Lisboa Cultural | 14 - 28 Fevereiro´12

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15 a 28 de fevereiro


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Índice #244

de 15 de fevereiro a 28 de fevereiro de´12

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Destaque Homenagem a Fernando Azevedo | Pág. 2

Ficha técnica

O pintor que amava a Arte | Pág. 4 Edição: CML | Direção Municipal de Cultura Departamento de Ação Cultural | Divisão de Promoção e Comunicação Cultural Editor: Frederico Bernardino Redação: Frederico Bernardino; Raquel Antunes; Sara Simões e Isabel Guedes Designer: Ana Filipa Leite Capa: Fernando Azevedo; de Humberto Mouco Contactos: Rua do Machadinho, 20, 1249-150 Lisboa | Tel. 218 170 600 lisboa.cultural@cm-lisboa.pt

Entrevista Margarida Gil | Pág. 6 Efemérides Namorar por Lisboa | Pág. 9 Especial Carnaval no Museu da Marioneta | Pág. 10 Carnaval em Lisboa | Pág. 11 Teatro Haverá Sangue | Pág. 12 Noites no Teatro | Pág. 13 Curtas | Pág. 14 Em Agenda | Pág. 16


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Destaque/Capa Homenagem a Fernando de Azevedo //


O Salão Nobre da Sociedade Nacional de Belas-Artes (SNBA) poderia parecer exíguo para acolher 91 obras de arte, entre pintura, gravura, escultura ou fotografia, assinadas por outros tantos grandes artistas portugueses a quem Fernando de Azevedo dedicou, com a sua sabedoria e generosidade únicas, prefácios correspondentes ao catálogo de uma exposição individual de cada um deles. “Como num livro”, António Viana montou por secções um espaço expositivo onde não há propriamente uma arrumação disciplinada das obras que integram Um texto – Uma obra, exposição onde, “para todos os efeitos”, é Fernando de Azevedo “o verPersonalidade incontornável da arte portuguesa do século XX, vulto do surrealismo e do abstracionismo, para além de pintor, Fernando de Azevedo foi também um dos mais notáveis curadores e críticos de arte do seu tempo. Dez anos volvidos sobre o seu desaparecimento, a Sociedade Nacional de Belas-Artes homenageia o seu antigo presidente com duas exposições. Em Um texto – Uma obra estão expostas 91 obras de 91 artistas portugueses contemporâneos, de Amadeo de Souza-Cardoso a António Canau, passando por Vieira da Silva, Eduardo Nery ou Maluda. Fernando de Azevedo e os Outros reúne algumas obras do pintor nunca antes vistas, manuscritos, documentos inéditos e fotografias que evocam a relação de proximidade do artista com grandes personalidades da cultura portuguesa das últimas décadas.

dadeiro curador”, segundo as palavras dos comissários Cristina Azevedo Tavares, José Augusto-França e Rui Mário Gonçalves. Objetivamente, a mostra torna visíveis in loco obras que inspiraram textos de Fernando de Azevedo, escritos entre 1953 e 2001, que agora surgem, a bom tempo, reunidos em livro. “Foi uma ideia de amigos que surgiu logo no seu funeral mas que, devido à complexidade, acabou por só ganhar forma agora”, explica-nos Cristina Azevedo Tavares, curadora e filha do artista. “Trabalhámos nesta exposição mais de um ano, fazendo um profundo trabalho de investigação através dos escritos e, claro, tentando junto de artistas, colecionadores de arte e museus conseguir, senão a obra correspondente ao texto, uma solução de compromisso entre a obra de arte e aquilo que ele escreveu nesses prefácios.” O gosto eclético de Fernando de Azevedo e “a forte intuição que o guiava pela obra de arte” estão soberbamente representados na diversidade de artistas expostos. E, em pé de igualdade neste Salão Nobre da SNBA, surgem os seus “muito acarinhados” António Pedro (A Ilha do Cão, 1940) ou Eduardo Marques (Figuras de Circo, s/ data); os notabilíssimos modernistas que tanto admirou, Amadeo (Pintura, 1913) e Almada (Auto-retrato, 1926); ou os “primos”, companheiros da aventura surrealista, Vespeira (Óleo 119, 1959) e Fernando Lemos. Mas ali também se encontram a gravura de Ilda Reis ou António Canau, a escultura de Amaral da Cunha ou Delfim Maya, ou rasgos do génio de Pomar, Graça Morais, Vieira da Silva, José de Guimarães ou Malangatana. Apenas alguns, entre os 91 protagonistas aqui reunidos sob os olhares de Fernando de Azevedo. frederico bernardino 3


