arte • cultura • comportamento • moda • beleza • decoração
Juliana Paes, na pele de Gabriela, diz que não teme cenas quentes
Nossa conversa com Christina Montenegro Ela assina um livro que provoca os homens
A postura do capixaba diante da cultura Clube Hype propõe mudança de atitude
Marilyn Faça a diferença na hora de decorar
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9 772237 558005
ISSN 2237-5589
Detalhes que podem levantar o ambiente
R$ 5,00 ano 8 • nº 52
volta linda e provocante
Editorial
Expediente Editora Colaboradores
Betty Feliz MTb 179 Alessandra Vargas Antônio Carlos Félix Ariani Caetano Barbara Hilsenbeck Christini Ziviani Diego Sierra Ester Jacopetti Évelin Sala Letícia Comério Luis Taylor Marcelo Neto
Redação Rua Prof. Sarmento, 41/Lj 01, Ed. Eller, Praia do Suá, Cep 29.052-370, Vitória, ES Telefax: 27 3225.6119 redacao@hypeonline.com.br
Marketing Tiago Feliz Martins 27 3225.0184 / 8144.0141 tiago@hypeonline.com.br Publicidade Marcella Paganotti 27 3225.0184 marcella@hypeonline.com.br 27 9294.8922 Projeto gráfico e diagramação
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Gráfica GSA 27 3232.1266
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CAPA A modelo Amanda Gobbi (agência Ragazzo MGMT) usa brincos Adriana Delmaestro. Make-up/hair de Aline Bretas e produção de Juliana Fernandes. Foto João Araújo.
Betty Feliz
CONSULTORIA EM COMUNICAÇÃO
A Revista Hype é uma publicação bimestral da Preview Editora Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos ou ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do editor. Todos os direitos reservados.
Marilyn, Juliana e os homens n Sempre fui uma cinéfila de carteirinha. E como toda amante de cinema que se preza, costumo rever clássicos dos anos 50, 60,70... Guardo com carinho (e por que não dizer, ciúme) a caixa que ganhei de presente do meu marido com os filmes de Marilyn Monroe. O Pecado mora ao lado, Quanto mais quente melhor, Os Homens Preferem as Louras... Ícone de beleza e sensualidade, há 50 anos (completados em agosto próximo) a atriz foi dormir para nunca mais acordar. Marilyn, no entanto, está viva na memória das pessoas, no cinema, nos posters, cartazes e livros, um deles, aliás, tema de matéria desta edição. A obra Fragmentos revela que aquela beleza loura e curvilínea, que dizia dormir apenas com uma gota de Chanel nº 5, amava Flaubert, Beckett, Camus e James Joyce. A discípula do diretor Lee Strasberg, a quem legou 75% dos seus bens, revive na bela capa e no ensaio de moda desta edição, encarnada na modelo Amanda Gobbi e fotografada por João Araújo. É a nossa homenagem ao cinquentenário da morte da atriz. Mas Hype também celebra a vida junto com a simpática e bela atriz Juliana Paes, cuja entrevista, na abertura desta edição, traz revelações sobre seus temores diante do novo papel-título da novela global que lhe desafia: Gabriela. E eles que se preparem! A psicóloga Christina Montenegro escreveu um livro provocante e instigante: O Homem ainda não existe. Vale a pena conferir a entrevista da autora, assim como as outras matérias desta edição, que passeia pela gastronomia e pela arte. Delicie-se com as dicas de beleza, cultura e turismo que trazemos embaladas nos lançamentos de moda do inverno e... boa leitura! Betty Feliz
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Confira no site No Twitter @RovenaS (Rovena Storch) Muito bom o encontro da @revistahype! Pessoas e histórias incríveis aqui... @closet de madame Closet de Madame adoora Hype!
No Facebook Amaro Lima Ontem à noite o clube Hype no Aleixo foi demais! Obrigado Betty Feliz e toda sua equipe pelo convite. Simone Monteiro Muito obrigada pelo convite e pela noite de ontem. Foi muito bom conhecer novas pessoas em suas diferentes áreas de trabalho, trocar ideias, saber mais sobre a revista Hype e me impressionar com o talento e a determinação de Tiago Feliz, o novo publisher capixaba. Maria Luiza Neves Estou com saudades de Hype. Cadê a primeira edição de 2012?
Por e-mail Beleza
n “Amei a última edição! Especialmente a divertida matéria com a atriz Scarlet Johansson, que considero uma das mais belas do cinema internacional. Gostei também da entrevista com Júlia Lemmertz, que deu show de talento e elegância na novela Fina Estampa.” Denise Pontes
Artistas no site
Você curte Marilyn Monroe? n Em nossa página na internet você pode conferir o making of do ensaio que é destaque nas próximas páginas da revista. As fotos foram feitas num ensolarado dia de março pelo fotógrafo João Araújo, na belíssima casa do casal Eulália e Décio Chieppe, a quem devemos nossos agradecimentos. A modelo Amanda Gobbi, da agência Ragazzo MGMT, depois de produzida por Juliana Fernandes e maquiada por Aline Bretas, transformou-se na Marilyn em pessoa! Entre lá e confira tudinho. E não acabou não. Nossa personagem da coluna Zoom, Zenaide Vieira, adiantou, em primeiríssima mão, quais serão as tendências de moda do verão 2012/2013. Quer saber? Acesse o site de Hype e confira.
n “Costumo visitar o site da revista e adoro as novidades de moda e beleza que encontro por lá. Mas a seção que mais me atrai é a de Gente, principalmente quando vocês publicam eventos com artistas.” Débora Pinheiro
Comparação elogiosa
n “O Clube Hype é uma ideia muito original e criativa. Aliás, as propostas de Hype são sempre muito diferenciadas. É isso que faz desta revista a melhor, disparadamente, de todo o Estado, com todo respeito às demais. Como disse o empresário Octávio Malheiros, ‘Hype tem cara de publicação nacional’.” Júlio César Neto ERRATA Na última edição, por um cochilo da revisão, nosso editorial de moda teve suas legendas omitidas e truncadas. Para corrigir o erro, em respeito aos leitores, parceiros e à equipe de produção, publicamos a matéria com as legendas corretas no nosso site.
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sumário hype
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ENTREVISTA
Nova Gabriela da TV, Juliana Paes fala com exclusividade sobre a personagem e a maternidade e dá dicas rápidas e fáceis de cuidados com o corpo e os cabelos
CIDADANIA
Ao contrário do que se diz por aí, felicidade pode ser comprada sim! Conheça a campanha que visa a angariar fundos em prol do Hospital das Clínicas, o Hucam
NARCISO
Selecionamos as últimas novidades de produtos pra lá de coloridos para você usar e abusar no make. O que vale é soltar a criatividade e se divertir. Mas sem exageros, ok?
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PERSONAGEM
A psicóloga Christina Montenegro chama a atenção de mulheres e homens (principalmente!) com o livro “O homem ainda não existe”. Será?
PAPO SURREAL
O cobiçadíssimo galã George Clooney responde a nossa fictícia (quem dera se fosse de verdade!) entrevista sobre mulheres, casamento, filhos, carreira e Oscar
ENSAIO
Cinquenta anos atrás, morria uma das principais divas do cinema americano. Agora, Marilyn Monroe revive num belo e sofisticado ensaio para Hype
VIAJANDO
A empresária Mônica Zaslawski revela sua vocação viajante, seus roteiros preferidos e sua paixão pela Alemanha, país que visita com muita frequência
CASA
Sabe aquele cantinho da sua casa em que falta alguma coisa? Hype selecionou móveis que preenchem esses espaços e ainda completam a decoração
ZOOM
A empresária Zenaide Vieira respira moda todo o tempo, seja no trabalho, seja em casa. Com a família como prioridade, ela fala de seus gostos, preferências e seu maior sonho
roteiro
Aguardadíssimos pelos brasileiros, grandes festivais internacionais e shows nacionais movimentam o cenário cult. Tem Lollapalooza, Bob Dylan, Björk e Los Hermanos
Depois de almoçar, você acredita que nunca mais comerá algo parecido. Aí vem o jantar. Restaurante Aleixo. Precisa de motivo?
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entrevista hype
Já ouvi muito as
‘ih, você está Juliana Paes Cheia de desafios. Assim pode ser definida esta fase da vida de Juliana Paes. Escalada para viver Gabriela, a emblemática personagem de Jorge Amado e fortemente associada a Sonia Braga, que a interpretou na versão original da novela e no filme, a morena diz estar preparada para suportar as possíveis comparações e que o convite para fazer o remake não podia vir num momento melhor: “Estou sentindo saudades de trabalhar. A gente tem a fase mãe, mas sente falta da batida, da correria, de decorar um texto”
Ester Jacopetti
O Aguinaldo Silva comentou no Twitter que você estava um pouco velha para viver Gabriela. Como você reagiu a isso? n Ah, o Aguinaldo falou isso?... Ah, não sei... O Aguinaldo é muito palpiteiro, né? (risos). Ele adora dar palpite em tudo. Eu acho divertido. O Twitter serve para isso, né? Para falar o que quer, doa a quem doer. Eu não gosto muito de me meter na vida dos outros no Twitter, não. Eu uso o Twitter de uma maneira mais light. Mas eu acho que as pessoas estão aí para fazerem o que quiserem. Internet é terreno de todo mundo. É terreno livre.
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pessoas dizendo
parecendo a Gabriela!' Você vai viver um papel que consagrou Sonia Braga ao estrelato. Você conversou com ela sobre isso? n A gente trocou ideias sobre ela achar eu ser adequada ao papel. Ela me mandou flores lindas e eu fiquei surpresa, porque não esperava que isso partisse dela. Mandei um e-mail agradecendo, ela me retornou e ficamos nessa troca. Ela mencionou a coisa da idade e falou assim: ‘Juliana, isso é uma grande besteira. Eu tinha 34 anos quando fiz o filme e fiz a novela quando tinha 26 anos’. Ela disse que eu já tinha a Gabriela dentro de mim, e me tranquilizou muito com isso. Ela só me jogou para cima. Eu não vou ficar falando porque não quero jogar confete em cima de mim mesma. Mas ela me deu uma super confiança, sabe? Porque é um personagem muito emblemático... Eu falei isso para Sonia. ‘Gabriela ficou tão querida no imaginário do povo e tão associada a você, que você virou uma entidade sagrada. É que nem mexer com Nossa Senhora.’ Existe uma aura de sagrado em torno de algo tão importante. E ficou marcado no imaginário popular. Em função disso, fico pensando que vão ficar o tempo todo me comparando. Eu já estou esperando essas comparações todas! Mas eu vou fazer o quê? Estou acreditando na escolha que fizeram e na confiança que depositaram em mim, muito em função da minha experiência como atriz. Ter sido escolhida para viver Gabriela foi, afinal, uma surpresa? n Para mim, não foi exatamente uma surpresa. Já tinha acontecido o convite. Eles es-
tavam realmente vendo qual seria o projeto no qual eu me adequaria melhor, entre a novela da Glória ou Gabriela. Eles decidiram por Gabriela, e eu fiquei muito feliz. Agora, estou sentindo o peso da responsabilidade. Como foi sua saída da novela da Glória Perez para fazer Gabriela? n Eu fiquei até com febre por causa disso. Quando surgiu toda essa história, eu fiquei sabendo que não ia dar para conciliar as duas coisas e foi um baque. Eu já falei e repito: tenho verdadeira adoração pela Glória. Pelo pouco que eu sei, a novela vai ser um barato, e eu ia ser protagonista. Sabe quando você fica entre a cruz e a espada? Tomar decisões é sempre abrir mão de alguma coisa. Mas o que lhe fez decidir fazer Gabriela e não a protagonista da nova novela da Glória? n Não houve pressão. O bacana de trabalhar na TV Globo, e eu tenho muito orgulho disso, é que a emissora tem uma preocupação com o que o artista quer. Eu fui conversar com o Manoel Martins, e ele foi muito querido em me perguntar: ‘O que você gostaria? Qual é o seu desejo? A gente vai tentar conversar com todo mundo para se entender’. O que me motivou muito em Gabriela tem a ver com o desafio. Fazer um sotaque diferente, uma novela que retrata uma outra época é algo que eu nunca fiz. Todos os atores buscam personagens que tragam algo de novo, algo para o qual você tenha que acionar novos neurônios.
