í
índice 14 a 19 de JUNHO de´11
#216
Em destaque | Festival Silêncio | Pág. 3
Entrevista | Sandra Silva | Pág. 5
Efeméride | Saramago, Um Ano Depois
Música | Faz Música | Pág. 7
| Pág. 6 Siga-nos em http://twitter.com/lisboa_cultural http://www.facebook.com/lisboacultural http://itematicoslisboa.blogspot.com
Ar Livre | Marvila dos Sabores | Pág. 9
Agenda das Festas | Pág. 10 Curtas | Pág. 11 Em Agenda | Pág. 12
Ficha técnica
Teatro | Teatro das Compras | Pág. 8
Edição: CML | Direcção Municipal de Cultura Departamento de Acção Cultural | Divisão de Promoção e Comunicação Cultural Editor: Frederico Bernardino Redacção: Sara Ferreira, Susy Silva Design Gráfico e Paginação: Rute Figueira Foto Capa: Francisco Levita Contactos: Rua Manuel Marques, 4F, Edifício Utreque - Parque Europa, 1750-171 Lisboa | Tel. 218 170 600 lisboa.cultural@cm-lisboa.pt
d
página 3
destaque
© To Trips
MELHOR DO QUE O SILÊNCIO Do refrão de Prá Ninguém, de Caetano Veloso, poderia ter saído o subtítulo desta terceira edição do Festival Silêncio. De facto, “melhor do que o silêncio” só mesmo a programação reservada para o Cinema São Jorge e Music Box, entre 15 e 25 de Junho. Concertos, espectáculos de spoken word, poetry slam, filmes, leituras encenadas, instalações, conferências, performances, workshops e lançamentos de livros e audiolivros contribuem para que, por estes dias, Lisboa se torne a “capital da palavra”. Um festival feito à medida das novas tendências artísticas em torno da palavra dita e do seu cruzamento com outras artes, com o aliciante do Silêncio dar voz a alguns dos mais singulares artistas e escritores contemporâneos.
d
página 4
destaque
N
ão é certamente pelo FMI ter já os dois pés dentro deste nosso rectângulo atlântico, que o Festival Silêncio 2011 parece encontrar no labéu da “intervenção”, através da palavra na poesia, na literatura ou na música, uma constante agitadora dos silêncios. Esse é o desafio assumido para lá das circunstâncias por um festival que se anima na palavra dita e no trilhar do caminho paralelo que esta faz com outras formas de manifestação criativa e artística. Independentemente disso, a programação desta edição é protagonizada por nomes que entendem o quanto a palavra é capaz de agitar.
aquele que alguns consideram o pai da Dub Poetry. Linton Kwesi Johnson é um dos mais fulgurantes poetas contemporâneos, um agitador de almas que, na juventude, passou pela militância activa no movimento Black Panthers e que nos anos 80 do século passado vociferou contra Margaret Thatcher e nunca se cansou de denunciar a violência policial e racial das polícias nos estados demo-liberais. Com jovens poetas contemporâneos a seu lado, a poesia de intervenção triunfa num recital, a 22 de Junho, também no São Jorge.
Para começar, a um homem de palavra (s) que dispensa apresentações, José Mário Branco, foi colocado o desafio de conceber um espectáculo sobre a força da palavra conjugada na cadência dos silêncios, esses predicados inconfundíveis da canção poética. O resultado só poderia ser mesmo Música de Palavra (s), uma incursão no mundo filial da palavra cantada, composto pela música e pela poesia. No palco do Cinema São Jorge, a 15 de Junho, ao lado de José Mário Branco, vão estar Camané, na voz, e os músicos Carlos Bica, José Peixoto e Filipe Raposo.
Mas o sentido global da “intervenção” pelo poder da palavra estende-se por todo este Festival Silêncio. Surge no seu cruzamento com a música e a imagem através de Lee Ranaldo, voz e guitarra dos Sonic Youth (Music Box, 19 de Junho, 22h). Surge no lançamento de uma nova obra da sempre estimulante e inigualável Pattie Smith, que vai ter direito a um showcase com Carla Bolito, Inês Jacques e Luís Valentim (Cinema São Jorge, 24 de Junho, 18h). Ou surge nas Moradas do Silêncio, um espectáculo único que reúne Sérgio Godinho, JP Simões, João Peste, Rui Reinhinho, Noiserv e Flak, entre outros, em torno de Al Berto, um poeta de palavras que tanta falta fazem ao mundo (Cinema São Jorge, 25 de Junho).