Perante dezenas de fotografias do largo acervo de Fernando de Azevedo, a filha, Cristina Azevedo Tavares, fala-nos do homem generoso a quem bastava intuir “na qualidade de um pintor, mesmo que jovem e desconhecido, para o valorizar tanto como se de

O Pintor que amava a Arte

um notabilizado se tratasse”. Antes, tínhamos percorrido o pequeno núcleo expositivo de Fernando de Azevedo e os Outros onde

Travessa da Trindade. Três anos depois, expõe ao lado dos amigos

se encontram algumas gravuras, esquissos, colagens e ocultações

de sempre, Vespeira e Fernando Lemos, na Casa Jalco, ao Chiado,

que o pintor fez ao longo dos seus 79 anos de vida. Uma vida de

naquilo que seria um dos mais polémicos acontecimentos cultu-

amor à arte que parece plasmar-se “numa obra de despedida”, A

rais ocorridos na capital durante o Estado Novo.

Asa de Ícaro, a sua última pintura, também ali exposta.

Com o passar dos anos, Fernando de Azevedo acaba por se dedi-

Nascido em Vila Nova de Gaia, em 1923, veio para Lisboa muito

car menos à pintura e mais à colagem e à ocultação. A partir dos

cedo e na capital fez a sua formação. Primeiro, na Escola António

anos de 1960 vai desempenhando algumas funções de relevo,

Arroio onde fez muitas das suas mais fiéis amizades. Depois, na

como a direção artística da revista Colóquio-Artes, a presidência

Escola Superior de Belas-Artes que acabaria por abandonar, con-

da Sociedade Nacional de Belas-Artes ou a direção do serviço de

siderando o ensino demasiado antiquado – ou não se vivesse em

Belas-Artes da Fundação Calouste Gulbenkian. Quando ques-

plena ditadura salazarista. Passa a trabalhar em design, ilustração

tionamos Cristina Azevedo Tavares sobre o porquê da produção

e publicidade, como tantos artistas portugueses da época.

artística do seu pai ter esmorecido ao longo dos anos, responde-

No final de 1947, ao lado de Cesariny, Augusto-França, Antó-

-nos: “era um homem tímido que gostava mais de mostrar dos

nio Pedro, António Dacosta, Vespeira ou Moniz Pereira, funda

outros, que de si. Desse modo, dava todo o seu amor à arte”.

o Grupo Surrealista de Lisboa. Paralelamente, inicia a sua car-

Faleceu em Lisboa, em 2002, deixando junto de largas dezenas de

reira como crítico de arte no Mundo Literário e na Horizonte,

artistas portugueses uma imensa saudade.

afirmando o compromisso com “a liberdade do surrealismo”. Em 1949, integra a única exposição do Grupo Surrealista de Lisboa, num antigo ateliê de António Pedro e António Dacosta, na

fotografias de Humberto 4

Mouco

Frederico Bernardino


UM TEXTO – UMA OBRA Fernando de Azevedo e os Outros Até 30 de abril Sociedade Nacional de Belas-Artes

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Entrevista Margarida Gil “A paixão é o melhor sofrimento que existe”

Distinguida com o Prémio Carreira no Festival Internacional de Cinema de Roma, em 2011, Margarida Gil tem nas salas o seu novo filme Paixão. Uma história de amor, desespero e loucura protagonizada por Maria Salomé (Ana Brandão) e João Lucas (Carloto Cotta), dois seres que se conhecem no final de uma noite de copos e acabam reféns um do outro. Na sinopse lê-se que Paixão “é uma viagem aos abismos do desejo da relação humana”. O que a inspirou a escrever esta história? Já penso nisto há muito tempo. Quando realizei o meu primeiro filme, Relação Fiel e Verdadeira, fiquei surpreendida com o fato de as relações amorosas e passionais serem também relações de poder. E apercebi-me que isso tocava todas as mulheres e, muito particularmente, as portuguesas. É um assunto que me interessa no cinema. Mas como todo o impulso criativo, não tem explicação. A paixão é um sentimento irracional e “ignóbil” como refere Maria Salomé? O filme é muito romântico porque retrata a busca desesperada do outro. Em O Monte dos Vendavais, Catherine diz “o Heathcliff sou eu” e isto resume o que é a paixão - uma procura e dissolução no outro que anula tudo o resto. É a procura mais importante de um ser humano e faz sofrer, mas é o melhor sofrimento que existe.

