Lioness Data
Empreendedoras de Moçambique
Aptidão Digital
Preparação para uma nova realidade digital - Relatório de inquérito de satisfação de 2021
Índice
01
Resumo do relatório
O que é a aptidão digital? Pref cio de Melanie a en O futuro é digital A sua empresa est preparada?
An lise de inda uze Dra tilização por parte de empreendedoras moçambicanas e desa os relacionados com compet ncias digitai Descobertas de alto n vel Aptidão digital das empreendedoras de Moçambiqu á
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Aptidão Digital: Contexto
Por que é importante para as empreendedoras agora mais do que nunca?
As empreendedoras e a economia moçambican Construir resili ncia empresarial durante e ap s a COVID-1 Fundamento do inquérito
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03
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Casos de estudo
Como é que as empreendedoras em Moçambique utilizaram a tecnologia digital durante a pandemia de COVID-19?
Nilsa Ribeiro - Fundadora do OWNit Dance Studio
Mirna Biosse - estilista da marca Miss Bi
Annette Cassy - Kidz Kare Centro Médico Infanto-Juvenil
Ana Gonçalves – Magambi
Yara Ribeiro - Smart Casual
05 Sobre a Lioness Data 06 + Agradecimentos Conclusão + Recomendações
Resultados do inquérito
Sobre as empreendedoras Medição das 6 dimensões da Aptidão Digital stratégia digita Operações empresariais abilitadas digitalment Banca e nanças digitai Mar eting e vendas digitai Segurança cibernética e proteção de dado Acesso a infraestruturas digitais E
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2
01. Resumo do relatório
3
“
O que é a aptidão digital? A Aptidão Digital é uma medida do nível de preparação das pessoas e empresas para adotar novos processos, software e tecnologia para iniciar o processo de “marcar presença digital” ou habilitar a “transformação digital”. Para as empreendedoras, isto significa preparar a empresa e os trabalhadores para a transição para fluxos de trabalho digitalizados habilitados por tecnologia e software. O objetivo final é construir operações comerciais otimizadas e digitalmente habilitadas, transações financeiras online rápidas e eficazes e canais digitais eficazes para alcançar e atender os seus clientes.
A Covid-19 transformou o panorama empresarial para sempre. Para sobreviver e prosperar, as empreendedoras tiveram de acelerar a adoção de tecnologias digitais de um dia para o outro. Vista anteriormente como algo “agradável de se ter”, hoje em dias as empreendedoras consideram a transformação digital fundamental para a sobrevivência dos seus negócios, resiliência futura e um meio de proteger as suas empresas contra possíveis ruturas.
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Prefácio
O futuro é digital.
A sua empresa está preparada?
A necessidade da transformação digital para a concretização de um crescimento empresarial real foi reconhecida por empreendedoras de sucesso em todo o continente africano nos últimos anos. Porém, na prática, continuou a ser uma aspiração de muitas empreendedoras em Moçambique - até ocorrer a pandemia de COVID-19. Provou ser um alerta para a importância de acelerar a transformação digital para sobreviver. As empreendedoras foram agora forçadas a repensar os seus modelos de negócios, a tornarem-se mais inovadoras e a melhorar a aptidão digital em resposta a este ambiente empresarial transformado. Mas será que estão a avançar com a rapidez necessária?
As empreendedoras moçambicanas estão agora a aperceber-se de que precisam de abraçar esta nova realidade de mercado impulsionada pelos meios digitais para permanecerem competitivas. Caso contrário, correm o risco de ficar para trás. Estão a constatar que essa transformação digital não é apenas um investimento em novas tecnologias. Em vez disso, é uma nova maneira de pensar e fazer as coisas de forma diferente, uma maneira de comunicar e criar ligação com os clientes através do poder da narração digital de histórias, ou utilizar o comércio eletrónico para fazer vendas, ou habilitar o teletrabalho.
A pandemia mostrou-nos que o futuro dos negócios é digital. A questão é: as empreendedoras de Moçambique estão preparadas? O nosso inquérito sugere que estão a avançar na direção certa. Mas ainda há muito a fazer se pretenderem realmente criar capital nesta nova realidade digital, e não só sobreviver, mas prosperar.
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Melanie Hawken
Fundadora e CEO
Lionesses of Africa
O inquérito realizado por 227 empreendedoras da rede Lionesses of Africa revelou a importância da transformação digital na construção de resiliência na era da COVID-19.
Mozambique Women Entrepreneur Digital Readiness Survey Report | Page52
Análise
Utilização por parte de empreendedoras moçambicanas e desafios relacionados com competências digitais O impacto da pandemia de COVID-19 foi sentido por mulheres em todo o lado. Muitos dos setores mais afetados pelas medidas de confinamento impostas pelo governo (como os setores do retalho, turismo, entretenimento, serviços de alimentação e alojamento) empregam mais mulheres do que homens. Quando as empresas se veem obrigadas a desacelerar os seus negócios ou a fechar portas, geralmente são as trabalhadoras do sexo feminino que sofrem mais, especialmente se tiverem empregos mal remunerados e morarem em lugares onde não existem programas de segurança social. As mulheres também arcam com um maior nível de cuidados infantis e trabalho doméstico não remunerado durante esta crise.