Gabriela é uma novela e uma personagem que algum dia você sonhou fazer, caso fosse ser produzido um remake? n Engraçado... Essa coisa de remake é muito nova, né? Eu ainda não tinha pensado nisso. Como eu tenho este jeito moleca, brincalhona, sempre com os cabelos alvoroçados, eu já ouvi muito as pessoas dizendo ‘ih, você está parecendo a Gabriela!’, mesmo antes de surgir o projeto. Já ouvi bastante isso em outros trabalhos que eu fiz, em sessões de fotos, por exemplo. Tem atores que não gostam de ver cenas originais quando fazem um remake. Você gosta? n Eu gosto de ver. Há atores que não gostam de ver para não se influenciarem. Mas acho que cada caso é um caso. Para mim, ajuda, sim! É óbvio que vou manter minhas reservas. O público que assistiu a Gabriela 30 anos atrás era um público diferente, mais inocente. A cabeça das pessoas, hoje, mudou. Eu acho que o grande desafio vai ser contar uma história que já foi contada, mas de modo a tocar as pessoas de hoje. Como as pessoas vão ver essa história hoje? Com o mesmo coração que viram anos atrás? Acho que é nisso que temos que pensar a partir de agora. Na primeira versão, havia cenas quentes. Nesta também deve ter? n Cenas quentes são consequências. A história é que é gostosa. Eu estou relendo o livro, e Jorge Amado escreve com uma riqueza de detalhes fenomenal. Meu pai
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entrevista hype assistiu à primeira versão e estava falando que o interessante não era só a história de Gabriela e Narciso. Era a história de todos os personagens. Isso é que é legal, contar uma história com personagens envolventes. E as cenas que virão, se serão quentes ou engraçadas, são consequências do trabalho. Fora Gabriela, tem alguma outra personagem de livros de Jorge Amado de que você gosta muito? n Tem várias. Eu não sei se me lembrar de uma personagem agora. Nossa, estou tão envolvida com Gabriela. Eu gosto de... não posso falar. Ai, meu Deus do céu! Dona Flor é uma personagem que já foi feita e depois vão ficar falando que eu quero me oferecer para fazer as coisas... Essas perguntas são muito danadinhas... Não vou ficar me oferecendo para fazer as personagens de Jorge Amado, não. Como está sendo sua volta ao trabalho agora que o Pedro já está com um ano? n Eu fui muito feliz em ter tido todo o primeiro ano do Pedro para ficar junto com ele. Estou agradecida de esse convite importante, que é Gabriela, ter coincidido com o momento em que estou a fim de voltar a trabalhar. Estou sentindo saudades de trabalhar. A gente tem a fase mãe, o que é maravilhoso, mas sente falta da batida, da correria, de decorar um texto. Eu sempre fui de trabalhar muito. Estava com vontade de voltar. Eu acho que a hora foi perfeita! Como vai ser conciliar o trabalho e a maternidade? n Quando a gente vira mãe, vira mil! Filho é prioridade. E a gente sempre dá um jeito de resolver os problemas dele e botar para dormir. Aí, vai decorar o texto. A gente se acostuma a dormir menos mesmo, não tem jeito. E o maridão ajuda muito. O Dudu é um príncipe e está apaixonado pelo Pedro. É
muito bom você ter um marido com quem você deixe o seu filho e não se preocupa. Nessa sua rotina corrida, qual é sua dica rápida e fácil para uma mulher cuidar dos cabelos? n Bom, às vezes, a gente fica cortando toda hora. Mas quando a gente aprende a cuidar do couro cabeludo, é muito importante. Eu, principalmente, acabo usando muitos produtos, porque o meu cabelo é cacheado e indomável. Quando a gente vê, o couro cabeludo está sujo e precisa mesmo fazer uma limpeza para o cabelo soltar e crescer. Aí, sim, o cabelo vai crescer, ficar bonito, com cara de soltinho. Esta é minha dica: cuide do couro cabeludo, gente! Mas, além disso, o que você costuma fazer para cuidar dos cabelos? n Quando vou à praia, procuro sempre passar filtro solar no cabelo. Hoje, existem produtos para você proteger o cabelo do sol, mas é sempre legal fazer um coque, principalmente quem pinta, ou usar um chapéu, fazer uma trança legal. Eu uso muita trança porque o meu cabelo é bem comprido e, às vezes, o coque fica muito pesado. Acho que a trança é o ideal. Não lembro a marca do filtro que estou usando, mas tem que passar antes de sair de casa. Você aplica o protetor, penteia, sela, faz uma trança ou um coque e vai. Como você cuida da sua pele? Usa algum produto especial? n Tenho uma dermatologista maravilhosa, a Dra. Claudia Miki. O lema dela é “menos é mais”. Eu nunca fiz nenhuma intervenção no rosto. Ela fala que quem começa a cuidar mais cedo da pele cada vez mais tarde tem que fazer intervenções. Hoje em dia, a tecnologia cosmética é muito bacana, né? Estou usando os cremes da Olay, de que estou gostando muito. Tem alguma receita caseira para cuidar da pele? n Eu faço esfoliação com açúcar e mel. Receitinha caseira que fica super! Não pode
esperar muito tempo porque o açúcar derrete no mel. Então, rapidamente, espalhe pelo rosto de forma circular. Depois, passe um hidratante. A pele fica bundinha de bebê. E no corpo? Você usa algum produto? n Olha, depois do Pedro, tem que ser alguma coisa rápida. Não dá para demorar muito. Então, normalmente, eu passo um óleo dentro do banho mesmo. As pessoas têm mania de se secar, tiram a umidade da pele e depois passam o óleo. Não adianta. O ideal é passar o óleo com o corpo molhado. Eu faço isso. Ou, então, hidrato depois do banho. Tenho usado até mais o óleo porque é mais rápido. Você espalha pelo corpo e rapidamente vai até o dedão do pé. Estou usando um da Neutrogena.
Saiba mais sobre como Juliana Paes n cuida A atriz dono corpo estúdio em hypeonline.com.br TV Brasil, apresentando a Revista do Cinema Brasileiro
Outono/ inverno 2012 Rua Aleixo Neto,1283 | 27 3225.7200
Shopping Vit贸ria, 1潞 piso | 27 3345.1894
Cidadania hype
Divulgação
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n Flávia Rodrigues, Angela Mameri, Don Silvestre Scandian e Beto Castelubber: projeto uniu 20 empresas
Você pode
comprar felicidade
Campanha mobiliza empresários e sociedade em torno do Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam), o Hospital Universitário, que precisa levantar fundos para melhorar sua estrutura e ampliar seus serviços Ariani Caetano
n A revista Hype é uma das 20 empresas parceiras da campanha “Compre Felicidade”, desenvolvida pela Criativa Propaganda para a Sociedade Beneficente de Assistência ao Hospital Universitário (Sobem-HU). Trata-se de uma tentativa de salvar o Hucam, arrecadando fundos para melhorar suas instalações físicas. A campanha, que está acontecendo desde fevereiro e se estenderá até abril, convida as pessoas a participar da ação, de forma solidária, provocando seu lado consumista de forma reflexiva e crítica, a fim de arrecadar fundos para o Hucam. “Se as pessoas não gastassem tanto dinheiro com coisas desnecessárias, elas poderiam ajudar o hospital. Por isso, criamos o conceito de ‘Compre Felicidade’. Claro que felicidade não se compra, mas quando você doa, o hospital pode comprar itens, como leitos, por exemplo, que ajudam a salvar vidas e, consequentemente, garantem a felicidade de
muita gente”, explica a diretora da Criativa, Flávia Rodriguez. Segundo ela, outras ações já estão programadas para a campanha, como a confecção de uma camisa com a releitura da marca do Amigo do Hucam, feita por vários artistas plásticos capixabas. A camisa será vendida no site da marca capixaba Samba Club e 30% da receita obtida serão revertidos para o hospital. Já neste primeiro momento da campanha, diversas empresas e personalidades capixabas aderiram ao movimento de forma voluntária, tornando-se grandes parceiras da campanha, participando, inclusive de um vídeo, divulgado na internet. Assinado pela Criativa e produzido pela Fulltime, o filme foi inspirado na proposta de “Five Friends – Vote”, produzido por Leonardo DiCapprio e dirigido por Steven Spielberg em outubro de 2008, e também de “É a Gota D’Água + 10”, produzido por Maria Paula Fernandes e Sérgio Marone, em novembro de 2011.
“O Hucam carrega o rótulo de ser o hospital do Governo Federal, o hospital da Universidade. Por isso, a sociedade geralmente não sabe de sua importância. Para se ter ideia, no Hucam são realizadas, por mês, aproximadamente 16 mil consultas especializadas e mais de mil procedimentos cirúrgicos. Isso tudo é custeado pelo Governo Federal, por meio do SUS, mas para a evolução do hospital e investimento em novas tecnologias e aparelhos ainda falta capital e é necessária a ajuda dos empresários e sociedade civil”, explica a presidente da Sobem-HU, Ângela Mameri. Como ajudar n As doações para o Hucam podem ser realizadas pela internet, por meio do site www.comprefelicidade.com.br. Na página, podem ser feitas doações de R$ 10, R$ 50, R$ 100, R$ 200, R$ 250 e R$ 500.
Pรกtio Praia Shopping - Loja 9 - 27 3315 5999 | Shopping Vitรณria - 2ยบ piso - 27 3335 1731
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Marilyn
Todas querem ser
Quem nunca quis experimentar o visual mais famoso e imitado de Hollywood? Ícone de beleza e estilo por causa das madeixas louras platinadas, os lábios vermelhos, as curvas perfeitamente desenhadas e aquele charme inconfundível dos anos 50, Marilyn ainda é referência para as mulheres contemporâneas
Fotos: João Araújo
hypeonline.com.br
n Aline e Juliana dando os últimos retoques na modelo Amanda Gobbi
Évelin Sala
n Assim como Madonna, Scarlett Johansson, Angelina Jolie, Lindsay Lohan, Kylie Minogue, Christina Aguilera e muitas outras celebridades já se inspiraram no visual de Marilyn Monroe para aparecer em fotos, videoclipes ou nos tapetes vermelhos mais badalados do mundo, você também pode inspirar-se na musa para montar ou até mesmo adaptar seus looks. Acompanhamos o editorial de moda que homenageia Marilyn nesta edição e
revelamos aqui as dicas preciosas da make up artist Aline Bretas e da produtora Juliana Fernandes, que cuidaram do visual da modelo Amanda Gobbi. Para começar, se você quer mesmo criar um look à Marilyn Monroe, inicie pelas sobrancelhas, olhos e boca, não se esquecendo da famosa pinta que caracteriza a diva. Aline, responsável pela transformação dos cabelos e da maquiagem da modelo, dá a dica: “A maquiagem dela é clássi-
ca, não tem como fugir nem inventar muito. Dei uma atenção especial ao delineador, além dos cílios e o côncavo dos olhos, bem marcados e esfumados”. Mas juntar batom vermelho com olho bem marcado não seria ousar demais nos dias de hoje? “Durante o dia, o ideal é escolher: ou o olho ou a boca. Mas à noite dá para abusar dos dois, é claro, na medida certa”, orienta Aline. Confira os bastidores do ensaio.
Aprenda Batom vermelho Quem tem dificuldade deve começar desenhando a boca com um lápis exatamente da cor do batom. Para aplicar o batom de forma uniforme e sem risco de borrar, use um pincel. Leve o produto sempre com você para fazer os retoques. Delineador Quem não tem muita prática, deve primeiro fazer um traço “rascunho” na pálpebra com um lápis de olho. Em seguida, não cubra o traço de uma vez e sim comece do meio do olho para fora. Como o desenho deve ser mais fino no canto interno do que no externo, quando o aplicador estiver com menos tinta, complete o traço na parte interna do olho.
Cachos volumosos A forma mais eficiente de cachear o cabelo, principalmente se ele for liso, é utilizar a técnica do papel laminado. Primeiro deve-se enrolar as mechas, fazer o famoso “dedinho”, cobri-las com o alumínio e prensar com a chapinha. Só no final use o spray fixador, sem economia, para manter o penteado.
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cor
Qual é a sua
preferida?
Depois do color blocking nas roupas, é hora de ousar também na maquiagem. Mas, calma, nada de exageros! Escolha o ponto para o qual você quer chamar atenção, uma cor e... voilà! Solte 01 A Natura Faces criou o Mini Lápis Neon nas cores ouro escuro e azul turquesa n sua criatividade. Para 02 Transforme o olhar com cores intensas e cílios volumosos usando a máscara n ajudá-la nesta lúdica colorida para cílios azul, da Água de Cheiro n 03 Nada melhor que o batom Morange, tarefa, selecionamos, um laranja vivo inspirado em Iris Apfel que a M.A.C lançou para influenciar as mais entre as novidades tímidas n 04 Blush lilás? A nova coleção da Make B, Fashion Collecion, traz esta que chegam, produtos nova cor no Blush Baked Milan Lilac n 05 Imagine um raio de sol líquido dentro de que vão encorajá-la um frasco. O iluminador dourado Sun Beam, da Benefit, proporciona efeito especial a mergulhar de vez no make n 06 A nova cor do esmalte Ceramic, o Red Magenta 11, da marca alemã nessa nova tendência Artdeco, promete conferir um charme especial às unhas
arte hype
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afetos
Pintando
n Lara Felipe
A galeria Matias Brotas abre seu calendário de eventos em maio deste ano com a exposição individual “Itinerários”, da artista plástica capixaba Lara Felipe Betty Feliz
n Com curadoria de Neusa Mendes, a mostra promete revelar a nova trajetória da jovem artista que, nesta fase, aborda questões sobre tempo e deslocamento, novas paisagens exploradas por Lara em suas viagens e experiências. Quem for conferir a exposição poderá apreciar cerca de 10 quadros em formatos diversos, fotografias e objetos instalados, que revelam paisagens, vivências e pesquisa de campo. Na mostra, acrílica, colagem, cera-de-abelhas, fotografias e objetos são manipulados, criando diálogos. "A soma desses elementos se transforma em ideias e sentimentos, mas sua força se estabelece no plano pictórico. Pesquisa, ação, avanço, abandono e retomada do processo”, diz a curadora . Segundo Neuza, “Lara traz para a pintura o que sempre trabalhou em ou-
tras mídias e também sua história pessoal. Neste laboratório itinerante, o poder da síntese se instaura e toda escolha vem dos acontecimentos que envolvem o processo”. A curadora conhece a artista desde os anos 90, quando Lara estudava na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). “Ela sempre apresenta a síntese. Para se ter uma ideia, em sua primeira exposição, Lara apresentava uma caixinha de sapato que continha uma camisola, um terço e uma folha de dormideira. Havia também uma frase escrita em letra set, ou seja, um texto, porque ela trabalha sempre com conteúdo, e isso preencheu a galeria inteira”, lembra Neuza. Segundo ela, “Lara pinta afetos e a força de sua obra está na matéria, nos significados e nas escolhas”.
