217 Receitas de Saúde e Beleza

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de saĂşde e beleza Manuela Nunes

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217 Receitas de Saúde e Beleza

Faça da sua casa o seu SPA Manuela Nunes


Título | 217 Receitas de Saúde e Beleza Autor | Manuela Nunes Design e Paginação | Ana Correia Tavares Design de Capa | Ana Correia Tavares Edição e Revisão | Sara Rodi e Susana Tavares Fotografia | Pedro Dias Editor| LI MIVI LI www.olivrodaminhavida.com e-mail| editora@olivrodaminhavida.com

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Edição 1ª Edição - Maio 2011 ISBN - 978-989-8519-02-3 Depósito Legal 328644/11 Impressão e Acabamentos Rolo & Filhos II, SA É expressamente proibida a reprodução, no todo ou em parte, da presente obra sem autorização prévia da editora.


217 Receitas de Saúde e Beleza

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Índice 00 . Introdução 0 1 . Saúde 01.1 . As plantas medicinais 01.2 . Formas de aplicação

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01.3 . Receitas para a sua saúde

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O chá Boneca Inalação ou banho de vapores Os banhos Os sumos As pomadas

Perturbações nas vias respiratórias Perturbações no aparelho digestivo Perturbações nos rins e bexiga Perturbações no sistema nervoso Perturbações musculares e de reumatismo Perturbações de sono Controlo do peso Perturbações no coração e circulação sanguínea Gripes e constipações Cansaço Dores localizadas

02 . Beleza da pele 02.1 . A sua pele

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02.2 . Os benefícios da natureza

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Tipos de pele

Benefícios das plantas medicinais Benefícios dos frutos Benefícios das flores Benefícios de outras substâncias naturais


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Receitas

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02.3 . Receitas para a sua pele

Peles secas Peles oleosas Peles mistas Cuidados com o rosto Cuidados com o corpo Queimaduras e exposição solar Acne, frieiras e outros problemas de pele

03 . Beleza do cabelo

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O seu cabelo

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03.2 . Os benefícios da natureza

90

03.3 . Receitas para o seu cabelo

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03.1 .

Tipos de cabelo

Benefícios das plantas medicinais Benefícios dos frutos

Cabelos secos Cabelos estragados Cabelos oleosos Cabelos desidratados Caspa e outras especificidades capilares

04 . Os Banhos

04.1 . Os banhos de beleza

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04.2 . Os benefícios da natureza

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04.3 . Receitas para o seu banho

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Tipos de banho

Benefícios das plantas medicinais

Receitas para o seu banho

05 . Conclusão

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introdução É verdade que abunda informação sobre a quimera da beleza – interior e exterior. Com certeza, já todos leram sobre isso algures, já falaram com alguém, especialista ou não, já testaram algumas “fórmulas mágicas” e, provavelmente, até já criaram algumas das receitas caseiras que se espalharam como uma verdade absoluta. Muito do que se diz e escreve é efetivamente eficaz; por outro lado, grande parte dessa informação não passa de simples engano. Neste livro, garanto-lhe, só vai encontrar fórmulas eficazes. Todas as receitas apresentadas têm garantia de qualidade e eficácia. Mais do que o resultado de muita pesquisa, elas são o resultado de experimentação e prática. Cremes, máscaras, chás e infusões caseiras… encontrará nas próximas páginas tudo o que precisa para manter a sua saúde em equilíbrio e harmonia, assim como um aspeto invejável. Os tratamentos de beleza caseiros são uma arte ancestral. Afinal, o hábito de recorrer às virtudes terapêuticas de certas plantas e alimentos surgiu com a necessidade do homem em compreender e utilizar a natureza em prol da sua saúde diária. O mesmo se aplica aos cuidados de beleza. Quem 10