As empresas da propriedade de mulheres em África já sentem mais dificuldade a gerar capital e a gerir riscos do que as empresas detidas por homens mas, ainda assim, as mulheres na África Subsaariana apresentam algumas das taxas mais altas de atividade empresarial em todo o mundo. O ano que passou ameaçou abrandar ou até reverter alguns destes ganhos avultados. Felizmente, as notícias não são más de todo. A pandemia expôs vulnerabilidades que são específicas das mulheres, promovendo conversas sobre como criar maior resiliência para que as empresas lideradas por mulheres sobrevivam durante este período e prosperem no futuro.
Este estudo foi concebido para compreender o valor que os recursos digitais agregam às empresas lideradas por mulheres em Moçambique e como a tecnologia está a ser utilizada para se adaptar às condições atuais. Consistiu numa pesquisa online que abrangeu seis dimensões da aptidão digital e entrevistas detalhadas com 21 proprietárias de empresas. As entrevistas forneceram mais informações sobre os tipos de ferramentas digitais que estão a ser utilizadas para os negócios, os desafios que as mulheres enfrentam ao trabalhar com tecnologia digital, visões sobre serviços financeiros digitais e planos para se tornarem mais digitais no futuro.
Os resultados indicam que, embora as participantes reflitam o clima empresarial diversificado e dinâmico do país, todas concordam que o crescimento digital pode proteger as receitas e aumentar as vendas, especialmente em períodos de maior incerteza. Algumas das mulheres com quem falámos já tinham implementada uma estratégia digital antes da pandemia, mas reforçaram a sua presença digital como resposta ao impacto económico da COVID-19. Não tem sido fácil fazer mudanças. Para melhorar a acessibilidade, é evidente que mais precisa de ser feito. Contudo, a maioria reconhece que uma maior presença digital pode trazer maior flexibilidade e conveniência às operações. Para as empreendedoras em Moçambique, estar preparada digitalmente significa poder reagir de forma rápida e criativa perante o inesperado.
“
Linda Zuze, Dra.
Diretora de Investigação
Lioness Data, Lionesses of Africa
As mulheres reconhecem que o reforço da presença digital permite proteger as receitas e promover as vendas, especialmente durante os períodos de maior incerteza.
Mozambique Women Entrepreneur Digital Readiness Survey Report | Page62
Descobertas de alto nível Falta confiança nas capacidades digitais
Menos de 1 em 5 inquiridas avaliam as capacidades digitais da sua empresa como fortes.
19% das inquiridas avaliam as capacidades digitais atuais das suas empresas como “fortes” ou “muito fortes”. 44% avaliam as suas capacidades como médias, e 37% avaliam as suas capacidades como fracas ou muito fracas.
Aconselhamento digital externo é útil para quem o recebe As inquiridas que receberam aconselhamento externo apresentam uma probabilidade 3 vezes superior de sentirem confiança nas capacidades digitais das suas empresas.
Descobertas de alto nível
Aptidão digital das empreendedoras de Moçambique
Nos passados 12 meses, 38% das inquiridas indicam que receberam aconselhamento sobre como melhorar as capacidades digitais das suas empresas. As mulheres que receberam aconselhamento avaliaram as suas capacidades digitais como “fortes” ou “muito fortes” 38% do tempo. Comparativamente, as mulheres que não receberam aconselhamento exterior avaliaram as suas capacidades como “fortes” ou “muito fortes” apenas 11% do tempo, realçando nitidamente a vantagem de obter apoio e aconselhamento digital externo.
7
As redes sociais são o ponto de entrada digital mais comum
Quase metade das inquiridas utiliza redes sociais para promover as suas empresas e criar ligação com os clientes. Existem algumas diferenças marcantes nas ferramentas digitais que as inquiridas utilizam para as suas operações comerciais. As ferramentas de redes sociais, contabilidade e comunicação superam as soluções de recursos humanos, ponto de venda e gestão de projetos. No entanto, as redes sociais são de longe as ferramentas digitais mais utilizadas, com 46% das inquiridas a utilizar estes canais nas suas empresas. Na verdade, as descobertas sugerem que, para muitas das inquiridas, as redes sociais parecem substituir a necessidade ou a falta de um site.
Os serviços financeiros digitais são amplamente utilizados
Cerca de 3 em 4 inquiridas utilizam serviços financeiros nas suas empresas. 73% das inquiridas dizem utilizar serviços financeiros digitais para os seus negócios. Os serviços bancários online são os serviços financeiros digitais mais utilizados. Das pessoas que utilizam serviços financeiros digitais, 83% receberam pagamentos dos seus clientes online. De modo geral, os serviços financeiros digitais são muito apreciados, com 82% das inquiridas a mostrarem-se satisfeitas com os serviços prestados.