Serviço n “Itinerários” ficará em cartaz de 17 de maio a 2 de junho. n A Galeria Matias Brotas fica localizada na Avenida Carlos Gomes de Sá, 130, Mata da Praia, em Vitória. Funciona de terça à sexta, das 10 às 19 horas, e aos sábados, das 10 às 15 horas.
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DIVÃ hype Antônio Carlos Félix das Neves
Psicólogo, psicanalista e professor
antoniocarlosfn@terra.com.br
Estilosa sob o olhar n O olhar, diferentemente do que imaginamos, é um objeto. Olhamos e, ao mesmo tempo, desejamos um olhar para, em seguida, quase no mesmo instante, nos fazermos olhados e amados por ele. Agora nos tornamos objeto desse mesmo olhar. As mulheres, talvez por serem mais sensíveis a um olhar, constantemente pedem que confirmemos, como um espelho, uma imagem no novo corte de cabelo, num detalhe de roupa, na cor do esmalte, no aroma de um perfume, o que lhes trariam uma paz efêmera, um contorno pontilhado do corpo, sempre transitório. Os homens, por sua vez, querem mostrar os músculos, todos, sempre rígidos; usam dos objetos – do carro, do dinheiro, do esporte, da mulher – como desempenho de virilidade ratificada num olhar. Isso quando não fazem uso dos anabolizantes e estimulantes acreditando produzir efeitos de masculinidade. Fazemos tudo por um olhar, até mesmo coisas destrutivas contra nós mesmos. Mas é muito difícil, beira ao sacrifício, manter esse olhar de prontidão, que sempre se desfaz num desvio de olhar. O que teria para além de um olhar que, só de imaginar, nos angustia? Uma criança, nos seus cinco anos de idade, que começa a se familiarizar com as letras, me solicita uma folha de papel
em branco e pergunta: “Como se escreve estilosa?” Sem tentar compreender, pronuncio pausadamente e–s–t–i–l–o–s–a. Ela vai escrevendo, à sua maneira, pedindo que eu soletre até compor a sonoridade esperada. Diante da sonoridade conquistada, ela pede que eu abra a porta do consultório e corre para sua mãe, que se encontra na sala de espera. Mostra a palavra para ela, lendo-a num tom que encanta: “Mãe, você é estilosa!” A mãe, surpresa, deixa transparecer um entusiasmo encantador, confirmado num sorriso de troca de olhares. Esse júbilo do olhar da mãe fora percebido pela criança no dia anterior, quando seu primo, um pouco mais velho, a elogiara dizendo que ela estava muito estilosa com aquela roupa. A criança percebeu que aquela palavra estilosa tinha a magia de fazer brilhar o olhar de sua mãe. Mas é preciso que a criança não permaneça por muito tempo aí, no visgo do olhar, acreditando ser, ela mesma, a estilosa da mãe.
Espera-se que essa mãe possa contar ao marido a novidade – estilosa –, despertando nele outro olhar, deslocando a criança de tal fascinação. O pai, tomando o estilosa para si, sinalizaria para a criança que existiriam outros caminhos para além da mãe, abrindo a possibilidade de novos olhares, novas estilosas, mesmo que não saia de sua lembrança que um dia poderia ter sido a criança estilosa da mãe.
Saúde
Dr. Lauro Ferreira Pinto
hypeonline.com.br
clínico geral e infectologista
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A coqueluche voltou. É preciso evitá-la
No mês de março, uma manchete chamou a atenção nos jornais da capital: Criança morre de coqueluche. A Secretaria de Saúde confirmou dois óbitos em crianças, um em Cariacica e outro em Mimoso do Sul n A coqueluche é causada pela Bordetella pertussis e acomete apenas seres humanos. É transmitida por via respiratória, sendo altamente contagiosa, podendo causar doença em mais de 90% das pessoas em contato, suscetíveis. O diagnóstico de certeza é difícil e depende da experiência clinica do médico em identificar a tosse característica, em “guincho”. Essa tosse costuma persistir por várias semanas. Na maioria das vezes, como a doença é afebril, adultos e crianças com coqueluche continuam com suas atividades habituais (trabalho, escola) mantendo a circulação da bactéria na comunidade. Estima-se que 20% dos casos de tosse com duração acima de 14 dias sejam causados pela coqueluche. Entretanto, raramente se faz a suspeita diagnóstica. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2009, o Brasil registrou 1.037 casos de coqueluche; a Argentina, 1.743 casos; a Austrália, 29.545 casos, e nos Estados Unidos, apenas na Califórnia, foram mais de nove mil casos. A gravidade da doença varia de acordo com a idade. A maioria das complicações e mortes ocorre em crianças com menos
de um ano, especialmente nos menores de seis meses (incompletamente vacinados). Entretanto, os idosos também podem apresentar complicações graves, como pneumonia, fratura de costela e perda de urina. As vacinas contra coqueluche foram desenvolvidas na década de 40 e, após sua introdução nos calendários de rotina, tiveram impacto dramático na redução da doença; entretanto, a coqueluche é a única doença imunopreveníveil cuja incidência, hoje, aumenta apesar da cobertura vacinal e continua causando complicações e mortes nos lactentes jovens, mesmo nos países desenvolvidos, pois a proteção após doença natural ou vacinação tem duração limitada. Desde 2011, o Global Pertussis Initiative (GPI) recomenda que as vacinas acelulares sejam administradas aos contatos domiciliares de lactentes jovens, para evitar a transmissão da doença em ambiente domiciliar e intra-hospitalar. Essa estratégia, denominada cocoon, já é adotada em diversos países,como França, Estados Unidos, Canadá, Costa Rica, Panamá
e Cingapura. Consiste em vacinar as mães, pais, avós e irmãos, que podem transmitir a doença aos recém-nascidos. É uma vacina de tétano com o componente de proteção à coqueluche. As vacinas Adacel da Sanofi Pasteur e Refortrix da GSK são as indicadas.
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personagem hype CHRISTINA MONTENEGRO
n Um livro para "provocar susto no senso comum"
Homem feminino é
“marketing de plástico” Psicóloga, supervisora de Psicologia Clínica, especializada em Sociologia Política e Cultura pela PUC-RJ e em Psicopedagogia e Psicologia Clínica, Christina Montenegro escreveu um livro que, a partir do título, mexe com os homens e instiga a curiosidade das mulheres. Quem quiser conhecer a autora de O Homem ainda não existe poderá encontrá-la no facebook, no seu blog ou em vídeos no youtube
Betty Feliz
Não por acaso, a capa do livro é ilustrada pelo famoso cartunista Laerte que, desde que assumiu sua porção feminina, vem causando polêmica e discussão sobre sexualidade em todo o país. Veja o que a autora de “O Homem ainda não existe” pensa sobre questões como gênero, patriarcalismo, poder, estética e identidade. O título do seu livro é provocativo e instigante. Pode ser considerado até mesmo assustador para alguns. Você queria causar esse tipo de reação quando o escolheu? n Queria provocar curiosidade que, como sempre digo, felizmente ainda não foi proibida... Provocar algum susto no senso comum, habituado a ideias e comportamen-
tos patriarcalistas/patrimonialistas, que andam enferrujando, especialmente nos últimos 50 anos, sobre gênero, poder e estética. Enfim, provocar até risos, ao menos nos que são familiarizados com alguns discursos típicos da psicanálise. É que Lacan disse uma vez que “mulher não existe”. Quando ele disse isso, aliás, estava tentando elogiar as mulheres, por parecerem menos engessadas do que os homens quanto à construção de suas identidades. Para ele, os homens desenvolveriam sua identidade a partir, por exemplo, do mito do patriarca cruel, que precisa ser assassinado pelos filhos para que a sociedade possa evoluir, tamanha a sua tirania; já as mulheres pareciam não se sentir aprisionadas a uma imagem ancestral equiva-
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lente a essa, e, por isso, se sentiriam à vontade para se posicionar diante da vida num estilo “la dona é móbile”. Ora é assim, ora é “assada”; ora é “frita”, ora é “cozida” etc... Ao contrário do que o senso comum tenta nos convencer, rir não nos faz parar de pensar, nem desqualifica nossa capacidade de reflexão... E como seu livro está sendo recebido pelo público? n Para meu alívio, leitores do chamado público comum têm recebido tão bem que as reflexões que eu gostaria de compartilhar, como diz o título, estão chegando sem parar, ora pela rede social – criei até uma página para o debate do livro no Facebook, além da manutenção de um blog –, nos comentários da série de vídeos que criei no YouTube, ora por e-mail mesmo. Por outro lado, para minha alegria, dois respeitáveis acadêmicos me fizeram o mesmo e o maior dos elogios sem que um soubesse o que o outro havia dito: ambos disseram que eu tinha conseguido fazer “um livro que qualquer leitor que desenvolva um hábito regular de leitura gostará de ler, inclusive porque o livro não é chato e tem até alguns momentos divertidos” e que “o desenvolvimento das ideias tem rigor e consistência”. Confesso que fiquei, além de aliviada, prosa! Há algum tempo a mídia vem apostando no “novo homem” quando aborda a vaidade masculina e divulga matérias de comportamento que o colocam como mais sensível, mais participativo..., enfim, o tal de “alma feminina”. Este homem existe? n Não gosto dessa imagem de homem feminino. Parece que, em primeiro lugar, a responsabilização por possíveis mudanças é delegada, mais uma vez, para a potência feminina, infantilizando a capacitação de reflexão e transformação dos homens. Em segundo lugar, essa imagem de “homens femininos” carrega um fedorzinho
de “marketing de plástico”, onde um processo plausível de reflexão transformadora é substituído por necessidades do mercado, o que sempre é contraproducente. Ator social é uma entidade da Sociologia onde um grupo, por algum motivo, se reúne e se organiza em torno de suas questões comuns. Nesse momento, esse grupo passa a ser chamado por seu coletivo. A instituição do ator social Mulher, após sua organização, e a do ator social LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transgêneros etc), após sua organização, são fenômenos que os homens ainda não experimentaram. Talvez engambelados por seu próprio, e indiscutível, poder retórico e burocrático, eles não se debruçaram em torno de suas questões, e é óbvio que elas existem, e não se deram ao trabalho de se organizar ao redor delas...
pagar antes de ganhá-los: aprender a conversar mais consigo mesmo, se abrir para seus iguais, se organizar, refletir, arriscar-se em novas experiências e responsabilidades, abrindo mão de hábitos ancestrais. Isso não é nada fácil. “Transgredir a sério” dá um trabalhão em dois níveis: interno, com os “próprios botões”, e externo, com o outro e com responsabilidades, no mundo íntimo e no mundo público. Reunir-se para debater poder monetário, burocrático ou sexual e/ou futebol é moleza...