é que não tem uma tia ou avó que, de vez em quando, relembra truques e receitas para tratar um problema de pele ou tornar o cabelo menos oleoso? Da mesma forma, não é novidade que certas plantas têm propriedades medicinais, atuando como terapêutica natural em certas patologias. Alguns chás e infusões funcionam melhor que certos comprimidos, é sabido. Os “remédios” feitos em casa podem ser mais eficazes do que os medicamentos de farmácia. Além disso, são mais baratos. Admito que, nesta altura, pode estar a questionar se as chamadas “mezinhas” valerão a pena diante de todos os avanços farmacêuticos, tanto no campo da cosmética como da saúde. De facto, a farmacêutica ligada à beleza já percebeu que as substâncias naturais trazem os melhores resultados. E, a cada dia que passa, os grandes laboratórios nacionais e internacionais aperfeiçoam métodos para aproveitar ao máximo as substâncias ativas de plantas e frutos que trazem benefícios para a beleza e bem-estar. Então, com todo esse progresso, o que ainda leva algumas mulheres a preferirem uma mistura de iogurte com papaia, em vez de comprarem uma embalagem


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de creme à base da enzima de papaia? Na realidade, o creme produz o mesmo efeito e até com maior intensidade. Além disso, ainda traz vitaminas. Mas também traz os conservantes que fazem o creme ter um prazo de validade muito mais alargado. A confeção caseira tem a enorme vantagem de sabermos exatamente o que estamos a aplicar ou a consumir. De entre os diversos motivos que podem levar uma mulher a optar pelas receitas caseiras, além da possibilidade de usar ingredientes caseiros, está, sem dúvida, a possibilidade de economizar. Nos tempos que correm, sem margem para “extravagâncias”, o facto de se poder poupar nos cosméticos e na farmácia só traz benefícios… para nós e para a nossa carteira! É isso mesmo, a moda do SPA dentro de nossa casa veio para ficar! Se é daquelas pessoas que não tem tempo e/ ou dinheiro para cuidar do corpo no Instituto de Beleza, saiba como poderá fazê-lo dentro de sua própria casa. Com pétalas, velas, óleos essenciais e uma música relaxante, a sua casa ficará um SPA de 5 estrelas. A criatividade também é solução para contornar o custo de vida, cada vez mais alto. Criatividade e atitude são dois ingre-

dientes fundamentais, que têm de entrar em qualquer receita de beleza. Se quer ser bonita, interior e exteriormente, comece por trabalhar a sua atitude perante a vida. Para ter lábios bonitos, diga palavras doces… Para ter olhos bonitos, procure ver o lado bom das pessoas… Para ter um corpo esguio, divida a sua comida com os famintos… Para ter cabelos bonitos, deixe uma criança acariciá-los de vez em quando... Para ter uma boa postura, caminhe com a certeza que nunca andará sozinha… Goste de si e dos outros! Ame a vida! Os bons sentimentos ajudam a manter uma mente sã e isso é meio caminho andado para um corpo são. E não se esqueça: a beleza de uma mulher não está só nas roupas que veste, na aparência que tem ou na forma como penteia o cabelo. A beleza também vem de dentro – dos sentimentos, assim como da saúde. Se à atitude certa aliar a prática dos ensinamentos deste livro, então estará no caminho certo para se tornar numa mulher realmente encantadora! 11


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01 saúde

A saúde em primeiro lugar A saúde é, seguramente, o bem mais precioso do homem. Não há dinheiro que compre uma saúde de ferro. E é exatamente por isso que, neste livro, lhe falo da saúde em primeiro lugar. Se quer ser bela, por fora e por dentro, tem de garantir que é saudável! A sua pele não vai ser radiosa se sofrer de problemas nos rins. O seu cabelo não vai ser vistoso se tiver insuficiência de cálcio… No primeiro capítulo deste livro vou dar-lhe algumas receitas, truques e dicas para cuidar da sua saúde. Serão apenas uma pequena ajuda já que, em matérias de saúde, quanto maiores os cuidados melhor. E consultas regulares com o seu médico, check-up e exames são obrigatórios. Depois, consoante o que a medicina tradicional lhe disser, pode sempre dar-lhe uma ajudinha extra, recorrendo aos tratamentos à base de plantas medicinais. Se o seu médico a aconselhar a controlar o colesterol, saiba quais os chás que poderá tomar. Se o seu problema é do foro nervoso, saiba como minimizá-lo. Para todos os males, uma cura. Esta é uma máxima que já vem dos nossos antepassados, e que ganha nova vida neste livro.