A utilização de websites é baixa
Pouco mais de um terço das inquiridas possuem um website dedicado às suas empresas. 35% das inquiridas possuem um website empresarial. 87% destas empresas utilizam o seu website maioritariamente como uma ferramenta de promoção dos seus bens e serviços e informam os clientes sem qualquer funcionalidade de comércio eletrónico incorporada.
O Facebook é a plataforma de redes sociais mais popular
acebook e as aplicações que detém (Instagram e WhatsApp) foram identificadas como as plataformas de redes sociais mais populares. 63% das empreendedoras utilizam o Facebook para as suas empresas; 62% utilizam o Instagram para as suas empresas; 44% utilizam o WhatsApp para as suas empresas; e 36% fazem uso do WhatsApp Business. Isto sugere que as aplicações da propriedade do Facebook estão a substituir possivelmente a necessidade ou a falta de um website empresarial e a fornecer um ponto de entrada para uma forma de comércio eletrónico.
OF
8
As capacidades de teletrabalho são fracas
A grande maioria das inquiridas não dispõe das ferramentas digitais necessárias para suportar teletrabalho.
Apenas 28% das inquiridas utiliza programas de troca de mensagens entre equipas e ferramentas de comunicação e colaboração nas suas empresas. De forma semelhante, apenas 26% das inquiridas recorre a videoconferências e apenas 26% faz uso de partilha e armazenamento digitais de ficheiros. A percentagem de inquiridas que utilizam ferramentas de formação de pessoal online é ainda inferior: apenas 10%. De modo geral, isto indica uma falta de capacidade por parte das empreendedoras inquiridas de suportar o teletrabalho e o novo mundo do trabalho.
A utilização de comércio eletrónico é baixa
Apenas uma pequena percentagem das inquiridas utiliza comércio eletrónico. Das 35% das inquiridas que possui um website empresarial, apenas 22% possui um sistema de comércio eletrónico no seu próprio website que permite aos clientes encomendar bens e serviços e efetuar o pagamento diretamente. 11% das inquiridas com website empresarial permite que os clientes efetuem encomendas ou façam reservas através do seu próprio website sem efetuar pagamento online.
A segurança cibernética e a proteção de dados estão a ser negligenciadas
A segurança online não é comum com em inquiridas a não utilizar qualquer soft are ou sistema de segurança online. 80% das empreendedoras inquiridas dizem não dispor de qualquer software ou sistema de segurança online. online.
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Barreiras à tecnologia digital Os problemas relacionados com serviços digitais estão maioritariamente relacionados com infraestruturas.
O problemas de acesso a serviços digitais estão maioritariamente relacionados com infraestruturas: ligação wifi fraca, velocidades de transferência baixas e cortes de energia. O custo dos pacotes de dados é também identificado como uma barreira por um terço das inquiridas. 1 em 10 inquiridas identificou problemas de serviço com o provedor de serviços de Internet.
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02. Aptidão Digital:
O Contexto 10
Aptidão Digital: Por que é importante para as empreendedoras agora mais do que nunca
Em 2020, Moçambique registou a sua primeira contração da atividade económica em 28 anos. A pandemia de COVID-19 motivou restrições nas deslocações e a uma interrupção das atividades empresariais que durou vários meses.
A pandemia afetou empresas de todos os setores e todos os tamanhos. As empresas com presença internacional viram a procura global diminuir rapidamente. O fecho de fronteiras dificultou a compra de matérias-primas de países como a África do Sul.
Para crescer e prosperar, as empreendedoras de Moçambique precisam de utilizar tecnologia digital com confiança, fazer negócios online e aumentar as suas receitas em mercados locais e internacionais.
Para os empresários locais, a procura caiu porque os clientes que perderam os seus empregos deixaram de poder pagar pelos seus produtos e serviços.
A economia começou lentamente a recuperar, mas, ao que tudo indica, as empreendedoras de Moçambique experienciaram sérios contratempos.
1. FMT & FSDMOÇ 2020. Mozambique Finscope Consumer Survey Report. Maputo: FinMark Trust and FSD Mozambique.
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As empreendedoras e a economia moçambicana As empresas da propriedade de mulheres em Moçambique costumam ser pequenas e informais, mas tem-se verificado um reconhecimento crescente de que estes negócios são fundamentais para potenciar o crescimento e promover a criação de emprego.
Uma em cinco (20%) mulheres em Moçambique são trabalhadoras independentes, mas muito poucas têm acesso a instrumentos de poupança (3%), crédito (5%) ou seguro (9%) regulados.
