histórias de imagens Robert Walser
Robert Walser
histórias de imagens
O primeiro interlocutor de Robert Walser foi um pintor, Karl Wal‑ ser, seu irmão mais velho. Mesmo entre 1920 e 1933, quando acaba a cumplicidade e a colaboração de ambos, o diálogo com a pin‑ tura permanece uma fonte de ins‑ piração essencial para o escritor. Os textos apresentados neste volume comprovam‑no. O rigor da descrição importa menos do que a façanha da transposição: os qua‑ dros, ou por vezes o reflexo deles na memória, libertam o imaginá‑ rio, a reflexão e o estilo. Pensando em Fragonard ou em Delacroix, em Bruegel ou em Anker, em Dau‑ mier, em Renoir ou em Beardsley, Walser transporta o leitor para um jogo que alia de forma inimitável a insolência e a admiração. Marion Graf
ISBN 978-972-795-306-6
9 789727 953066 www.livroscotovia.pt
LIVROS COTOVIA
ARTE
Robert Walser (Biel/Bienne, 1878 – Herisau, 1956) abandonou os estudos muito cedo por motivos económicos e começou a trabalhar na Bernischen Kantonalbank de Biel, mudando-se mais tarde para Basileia, Estugarda e Zurique, onde trabalhou esporadicamente como empregado. Foi um dos primeiros escritores de língua alemã a introduzir em literatura a descrição da vida de um assalariado. Desde muito cedo foi grande apreciador de teatro e começou a publicar poemas em 1898 nalgumas revistas. Levou uma vida errante por vários anos, durante os quais publicou poemas e pequenos contos. Em 1905 tornou-se criado no castelo de Dambrau, adoptando nos livros seguintes o tema da criadagem. Durante a Primeira Guerra Mundial, trabalhou em Zurique, no registo público, e começou a desenvolver distúrbios mentais. Acabou por ser internado numa clínica psiquiátrica em Herisau, onde continuou a escrever até à morte.
Hist贸rias de imagens
A tradução deste livro contou com o apoio de Pro Helvetia, Fundação Suíça para a cultura.
Título original: Vor Bildern. Geschichten und Gedichte. © Insel Verlag Frankfurt am Main 2006 License edition by permission of the owner of the rights, the Robert-Walser-Stiftung, Zürich/Switzerland © Edições Cotovia, Lda., Lisboa, 2011 ISBN 978-972-795-306-6
Robert Walser
Histórias de Imagens Posfácio por Bernhard Echte
Tradução de Pedro Sepúlveda
Cotovia
Índice
“Apolo e Diana”
9
Apolo e Diana de Lucas Cranach
12
Soneto a uma Vénus de Tiziano
17
Exposição de Arte Belga
19
O quadro de Bruegel
27
Esboço sobre A queda de Ícaro
31
O filho pródigo
35
Watteau
37
Soneto a um quadro de Boucher
41
Esboço sobre um quadro de Fragonard
43
Esboço sobre Départ du Soldat Suisse
47
Delacroix
51
A partir de desenhos de Daumier
53
Esboço sobre O bosque de Diaz
55
O álbum de Anker
58
Olímpia
67
Os pensamentos de Cézanne
73
Renoir
79
O quadro de Van Gogh
81
Van Gogh
85
O faial de Hodler
87
Cena da vida do pintor Karl Stauffer‑Bern
91
Beardsley “Retrato de uma senhora”
97 99
Aguarelas
102
Posfácio por Bernhard Echte
105
Índice das imagens
117
Índice dos textos
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“A polo
e
D iana ”
Trabalhava, segundo me lembro, na fábrica de cerveja Aktienbrauerei, em Thun. Foi há sensivelmente dez anos e tive a sorte de morar numa velha casa, bela e espaçosa, mesmo junto ao grandioso palácio no cimo da colina. Bebia muita cerveja, actividade para a qual o meu trabalho na fábrica já me predispunha, tomava banho no torrencial Aar, ia passear pelo campo em redor de Thun, olhava admirado aqueles colossos, aquelas montanhas que se erguiam contra o céu como castelos monstruosos. Um dia passei por uma pequena experiência maravilhosa com a minha estalajadeira, a Senhora Amtschreiber, e isto por causa de um quadro pendurado na parede do meu quarto. O quarto era o expoente