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01.1

as plantas medicinais A questão de saber até que ponto se pode adotar a “automedicação” com plantas medicinais suscitou sempre grande polémica. Se por um lado são inegáveis os benefícios para a saúde, por outro corre-se o risco de se cair numa curandice irresponsável. Como em tudo na vida, há que ter um peso e uma medida. E, neste livro, eu irei definir os casos em que se pode utilizar responsavelmente as plantas medicinais, bem como os limites para a sua utilização. Antes de mais, é preciso bom senso para distinguir queixas passageiras de doenças crónicas e para avaliar a necessidade de tratamento médico. Nalguns casos, é possível e até desejável que se acompanhe o tratamento médico com os chás medicinais. Apesar dos notáveis sucessos alcançados pela investigação de laboratórios farmacêuticos, não é ainda possível atacar a causa de todas as doenças. E, nesses casos, é possível apoiar os esforços do médico com as plantas medicinais. Os médicos, de uma maneira geral, aceitam bem a iniciativa dos seus doentes em prol da sua própria saúde; no entanto, eles querem e devem ser informados do facto. Essa colaboração entre a medicina tradicional e a medicina alternativa não só faz sentido (cada vez mais!), como também abre um leque muito maior de possibilidades na prevenção e cura de certas doenças. As perturbações de saúde, doenças ou simples indisposições que prejudicam o bem-estar e a capacidade física e intelectual, são tão antigas como a própria Humanidade. Há milhares de séculos – muito antes de surgir a indústria farmacêutica – já o Homem procurava meios de cura eficazes na Natureza. E foi assim, através da experimentação, que se descobriu o poder curativo das plantas que cresciam nos prados e nas florestas. O Homem experimentou, adquiriu conhecimentos e desenvolveu desse modo medicamentos eficazes. Mais tarde, a ciência adotou esses conhecimentos ao laboratório e começaram a aparecer os primeiros medicamentos produzidos quimicamente e difundidos em grande escala. A evolução tem sido substancial. E, nos nossos dias, a indústria farmacêutica já possui um avançado poder de cura, até para o tratamento de doenças que até há bem pouco não tinham solução. No entanto, como se poderia supor com a evolução farmacêutica, as plantas medicinais não perderam a sua importância curativa, pelo contrário. Os médicos e cientistas são unânimes em afirmar que as plantas medicinais constituem uma das principais matérias-primas para o fabrico de remédios de grande eficácia. E em relação ao seu uso por particulares, a difusão de receitas medicinais caseiras, ao longo dos séculos, tem contribuído para que nunca desapareça o 14


