Lisboa Cultural | 31 janeiro / 13 fevereiro ' 12

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Índice #243

31 de janeiro a 13 de fevereiro de´12

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Destaque O ano de Anne Teresa | Pág. 2

Ficha técnica

Que corpo é este que dança? | Pág. 4 Edição: CML | Direcção Municipal de Cultura Departamento de Acção Cultural | Divisão de Promoção e Comunicação Cultural Editor: Frederico Bernardino Redacção:Frederico Bernardino; Raquel Antunes; Sara Simões. Designer: Ana Filipa Leite Capa: Anne Teresa De Keersmaeker; de Humberto Mouco Contactos: Rua do Machadinho, 20, 1249-150 Lisboa | Tel. 218 170 600 lisboa.cultural@cm-lisboa.pt

Artista na Cidade/Programa | Pág. 5 Musica Mísia, Senhora da Noite | Pág. 6 Teatro Eunice, 70 anos de carreira em palco | Pág. 8 Noites no Teatro | Pág. 9 Entrevista João Mota | Pág. 10 Exposições Vamos falar de bichos | Pág. 13 Curtas | Pág. 14 Em Agenda | Pág. 16


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Destaque/Capa O ano de Anne Teresa //

Rosas danst rosas

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Há uma Artista na Cidade a marcar o ano de 2012. Anne Teresa De Keersmaeker, bailarina e coreografa belga, nome maior da criação contemporânea, é a primeira protagonista de uma bienal que tem como principal propósito construir um trabalho em rede entre diversas organizações e entidades culturais de Lisboa. O percurso de 30 anos de De Keermaeker na dança contemporânea é revisitado ao longo de todo o ano. Começa já a 3 de fevereiro, no Centro Cultural de Belém, com Fase, four movements to the music of Steve Reich, criação que teve estreia mundial em 1982, no Beursschouwburg, de Bruxelas, considerada uma peça essencial para perceber a orientação dos trabalhos posteriores da coreógrafa,

Porque “a arte é uma celebração da nossa humanidade”,

Como se não fosse pouco a apresentação de mais de uma

Anne Teresa De Keermaeker faz questão de apresentar em

dezena de espetáculos, a bienal Artista na Cidade, que traz

Lisboa os seus “melhores trabalhos”. 30 anos de criação

De Keersmaeker e a companhia Rosas a Lisboa, passa tam-

artística em prol de novas conceções na dança contempo-

bém por proporcionar uma experiência de vida na cida-

rânea, marcados pela exploração das “emoções do corpo”,

de ao longo de todo o ano de 2012. A residência artística

como a própria sublinha ao revelar as peças que vão passar

da coreografa e bailarina belga propõe ser também um

pelo Centro Cultural de Belém (CCB), Culturgest, Teatro

momento de partilha criativa entre todos os que amam a

Camões, Museu Nacional de Arte Contemporânea, Funda-

dança. A exemplo, De Keersmaekar regressa ao convívio

ção Calouste Gulbenkian, teatro municipais Maria Matos e

do elenco da Companhia Nacional de Bailado – com quem

São Luiz e, até, pelas ruas de Lisboa, em Setembro, quan-

criou, em 1998, The Lisbon Piece – para um trabalho que re-

do Bal Modern integrar a programação de verão de Lisboa na

sulta na apresentação de três peças inéditas (Prelúdio à sesta

Rua. De fora da programação lisboeta fica a experiência

de um fauno, Grosse Fuge e Noite Transfigurada) em Outubro e

de ver En Atendant e Cesena, espetáculos criados para o Fes-

Novembro.

tival de Avignon, sem a sua relação com a luz natural do anoitecer e do raiar do sol (serão apresentados em versão

Frederico Bernardino

de palco, na Culturgest e CCB, respetivamente); mas, boas notícias, em Guimarães, por ocasião da Capital Europeia da Cultura, Cesena será apresentada ao ar livre, às cinco da manhã do dia 16 de junho. 3


Que corpo é este que dança?

pelos Estados Unidos da América onde tem contacto com as mais radicais tendências da dança pós-moderna, cria Fase, four movements to the music of Steve Reich, que se torna numa peça unanimemente aplaudida. Como resultado óbvio desse sucesso, De Keersmaeker funda, em 1983, a sua própria companhia de dança, a Rosas. A convite de Bernard Focroulle, torna-se, em 1992, a coreógrafa residente no teatro La Monnaie, a Ópera Nacional da Bélgica. Ali cria, três anos depois, a PARTS – Performing Arts Research and Training Studios, uma escola de referência na dança contemporânea que proporciona aos alunos um contacto vasto com outras disciplinas, como a música e o teatro. As suas coreografias assentam desde sempre numa íntima relação entre a dança e a música, que abrange um leque temporal que vai do final da Idade Média até ao século XX. Como a própria sublinha, “têm feminismo e feminilidade, atração erótica e repulsa”, carregam sensualidade e teatra-

Garante quem a conhece que não gosta de dar entrevistas. Talvez por isso mesmo terminou a conferência de imprensa de apresentação da bienal Artista na Cidade dizendo “não

lidade. Porque o corpo é movimento. E emoção. Frederico Bernardino

sei falar sobre dança; sei dançar.” Como quem cultiva a ideia de que o corpo é “o lugar de todas as emoções”, mesmo que as suas criações tenham a pluralidade de colocar o corpo em movimento num diálogo com a palavra, a música ou as artes visuais. Anne Teresa De Keersmaeker nasceu em Mechelen, na Bélgica, em 1960. Faz a sua formação na já desaparecida Mudra School, de Maurice Béjarts, em Bruxelas, e aos 20 anos apresenta a sua primeira peça, Asches. Após uma passagem

Fase, four movements to the music of Steve Reich

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Programa Artista na Cidade

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FASE,FOUR MOVEMENTS TO THE MUSIC OF STEVE REICH 3 fevereiro | 21h | CCB ROSAS DANST ROSAS 4 fevereiro | 21h | CCB ELENA´S ARIA 7 fevereiro | 21h | CCB BARTÓK / MIKROKOSMOS 9 fevereiro | 21h | CCB EN ATENDANT 5 e 6 junho | 21h30 | Culturgest CESENA 8 e 9 junho | 21h | CCB BAL MODERNE Setembro | datas e local a definir PRELÚDIO À SESTA DE UM FAUNO / GROSSE FUGE / NOITE TRANSFIGURADA 26 a 28 outubro | 2 a 4 e 8 a 10 novembro | Teatro Camões VIOLIN PHASE (instalação) 8 novembro a 2 dezembro | Museu Nacional de Arte Contemporânea HOPPLA! | FASE | ROSAS DANST ROSAS | MONOLOOG VAM FUMIYO IKEDA OP HET EINDE VAN OTTONE/OTTONE (filmes) 11 novembro | a partir das 16h | local a definir 3ABSCHIED 15 e 16 novembro | Fundação Calouste Gulbenkian THE SONG 23 e 24 novembro | 21h30 | Maria Matos Teatro Municipal DRUMMING 29 e 30 novembro | 21h | São Luiz Teatro Municipal

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Música Senhora da noite //

Dez anos depois de Ritual, Mísia regressa ao fado tradicio-

deão, do piano e do violino, instrumentos que a cantora in-

nal com Senhora da noite. Um trabalho onde o estatuto da

troduziu no fado desde as suas primeiras gravações e que

mulher é evidenciado – afinal, esta é a primeira vez que um

fazem já parte da sua sonoridade. Para este trabalho, que

disco de fado apresenta poesia escrita exclusivamente por

assinala também os 20 anos de carreira discográfica, com

mãos femininas. Desde escritoras e poetisas como Agus-

exceção de alguns poemas escolhidos de escritoras já fale-

tina Bessa-Luís, Hélia Correia, Florbela Espanca, Natália

cidas, todos os textos foram escritos especificamente para

Correia ou Rosa Lobato de Faria, a cantoras e fadistas como

a voz de Mísia.