Poético, interventivo, subversivo. Estes três adjectivos não chegam para caracterizar
Frederico Bernardino Festival Silêncio Cinema São Jorge | Music Box 15 a 25 de Junho www.festivalsilencio.com
e
página 5
entrevista
© Carlos Didelet
Como nasceu a ideia de fazer em Lisboa um festival com estas características? O Festival Silêncio nasceu em 2009 do desejo de quatro entidades – a 101 Noites, o Music Box, o Goethe-Institut e o Instituto Franco-Português – no sentido de dar voz a uma série de movimentos em torno da palavra dita. Por outro lado, foi também uma resposta à necessidade de haver na cidade um festival literário, até porque a ideia remonta a uma série de iniciativas que desenvolvemos em torno do livro e dos audiolivros, um ano antes da primeira edição. Esta terceira edição surge inserida nas Festa de Lisboa. Pensa que isso representa também o incremento de novos públicos para o festival? Penso que o facto de termos uma programação muito ambiciosa torna o festival ainda mais transversal do que em edições anteriores. Temos espectáculos para todos os tipos de público, nomeadamente o Palavras do Fado, com a Cuca Roseta, a Raquel Tavares ou o Ricardo Ribeiro, ou o Dois Violões, do brasileiro Arnaldo Antunes, que muitos conhecem dos Titãs e dos Tribalistas. Ou seja, pretendemos dessacralizar a literatura, trazendo a poesia para os palcos, tirando-a das gavetas, como fazemos nos concursos de poetry slam. Para além disso, desafiamos os artistas a conceber espectáculos especialmente para o festival, como o do José Mário Branco e a homenagem ao Al Berto. As crianças também não foram esquecidas… Sim, este ano temos uma programação especial para crianças. A começar, ao fim-de-semana, no Cinema São Jorge, há workshops de poetry slam para os mais novos e o Trava ou Destrava Linguas, da Carla Bolito e da Anabela Brigida, que junta a um espectáculo um ateliê para exercitar a oralidade e a dicção de crianças entre os 6 e os 11 anos.
SANDRA SILVA EM NOME DO SILÊNCIO Com Alexandre Cortez e Gonçalo Riscado, Sandra Silva é co-directora do Festival Silêncio. A Lisboa Cultural foi encontrá-la na editora que dirige, a 101 Noites, para saber mais sobre o maior evento transdisciplinar de spoken word realizado em Portugal.
O Cinema São Jorge, que pela primeira vez acolhe o festival, permite também essa diversidade de públicos? O São Jorge é fundamental. Para além dos espectáculos, queremos que aquelas salas se transformem num ponto de encontro de escritores, artistas, leitores e público em geral. A sala 3, por exemplo, vai ser um espaço especial para esses “cruzamentos”, mas também para o cinema que, pela primeira vez, chega ao Festival Silêncio, com o Concurso Internacional de Poetry Film (Filmagens) e uma mostra, Best of Zebra, com o melhor que se apresentou no Festival de Cinema de Poesia Zebra, de Berlim. FB
e
página 6
efeméride
P
SARAMAGO, UM ANO DEPOIS
recisamente um ano após a sua morte, a 18 de Junho, junto à Casa dos Bicos, futura sede da fundação com o seu nome, “frente ao lugar que iria ser o seu escritório e que não chegou a ver terminado”, passam a estar depositadas as cinzas de José Saramago. Nas palavras de Pilar del Río, presidente da fundação, “haverá uma oliveira de Azinhaga, a terra natal de Saramago, uma pedra em que se lerá o epitáfio que Saramago escreveu para Baltasar no Memorial do Convento: «Mas não subiu para as estrelas se à terra pertencia» e um banco, para que as pessoas possam sentar-se, ver passar os barcos que Saramago não verá, sentir a sua presença, ler umas páginas, talvez um poema, e saber que nem tudo está perdido”.
