2 minute read

Figura 12 – Grupo de Danças Folclóricas Alemãs Schmetterling

Figura 12: Grupo de Danças Folclóricas Alemãs Schmetterling, na Deutsches Fest 2019 (Foto: Leonardo Costa).

Disponível em: https://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/, Acesso em: 29/09/2019

Advertisement

2.2. Etnia Italiana

Os Italianos vieram para a América saindo de um processo de crise nos campos italianos. Muitos chegaram no Rio, e em seguida eram encaminhados aos locais com necessidade de mão de obra, em sua maioria para o interior de Minas devido às lavouras de café. Juiz de Fora era a porta de entrada desses imigrantes no estado, pois fora construída na cidade a Hospedaria Horta Barbosa, que possuía o único objetivo de acolher e hospedar os imigrantes e suas famílias por 10 dias até que fossem para seu destino final (RODRIGUES, 2009, p. 64).

Em Juiz de Fora as primeiras famílias fixaram-se no município no final da década de 1850 e início da década de 1860, que buscavam trabalhos em lavouras, mas também em indústrias crescentes e até mesmo oportunidades de iniciarem seus próprios negócios na cidade. Com uma quantidade relevante de cidadãos italianos na cidade, foram implantadas escolas e associações de mútuo socorro, além de um vice-consulado para representá-los junto ao governo italiano. Diferentemente da colonização alemã, que possuíam uma colônia onde fixaram-se, não existiu um bairro de imigrantes italianos, eles se difundiram pela cidade a procura de

oportunidades de trabalho, de crescerem e construírem suas residências (MANCINI, 2010).

Com a ascensão do fascismo na Itália, o regime de Mussolini adotou várias medidas no sentido de interferir no cotidiano dos italianos fora da Itália. Dentre elas pode-se destacar a criação de Institutos Ítalo-Brasileiros de Alta Cultura; criação de representações do Partido Nacional Fascista (PNF); e a fundação das Casas da Itália, na década de trinta. E nesse momento em que a colônia foi tomada por um clima patriótico e de empolgação com a projeção da Itália sob o regime de Mussolini, iniciou-se em Juiz de Fora a construção da Casa d’ Itália, um projeto de um edifício grandioso, que seria um espaço de convivência ítalo-brasileira, servindo à comunidade italiana em atividades como: instrução, escola, biblioteca, hospital, beneficência, lazer e esporte (FERENZINI, 2007).

Atualmente a edificação de origens italianas é patrimônio cultural de Juiz de Fora, tombado a nível municipal (1985) e representa parte da história dessa etnia na cidade. Segundo site oficial da Casa D’ Itália de Juiz de Fora (2018), após décadas de funcionamento, hoje em dia a Casa d’ Itália mantém a Associação e capela San Francesco di Paola, Grupo de Dança Folclórica Italiana Tarantolato, Coral e Curso de língua italiana, e também funciona como um centro cultural, abrigando diversas atividades, como: Escola de Pizza credenciada pela Associazione Verace Pizza Napoletana, restaurante típico, grupo de bordadeiras, atelier de artes, campo de bocha, estúdio de design, dentre outros.

This article is from: