Bíblia de estudo da mulher de fé | Ester

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Editora geral: Jean E. Syswerda

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EDITORA VIDA Rua Conde de Sarzedas, 246, Liberdade CEP 01512-070 São Paulo, SP Tel.: 0 xx 11 2618 7000 Fax: 0 xx 11 2618 7030 www.editoravida.com.br

TRADUÇÃO Maria Emília de Oliveira REVISÃO DE TRADUÇÃO Josemar de Souza Pinto REVISÃO DE PROVAS Gisele Romão da Cruz Santiago DIREÇÃO-EXECUTIVA Sérgio Henrique de Lima EDITOR GERAL Marcelo Smargiasse EDITOR-ASSISTENTE Gisele Romão da Cruz Santiago PROJETO GRÁFICO Claudia Fatel Lino DIAGRAMAÇÃO Claudia Fatel Lino Fernanda Souza Joelmir Gonçalves DESIGN E ARTE DE CAPA Arte Peniel

Edição publicada sob permissão contratual com Zondervan Corporation, Grand Rapids, Michigan, EUA. Originalmente publicado nos EUA com o título Women of Faith Study Bible NIV. Copyright© 2001, The Zondervan Corporation (Notas e Ajudas). Copyright da tradução© 2001, Women of Faith Inc; Jean E. Syswerda, Traduzido por Maria Emília de Oliveira. Todos os direitos desta tradução em língua portuguesa reservados por Editora Vida. PROIBIDA A REPRODUÇÃO POR QUAISQUER MEIOS, SALVO EM BREVES CITAÇÕES, COM INDICAÇÃO DA FONTE. O texto pode ser citado de várias maneiras (escrito, visual, eletrônico ou áudio) até quinhentos (500) versículos sem a expressa permissão por escrito do editor, cuidando para que a soma de versículos citados não complete um livro da Bíblia nem os versículos computem 25% ou mais do texto da obra em que são citados. O pedido de permissão que exceder as normas aqui expressas deve ser encaminhado à Editora Vida Ltda. e estará sujeito à aprovação por escrito. The text may be quoted in any form (written, visual, eletronic or audio), up to and inclusive of five hundred (500) verses without the express written permission of the publisher, providing the verses quoted do not amount to a complete book of the Bible nor do the verses quoted account for 25 percent (25%) or more of the total text of the work in which they are quoted. Permission requests that exceed the above guidelines must be directed to, and approved in writing by, International Bible Society, 1820 Jet Stream Drive, Colorado Springs, CO 80921, USA. Bíblia Sagrada, Nova Versão Internacional, NVI® Copyright © 1993, 2000, 2011 de Biblica, Inc. Publicado sob permissão. Todos os direitos reservados mundialmente. Concordância Bíblica NVI Abreviada ©2002, Editora Vida. Publicada com permissão. Esta obra está em conformidade com o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em 1990, em vigor desde janeiro de 2009. 1ª- edição: maio 2014

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Bíblia de Estudo da Mulher de Fé: NVI / Editora Geral: Jean E. Syswerda; [tradução Maria Emília de Oliveira]. — São Paulo: Editora Vida, 2014. Título original: Women of Faith Study Bible: New International Version. 1. Bíblia — Estudo e ensino 2. Mulheres — Vida religiosa I. Syswerda, Jean E. 13-12733

CDD-220.52081 Índices para catálogo sistemático:

1. Bíblia de Estudo da Mulher de Fé : Nova Versão Internacional

220.52081

Printed in Shouth Korea

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Conteúdo Sumário: estudos semanais ix Sumário: descrições de personagens x Lista em ordem alfabética e abreviações xi Como usar esta Bíblia xii Agradecimentos e colaboradoras xiv Prefácio à Nova Versão Internacional xvi

Antigo Testamento Gênesis 1 Êxodo 88 Levítico 155 Números 203 Deuteronômio 273 Josué 332 Juízes 371 Rute 411 1Samuel 419 2Samuel 472 1Reis 519 2Reis 571 1Crônicas 623

2Crônicas 680 Esdras 736 Neemias 756 Ester 782 Jó 795 Salmos 856 Provérbios 1016 Eclesiastes 1071 Cântico dos Cânticos 1090 Isaías 1103 Jeremias 1223 Lamentações 1331 Ezequiel 1347

Daniel 1430 Oseias 1456 Joel 1478 Amós 1488 Obadias 1504 Jonas 1508 Miqueias 1513 Naum 1526 Habacuque 1532 Sofonias 1540 Ageu 1549 Zacarias 1554 Malaquias 1570

Efésios 1927 Filipenses 1937 Colossenses 1946 1Tessalonicenses 1954 2Tessalonicenses 1960 1Timóteo 1965 2Timóteo 1973 Tito 1981 Filemom 1986

Hebreus 1989 Tiago 2010 1Pedro 2021 2Pedro 2030 1João 2036 2João 2044 3João 2049 Judas 2052 Apocalipse 2056

Novo Testamento Mateus 1579 Marcos 1639 Lucas 1677 João 1740 Atos 1788 Romanos 1847 1Coríntios 1873 2Coríntios 1898 Gálatas 1917

Pesos e medidas 2089 Linha do tempo das mulheres da Bíblia 2093 A genealogia de Jesus 2094 Jesus e as mulheres do Novo Testamento 2095 Dicionário de termos NVI 2096 Concordância NVI 2104 Referências Bibliográficas 2177 Sumário de mapas coloridos 2184

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Sumário: estudos semanais Antigo Testamento

A busca de Deus por você 9 O encontro com um Deus temível 119 A voz de Deus 222 A morada de Deus 294 Águas desconhecidas 337 Relacionamentos rompidos 445 Adoração extravagante 484 Recebendo graça e fé 560 Expectativas contrariadas 581 Salve o Rei! 678 Um Rei guerreiro 726 Alegria em meio à oposição 763 O suave sussurro de Deus 832 O rio de delícias de Deus 893 Depressão espiritual 901 Sede de Deus 921 Uma coroa de bondade e compaixão 967 Acalmando a alma perante Deus 999 Construção e design interior 1057 Intimidade com Deus 1095 Algo novo 1176 Você é um arbusto ou uma árvore? 1259 Um coração cheio de amargura 1340 Santos feridos 1403 Oração 1451 O amor de Deus pelo pecador 1471 O amor e a misericórdia de Deus 1483 Jesus, o Príncipe da paz 1521 Confiança em meio a provas 1539 O regozijo de Deus 1547

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Novo Testamento

Tempestade acalmada 1594 O Reino dos céus é aqui 1605 O cálice de sofrimento 1633 Você consegue crer no inacreditável? 1659 Alimento para os famintos 1682 Olhos que veem 1738 Jesus: seu conforto 1773 Um encontro ordenado por Deus 1805 Alegria fora do comum 1823 Paz, alegria e esperança 1855 Um Reino de Poder 1882 Vasos de barro 1903 Uma experiência com Deus 1915 Você é escravo de quem? 1925 Misericórdia e graça 1931 Agradando a Deus 1949 Descanso no Senhor 1995 Em que estão fitos seus olhos? 2006 Lutando contra a dúvida 2013 Uma esperança viva 2024 Você está “levando a vida” ou vencendo? 2063 Jesus é fiel e verdadeiro 2084

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Sumário: descrições de personagens Antigo Testamento

Eva: a mãe do descontentamento 5 A esposa de Noé: apenas no mesmo barco ou uma companheira de aventuras? 6 Sarai (Sara): você só pode estar brincando 67 Hagar: a outra 68 A mulher de Ló: excesso de bagagem 135 Rebeca: dando uma mão a Deus 136 Lia: não alcançando o que mais deseja 199 Raquel: uma realidade amarga 200 Tamar: presente na genealogia de Jesus 267 Sifrá e Puá: obediência com um preço 268 Joquebede: o poder do amor de uma mãe 329 A filha de faraó: instrumento de Deus 330 Miriã: à sombra do irmão 401 Mulheres capazes: dar com coração voluntário 402 Raabe: um novo futuro para uma mulher de passado sombrio 469 Débora: uma mulher na liderança 470 Jael: força para a batalha 535 A mãe de Sansão: uma fé de segunda mão 536 Dalila: exército de uma só pessoa 603 Noemi: não esquecida 604 Orfa: a escolha do caminho mais seguro 669 Rute: rejeitando a rejeição 670 Ana: mãe afinal 739 Mical: um bem real 740 Abigail: uma mulher sábia 805 A médium de En-dor: fumaça e espelhos 806 A ama de Mefibosete: ponte sobre águas turbulentas 873 Rispa: amor além da sepultura 874 Bate-Seba: apenas dizer não? 939 Tamar: inocência traída 940 A mulher de Abel-Bete-Maaca: uma visão do muro 1009 Duas mães: metade é melhor que nada 1010 Rainha de Sabá: a fama do Senhor 1075 Jezabel: inclinada para o mal 1076 A viúva de Sarepta: mesmo quando duvidamos 1143 A viúva com vasilhas de azeite: provisão generosa 1144 A mulher de Suném: posso fazer sozinha 1211 A menina serva: falando de Deus onde quer que estejamos 1212 Atalia: ambição maligna 1277 Jeoseba: marchando num ritmo diferente 1278

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Vasti: soberana sobre todos 1343 Ester: beleza que não se esvai 1344 A mulher de Jó: sábia o suficiente para esperar 1411 A mulher exemplar: dorme tarde e acorda cedo 1412 A rainha de Belsazar: tão perto, mas tão distante 1475 Gômer: amor verdadeiro 1476

Novo Testamento

Maria, mãe de Jesus: uma fé digna de imitação 1613 Isabel: está escrito 1614 Ana: valeu a pena esperar 1645 A mulher junto ao poço: encontros cotidianos 1646 A sogra de Pedro: abatida, mas não excluída 1687 A viúva de Naim: misericórdia inesperada 1688 A mulher pecadora: amor sem reserva 1713 Maria Madalena: um coração de via única 1714 A mulher sofrendo de hemorragia: não é preciso marcar encontro 1745 A filha de Jairo: apenas descansando 1746 Herodias: ficando quite 1779 Salomé: tal mãe, tal filha 1780 A mulher siro-fenícia (cananeia): uma fé obstinada 1811 A mulher apanhada em adultério: sem desculpas, mas perdoada 1812 Maria de Betânia: uma mulher singular 1843 Marta: casa aberta, coração aberto 1844 A mulher encurvada: reerguida pelo toque de Jesus 1877 Salomé, a mãe dos filhos de Zebedeu: pedindo sem compreender 1878 A viúva com duas moedas: dando tudo 1911 A mulher de Pilatos: um sonho digno de nota 1912 As mulheres que seguiam Jesus: verdadeiras discípulas 1941 Safira: tentando impressionar 1942 Dorcas (Tabita): mãos que demonstravam amor 1977 Rode: ver é crer 1978 Lídia: um canal de bênçãos 2017 Drusila: uma filha pródiga 2018 Priscila: passe adiante 2047 Febe, Maria, Trifena, Trifosa e Pérside: mulheres que trabalhavam arduamente 2048 Evódia e Síntique: o assunto da cidade 2079 Loide e Eunice: mulheres de fé sincera 2080

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Lista em ordem alfabética e abreviações Lista em ordem alfabética Ageu 1549 Amós 1488 Apocalipse 2056 Atos 1788 Cântico dos Cânticos 1090 Colossenses 1946 1Coríntios 1873 2Coríntios 1898 1Crônicas 623 2Crônicas 680 Daniel 1430 Deuteronômio 273 Eclesiastes 1071 Efésios 1927 Esdras 736 Ester 782 Êxodo 88 Ezequiel 1347 Filemom 1986 Filipenses 1937 Gálatas 1917 Gênesis 1

os livros do Novo Testamento estão em itálico.

Habacuque 1532 Hebreus 1989 Isaías 1103 Jeremias 1223 Jó 795 João 1740 1João 2036 2João 2044 3João 2049 Joel 1478 Jonas 1508 Josué 332 Judas 2052 Juízes 371 Lamentações 1331 Levítico 155 Lucas 1677 Malaquias 1570 Marcos 1639 Mateus 1579 Miqueias 1513 Naum 1526

Neemias 756 Números 203 Obadias 1504 Oseias 1456 1Pedro 2021 2Pedro 2030 Provérbios 1016 1Reis 519 2Reis 571 Romanos 1847 Rute 411 Salmos 856 1Samuel 419 2Samuel 472 Sofonias 1540 1Tessalonicenses 1954 2Tessalonicenses 1960 1Timóteo 1965 2Timóteo 1973 Tiago 2010 Tito 1981 Zacarias 1554

Isaías Is Jeremias Jr Lamentações Lm Ezequiel Ez Daniel Dn Oseias Os Joel Jl Amós Am Obadias Ob Jonas Jn Miqueias Mq Naum Na Habacuque Hc Sofonias Sf Ageu Ag Zacarias Zc Malaquias Ml Mateus Mt Marcos Mc Lucas Lc João Jo Atos At

Romanos Rm 1Coríntios 1Co 2Coríntios 2Co Gálatas Gl Efésios Ef Filipenses Fp Colossenses Cl 1Tessalonicenses 1Ts 2Tessalonicenses 2Ts 1Timóteo 1Tm 2Timóteo 2Tm Tito Tt Filemon Fm Hebreus Hb Tiago Tg 1Pedro 1Pe 2Pedro 2Pe 1João 1Jo 2João 2Jo 3João 3Jo Judas Jd Apocalipse Ap

Abreviações Gênesis Ge Êxodo Êx Levítico Lv Números Nm Deuterônomio Dt Josué Js Juízes Jz Rute Rt 1Samuel 1Sm 2Samuel 2Sm 1Reis 1Rs 2Reis 2Rs 1Crônicas 1Cr 2Crônicas 2Cr Esdras Ed Neemias Ne Ester Et Jó Jó Salmos Sl Provérbios Pv Eclesiastes Ec Cântico dos Cânticos Ct

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Como usar esta Bíblia Se o seu dia é parecido com o da maioria das pessoas, você provavelmente vivencia bênçãos e desafios. Os bons tempos são ótimos. Mas, às vezes, você se pergunta: “Será que outras pessoas passam por isso que estou enfrentando? Como posso saber o que é certo?”. A Palavra de Deus tem muito a dizer a você — muito mais do que qualquer outra fonte, até mesmo que seus amigos mais íntimos e familiares. A Bíblia de Estudo da Mulher de Fé foi escrita com a mulher cristã contemporânea em mente. Nossa meta foi aplicar as verdades bíblicas com destaque para as mulheres das Escrituras e as situações que elas viveram, com o objetivo de revelar a você a vontade e os caminhos de Deus, além de ajudar você a refletir sobre as belas verdades bíblicas e sua compreensão.

Características da Bíblia de estudo da Mulher de Fé A Nova versão Internacional da Bíblia O texto bíblico em si é a parte mais importante desta Bíblia de estudo. A Nova Versão Internacional conta com a confiança de diversos teólogos e é usada por milhões de pessoas. Trata-se da versão bíblica mais lida em todo o mundo.

introduções aos livros

Gên

Esboço

es

is O livro dos princípios.

Gênesis relata o início dos tempos e a criação da raça humana. No entanto, ainda mais importante que esses eventos, o livro conta o princípio do relacionamento de amor entre Deus e os homens e mulheres. De Adão a José, os indivíduos que principiaram a linha-

Rápido estudo

gem do povo hebreu tiveram ao seu lado mulheres que, embora imperfeitas, eram fortes e consagradas.

Autoria Geralmente atribuída a Moisés.

Sofremos com Eva quando a rivalidade entre seus dois filhos culminou com um assassinato (Gn 4.8-12). Solidarizamos com a esposa de Noé, enquanto ela enfrenta o confi-

Data de composição É provável que Gênesis tenha sido escrito durante os anos 1400 a.C., na época da peregrinação de Israel pelo deserto. Cenário Mesopotâmia e Egito antigos. Texto-chave Gênesis 1.1 “No princípio Deus criou os céus e a terra”.

namento da arca (Gn 7.13—8.14). Identificamo-nos com o anseio de Sara por um filho e com sua alegria arrebatadora quando seu sonho se tornou realidade (Gn 21.1-7). Partilhamos da alegria de Rebeca pelo amor de seu esposo e de sua realização ao conseguir confortá-lo em seu luto (Gn 24.66-68). Sentimos a dor de Raquel quando precisou obedecer a seu pai e ver sua irmã mais velha se casar com o homem que ela amava (Gn 29.22-27). Por meio das matriarcas de Gênesis, Deus revela vez após vez seu poder para realizar seus planos a despeito de nós. A história das mulheres de Gênesis é a nossa história. Da infertilidade à dor do parto, do ciúme à certeza de ser amada, da manipulação à entrega, a vida dessas mulheres revela, numa maravilhosa sequência de acontecimentos, o amor redentor de Deus por todas elas — e por nós.

A Criação. Gn 1.1—2.3 Adão e Eva e a Queda. Gn 2.4—3.24 Caim e Abel. Gn 4 De Adão a Noé. Gn 5 Noé e o Dilúvio. Gn 6—9 As primeiras nações do mundo. Gn 10 A torre de Babel. Gn 11 Abraão e Sara. Gn 12—17 A destruição de Sodoma e Gomorra. Gn 18—19 Abraão e Abimeleque. Gn 20 Abraão e o filho de Sara. Gn 21—22 A morte de Sara. Gn 23 Isaque e Rebeca. Gn 24 A morte de Abraão. Gn 25.1-11 Os filhos de Ismael. Gn 25.12-18 A família de Isaque e Rebeca. Gn 25.19—28.9 A fuga de Jacó, seus casamentos e retorno. Gn 28.10—35.29 Os descendentes de Esaú. Gn 36 A história de José. Gn 37—45 Jacó no Egito. Gn 46.1—47.12 Fome no Egito. Gn 47.13-31 A bênção de Jacó. Gn 48.1—49.28 As mortes de Jacó e de José. Gn 49.29—50.26

G

As mulheres de Gênesis

G Eva Esposa de Caim

Culpada, mas perdoada. Gn 2.15—4.26 (p. 5) Mãe de Enoque, cujo nome foi dado a uma cidade. Gn 4.17

Ada, Zilá

As duas esposas de Lameque. Gn 4.19-23

Naamá

Irmã de Tubalcaim, homem que fabricava ferramentas em bronze. Gn 4.22

As filhas de Sete As filhas de Enos, Cainã, Maalaleel, Enoque, Matusalém, Lameque Filhas dos homens Esposa de Noé e G esposas dos filhos

Netas de Adão e Eva. Gn 5.6-8 Nomes desconhecidos, mas elas não foram esquecidas. Gn 5.9-28

Casaram-se com os filhos de Deus. Gn 6.1-4 Não conhecemos o nome delas, mas estavam entre os fiéis. Gn 7.1—9.17 (p. 6)

de Noé

As filhas de Sem, Arfaxade, Salá, Héber, Pelegue, Reú, Serugue, Naor

G Sara (Sarai) Milca

G Hagar G Mulher de Ló As filhas de Ló

G Rebeca

Nomes desconhecidos, mas serão lembradas para sempre. Gn 11.11-25

Seu riso se transformou em milagre. Gn 12; 16—18.15,21-23 (p. 67)

Cunhada de Sara. Gn 11.29; 22.20-23; 24.15,24 Traída, mas não abandonada. Gn 16; 21.8-21 (p. 68) Pagou um alto preço por sua rebelião. Gn 19.1-26 (p. 135) Traíram a si mesmas e ao próprio pai. Gn 19.30-38 O plano de Deus se cumpriu, a despeito de suas intervenções. Gn 24; 25.19-34; 27 (p. 136)

Débora

A fiel ama de Rebeca. Gn 24.59; 35.8

Quetura

A segunda esposa de Abraão. Gn 25.1-6

Judite, Basemate

Fontes de amargura para a família do esposo. Gn 26.34,35

Maalate

Esaú se casou com ela para agradar seus pais. Gn 28.6-9

Ada

Uma das muitas esposas de Esaú (pode ser a mesma Basemate de Gn 26.34). Gn 36.2,4,10,12,16

Oolibama

Outra das muitas esposas de Esaú (pode ser a mesma Basemate de Gn 26.34). Gn 36.2,5,14,18,25

G Lia G Raquel

Fértil, mas não era amada. Gn 29.15—30.24 (p. 199) Infértil, mas amada. Gn 29.15—30.24; 35.16-20 (p. 200)

Diná

Primeira vítima de estupro registrada na Bíblia. Gn 34

Timna

Concubina do filho de Esaú. Gn 36.12,22

Meetabel

Esposa do rei de Edom. Gn 36.39

Matrede

Mãe de Meetabel. Gn 36.39

G Tamar

Cada um dos 66 livros da Bíblia inicia-se com uma introdução que destaca informações contextuais acerca do livro, descreve o papel que as mulheres desempenharam e lista todas as personagens femininas que podem ser encontradas no livro. Há também um esboço básico, que ajudará você a compreender a estrutura e o enfoque do livro.