Um dia antes, nos Paços do Concelho, vão ser apresentados os livros Palavras para José Saramago, uma compilação de textos publicados nos jornais do mundo inteiro no dia da morte do escritor; O Silêncio da Água, fragmento de As Pequenas Memórias, que deu origem a um livro para crianças, com ilustrações de Manuel Estrada; e A Última Entrevista de José Saramago, de José Rodrigues dos Santos, o registo em livro da conversa do autor com o escritor, oito meses antes da sua morte. O filme de Miguel Gonçalves Mendes, José e Pilar, será exibido dia 18, em simultâneo no canal de televisão SIC e na Cinemateca Portuguesa. A exibição do documentário na sala da Barata Salgueiro coincide com o lançamento oficial do DVD e banda sonora original, e conta com a presença do realizador e de Pilar del Río. Numa iniciativa do Ministério da Cultura, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, no dia 19, o Centro Cultural de Belém recebe um concerto em memória do Prémio Nobel da Literatura português. A peça As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz, de Joseph Heydn, surge acompanhada pel` As Sete Palavras do Homem, conjunto de textos que José Saramago escreveu a convite de Jordi Savall. Neste espectáculo, com concepção de cena de Teresa Villaverde, o maestro Moritze Gnann dirige a Orquestra Sinfónica Portuguesa, e cumpre-se um dos sonhos de Saramago: ver interpretada em Lisboa, cidade do seu “eterno retorno”, a música de Haydn e As Sete Palavras que escreveu para ela. Frederico Bernardino
m
música
Em Lisboa faz-se música
D
ezenas de concertos de vários estilos musicais e de entrada livre num só dia. Faz Música Lisboa é uma iniciativa integrada no maior evento internacional de música ao vivo, a Fête de la Musique, e ao longo do dia 18 de Junho chega a Lisboa para trazer a música ao vivo ao eixo compreendido entre o Largo da Estrela e o Chiado. Assim, das 17 às 24 horas, espaços como os jardins da Estrela, das Amoreiras, do Príncipe Real e o Miradouro de S. Pedro de Alcântara servem de palco a mais de 30 actuações que vão do blues ao jazz, passando pelo fado, indie, rock, folk, pop ou punk. Feita à medida de todos os públicos, esta iniciativa reserva para o Jardim da Estrela a música do Brasil e América Latina, com os Raspa de Tacho ou Tião Adua. No Jardim das Amoreiras, reina o blues ao som dos Nobody’s Bizness ou dos Messias & The Hot Tones. Para os fãs do pop, rock, punk e world music, o Miradouro de São Pedro de Alcântara vai ser animado, por exemplo, pelos Voodoo Marmalade ou os Capitães da Areia.
Sara Ferreira
Faz Música Lisboa 18 de Junho 17h-24h
Lisboa 2011 – A Maior Exposição Fotográfica do Mundo
Vários locais
Vários locais
Entrada livre
Até 30 de Junho
www.facebook.com
página 7
t
página 8
teatro
Compras com arte Teatro das Compras 15 a 25 de Junho Dias úteis: 13h-14h30| 17h30-19h Sábados: 11h30-13h Entrada livre www.festasdelisboa.com
O
que tem Napoleão a ver com as conservas? Qual o segredo do café português? O que está escrito num copo de leite? A que cheiram os livros? Qual o chapéu que lhe assenta que nem uma luva? Qual a jóia que conta a história de Lisboa? A resposta a estas e muitas outras questões pode ser encontrada em 17 lojas antigas da Baixa lisboeta. A edição deste ano do Teatro das Compras repõe peças já anteriormente apresentadas, encerrando assim um trabalho desenvolvido ao longo de três anos, que culmina com ”histórias que ligam o passado e o presente contando os últimos 100 anos de vida da Baixa Pombalina, que é também a história da cidade de Lisboa, espreitada e vivida através de várias montras”.
