"O Melhor de Tudo..." - 1ª Edição

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Longe das teorias de autoajuda mas perto da mensagem transformadora da Bíblia Sagrada, Samuel R. Pinheiro traz até nós verdades imutáveis e essênciais para descobrirmos o melhor da vida, com oportunas perguntas de reflexão e aplicação pessoal.

Face e Liderança Hoje. Foi membro e coordenou a Assessoria de Comunicações da Aliança Evangélica Portuguesa e foi o representante da AEP na Comissão do Tempo de Emissão das Confissões Religiosas. No âmbito da internet tem dado a sua colaboração em vários sites e blogues, tendo sido o fundador do Portal Evangélico (2003). É autor de vários livros.

Inspirado num poema de Luís Vaz de Camões, o autor leva-nos à personagem mais controversa e inspiradora da História do Homem. “Sei que não sei tudo, nem conheço todos os homens que já alguma vez pisaram esta terra nos quatro cantos do mundo, mas uma coisa sei, logo à partida – nenhum deles poderia alguma vez ultrapassar, ser maior, sobrepujar a pessoa de Jesus Cristo.” “Vivendo em pleno terceiro milénio, no meio de grandes desafios tecnológicos, científicos, sociais, filosóficos e éticos, em que como cristãos precisamos não perder a nossa direção, o arquiteto Samuel Pinheiro presenteia-nos com o livro ‘O Melhor de Tudo...’, que é um desafio à nossa consciência, para não nos perdermos em pormenores, em coisas periféricas, mas para nos focarmos de novo no único em quem vale a pena de facto confiar, em Jesus.” António Gonçalves Pastor presidente da Igreja Assembleia de Deus em Benfica Diretor Executivo da CAPU|CPAD Livraria Cristã

Samuel R. Pinheiro

Foi consagrado evangelista na Assembleia de Deus em Lisboa em 1987, sendo desde o seu início membro do ministério da Assembleia de Deus em Benfica como igreja autónoma (1999). É professor do Instituto Bíblico das Assembleias de Deus desde o ano de 1997, onde tem lecionado Apologética, Pedagogia e Metodologia do Trabalho Científico. Tem dado a sua colaboração a várias organizações evangélicas – Sociedade Bíblica, Mocidade para Cristo, Grupo Bíblico Universitário, Gideões, Rádio Transmundial Portugal, Associação de Profissionais e Empresários Cristãos ASPEC, Erle Vida, Livro de Vida, Comissão para a Ação Educativa Evangélica nas Escolas Públicas (COMACEP), e Aliança Evangélica Portuguesa.

“O Melhor de Tudo...”

Desde sempre que a humanidade procura “O Melhor de Tudo...”. Sucesso, prazer, dinheiro, poder e formalismo religioso têm-se mostrado limitados para satisfazer a sede interior do ser humano.

Categoria: 232 - Cristologia; Jesus Cristo

Samuel R. Pinheiro

“O Melhor de Tudo...” Descobrindo o Melhor da Vida

Samuel R. Pinheiro Nasceu a 8 de agosto de 1956 na cidade de Coimbra numa família que fazia parte da Igreja dos Irmãos. Filho do pastor Acácio Pinheiro (1932) e de Celestina dos Anjos Rodrigues (1929-2002), neto do pastor Armando Pinheiro (1911-1997) e de Hermenegilda da Piedade (1910-1983). Os avós maternos, Albino Rodrigues (19071962) e Maria dos Anjos Rodrigues (1901-1974), bem como os bisavós maternos, pertencem ao grupo dos primeiros membros da Assembleia de Deus em Esgueira – Aveiro, e os avós paternos, bem como os seus pais, eram membros da Assembleia de Deus na cidade de Coimbra (1963). É o primeiro de três irmãos – Lídia Pinheiro (1958) e Isabel Pinheiro (1965). Aos 17 anos veio para a cidade de Lisboa com a família, com a intenção de fazer a sua formação em Arquitetura. Casou com Isabel Pinheiro (1983) e é pai de Ana Pinheiro (1993). Começou a colaborar bem cedo (1973) com as revistas Novas de Alegria, Caminho e Avivamento, sendo atualmente o Diretor de Publicações da Casa Publicadora das Assembleias de Deus – CAPU (2007). Dirigiu e colaborou ainda noutras revistas - Bara, Outra