O aumento das oportunidades para empreendedoras requer a melhoria do acesso a financiamento, formação e mercados. É importante ressaltar que também é vital que as mulheres tenham melhor acesso à economia digital.
Mozambique Women Entrepreneur Digital Readiness Survey Report | Page 122
Construir resiliência empresarial durante e após a COVID-19
“75% das pessoas que utilizam canais digitais pela primeira vez indicam que vão continuar a utilizá-los quando as coisas voltarem ao “normal”.*
*McKinsey COVID-19 US Digital Sentiment Survey, abril de 2020
A criação de mais modelos de negócios sustentáveis no futuro irá melhorar as competências de gestão empresarial, fortalecer o acesso a mercados novos e existentes e diversificar redes de produtos e fornecedores
As abordagens digitais são um fio condutor comum que une todos os tipos de atividades de recuperação
Soluções de escritório virtual para teletrabalho e gestão de relações com o cliente
Sistemas de pagamento móvel e sem dinheiro para reduzir o tempo e o custo das transações
Marketing e vendas online para aceder a mercados inexplorados
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Fundamento do inquérito As empresas lideradas por mulheres em Moçambique são uma força económica crescente. As soluções digitais apropriadas e acessíveis permitem melhorar significativamente o seu desempenho empresarial, aumentando, por seu lado, a sua contribuição para a economia nacional e a criação de emprego.
Este estudo visa: Avaliar a aptidão digital das empresas detidas por mulheres em Moçambique
Compreender o impacto da transformação digital para a promoção do crescimento de empresas lideradas por mulheres.
Compreender os desafios e oportunidades que as empreendedoras enfrentam no que toca a aumentar as suas capacidades digitais
Oferecer recomendações para fortalecer a participação das mulheres na economia digital
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03. Resultados do inquérito 15
Sobre o inquérito
Operações empresariais habilitadas digitalmente
Estratégia digital
O inquérito de satisfação foi realizado entre 30 de março e 9 de abril de 2021 227 mulheres empreendedoras responderam online 20 mulheres empreendedoras foram entrevistadas via Zoom As respostas foram recebidas de 4 províncias: Cidade de Maputo, Província de Maputo, Sofala, Cabo Delgado A maioria das inquiridas tem atividade na Cidade de Maputo (73%) e na Província de Maputo (23%)
Infraestrutura digital
Medição das 6 dimensões da aptidão digital
Banca e finanças digitais
O inquérito era constituído por 17 perguntas que avaliavam as 6 dimensões da Aptidão Digital (ver diagrama ao lado) O inquérito foi realizado online com 120 respostas enviadas por computador e 107 respostas enviadas por smartphone O inquérito foi disponibilizado em Português (183) e Inglês (44)
Segurança
cibernética e proteção de dados
Marketing e vendas digitais
O tempo médio decorrido para a conclusão do inquérito foi 06min26s
16
Pergunta
Qual é o valor médio das vendas totais por mês (em Metical) da sua empresa em 2020? 50% 40% 30% 20% 10% 0%
Menos de 5,0015,000 MT 25,000 MT
Metade das empresas emprega entre 1 e 10 pessoas
Um terço são empreendedoras a solo
Seis em dez estão à frente de empresas que estão em atividade há três anos ou menos
25%
23% 17%
Estão a entrar novas empreendedoras no mundo dos negócios
12%
25,00150,000 MT
14% 9% 50,001100,000 MT
Mais de Recusou 100,000 indicar MT
17
Pergunta
Pergunta
Há quantos anos a sua empresa está em operações?
Quantos trabalhadores pagos (tempo integral e parcial) emprega atualmente a sua empresa em todos os locais, excluindo proprietários e parceiros?
18% 16% 16% 15% 15% 14% 14% 12% 10% 8% 6% 6% 4% 2% 0%
60% 15%
50% 40%
8%
52% 35%
30%
8%
20% 3%
1 ano 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos 6 to 10 11 to 20 mais de menos de 1 anos anos 20 anos ano
9%
10% 0%
nenhum
1-10
11-50
1% 51-100
3% 101 ou mais 18
Pergunta
Estratégia digital
mé dia s 44 %
4%
mu ito fra cas 18%
Digital Strategy
mu ito for tes
fortes 15%
Como avalia as capacidades digitais atuais da sua empresa?
fracas 19%
Apenas 19% das empresas avaliam as suas capacidades digitais atuais como “fortes” ou “muito fortes”
Empresas maiores - com base no número de trabalhadores - avaliam as suas capacidades digitais de forma mais favorável do que as empresas mais pequenas
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Pergunta Nos passados 12 meses, recebeu aconselhamento sobre como melhorar as capacidades digitais da sua empresa?
38% sim
62% não
38% Entre as proprietárias de empresas que receberam aconselhamento sobre como melhorar as capacidades digitais das suas empresas, 38% avaliaram as suas capacidades digitais como “fortes” ou “muito fortes”.