Maltratada pelos homens de sua vida. Gn 39 (p. 267)

Mulher de Potifar

Infiel e mentirosa. Gn 39

Asenate

Esposa egípcia de José. Gn 41.45,50; 46.20

Sera

Neta de Jacó e Lia. Gn 46.17

Significa que há um esboço sobre a personagem.

Se

m

an

a

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GÊNESIS 3.8,9

A busca de Deus por você

Todos os dias no jardim do Éden eram perfeitos. O solo macio amortecia os pés descalços de Adão e Eva. O orvalho molhava as plantas em volta do casal, deixando-as num tom de verde perfeito, estonteante. O anoitecer no jardim era ainda melhor — se é que há possibilidade de melhorar aquilo que já é perfeito. Era nesse momento que Adão e Eva andavam com Deus. A presença divina sobrepujava o restante do dia; trazia alegria e paz. Esse dia, porém, foi diferente. O casal ouviu “os passos do SENHOR Deus” à medida que ele “andava pelo jardim quando soprava a brisa do dia” (Gn 3.8). Mas os dois não correram para encontrá-lo. Eles não sentiram aquilo a que tinham se acostumado. Adão e Eva se esconderam porque estavam cheios de vergonha, uma emoção nova para o casal. Deus também chama você. Será que você corre para encontrá-lo — ou se esconde dele? A vergonha pode impedir um relacionamento íntimo e pessoal com o Senhor. Mas é importante saber diferenciar a vergonha verdadeira da falsa vergonha. A vergonha é verdadeira quando você sente culpa por seu pecado (e todas nós pecamos). A vergonha é falsa quando você se sente suja porque outra pessoa pecou contra você (p. ex., a vergonha sentida por vítimas de abuso sexual, marital ou de estupro). Se você foi ferida pelo pecado de outra pessoa, pode sentir

certa vergonha, mas ela não é verdadeira. Leve a vergonha verdadeira à cruz de Cristo para receber perdão. Leve a vergonha falsa aos braços de Jesus para receber cura (1Pe 2.24).

G Adão e Eva sentiram vergonha. Qual foi a origem da vergonha e da culpa deles (Gn 3.11; Rm 5.12-14)? G O que você fez que a leva a sentir vergonha? Qual é a origem da sua vergonha (Rm 3.10-12)? G Adão e Eva cobriram sua nudez (a evidência externa de sua vergonha) com algumas finas folhas de figueira (Gn 3.7). O que você tem feito para tentar cobrir sua vergonha? Seus esforços têm obtido algum resultado (Is 59.2)? G O que Jesus fez para remover sua vergonha (Is 53.4,6; Rm 6.22,23)? G Qual é sua posição em Deus hoje (Ef 2.47; Hb 4.14-16)? Se seu pecado parece grande demais ou horrível demais para ser perdoado ou se sua vergonha parece pesada demais para ser removida, lembre-se: Jesus ama tanto você que já lançou sobre ele mesmo todos os seus pecados e a sua culpa. Ele purificou você dessas coisas. Receba esse dom e permita que Cristo elimine toda a sua vergonha.

Leia Atos 22.3-21. Paulo diz à multidão que ele fora zeloso ao perseguir os seguidores de Jesus. Pensara que estava agradando a Deus ao destruir aqueles hereges. No momento de sua conversão, descobriu a verdade. Enquanto perseguia os seguidores de Jesus, estivera perseguindo o próprio Deus. Ainda assim, o Senhor o perdoou e o usou de maneira poderosa (At 22.14-16). A despeito do seu passado — não importa o que você já fez — Deus ama você e tem planos para sua vida (Jr 29.11-14). Pode acreditar quando ele diz: “Eu a amei com amor eterno; com amor leal a atraí” (Jr 31.3). Se você se envergonha do próprio pecado, escreva o nome desse pecado numa folha de papel. Em seguida, use um lápis para escrever a palavra vergonha com letras bem grandes. Jesus sabe o que aconteceu, mas ama você mesmo assim. Ore confessando o pecado e declare sua necessidade de Jesus. Com fé, apague a palavra vergonha. Lembre-se: “Os que olham para ele estão radiantes de alegria; seus rostos jamais mostrarão decepção” (Sl 34.5). Você encontra o próximo estudo semanal na página 119.

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estudos bíblicos Cinquenta e dois estudos bíblicos aprofundam seu conhecimento da Palavra. Com o foco em “Comunhão com Deus”, esses estudos conduzirão você a diversas passagens bíblicas e, depois de lê-las, a aplicar as verdades aprendidas em sua vida. Os estudos podem ser usados individualmente ou em grupo.

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Eva

Descrições de personagens

A mãe do descontentamento

Ao longo do Antigo e do Novo Testamentos, as descrições de personagens põem em destaque quase 80 mulheres da Bíblia. A análise de como era a vida dessas mulheres, a observação de suas atitudes e reações e o estudo de cada uma à luz da Palavra de Deus ajudarão você em sua caminhada e em seu crescimento como mulher de fé.

Será que a serpente está certa? Ela é tão bela e parece tão sábia. Será que eu estou perdendo alguma coisa? Estaria Deus escondendo algo bom? Eva nutriu esses pensamentos. E assim começou a descida da raça humana ao caos, à dor e à morte. Eva havia sido abençoada com toda a perfeição por um Criador amoroso. Seu corpo era perfeito, imune a doenças, deterioração ou morte. Ela não precisava de roupas para protegê-la no clima perfeito para a vida. O alimento perfeito crescia a seu redor, apenas esperando para ser colhido. Seus dias eram repletos de alegria. Os animais não tinham medo dos seres humanos e compartilhavam em paz das riquezas do jardim do Éden. Eva não tinha necessidade de esconder, temer, controlar ou lutar. Ela nunca conhecera a solidão, pois Adão era seu companheiro e amante durante todo o tempo. A ligação entre eles era completa e descomplicada: eram um. Ela era parceira de Adão até mesmo no trabalho, que dava propósito à vida de ambos. Mas o melhor de tudo: Eva conhecia intimamente seu Criador e se encontrava face a face com ele todos os dias, junto com Adão. Era perfeito; mas, ainda assim, Eva imaginava... Então se decidiu: comeria do fruto! Eva aceitou a insinuação da serpente de que Deus estava escondendo algo dela. Nós, que ainda sofremos as consequências dessa decisão, ansiamos por gritar: “Não! Pare!”. E, nessa crise central de todos os tempos, Adão também escolheu comer do fruto proibido. A serpente introduziu uma pequenina ruptura de descontentamento que, se não fosse pela obra de Jesus Cristo, teria aberto o abismo perpétuo do desespero. O amor perfeito que permeava o Éden logo deixou de existir no mundo decaído; a mudança foi imediata. Adão e Eva lutaram para cobrir sua vergonha; sua união com Deus e um com o outro foi abalada. Eles descobriram tarde demais que haviam trocado tesouros inestimáveis por promessas vazias. Tome cuidado com o descontentamento. Todas nós enfrentamos a tentação de acreditar que existe algo melhor no mundo lá fora. Quando aceitamos essa crença, desprezamos aquele que nos proporciona a mais profunda intimidade e segurança. A vida neste mundo é cheia de defeitos. Nada e ninguém, a não ser Eva Deus, podem satisfazer o vazio pungente causado em nós pela (vida, vivente) Queda. Só o amor de Jesus é capaz de preencher o abismo entre Gênesis 2—3 o que é e o que deveria ser. Nunca retornaremos ao jardim. 2Coríntios 11.3 Mas aqueles que creem em Cristo o verão face a face num lugar 1Timóteo 2.13,14 melhor que o Éden. Você não deseja estar lá?