máximo da comodidade, do aconchego e do bem‑estar. Nunca mais me esqueço daquele bonito espaço, num tom verde vivo, assim como nunca mais me esqueço dos raios de sol que entravam no quarto recôndito de forma tão encantadora e, ao mesmo tempo, cálida. No que toca à Senhora Amtschreiber, ela removeu‑me da parede o quadro, ou melhor, uma cópia do quadro “Apolo e Diana”, de Cranach (o original está no Museu Kaiser Friedrich, em Berlim), que ali estava exposto, para meu entretenimento e deleite, colocando‑o em cima da minha mesa, virado para baixo, de forma a mostrar o seu pudor e a sua reprovação. Vim para casa e reparei imediatamente naquele feito inspirado por um conceito errado de moralidade e, decidido, peguei na pena que tinha sempre à minha disposição e escrevi, sem rodeios, a seguinte nota descarada: “Estimada Senhora, será que o quadro, que muito prezo, por ser todo ele de uma beleza pura, lhe causou 9
Lucas Cranach, o Velho Apolo e Diana (1530)
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algum incómodo, para que tenha concluído dever removê‑lo da parede? Considera o quadro feio? É de opinião de que se trata de um quadro indecente? Se assim é, peço‑lhe simplesmente que não o queira olhar. Apelo, contudo, à generosidade que creio reconhecer‑lhe, estimada Senhora, pedindo‑lhe humildemente que me conceda a possibilidade de colocar o quadro novamente onde estava. Irei recolocá‑lo, sem demora, na parede, na convicção de que ninguém tornará a removê‑lo.” A Senhora Amtschreiber leu e levou consigo a nota. Que idiota! Dizer palavras tão duras a uma senhora tão amável. Mas a verdade é que estas palavras tiveram um excelente resultado. Depois deste episódio, a Senhora Amtschreiber foi sempre muito amável comigo. Admirável, o seu comportamento, admirável! Até as minhas calças rotas me pediu, a Senhora Amtschreiber, para as remendar.
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A polo
e
D iana
de
L ucas C ranach
Apolo: O que procurava ao longo de todo o dia, que me tinha ofuscado os sentidos? Chegada a noite, o sol já só aparecia aqui e ali alourando esporadicamente um ramo, de resto tudo estava sossegado na devesa, uma leve brisa ainda corria, quem é que então encontro? Diana: Estou surpreendida e com razão. O que fazias ao longo de todo o dia, não conhecendo a tua própria inclinação, não sentindo a tua verdadeira profissão, não reparando na paciente e eterna natureza, não compreendendo, de todo, o teu próprio ser e a vida que te rodeia? Apolo: Caçava! Não vês logo isso mesmo na flecha e no arco, que trago comigo? Diana: Vejo pois, e repreendo‑te. Apolo: Agora que te encontro, a caça é‑me agradável, louvo‑a, pois nunca me apareceu uma presa tão bela e encantadora. 12
Mas esta não é a palavra correcta: Imagem – é o que deveria ter dito. Diana: És demasiado belo para tão árdua tarefa, peço‑te, de agora em diante, deixa‑a, esquece‑a e entrega‑te a outra. Os teus caracóis loiros, o olhar doce dos teus olhos, que são azuis como a luz do céu e meigos como as águas de rios e lagos, o gesto amável e a fronte pensativa, denunciam que tens alma e verdadeiro talento e que és demasiado dotado para fazeres só de caçador. Apolo: Não sabia, em boa verdade, o que fazia e só fui para a caça por tédio, era para mim um mero passatempo. Diana: E por isso matas animais? Apolo: Sim, é só por isso; não porque queira. Diana: Persegues pobres e inocentes criaturas, como este delicado veado, que me serve, com o seu corpo macio, de assento, como se fosse um divã, 13