O que faliu no chamado modelo masculino tradicional e o que significa, então, ser homem nos dias de hoje? n Qualquer estatística sobre mortes, adoecimentos, acidentes, violência urbana ou claramente bélica, sequelas físicas graves e irreversíveis em consequência de tudo Essas questões são isso, hospitalizações, inclusive psiquiádiscutidas no seu livro... tricas, aprisionamentos etc apontam um n Sim, trata-se de um dos ônus muito pior para o conassuntos que acompanham tingente masculino. Além todo o desenrolar do livro. disso, é só olhar ao redor. Transgredir a séPrefiro apostar nessa futura Se, por um lado, aceitamos rio dá um trabaorganização e, a partir dela, que o poder planetário ainlhão... Reunir-se no desenvolvimento de da é gerido pelos homens, para debater pomasculinidades das quais por outro, ninguém anda der monetário, vai emergir um Masculino feliz com os resultados, a burocrático ou com referencial masculino, começar pela guerra. Estasexual e/ou futão autônomo quanto o Femos em 2012 e a prática de tebol é moleza... minino o conquistou, e com soluções pela via diplomárenovado projeto existentica ainda engatinha, como cial próprio. Cabe somente se adultos se comportasaos homens desejar e arrissem como criancinhas pecar desbravar o que poderá vir a ser isso, quenas disputando territórios imaginários esse perfil de pensamento, ação e respon- e brinquedos no tapa com os coleguinhas sabilidade para seu futuro (e o futuro de de playground. Claro que o mercado armaseus descendentes) no planeta. mentista, visivelmente em mãos masculinas, fica felicíssimo com isso. As questões Mas, afinal, o que mais assusta os ecológicas são assassinadas todos os dias homens nos tempos atuais e por pelos mesmos motivos. Um poder com esse que essa desorganização, digamos padrão de letalidade e sofrimento para a assim, em torno de suas questões? maioria deixa a quem feliz? Esse poder, mun O que assusta é que se tornou eviden- lheres e LGBTTS não querem mais não. Ou te que eles são o único grupo de gênemelhor, mulheres, LGBTTS e homens não ro que não ganhou os presentinhos que patriarcalistas e não patrimonialistas não a autonomia traz, mas que há um preço a querem mais não! Não podemos esquecer
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personagem hype que, por incrível que pareça, existem tanto mulheres e LGBTTS patriarcalistas/patrimonialistas, quanto homens que não o são mais, ou que desejam claramente desobedecer a esse padrão. Quanto ao que é ser homem, eu me recuso a me meter a responder. Não só não tenho a experiência de sê-lo, como não vou tomar a frente deles, ou invadi-los com meus possíveis “eu acho isso, eu acho aquilo”. De “achismos” invasivos o mundo já está repleto! Meu livro faz muito mais perguntas do que se meter a dar respostas. Tenho horror desses manuais de que o mercado editorial parece gostar tanto... Se é verdade que são as mulheres/ mães que educam os filhos, porque eles continuam repetindo os mesmo erros? As mães de hoje (e de ontem) estariam prestando um desserviço à causa masculina e, por consequência, às próprias mulheres? n Em primeiro lugar, isso é parcialmente falso: filhos têm sempre mãe e pai. Se o pai é abandonador, ausente, omisso, negligente, ou mesmo abusador é outra coisa, mas a educação vem da imagem dos dois, seja ela qual for. As mães podem ensinar tudo, menos uma coisa: ensinar aos filhos homens o que é, como é e o que significa ser um homem. Se o pai não estiver presente, o menino vai absorver o universo masculino ao seu redor. Nós todos nascemos imersos em uma coisa chamada “caldo cultural” e respiramos esse caldo desde pequenos. O planeta ainda fede a patriarcalismo/patrimonialismo. Só isso é o bastante para que os meninos repitam padrões... Padrões de educação... n Sim. Na maioria dos lares, escolas e ruas, os meninos ainda ouvem que “menino não chora”; ainda são desestimulados a ajudar nas tarefas domésticas, o oposto de suas irmãs mulheres; a ajudar a cuidar de seus irmãos menores (o que também sobra para as irmãs mulheres), e ainda são desestimulados para muitas expressões estéticas...
n A capa da obra é assinada pelo cartunista Laerte
Balé, nem pensar! E por aí vai. Nas pré-escolas e escolas, a figura do professor homem é raríssima. O magistério está prioritariamente em mãos femininas. E quando está em mãos masculinas, essa questão das necessidades específicas dos meninos-homens não é debatida. Ofereci, há alguns anos, um projeto para professores homens a duas ONGs poderosíssimas que lidavam com educação. Elas recusaram dizendo que o assunto “não era tão importante assim”... Nem acho que sejam repetidos erros... Como sou psicóloga, creio que, neuroticamente, se repetem problemas, isto é, questões. Enquanto a questão não é refletida, falada, debatida, ela se mantém repetindo. Não há pecado ou erro: há neurose histórico-antropológica... Você diria, então, que na questão homem/mulher não há vítimas nem culpados? n Não há mesmo! Há apenas a aventura da população planetária, igualmente envolvida com seu trágico caminhar que, quanto mais fraterno/solidário se tornar,
mais ameno e, talvez, divertido poderá ser. O que aconteceu até o capítulo no qual nos encontramos é que ficou faltando uma categoria de gênero (os homens) ter peito de “dandar prá ganhar temtém”, como a gente diz para os bebês que estão aprendendo a andar em cima de seus dois pés, autonomamente. Quais são suas expectativas diante disso? n Não tenho a ilusão de esperar grandes transformações na minha própria geração. Sou capaz de apostar que transformações para muito melhor virão: na vida de um contingente masculino mais amadurecido, nos relacionamentos intergêneros, na gestão do planeta etc. Mas ficarei feliz se meus tataranetos se beneficiarem. Meu papel é provocar, plantar sementinhas de reflexão, essas coisas. Como Betinho lembrava, é a gotinha de água no bico do beija-flor, para apagar o incêndio da floresta. É só uma gotinha, mas é toda gotinha que tenho para dar e não vou ficar parada só porque é tão pouquinho...
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papo Surreal GEORGE CLOONEY
Ativista e Filho do apresentador de televisão americano Nick Clooney, George Clooney acompanhava o pai nos estúdios desde os cinco anos de idade e acabou seguindo a mesma carreira, mas abandonou o emprego de jornalista televisivo para virar ator depois que seu primo, Miguel Ferrer, conseguiu para ele um pequeno papel num filme n Clooney, que nasceu George Timothy Clooney em 6 de maio de 1961, na cidade de Lexington, nos Estados Unidos, atingiu o auge do sucesso com o seriado ER (no Brasil, Plantão Médico), interpretando o Dr. Doug Ross. Em 1999, no entanto, trocou a série por uma carreira mais consistente no cinema. Entre seus filmes mais conhecidos estão Três reis, Onze homens e um segredo, O amor custa caro, Solaris, Batman & Robin e Syriana: a Indústria do Petróleo, pelo qual ganhou o Globo de Ouro e o Oscar de melhor ator coadjuvante. Além de atuar em frente às câmeras, Clooney dedica-se ao trabalho de diretor, como nos filmes Confissões de uma Mente Perigosa e Boa Noite e Boa Sorte, pelo qual foi indicado ao Globo de Ouro e ao Oscar de melhor diretor em 2006. No drama familiar Os Descendentes, guiado pela mão sensível do diretor e roteirista Alexander Payne, Clooney assume o papel de Matt King, um marido e pai fragilizado, o que lhe valeu nova indicação ao Oscar 2012, perdida para o francês Jean Dujardins, de O Artista. Nesta nossa conversa fictícia, mas consistente porque fruto de pesquisa real, o ator fala de casamento, mulheres e da carreira que, segundo ele, escolheu por ser “mais fácil” do que a de jornalista. Fale sobre sua prisão e a de seu pai naquela manifestação na embaixada do Sudão, em Washington.
n Foi um incidente extremamente desagradável sobre o qual já disse tudo o que tinha para dizer. Ok, então falemos sobre o Oscar que você perdeu para o francês Jean Dujardin, de “O Artista”. Ficou frustrado? n Fiquei e muito! Mas Dujardin teve um desempenho brilhante no filme e mereceu ter ganho a estatueta. No filme Os Descendentes você faz o papel de um marido traído. Uma amiga disse que achou a história inverossímil porque, segundo ela, nenhuma mulher seria louca de trair George Clooney. Você já foi traído na vida real? n Não sei, realmente... Mas quem sabe? De qualquer maneira, mesmo que eu soubesse não diria a você. Atores como Brad Pitt, Matt Damon, Julia Roberts e Nicole Kidman costumam elogiá-lo em público. Você é mesmo esse “galã divertido e gente boa” sobre quem eles falam? n Todos eles são grandes amigos e é exatamente por isso que ninguém deve levar em conta o que dizem sobre mim... Você é modesto? n Não. Sou ext re m a m e n te vaidoso,
mas não gosto de demonstrar isso em público. Por isso, principalmente em entrevistas, procuro disfarçar esse traço narcisista do meu caráter (risos). Sua vida amorosa inclui muitas e belas mulheres – entre elas a atual, Stacy Keibler – e sua fama de celibatário convicto é assunto recorrente na mídia. Mas você já foi casado com a atriz Talia Balsam. A experiência foi tão traumática assim que o fez rejeitar a ideia de voltar a se casar? n Não, não diga isso! Talia e eu nos casamos em 1989 e ficamos juntos e felizes durante três anos... Mas você declarou, em uma entrevista à revista Vanity Fair, que não foi justo com ela.... n A verdade é que eu não devia ter me casado naquele momento...
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Essa foi a verdadeira causa da separação...? n Não. Admito que essa é mais uma das minhas respostas decoradas para perguntas saia justa. A atriz Michelle Pfeiffer apostou que você ainda irá se casar, e o valor da aposta já subiu de 100 dólares para mais de 100 mil... n Pois é, estou deixando aumentar. Gosto mais de dinheiro do que de casamento, você sabe. E quanto a filhos? Você não pensa em tê-los? n A maioria das pessoas quer ter filhos e não consegue entender alguém que não tenha o mesmo desejo. Eu não quero crianças, não sinto necessidade de dar à luz pequenos George Clooney. É muita responsabilidade... Você está feliz com a profissão de ator? n Estou, com certeza. Mas, na realidade, sempre sonhei com uma carreira de jogador profissional de baseball. Só que descobri cedo que não era suficientemente bom para isso. Você também abdicou da carreira de jornalista... n É verdade. Não consegui levar isso adiante. Preferi fazer algo mais fácil. Ser ator é mais fácil? n Acho que viver vidas que não a sua, ter a possibilidade de ser um canalha ou um herói, deus ou o diabo é muito mais enriquecedor, além de divertido. É melhor – e mais fácil – do que encarar a vida real, pode apostar. Você é feliz? n Não. Queria ser mais rico e morar no Brasil. De verdade? n Não. Essa é também uma resposta que dou para agradar aos jornalistas. Vocês adoram quando a gente elogia o seu país.
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mem贸ria hype
Marilyn Livro mostra
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A atriz norte-americana Marilyn Monroe, símbolo universal de beleza e sensualidade, era leitora ávida de Gustave Flaubert, Samuel Beckett, Joseph Conrad, Ernest Hemingway, Albert Camus e James Joyce? Sim. Pelo menos é o que diz o livro fragmentos, que traz livros, versos, diários e incontáveis cartas escritas por esta sexy symbol n Trechos dessas cartas, documentos e textos poderão ser ouvidos, em breve, nas vozes de Uma Thurman, Viola Davis, Lindsay Lohan, Paul Giamatti e Evan Rachel Wood. Esse “encontro” acontece no documentário inspirado no livro, coeditado por Stanlet Buchthal, que assina o filme como produtor no ano em que se celebram os 50 anos da morte da famosa e lendária atriz. Entre os atores contratados para participar do documentário Fragments também estão Lily Taylor, Zoe Saldana, David Strathainrn, Jennifer Ehle, Murray Abraham, Vanessa Shaw, Michelle Monaghan e Gretchen Mol. Giamatti lerá como George Cukor, e Murray Abraham como o psiquiatra da atriz. Produzido pela empresa francesa StudioCanal, o filme está em produção e deve ficar pronto antes de 5 de agosto, data da morte de Marilyn. O livro Fragmentos – Poemas, anotações íntimas, cartas, organizado pelo
francês Bernard Comment e pelo norte-americano Stanley Buchtal, tem prefácio do italiano Antonio Tabucchi e é fartamente ilustrado com fotografias da atriz – sozinha, entre livros ou com amigos e maridos. Ao final, traz detalhada cronologia da vida de Marilyn, além da reprodução das capas originais dos livros de sua biblioteca. Um dos últimos textos é “Elogio Fúnebre”, assinado por Strasberg em 9 de agosto de 1962. Essa data é um detalhe importante: em 2012 comemoram-se os 50 anos de falecimento deste que foi certamente o maior mito do cinema. A obra está sendo considerada uma espécie de “breve biografia da alma sísmica” da atriz. Muitos viram no livro a prova final de que a loura exuberante de Quanto mais quente melhor, O pecado mora ao lado e Os Desajustados era não apenas a deusa da beleza e do sexo implícito, mas também uma mulher extremamente sensível e inteligente. Considerada uma insegura crônica, o que se revela em muitos dos seus escritos, Marilyn parecia querer que a vissem “menos carne e mais espírito” ao se deixar fotografar com livros abertos de Joyce, Heine, Whitman e do próprio Arthur Miller, seu último marido e autor de uma das peças mais emblemáticas do teatro ameri-
culta
cano, Morte de um caixeiro-viajante É dele, aliás, a melhor definição do dilaceramento de Marilyn no curso de sua consolidação como deusa: “Para sobreviver, seria preciso que ela fosse mais cínica ou, pelo menos, mais próxima da realidade. Em vez disso, ela era uma poeta na esquina, tentando recitar seus versos a uma multidão que lhe arrancava as roupas”. Amiga e discípula de Lee Strasberg (1901-1982), diretor do famoso Actors Studio e espécie de pai espiritual da atriz, Marilyn legou a ele 75% de seus bens (inclusive o licenciamento do uso de sua imagem), entre os quais esses manuscritos agora reunidos em livro. O volume contém páginas de confissões pessoais (anotadas em folhas ou em diários), vários poemas ou versos esparsos e muitas cartas. O jornalista Ruy Castro, que assina o texto de contracapa da edição brasileira, diz: “Este livro revela uma nova e surpreendente Marilyn – tão sedutora e irresistível quanto a Marilyn carnal pela qual nos apaixonamos no cinema”. Marilyn Monroe, ou Norma Jeane Mortenson, nasceu em Los Angeles, Califórnia, no dia 1º de junho de 1926 e morreu, aos 36 anos, enquanto dormia, em sua casa em Brentwood, na Califórnia, em decorrência de uma overdose de barbitúricos.