// Um sofrimento que pode ser neurótico. O tormento de Maria contagia João Lucas que recusa a liberdade, regressando para junto dela. É a Síndroma de Estocolmo? É engraçado porque eu já tinha escrito a história e não sabia o que era a síndroma de Estocolmo. Só fiquei a saber depois da notícia de Natascha Kampusch, a jovem austríaca. E fiquei impressionada porque, mais uma vez, a vida ultrapassa a ficção. No cinema, a relação carrasco/vítima já foi várias vezes tratada, mas julgo ser a primeira a fazê-lo no cinema português. O fato de ser mulher também me predispõe para a compreensão deste tipo de relação amorosa. Ao vermos o filme ficamos com a sensação de estar a assistir a uma peça de teatro. Pode-se dizer que Paixão é um filme-teatro? Ah, eu acho que sim. Eu nunca fiz nada de teatro, mas o fato de o filme se passar num décor praticamente único e de existir aquela clausura, dá-lhe uma certa teatralidade. Depois existe o texto que é muito forte. Sei que muitas das palavras já deixaram de ser ouvidas. São relíquias e armas aguçadas que Maria e João usam para a agressão verbal – é um apurar de palavras que magoam, que são aço e lâmina. Na construção dos diálogos, foi importante a colaboração da Maria Velho da Costa que é exímia.

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fotografia de Francisco Levita

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PAIXÃO em exibição nos cinemas

A música tem uma presença marcante. É a terceira protagonista da história? A música está presente em todos os meus filmes. É possível que o seja. A minha fixação para este filme foi a Chaconne de Bach. A música para mim é respiração. Quando quero sublinhar qualquer coisa, um sentimento, uma visão, um cheiro ou uma perceção, é sempre através da música. “Portugal está à beira do abismo mas com sol”– lê Maria nos jornais. Um prognóstico que até tem algum otimismo, mas que não contagia as personagens que encontram na morte a sua salvação. Porquê este fim? Bem, não sei se é propriamente a morte… é a escuridão. Os corpos não se veem. É como o 11 de setembro, o prédio rui, mas não há corpos, o que é pior. Aquele final é terrível, mas considero-o uma boa ideia porque a confinação das personagens só podia ser aquela. Se é morte ou não, não sei, porque não se vê. Os seus filmes foram selecionados e, a maior parte, premiados nos festivais internacionais de cinema. Qual a sua importância para a divulgação do cinema português? Hoje, existem lobbys muito fortes e é mais difícil entrar num festival. Estão sempre ocupados pelos mesmos. Contudo, consi-

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dero-os importantes para o reconhecimento do trabalho de um realizador e espero que Paixão entre no circuito. Não consigo é traduzir a importância dessa participação em Portugal. Há filmes que não são reconhecidos nos festivais e depois são melhores que os que ganham prémios. Enquanto presidente da Associação Portuguesa de Realizadores, como vê o estado atual do cinema português? Vejo-o muito ameaçado. Estou muito preocupada. A situação é grave. Aguardamos a aprovação da lei do cinema, fundamental para o aumento das fontes de financiamento – essenciais para a sobrevivência do cinema. Depois é importante que o dinheiro do ICA, apesar dos cortes, seja canalizado para o cinema português. Realizadores, atores, técnicos e assistentes, estamos todos a lutar.

Isabel Guedes Versão integral da entrevista publicada na Agenda Cultural de Lisboa em fevereiro de 2012


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Efemérides Namorar por Lisboa //

ENAMORADOS POR LISBOA Até 19 de fevereiro Programa disponível em: www.cm-lisboa.pt fotografia de Francisco Levita