este ser, que não sabe falar, apenas suspirar, se o ferires, miseravelmente rodeado pelo seu próprio sangue! Ó, deixa‑te dessas ocupações, lamenta o tempo perdido, passado em veleidades da caça, põe de parte o arco e pega na lira e dedica‑te à arte graciosa, torna‑te protector e admirador de todo o belo e o justo. Apolo: Amo‑te e não posso fazer mais nada senão obedecer‑te zelosamente. Deixo pois de parte a caça, assim como todas as distracções cruéis e quero que, de agora em diante, tudo encontre fundamento no sentimento e pensarei sempre um pouco antes de agir, para que ninguém sofra pelos meus actos, já que todos querem e podem viver, flores e animais e homens. Tudo o que sente alegria e dor me seja sagrado, eu que também sinto ambos. Ensinaram‑me isto as tuas palavras salvadoras, que não deverão ter sido proferidas em vão. Não quero pois agora nada fazer que não seja amável.
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Diana: Acredito em ti. Canta somente belas canções de amor. Apolo: Tu própria és a mais bela das canções. Diana: Procura pois imitar‑me. Apolo: De preferência ficaria aqui junto de ti, não quereria nada mais, senão olhar‑te nos olhos, já só o teu doce sorriso seria motivo de prazer incessante. Diana: Bom! Contudo, domina‑te um pouco; deve haver em tudo um limite e uma medida, fica tranquilo, meu amigo. Vai agora, já se faz tarde, certamente nos voltaremos a ver em breve.
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Tiziano VĂŠnus de Urbino (1538)
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S oneto
a uma
Vénus
de
Tiziano
O seu cabelo preto parece cantar, seus membros cintilam brancos como natas, como se o gracioso corpo adivinhasse que era a doce soma de graciosos sons. Está deitada na sua longura implorante, apoiada num género de otomano, como se fosse um estandarte alto e delgado, amavelmente inclinado para os homens. Um ramo de violetas sorri‑lhe nas mãos, endereçando ao observador odores, a serva ajoelhando‑se perante o altar. Ó, olhar de novo aqueles cabelos e ainda uma vez mais a magnífica imagem humilde do seu doce lombo.
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Rogier van der Weyden PietĂ (por volta de 1440)
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E xposição
de
A rte B elga
Esta exposição, organizada pelo governo belga e apoiada por autoridades suíças e da cidade de Berna, tem lugar em dois edifícios de uma praça local, no Museu e na Casa da Arte. Visitei primeiro esta última. Depois de ter terminado a minha primeira visita, entrei num café, iluminado pelo largo brilho do sol e onde fui surpreendido por uma música pela qual me deixei espontaneamente envolver. Chapéus e casacos repousavam sobre o cabide, como que para seu próprio deleite. Todo o espectáculo me fascinava; o café, que bebi, também contribuiu para esse fascínio e depois de pensar, por momentos, na minha amada e num sonho em que me apareceu uma mulher cuja cara era muito rectilínea e que me pediu um espelho, para se ver nele, entrei no segundo edifício da exposição, em frente ao qual estavam desfraldadas e hasteadas as bandeiras belgas. Refira‑se ainda que havia aqui também uma exposição de obras de velhos artistas de Berna, do que se designa habitualmente como o período de transição, o espaço de tempo compreendido entre 1780 e 1820. Já ouviu falar de um pintor chamado Niklaus Manuel? Representa a pintura de Berna do período da Renascença, é muito interessante enquanto artista e era ainda alcaide nas margens do Lago de Biel, em Erlach, uma pequena e bela antiga cidade de condado, onde exerci a minha pequena parte do dever militar como soldado, no início da Primeira Grande Guerra, em 1914. Por quarenta cêntimos recebia‑se, nesse tempo, uma bela dose ou uma mão cheia de assados de primeira linha. Nessa altura, ocupava‑me a limpar o meu equipamento militar; hoje passeio‑me pelas ruas da nossa cidade como correspondente 19