11% Entre aquelas que não receberam aconselhamento, 11% avaliaram as suas capacidades como “fortes” ou “muito fortes”. 20
Pergunta A sua empresa utiliza software, ferramentas ou aplicações digitais para gerir alguns dos seguintes setores?
Operações empresariais habilitadas digitalmente
Redes sociais Contabilidade e impostos Mensagens e colaborações Videoconferências Marketing por e-mail Armazenamento e partilha de ficheiros Nenhum RH e salários Ponto de venda Relações com clientes
Gestão de projetos
Criação de sites Formação do pessoal online
Inquérito Inventário Outro 0%
10% 9% 9%
20% 19% 18% 15% 14% 13%
30% 28% 26% 26% 26%
46%
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50%
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“Sinto que toda a gente está a fazer a mesma coisa e que é difícil fazer com que a minha empresa se destaque nas redes sociais.”
“Bem, honestamente, não tenho muito jeito para usar ferramentas digitais.”
Preparar-se digitalmente. Os desafios que as empreendedoras enfrentam.
Estes foram alguns comentários feitos por mulheres, quando lhes foi pedido para descrever o que dificultou o crescimento das suas empresas a nível digital.
“Antes de atualizarmos o nosso pacote de dados, os dados esgotavam a meio da reunião.”
“Gostava simplesmente de poder aceder a um lugar para um site em que sei que posso confiar.”
“Acho que as pessoas precisam que lhes ensinem de alguma forma a perceber o mundo digital.”
“Terceirizar o marketing digital implica o pagamento de uma taxa.”
“Não sei exatamente como criar conteúdo e não tenho tempo.”
“Somos altamente dependentes da tecnologia, da Internet e da eletricidade, mas num país onde não é garantido que tenhamos isso o tempo todo.”
“Em Moçambique, temos dificuldade em encontrar suporte informático experiente capaz de resolver um problema imediatamente.”
22
Pergunta De que forma utiliza serviços financeiros digitais na sua empresa?
90% 83% 80% 70% 63%
Banca e finanças digitais
60% 50%
46%
40% 30%
27% 20%
20% 12% 10%
4%
0% nenhuma das opções acima
comprar tempo de antena
pagar seguros
retirar dinheiro
pagar salários
pagar contas
receber pagamentos de clientes
23
77%
Os serviços financeiros digitais
Utilizar serviços
são muito apreciados, 82% das
financeiros digitais para
inquiridas estão satisfeitas com
os negócios
os serviços prestados
A facilidade de utilização e a
73%
Os serviços bancários online
flexibilidade são as características
são os serviços financeiros
mais importantes dos serviços
digitais mais utilizados
bancários digitais para estas empresas
Apenas 8% das empresárias
83%
Receber pagamentos de clientes online
consideram os benefícios de segurança dos serviços bancários digitais como a sua maior vantagem
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Pergunta Qual das seguintes plataformas de redes sociais utiliza a sua empresa (não você, pessoalmente)?
Marketing e vendas digitais
Facebook Instagram WhatsApp Whatsapp Business LinkedIn Twitter YouTube Plataforma de blogging Pinterest TikTok
63% 62% 44% 36% 26% 10% 9% 5% 4% 2% 0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
25
35%
Pergunta
Como utiliza atualmente o website na sua empresa?
das inquiridas possuem um website empresarial Promover bens e serviços
87%
Comércio eletrónico
1/5
Apenas um em cinco desses websites apresentam funcionalidade de comércio eletrónico
22%
Receber reservas, não pagamentos
11% 0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90% 100%
26
Pergunta A sua empresa possui algum software ou sistema de segurança na Internet?
Segurança cibernética e proteção de dados
Sim – 20%
Não – 80%
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Pergunta A sua empresa sofre de algum dos seguintes problemas? 40% 35%
33%
30%
Acesso a infraestruturas digitais
25% 20%
19%
20%
20%
21%
15% 10% 5% 0%
7%
Banda larga fraca
10%
10%
Ausência Problemas Ligação Falhas de Velocidad Falhas de Custo dos de Internet com o WiFi fraca Internet -es de eletricida pacotes de transferên na zona provedor de dados -cia de serviços baixas de Internet
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04. Casos de estudo Como é que as empreendedoras
em Moçambique utilizaram a tecnologia digital durante a pandemia de COVID-19?
29
Nilsa Ribeiro
Fundadora do OWNit Dance Studio O OWNit é um estúdio de dança focado no empoderamento das mulheres através da dança. A pandemia impediu a realização de grandes reuniões em grupo, incluindo aulas de dança presenciais. A resposta da Nilsa Ribeiro foi realizar aulas de dança particulares com um instrutor e um aluno (OWNit Secret). A Nilsa também lançou aulas online com dançarinos internacionalmente aclamados (LIVE Session) em conjunto com uma série de vídeos de dança chamada Better Together (Melhor Juntos), onde ela destaca a importância de as mulheres se ajudarem mutuamente durante este período. Em breve, a Nilsa planeia lançar uma série de podcast para falar sobre problemas que foram habitualmente abordados durante as aulas no estúdio, como autoestima, violência de género, sensibilização sobre o cancro e outros problemas que afetam as mulheres.