Entrada livre Namorar pela cidade é o desafio que a Câmara Municipal de Lisboa (CML) lança a todos os casais em mais uma edição de Enamorados por Lisboa. A decorrer até 19 de fevereiro, a iniciativa, que vai já na sua 3.ª edição, apresenta um vasto programa. Desde visitas guiadas por bairros típicos e miradouros, a percursos de bicicleta ou aulas de dança e culinária, há de tudo um pouco. Depois do sucesso do ano passado, a CML, através da Divisão de Promoção e Comunicação Cultural, volta a promover a visita Lisboa dos Amores. A realizar-se no dia 18, às 14 horas, este é um percurso, de cerca de duas horas, por miradouros e ruas do centro histórico, em que se descobrem as mais belas histórias de amor. O ponto de encontro é no Miradouro de Nossa Senhora do Monte e as inscrições devem ser feitas através do telefone 218 170 600. Como alternativa, no mesmo dia, mas a começar às 15 horas, vá até Monsanto e descubra alguns dos segredos mais bem guardados do parque, como o Espaço Biodiversidade, num percurso onde se vai falar dos rituais de corte e acasalamento da

natureza e da química envolvida. As inscrições devem ser feitas pelo número de telefone 218 170 900. Dia 19, oportunidade para conhecer algumas personalidades que mais marcaram a cidade, no percurso Amor por Lisboa. O ponto de encontro é o Rossio, junto à estátua de D. Pedro IV. A par destas visitas, quiosques e esplanadas, como o de São Pedro de Alcântara ou o do Jardim das Amoreiras, oferecem música, exposições e workshops onde pode aprender a preparar uma refeição romântica ou receitas picantes. Já o Centro de Artes Culinárias, no Mercado de Santa Clara, convida os mais audazes, mas menos coordenados, para as aulas Dança a par para pés de chumbo. Para ouvir fado, só tem de ir até aos Mercados de Alcântara, Ajuda e Benfica, onde Luis Caeiro e Inês Pereira, acompanhados por Sidónio Pereira (guitarra) e João Penedo (viola), apresentam o espetáculo De quem eu gosto só nos mercados confesso. A entrada é livre. Sara Simões

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Especial Carnaval no Museu da Marioneta //

Dois pratos de papel são o ponto de partida para mais um ateliê no Museu da Marioneta, desta feita dedicado ao Carnaval. A realizar-se precisamente nesse fim de semana, dias 19 e 21 de fevereiro, a partir das 10h30, a atividade dirige-se a crianças com mais de seis anos que, acompanhadas de um adulto, e a partir dos tais pratos de papel, aos quais juntarão muitos outros ingredientes, construirão uma marioneta quase do seu tamanho. Se ficou curioso e com vontade de ajudar os mais pequenos a darem asas à sua imaginação enquanto constroem uma máscara, reserve já o seu lugar no ateliê Especial Carnaval. Com um preço de 6 euros, a inscrição pode ser feita pelo telefone 213 942 810 ou através do e-mail servicoeducativo.marioneta@egeac.pt. Findo o ateliê, caso ainda não conheça, aproveite para visitar o novo núcleo do museu onde estão expostas marionetas africanas provenientes da coleção Francisco Capelo. Peças com uma beleza plástica única, que nos transportam para um universo em que máscaras e marionetas são usadas de forma festiva e ritual, num espaço em que toda a comunidade se encontra.

ATELIÊ ESPECIAL CARNAVAL Museu da Marioneta 19 e 21 de fevereiro | 10h30 www.museudamarioneta.pt

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Sara Simões


XIV DESFILE DE CARNAVAL DE LISBOA 15h30 | Praça do Comércio Expensive Soul & Jaguar Band 16h30 | Rossio www.egeac.pt

Carnaval em Lisboa //

Os Expensive Soul & Jaguar Band são a principal atração do XIV Desfile de Carnaval de Lisboa, a realizar-se no dia 18 de fevereiro, a partir das 15h30. Com a Praça do Comércio a servir de ponto de encontro aos muitos foliões que se quiserem juntar a esta festa, animada pelos Tocándar, pela Trupe de Batuqueiros do Tejo, pela Escola de Gaitas de fole da Casa Pia e pelas juntas de freguesia do Beato, Castelo, Sé e Socorro, entre outras, o momento alto do desfile terá lugar no Rossio, local onde os Expensive Soul & Jaguar Band iniciam a Utopia Tour 2012. Quatro anos depois de Alma Cara, o grupo apresenta Utopia. O tema de avanço, O Amor É Mágico, tomou as principais rádios de assalto e renovou o interesse do público pela banda. Em relação a este trabalho, onde o formato canção é levado à excelência, New Max revela “é um disco dentro da linha soul, funk e hip-hop, mas mais maduro, mais ‘sujo’ e muito mais adulto”. Com 13 temas, Utopia mantém a tradição dos dois discos que o precedem: uma balada escondida no final. Gravado, misturado, produzido e masterizado pelo próprio New Max, todas as letras são assinadas por Demo e New Max à exceção de Hoje é o dia mais feliz da minha vida, assinada com os parceiros vocais Bob da Rage Sense e AS2. Sara Simões