Amália Rodrigues, Amélia Muge, Adriana Calcanhotto, Al-

A par do concerto, que se realiza a 4 de fevereiro, na Sala

dina Duarte ou a própria Mísia, este é um álbum onde a

Principal do São Luiz Teatro Municipal, na véspera, dia 3,

mulher não é apenas a musa, mas sim a autora e criadora

às 19 horas, Lídia Jorge e Amélia Muge juntam-se no Jardim

do universo poético.

de Inverno à conversa com Mísia, num encontro moderado por Nuno Pacheco, onde, entre outros temas, se falará so-

À semelhança do que já tinha acontecido no disco Garras

bre o estatuto criativo da mulher no fado.

dos Sentidos, para além do trio das guitarras, as músicas do velho fado tradicional terão as linhas melódicas do acor-

Mísia apresenta Senhora da noite 4 de fevereiro, às 21h São Luiz Teatro Municipal Preços: de 10€ a 20€ www.teatrosaoluiz.pt

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Sara Simões


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Teatro 70 anos de carreira em palco //

Descendente de uma família de atores, Eunice Muñoz es-

Para celebrar estes 70 anos de carreira, o São Luiz Teatro

treou-se em 1941, na peça Vendaval, de Virgínia Vitorino,

Municipal apresenta O cerco a Leninegrado. Um texto de

com a Companhia Rey Colaço/ Robles Monteiro. O seu ta-

1994, escrito por J. Sanchis Sinisterra, encenado por Cel-

lento chamou desde logo a atenção de figuras como Palmi-

so Cleto, para duas atrizes, que é “um espelho da história,

ra Bastos, Raul de Carvalho, João Villaret e da própria Amé-

uma viagem entre um passado já distante e as reverbera-

lia Rey Colaço, o que lhe permite uma rápida integração

ções que a história produz nas nossas vidas quotidianas”.

na companhia. Desde então, os seus sucessos multiplicam-

Em palco Eunice Muñoz e Maria José Pascoal dão vida a Te-

-se. Em 1946 estreia-se no cinema, em Camões, um filme

resa, atriz e viúva de um antigo encenador, que vive com

de Leitão de Barros, tendo sido distinguida com o prémio

Natália, outra atriz, nas ruínas de um velho teatro prestes

do SNI - Secretariado Nacional de Informação, para me-

a ser demolido.

lhor atriz cinematográfica do ano. Ao longo da sua carreira fez ainda teatro de revista, televisão, recitais, telenove-

Uma divertida comédia onde o teatro incita à reflexão da

las e muito mais, que lhe valeram condecorações como a

história política dos últimos 50 anos, que é também uma

Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, entregue em

homenagem a todos os profissionais do teatro.

novembro último.

Sara Simões

O cerco a Leninegrado 8 a 19 de fevereiro São Luiz Teatro Municipal www.teatrosaoluiz.pt

fotografia de Gonçalo Fabião


Noites no Teatro

A iniciativa da Direção Municipal de Cultura da Câmara Municipal de Lisboa Noites no Teatro está de regresso, com novos espetáculos gratuitos para os es-

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tudantes dos ensinos secundário e superior. Para marcares presença basta ligar o número de telefone 218 170 593, e indicar o nome, estabelecimento de ensino que frequentas e o número do cartão de estudante. Não percas tempo e marca já a tua presença…

Dias de Vinho e Rosas foi escrito para televisão, em 1958, por J.P. Miller. Jack Lemmon e Lee Remick protagonizaram a versão para cinema assinada por Blake Edwards. Até que um dia, cinquenta anos depois da peça original, o irlandês Owen McCafferty criou uma nova peça a partir da relação destrutiva dos dois solitários de Miller. O resultado é uma peça dolorosa, comovente e intensa que surge agora numa produção dos Artista Unidos, com encenação de Jorge Silva Melo e atuações de Maria João Falcão e A companhia do Chapitô lança-se numa abordagem muito especial de Édipo, o Rei de Tebas que, ao cumprir a profecia em que assassina o seu pai e casa com a mãe,