Ho m

GÊNESIS 1—2

em

em

ulher Gn 1.27-31

Tanto homens quanto

mulheres foram criados à imagem de Deus, de forma complexa e maravilhosa. Muitos já ouviram essa declaração e até mesmo a repetiram. A dificuldade

“Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também” (Gn 3.6).

surge quando se tenta definir o que de fato significa ser criado à imagem de Deus. A imagem de Deus envolve o aspecto espiritual, muito mais que o físico. Deus é um ser espiritual, e, por sermos seres humanos criados à sua

5

imagem, nós também o somos. O espírito humano é capaz de ter comunhão com o espírito divino. Homens criados à imagem de Deus são capazes de demonstrar características divinas: santidade, retidão e justiça. Os versículos a seguir (Gn 1.28-30) explicam a importância dessa imagem no contexto da criação. Os seres humanos foram moldados de maneira única para governar a criação, como portadores da GÊNESIS 28—29

Acredita-se que este hino

de Sarah Fuller Flower

Adams foi o hino de conforto tocado pela orquestra do Titanic enquanto o navio afundava. Mais perto quero estar

A

Mais perto quero estar, meu Deus, de ti! Ainda que seja a dor que me una a ti, GÊNESIS 5 Sempre hei de suplicar, mais perto estar. Descendênciaquero de Adão Mais perto quero estar, meu Deus, Este é o registro da descendência de Adão: ti! o homem, à semelhanQuando Deus de criou

5

D

esde a Queda, todos nós vivenciamos um [...] sentimento de perda, e nossos relacionamentos são manchados pela desconfiança e pelo medo. Mesmo nos momentos mais felizes e realizados da vida, nós, assim como Adão e Eva, ansiamos em segredo por algo maior. [...] Antes da Queda, tínhamos um lugar perfeito na terra e, agora, não temos mais. [...] Jesus declarou: ‘Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar’ (Jo 14.2). Essa é nossa esperança e nosso destino final. Até esse dia chegar, teremos uns ao outros. Aqui e agora, a única parte da eternidade que somos capazes de tocar é uns aos outros. Como filhos e filhas de Adão e Eva, temos a tendência de viver isolados, trancados nos muros invisíveis de nossa mente. Precisamos ir além dos nossos medos, pois necessitamos uns dos outros; bem ao nosso lado, existe outra alma que anseia por chegar ao lar, outra alma que nos pode ajudar a compreender os sinais ao longo do caminho, à medida que nos confere discernimento quando dela nos aproximamos. — Sheila Walsh

imagem de Deus e como seus representantes. Essa posição de

19 E deu o nome de Betel1 àquele lugar, embora a 28.19 pJz 1.23, 26 superioridade nos permite usar e cidade anteriormente se chamasse Luz.p desfrutar a criação, mas também 20 Então Jacó fez um voto,q dizendo: “Se Deus esti28.20 qGn 31.13; incorpora a responsabilidade de ver comigo, cuidar de mimr nesta viagem que estou Jz 11.30; fazendo, prover-me de comida e roupa, 21 e levar-me 2Sm 15.8 preservá-la e protegê-la. Pense por 15 o rv.instantes de volta em seguranças à casa de meu pai, então alguns em como você SENHOR será o meu Deus.t 22 E esta pedra que hoje 28.21 portadora da imagem do Deus sJz 11.31 coloquei como coluna servirá de santuário2é de tDt 26.17 Criador. Relacione um modo em Deus;u e de tudo o que me deres certamente te darei 28.22 o dízimo”.v que você desfruta a criação e uma

Jacó Encontra-se com Raquel

29

uGn

35.7, 14

forma vem que poderia preservá-la Gn 14.20; Lv 27.30

ou protegê-la.

Então Jacó seguiu viagem e chegou à Mesopotâmia3w. 2 Certo dia, olhando ao redor, viu um poço no campo e três rebanhos de ovelhas deitadas por perto, pois os rebanhos bebiam daquele poço, que era tapado por uma grande pedra. 3 Por isso, quando todos os rebanhos se reuniam ali, os pastores rolavam a pedra da boca do poço e davam água às ovelhas. Depois reco4 locavam a pedra em seu lugar, sobre o poço. 4 5.1 Jacó perguntou aos pastores: “Meus amigos, vGn 1.27; de onde são vocês?” Ef 4.24; de Harã”,x responderam. Cl“Somos 3.10 5 “Vocês conhecem Labão, neto de Naor?”, per5.2 guntou-lhes Jacó. wGn 1.27; MtEles 19.4; responderam: “Sim, nós o conhecemos”. Mc6 Então 10.6; Jacó perguntou: “Ele vai bem?” Gl 3.28 “Sim, vai bem”, disseram eles, “e ali vem sua 5.3 Raquel com as ovelhas.” filha xGn 1.26; 7 1CoDisse 15.49 ele: “Olhem, o sol ainda vai alto e não é hora de recolher os rebanhos. Deem de beber às 5.5 ovelhas e levem-nas de volta ao pasto”. yGn 3.19 8 Mas eles responderam: “Não podemos, enquanto os rebanhos não se agruparem e a pedra não for removida da boca do poço. Só então daremos de beber às ovelhas”. 9 Ele ainda estava conversando, quando chegou Raquel com as ovelhas de seu pai,y pois ela era pastora. 10 Quando Jacó viu Raquel, filha de Labão, irmão de sua mãe, e as ovelhas de Labão, aproximou-se, removeu a pedra da boca do poço e deu de beber às ovelhas de seu tio Labão.z 11 Depois Jacó beijou Raquel e começou a chorar bem alto.a 12 Então contou a Raquel que era parenteb do pai dela e filho de Rebeca. E ela foi correndo contar tudo a seu pai.c 13 Logo que Labãod ouviu as notícias acerca de 5.18 seu sobrinho, correu ao seu encontro, abraJacó, zJd 1.14 çou-o e o beijou. Depois, levou-o para casa, e Jacó contou-lhe tudo o que havia ocorrido. 14 Então Labão lhe disse: “Você é sangue do meu sangue4”.e

29.1 6.6, 33

wJz

E assim foi. 25 Deus fez os animais selvagens u de acordo com as suas espé cies, os reba nhos domésticos de acordo com as suas espécies, e os demais seres vivos da terra de acordo com as suas espécies. E Deus viu que ficou bom. 26 Então disse Deus: “Façamos v o homem à nossa imagem,w conforme a nossa semelhança. Dominex ele1 sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de toda a terra2 e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão”.

1.25 uJr 27.5

Notas de estudo

27 Criou

2

A Origem da Humanidade

4 Esta é a história das origens5 dos céus e da terra, no tempo em que foram criados: Quando o SENHOR Deus fez a terra e os céus, 5 ainda não tinha brotado nenhum arbusto no campo, e nenhuma planta havia germinado,h porque o SENHOR Deus ainda não tinha feito chover sobre a terra,i e também não havia homem para cultivar o solo. 6 Todavia brotava água6 da terra e irrigava toda a superfície do solo. 7 Então o SENHOR Deus formou o homem7 do pój da terrak e soprou em suas narinas o fôlegol de vida,m e o homem se tornou um ser vivente.n 1 2 3 5 6 7

1.26 vSl 100.3 wGn 9.6; Tg 3.9 xSl 8.6-8

Aproximadamente 1.700 notas de estudo sobre passagens e versículos específicos das Escrituras formam a espinha dorsal da Bíblia de Estudo Mulheres de Fé. Essas notas revelam informações contextuais e fornecem informações teológicas, sempre com o propósito de ajudar você a encontrar Deus em sua Palavra e de desfrutar um relacionamento mais íntimo com ele.

Deus o homem à sua imagem,y à imagem de Deus o criou; homem e mulher3z os criou.

28 Deus os abençoou e lhes disse: “Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra!a Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra”. 29 Disse Deus: “Eis que dou a vocês todas as plantas que nascem em toda a terra e produzem sementes, e todas as árvores que dão frutos com sementes. Elas servirão de alimentob para vocês. 30 E dou todos os vegetais como alimentoc a tudo o que tem em si fôlego de vida: a todos os grandes animais da terra4, a todas as aves do céu e a todas as criaturas que se movem rente ao chão”. E assim foi. 31 E Deus viu tudo o que havia feito,d e tudo havia ficado muito bom.e Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o sexto dia. Assim foram concluídos os céus e a terra, e tudo o que neles há. 2 No sétimo dia Deus já havia concluído a obraf que realizara, e nesse dia descansou. 3 Abençoou Deus o sétimo dia e o santificou,g porque nele descansou de toda a obra que realizara na criação.

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Citações

ça de Deusv o fez; 2 homem e mulherw os criou. Andando ele triste na solidão, Quando foram criados, osaqui abençoou e os chamou Homem1. Paz e descanso a mim teus braços 3 Aos 130 anos, Adão gerou um filho à sua dão. semelhança, conforme a sua imagem;x e deu-lhe Nas4 trevas vou sonhar, mais perto o nome de Sete. Depois que gerou Sete, Adão estar. viveu 800 anos equero gerou outros filhos e filhas. 5 Viveu ao todo Mais perto quero 930 anos e morestar, reu.y meu Deus, 6 Aos 105 anos, Sete gerou 2 Enos. 7 Depois de ti! que gerou Enos, Sete viveu 807 anos e gerou outros filhos e filhas. 8 Viveu ao todo 912 anos Minh’alma cantará a ti, Senhor! e morreu. E Enos em Betel alçará padrão 9 Aos 90 anos, 10 de gerou Cainã. Deamor. pois que Eu sempre rogar, gerou Cainã, Enos viveu hei 815deanos e mais gerouperto outros filhos e filhas. 11 Viveu ao todo 905 anos e morquero estar. reu. Mais perto quero estar, meu Deus, 12 Aos 70 anos, Cainã gerou Maalaleel. 13 Depois de ti! que gerou Maalaleel, Cainã viveu 840 anos e gerou outros filhos e filhas. 14 Viveu ao todo 910 anos e morreu.E, quando Cristo, enfim, me vier 15 Aos 65 anos, chamar, Maalaleel gerou Jarede. 16 Depois que gerou Jarede, Maalaleel viveu 830 Nos céus, com serafins irei morar. 17 anos e gerou outros filhos e filhas. Então me alegrarei perto de Viveu ti, meu ao todo 895 anos e morreu. Rei. 18 Aos 162 anos, Jarede gerou Enoque.z 19 Depois PertoJarede de ti, meu Rei,800 meuanos Deus, que gerou Enoque, viveu e gerou de ti!20 Viveu ao todo 962 anos outros filhos e filhas. e morreu. — Sarah Fuller Flower AdamsMatusa (1805–1848), 21 Aos 65 anos, Enoque gerou lém. 5.22 hino 187, Harpa cristã 22 Depois que gerou Matusalém, Enoque andou Oav.Casamento de Jacó 24; 17.1; com Deusa 300 anos e gerou outros filhos e filhas. GnJá6.9;fazia um mês que Jacó estava na casa de 23 Viveu ao todo 365 anos. 24 Enoque andou com 48.15; Mq 6.8; 15 quando este lhe disse: “Só por ser meu Labão, Deus;b e já não foi encontrado, pois Deus o havia Ml 2.6 1 28.19 Betel significa casa de Deus. arrebatado.c 25 Aos 187 anos, Matusalém gerou Lameque. 2 b5.24 v.28.22 22 Hebraico: será a casa. 29.1 Hebraico: à terra dos filhos do oriente. 26 Depois que gerou Lameque, Matusalém viveu 3 c2Rs 2.1, 11; 4 29.14 Hebraico: meu osso e minha carne. 46 782 anos e gerou outros filhos e filhas. 27 Viveu Hb 11.5 ao todo 969 anos e morreu. 28 Aos 182 anos, Lameque gerou um filho. 5.29 dGn 3.17; 29 Deu-lhe o nome de Noé e disse: “Ele nos aliviaRm 8.20 rá do nosso trabalho e do sofrimento de nossas mãos, causados pela terra que o SENHOR amaldiçoou”.d 30 Depois que Noé nasceu, Lameque viveu 595 anos e gerou outros filhos e filhas. 31 Viveu ao todo 777 anos e morreu. 32 Aos 500 anos, Noé tinha gerado Sem, Cam e Jafé.