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Depois de Titus: Laboratório de Sangue, a partir de Heiner Müller,

rações e assassinatos. Acossado, resta-lhe envergar a máscara dos

na Casa Conveniente, David Pereira Bastos regressa ao universo

carrascos e empreender uma vingança sem limites para, depois,

de Shakespeare. A partir de Titus Andronicus, a mais sangrenta

morrer em paz.

tragédia do autor inglês, o ator e encenador apresenta um espetá-

Para além do próprio encenador, o espetáculo conta com atuações

culo sobre a vertigem da violência e do poder no palco do Maria

de Rui Gato e Miguel Raposo, atores em “revolta”, que combatem

Matos Teatro Municipal.

com “tambores”, “um palco” e “voz e corpo para um grito de luz.”

Teatro Haverá Sangue //

Em Sangue, Pereira Bastos volta à Roma que trai Titus e despreza o seu valor enquanto homem de virtude e bravura. Sentindo-se

Frederico Bernardino

um apátrida, a cidade corrompida enreda-o numa teia de conspi-

SANGUE (a partir de Titus Andronicus de Shakespeare)

Maria Matos Teatro Municipal De 23 a 26 de fevereiro | 21h30 Preço: €12 (ver descontos) www.teatromariamatos.pt


Noites no Teatro

A iniciativa da Direção Municipal de Cultura da Câmara Municipal de Lisboa Noites no Teatro está de regresso, com novos espetáculos gratuitos para os estudantes dos

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ensinos secundário e superior. Para marcares presença basta ligar o número de telefone 218 170 593, e indicar o nome, estabelecimento de ensino que frequentas e o número do cartão de estudante. Não percas tempo e marca

RUMOR

já a tua presença…

A última produção de A Barraca parte de um texto inédito de Mário de Carvalho para refletir sobre o quanto o carácter humano pode ser volátil e frágil. A ação passa-se numa suposta colónia do Império Romano onde a decadência e a corrupção anunciam o fim de um tempo. Ali, um grupo de cidadãos vê-se perseguido pelo medo e, mediante circunstâncias que mudam ou parecem mudar, os seus comportamentos e opiniões tendem a adaptar-se. Com encenação de Maria do Céu Guerra. Teatro Cinearte LA MUDANZA Em 1961 um casal é obrigado a emigrar para a Alemanha para arranjar dinheiro para pagar a casa que foram obrigados a deixar. 50 anos depois, em 2011, a neta do casal e o seu marido, ambos fotógrafos, hipotecam essa mesma casa para cumprirem um sonho. Nesta ocasião, o banco acaba por ficar com a casa, fazendo ruir todos os sonhos. O mesmo conflito situado em duas ocasiões distintas de crise económica, retratado num comédia amarga sobre um tema bem atual, com encenação de João Mota. Teatro da Comuna 17 fevereiro | 21h30

25 fevereiro | 21h30 FIM OU PROJETO FRÁGIL DE ESTRUTURA SUSPENSA O novo projeto do Teatro A Vara, coletivo liderado pela atriz e encenadora Margarida Barata, apresenta um novo espetáculo, depois de Say Something ter aquecido as noites de verão na Associação Portuguesa dos Amigos dos Castelos. No palco da Sala-Estúdio do Teatro da Trindade, uma reflexão sobre a melancolia, com interpretações de Carla Gomes, Rita Neves, Solange Freitas e da própria Margarida Barata. Teatro da Trindade 25 fevereiro | 21h45

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C

Curtas

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Abertas inscrições para intercâmbio de artistas Lisboa / Budapeste Até dia 5 de março, estão abertas inscrições para as candidaturas do intercâmbio de artistas entre Lisboa e Budapeste. Irão ser selecionados dois artistas, com idade inferior a 35 anos, que durante um mês têm apoio financeiro e viagem paga para Budapeste pela Câmara Municipal de Lisboa. A primeira residência decorre de 1 a 30 de junho e a segunda de 1 a 31 de julho. A seleção será feita pelas Galerias Municipais mediante consideração do potencial de enriquecimento que a experiência trará aos participantes. Mais informações através do número de telefone 218 170 534.