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recurso a plantas medicinais. Há, porém, uma diferença significativa entre os tempos atuais e a antiguidade. Outrora, o conhecimento da eficácia das plantas medicinais resumia-se à experiência transmitida de geração em geração. E, assim, de pais para filhos, se difundiam receitas milenares para a cura de certos males, muitas vezes ampliadas ou reformuladas à medida que os tempos iam passando. Atualmente, foram descobertas variadas formas e possibilidades de aplicação dessas receitas, julgando-as criticamente e libertando-as gradualmente de superstições e bruxarias. Ou seja, já se faz o estudo científico das plantas medicinais, sob o ponto de vista botânico, químico e farmacológico. E é esse estudo das plantas que deteta as suas substâncias ativas e as analisa, fazendo com que tudo aquilo que antigamente só se sabia pela experiência seja hoje cada vez mais compreensível à luz de explicações científicas. Quando se fala de plantas medicinais, normalmente não se atribui a um ou outro componente a responsabilidade pelos benefícios para a saúde, mas sim à interação dos vários elementos constituintes. Isto porque também as substâncias concomitantes que, com certo desdém, se designam por inertes, são componentes importantes das nossas plantas medicinais. Essas substâncias inertes podem auxiliar a assimilação dos princípios ativos, aliviar irritações por eles provocadas e aumentar-lhes a tolerância. Quero com isto dizer que, no que toca ao tratamento com plantas medicinais, tudo se completa de maneira harmoniosa e natural. O extrato integral de uma planta medicinal atua quase sempre de forma mais benigna e menos agressiva do que os princípios ativos isolados que dela se extraem. Posto isto, o que se pode esperar das plantas medicinais? Falando genericamente, as plantas medicinais podem estimular as nossas defesas, predispor o organismo para um pleno estado de saúde, promover um fortalecimento geral e um aumento de capacidade física, e ajudar a curar certas doenças. Por um lado, elas podem ser usadas com fins preventivos. Por outro lado, podem ajudar a combater uma patologia já existente, funcionando em paralelo com a ação do médico. As plantas medicinais podem constituir excelentes remédios caseiros para o alívio de ligeiras indisposições ou dores crónicas e agudas. O importante, quando se trata de combater uma patologia existente, é não confiar plenamente nos efeitos das plantas, descurando a ajuda médica. Elas não devem ser encaradas como o «remédio milagroso», da mesma forma que os medicamentos de farmácia não devem ser tidos como a única solução. Afinal, tal como todos os medicamentos, também as plantas medicinais têm as suas limitações, que devem ser reconhecidas e respeitadas. Quem não o fizer, procede com leviandade. 15


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01.2

formas de aplicação Aplicadas corretamente, as plantas medicinais podem ter um efeito benéfico tanto para as pessoas que estão doentes como para as saudáveis – independentemente de serem utilizadas com fins preventivos ou curativos. Há, no entanto, que saber escolher, de entre as inúmeras plantas medicinais, as mais adequadas para cada caso. E depois aplicá-las corretamente, consoante as necessidades. É também por isso que este livro existe: para a ajudar a escolher e aplicar corretamente as plantas medicinais. Só assim conseguirá sentir verdadeiramente os efeitos curativos. Esteja consciente de que as plantas medicinais devem ser usadas com a devida precaução, caso contrário a saúde poderá mesmo ressentir-se. Posto isto, fique a conhecer as formas mais usuais para aplicação das plantas medicinais, de modo a retirar delas os melhores benefícios.

O chá O chá é, e sempre foi, a principal forma de aplicação das plantas medicinais, eleita pela maioria das pessoas. A sua eficácia e facilidade de preparação estão entre os principais motivos para a predileção. O chá pode ser feito a partir de uma única planta ou resultar de uma mistura de várias plantas medicinais, consoante o efeito e/ou sabores pretendidos, e pode ser preparado com água quente ou fria, consoante as plantas. Aquando da sua preparação, as substâncias ativas hidrossolúveis dissolvem-se no líquido e são absorvidas pelo organismo quando o chá é bebido, bochechado ou gargarejado, ou ainda quando é usado para compressas, vapores e banhos. A preparação mais usual do chá medicinal, e a que deve ser utilizada salvo indicação expressa em contrário, é a seguinte: colocam-se as plantas medicinais secas e cortadas em água a ferver; e, depois de se deixar repousar a infusão, passa-se o líquido pelo coador de forma a filtrar os restos das plantas. Veremos mais à frente algumas receitas de chá que seguem esta fórmula. Os chás medicinais, se bebidos, devem ser tomados aos goles e tão quentes quanto possível. Para bochecho, gargarejo ou clisteres aconselha-se uma temperatura entre os 30ºC e os 40ºC. Em relação aos banhos parciais ou de imersão, estes não devem ser tomados a mais de 38ºC, que é também a temperatura indicada para o tratamento de feridas (lavagens ou compressas). 16