1.27 y1Co 11.7 zGn 5.2; Mt 19.4*; Mc 10.6*

1.28 aGn 9.1, 7; Lv 26.9

1.29 104.14

bSl

1:30 104.14, 27; 145.15

cSl

1.31 104.24 4.4

dSl

e1Tm

2.2 fEx 20.11; 31.17; Hb 4.4* 2.3 gLv 23.3 Is 58.13

2.5 hGn 1.11 iSl 65.9-10

2.7

jGn kSl lJó

3.19 103.14 33.4 17.25 15.45*

mAt

n1Co

1.26 Hebraico: Dominem eles. 1.26 A Versão Siríaca diz sobre todos os animais selvagens da terra. 1.27 Hebraico: macho e fêmea. 1.30 Ou os animais selvagens 2.4 Hebraico: história da descendência; a mesma expressão aparece em 5.1; 6.9; 10.1; 11.10, 27; 25.12, 19; 36.1, 9 e 37.2. 2.6 Ou brotavam fontes; ou ainda surgia uma neblina 2.7 Os termos homem e Adão (adam) assemelham-se à palavra terra (adamah) no hebraico.

29.4 28.10

xGn

Diversas mulheres têm registrado o cerne de sua jornada cristã ao longo de muitos anos: compositoras de hinos do século XVIII, religiosas do século XIV, poetisas e escritoras, entre outras. Nesta Bíblia, você encontra citações de mulheres de todas as épocas, assim como alguns dos excelentes insights das oradoras do ministério Women of Faith [Mulheres de Fé], para fornecer encorajamento a sua caminhada. 29.9 2.16

yEx

29.10 2.17

zEx

29.11 aGn 33.4

29.12 13.8; 14.14, 16 24.28

bGn cGn

29.13 dGn 24.29

29.14 eGn 2.23; Jz 9.2; 2Sm 19.12-13

A Corrupção da Humanidade

6

Quando os homens começaram a multiplicarse na terrae e lhes nasceram filhas, 2 os filhos de Deus viram que as filhas dos homens eram bonitas, e escolheram para si aquelas que lhes agradaram. 3 Então disse o SENHOR: “Por causa da 1 2

12

xiii

5.2 Hebraico: Adam. 5.6 Gerar pode ter o sentido de ser ancestral; também nos versículos 7-26.

6.1 eGn 1.28 6.3 fIs 57.16 gSl 78.39

A genealogia de Jesus (segundo Mateus)

Abraão (Sara) Isaque (Rebeca) Jacó (Lia) Judá (Tamar) Perez (desconhecida) Esrom (desconhecida) Arão (desconhecida) Aminadabe (desconhecida) Naassom (desconhecida) Salmom (desconhecida) Boaz (Rute) Obede (desconhecida) Jessé (desconhecida) Davi (Bate-Seba) Salomão (Naamá) Roboão (Maaca) Abias (desconhecida) Asa (Azuba) Josafá (desconhecida) Jeorão (Atalia) Uzias (Jerusa) Jotão (desconhecida) Acaz (Abia) Ezequias (Hefzibá) Manassés (desconhecida) Amom (Jedida) Josias (Zebida) Jeconias (desconhecida) Salatiel (desconhecida) Zorobabel (desconhecida) Abiúde (desconhecida) Eliaquim (desconhecida) Azor (desconhecida) Sadoque (desconhecida) Aquim (desconhecida) Eliúde (desconhecida) Eleazar (desconhecida) Matã (desconhecida) Jacó (desconhecida) José (Maria)

J

As mulheres na árvore genealógica de Jesus As ancestrais de Jesus formam uma longa linhagem de mulheres fiéis e tementes a Deus, cuja vida serve de inspiração à esperança e à fé. Todas as mulheres participantes da árvore genealógica de Jesus são apresentadas nesta seção.

Auxílios de estudo Incluímos uma concordância bíblica, um sistema de referência nas colunas centrais e mapas para auxiliar você em seus estudos.

ESUS

À medida que você lê e estuda a Bíblia de Estudo Mulheres de Fé, nosso desejo é que seu conhecimento acerca das verdades bíblicas aumente, que a atuação do Espírito Santo leve-a a mudanças em sua vida e que sua caminhada com Deus se torne mais próxima e íntima. O ministério Women of Faith ajuda as mulheres a crescer nas esferas emocional, espiritual e relacional. Desde 1996, as conferências desenvolvidas por esse ministério têm sido recebidas com entusiasmo por mais de 1 milhão de mulheres.

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Agradecimentos e colaboradoras Tive o privilégio de estar envolvida no desenvolvimento da Bíblia de Estudo Mulheres de Fé desde a concepção do projeto, em 1996, primeiro como editora no departamento de Bíblias da Zondervan e depois como editora geral desta Bíblia de estudo. Em novembro daquele ano, cerca de dez pessoas se reuniram para planejar o projeto e orar por ele. Levaria mais um ano até que as ideias começassem de fato a tomar forma e outro ano ainda para que elas se consolidassem. Hoje, depois de diversas horas de planejamento, escrita, formatação, revisão e oração, a Bíblia de Estudo da Mulher de Fé é uma realidade. Assumi a responsabilidade de editora geral porque acredito me encaixar nessa tarefa — não em primeiro plano por qualquer título acadêmico, experiência ou habilidade —, mas porque eu sou você, esposa e mãe. Sou uma leitora e uma estudiosa da Bíblia. Vou à igreja, frequento pequenos grupos de estudo da Bíblia e valorizo o que aprendo nesses lugares. Eu me aproximo de meus amigos em atitude de oração quando estou em lutas e encontro auxílio. Cozinho, lavo louça, preencho cheques, abraço meus filhos e netos, saio de férias de vez em quando e, bem, você já conhece esse cenário. Há muitas pessoas a quem preciso agradecer o envolvimento nesta obra. Aqui estão elas, sem nenhuma ordem específica, com exceção do inicial, que merece ser sempre o primeiro e o último. Sou grata: A nosso Deus e Salvador, Jesus Cristo. Sua presença abençoou cada etapa deste trabalho. Sem seu toque, nossos esforços teriam sido inúteis. Às pessoas da organização Women of Faith. Por meio da palavra escrita e do ministério de conferências, são uma grande inspiração. A meus amigos do “círculo de cuidado cristão” da igreja. Vocês apoiaram esta obra com seu incentivo e com suas orações. Minha gratidão especial aos guerreiros de oração desse grupo. Vocês sabem quem são. A John, meu marido e melhor amigo. Você é minha fonte de encorajamento, sorridente mesmo quando meu rosto franzia com o peso do trabalho. A minhas editoras na Zondervan, Catherine DeVries e Shari TeSlaa. Vocês foram graciosas e diligentes, capazes de transformar esta obra do nível mediano ao nível excelente. A Natalie Block. Obrigada pela disposição em ir além de sua zona de conforto e aceitar a enorme tarefa de escrever os 52 estudos bíblicos “Comunhão com Deus”. Sua sinceridade e seu trabalho árduo me fortaleceram. Às mulheres que aceitaram com espírito voluntário e avidez a responsabilidade de escrever as mais

de 1.700 notas de estudo. A maior parte de vocês eu só conheço por e-mail. Mas que equipe maravilhosa! São companheiras de estudo da Palavra e escreveram de coração. Ao fazerem isso, tocaram o meu também. A Sarah Hupp. Sua contribuição com a elaboração das introduções aos livros da Bíblia foi indispensável. A Mary Guenther. Seu trabalho nas descrições das personagens bíblicas trouxe vida a essas mulheres de uma forma que eu nunca havia experimentado. Ainda não a conheci pessoalmente, mas já a chamo de amiga. A Andrew Sloan e Mike Klassen, os revisores teológicos. O conhecimento teológico de vocês foi parte integral e indispensável de tornar esta obra acessível e, acima de tudo, precisa. A Ruth DeJager. Sua experiência em planejamento foi essencial, não só do ponto de vista bíblico, mas também da compreensão das alegrias e tristezas da vida de uma mulher de Deus. A minha filha Holly Grate. Sua ajuda com a organização dos dados tornou meu trabalho muito mais agradável e eficiente.

Trabalho no meio editorial cristão desde o início da década de 1970 e com a publicação de Bíblias desde o início dos anos 1980. Eu já “fiz de tudo”. Não falo isso por orgulho, mas para revelar minhas próprias imperfeições. No papel de editora de Bíblias na Zondervan, muitas vezes incentivei um editor geral ou escritor com as seguintes palavras de alegre ignorância: “Você consegue! É só começar! Nós ajudaremos. Deus estará com você!”, sem conhecer o imenso peso da página em branco quando toda uma Bíblia anotada necessita ser compilada, editada, revisada e conferida mais uma vez. Peço humildes desculpas. Hoje reconheço mais do que nunca a necessidade da mão e do auxílio divino. Muitas vezes agonizei em oração, reconhecendo que esta é uma obra de Deus, não de um grupo de pessoas, por mais versadas nas Escrituras e hábeis para escrever que sejam. Ninguém é capaz de fazer aquilo que somente o Espírito Santo pode realizar. Portanto, concluo com o desejo de que Deus ponha seu fôlego de vida nesses esforços, que a voz dele seja ouvida por meio da nossa e que a Bíblia de Estudo da Mulher de Fé gere crescimento espiritual em sua vida e transforme você em uma verdadeira mulher de fé.