Escolas adotam património O concurso A Minha Escola Adota um Museu, um Palácio, um Monumento, organizado pelo Instituto dos Museus e da Conservação (IMC), em colaboração com o Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico e a Direção-Geral de Educação, pretende promover o desenvolvimento da educação patrimonial nas escolas. O concurso escolar consiste na elaboração de trabalhos criativos a partir de visitas aos museus e palácio sob tutela do IMC. O regulamento está acessível a partir da página web www.imc-ip.pt.

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Curso de verão da Universidade Católica dedicado à Cultura

Ator Rodrigo Saraiva programa eventos no Metro de Lisboa

A Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica de Partilha é o tema proposto pelo ator Rodrigo Saraiva (na foto)

Lisboa tem abertas as inscrições para o II Lisbon Summer School

para a programação de fevereiro na estação de metro

for Study of Culture até ao próximo dia 29 de fevereiro. Neste

Baixa-Chiado PT Bluestation. Até final do mês vai ser possível

curso de verão vão estar presentes personalidades provenientes

assistir a espetáculos de dança, malabarismo, concertos,

de instituições académicas nacionais e internacionais,

participar em sessões de biodança, yoga do riso e tai chi chuan ou

nomeadamente de países como os Estados Unidos e o Brasil.

até mesmo receber um cupcake em troca de um sorriso. Especial

Para mais informações consulte o sítio da internet www.fch.

destaque para a interpretação de Monólogo, de Harold Pinter,

lisboa.ucp.pt.

pelo ator Bruno Costa (dia 23, às 18 horas), e para a exibição de curta-metragens portuguesas, com o carimbo da Shortcutz Lisboa (dia 28, às 21 horas).

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A Exposições - Kukas, uma nuvem que desaba em chuva | Até 19 de fevereiro | MUDE - Museu do Design e da Moda | www.mude.pt - Encontro de Olhares | Até 29 de fevereiro | Biblioteca Museu República e Resistência Grandella | Coletiva de pintura - 00/00/00 de Daniel Antunes Pinheiro | Até 16 de março | Arquivo Municipal de Lisboa – Núcleo Fotográfico - Geografia Singular | de Rodrigo Hernández Ramírez | Até 27 de março | Casa da América Latina | Fotografia

Teatro - Não entendo e tenho medo de entender, o mundo assusta-me com os seus

planetas e baratas | 23 a 26 de fevereiro | Jardim de Inverno do São Luiz Teatro Municipal - Vermelho | até 25 de março | Teatro Aberto

Cinema - Presidentes da América Latina – Hugo Chávez | 22 de fevereiro | 19h | Casa da América Latina

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em Agenda

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Crianças Catabrisa A Sala de Ensaios do Maria Matos Teatro Municipal recebe mais uma proposta destinada a crianças dos 6 aos 10 anos: Catabrisa. Um teatro de sombras, baseado no livro de Eugénio Roda, Catavento, sobre um menino que através do vento descobre a dinâmica do mundo. De Eugénio Roda e Gémeo Luis, com coreografia de Joana Providência, está em cena de sábado, 25, a quarta-feira, dia 29.

Conferência João Lobo Antunes No dia 19 de fevereiro, às 17h45, o professor

Literatura A Casa da América Latina organiza todas as quintas feiras do mês de fevereiro, às 18h30, um ciclo de conversas sobre os grandes escritores da América latina que receberam os prémios Cervantes e Camões, na Livraria Bulhosa do Campo Grande. No

João Lobo Antunes desloca-se ao Teatro Aberto para uma apresentação intitulada Cérebro e visão – a ciência dos artistas, a propósito da peça Vermelho, de John Logan. Durante 45 minutos, o professor falará sobre o modo como o cérebro aprecia uma obra de arte e como os pintores, ao longo dos séculos, descobriram, a seu modo, como funciona o sentido da visão.

próximo dia 16 de fevereiro, o destaque vai para João Cabral de Melo Neto. Poeta brasileiro, falecido em 1999 que escreveu obras como Museu de tudo, A escola

Exposição

das facas, Sevilha andando ou Morte e Vida

Finalistas de Pintura 2010/2011

Severina. Distinguido com o Prémio Camões,

Como já vem sendo hábito, a Galeria Palácio

em 1990.

Galveias recebe uma vez mais a exposição de Finalistas de Pintura, organizada pela Câmara Municipal de Lisboa e pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL). A exposição reúne obras diversificadas dos alunos que completaram a licenciatura em pintura no ano de 2010/2011. Patente até 16 de março.

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