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Figura 21 – Forro Acústico no Restaurante Manish em São Paulo

3.1.2 Mercados

Inicialmente a arquitetura de mercados no Brasil inspirou-se nos moldes europeus, que se constitui em um edifício fechado, de formato retangular, muitas vezes com vias de pedestres que abrigam as lojas, e guarnecido de uma praça. Essa tipologia difundiu-se no País e gradativamente assumiu características próprias em cada região do território nacional. A função desses mercados era basicamente abastecer a população, em sua maioria apenas com produtos alimentares (VARGAS, 2001).

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O mercado público é composto basicamente pelas áreas de comercialização, onde encontra-se os boxes, e pelas áreas de apoio, envolvendo administração, sanitários, depósitos, frigoríficos, circulações, estacionamento, espaço de carga e descarga, área para coletores de lixo, entre outros. O dimensionamento dos espaços desse equipamento está relacionado à sua área de abrangência na cidade, à quantidade de pessoas a serem atendidas, à variedade e à quantidade de produtos a ser comercializada, dentre outros fatores (OLIVEIRA, 2006).

Quadro 02: Fluxograma do layout do varejo de alimentos (séc. XXI) Fonte: Supermercado Moderno, ano 27, n° 3, p. 63-71 adaptado pelo autor

Para Oliveira (2006), alguns elementos arquitetônicos merecem cuidados especiais em relação ao seu planejamento, assim quanto aos espaços que abrigam as principais atividades. Por exemplo, as circulações devem ser dimensionadas de modo a serem acessíveis a todas as dependências do edifício, evitando, sempre que

possível, o cruzamento dos acessos do comércio com os de serviços (carga e descarga, depósitos, coleta de lixo, etc.).

Como premissa básica tem-se que para os equipamentos de uso público faça o uso de materiais de longa durabilidade e de alta resistência à abrasão. Além destas especificidades, o piso e os revestimentos das paredes do mercado devem ser de fácil limpeza e manutenção, assim como nos restaurantes (ANVISA 2004).

As vedações devem inibir o ataque de pragas, principalmente os roedores, mas excepcionalmente permitir a ventilação cruzada no ambiente, de modo a criar um clima ameno e agradável no interior do prédio. A cobertura ideal para o projeto de um mercado deve ser idealizada de modo a considerar a possibilidade de vencer grandes vãos, viabilizar a exaustão do ar e captar a iluminação natural de forma indireta, através de sistemas com aberturas zenitais amplamente utilizadas nesse tipo de estabelecimento (ANVISA 2004).

A construção do equipamento deverá fazer uso de materias construtivos produzidos com baixo consumo energético e reduzida emissão de poluentes, preferencialmente materiais reciclados, recicláveis ou reutilizáveis, obtidos próximos à região e que sua produção e montagem no canteiro de obras minimizem desperdícios e busquem empregar mão-de-obra local. Ademais, o projeto arquitetônico deverá incluir recursos passivos de ventilação e iluminação, para reduzir os gastos com equipamentos eletrônicos utilizados para proporcionar conforto ao espaço, assim como prever condições para reutilização de águas pluviais e servidas e auxiliar a permeabilidade do solo (OLIVEIRA, 2006).

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