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xv EDITORA GERAL

Autora do best-seller Elas: 52 mulheres que marcaram a história do povo de

Jean e. Syswerda Deus (escrito em coautoria com Ann Spangler). Jean é consultora editorial

e de publicações, ex-editora e editora associada do departamento de Bíblias da Zondervan. Durante o tempo em que contribuiu para a Zondervan, foi responsável por Bíblias de extrema popularidade, como a Bíblia Devocional da Mulher NVI [publicada pela Editora Vida], a NIV Adventure Bible e NIV Teen Study Bible. Ela e o esposo vivem em Allendale, Michigan.

INTRODUÇÕES AOS LIVROS DA BÍBLIA

Escritora e editora. Autora de diversos livros, incluindo God Bless Your Marriage

Sarah M. Hupp e Pequeno Manual de histórias de Deus sobre Jesus. Sarah aprecia a companhia de seus três animais de estimação, dois filhos e o marido, com quem está casada há mais de quarenta anos.

Escritora e editora. Seu desejo é que as mulheres vivenciem o profundo amor de Jesus por meio da Palavra e do toque do Espírito. Natalie mora em Belmont, Natalie J. Block Michigan, com o marido. O casal tem duas filhas.

ESTUDOS BÍBLICOS “COMUNHÃO COM DEUS”

DESCRIÇÕES DE PERSONAGENS

Ex-gerente editorial do ministério Promise Keepers. Mary é escritora, mora em

Mary e. Guenther Nashville. Tem dois filhos e quatro netos.

NOTAS DE ESTUDO

BETH LUEDERS

EVELYN BENCE

Dona da MacBeth Communications, empreendimento especializado em escrita e edição. Beth é jornalista premiada que já viajou por 17 países para falar sobre a obra de Deus na vida das mulheres. Escreve para várias publicações e é coautora de Celebrations of Faith.

Autora de Prayers for Girlfriends and Sisters and Me, da Bíblia de estudo Women of Faith Knowing God’s Will e do premiado romance bíblico Mary’s Journal. SALLY T. BREEDLOVE Esposa de pastor, mãe de cinco filhos, dos quais dois são casados. Sally dedica seu tempo a comunicar o amor do coração de Deus a mulheres por meio de um ministério oral e escrito. JUDITH COUCHMAN Autora, oradora, líder de seminários. Judith escreve estudos bíblicos, devocionais e livros para mulheres e as incentiva a aplicar as verdades de Deus em sua vida. Contribuiu de maneira significativa para a NIV Promises of God Bible. Mora no Colorado. TRICIA GOYER Escritora de mais de 100 artigos e coautora de Mealtime Moments. Esposa e mãe de três filhos, Tricia vive em Montana, é professora no departamento infantil de sua igreja e codirige um centro de alívio a crises durante a gravidez. JANET KOBOBEL GRANT Ex-editora da Zondervan e gerente editorial de livros da Focus on the Family. Autora de quatro estudos bíblicos da série de estudos Women of Faith [Mulheres de fé]. Janet é mestre em Estudos da Bíblia. Ela coleciona livros de receitas e até cozinha de vez em quando.

SHARI MACDONALD Autora cujas obras inclui Our God Reigns: The Stories Behind Your Favorite Praise and Worship Songs, escrita em coautoria com Phil Christensen, além de vários romances cristãos. Ela e o esposo, o fotojornalista Craig Strong, vivem em Oregon. TRACI MULLINS Presidente da Eclipse Editorial Services, empresa que oferece serviços de edição, escrita colaborativa e consultoria a diversos autores e editoras. Ex-editorachefe na Piñon Press e editora-chefe de aquisições na NavPress, Traci já editou mais de 150 livros e escreveu cinco, incluindo dois estudos bíblicos da série de estudos Women of Faith [Mulheres de fé]. Mora em Colorado Springs. KAREN O’CONNOR Oradora em retiros espirituais, professora de Bíblia e autora premiada de Basket of Blessings, Squeeze the Moment e de outros livros cristãos. Karen é esposa, mãe e avó. Mora na Califórnia. PAULA RINEHART

Autora e coautora de 30 pequenos guias de estudo em grupo e de mais de 100 artigos. É diretora do ministério infantil de sua igreja. É casada, mãe de três meninos e mora em Michigan.

Conselheira e autora de cinco livros, entre eles Strong Women, Soft Hearts. Paula mora com o esposo e os dois filhos na Carolina do Norte. Trabalhou com o grupo The Navigators por mais de vinte e cinco anos.

SHARON A. HERSH

JOAN C. WEBB

Terapeuta profissional e autora de BRAVE HEARTS: Unlocking the Courage to Love with Abandon. Ela e o esposo são oradores do Family Life, ministério mundial de cruzadas universitárias. Vivem em Littleton, Colorado.

Professora de Bíblia e autora de seis livros, entre eles The Intentional Woman. É diretora internacional do grupo Family to Family e viaja regularmente para o Oriente Médio e a Ásia Central. É esposa, mãe e avó. Mora no Arizona.

SHERRY L. HARNEY

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Prefácio à Nova Versão Internacional A Nova Versão Internacional (NVI) da Bíblia é a mais recente tradução das Escrituras Sagradas em língua portuguesa a partir das línguas originais. A realização deste empreendimento tornou-se possível pelos esforços da Sociedade Bíblica Internacional, que em 1990 reuniu uma comissão de estudiosos dedicados a um projeto de quase uma década. Milhares de horas foram gastas no trabalho individual e em grupo. Muitas foram as reuniões da comissão realizadas em São Paulo, Campinas, Atibaia, Caraguatatuba, Curitiba, São Bento do Sul, Miami, Dallas, Denver e Colorado Springs. Quase vinte estudiosos de diferentes especialidades teológicas e linguísticas empreenderam o projeto de tradução da NVI. Esses peritos representavam os mais diferentes segmentos denominacionais; todos, porém, plenamente convictos da inspiração e da autoridade das Escrituras Sagradas. À erudição representada pela Comissão da NVI, além da diversidade teológica e regional (de várias partes do Brasil), aliou-se o que há de mais elevado em pesquisas teológicas e linguísticas disponíveis atualmente em hebraico, alemão, inglês, holandês, espanhol, italiano, francês e português. Dezenas de comentários, dicionários, obras de consulta e modernos softwares foram consultados durante o projeto. A também diversidade do grupo de tradutores muito contribuiu para a qualidade da nova tradução. Formou-se uma comissão composta de tradutores brasileiros e estrangeiros (teólogos de vários países: eua, Inglaterra, Holanda), três de seus membros residindo fora do Brasil (eua, Israel e Portugal). Convém também ressaltar que dezenas de outras pessoas participaram no auxílio direto ou indireto ao projeto, nas mais diversas tarefas. O propósito dos estudiosos que traduziram a NVI foi somar à lista das várias traduções existentes em português um texto novo que se definisse por quatro elementos fundamentais: precisão, beleza de estilo, clareza e dignidade. Sem dúvida alguma, a língua portuguesa é privilegiada pelo fato de contar com tantas boas traduções das Escrituras Sagradas. A NVI pretende fazer coro a tais esforços, prosseguindo a tarefa de transmitir a Palavra de Deus com fidelidade e com clareza, reconhecendo ao mesmo tempo a necessidade de uma nova tradução das Escrituras em português. Essa necessidade comprova-se particularmente em razão de dois fatores: 1. 2.

a dinâmica de transformação constante da linguagem, tanto no vocabulário como na organização de frases (sintaxe). o aperfeiçoamento científico no campo da arqueologia bíblica, do estudo das línguas originais e de línguas cognatas, da crítica textual e da própria ciência linguística.

A NVI define-se como tradução evangélica, fiel e contemporânea. Não se trata de tradução literal do texto bíblico, muito menos de mera paráfrase. O alvo da NVI é comunicar a Palavra de Deus ao leitor moderno com tanta clareza e impacto quanto os exercidos pelo texto bíblico original entre os primeiros leitores. Por essa razão, alguns textos bíblicos foram traduzidos com maior ou menor grau de literalidade, levando sempre em conta a compreensão do leitor. O texto da NVI não se caracteriza por alta erudição vernacular, nem por um estilo muito popular. Regionalismos, termos vulgares, anacronismos e arcaísmos foram também deliberadamente evitados. Quanto ao texto original, a NVI baseou-se no trabalho erudito mais respeitado em todo o mundo na área da crítica textual, tanto no caso dos manuscritos hebraico e aramaico do Antigo Testamento (AT) como no caso dos manuscritos gregos do Novo Testamento (NT). Não obstante, a avaliação das opções textuais nunca foi acrítica. Estudiosos da área poderão constatar que, tanto nas notas de rodapé como no texto bíblico, a comissão foi criteriosa e sensata em sua avaliação. O processo de tradução importou inicialmente no trabalho individual dos tradutores, que sempre se submeteram à visão da Comissão e às suas diretrizes. As questões gerais, mais difíceis e teologicamente

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muito relevantes, sempre foram discutidas e avaliadas em conjunto, para que fossem consideradas de todos os ângulos e não refletissem nenhuma perspectiva particular. Os enfoques teológico, linguístico, histórico, eclesiástico e estilístico sempre encontraram espaço na avaliação das decisões do grupo. Com o propósito de melhor apresentar o perfil da NVI, queremos enumerar suas peculiaridades: 1.

Fluência de linguagem

Em razão da grande diferença entre a sintaxe do português atual e a das línguas originais, a NVI entende não ser possível comunicar de modo adequado a Palavra de Deus prendendo-se à estrutura frasal do hebraico, do aramaico e do grego. Por essa razão, os versículos são organizados em períodos menores, pontuados conforme as exigências da língua portuguesa e apresentando uma fluência de leitura da qual a Bíblia é digna. 2.