Samuel R. Pinheiro

“O Melhor de Tudo...� Descobrindo o Melhor da Vida



“O melhor de Tudo é crer em Cristo” Luís VAZ de Camões



Índice

Prefácio 011 Introdução 017 1 - Jesus Cristo, o melhor de tudo 021 2 - Historicidade dos relatos bíblicos 029 3 - Revelação pessoal de Deus 035 4 - Revelado pelo Espírito 043 5 - Existente antes de nascer 049 6 - O Criador que Se fez criatura 053 7 - Deus na História 059 8 - Genealogia humana 063 9 - Um nome especial 067 10 - Denunciando a essência do pecado 071 11 - Outro nome singular e exclusivo 077 12 - Reivindicando identidade divina 081 13 – EU SOU 085 14 - Intimidade e dependência absolutas do Pai e do Espírito Santo 089 15 - Nascido pela intervenção do Espírito 093 16 - Identificado pela manifestação do Espírito 095 17 - Missão cumprida no poder do Espírito 099 18 - Amor, perdão e serviço 103 19 - Enfrentando o sofrimento 107 20 - Milagres 111 9


21 - Um Deus humilde 115 119 22 - O Servo 23 - Um Deus-homem obediente 123 24 - Observando a Palavra de Deus 125 25 - Cumprindo as profecias 129 26 - Fazendo o bem 131 27 - Relacionando-Se com os marginais 135 28 - Amando incondicionalmente 137 29 - Perdoando aos Seus próprios inimigos 139 30 - Mudança por dentro – nascer outra vez 141 31 - Convite singular 145 32 - Viver Cristo 147 33 - Figura controversa 151 34 - Rejeitado pelos Seus 155 35 - Crucificado 161 36 - Ressurreto 167 37 - Todo-poderoso 173 38 - Prometeu que voltaria 175 39 - Esperança da glória 179 40 - A unidade restaurada 181 41 - Tudo converge para Jesus Cristo 185 42 - Uma Nova Ordem 189 43 – Jesus, a própria vida 193 44 - Arrependimento e conversão 199 45 - Graça e fé, amor e esperança 203 CONCLUSÃO - A glória de Deus 207 Verdade, amor, razão, merecimento 209 Contactos 211

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INTRODUÇÃO

Este livro pretende traduzir o que o meu coração sente e a minha mente crê diante da figura única e exclusiva de Jesus Cristo. Sei que não sei tudo, nem conheço todos os homens que já alguma vez pisaram esta terra nos quatro cantos do mundo, mas uma coisa sei, logo à partida – nenhum deles poderia alguma vez ultrapassar, ser maior ou sobrepujar a pessoa de Jesus Cristo. As evidências estão por todo o lado a propósito da exclusividade de Jesus Cristo, Homem de facto, mas muito mais do que humano. Ele é Deus entre nós de modo a que O possamos ver, tocar, ouvir, cheirar e provar. Acessível aos nossos cinco sentidos e ao outro sentido da dimensão espiritual, para todos os que O recebem ao reconhecerem que Ele é o Filho de Deus. Esta dimensão leva-nos muito mais além. Não se trata de uma obra académica, utilizando os bisturis da ciência, da história, da arqueologia ou da filosofia, para dissecar a pessoa de Jesus Cristo. Não tenho preparação, nem competência para tanto. Outros já o fizeram com sucesso e eficácia. Tendo dedicado muitos anos ao estudo da Apologética, cada vez mais fico com Pascal que considera que “o coração tem razões que a razão desconhece”. André Frossard escreveu um livro intitulado Deus Existe, Eu Encontrei-o. Eu prefiro dizer simplesmente que Deus existe, Ele veio ao meu e ao nosso encontro em Jesus. 17


“O Melhor de Tudo...”