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Ensaio hype Ficha técnica n c oordenação Trend Fashion Lab n
fotos
João Araújo n a ssistente de fotografia
Faelo Ribeiro n
beleza
Aline Bretas tyling n s Juliana Fernandes
n c onceito Betty Feliz n m odelo Amanda Gobbi Agência Ragazzo
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mora aqui
Há um pouco de Marilyn em cada mulher. A sexy, a ingênua, a sedutora, a pecadora, o mito, a estrela... Ela vive no imaginário de cada um de nós. Desde que se foi, há 50 anos, Marilyn continua presente, inspirando artistas que lhe copiam os cabelos louros, a atitude sedutora, provocadora e irresistível. A bela modelo Amanda Gobbi, guiada pelo fotógrafo João Araújo, incorporou, com graça e atrevimento, o espírito desta autêntica e imortal diva do cinema que homenageamos nesta edição
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n b rincos Florrih por Juliana Caliman Dadalto
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Ensaio hype
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sapato Arezzo
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consumo hype 01
O detalhe
que faltava É hora de revisitar o guarda-roupa e fazer um balanço dos acessórios que realmente merecem permanecer na linha de frente do acervo. É hora, também, de renovar a lista desses preciosos itens que hoje, mais do que nunca, fazem total diferença no look. São pecinhas fundamentais que, juntas ou separadas, levantam qualquer visual. Garimpamos algumas delas para você conferir
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01 Yasmin Brunet veste o inverno da Auslander que é a cara do inverno carioca e n capixaba n 02 Fabrizio Giannone e Valdemar Iódice assinam 30 peças, entre braceletes de serpentes e gargantilhas em ouro, cobre e pedrarias n 03 Os anos 40 estão em
alta: a linha de relógios Jockey Fever, da Chilli Beans, chega colorida e divertida como
as corridas de cavalo n 04 Para quem gosta de combinar luxo com elegância, o relógio
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Victor Hugo pode ser uma alternativa diferenciada n 05 Uma boa carteira (ou clutch) tem seu lugar no arsenal de toda mulher moderna, prática e elegante. O modelo da Sawary é tão feminino quanto os cintos da marca, que deixam a silhueta sempre
alinhada n 06 Cheia de poás, a bolsa Visto, da Imaginarium, combina com passeios em fins de tarde, mas também vai à escola e ao trabalho n 07 a n 11 Da C&A, peças que
compõem um look moderno e antenado: sapatilhas, bolsa, pulseira, jaqueta e saia plissada longa para curtir uma festa animada ou um jantar especial, a dois
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tudo hype
Ao mestre, com carinho
n Paixão artesanal e pioneirismo no design são as forças da Edição Limitada Montblanc Alfred Hitchcock, um eletrizante tributo ao inventor do gênero “thriller psicológico”. As novas linhas da Montblanc, Alfred Hitchcock Edição Limitada 3000 e Edição Limitada 80, rendem-se à genialidade do cineasta. A primeira está disponível nas versões caneta-tinteiro ou rollerball, cada uma delas com três mil exemplares e ambas com detalhes em prata esterlina 925. Já os anéis da tampa da Edição Limitada 80 são circundados por um rolo de filme celuloide estilizado – a ferramenta mestre de um diretor.
Alternativa inovadora
D’ont forget me!
n Você concorda que uma das datas mais importantes para uma pessoa é, de fato, o dia do seu aniversário? Se concorda, irá aprovar este lançamento da Hips Retrô: a Placa de Aniversário. Trata-se de um mural personalizado escrito à mão e que facilita muito na hora de lembrar o dia de nascimento de alguém especial. O modelo, feito de madeira e colagem de papel, é dupla face e cada semestre fica de um lado. Ideal para ser usado todos os anos e para evitar aquele esquecimento imperdoável que, a qualquer momento, pode lhe custar caro.
Bombons divertidos
n Presentear as pessoas queridas com bombons é uma forma prática e saborosa em qualquer ocasião, não é mesmo? Mas nem sempre é possível agradar a adultos e crianças com essas guloseimas. Pois fique sabendo que a Top Cau conseguiu esse feito ao unir seus deliciosos bombons de brigadeiro (com recheio cremoso) ao encanto dos personagens Muppets. Essas gracinhas, que estão há mais de 30 anos na televisão, e também no filme estreado no final de 2011, fazem agora sucesso nas latas de bombons que, de quebra, se transformam em porta trecos.
n Um serviço gratuito de reservas hoteleiras tanto para empresas, quanto para pessoa física que oferece a possibilidade de reservar eletronicamente mais de 210 mil hotéis em todo o mundo, o www.hotel.info é a primeira plataforma desse tipo e líder no segmento. Com sede na Alemanha e escritórios na Espanha, Itália, França, Grã-Bretanha, China e Cingapura, a empresa tem uma base de clientes com 564 mil pequenas e médias empresas (PMEs) e mais de 500 grandes contas corporativas internacionais entre elas Air France, Bosch, Electrolux, Lufthansa, Peugeot e Bayer. Tem também 18 mil sócios e afiliados e mais de 4,2 milhões de usuários registrados em todo o mundo, com a possibilidade de fazer reservas em 37 línguas e verificar as avaliações feitas por outros clientes do hotel.
Luxo
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n Conjunto de anéis e brincos Ciranda, com delicadas pérolas em círculos
n A designer de joias Juliana Caliman criou uma coleção para mãe e filha
mamãe Igual à
São duas mulheres. Às vezes brincam de ser irmãs, mas na maioria do tempo são simplesmente... mãe e filha. Uma é espelho da outra e nos olhos de ambas surpreendemos fugazes e cintilantes faíscas de orgulho e admiração
n Conjunto Fiori, que traz pequenas pétalas de ouro com uma pérola maior
n É verdade que, em alguns momentos, podem pintar conflitos, um certo estranhamento, uma surpresa, um sobressalto. Mas logo elas voltam a ser duas mulheres, cúmplices, dividindo risos, roupas, maquiagem, acessórios, segredos... Mãe e filha. Uma relação forte, única, uma condição intransferível. Uma quer ser a outra, mas, cá entre nós, elas são inimitáveis. Foi dentro desse conceito afetivo e emocional que a designer de joias Juliana Dadalto construiu a nova coleção da Florrih. São preciosidades em ouro amarelo e pérolas, em dois tamanhos, para que mãe e filha pareçam “iguais”. O design, segundo Juliana, passeia, confortavelmente, por várias gerações e estilos.
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clube hype
Capixabas, com orgulho
Ariani caetano
Você pode até não concordar que "capixaba também é chique”, mas, o primeiro Clube Hype do ano revelou que o capixaba se orgulha, e muito, de sua CULTURA. Nossos convidados, pra lá de apaixonados por esta terrinha – apesar de alguns nem terem nascido aqui – opinaram e entraram em consenso com relação à qualidade do que é produzido por capixabas, seja na música, na moda, no design e naS ARTES, de forma geral. No ambiente privê e intimista do Aleixo, casa que recebe o Clube desde o ano passado, esta gente hype se soltou, falou, ouviu e concordou: o capixaba precisa orgulhar-se mais de seu povo e de suas criações. E Hype, é claro, não só concorda com isso, como também se orgulha de pessoas que pensam assim! No final do encontro, como sempre acontece, os convidados receberam um simpático brinde oferecido pela Adcos. Conheça mais os novos parceiros deste Clube, que, há 11 edições, vem crescendo em quantidade e qualidade
Simone Monteiro
n O que faz Já foi jogadora profissional de vôlei, modelo, hoje é artista plástica e tem uma empresa de estamparia com o marido, a Noble Savage. n O que mais gosta de fazer Fotografar, desenhar, assistir a filmes, andar de bicicleta, ir à praia, ler, ficar à toa, conversar, cozinhar e receber os amigos. n O que mais gosta em Hype Das entrevistas sobre o processo de criação das pessoas em suas diferentes áreas. “Gosto de ver coisas bonitas, e a revista é bonita, dinâmica e fácil de ler.”
Silvana Gripp
n O que faz É arquiteta, com foco em design de interiores. O que mais gosta de fazer Ler produtos de qualidade, viajar e cozinhar, como hobby e pretexto para reunir os amigos. O que mais gosta em Hype "É uma revista bem eclética e dinâmica. Leio com frequência, mas sinto falta de informações sobre a área de informática.”
weverson Rocio
n O que faz É fotógrafo há 30 anos. n O que mais gosta de fazer Ir à praia, viajar, fotografar e desenvolver novos projetos. n O que mais gosta em Hype “Hype me chama a atenção, principalmente porque está sempre inovando.”
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Rovena Storch
José Carlos Bergamin
n O que faz É proprietário da marca jovem masculina Konyk. n O que mais gosta de fazer Usar o tempo disponível com relacionamentos, receber as pessoas em casa e tomar vinho. n O que mais gosta em Hype “A revista é legal porque promove relacionamentos. Gostaria de ler sobre temas esotéricos.” on Fotos:Wevers
n O que faz Jornalista, é coordenadora da Assessoria de Comunicação da Sedu. n O que mais gosta de fazer Ler, escrever, assistir a filmes, bater papo, sair com amigos e viajar. n O que mais gosta em Hype Das entrevistas. “Hype é, disparado, uma das melhores revistas do Estado. É completa.”
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DAyse Resende
Rocio
n O que faz Advogada e artista plástica, tem um escritório de arte que promove e difunde a produção contemporânea de artistas capixabas consagrados e emergentes. n O que mais gosta de fazer Ler livros e revistas sobre arte e conhecer novas pessoas e artistas. n O que mais gosta em Hype “A revista é contemporânea,
inovadora e dinâmica.
Beth Kfuri
Fernando Pretti
n O que faz Jornalista há 31 anos, é secretária de Comunicação da Prefeitura de Vitória. n O que mais gosta de fazer Viajar, visitar museus e boas exposições, assistir a boas óperas e ficar em casa sem nada para fazer. n O que mais gosta em Hype “Como gosto de moda, Hype veio como possibilidade de leitura. A revista é bonita. Sou fã.”
n O que faz Médico hematologista, professor aposentado e dono do laboratório Bioclínico. n O que mais gosta de fazer Ouvir música e ficar só, para recarregar as baterias. n O que mais gosta em Hype Do visual da revista. n O que mais gosta em hype De Turismo e Casa.
Amaro Lima
n O que faz É músico há 16 anos, já foi vocalista do Manimal e está em carreira solo, com turnês pelo Brasil e por diversos outros países. n O que mais gosta de fazer Ouvir música do mundo inteiro, além de ir ao cinema, viajar e visitar museus. n O que mais gosta em Hype Do design.
Dayse Lemos
n O que faz Gestora pública, formada em Economia, gerencia o projeto de implantação do Cais das Artes. n O que mais gosta de fazer De ir ao cinema, comer bem, praia, apreciar a natureza e ler. n O que mais gosta em Hype Da valorização das coisas do Espírito Santo. "Hype é competente".