e entro em espaços onde encontro arte representativa, que me serve de pretexto para o trabalho jornalístico. Conhece‑se o papel determinante desempenhado pelo país cuja pintura moderna e antiga se encontra hoje aqui exposta, na época da Primeira Grande Guerra. Segundo resultados de novas investigações, que achei por bem realizar sobre a minha “grande amiga”, ela partiu para os Estados Unidos da América, mas ainda hoje a sua recordação me é muito agradável. Estou‑lhe, por exemplo, muito grato, por um dia, perto de um centro comercial, me ter “recusado” com uma extraordinária dignidade. Por “recusar” entenda‑se uma espécie de renúncia ou rejeição. Considero de louvar quando alguém procura aproximar‑se de uma amada, estimada, sem que o esforço seja recompensado pelo sucesso. Em questões amorosas, toda a frustração é quase uma bênção. O sonho a que me referi tinha lugar numa barca, conduzida pela mulher que se tinha visto ao espelho e que, ao ver‑se, suspirara ruidosamente. Logo após o sonho, ainda sustive longamente a minha cabeça na “doce” mão, reflectindo. Achava‑me bonito, quase grande. A arte belga deixou‑me, em geral, bastante satisfeito, isto é, despertou o meu interesse. Quando se fala em Bruxelas não se pensa logo no belo e distinto Egmont de Goethe, com o qual a Regente Margareta de Parma tinha vários desentendimentos, pensando que nunca mais se livraria dele? Lembro‑me de ter conhecido, há pouco tempo, uma mulher de Berna que se casou com um belga, que se encontra, neste momento, em território do Congo, devendo ela ir brevemente para junto dele, o que implicará ter de se superar a si mesma. Durante a guerra já finda, crianças belgas foram enviadas para o nosso país, tendo sido aqui educadas. Mas então quando é que começo a falar de 20
arte? Falar de muitos quadros de forma resumida é para mim difícil, admito. Vi por lá ora uma paisagem de primavera, ora de neve, ora um quadro de flores, ora de mulheres. Quando estava perante um nu feminino, que repousava num sofá mole, alguém veio ter comigo, vangloriando‑se com a sua crítica. Achei por bem, contudo, dar‑lhe a entender que não apreciava descaramentos. Há na Bélgica uma magnífica “cidade morta”, a chamada Veneza do Norte, uma cidade com plácidos canais, altas e velhas casas de patrícios, que parecem repousar em silêncio. Penso ter encontrado esta cidade reproduzida num dos diversos quadros. Bruges já foi, inúmeras vezes, objecto de ensaios ou poemas. Devo confessar que me senti muito atraído por um quadro de uma rapariga com estranhos e grandes olhos azuis, mas lembro‑me agora ainda de uma época da História da Confederação Suíça. Em 1470, reinava na Borgonha, hoje território belga, Carlos, o Temerário, Duque da Borgonha, que não só era detentor do Tosão de Ouro, como ainda se sentia vocacionado para conquistas. Para isso parece ter escolhido a Suíça. Na altura, porém, a cidade de Berna contava com um distinto diplomata, Robert von Diesbach. Segundo se conta, foi ele que levou o impetuoso Duque da Borgonha a desenvolver o seu plano de ataque, que terminaria de forma extremamente desvantajosa para este faustoso e ganancioso nobre, já que a Suíça se opôs gloriosamente aos seus propósitos de alargamento de influências. Precisamente nesta época, floresciam na Bélgica, a um nível extraordinariamente elevado, a arte e a cultura. O homem que tinha comandado as tropas que defenderam a nossa pátria na guerra contra a Borgonha chamava‑se Adrian von Bubenberg e a sua estátua embeleza hoje a nossa cidade, onde podemos 21