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A boneca A boneca de plantas medicinais é um excelente método de terapia pelo calor. E serve, entre outras coisas, para amolecer e amadurecer abcessos e tumores. A boneca obtém-se metendo as plantas medicinais – a linhaça, as flores de feno, ou outras – num saquinho do tamanho da parte do corpo a tratar. Depois de fechado, mergulha-se o saquinho (ou boneca) durante alguns minutos em água a ferver, comprime-se para deixar escorrer a água em excesso e coloca-se sobre a parte do corpo a tratar. A boneca deve estar tão quente quanto se possa suportar.

A inalação ou banho de vapores O tratamento com vapor é injustamente pouco utilizado por ser um método algo trabalhoso. No entanto, quem experimenta fica bem impressionado com a eficácia e não poupa esforços na sua preparação. Renda-se você também à inalação dos vapores de plantas medicinais, que tem excelentes efeitos sobre a tosse, a rouquidão ou o catarro nasal. A inalação é também a melhor terapia para os casos de rinite crónica. Neste método, utilizam-se preferencialmente folhas de salva e flores de camomila e tomilho – isoladamente ou em mistura. Aconselha-se também o uso alternado destas três plantas medicinais, ao invés de recorrer sempre à mesma. Para a preparação da inalação, deita-se uma mão cheia de plantas medicinais num recipiente relativamente grande e rega-se com 1 litro de água a ferver. Não tardam a evolar-se vapores aromáticos que contêm inúmeras substâncias ativas. Com um pano que cubra a sua cabeça e a tigela, posicione-se por cima do recipiente, inalando o benefício desses vapores. A inalação deve durar cerca de 15 minutos. Se a vaporização enfraquecer, torne a ferver a mistura e prossiga com as inalações. No caso de queixas na região anal ou vaginal, aconselham-se também os banhos de vapor, especialmente se forem usadas flores de camomila. Vai ver que as infeções e o desconforto não tardam a desaparecer. Para a preparação deste banho, é necessário um recipiente bem firme no qual se possa sentar. Coloque duas mãos cheias de ervas medicinais ou flores nesse recipiente e regue com 2 a 3 litros de água a ferver. Depois, sente-se em cima do recipiente durante 5 a 15 minutos. 17


217 Os banhos Os banhos de plantas medicinais são indicados para doenças reumáticas, para impurezas de pele, para refrescar, relaxar ou induzir o sono. Embora se encontrem à venda excelentes extratos para o banho, estes também podem ser preparados em casa. Para isso, use 100 a 150g de plantas medicinais, escolhendo as mais indicadas para o resultado desejado (duplique a quantidade no caso de usar flores de feno), e deixe ferver durante cerca de 10 minutos em 2 litros de água. O decoto assim obtido é depois acrescentado à água do banho. Esta água deverá estar à temperatura de 37ºC e o banho deverá prolongar-se, no mínimo, por 10 a 15 minutos. De seguida, aproveite a sensação de relaxamento e deite-se na cama durante, pelo menos, 1 hora. Os banhos parciais – das regiões anal e vaginal e dos braços ou pés – também podem tomar-se com plantas medicinais. Nestes casos, a temperatura da água é idêntica à do banho de imersão e só a quantidade de plantas terá de ser proporcionalmente mais reduzida.

Os sumos Os sumos de plantas medicinais (urtigão, taráxaco, bétula e rábano) são muito apreciados para uma cura de primavera, pois possuem uma ação diurética e ativam o metabolismo. Com a ajuda de um centrifugador, é muito fácil preparar sumos frescos e medicinais. As partes das plantas são trituradas e, depois de se lhes juntar um pouco de água, são metidas no centrifugador. O líquido que assim se obtém deve ser tomado às colheres.