De 15 a 25 de Junho, durante a semana e ao sábado, de manhã, só tem de entrar em lojas como a Casa Macário, a Conserveira de Lisboa, a leitaria A Camponeza ou a livraria Rodrigues, entre outras, e descobrir como um espaço histórico se pode transformar nos diferentes mundos que nele habitam, mudando apenas a história e o seu intérprete. Sob direcção artística de Giacomo Scalisi, criadores e intérpretes como Ainhoa Vidal, Catarina Requeijo ou Joaquim Horta, dão vida a princesas, chefs, alfaiates ou a um cientista corcunda. Tudo isto, e muito mais, em lojas com histórias e memórias que se transformam em teatros de portas abertas, ansiosos por revelar os seus segredos. Sara Ferreira
a
página 9
ar livre
D
SABOR A MARVILA
e 17 a 19 de Junho, Marvila tem um outro sabor. Um sabor a tradição e cultura, com muita animação à mistura. Na sua 3.ª edição, o festival gastronómico Marvila dos Sabores, a realizar-se junto ao Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), constitui-se como uma oportunidade única para degustar produtos regionais em dezenas de tasquinhas de várias regiões do país, adquirir artesanato ou assistir a concertos e actuações de ranchos folclóricos. Este ano, uma das novidades é a tenda central da Junta de Freguesia de Marvila, responsável pela organização da iniciativa. Dedicado ao programa Marvila Empreendedora, lançado no âmbito do Fórum Empresarial de Marvila, este espaço pretende promover o enraizamento de uma cultura empreendedora e inovadora junto da população da freguesia. Do programa destaca-se ainda Há música em Marvila, um projecto inovador que envolve músicos da freguesia e nomes reconhecidos no mundo da música, como Sam the Kid, que actua a 18 de Junho. Ao longo dos três dias participam ainda grupos como a Tuna do ISEL, o Grupo de Cavaquinhos da Casa do Concelho de Arcos de Valdevez ou o Rancho Folclórico da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra. Sara Ferreira
Marvila dos Sabores Rua Emídio de Navarro (junto da RTP) 17 a 19 de Junho Entrada livre www.festasdelisboa.com
página 10
Carreira 44 – Estação do Oriente / Cais do Sodré (14 Junho; 19h) Carreira 718 – Amoreiras / Beato (15 Junho; 19h)
ANDAR EM FESTA Micro Bailes Os mais populares bailes móveis do mundo só poderiam mesmo acontecer por entre os largos e as ruas de Lisboa. Do Beco do Jasmim à Rua da Mouraria 17 de Junho |19h30 às 21h30 Vozes de Parar o Trânsito Uma performance do Coro Paradoxal que funde música com movimento, num desenho sonoro e espacial, que se desenvolve em diferentes locais da Baixa: Largo do Chiado, Largo do São Carlos, Pátio Siza Vieira e Largo do Carmo. 15, 22 e 29 de Junho | 21h30 Omnibus Em Escrita à Mão, uma peça de teatro é apresentada em autocarros sob o tema do imediatismo da comunicação. Encenação de Martín Joab. Até 15 de Junho Carreira 44 – Cais do Sodré / Moscavide (14 Junho; 16h)
Teatro a Metro O Metro de Lisboa é palco de um espectáculo de teatro onde um grupo de turistas percorre vários locais da cidade guiado por um exótico guia. Até 22 de Junho Linha Verde: Cais do Sodré / Telheiras (16 Junho; 16h) Linha Verde: Telheiras / Cais do Sodré (16 Junho; 19h) Linha Azul: Baixa-Chiado / Amadora-Este (17 Junho; 16h) Linha Azul: Pontinha / Santa Apolónia (17 Junho; 19h) Linha Verde: Cais do Sodré / Campo Grande (18 Junho; 16h) Linha Verde: Campo Grande / Cais do Sodré (18 Junho; 19h) Linha Verde: Telheiras / Cais do Sodré (19 Junho; 16h) Linha Verde: Cais do Sodré / Telheiras (19 Junho; 19h)
Bica Attack Uma noite de “ataque” cultural e artístico ao bairro da Bica, com uma invasão de teatro, dança, cinema e exposições. 18 de Junho FESTA DO FADO António Zambujo Castelo de São Jorge 17 de Junho | 22h Ana Sofia Varela & Pedro Jóia Castelo de S. Jorge 18 de Junho | 22h Filipa Cardoso Esplanada do Museu do Fado 19 de Junho | 19h
ARRAIAIS Arraiais Populares Vários locais Até 30 de Junho
ARTES DO ESPECTÁCULO Real Combo Lisbonense Um baile com os Real Combo Lisbonense e convidados muito especiais: Rui Veloso, Simone de Olivieira e You Can´t Win, Charlie Brown Voz do Operário 16 de Junho | 22h
Arraial Latino-Americano Largo Dr. José Figueiredo 18 e 19 de Junho | a partir das 11h
Programação integral em www.festasdelisboa.com
c
página 11
curtas
Alto do Pina vence Marchas Populares de Lisboa A marcha do Alto do Pina venceu as Marchas Populares de Lisboa com 152 pontos, seguida de Alfama (150) e da Madragoa (143). Nas classificações por categoria, a marcha do Alto do Pina venceu ainda nas categorias de melhor desfile na Avenida da Liberdade e o melhor figurino, com as marchas de Alfama e da Mouraria. A marcha do Beato venceu a melhor coreografia, enquanto Alfama e Castelo tiveram a melhor cenografia. A melhor letra foi para a marcha do Bairro Alto. Destaque ainda para a Bica que venceu na categoria de melhor composição original e, juntamente com a marcha da Madragoa, na de melhor musicalidade.