David Teniers, O médico rural (1660/65)
agora apreciar os quadros de Rogier van der Weyden, Memling e outros mestres da pintura belga. Por volta de 1470 ainda não havia exposições de pintura. Nessa época, era principalmente a Igreja que encomendava trabalhos aos pintores e os quadros em elaboração possuíam um significado próximo do sagrado. A verdade é que hoje nos podemos facilmente enganar a este respeito. A nós, homens de hoje, as coisas parecem‑nos ter acontecido de determinada maneira; porém, na realidade, tudo era diferente. É, por exemplo, muito difícil saber como é que as pessoas de outros tempos observavam estes quadros, com que olhos, com que alma, o que pensariam, o que estes significariam para elas. Os grandes pintores belgas pintavam paisagens belíssimas e rostos extraordinariamente elegantes e amorosos, Bruegel pintava caminhantes cegos que se batiam na rua de uma aldeia, onde se deve ter desenrolado uma briga séria e violenta. Um outro 22
Aluno de Peter Paul Rubens, Retrato de Peter Paul Rubens
pintava um médico rural, interpelado por uma velha senhora e que, sentado numa cadeira encanastrada, parece possuído por uma estranha confiança em si mesmo. Estes velhos pintores desembaraçavam‑se neste género com grande distinção, com uma confiança que não vacilava perante o que era tido por conveniente e belo, como se tivessem sabido evitar o mero vir23
Peter Paul Rubens A educação da Virgem Sagrada (por volta de 1625)
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tuosismo de um modo virtuoso, utilizando‑o somente como meio para atingir um fim. Encontrei por lá um auto‑retrato de Rubens, de pequeno formato, mas interiormente, artisticamente de grande extensão, revelando uma modulação extremamente refinada. Um quadro do já referido Bruegel, que atravessou os Alpes Suíços até Itália, onde observou as cidades e o colorido da vida quotidiana, chama‑se “A queda de Ícaro”: um camponês de saia vermelha lavra o seu campo. Um pastor contempla a natureza, ouve cantar os pássaros, admira o seu voo ligeiro. Um veleiro de luxo ancora na costa. Tem‑se a vista de uma baía onde estão dispersas ilhas, nas quais se vislumbram povoações. Ícaro acabou de cair ao mar, como que de alturas vertiginosas, das ousadias e extravagâncias dos seus fins culturais. Imagina ‑se que se vá recompor, reavivando os seus esforços. Voltando a Rubens, deparamo‑nos com a sua esposa, com olhos encantados, brilhantes e inocentes. Numa imagem do pranto por Cristo, reparei numa pequena árvore cortada, desfolhada, cujos ramos dançam enfeitiçados, imóveis e exprimindo, contudo, ao mesmo tempo, um estranho e intenso movimento. Vi um Cristo com uma ferida junto ao peito; a ferida parecia uma boca. No que toca a uma paisagem do século dezassete, tenho a dizer o seguinte: é como se os novos pintores não respeitassem o salão; introduzem verduras nas salas, o que dá um toque muito natural, mas tem qualquer coisa de inteiramente deselegante. Os antigos pintores ajustavam o tom da paisagem de acordo com uma determinada necessidade formal. Aparentemente, consideravam que não era conveniente que o elemento natural surgisse, de forma marcada, numa sala, não sendo sequer atenuado. Possuíam aquilo que se designa por tacto ou noção de
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estilo, sendo que não pretendo com isto criticar a nova pintura; procuro simplesmente ilustrar uma diferença. Estando grato por ter a oportunidade de falar de um importante e belo evento artístico, considero‑me obrigado a limitar a extensão das minhas afirmações. O que me abstive de dizer poderá ser exprimido por outros.
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