Ruben Gomes. 9 de fevereiro | 21h30 Teatro da Politécnica

faz com que a desgraça e o infortúnio se abatam sobre a sua cidade e a sua família. Renovada e reciclada sem qualquer tipo de complexos (edipianos, ou outros), a tragédia clássica de Sófocles surge transformada num espetáculo divertido e, por vezes, mirabolante, com encenação de John Mowat e interpretações de Jorge Cruz, Marta Cerqueira e Tiago Viegas. 3 de fevereiro | 22h | Chapitô 9


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Entrevista Joao Mota “É preciso lutar contra a crise da alma”

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Quando aceitou o cargo de diretor artístico do Teatro Na- Perante os constrangimentos orçamentais, esta é a procional D. Maria II (TNDM) vaticinou que iria ser “um tra- gramação possível? balho difícil”. Está a sê-lo? De certo modo, sim, mas não sei como ainda. Sublinho que Um trabalho como este é sempre difícil, mas as dificulda-

é uma programação com muita qualidade. E estou feliz por

des são menores quando temos prazer no que fazemos. O

termos conseguido manter alguns espetáculos que já esta-

país está em crise e o nosso desafio no teatro, à semelhança

vam em fase de ensaios, como A Morte de Danton, pelo Jorge

das outras artes, é lutar contra a crise da alma que assola as

Silva Melo, e João Torto. Lamento, evidentemente, não po-

pessoas. Cabe-nos a nós que o mundo sensível, das interio-

dermos fazer um espetáculo como o Lear mas, ao mesmo

ridades, do estar bem consigo próprio, seja possível num

tempo, vamos ter aqui a Eunice Muñoz, em Maio, com um

momento tão difícil como o que atravessamos. Claro que o

grande texto do Tennesse Williams e com uma grande lição

caminho é complexo, até porque o que mais me assusta é

da arte de representar, em O Comboio da Madrugada. Mais

as pessoas não terem dinheiro para as coisas mais básicas,

a mais, marca o merecido regresso do Carlos Avilez a esta

quanto mais para vir ao teatro.

casa depois de um interregno de muito tempo.

E isso acentua-se num país em que as pessoas vão pouco O que destacaria mais na programação destes próximos ao teatro… seis meses? Esse é o outro lado do problema. Por isso, e citando Almei-

Tenho um especial contentamento em voltar a apresentar

da Garret, fundador deste Teatro, “sem hábito, não há ne-

As Aventuras de João Sem Medo, a partir desse grande autor

cessidade”, pelo que um dos grandes desafios que temos

que é o José Gomes Ferreira. É um texto que fala de nós,

pela frente é criar nas pessoas motivos para que venham

da liberdade e da coragem que temos de ter para enfren-

ao teatro.

tar o medo, mesmo errando, mesmo tendo dúvidas, e que termina com uma mensagem que faz todo o sentido nestes dias: “Não, eu não desisto!” Destacaria também um monó-

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fotografia de Francisco Levita

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logo da autoria do Artur Ribeiro, com uma atriz com quem eu gosto muito de trabalhar, a Manuela Couto. E, como é evidente, a passagem do FIMFA, do Alkantara – com uma criação do Tiago Rodrigues – e do Festival de Almada pelo TNDM mantêm-se.

Há uns meses atrás, Fernando Dacosta acusava o TNDM de “desprezar sistematicamente” a representação do teatro português. Concorda? Como se pode constatar temos muitas peças de autores portugueses e até vamos estrear o Frei Luís de Sousa, do Garret, dia 9, na Sala-Estúdio. Mas, concordo com o Dacosta, e por isso tenciono, já a partir de 2013, apresentar na Sala Garret uma peça de um autor português, seja um clássico ou não.