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Gente hype
estrelas Chão de
Várias celebridades desfilaram na entrega do prêmio Bafta 2012, e o sucesso do tapete vermelho ficou mais uma vez por conta da elegância da internacional Jimmy Choo n Entre as estrelas, Meryl Streep, que levou a estatueta de melhor atriz por sua atuação em “Dama de Ferro”, usou o scarpin Cosmic. Já Michelle Williams e Viola Davis usaram sandálias Vibe e Suki. A bela Joanne Froggatt optou pela sandália New Linda e a clutch Calista. Os homens
também não resistiram e já apostam na coleção masculina da marca. Prova disso é o ator Cuba Gooding Junior, que desfilou pelo evento com o sapato Holborn. Na festa do Grammy 2012, a linda clutch Cosma foi a escolha de Rihanna, que chamou a atenção com suas novas madeixas louras.
n Cuba Gooding Junior
n Joanne Froggatt
n Meryl Streep
n Viola Davis
n Rihanna
n Michelle Williams
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Fotos: Márcio Irala
n Alessa Migani
n Bianca Bin, Milena Toscano e Luiza Curvo
n Priscila Machado
Moda n Cris Vianna
Nos bastidores da
Fotos: Márcio Irala
n Luana Piovani
Fotos: Diego Val
Estilistas, modelos, artistas de TV e candidatas a celebridades desfilaram no evento fashion Rio que, como seus congêneres, transformou-se no espaço preferido de quem brilha nos palcos iluminados da moda e da mídia. Seja no espaço elle ou na primeira fila, esta turma glamorosa ganha, em geral, mais atenção do que as coleções exibidas nas passarelas
n Thaila Ayala
n Leona Cavalli
n Giovanna Ewbank
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Moda hype
inverno 2012 Mais emoção no
Nada melhor, diante da perspectiva de um inverno sóbrio ‒ que, no máximo, traz muitos tons terrosos para o guarda-roupa ‒ do que esquentar este editorial com tons calientes. Desfilando sobre o fundo vermelho rubro ‒ trabalho assinado pela criativa equipe de design gráfico da revista ‒ brilham as fotos dos modelos que se destacaram nos recentes lançamentos de 2012, no Rio e em São Paulo
ou é mignon, mas perfeito para costas magras e tipos esguios. O inverno também traz colarinhos e golas importantes nas camisas e nas blusas. Também tem paetês, bordados, lurex,couros metalizados, enfim, bastante brilho, que se reflete nos cetins. Pode ofuscar, se a mão pesar na escolha das peças, mas com bom senso o resultado fica moderno e sexy, acredite. Se você prefere os macacões, saiba que eles estão mais soltos. Se estava com saudades das saias, fique feliz: elas voltaram assimétricas (outra idéia da qual, juro, quero distância!) e os clássicos modelos lápis estão agora mais compridos. Arrematando, este inverno celebra o veludo, as jaquetinhas curtas e as estampas isoladas. Para quem gosta de combinar tudo ‒ como nossas velhas mães ou avós, que usavam sapatos, bolsas e cintos, em perfeita sintonia ‒ o prato está servido. Para mim, uma ideia monótona e passadista, mas há quem curta a receita. Sirva-se dela ‒ e de menu inteiro ‒ à vontade.
n AUSLANDER
Betty Feliz
n Fizemos uma seleção criteriosa de imagens para que você tenha uma amostra estimulante e ‒ por que não ‒ provocante da estação. Mesmo que o tom seja invernal, é possível enxergar azuis, vinhos, mostardas e verdes musgo em meio às propostas lançadas. Embora às vezes “pálidas” e distantes da idéia color block que tomou conta do verão, estas tonalidades conseguem conferir ao visual um pouco mais de frisson do que nudes e acinzentados, concorda? Para aquelas que não abrem mão das peles (e, por que não, dos pelos), mesmo que a gente raramente tenha a oportunidade de usá-las, a nova estação traz golas, capuzes e efeitos sintéticos que mais prometem do que aquecem. Mas quem se importa se não faz frio? O negócio é causar efeito, não é mesmo? Eu não gosto, mas se você é adepta, o volume nos ombros chega com ares de Balenciaga, conferindo ao visual um toque arredondado abaixo da linha do pescoço. Péssimo para quem faz o tipo nadadora
n ANDREA MARQUES
n ALESSA
n AGATHA
n ACQUASTUDIO
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n NEW ORDER
n ESPAÇO FASHION
n TNG
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Moda hype
n TNG
n FILHAS DE GAIA
n PRINTING
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n Osklen
n CAVALERA
n AMAPÔ
n AAndré Lima
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Moda hype
n Colcci
n Cori
n FH por Fause Haten
n CAVALERA
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n Uma Raquel Davidowicz
n I贸dice
n Maria Bonita
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Moda hype
n Osklen
n Triton
n Herchcovitch
n LINO VILLAVENTURA
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Feliz Betty 01
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Encontro
de antenadas Happy hours são ótimos pretextos para colocar os assuntos em dia. E eles ficam ainda mais saborosos quando regados a papos inteligentes com mulheres antenadas, drinques e petiscos saborosos como os que foram degustados no Ville du Vin em tardes e noites calientes do último verão
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01 Clau Lorenzoni é só sorrisos n 02 Donatella Coser sempre impecável n 03 Beatriz Szpilman sempre low profile n 04 Cecília Aboudib é pura serenidade n 05 Flávia Carvalhinho e Simone Monteiro: n encontro de “arteiras” n 06 Taís Hilal e Sylvia Lis: pausa para o clic n 07 Dayse
Lemos em clima relax
Hypidinhas n As novas unidades do hotel Flamboyant, em Guarapari, que compete para ser um dos hotéis-sede da Copa do Mundo de 2014, serão construídas com um sistema inédito no Estado: o steel framing, que utiliza aço galvanizado. n A artista plástica Dayse Resende está entre o grupo de 14 profissionais que homenageiam os poetas portugueses Florbela Espanca e Fernando Pessoa na exposição “Faluas do Tejo”, na Galeria Ana Terra. Dayse retratou o “Duplo Divino”, inspirada no poema “Exaltação”, de Florbela. n Os empresários Renata e Alan Mesquita comandam a primeira franquia da rede Espaço Reclinável no Espírito Santo. A loja, localizada na avenida, Rio Branco, em Santa Lúcia, comercializa móveis voltados para livings, salas de TV e home em geral, tapetes finos, entre outros itens ligados à decoração. n A marca Maria Bonita elegeu como parceira a designer de jóias Adriana Delmaestro. As peças da capixaba são exibidas junto com as coleções, como aconteceu recentemente nas loja de Ipanema e do Rio Design, na Barra. n O empresário José Carlos Bergamin comemora a estréia de sua nova marca no Shopping Vitória, a KNK, voltada para o público feminino. n Amigas de longa data, Isadora Saadi e Déborah Sarah se juntaram em torno da Sarah Saadi, loja especializada em acessórios finos localizada na avenida Rio Branco, Praia do Canto.
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Fofos n Quem resiste ao modelo de Havaianas que traz estampados na sola os Muppets, personagens divertidos e irreverentes do mundo Disney? Para quem não se lembra, eles são Kermit (Caco), Fozzie, Animal, Gonzo e a charmosa Miss Piggy que, no filme, virou uma grande editora de moda.
Preview de verão n O Minas Trend Preview sai na frente com os lançamentos de verão 2012/13. O encontro de moda, que acontece duas vezes por ano, será aberto oficialmente no dia 24, prosseguindo até 28 de abril, no Expominas - Centro de Feiras de Minas Gerais George Norman Kutova. A grande novidade desta 10ª edição é a curadoria, entregue agora à designer Mary Figueiredo Arantes, da marca Mary Design, que participa do evento desde a sua primeira edição. Mary substitui Ronaldo Fraga. Hype vai ao MTP conferir tudo.
Salve Alê!
n Para inspirar noivas, madrinhas e afins, o coque ultra sofisticado criado pelos profissionais do Intercoiffure na coleção Freedom
n Um Alexandre Herchcovith barbudo e mais circunspecto brilhou na Semana de Moda de Nova York, em fevereiro deste ano. Inspirada na arte americana abstrata e em trabalhos dos artistas Mark Rothko e Barnett Newman, sua coleção – da qual este modelo dourado faz parte – agradou à plateia.
n Xica da Silva, Hilda Furacão e Dona Beja inspiraram o inverno da marca mineira Zeferino. O resultado é uma coleção forte e autoral, com materiais exclusivos
n O colete longo vermelho esquenta o visual da Missbella para o inverno de 2012 que já está nas lojas e na nova revista da marca
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turismo hype
n Mônica na porta de uma igreja em Kohn, Alemanha
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Mônica Zaslawski Sócia proprietária da grife de moda íntima Luxe Za.Za, Mônica Zaslawski é centrada no que faz e exigente consigo mesma. Principalmente quando está criando as coleções para sua marca. Do tipo viajante, mas sem tempo de planejar os roteiros, decide os destinos de última hora, muito em função dos eventos dos quais participa. “Viajar para mim é cultura, além de uma forma de adquirir novas experiências”, avalia
Primeira viagem n Buenos Aires, aos nove anos, com minha família. Voltaria mil vezes a... n ... Hamburg, que fica no norte da Alemanha. Acabo de chegar de... n ... Bremen, na Alemanha e Paris, onde fui conferir a Feira Internacional de lingerie, no final de janeiro. Próxima viagem n Será em agosto, para Nova York, a trabalho.
Sonho em ir para... n ... San Petersburg e Áustria. Comi bem em... n ... Gramado. A cidade possui uma grande diversidade de bons restaurantes. Não como bem em... n ... restaurantes onde a comida é muito condimentada, escondendo o sabor original dos alimentos. Uma dica de compras n Se estiver em Paris, Bon Marché, a maior loja de departamentos e a mais antiga da capital.
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n Heidelberg Castle, em Heidelberg, na Alemanha
Uma dica cultural n O Castelo de Neuschwanstein, na Baviera, Alemanha. Parece ter saído de um conto de fadas. Não é à toa que serviu de inspiração para Walt Disney. Também a cidade de Heidelberg, considerada uma das mais belas da Alemanha. Tanto que, durante a Segunda Guerra Mundial, não tiveram coragem de bombardeá-la.
n Castelo de Neuschwanstein: conto de fadas
Não deixe de conhecer... n ... a rota romântica, feita de carro, na Alemanha. Ela passa por cidades históricas, castelos dos sonhos e paisagens encantadoras capazes de deixar a gente sem fôlego! O que evitar n Lugares muitos turísticos e cheios. Melhores companheiros de viagem n A família e um iPad. Avião, trem ou carro? n Avião. o que levar n Roupas que não amassem. Dê preferência a cores neutras. O que não levar n Muitas bagagens. O que trazer n O ideal é trazer boas lembranças de uma viagem.
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Fitness hype
n Teddy: espaço exclusivo e sofisticado
Vitória recebe
fitness de luxo Depois de quatro anos de sucesso em Vila Velha, o Teddy Studio Fitness traz para a capital capixaba sua proposta diferenciada
Évelin Sala
n Imagine a academia dos seus sonhos. Como ela seria? No máximo dez pessoas malhando por hora; um personal trainner à sua disposição; aparelhagem touch screen; capuccino, suco ou café para você saborear enquanto está na esteira, e, no final de tudo, uma massagem relaxante. Um luxo, não? E tudo isso em Vitória, no Teddy Studio Fitness, um espaço exclusivo e sofisticado, capaz de atrair até mesmo os mais sedentários. O espaço oferece atendimento exclusivo para qualquer necessidade, atendendo adolescentes, adultos, idosos, atletas, diabéticos, cardíacos etc. “Aqui é um lugar para quem não quer bagunça nem barulho, onde você fica completamente à vontade e relaxado. Além disso, todos os nossos profissionais são preparados para cuidar es-
pecialmente de cada cliente, cada um com sua necessidade pessoal”, afirma o proprietário do espaço, Teddy Ferreira, que é formado em Educação Física. Inaugurada em dezembro, a nova unidade do Teddy Studio Fitness está localizada em Jardim da Penha e, assim como a da Praia da Costa, oferece, além de malhação, serviços de nutricionista, tratamentos estéticos, aulas de dança, pilates e mais um leque de opções que faz do lugar um verdadeiro SPA personalizado. Outro diferencial que complementa o projeto é o Fit Kids, primeiro centro de treinamento físico para crianças de oito a 14 anos, que conta com equipamentos especialmente para atender essa faixa etária. O espaço, que fica na unidade da Praia da Costa, é equipado com parede
de escalada, TV e vídeo game. Assim, além de proporcionar um tipo de lazer saudável, garante o desenvolvimento das habilidades motoras, melhora a força muscular e aumenta a desempenho esportivo da criança. Derrubando mitos de que musculação prejudica o desenvolvimento infantil, o Fit Kids ainda vai ao encontro das pesquisas da American College of Sports Medicine (ACSM) e de outros centros de estudos internacionais, que afirmam que o treinamento pode ser seguro e eficiente sempre que for desenvolvido adequadamente e supervisionado com competência. “No Fit Kids, a criança se diverte e faz amigos enquanto desenvolve hábitos saudáveis e eleva a sua autoestima”, assegura o proprietário.