“
A Nilsa recorre cada vez mais às redes sociais devido às restrições impostas pela pandemia. Passou a utilizar mais o YouTube, o WhatsApp Business, o Facebook e o website da empresa. A Nilsa descobriu que a reação da comunidade a uma abordagem digital pode ser heterogénea. Pode ser difícil replicar a energia e o intimismo do estúdio de dança nas aulas online.
O nosso estúdio de dança é um espaço seguro onde as mulheres partilham a sua energia e interagem com outras mulheres. A dança é apenas uma ferramenta que utilizamos para partilhar essa energia. Os problemas de conectividade são um desafio constante para algumas clientes. Tenho feito tudo o que precisa de ser feito para fazer avançar o meu negócio durante esta pandemia. Mesmo com rendimentos inferiores.
30
Mirna Biosse
estilista da marca Miss Bi Viajar para a vizinha África do Sul para comprar roupa deixou de ser possível para muitas mulheres moçambicanas. Para a estilista Mirna Biosse, a quarentena apresentou uma oportunidade de introduzir uma linha de vestuário casual no mercado local. A Mirna focou-se na promoção da sua linha de vestuário nas redes sociais. O marketing digital gerou interesse nos meios locais e resultou em publicidade para a sua marca. A Mirna ainda depende muito do boca a boca para conquistar novos clientes.
“
No início, foi difícil convencer os consumidores locais de que a qualidade de uma marca local pode equiparar-se à qualidade de marcas internacionais maiores, mas as atitudes estão a mudar lentamente. Cada vez mais mulheres estão a descobrir a versatilidade e a conveniência da sua linha casual. A Mirna fez uma parceria com uma loja de retalho local para distribuir as suas roupas. Está desejosa por aprender a maximizar o potencial das redes sociais para fazer crescer a sua empresa “...para poder ser eficaz e alcançar as pessoas certas”.
“Estou no processo de reconstrução da minha conta de Instagram para aumentar a minha presença e criar um visual mais profissional para proporcionar a senso da experiência dos meus clientes quando visitam a minha loja, algo que não estão a fazer neste momento. Estou também a reestruturar a minha empresa para fazer face à procura por vestuário confortável para usar em casa.”
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A Kidz Kare já utiliza tecnologia de formas inovadoras antes da pandemia. Por exemplo, os pais podiam fazer marcações no website da empresa. A Annette também desenvolveu uma aplicação médica ondes os pais podem acompanhar o crescimento dos filhos e o programa de vacinação. A aplicação oferece aconselhamento às famílias caso surjam situações de emergência em casa. A Annette costuma utilizar brinquedos e jogos digitais para reduzir o stress das crianças quando tomam injeções.
Durante a quarentena, a Annette e a sua equipa utilizaram o Skype e o WhatsApp para realizar consultas sempre que possível, mas as suas soluções inovadoras não ficaram por aqui. A Annette desenvolveu um vídeo de animação para ensinar às crianças o que é a Covid de forma acessível. Ela fez a seguinte observação: “muitos pais ficaram agradecidos pois foi uma boa maneira de explicar às crianças o que era a COVID-19 e por que não iam à escola.” No futuro, a Annette gostaria de fazer mais vídeos de animação para melhorar a consciência em relação a outras doenças.
“
“Quero que as pessoas utilizem software para que possamos ter todas as informações na nuvem para eu poder aceder quando estiver em casa. Posso fazer videochamadas, consultas em vídeo com os meus pacientes e ter acesso remoto a tudo o que tenho acesso quando estou na clínica.”
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A Magambi presta serviços a famílias durante a gravidez, o parto e o pós-parto. Tradicionalmente, a Ana usava o e-mail para comunicar com os seus clientes, mas, durante os confinamentos, utilizou vídeos e WhatsApp em grande medida. Como resultado desta migração digital, está agora a planear mudar para o WhatsApp Business, e está a redefinir a estrutura do seu website para utilizar como uma ferramenta de comunicações e marketing mais eficaz.
Outra mudança digital operacional decorrida durante a quarentena veio com a mudança para o uso do Zoom para dar aulas de formação que seriam normalmente ministradas presencialmente. No futuro, esta mudança para cursos digitais pode abrir outra fonte de receita, complementando as aulas presenciais existentes quando forem retomadas.
A Ana também introduziu um novo fluxo de receita suplementar na empresa através da venda de écharpes de transporte para recém-nascidos. Ela utiliza o Facebook e o Instagram para comercializar estes produtos e está a pensar criar e comercializar produtos adicionais para bebés no futuro. Adotou também o uso de sistemas de pagamento móvel, como o MPESA, para fornecer aos clientes que compram estes produtos a capacidade de realizar transações e pagar de forma rápida e sem complicações.