O João integrou o elenco do TNDM de 1957 a 1967. Considera que este é o regresso feliz a uma casa que também fez parte da sua vida? Tinha quinze anos quando cheguei ao TNDM e, evidentemente, é interessante estar aqui agora. Foi a minha casa ao longo de cerca de uma década, com interrupção devido

Precisamente, A Comuna… Como é que a companhia que à minha ida para Angola, para a guerra. Mas, na verdade, criou vai passar mais longe de si e o João mais longe dela? confesso que nunca ambicionei ser diretor do TNDM. Preocupa-me, e muito, A Comuna e os cortes de 40% para este

Vou estar em breve no São Luiz a encenar a peça que assi-

ano, apesar de estarem lá o Carlos [Paulo], o Álvaro [Cor-

nala o aniversário da companhia. E tenho estado sempre

reia] e a Rosário [Silva]… Sei que vão resistir, porque se

por lá. Mas, porque não posso estar tão perto a partir de

conseguimos fazer teatro no tempo da ditadura sem apoio

agora, vou sentindo a falta. Passei lá os últimos 40 anos da

do SNI, também vai ser possível fazê-lo agora.

minha vida, de manhã à noite. Aquela é “a casa”. Frederico Bernardino

Versão integral da entrevista publicada na Agenda Cultural de Fevereiro de 2012 12


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Exposições Vamos falar de animais //

Bicharada

Teresa Cortez nasceu em Leiria. Tem os cursos de Formação

Até 20 de maio

de Cerâmica Decorativa, Imagem e Desenho Têxtil da Es-

Museu Bordalo Pinheiro

cola António Arroio e estagiou e colaborou com Querubim Lapa, no seu ateliê de cerâmica, na Fábrica Viúva Lame-

Campo Grande, 382

go. Distinguida com vários prémios e menções honrosas,

Entrada gratuita

das quais se destaca o 1º Prémio de Azulejaria da Câmara Municipal de Lisboa em 1986, apresenta agora Bicharada. Uma exposição de cerâmica contemporânea que pode visitar até 20 de maio na Galeria de Exposições Temporárias do Museu Bordalo Pinheiro. Na mostra percorremos a obra de Teresa Cortez, através da temática dos animais, transversal no seu trabalho, visível em “potes, esculturas de pequenas dimensões, placas cerâmicas, pratos, azulejos individuais e em painel”, que “partilham a criação de uma quinta poética interior, habitada por histórias (re)inventadas”. Sendo Lisboa um local privilegiado, no piso superior da galeria, pode assistir à projeção de imagens de alguns dos painéis de azulejos pintados pela artista, que foram integrados em projetos de arquitetura, e que se encontram espalhados pela capital. Sara Simões

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C Inéditos de Pessoa abordam Sebastianismo e Quinto Império 43 textos inéditos de Fernando Pessoa foram publicados,

Curtas

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Novo guia Lisboa à Mesa já no prelo

pela Ática, com o título Sebastianismo e Quinto Império,

Lisboa à mesa é mais do que livro sobre Lisboa, é um guia

formando o último volume da Nova Série de Obras de

sobre locais onde se pode comer e comprar ingredientes

Fernando Pessoa, coordenada por Jerónimo Pizarro.

fundamentais da nossa dieta mediterrânica. Da

Nestes textos, encontrados na sua famosa arca pelos

autoria de Miguel Pires, este livro leva-nos a percorrer

investigadores Pedro Sepúlveda e Jorge Uribe,“ Pessoa

a cidade através de mercearias, pastelarias, padarias,

encontra uma figura para falar de Portugal de uma

supermercados chineses, talhos e mercados, com algumas

maneira que, ao mesmo tempo, o aproxime a uma

dicas a que o autor chama de “fator X” e que pode ser “um

tradição popular, que é o que lhe interessa,

segredo, uma piada, um ‘fait divers’, uma sugestão, uma

mas também faça um certo afastamento de outros

receita, um produto, uma pessoa que frequenta o local, a

autores”, explicam os investigadores.

melhor mesa, etc.”