Junto razão e coração, emoção e pensamento, contemplação e exclamação, porque, no fundo, sou assim mesmo. Deus vem ao nosso encontro como somos e muda-nos para que venhamos a ser como Ele nos desenhou. Sou ainda, porventura, um borrão, um esboço, uma obra inacabada, mas com a certeza de que estará pronta no dia de Jesus Cristo. Nesse dia, tenho a certeza de que vou contemplá-l’O face Deus vem ao nosso encona face. Não mais o infante tro como somos e muda-nos de Belém; o carpinteiro de para que venhamos a ser Nazaré; o batizado nas águas como Ele nos desenhou. do Jordão, cumprindo toda a justiça diante do relutante percursor e primo João Batista; o tentado no deserto pelo malabarismo descarado do maligno; o caminhante pelas estradas poeirentas da Palestina de há dois mil anos; o sedento sentado no poço de Jacob; o servo de mangas arregaçadas, empunhando uma toalha e um recipiente com água para lavar os pés dos discípulos; o agonizante prostrado no Jardim das Oliveiras, suando gotas de sangue diante da visão da crucificação; o preso diante do Sinédrio, de Herodes e de Pilatos, guardando silêncio e assumindo por inteiro a Sua identidade e a Sua missão salvadora; o crucificado entre dois malfeitores no Gólgota e até mesmo o ressureto entre os mortos, preparando o pequeno-almoço dos discípulos; mas o Senhor glorificado na visão que abre o último livro da Bíblia e que o discípulo amado não suportou, tendo caído como morto. “Vi o Candelabro de ouro Com seus sete braços, E, no centro, o Filho do Homem, com uma túnica e um peitoral de ouro, o cabelo branco como a neve. Olhos como chamas de fogo, os pés como bronze refinado na fornalha, 18


Samuel R. Pinheiro

Sua voz como uma catarata, segurava as Sete Estrelas na mão direita. Sua boca como uma espada afiada, seu rosto como o Sol quando está próximo da Terra. Vi tudo isso e caí como morto a seus pés. Sua mão direita me levantou, e fiquei tranquilo quando ouvi sua voz. Não tenha medo. Eu sou o Primeiro e o Último. Eu estou vivo. Morri, mas voltei à vida e agora vivo para sempre. Vê estas chaves na minha mão? Elas abrem e fecham as portas da morte, abrem e fecham as portas do Inferno.” (Apocalipse 1:12-18, MSG)

Aqui, ficam algumas batidas do meu coração e alguns circuitos do meu cérebro, mas, mesmo, o melhor de tudo é crer em Cristo, na alegria e na tristeza, nas lágrimas e nos sorrisos, nas vitórias e nas derrotas, na euforia e na depressão, nos sonhos e nos pesadelos, nos êxitos e nos fracassos. Reconheci, já há algum tempo, que ninguém jamais dirá ou escreverá mais ou melhor sobre Jesus Cristo do que O próprio falou a Seu respeito. Com isto em mente, mesmo assim, permitam-me que formule um desejo simples, singelo, mas sincero: espero que algumas destas palavras entreabram alguma janela do coração, da mente e da vontade de quem as ler, pela graça infinita e admirável de Jesus Cristo. Samuel R. Pinheiro Lisboa, julho de 2012

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jesus cristo, o melhor de tudo