Improvisos seleccionado para o FESTLIP Brasil 2011 O espectáculo Improvisos foi seleccionado para participar na quarta edição do FESTLIP Brasil 2011, que vai decorrer de 20 a 31 de Julho, no Rio de Janeiro. O Festival do Teatro da Língua Portuguesa reúne este ano 12 participantes oriundos de cinco países que têm o português como língua oficial (Portugal, Angola, Cabo Verde, Moçambique e Brasil). Improvisos é um dos espectáculos de teatro de improviso apresentados, semanalmente, pela associação cultural Mundo Improviso, na Casa da Comédia – o outro é Os Improváveis.
Curtas portuguesas no top de vendas da FNAC O DVD 10 curtas metragens portuguesas está há cinco semanas consecutivas no top nacional de vendas das lojas Fnac. Com o preço de €4, este DVD, com uma edição limitada de 3.000 exemplares, reúne sete filmes de produção nacional seleccionados pelo IndieLisboa e os três vencedores do Prémio Novo Talento Fnac, até à edição de 2010. As receitas da venda revertem integralmente para um fundo de apoio à produção de um filme português, cuja gestão fica a cargo do IndieLisboa.
Património Cultural Imaterial com portal on-line Chama-se MatrizPCI, e é o novo portal on-line do Instituto dos Museus e Conservação (IMC) dedicado ao património cultural imaterial nacional. Segundo Paulo Ferreira Costa, director do Departamento do Património Imaterial do IMC, “trata-se de um novo portal onde as entidades detentoras de manifestações do património cultural imaterial podem aceder e introduzir informações, de forma a serem inventariadas”. A criação deste instrumento representa o cumprimento, por Portugal, da convenção da UNESCO sobre esta área.
Ciclos e conferências - A Bandeira Nacional e a República Portuguesa, por Jorge de Matos | 15 de Junho | 18h | Entrada livre | Centro de Documentação do Edifício Central do Município de Lisboa | Campo Grande, 25
e
página 12
em agenda :::DANÇA:::
- Ciclo Prémios Nobel Latino-Americanos | Pablo Neruda | Com Raquel Baltazar e Diana Nicolau | 16 de Junho | 19h | Livraria Barata/Leya Av. de Roma, 11A
Qqywqu’ddyll’o’ Qqywqu’ddyll’o’ é um tipo de arte de Laocoi, geralmente dançada por um homem e composta por uma mulher. A mulher segue uma partitura gramatical que constitui uma forma ancestral de poesia musical. O homem é quase sempre um elemento decorativo que se limita a dançar abstracções, e a sua dança nunca deve ilustrar o poema. A língua é apenas falada através dos instrumentos, numa clara inversão dos papéis em que a banda sonora da dança acompanha o declamar dos instrumentos. No Maria Matos Teatro Municipal, de 15 a 18 de Junho.