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Abertas as candidaturas para o Grande Prémio de Teatro Português. O Teatro Aberto, em parceria com a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), abriram as candidaturas para o Grande Prémio de Teatro Português 2012. Os textos a concurso, originais e inéditos, têm de ser de autores de nacionalidade portuguesa e deverão ser entregues até ao dia 24 de fevereiro na sede da SPA. O prémio final são 5.000 euros e o vencedor será anunciado no Dia do Autor Português, a 22 de maio. Em junho, a peça será apresentada na Sala Vermelha do Teatro Aberto. Consulte o regulamento em www.teatroaberto.com

Vida de Florbela Espanca em filme Florbela Espanca é uma das poetisas portuguesas mais lidas de todos os tempos. Nascida em Vila Viçosa, viveu os seus trinta e seis anos de vida de forma tumultuosa e sofrida. Vida esta que chega agora ao cinema em Florbela, de Vicente do Ó. A Câmara Municipal de Lisboa, enquanto parceiro de divulgação, lançou uma série de iniciativas de promoção nas montras (com livros, fotos e objetos) das bibliotecas municipais Galveias, Camões e Orlando Ribeiro, com vista a promover a obra da poetisa e o filme, que tem antestreia marcada para 28 de fevereiro, no Cinema S. Jorge. A estreia nas salas está prevista para 8 de março.

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A Exposições - Exposição dos vencedores do concurso de 2011 da National Geographic | Até 4 de fevereiro | Biblioteca Orlando Ribeiro - Kukas, uma nuvem que desaba em chuva | Até 19 de fevereiro | MUDE - Museu do Design e da Moda | www.mude.pt - Marín. Fotografías 1908-1940 | Até 11 de fevereiro | Arquivo Municipal de Lisboa – Núcleo Fotográfico - Encontro de Olhares | de 2 a 29 de Fevereiro | Biblioteca Museu República e Resistência GRANDELLA | Coletiva de pintura

Teatro - Design for living | Até 6 de fevereiro | Comuna Teatro de Pesquisa | Praça de Espanha | 217 221 770 - Sangue | de William Shakespeare | de 23 a 26 Fevereiro | Maria Matos Teatro Municipal - Vermelho | até 28 de fevereiro | Teatro Aberto

Crianças - Um corpo que faz de conta | 12 a 14 de Fevereiro | Oficina de teatro | Teatro Maria Matos

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em Agenda

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Teatro LA – Lost Angels’ project to kill mankind L.A. – Lost Angels’ Project to Kill Mankind é a mais recente criação do Teatro da Garagem (TG), com encenação de Ana Palma e Carlos J. Pessoa. A peça parte dos diários dos dois jovens responsáveis pelo massacre de Columbine para refletir sobre a história de violência que compreende o percurso da humanidade. Em palco, para além dos atores da companhia, vão estar alunos do Grupo de teatro Jovem do TG. De 7 a 12 de fevereiro, no Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém.

Dança You never know how things are going to come together A partir de O Animal Social, de David Brooks, André Mesquita apresenta You never know how things are going to come together. “Sou inspirado pela continuidade e pelo crescimento, não vejo que o nosso manifesto por estes dias conturbados possa ser outro; somos ativistas pela arte, pela dança, pelo sensitivo desconhecido”, refere o autor. Até 11 de fevereiro, no Maria Matos Teatro Municipal.

Stand Up Comedy Solos e Mal acompanhados Solos e mal acompanhados é um ciclo de espetáculos de stand up comedy que se realiza no Cinema S. Jorge, até 18 de Fevereiro. Pelo palco, até agora, passaram nomes como Luís Filipe Borges, António Raminhos, Ricardo Vilão ou Os Improváveis. Em Fevereiro, vão estar Guilherme Fonseca, com O Não Está Garantido (dias 7 e 8), Daniel Leitão, com O Gordo vai à Baliza (dias 9 e 10) e Luís Franco-Bastos, com Imposto sobre Humor Acrescentado (de 14 a 18).

Exposição Solo Pictórico – variações Inaugurou no dia 26 de Janeiro, no Museu do Fado, a exposição Solo Pictórico - Variações do músico de jazz Carlos Barretto. Uma série de onze telas dedicadas ao fado e aos seus artistas, onde os protagonistas são retratados no “exercício do seu ofício”. Com “a energia e a eletricidade que sinto emanar dos seus atos de criação”, sublinha o artista.

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