Este é o meu tema preferido. O tema central em torno do qual tudo gira. A essência da minha mundividência e da minha cosmovisão. É, a partir d’Ele, que eu me vejo e me entendo. Melhor dizendo, não é um tema, nem o tema. Jesus é a Pessoa por excelência. Jesus Cristo é Deus entre nós, é Deus connosco. Conhecer a Jesus é conhecer Deus. Ouvir Jesus é ouvir Deus. Obedecer a Jesus é obedecer a Deus. Jesus é a Mensagem. Jesus Cristo é o meu absoluto, o meu tudo. Todo o sentido, razão de ser, propósito e desígnio estão centrados n’Ele. Percebo que a vida não é apenas tempo, nem apenas matéria, que as minhas origens estão muito para além do acaso e da energia, por causa d’Ele. Para mim, Jesus é muito mais do que Mestre ou do que um Modelo e Exemplo de vida. Mais do que o Mestre, o Modelo e o Exemplo, Ele é o Salvador, o que me tirou e tira de uma vida sem sentido, vazia e condenada à morte. Ele é a fonte da minha esperança. Acredito n’Ele com os olhos abertos e com os olhos fechados. Ele abriu e abre a minha mente muito para além do que eu podia pensar por mim mesmo. Ele dilata os meus horizontes muito para além do que eu poderia ver. Ele expande o meu coração muito para além do que eu podia alcançar através do meu próprio esforço. Ele leva-me a sentir muito mais do que eu seria capaz de sentir contando apenas com a minha capacidade. Perante Ele, não é possível manter a ideia de que a vida é um 21


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absurdo, um acidente, um produto do acaso, uma viagem do nada para o nada, sob o signo da morte, porque Ele mesmo, a Si mesmo, Se apresentou como a vida. Em Jesus, temos a exaltação da vida. Ele é a vida. Ele veio para que tenhamos vida e vida com abundância. Ele é o pão da vida e a água viva que alimenta o esfomeado e mata a sede do sedento. A vida que Ele é e dá, não se restringe ao tempo, é eterna, porque é Deus. Fico a pensar o que seria a vida, o que seria o mundo, COMO EU GOSTARIA DE TER A o que seria a História, se Ele CAPACIDADE DE APRESENTAR não tivesse vindo, e tenho a JESUS COMO ELE DEVE SER nítida impressão de como APRESENTADO. tudo seria muito mais escuro. Estamos longe de viver no Paraíso, mas, com Jesus, as coisas mudaram muito e para melhor. Apesar de todos os desvios e atropelos, apesar de todas as distorções e perversidades, apesar de tudo o que fizeram de ruim, invocando o Seu nome, ainda assim a História foi empurrada muito para cima com a Sua presença entre nós. Há muito joio no meio do trigo, como Ele mesmo avisou. O inimigo fez isso, mas em breve virá o dia em que o joio será arrancado por quem sabe do assunto, e, com Ele, estaremos, definitivamente, em novos céus e nova terra, em que a justiça habitará para sempre. Não estamos no Paraíso, mas, com Jesus, estamos a caminho dele. Jesus não é apenas o modelo para a nossa vida, não nos ensina apenas a viver, não nos dá apenas a vida, Ele é a própria vida. Como eu gostaria de ter a capacidade de apresentar Jesus como Ele deve ser apresentado. Como eu gostaria de dominar o dom da palavra de modo a que ela ressaltasse toda a beleza que n’Ele reside. Mas, já aprendi, há muito tempo, que nunca alguém dirá 22


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a respeito de Jesus mais ou melhor do que Ele próprio disse de Si mesmo. Nunca a respeito de alguém se escreveu tanto como acerca de Jesus e, no entanto, Ele continua inesgotável. O mais que se possa dizer nunca sobrepujará o que Ele disse. A Sua pessoa continua a alimentar a veia dos artistas, dos pintores, dos músicos, dos escritores, dos poetas, dos filósofos. Mesmo os que O negam ou pretendem distorcer a Sua imagem, precisam d’Ele para alimentar a sua reflexão e o seu ceticismo face à vida. Acabam por negar-se a si mesmos, porque não têm outra alternativa a oferecer que não a morte, o nada, o vazio, o efémero, a frustração. Não têm nada, nem ninguém, para oferecer como alternativa a Jesus Cristo – o Salvador e o Senhor da humanidade. A minha maior frustração reside em não ter a coragem e a ousadia suficientes para importunar todas a pessoas à minha volta com a pessoa de Jesus. Tenho a perfeita noção de que não falei d’Ele tanto quanto devia, que fico muito mais calado do que seria desejável, que me falta a sabedoria para colocá-l’O diante do olhar do homem de hoje tão intoxicado pela ilusão do efémero, do passageiro e do descartável. Como lamento que não vejamos à nossa volta mais fome do autêntico, do genuíno – de Jesus. Infelizmente a nossa cultura acomodou-se à ausência de sentido e de propósito eternos. Estamos rodeados de uma cultura que privilegia o imediato, o passageiro, o efémero, o temporal, o material e não o espiritual e o eterno. Levar cada pessoa a Jesus é o privilégio de cada um dos Seus seguidores. O cristão vive para isso, porque ele sabe que é disso que todas as pessoas, antes de tudo, mais necessitam. Daí a razão de Camões, quando escreveu no seu soneto: “O melhor de tudo é crer em Cristo.” Cem por cento de acordo. Antes de tudo, na vida, o melhor é Jesus. Tudo sem Ele é nada. Ele é tudo. Lidando, todos os dias, com adolescentes e jovens que são fruto desta cultura do vazio, como é notória a necessidade de uma 23