As pomadas As pomadas à base de plantas medicinais são extremamente eficazes no tratamento de feridas e infeções. De entre as inúmeras plantas medicinais que podem ser usadas no seu fabrico, destacam-se a arnica, a maravilha, a camomila e a hamamélis. As pomadas que contêm óleo essencial estimulam a circulação e são especialmente indicadas para doenças reumáticas, gota, entorses e inchaços. Outras são benéficas para o tratamento de furúnculos e abcessos. O fabrico caseiro das pomadas é mais complexo do que os métodos descritos anteriormente. No entanto, posteriormente darei conta de algumas receitas caseiras para pomadas. 18


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01.3

Receitas para a sua saúde Sabe exatamente do que sofre, e está cansada de tomar comprimidos que parecem não ter qualquer efeito? Quer minimizar os seus problemas de saúde de forma natural? Então experimente algumas das receitas caseiras que lhe vou ensinar, mas lembre-se: tudo deve ser feito com moderação. Siga à risca as minhas recomendações e seja paciente a esperar os resultados, que eles virão... a seu tempo. Em matérias de saúde também se aplica a expressão popular “depressa e bem não há quem”. Antes de mais, crie hábitos saudáveis! Os tratamentos com plantas medicinais são eficazes, mas levam o seu tempo. Integre-os no seu dia a dia, combine-os com uma atitude saudável e positiva, e vai ver que as melhorias surgirão, e a todos os níveis. Além de solucionar problemas de saúde pontuais, ainda estará a melhorar o seu bem-estar físico e mental, de forma geral. Tem prisão de ventre, insónias, colesterol elevado? Qualquer que seja o seu mal, eu tenho a receita!

PERTURBAÇÕES NAS VIAS RESPIRATÓRIAS

01 Chá de primavera

20g de raízes de primavera 20g de folhas de tussilagem 5g de flores de verbasco 5g de tomilho 0,5l de água a ferver Deite 2 colheres de chá com a mistura de plantas em água a ferver e deixe repousar durante 5 a 10 minutos. Depois coe para separar o líquido das plantas. Deve beber diariamente 2 chávenas deste chá adoçado com mel. Este chá dissolve as mucosidades brônquicas mais espessas e facilita bastante a expetoração. É especialmente indicado em casos de bronquite crónica, asma e enfisema pulmonar. 19


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02 Vapor de eucalipto

4 folhas de ramos novos de eucalipto 1l de água a ferver

Prepare a infusão fervendo num litro de água as 4 folhas de ramos novos de eucalipto, durante 10 minutos. Os vapores libertados por esta infusão devem ser inalados (tanto pelo nariz como pela boca) antes de deitar. Idealmente, utilize uma toalha para cobrir a cabeça quando estiver debruçada sobre a infusão, de forma a concentrar os vapores e obter melhores efeitos para descongestionar as vias respiratórias.

03 Remédio antitabágico

6 flores de bananeira 0,25l de água a ferver 2 chávenas (café) de açúcar cristal Misture as flores de bananeira num recipiente com água e leve ao lume, deixando ferver durante 5 minutos. Coe e acrescente 2 chávenas de açúcar cristal. Volte a ferver até dissolver o açúcar. Tome 1 colher de sopa deste líquido 2 a 3 vezes ao dia. Por não conter conservantes, o consumo deve ser rápido.

04 Chá de gengibre para a rouquidão 1 colher (sopa) de gengibre ralado 1 colher (sopa) de mel

1/2 limão espremido 0,25l de água a ferver

Verta a água a ferver sobre o gengibre ralado. Misture depois o sumo de limão e o mel. Coe e beba bem quente.

05 Infusão de mel para a rouquidão e garganta inflamada 1 colher (sopa) de mel 0,25l de água a ferver

Misture o mel em 1/2 de litro de água e deixe ferver em lume brando, durante 5 minutos. Utilize esta infusão (de preferência morna) para ir gargarejando durante o dia, tantas vezes quanto necessárias. 20


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