Exposições - Cinema e censura em Portugal | Até 15 de Junho | Biblioteca-Museu República e Resistência | Rua Alberto de Sousa, 10A | 21 780 27 60 - 3 de Maio: Dia Mundial da Liberdade de Imprensa | Mostra bibliográfica Até 17 de Junho | Sala do Espelho da Hemeroteca Municipal de Lisboa http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt - O que passou continua a mudar | Até 23 de Junho | Plataforma Revólver Rua da Boavista, 84, 3º - Exercícios de arrefecimento | de Jorge Molder | Até 25 de Junho | Entrada livre | Centro Cultural de Belém
:::TEATRO:::
- SIM | Pintura e desenho de Sofia Areal | Até 26 de Junho | Galeria Torreão Nascente da Cordoaria Nacional | 21 817 01 79
A Festa
- From trash to trends | Exposição comemorativa do 5.º aniversário da Tela Bags | Até 26 de Junho | MUDE – Museu do Design e da Moda www.mude.pt
O Teatro do Eléctrico, em co-produção com o Teatroesfera, apresenta, no Teatro da Comuna, a peça A Festa, uma tragicomédia de Spiro Scimone, com encenação de Ricardo Neves-Neves. Este espectáculo fala de uma mãe quer festejar o aniversário de casamento perante a indiferença do pai e do filho, Gianni. A Festa é um retrato de uma típica família italiana, na qual o machismo serve de motivo e espelho das tensões familiares. No âmbito das Noites no Teatro, iniciativa do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa destinada a estudantes, no próximo dia 17 de Junho haverá uma sessão com comentário, gratuita para estudantes mediante marcação prévia através do telefone 218 170 600.
- Lisboa Fadista | Exposição bibliográfica com fotos e objectos alusivos ao tema | Até 30 de Junho | Biblioteca Municipal Palácio Galveias Campo Pequeno | 21 780 30 20 - Lisboa, da Avenida Dona Amélia à Almirante Reis | Até 16 de Julho Núcleo Fotográfico do Arquivo Municipal de Lisboa http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt - Colecção de Sílvia Prudêncio | Até 22 de Julho | Núcleo Fotográfico do Arquivo Municipal de Lisboa - Urban Africa – Uma viagem fotográfica por David Adjaye | Até 31 de Julho Entrada livre | Pavilhão Preto - Museu da Cidade | www.museudacidade.pt A Festa
e
página 13
em agenda
- A João Guimarães Rosa: fotografias de Maureen Bisilliat | Até 1 de Setembro | Casa Fernando Pessoa | http://mundopessoa.blogs.sapo.pt - M&M – MNAA/MUDE Artes e Design | Museu Nacional de Arte Antiga – até 2 de Outubro | MUDE – até 4 de Setembro | www.mude.pt
:::TEATRO:::
- A Voz das Vítimas | Até 5 de Outubro | Antiga Cadeia do Aljube | Rua Augusto Rosa, n.º 42, à Sé - Duarte Pacheco - Do Técnico ao Terreiro do Paço | Até 23 de Novembro | Entrada livre | Instituto Superior Técnico de Lisboa Átrio do pavilhão central | 21 841 76 22
Grupo Macunaíma de Teatro no São Luiz
Música - Terreiro do Fado | 18 de Junho – Sara Correia e Tânia Oleiro | 19 de Junho – Vanessa Alves e Duarte Coxo | 18h | Entrada livre Antigo refeitório do Ministério das Finanças, na ala Nascente da Praça do Comércio - OutJazz | Até Setembro | Vários locais | Entrada livre | www.ncs.pt
Teatro - Sonho de Uma Noite de Verão | Encenação de António Pires | Teatro do Bairro
Outros eventos - Conhecer o Museu de Santo António | Visita orientada à colecção do Museu Antoniano | 19 de Junho | Entrada livre Marcações e informações: 21 751 32 14 - Mais mercado em Campo de Ourique | Aos sábados, das 9h às 15h | Mercado de Campo de Ourique | Rua Coelho da Rocha
Grupo Macunaíma
Entre 17 e 19 de Junho, no São Luiz Teatro Municipal, o Centro de Pesquisa Teatral / SESC - Grupo Macunaíma apresenta Policarpo Quaresma, encenado por Antunes Filho, e Lamartine Babo, encenado por Emerson Danesi. O Grupo Macunaíma é uma das grandes referências do teatro brasileiro, ao qual o reputado encenador Antunes Filho está estreitamente associado. O regresso a Portugal, e a Lisboa, é uma oportunidade única para descobrir duas peças da Trilogia Carioca, iniciada com Vapt Vupt, apresentado em 2009 no Teatro Nacional de São João, no Porto. O romance Triste Fim de Policarpo Quaresma, escrito por Lima Barreto em 1911, esteve na origem da encenação de Antunes Filho que agora se apresenta em Lisboa. Em Lamartine Babo, que vai estar em cena no Jardim de Inverno do São Luiz, prestase homenagem a Babo, um dos compositores mais influentes e representativos da música popular brasileira.