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referência viva que ensine, que estimule, que promova, que alimente uma identidade adequada do ser humano, que oriente os objetivos supremos da vida, que estabeleça a dignidade da existência e da essência humana, que fundamente princípios e valores morais e éticos, que ensine a gostar da vida, que forneça uma verdadeira e sadia autoestima. É lamentável que, na escola, se estude tanto sobre cientistas, filósofos, escritores, romancistas, poetas, artistas, pintores, escultores, arquitetos, músicos, bailarinos, cantores, políticos, economistas e não se considere, de um modo atento, a pessoa e o ensino da figura incontornável, insubstituível e inultrapassável, suprema, única e exclusiva de Jesus Cristo – O SENHOR DO UNIVERSO E DA HISTÓRIA! Diante do fracasso humano, face aos comportamentos desviantes, perante as disfunções dos indivíduos e das famílias, no confronto com as múltiplas dependências que fazem do homem um farrapo, é urgente voltar a acreditar em milagres. Mas para isso, é preciso abrir os braços, a mente e o coração para Aquele que é capaz de os realizar. Milagres de transformação de vida, milagres de libertação das prisões da morte em vida, do desespero, dos vícios, das dependências, da violência, da indiferença, do imobilismo, da injustiça, do crime, da corrupção. Para isso, precisamos deixar de lado o Jesus religioso e acolhermos o Jesus dos evangelhos e da história, que andou entre as pessoas, que conversou com os indigentes, que denunciou o egoísmo e a injustiça, que convocou ao arrependimento e à conversão. Precisamos de conhecer Jesus tal como Ele se nos apresenta, tal e qual Ele foi crido pelos Seus discípulos. Temos que olhar para Jesus segundo os Seus próprios olhos, segundo as Suas próprias declarações e reivindicações acerca de Si mesmo. Sem a ajuda do Pai, do próprio Jesus e do Espírito Santo, não saberemos, de verdade, quem Ele é. Precisamos ouvi-Lo uma vez 24


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mais. Meditar nos Seus ensinos. Sermos interpelados pelos Seus desafios. Incomodados pela Sua vida para vivermos a partir d’Ele e n’Ele. Aprender a amar. Aprender a perdoar. Aprender a servir. Temos de lidar, hoje em dia, com as diversas deturpações de que Jesus tem sido alvo pelos seus detratores e também pelos que se apresentaram como Seus seguidores, mas não viveram e agiram em conformidade com o Seu ensino. É necessário e urgente, é decisivo voltar o nosso olhar e concentrarmo-nos nos relatos fidedignos que temos acerca d’Ele e sobre o Seu ensino, sobre a Sua vida e, acima de tudo, na Sua morte e ressurreição, na Sua ascensão, na promessa da Sua segunda vinda e na Sua presença junto do Pai como pessoa da Trindade divina. Carecemos da ajuda do Espírito Santo numa atitude de Não há outro que nos humildade para que sejamos possa salvar do pântano expurgados de toda a disem que nos encontramos. torção, de todas as escórias, permita-se mesmo a expressão – de todo o lixo que se tem acumulado nos nossos sentimentos a respeito da pessoa de Jesus Cristo. É necessário ficar com o genuíno, o original, Aquele que nos vem apresentado no texto bíblico. Quando precisamos tanto de sentido e propósito, de amor e de perdão, de verdade e de justiça, não há outro que nos possa salvar do pântano em que nos encontramos, que nos seja caminho, verdade e vida. Ele é o Mestre da Inteligência Espiritual, fundamento essencial da inteligência cognitiva e emocional. A inteligência que nos abre as portas do espiritual, que nos permite enxergar no coração e na mente de Deus, que nos permite entender o plano e o propósito do Criador a nosso respeito, que nos permite perceber 25