“
“Estou a pensar utilizar mais o WhatsApp Business. E depois vou começar a definir a estrutura do meu website. Esse tem sido o desafio maior, pois preciso de mais tempo para pensar no que quero comunicar e que informações pretendo incluir. É algo que não posso delegar aos outros. Espero que a maioria do conteúdo e a estrutura estejam prontos em breve.”
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A gestão de equipas e a logística são complexas na melhor das hipóteses. Quando o teletrabalho e o distanciamento social são incluídos na equação, então a complexidade é multiplicada. A Yara apresentou o Team Time, uma aplicação de team building, para abordar esta necessidade. É uma ferramente divertida e segura para as equipas falarem sobre assuntos difíceis, melhorar a gestão do tempo e trabalhar no sentido dos objetivos acordados. A Yara colaborou com especialistas em team building para a criação do conteúdo e utilizou uma start-up local para desenvolver o software.
“
A Yara acredita que a criação de pontes de comunicação no espaço de trabalho é fundamental no clima atual e a sua aplicação está a fazer isso mesmo. “… temos de partilhar mais histórias de pessoas que se reinventam. Reinventam a sua empresa. As pessoas podem inspirar-se um pouco mais e acreditar um pouco mais naquilo que fazem.” No futuro, a Yara planeia exportar o Team Time para as empresas de outros países.
“Temos de partilhar mais destas histórias de pessoas que se reinventam nos negócios. Reinventam as suas empresas para as pessoas poderem inspirar-se um pouco mais e acreditar um pouco mais naquilo que fazem.”
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05. Conclusão + Recomendações
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Conclusão As empreendedoras compreendem a ligação entre crescimento digital e construção de resiliência, e muitas mulheres encontraram formas de inovar durante a pandemia de COVID-19 e a recessão económica.
As empresas detidas por mulheres não utilizam as ferramentas digitais da mesma forma. Elas procuram soluções digitais apropriadas para as suas empresas e acessíveis para os seus clientes.
As empreendedoras saem a perder por não terem o seu próprio site empresarial, pois é uma parte importante da construção de uma estratégia de comércio eletrónico para alcançar novos clientes e mercados.
O acesso a aconselhamento digital externo, formação e suporte para mulheres empreendedoras demonstra aumentar a confiança na sua jornada de transformação digital.
As empreendedoras estão a ficar para trás na adoção de ferramentas de segurança cibernética e proteção de dados.
Abordar os obstáculos à utilização de mais ferramentas digitais que as empreendedoras enfrentam pode oferecer novas oportunidades para aumentar a sua contribuição para a economia de Moçambique.
Mozambique Women Entrepreneur Digital Readiness Survey Report | Page 362
Recomendações Com base nas informações fornecidas pelas 247 inquiridas, eis como as empreendedoras, empresas e indústrias, influenciadoras do ecossistema de start-ups e formuladoras de políticas podem repensar as suas abordagens, reconfigurar modelos de negócios e aproveitar as oportunidades oferecidas pela economia digital.
Para as empreendedoras
O futuro é digital. Para garantir que a sua empresa está pronta, precisa de: 1. Ser estratégica — Desenvolva uma estratégia digital que englobe três componentes da sua empresa: cultura, processos e tecnologia.
2. Informe-se — A aptidão digital começa a nível pessoal, portanto, continue a melhorar os seus conhecimentos e as suas competências pessoais para aprender a utilizar melhor a tecnologia digital.
3. Invista — Para impulsionar o desempenho da sua empresa e sustentar a sua resiliência, terá de investir nas competências dos seus trabalhadores, infraestrutura de TI e aplicações de software.
4. Melhore as suas comunicações e marketing digital — Melhore a presença online da sua marca, crie um website com funcionalidade de comércio eletrónico, utilize todas as suas plataformas de redes sociais em pleno e desenvolva a sua estratégia de marketing digital.
Mozambique Women Entrepreneur Digital Readiness Survey Report | Page 372
5. Conquiste a aprovação dos seus trabalhadores — É importante garantir que os seus trabalhadores se sentem confortáveis neste novo ambiente digital. Construa a cultura digital da sua empresa incentivando os trabalhadores a aprender e a adaptar-se ao seu novo mundo de trabalho.
6. Melhore os seus processos de negócios — Utilize meios digitais para desenvolver nova maneiras de melhorar os seus processos de negócios, reduzir custos e tornar-se mais produtiva.
7. Mantenha o foco no cliente — Os canais online da sua empresa devem focar-se nas necessidades dos clientes e nas suas preferências e hábitos de compra online para ganhar acesso a novos clientes e mercados.