Alessandra Vargas Chef
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www.batendopanela.com.br
Syd Lucas
comer bem hype
Sua excelência,
a rabada
Muitas pessoas, por puro preconceito, dizem que não gostam de rabada. A maioria delas nem sequer chegou a experimentar o prato para saber que gosto tem. Pois não sabem o que estão perdendo...
n Escolhi falar deste prato porque ele me trouxe à memória a fazenda do meu tio em Castelo, onde eu ia quando era pequena e, em dias de festa, escolhia-se no pasto o boi que seria abatido, garantindo a fartura do evento. Lembro que, ainda menina, já rondava o fogão à lenha, curiosa sobre o que fariam com toda aquela carne e, ao mesmo tempo, aguardando a hora de começar a petiscar. Minha tia tinha o hábito de usar o rabo para fazer a tradicional rabada com agrião e batatas para o almoço do dia seguinte à festa. A danada, esperta, para enganar a criançada, desfiava a rabada e servia com purê de batatas. Assim, nem passava pela nossa cabeça que parte do boi era aquela: apenas nos deliciávamos com aquela carne saborosa que cheirava tão bem até mesmo fora da casa, o que aguçava ain-
da mais o nosso apetite. Por isso, eu comia tudo e ainda repetia. Desde então, posso assim dizer, mesmo sem saber exatamente que carne era aquela, já era fã de carteirinha de uma boa rabada. E ela continua sendo, devidamente reconhecida, um dos meus pratos favoritos. Em tempo: a rabada, como o nome sugere, é feita com o rabo do boi, parte que contém bastante osso e cuja proximidade com a carne a torna muito saborosa. Hoje em dia, de prato popular, a rabada passou a frequentar, sem a menor cerimônia, restaurantes estrelados e de alta gastronomia, seja da forma tradicional, seja em variações não menos apetitosas. Por isso, se você ainda tinha preconceitos com relação a este prato, livre-se deles e delicie-se com esta receita.
Panqueca com rabada Preparo da massa Ingredientes n 1 xícara de trigo n 1 ovo n 2 copos de leite n Sal a gosto n 1 colher (sopa) de manteiga Bater todos os ingredientes no liquidificador e fazer as panquecas na frigideira antiaderente. Preparo da rabada Ingredientes n 1 kg de rabada n 10 dentes de alho amassados n1 cebola média picada em cubinhos n 1 colher (chá) de colorau n 1 colher (chá) de azeite n Pimenta rosa amassada n Salsinha n Cebolinha a gosto n Sal a gosto n 1 copo de caldo de carne n Agrião a gosto n Molho branco n 20 g de queijo parmesão ralado Retire toda a gordura da rabada e coloque-a em água quente. Em uma panela, frite o alho, a cebola, o colorau, a salsinha e a pimenta no azeite. Adicione a rabada e deixe fritar por 10 minutos em fogo alto. Em seguida, abaixe o fogo, adicione o caldo de carne e água, cobrindo a carne. Deixe cozinhar por 30 minutos e coloque o agrião aos poucos. Quando bem macias, desfie e recheie as panquecas. Coloque o molho branco e o queijo ralado. Agora é só gratinar.
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Alguns lugares da casa podem ser repaginados com um móvel capaz de completar a decoração e ainda otimizar o ambiente. Se você duvida disso, confira aqui
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01 Da Carbono Design, de Marcus Ferreira e Hulk Gianelli, a Poltrona Giratória C 24 N brinca com as formas n 02 De design n contemporâneo, a minimalista Luminária Arke, assinada por Ricardo Heder, é inspirada no estilo industrial n 03 Coloridos, os banquinhos dobráveis e divertidos da Butzke são multifuncionais e podem servir como mesa lateral n 04 As contemporâneas mesas Dale da Ilustre, em inox, com tampos revestidos de laca brilhante, apostam na leveza n 05 Com a versátil Estante Coevo, da Líder Interiores, é possível usar os nichos do lado direito e esquerdo n 06 No frio, a Lareira Kos, da K 3 Imports, com pedras cerâmicas e abastecida com etanol, evita fumaça e gases tóxicos n 07 A mesa da coleção Diva, da Saccaro, com tampo de vidro e madeira no pedestal, acomoda o número desejável de cadeiras n 08 Lúdicos e funcionais, os bancos da série Cartas, do designer Gustavo Engelhardt, são feitos com madeira de reflorestamento.
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ZENAIDE VIEIRA
família Entre a
trabalho eo
Muitos a conhecem como a mulher do empresário Paulo Vieira. Outros como a “mãe de Rafael e de Alexandre”. Mas quem priva de sua intimidade sabe que Zenaide Varnier Vieira é também uma profissional de moda competente e zelosa, além de exigente com tudo que faz
Betty Feliz
n O marido, presidente do grupo PW Brasil e da Câmara do Vestuário do Espírito Santo, não lhe poupa elogios. ”Zenaide sabe tudo de moda, muito mais do que eu”, diz, orgulhoso. Nascida em Colatina e formada em Letras, com ênfase em Português e Francês, antes de dedicar-se aos negócios da família, Zenaide foi bancária. Mas a paixão por moda bateu mais forte e, hoje, a diretora de Pesquisa e D e s e nvo l v i m e nto de Produto das marcas Missbella,Vide Bula e Zoomarine – todas pertencentes ao grupo PW Brasil – dedica grande parte do seu tempo ao mercado fashion. Sua rotina con-
siste em acordar cedo, caminhar por uma hora e, às 9 da manhã, iniciar as atividades na empresa. O almoço é em casa com a família e o expediente termina sempre às 18 horas. Duas vezes por semana, aulas de pilates e caminhadas à tarde com o marido, após o trabalho. Trabalhando com uma equipe de 32 pessoas, Zenaide é quem faz toda a coordenação de pesquisa e desenvolvimento de produto. ”Determino o mix, aprovo as cartelas de cores, as estampas e a compra de todas as matérias-primas, além de acompanhar as provas de roupa quando estou na empresa. Faço duas viagens de pesquisa e uma de confirmação de tendências para a Europa e Estados Unidos”, diz. Se lhe perguntam qual é a sua relação com a moda, a resposta vem no plural: “Além de ser o ar que respiramos é o pão nosso de cada dia”. Afinal, toda a família – grande paixão de Zenaide – atua no segmento. Não é por acaso, portanto, que seu grande prazer é viajar com o clã para qual-
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n Zenaide em Santiago de Compostela
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n cant ora Marisa Monte
nL ivro de cabeceira A Sagrada Escritura n Pa ís Brasil e Inglaterra nC antor Robbie Willians
nA triz Mariana Ximenes
nF lor Tulipa nV iagem inesquecível Caminho de Santiago de Compostela
nA tor Rodrigo Santoro
jeans e casaquinho preto
n Pe ças curinga Camiseta branca,
Confira em hypeonline.com.br as dicas exclusivas de Zenaide Vieira para o verão 2012/ 2013
nP rato Filé ao molho de pimentas verdes
quer lugar que a convidem. “São momentos de total descontração, um tempo muito especial para estreitar e renovar nossos laços,” diz a empresária. “Minha família é maravilhosa, digna e criativa. Cultivamos uma relação saudável e feliz, graças a Deus”, resume. Peço a Zenaide que ela se defina em cinco palavras. A resposta é rápida e objetiva: “Atitude, determinação, honestidade, paixão e respeito”. Suas prioridades também obedecem a uma ordem bem definida: família, trabalho e lazer. Seu maior sonho? É claro que é “ver os filhos felizes e realizados”. Como empresária, no entanto, Zenaide preocupa-se hoje com o que chama de “processo de desindustrialização do vestuário causado pelas importações desenfreadas”. Segundo ela, isso aumenta a responsabilidade do grupo em criar e inovar sempre, missão que os Vieira vêm cumprindo, ao longo de décadas, com muita competência e modernidade.
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TECNOLOGIA hype
Christini Ziviani
Preço
sugerido 90
9,
8 R$
Com estilo
n Para a maioria das pessoas, o mouse é peça chave, indispensável na hora de usar o computador. Cheio de pixels, mas sem deixar de lado a originalidade, a Imaginarium lançou um modelo deste item que, além de auxiliar na navegação na internet e nas tarefas do dia a dia, também se transformou em peça divertida e irreverente, como todos os outros produtos que a loja oferece.
Preço
Novos fotógrafos
Preço
R$ 9
sugerido
99 , 00
n Para os amantes da fotografia, a câmera digital PowerShot ELPH 110 da Canon captura ângulos amplos, a partir de 24 mm, e permite colocar uma paisagem inteira ou parcial em uma fotografia. Com sensor CMOS de alta sensibilidade, além de tela de LCD de três polegadas, a câmera também filma. Disponível em diversas cores vibrantes, como vermelho, azul, verde e rosa, além das tradicionais preto e prata. O produto ainda não está disponível no Brasil, mas pode ser encontrado nos Estados Unidos.
sugerido 90
, 04
1 R$
Preço sugerido
R$1.3 9
9, 00
Café programado
n Você mora sozinho e sonha em acordar de manhã já com o café prontinho. Sonho? Não. A cafeteira elétrica Bella Arome Eletrônica C-14, da Mondial, permite que você programe a hora exata de fazer sua bebida da manhã. Com um porta-filtro removível, que dispensa o uso de filtros de papel, ela vem com uma jarra de vidro especial, resistente a choques térmicos e prepara até 26 xícaras de café. O segredo da programação é o display digital com relógio e timer, onde é possível fazer a programação de até 24 horas e desligamento automático.
Volta às aulas
n Os tablets viraram mania entre estudantes por serem leves e ideais para realizar pesquisas rápidas, permitindo acesso a conteúdos de diversas mídias. O Motorola Xoom vem com Android 3.2 (Honeycomb), sistema operacional do Google projetado especificamente para tablets, processador dual-core de 1 GHz e tela ampla com 10,1 polegadas, perfeita para a visualização de vídeo HD (modo paisagem). Além disso, o aparelho é fino o suficiente para uma digitação confortável, quando usado em modo retrato. Inclui ainda câmera traseira e webcam frontal.
roteiro hype
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Björk em festival
Os shows mais esperados do ano
n O festival espanhol Sonár, que já passou por cidades como Nova York, Frankfurt, Tóquio, Buenos Aires, Londres, Lisboa e Roma, acontecerá também em São Paulo, nos dias 11 e 12 de maio, no Parque Anhembi. Os destaques do evento são Björk, no primeiro dia, e Justice, no segundo. Além dos shows, o Sónar também oferecerá atividades como palestras, workshops e mostras de cinema. Mais informações: www.sonarsaopaulo.com.br
Brasil entra na rota dos grandes festivais internacionais e importantes artistas fazem shows além do eixo Rio-São Paulo
Lollapalooza no Brasil
Maratona com Bob Dylan
n Já muito conhecido nos Estados Unidos, o festival comandado pelo vocalista da banda Jane's Addiction, Perry Farrell, chega a São Paulo em abril. Nos dias 7 e 8, o Jockey Club receberá atrações como Foo Fighters, Joan Jett, TV On The Radio, Calvin Harris, Band Of Horses e Cage The Elephant, Arctic Monkeys, Jane's Addiction, MGMT, Foster The People, Godol Bordello, entre muitos outros artistas. Para mais informações: www.lollapaloozabr.com
Presente para os fãs
n Em recesso desde 2007, a banda Los Hermanos fará, neste ano, uma turnê, que vai de 20 de abril a 27 de maio, passando por 11 capitais brasileiras. O motivo da reunião é a comemoração do aniversário de 15 anos da banda. Nesse intervalo, o grupo se reuniu poucas vezes, para abrir o show do Radiohead e se apresentar na primeira edição do festival SWU e em cidades do Nordeste.
n Reconhecido pela revista Rolling Stone como o segundo melhor artista de todos os tempos, ficando atrás apenas dos Beatles, o cantor Bob Dylan fará seis apresentações no Brasil, entre os dias 15 e 24 de abril, no Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre. O artista possui 34 álbuns, sendo o mais recente o “Together Through Life“, lançado em 2009.
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som hype
Luis Taylor n taylor@superig.com.br
n Nada Surf
Um
futuro no passado No Brasil, o ano só começa depois do Carnaval. Mas parece que a afirmativa não é exclusividade nossa. No mundo da música, 2012 começou bem preguiçoso n Até agora está difícil destacar algum lançamento digno de espanto. Enquanto esperamos pelos novos do Shins, Pinback, Muse e Killers, entre tantos outros, vamos nos conformando com o pouco de bom que apareceu até agora. Entre a leva de nulidades, um disco do Nada Surf me cativou. Mas, antes de partir para ele, parênteses para uma mea culpa. Escolher um álbum do Nada Surf para resenhar, em 2012, já é como olhar para trás com aquela saudade cheia de emoção que nubla o entendimento. A banda teve seu auge em plenos anos 90 quando foi até trilha sonora de seriado adolescente e lançou dois álbuns dignos de nota, “High/Low” e “The Proximity Effect”. De lá para cá, acabou se atendo à fórmula que foi sucesso (ou quase isso) e viu seus melhores dias ficarem para trás. Seu último trabalho, “The Stars Are
Indifferent To Astronomy”, não foge à regra. Mas, hoje em dia, o que poderia soar ainda repetitivo acaba chamando a atenção. A sonoridade típica das college radios americanas se impõe no transcorrer das faixas. A sujeira pensada e a urgência em cada uma das músicas soam como um hino de louvor ao passado. Já nos primeiros acordes de “Clear Eye Clouded Mind” seu aparelho de som se transforma em uma máquina do tempo. A segunda canção, “Waiting for Something”, é como a carteira de identidade da banda, Nada Surf dos pés à cabeça. Conforme as poucas dez faixas são passadas, sentimos a unidade do trabalho, bem amarrado e crescendo a cada nova música. A trinca final encerra o disco em alto estilo, com destaque irônico para a última, e bela, “The Future”. Para o Nada Surf o futuro nunca esteve tão no passado.