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a razão e o sentido da nossa própria vida, que nos leva a considerar o nosso real valor e dignidade como seres humanos criados à imagem e semelhança de Deus, que nos leva para lá da matéria e da energia, que nos conduz ao âmago da vida e da essência do ser. Ele mostra-nos as nossas origens, esclarece-nos sobre o que de errado aconteceu e ELE É A ESPERANÇA DA acontece para que estejamos GLÓRIA. ELE É A GRAÇA NO no ponto em que nos enconMEIO DA DESGRAÇA. tramos. Ele é a possibilidade de uma reviravolta no processo – podemos mudar de vida! Ele é a esperança da glória. Ele é a graça no meio da desgraça. Ele é a vida face à morte. Ele é o perdão diante da culpa. Ele é a absolvição perante a condenação. Toda a vida de Paulo estava concentrada em levar o maior número de homens e mulheres a compreender o mistério de Deus – Cristo, como escreve aos colossenses: “Gostaria, pois, que saibais quão grande luta venho mantendo por vós, pelos laodicenses e por quantos não me viram face a face; para que os seus corações sejam confortados, vinculados juntamente em amor, e tenham toda a riqueza da forte convicção do entendimento, para compreenderem plenamente o mistério de Deus, Cristo, em quem todos os tesouros de sabedoria e do conhecimento estão ocultos. (…) porquanto nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade.” (Colossenses 2:1-5,9, ARA)

Ainda a estes cristãos Paulo dá a revelação do propósito divino: “E o plano de Deus é que Cristo habite em vós, dando-vos a esperança da glória divina.” (Colossenses 1:27b, BN) 26


Samuel R. Pinheiro

E quando escreve aos coríntios diz: “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou da parte de Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.” (1 Coríntios 1:30,31, ARC)

Paulo é um homem absolutamente apaixonado por Jesus Cristo, depois de ter sido um dos Seus mais acérrimos perseguidores e da Sua Igreja. Há esperança para todos os que não vendo Jesus Cristo como Ele é de facto, encontrando-O se tornem Seus dedicados e incondicionais seguidores. Citando Paulo uma vez mais: “Porquanto, para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro.” (Filipenses 1:2, ARA) PARA REFLETIR

- Quem é Jesus para mim? - Quais as consequências das deturpações que têm sido veiculadas a respeito de Jesus, através da História e pelos meios de comunicação, hoje em dia? - De que forma conheço Jesus Cristo e aprofundo esse conhecimento num relacionamento pessoal? - Qual o maior desafio que Jesus, atualmente, coloca à minha vida? - Em que medida Jesus é mais do que um Mestre, um Modelo e um Exemplo de vida?

SUGESTÃO BIBLIOGRÁFICA

O Jesus que eu nunca conheci, Philip Yancey, Editora Vida.