8. Realize as suas transações financeiras online — Os clientes e os fornecedores estão a avançar rapidamente para o mundo online, portanto, melhore o seu pagamento digital e capacidades de aprovação.
9. Melhore a sua gestão das relações com os clientes — Cultive as comunicações com os clientes, o marketing e as vendas através de tecnologia e melhore as vendas e a fidelidade dos clientes.
10. Torne os seus dados acessíveis — Para promover a mudança para teletrabalho, facilite o acesso seguro aos seus dados por parte dos seus trabalhadores. Afinal, os dados são inúteis se não forem usados.
11. Implemente medidas de segurança cibernética — Terá de proteger os seus sistemas e dados para manter a sua empresa, trabalhadores, fornecedores e clientes totalmente protegidos em todos os momentos.
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12. Antecipe a próxima crise — Certifique-se de que prevê as consequências das suas decisões estratégicas e investimentos digitais para garantir que ajudam a preparar a sua empresa para o futuro. A crise de COVID-19 abrandará, mas certifique-se de que se prepara melhor para as futuras incertezas.
As empreendedoras não precisam de ser especialistas em tecnologia para melhorar a aptidão digital das suas empresas. Nem precisam de gastar muito dinheiro. Seguindo estes doze passos, podem acelerar a sua jornada para se tornarem proprietárias de empresas com conhecimentos digitais.
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Recomendações para parcerias empresariais locais
1. Aumentar o apoio às empreendedoras e proprietárias de pequenos negócios para a construção de uma economia digital inclusiva.
2. Promover a formação e qualificação das empreendedoras e proprietárias de pequenos negócios, reduzindo os custos de formação e promovendo a formação no local de trabalho. 3. Fornecer soluções acessíveis para ajudar empresas pequenas e emergentes lideradas por mulheres a avaliar a sua aptidão digital. 4. Oferecer formação digital através de plataformas online gratuitas, especialmente para novas empreendedoras. 5. Os protagonistas do ecossistema local devem aumentar o número de redes e oportunidades de partilha de conhecimento.
6. Desenvolver novos modelos de pagamento digital para reduzir o custo e o tempo necessário para as transações. 7. Incubadoras e aceleradoras devem criar fóruns para as empreendedoras partilharem as suas experiências e melhores práticas de transformação digital.
Recomendações para governos, legisladores e financiadores públicos 1. Implementar uma infraestrutura digital de alta qualidade e garantir que as pequenas empresas têm acesso às principais ferramentas digitais como um ponto de entrada para a transição digital.
2. Promover tecnologias e ferramentas digitais em escolas, universidades e programas de desenvolvimento de pequenas empresas. 3. Fornecer financiamento especificamente para transformação digital e inclusão de empreendedoras.
4. Promover um ambiente regulatório favorável para os operadores de tecnologia financeira de modo a incentivar a oferta de serviços financeiros digitais, especialmente fora de aputo. M
5. 6.
liminar as barreiras técnicas básicas dos modelos de negócios digitais, melhorando a penetração do telemóvel, o fornecimento de energia e a fiabilidade da ligação. E
arantir a criação de estruturas de proteção de dados para reduzir os riscos operacionais para os proprietários de empresas.
G
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Sobre a Lioness Data
Agradecimentos
A Lioness Data é a unidade de investigação e informações da
A Lionesses of Africa gostaria de agradecer a todas as
Lionesses of Africa Public Benefit Corporation, uma empresa
empreendedoras que reservaram um momento do seu valioso
social que promove o trabalho das empreendedoras de África. A
tempo para participar no inquérito Aptidão Digital das
Lioness Data utiliza uma rede crescente de mais de 1,3 milhões
Empreendedoras de Moçambique. Agradecemos a todos os
de empreendedoras em todo o continente africano para obter
membros da nossa rede comunitária em Moçambique que
informações acionáveis que ajudam investidores, legisladores e
possibilitam à nossa equipa fomentar a missão de fornecer
agências de desenvolvimento a tomar decisões mais rápidas e
dados e informações confiáveis.
melhores baseadas em dados. A Lionesses of Africa constrói e fornece programas de desenvolvimento, ferramentas de
A Lionesses of Africa gostaria também de agradecer às pessoas
negócios, plataformas comunitárias, meios digitais, eventos de
que contribuíram para a criação deste inquérito, para recolha de
networking e recursos de informação de que as empreendedoras
dados e elaboração de relatórios. Um agradecimento especial à
necessitam - conectando-as aos principais mercados globais
Dra. Linda Zuze, à Stephanie Hawken, à Natalie Irwin e à Sarah
para crescimento. A comunidade Lionesses of Africa estende-se
Ahmad pela sua inestimável assistência ao estudo e
por 54 países africanos e milhares de utilizadoras da Diáspora na
contribuições administrativas.
Europa e na América do Norte.
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Aptidão Digital
Preparação para uma nova realidade digital | Relatório de inquérito de satisfação de 2021 41