Pílulas Fun. Some Nights n Um início grandioso, cheio de corais, vozes dobradas e uma vontade enorme de ser considerado o novo Queen. Ouça “Some Nights” e tire suas próprias conclusões. Mas depois de tentar convencer, o Fun. resolve fazer músicas com a sua cara. E o faz bem. CÉU Caravana Sereia Bloom n A nova e m pre i tada da CéU pode ser resumida em uma frase: “Ô disquinho bom!”. “Caravana Sereia Bloom” é leve, malemolente e gostoso de ouvir do início ao fim. Qualidade Made In Brasil para todos os gostos. “Falta de Ar”, “Contravento” e “Baile da Ilusão” não fariam feio em nenhuma lista das melhores músicas do ano.
CINEMa hype
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Diego Sierra n papopop.net n diegosierra28@gmail.com
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Rainha sem medo n A polêmica em torno de W.E, nova incursão de Madonna como cineasta, vai ser assunto quente pra mesa de bar. Alguns, como o jornal Los Angeles Times, vão dizer que ela está entediada da vida de celebridade e que fez um filme muito chato. “Um peru que sonhou que era um pavão”, segundo o inglês The Guardian. Difícil mesmo é achar um crítico que faça elogios, mas Madonna não se importa e tem distribuído frases de efeito, como “o amor perfeito não existe”
e “a felicidade está em nossas mãos”. O fato é que a própria cantora revelou sua identificação com Wallis Simpson, a americana que escandalizou o Reino Unido nos anos 30, quando Eduardo VIII desistiu de ser rei para se casarem, apesar de ela ter se divorciado duas vezes. Mas a protagonista mesmo é Wally, uma mulher dos nossos tempos fascinada pela história. Porém, a maior crítica ao filme é que essa relação entre passado e presente naufragou e só funcionou como alter-ego da popstar.
Toca, Raul! n Justa homenagem ao roqueiro mais querido do Brasil, o documentário Raul, o Início, o Fim e o Meio, de Walter Carvalho, estreia em abril e comemora os 40 anos do grande estouro do artista no Festival Internacional da Canção. Para desvendar a trajetória desse grande mito, o diretor entrevistou 94 personagens que participaram de seus grandes momentos, como o escritor Paulo Coelho. Em Genebra, onde vive, o maior parceiro de Raul não economizou palavras e contou como o apresentou às drogas. Em menos de uma semana, a equipe também pegou 12 voos em três cidades dos Estados Unidos, onde vivem ex-mulheres e filhas do cantor. Um dos momentos mais emocionantes é a conversa com Dalva, última empregada do artista, que há mais de 20 anos não entrava no apartamento onde o encontrou morto.
Castanholas n O bom-humor do cinema francês sempre traz boas surpresas. Prova disso é o divertido As Mulheres do Sexto Andar, que revela o dia a dia das domésticas espanholas que trabalharam em Paris na década de 60. As mulheres do filme vivem em cubículos no último andar do edifício onde trabalham e aguentam, com muita paciência, os abusos de suas patroas. Os melhores momentos do longa acontecem quando a jovem e bela Maria se emprega no apartamento de Jean Louis, um corretor que se contagia com a alegria das espanholas e começa a se entediar com sua vida tipicamente burguesa, com uma esposa que só se dedica a atividades sociais e filhos super mimados. A presença de Carmen Maura e Lola Dueñas, queridinhas de Pedro Almodovar, também é um ótimo motivo para conferir o novo trabalho de Philippe Le Guay, diretor francês ainda pouco conhecido por aqui.
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livros hype
(Quase) tudo sobre Rihanna n Considerada uma das cantoras mais bem-sucedidas da atualidade, Robyn Rihanna Fenty, natural de Barbados, ganhou sua primeira biografia em português. Lançado pela Matrix Editora, o livro Rihanna: uma Vida de Sucesso conta a história da cantora, abordando desde a infância e início da carreira até os momentos menos conhecidos, como a difícil relação com o pai, as brigas em casa, as aventuras com os amigos e todos os altos e baixos da vida pessoal e profissional da moça. A obra também aborda curiosidades sobre a vida de Rihanna, como os apelidos que ela tinha na infância, travessuras
Deep em biografia
Design e artesanato
n Curadora, escritora e professora de História do Design, Adélia Borges se vale de sua rica experiência na área para assinar Design + Artesanato: o caminho brasileiro (Editora Terceiro Nome), livro no qual faz uma radiografia da revitalização recente do objeto artesanal brasileiro. Fartamente ilustrada, a obra tem 240 páginas e edições em português e inglês. A partir da aproximação dos campos do design e do artesanato e das comunidades espalhadas pelo país, a autora analisa acertos e equívocos dos caminhos percorridos e faz indagações para o futuro.
que fazia para usar a maquiagem da mãe escondida e como conseguia ganhar dinheiro vendendo doces e acessórios para as colegas da escola. Rihanna sempre sonhou que um dia conseguiria ser famosa em todo o mundo. Mas nunca imaginou que esse sonho se tornaria realidade tão cedo. Com apenas 16 anos, ela foi a cantora mais jovem a assinar um contrato com a gravadora Def Jam, depois de ter enviado a sua gravação demo para Jay-Z, presidente da companhia na época. Seu single de estreia, “Pon de Replay”, conquistou a segunda posição nas paradas musicais dos Estados Unidos e do Reino Unido.
Quem tem medo de 2012?
n Você acredita no poder dos números e em profecias? Então vai gostar deste lançamento da editora Planeta: Doze – 21.12.12: um novo começo, de William Gladstone. O livro conta a história de Max Doff, em cujas mãos está o destino da humanidade no ano de 2012. O segredo é desvendado aos poucos. Durante a adolescência, Max passou por várias situações inexplicáveis e, aos 15 anos, em uma experiência de “quase morte”, teve uma visão de 12 pessoas que seriam importantes em sua vida. O resto você descobrirá lendo o livro.
n De herói aventureiro a rebelde com causa, o percurso do ator Johnny Depp é traçado pelo britânico Nigel Goodall em O Mundo Secreto de Johnny Depp, biografia que chegou ao Brasil pela Editora Prumo. Goodall relata os diversos aspectos da vida do ator, uma das personalidades mais idolatradas do cinema e conhecido como um dos mais versáteis de Hollywood. O biógrafo vai buscar na herança Cherokee da família Depp as primeiras manifestações de seu espírito impiedoso e independente. O livro traz também um caderno de fotos coloridas e a filmografia completa do ator.
VIDA hype
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Barbara Hilsenbeck
Palestrante e escritora
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2012 e o início do mundo n Meu mundo é grande. É feito de tudo o que tenho, percebo e sinto. Tem amor e ódio, medo e coragem, força e fragilidade. Meu mundo é pequeno. Não compreende tudo aquilo em que não acredito, tudo aquilo que não percebo e que por vezes está bem diante do meu nariz. Meu mundo é falta e completude. São as possibilidades que admito para mim. Meu mundo gira ao meu redor. E se fosse diferente, eu estaria fugindo de mim mesma. Meu mundo não pode ser medido, quantificado, mensurado. Apenas experimentado. Cada pessoa vive em um mundo único e particular. Em alguns casos, o mundo de certas pessoas é bastante limitado, não passando nem da esquina. Um mundo feito apenas de fofocas e de uma necessidade absurda de tentar controlar o que acontece na vida dos outros.
Felizmente, em outros casos, existem pessoas com mundos coloridos, repletos de exemplos de vida que dão vontade de a gente inspirar-se e fazer do nosso próprio mundo um mundo melhor. E por falar em mundos, muito se fala sobre 2012 e o seu fim. Por isso, eu gostaria de convidar você a realizar um pequeno exercício filosófico: imagine que o mundo realmente fosse acabar... o que você faria? Pense um pouco antes de responder, aproveite a oportunidade. Tentaria se
reconciliar com alguém? Pediria desculpas para uma pessoa querida? Abandonaria um trabalho maçante e se dedicaria a curtir os seus últimos momentos? Diria “eu te amo”? E então, o que você faria? Se a sua resposta demonstra que você precisa resgatar mágoas do passado, aproveite 2012 para acabar com um mundo de ressentimentos, dúvidas e medos. Não existe ano mais propício para isso. E se essa for a sua vontade, dedique-se a partir de agora a fazer do mundo ao seu redor um lugar melhor para se viver. Sem clichês ou discursos piegas. Apenas com respeito a si próprio e aos outros. Construir um mundo melhor depende muito menos de reciclar lixo e muito mais de reciclar pensamentos e sentimentos negativos. A semente de qualquer mudança deve nascer primeiramente dentro de nós. Assim como a semente de um novo mundo...
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ponto final Marcelo dos Santos Netto
JORNALISTA E ESCRITOR
msanetto@gmail.com
Investimento, rapaz! (2) n O terceiro telefone celular do bairro foi Rafael quem comprou. Como o do amigo Mário, era um aparelho que só recebia ligação; ainda assim, era um celular. Tinha até um videogame, brinquedo que Rafael já nem jogava mais. Quem quisesse ter meninas tinha de ser adultinho, certo? Rafael ficou se perguntando quem teria comprado o primeiro celular do bairro. Boa pergunta, Mário comentou. Então, como sabe que o seu celular é o segundo? Ué, a moça da loja me disse. E qual o número do celular dela? Não tem. Ela vende celular e não tem celular? Pois é, a vida apronta dessas. De quem seria o primeiro celular do bairro? Rafael jurava que, se soubesse, ligaria para esse aparelho. Valeria a pena. Era o primeiro de todos dali. Algo especial. Além disso, o que mais ele poderia fazer com esse brinquedo? Nunca fez ou recebeu chamada nele. Aliás, para que o havia comprado, mesmo? Para falar com Melissa, é claro. Mas em que o aparelho iria ajudar? Engraçado como tecnologias resolvem problemas, mas demora até descobrirmos como. Rafael pensava nisso no ponto de ônibus quando ei!, é um celular!, uma voz feminina comentou. Rafael se virou e mal pôde acreditar: Melissa estava falando com ele! Po-pois é, Rafael gaguejou, disseram no trabalho que podiam querer falar comigo. Legal, deve estar
com a maior moral por lá. Vai ver que sim, respondeu Rafael, e a moça sorriu: pelo menos vão ligar para você, não é? Acredita que já tenho um celular faz cinco meses e até hoje não recebi uma ligação? Se pelo menos eu tivesse um número para chamar, já seria alguma coisa. Ei, então você é a primeira! Como?, primeira?... Sim, quero dizer, só um minutinho, Rafael escreveu o nome e o número dele em uma folha de papel e o estendeu para a moça. Ei, que legal!, então agora tenho um número para ligar... Rafael! O meu nome é Melissa! Muito prazer, Melissa, pode ligar quando quiser, é bom que a gente vê se o seu aparelho funciona... O ônibus veio rápido e Melissa teve de ir. Rafael não teve tempo de pedir o telefone dela. De qualquer forma, quem diria, o celular fez mesmo uma ligação entre os dois mundos. Agora era esperar. O aparelho não podia ficar desligado. O primeiro celular do bairro era de Melissa, logo de Melissa, essa princesinha. E ainda aquele encontro no ponto de ônibus. E que horas agora? Dez e dez, de um dia dez! Era coincidência demais. Tinha de haver um sentido nisso tudo. Será que celulares podiam alinhar os chacras e as órbitas dos astros?
Passaram-se dias. O celular ficava sempre ligado. Não choveu desde aquele encontro no ponto de ônibus. É claro que ainda fazia sentido esperar. O celular de repente tocou naquela noite, enquanto Rafael tomava banho. O rapaz deixou o banheiro correndo, o chão se molhando todo. As mãos de Rafael tremiam ao abrir o celular. Tentou respirar, ficar mais tranquilo. Mas que droga, a mãe iria reclamar do chão molhado. Que dia e que horas eram? Alô, alô?!, disse Rafael, ansioso. Alô!, respondeu uma voz masculina, é o doutor Carlos? Não, aqui é do Rafael. Ah tá, desculpe – e desligou. Frustrado, o rapaz desligou o celular. Começou a chover no dia seguinte. Rafael decidiu vender o aparelho. Era preciso investir em coisas mais importantes.
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n Ele adora a natureza. Surfista apaixonado, o personal trainer Glênio Luiz subiu, a pé, o morro do Moreno. Era um sábado de fevereiro, último dia do horário de verão. Além de sentir na pele a brisa fresca que sopra lá no alto, Glênio deparou-se com um lindo pôr do sol, na direção do Convento da Penha, e não resistiu: de posse de seu poderoso celular, registrou este belo momento, que Hype amou e reproduz aqui.
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