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IDENTIFICADO PELA MANIFESTAÇÃO DO ESPÍRITO

João Batista recebera o sinal que identificaria o Messias. Ele diz: “E João testemunhou, dizendo: Vi o Espírito descer do céu como pomba e pousar sobre ele. Eu não o conhecia; aquele, porém, que me enviou a batizar com água, me disse: Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com o Espírito Santo. Pois eu de facto vi, e tenho testificado que ele é o Filho de Deus.” (João 1:32-34, ARA)

Aquele sobre o qual o Espírito desceu é o que batiza com o mesmo Espírito. É esse batismo do alto que Ele veio proporcionar a todos os que n’Ele creem. Submergidos no Espírito para podermos viver a vida do alto, a vida de Deus. É no Espírito de Deus que podemos viver a vida cristã. Ele produz em nós um caráter segundo a Sua natureza e concede-nos a competência para realizarmos, no presente, o serviço que deve ser apanágio dos que são filhos de Deus. Um cristão não é um ser perfeito, mas que persegue a perfeição de caráter com tenacidade, sabendo que a obra que foi começada nele há de concluir-se com êxito. “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao dia de Cristo Jesus.” (Filipenses 1:6, ARA) 95


“O Melhor de Tudo...”

O relativismo tão popular hoje em dia, está a corroer as consciências e os comportamentos. Sem fundamentalismos terroristas, não podemos perder os fundamentos fora dos quais a convivência humana se desmorona. Existem valores dos quais não podemos abrir mão e, se o respeito e a tolerância são valores importantes, no nosso relacionamento uns com os outros não podemos ser tolerantes para com a injustiça e a hipocrisia. Os homens podem escapar à justiça humana, mas não Não podemos perder os podem escapar à justiça difundamentos fora dos vina. A justiça humana pode quais a convivência tornar-se injusta e hipócrita, humana se desmorona. as leis humanas podem ser arbitrariamente aplicadas, mas a justiça divina não deixará o culpado impune. A justiça divina já se realizou em Cristo, de modo que todos os culpados possam, mediante Ele, ser perdoados e absolvidos. O que é importante, hoje em dia, em relação a todos os seguidores de Jesus Cristo, é que possam ser identificados pela presença do Espírito de Deus neles. Ele faz a verdadeira e genuína diferença. As pessoas que nos cercam procuram ver Cristo em nós. Claro que isto pode servir de desculpa para alguns que andam à cata de imperfeições. Não é difícil encontrá-las na vida de um cristão. Mas John Burke escreve: “Hoje, eu creio que somente uma igreja cheia de pessoas imperfeitas, desempenhando a função de Corpo, pode trazer a esperança e a restauração necessárias para melhorar nosso mundo pós-moderno, vida por vida. Foi por isso que escrevi este livro, porque vejo Deus agir poderosamente na nossa geração.” (BURKE John, Proibida a Entrada a Pessoas Perfeitas, Editora Vida, p. 11)

Não se trata de acomodação à imperfeição, ao erro, ao descaso, 96


Samuel R. Pinheiro

à incúria, ao pecado. De modo algum. Trata-se de perceber que somos salvos, não em função do nosso desempenho, mas salvos para um nova vida que se vai aperfeiçoando, crescendo e melhorando em Cristo. Deus aceita-nos como somos, para nos transformar no que Ele quer que sejamos. Da mesma forma, nós temos que nos aceitar como estamos, mas, decididamente, não ficar como estamos; temos que acolher os outros como estão, para que eles possam vir a ser o que Deus quer que eles sejam. Neste relacionamento bíblico com Deus e uns com os outros, crescemos rumo à plenitude e à perfeição.

PARA REFLETIR

- Leio o texto de Gálatas 5:16-25. O que é que ele nos revela sobre a vida que somos vocacionados no Espírito? - Qual é o fruto dessa vida? - Na carta aos Efésios (5:18-21), o apóstolo Paulo, pelo Espírito, adverte-nos a tomarmos a iniciativa de nos enchermos d’Ele. De que forma acontece esse enchimento?

SUGESTÃO BIBLIOGRÁFICA

O Deus (in)visível, Philip Yancey, Editora Vida.

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Longe das teorias de autoajuda mas perto da mensagem transformadora da Bíblia Sagrada, Samuel R. Pinheiro traz até nós verdades imutáveis e essênciais para descobrirmos o melhor da vida, com oportunas perguntas de reflexão e aplicação pessoal.

