainda que o usuário comunique sua intenção de compra e o pedido será encaminhado a um dos 40 pontos de distribuição da New Holland que cobrem todos os estados brasileiros. O software está disponível em português e é o primeiro serviço nesse formato que a empresa, presente em mais de 170 países, projeta e entrega aos seus clientes no mundo.
Errata Mundo Fiat 120
Diferentemente do que foi publicado na edição 120 da revista Mundo Fiat, a Magneti Marelli não tem unidade em São Bernardo do Campo (SP).
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raio-X DO GRUPO FIAT NO BRASIL
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www.teksid.com.br Teksid do Brasil www.isvor.com.br Isvor Instituto para o Desenvolvimento Organizacional
www.comau.com.br Comau do Brasil
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Fiat Finanças
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fiat industrial Empresa: Fiat do Brasil S.A. A Fiat do Brasil S.A., constituída em 1947, é a empresa mais antiga do Grupo Fiat no Brasil. É a representante, no país, da holding Fiat SpA e presta serviços em suas diversas áreas de atuação à Fiat Industrial SpA. A Fiat do Brasil S.A. tem a função de representação institucional perante as autoridades governamentais, comunicação corporativa, auditoria interna, treinamento, contabilidade, normatização e gestão das áreas fiscal e tributária, metodologia, folha de pagamento e outras atividades de suporte às operações do Grupo, prestando serviços a 19 empresas, divisões, associações e fundações.
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www.fundacaotorino.com.br Fundação Torino
www.fundacaofiat.com.br Fundação Fiat
Localização: tem plantas industriais nos estados de Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Presidente: Cledorvino Belini
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memória
Fiat 147 Sempre na memória dos brasileiros, modelo foi o primeiro veículo movido a etanol no país
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m julho de 1979, a Fiat brasileira fincou definitivamente sua bandeira de inovação no cenário automobilístico. Depois de lançar o modelo 147, com soluções inéditas na categoria, como motor transversal (mais espaço para os passageiros e menor perda mecânica), pneus radiais (mais conforto e estabilidade) e coluna de direção retrátil (mais segurança passiva), a Fiat inovou mundialmente, ao lançar o primeiro veículo em produção seriada movido a etanol. O 147, movido a álcool (nomenclatura usada na época), chegou
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na mesma época que os primeiros 16 postos de combustíveis começaram a receber o etanol. A empresa foi uma das maiores responsáveis pela migração da gasolina para o etanol que, no Brasil de 1986, representou 90% dos carros vendidos no mercado interno. O inovador 147 movido a álcool, de 1979, antecipou em décadas a procura mundial de combustíveis alternativos, renováveis e menos poluidores, bem como abriu as portas para a tecnologia flex que, três décadas depois, colocaria o país em posição de destaque mundial.
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