Face e Liderança Hoje. Foi membro e coordenou a Assessoria de Comunicações da Aliança Evangélica Portuguesa e foi o representante da AEP na Comissão do Tempo de Emissão das Confissões Religiosas. No âmbito da internet tem dado a sua colaboração em vários sites e blogues, tendo sido o fundador do Portal Evangélico (2003). É autor de vários livros.

Inspirado num poema de Luís Vaz de Camões, o autor leva-nos à personagem mais controversa e inspiradora da História do Homem. “Sei que não sei tudo, nem conheço todos os homens que já alguma vez pisaram esta terra nos quatro cantos do mundo, mas uma coisa sei, logo à partida – nenhum deles poderia alguma vez ultrapassar, ser maior, sobrepujar a pessoa de Jesus Cristo.” “Vivendo em pleno terceiro milénio, no meio de grandes desafios tecnológicos, científicos, sociais, filosóficos e éticos, em que como cristãos precisamos não perder a nossa direção, o arquiteto Samuel Pinheiro presenteia-nos com o livro ‘O Melhor de Tudo...’, que é um desafio à nossa consciência, para não nos perdermos em pormenores, em coisas periféricas, mas para nos focarmos de novo no único em quem vale a pena de facto confiar, em Jesus.” António Gonçalves Pastor presidente da Igreja Assembleia de Deus em Benfica Diretor Executivo da CAPU|CPAD Livraria Cristã

Samuel R. Pinheiro

Foi consagrado evangelista na Assembleia de Deus em Lisboa em 1987, sendo desde o seu início membro do ministério da Assembleia de Deus em Benfica como igreja autónoma (1999). É professor do Instituto Bíblico das Assembleias de Deus desde o ano de 1997, onde tem lecionado Apologética, Pedagogia e Metodologia do Trabalho Científico. Tem dado a sua colaboração a várias organizações evangélicas – Sociedade Bíblica, Mocidade para Cristo, Grupo Bíblico Universitário, Gideões, Rádio Transmundial Portugal, Associação de Profissionais e Empresários Cristãos ASPEC, Erle Vida, Livro de Vida, Comissão para a Ação Educativa Evangélica nas Escolas Públicas (COMACEP), e Aliança Evangélica Portuguesa.

“O Melhor de Tudo...”

Desde sempre que a humanidade procura “O Melhor de Tudo...”. Sucesso, prazer, dinheiro, poder e formalismo religioso têm-se mostrado limitados para satisfazer a sede interior do ser humano.

Categoria: 232 - Cristologia; Jesus Cristo

Samuel R. Pinheiro

“O Melhor de Tudo...” Descobrindo o Melhor da Vida

Samuel R. Pinheiro Nasceu a 8 de agosto de 1956 na cidade de Coimbra numa família que fazia parte da Igreja dos Irmãos. Filho do pastor Acácio Pinheiro (1932) e de Celestina dos Anjos Rodrigues (1929-2002), neto do pastor Armando Pinheiro (1911-1997) e de Hermenegilda da Piedade (1910-1983). Os avós maternos, Albino Rodrigues (19071962) e Maria dos Anjos Rodrigues (1901-1974), bem como os bisavós maternos, pertencem ao grupo dos primeiros membros da Assembleia de Deus em Esgueira – Aveiro, e os avós paternos, bem como os seus pais, eram membros da Assembleia de Deus na cidade de Coimbra (1963). É o primeiro de três irmãos – Lídia Pinheiro (1958) e Isabel Pinheiro (1965). Aos 17 anos veio para a cidade de Lisboa com a família, com a intenção de fazer a sua formação em Arquitetura. Casou com Isabel Pinheiro (1983) e é pai de Ana Pinheiro (1993). Começou a colaborar bem cedo (1973) com as revistas Novas de Alegria, Caminho e Avivamento, sendo atualmente o Diretor de Publicações da Casa Publicadora das Assembleias de Deus – CAPU (2007). Dirigiu e colaborou ainda noutras revistas - Bara, Outra


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