Nível da linguagem

O nível de linguagem da NVI prima ao mesmo tempo pela dignidade e pela compreensão. Trata-se de uma versão útil para o estudo aprofundado, para a leitura pessoal, para a leitura pública e para a evangelização. É muito importante destacar que o nível de formalidade da linguagem foi definido de acordo com o contexto. Para exemplificar, lembramos ao leitor que o tratamento de um servo para com o rei deve necessariamente ser diferente daquele utilizado pelos servos entre si. 3.

Imparcialidade teológica

Por ser versão evangélica, a NVI procura apresentar uma tradução livre de interpretações particulares e denominacionais. No que diz respeito a questões menores que marcam a diversidade do mundo evangélico, a NVI não se permitiu traduzir nenhum texto bíblico com a intenção de ajustá-lo à doutrina particular de qualquer denominação ou corrente teológica. 4.

Atenção aos diferentes gêneros de composição

Além da divisão em versículos, comum a todas as traduções da Bíblia, a NVI também organiza o texto bíblico seguindo padrões já estabelecidos de estruturação textual. O leitor encontrará a divisão em parágrafos, muito importante para a subdivisão do texto em unidades menores completas, e a diagramação diferenciada dos gêneros básicos de composição do texto bíblico. Os estilos narrativo, poético e epistolar apresentam diagramação distinta, facilmente identificável em cada caso. 5.

Honestidade científica

Nem sempre a melhor tradução será a mais aceita. Em alguns textos haverá leitores que acharão a tradução da NVI muito diferente. Todavia, conscientes da responsabilidade de traduzir fielmente as Escrituras, os membros da Comissão da NVI preferiram seguir o sentido do original, ainda que alguns venham a estranhar a nova tradução. Nos casos em que o texto original apresenta dificuldades especiais de tradução ou permite mais de uma forma de verter o texto, foram incluídas notas de rodapé com a informação necessária. 6.

Riqueza exegética

Muitos textos bíblicos, quando avaliados mais profundamente à luz da linguística e da exegese, transmitem seu conteúdo com muito mais clareza e impacto. O leitor poderá verificar na leitura da NVI a riqueza exegética da tradução. Muitos textos explicitarão mais nitidamente o campo semântico de determinadas palavras, bem como a função de certas construções gramaticais para o benefício de todos. 7.

Notas de rodapé

As notas de rodapé são frequentes na NVI. Tais notas enriquecedoras atendem a várias necessidades: a) tratam de questões de crítica textual, isto é, de leituras alternativas nas línguas originais; b) apresentam traduções alternativas; c) oferecem explicações; e, d) mostram qual seria a opção literal de tradução. Não há dúvida de que permitirão ao leitor uma compreensão muito maior do texto sagrado. 8.

Pesos e medidas

Levando em conta as diferenças culturais entre o mundo atual e o mundo bíblico, a NVI traduziu os pesos e as medidas do texto sagrado levando em conta o leitor de hoje. Portanto, o

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PreFáCio à Nova versão INterNacIoNal

sistema métrico decimal foi utilizado para tornar claras as distâncias. Também as medidas de peso e de capacidade receberam equivalentes contemporâneos. 9. A relação com a New International Version (NIV) A NVI segue o mesmo ponto de partida da NIV, versão em língua inglesa reconhecida internacionalmente. A filosofia de tradução é muito semelhante. Todavia, não se deve imaginar que a variante anglófona foi a única fonte de referência da NVI. Muito da contribuição exegética da versão irmã em língua inglesa foi incorporada à NVI. No entanto, a Comissão de Tradução da NVI preferiu em muitos textos opções exegéticas bem distintas da versão inglesa. Jamais houve dependência obrigatória da NVI em relação à NIV (ou em relação a qualquer outra versão estrangeira) em qualquer âmbito: teológico, exegético, hermenêutico etc. Estamos conscientes de que a Nova Versão Internacional terá imperfeições e dificilmente terá atingido todos os seus alvos. No entanto, estamos certos de que essa tradução será uma grande bênção para todos os falantes da língua portuguesa em todos os continentes em que ela marca a sua presença. Se milhões de vidas forem abençoadas, compreendendo melhor a Revelação escrita de Deus aos homens e conhecendo de modo profundo a bendita pessoa de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, nosso propósito terá sido alcançado. COMISSÃO DE TRADUÇÃO

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Antigo Testamento

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Est e

r A preservação do povo de Deus.

O nome de Deus não é mencionado nesse relato histórico dos acontecimentos que levaram à instituição da festa judaica do Purim. Todavia, a atuação divina nos bastidores é inquestionável à medida que dois judeus fiéis arriscaram a própria vida para salvar

Rápido estudo Autoria Desconhecida. Data de composição Entre 460 e 350 a.C. Cenário Pérsia. Texto-chave Ester 4.14 “Quem sabe se não foi para um momento como este que você chegou à posição de rainha?”.

o povo que vivia no exílio na Pérsia. Ester ficou em evidência quando o rei persa a escolheu para ser a nova rainha. Ester corajosamente ouviu o conselho de seu primo e frustrou a conspiração de um nobre racista. Por meio da providência divina, a situação se inverteu, e o povo de Deus foi poupado. Esse perfil da coragem de Ester contém lições atemporais. Deslumbramo-nos com a ousada indisposição de Vasti em ser explorada pelo esposo, mesmo que ele fosse o rei (Et 1). Sentimos alegria diante dos atos altruístas do parente cuidadoso que adotou Ester e a tratou como filha (Et 2.5-7). Gostamos de ler sobre a rotina de beleza de Ester (Et 2.8,9). Sua aceitação do conselho de Mardoqueu consiste num modelo esplêndido da importância de ouvir mentores espirituais e de aprender com eles (Et 4.12-17). E nos maravilhamos com a disposição de Ester em arriscar a própria vida a fim de usar sua inf luência com o rei para ajudar seu povo (Et 5.1—8.9). Por fim, a rainha Ester instituiu a celebração do Purim para manter viva a memória da preservação dos judeus (Et 9.17-32). Também temos motivos de sobra para celebrar quando reconhecemos a mão de Deus no curso dos eventos que moldam nossa existência. O Senhor cuidou de Ester e cuidará de nós também.

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Esboço Deposição da rainha Vasti. Et 1

Ester se torna rainha. Et 2.1-18

Mardoqueu descobre uma conspiração. Et 2.19-23

Hamã trama uma intriga. Et 3

Os atos corajosos de Ester.

As mulheres de Ester

G Vasti G Ester Zeres

Deposta da posição de rainha por sua recusa. Et 1; 2.1 (p. 1343)

A heroína da história. Et 2.7—9.32 (p. 1344) A astuta esposa de Hamã. Et 5.10,14; 6.13

Et 4—7

O rei publica um novo decreto. Et 8

Os judeus se salvam. Et 9.1-17

Instituição da festa do Purim. Et 9.18-32

Mardoqueu é honrado. Et 10

G Significa que há um esboço sobre essa personagem. BEMF_03_Historicos.indb 783

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Re cu

ESTER 1

s

bedecer mo e a

Et 1.1-17

A recusa de Vasti em obedecer a uma ordem do rei levou à história de Ester. O autor nos dá poucas pistas para nos ajudar a avaliar a decisão de Vasti. Alguns estudiosos da Bíblia acreditam que ela violou a aliança do casamento com essa recusa. Outros encaram seu dilema por uma perspectiva muito diferente. Talvez a festa do rei fosse pouco mais que uma confusão de bêbados e ele apenas desejasse exibi-la como seu melhor prêmio. É possível que ela tivesse de entrar trajando apenas a coroa, ou devesse aparecer sem o véu (algo vergonhoso naquela cultura). De todo modo, Vasti sabia que, se desfilasse perante um grupo de homens bêbados, seria vista apenas como um objeto de luxúria. Atos 4.13-21 revela de forma clara que há situações em que os propósitos divinos e humanos estão em oposição. Nesses casos, devemos escolher o caminho de Deus. Isso não significa, porém, que seremos protegidas das consequências da decisão de agir com retidão diante do mal. Vasti perdeu a posição de rainha quando se recusou a aparecer como fora ordenado. (Confira a descrição da personagem Vasti na p. 1343.)

A Rainha Vasti Afronta o Rei

1

Foi no tempo de Xerxes1,a que reinou sobre cento e vinte e sete províncias,b desde a Índia até a Etiópia2.c 2 Naquela época o rei Xerxes reinava em seu trono na cidadela de Susã3d e, no terceiro ano do seu reinado, deu um banquetee a todos os seus nobres e oficiais. Estavam presentes os líderes militares da Pérsia e da Média, os príncipes e os nobres das províncias. 4 Durante cento e oitenta dias ele mostrou a enorme riqueza de seu reino e o esplendor e a glória de sua majestade. 5 Terminados esses dias, o rei deu um banquete no jardim internof do palácio, de sete dias,g para todo o povo que estava na cidadela de Susã, do mais rico ao mais pobre. 6 O jardim possuía forrações em branco e azul, presas com cordas de linho branco e tecido roxo, ligadas por anéis de prata a colunas de mármore. Tinha assentosh de ouro e de prata num piso de mosaicos de pórfiro, mármore, madrepérola e outras pedras preciosas. 7 Pela generosidade do rei,i o vinho real era servido em grande quantidade, em diferentes taças de ouro. 8 Por ordem real, cada convidado tinha permissão de beber o quanto desejasse, pois o rei tinha dado instruções a todos os mordomos do palácio que os servissem à vontade. 9 Enquanto isso, a rainha Vasti também oferecia um banquetej às mulheres, no palácio do rei Xerxes. 10 No sétimo dia, quando o rei Xerxes já estava alegrek por causa do vinho,l ordenou aos sete oficiais que o serviam — Meumã, Bizta, Harbona,m Bigtá, Abagta, Zetar e Carcas — 11 que trouxessemn à sua presença a rainha Vasti, usando a coroa real. Ele queria mostrar aos seus súditos e aos nobres a beleza dela,o pois era de fato muito bonita. 12 Quando, porém, os oficiais transmitiram a ordem do rei à rainha Vasti, esta se recusou a ir, e o rei ficou furioso e indignado.p 13 Como era costume o rei consultar especialistas em questões de direito e justiça, ele mandou chamar os sábios que entendiam das leis 14q e que eram muito amigos do rei: Carsena, Setar, Adamata, Társis, Meres, Marsena e Memucã; eles eram os sete nobresr da Pérsia e da Média que tinham acesso direto ao rei e eram os mais importantes do reino. 15 O rei lhes perguntou: “De acordo com a lei, o que se deve fazer à rainha Vasti? Ela não obedeceu à ordem do rei Xerxes transmitida pelos oficiais”. 16 Então Memucã respondeu na presença do rei e dos nobres: “A rainha Vasti não ofendeu somente o rei, mas também todos os nobres e os povos de todas as províncias do rei Xerxes, 17 pois a conduta da rainha se tornará conhecida por todas as mulheres, e assim também elas desprezarão seus maridos e dirão: ‘O rei Xerxes ordenou que a rainha Vasti fosse à sua presença, mas ela não foi’. 18 Hoje mesmo as mulheres persas e medas da nobreza que ficarem sabendo do comportamento da rainha agi1

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2

1.1 aEd 4.6; Dn 9.1 bEt 9.30; Dn 3.2; 6.1 cEt 8.9 1.2 dEd 4.9; Ne 1.1; Et 2.8 1.3 e1Rs 3.15; Et 2.18 1.5 fJz 14.17 g2Rs 21.18; Et 7.7-8 1.6

hEt

7.8; Ez 23.41; Am 3.12; 6.4

1.7 iEt 2.18; Dn 5.2 1.9

j1Rs

3.15

1.10 kJz 16.25; Rt 3.7 lGn 14.18; Et 3.15; 5.6; 7.2; Pv 31.4-7; Dn 5.1-4 mEt 7.9 1.11 2.4 45.11; Ez 16.14 nCt oSl

1.12 pGn 39.19; Et 2.21; 7.7; Pv 19.12 1.13

q1Cr

12.32; Jr 10.7; Dn 2.12 1.14

r2Rs

25.19; Ed 7.14

1.18 19.13; 27.15

sPv

1.1 Hebraico: Assuero, variante do nome persa Xerxes. 1.1 Hebraico: Cuxe.

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1.22 13.24; Et 8.9; Ef 5.22-24; 1Tm 2.12 vNe

rão da mesma maneira com todos os nobres do rei. Isso provocará desrespeito e discórdias sem fim. 19 “Por isso, se for do agrado do rei,t que ele emita um decreto real e que seja incluído na lei irrevogávelu da Pérsia e da Média, determinando que Vasti nunca mais compareça na presença do rei Xerxes. Também dê o rei a sua posição de rainha a outra que seja melhor do que ela. 20 Assim, quando o decreto real for proclamado em todo o seu imenso domínio, todas as mulheres respeitarão seus maridos, do mais rico ao mais pobre”. 21 O rei e seus nobres aceitaram de bom grado o conselho, de modo que o rei pôs em prática a proposta de Memucã. 22 Para isso, enviou cartas a todas as partes do reino, a cada província e a cada povo, em sua própria escrita e em sua própria língua,v proclamando que todo homem deveria mandar em sua própria casa.

A Coroação da Rainha Ester

2.1 wEt 1.19-20; 7.10

2.5 9.1; Et 3.2

x1Sm

2.6 24.6,15; 2Cr 36.10,20 zDn 1.1-5; 5.13

y2Rs

aGn

2.7 41.45 39.6

bGn

2.8 3,15; Ne 1.1; Et 1.2; Dn 8.2

cv.

2.9 39.21 3,12; Gn 37.3; 1Sm 9.22-24; 2Rs 25.30; Ez 16.9-13 Dn 1.5 dGn

ev.

2.10 20

fv.

2

Algum tempo depois, quando cessouw a indignação do rei Xerxes, ele se lembrou de Vasti, do que ela havia feito e do que ele tinha decretado contra ela. 2 Então os conselheiros do rei sugeriram que se procurassem belas virgens para o rei 3 e que se nomeassem comissários em cada província do império para trazerem todas essas lindas moças ao harém da cidadela de Susã. Elas estariam sob os cuidados de Hegai, oficial responsável pelo harém, e deveriam receber tratamento de beleza. 4 A moça que mais agradasse o rei seria rainha em lugar de Vasti. Esse conselho agradou o rei, e ele o pôs em execução. 5 Nesse tempo vivia na cidadela de Susã um judeu chamado Mardoqueu, da tribo de Benjamim, filho de Jair, neto de Simei e bisneto de Quis.x 6 Ele fora levado de Jerusalém para o exílio por Nabucodonosor, rei da Babilônia, entre os que foram levados prisioneiros com Joaquim1y, rei de Judá.z 7 Mardoqueu tinha uma prima chamada Hadassa, que havia sido criada por ele, por não ter pai nem mãe. Essa moça, também conhecida como Ester,a era atraenteb e muito bonita, e Mardoqueu a havia tomado como filha quando o pai e a mãe dela morreram. 8 Quando a ordem e o decreto do rei foram proclamados, muitas moças foram trazidas à cidadela de Susãc e colocadas sob os cuidados de Hegai. Ester também foi trazida ao palácio do rei e confiada a Hegai, encarregado do harém. 9 A moça o agradou e ele a favoreceu.d Ele logo lhe providenciou tratamento de beleza e comida especial.e Designou-lhe sete moças escolhidas do palácio do rei e transferiu-a, junto com suas jovens, para o melhor lugar do harém. 10 Ester não tinha revelado a que povo pertencia nem a origem da sua família, pois Mardoqueu a havia proibido de fazê-lo.f 11 Diariamente ele caminhava de um lado para outro perto do pátio 1

2.6 Hebraico: Jeconias, variante de Joaquim.

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ão

Et 2.7

Ad

1.19 tEc 8.4 uEt 8.8; Dn 6.8,12

ESTER 1—2

Mardoqueu e sua prima Ester faziam parte da comunidade judaica na Pérsia e, por isso, não tinham nenhum status na sociedade. Mardoqueu pertencia à tribo de Benjamim, e seus familiares foram levados para o cativeiro junto com o rei Joaquim (2Rs 24.8-17; Et 2.5,6). É possível que sua família estivesse ligada à nobreza de Israel. Embora não conheçamos muito sobre sua ascendência, sabemos bastante acerca de seu caráter. Ele foi compassivo ao criar uma prima órfã. A lei hebraica não legislava sobre a adoção, mas a adoção por parentes era um costume estabelecido no Oriente Médio. Deus ordenou que seu povo demonstrasse misericórdia aos órfãos e viúvas (Êx 22.22-24). É possível que Abraão tenha adotado seu servo Eliézer (Gn 15.2,3), e Jacó adotou dois de seus netos como filhos (Gn 48.5). Além disso, o Senhor compara seu relacionamento com Israel ao de um pai que adota uma criança (Êx 4.22; Jr 3.19).

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Tra ta

ESTER 2—3

m

o ent

de beleza Et 2.12

Enxergamos, por meio da conduta de Ester, um viver justo em meio a circunstâncias perturbadoras. Ester não teve escolha, a não ser entrar para o harém do rei. Ela foi sujeita a, no mínimo, um ano de competição para se tornar a próxima esposa do rei. Registros escritos antigos descrevem mulheres passando por programas extensivos de embelezamento: purificações rituais, retirada de pelos da sobrancelha e do corpo, pintura de mãos e pés com hena, aplicação de misturas de cremes para clarear a pele e remover manchas, maquiagem do rosto e uso de perfume no corpo. Certamente os ciúmes e as briguinhas de um grande grupo de mulheres concentradas apenas na aparência e no charme pessoal foram exaustivos para o espírito de Ester. Além disso, a necessidade de guardar segredo (Et 2.10) tornava sua posição ainda mais difícil. Por fim, por ser judia, Ester era proibida de comer certos alimentos, de casar-se com um estrangeiro e de manter relações sexuais com um homem que não fosse seu marido. No entanto, as circunstâncias a forçaram a situações que consistiam em violações às leis de Deus. Ester acabou envolta em situações políticas que fugiam a seu controle — mas tudo para uma boa causa. (Confira a descrição da personagem Ester na p. 1344.)

do harém para saber como Ester estava e o que lhe estava acontecendo. 12 Antes de qualquer daquelas moças apresentar-se ao rei Xerxes, devia completar doze meses de tratamento de beleza prescritos para as mulheres: seis meses com óleo de mirra e seis meses com perfumesg e cosméticos. 13 Quando ia apresentar-se ao rei, a moça recebia tudo o que quisesse levar consigo do harém para o palácio do rei. 14 À tarde ela ia para lá e de manhã voltava para outra parte do harém, que ficava sob os cuidados de Saasgaz, oficial responsável pelas concubinas.h Ela não voltava ao rei, a menos que dela ele se agradasse e a mandasse chamar pelo nome.i 15 Quando chegou a vez de Ester, filha de Abiail,j tio de Mardoqueu, que a tinha adotado como filha, ela não pediu nada além daquilo que Hegai, oficial responsável pelo harém, sugeriu. Ester causava boa impressãok a todos os que a viam. 16 Ela foi levada ao rei Xerxes,l à residência real, no décimo mês, o mês de tebete1, no sétimo ano do seu reinado. 17 O rei gostou mais de Ester do que de qualquer outra mulher; ela foi favorecida por ele e ganhou sua aprovação mais do que qualquer das outras virgens. Então ele colocou nela uma coroa real e tornou-a rainham em lugar de Vasti. 18 O rei deu um grande banquete,n o banquete de Ester, para todos os seus nobres e oficiais.o Proclamou feriado em todas as províncias e distribuiu presentes por sua generosidade real.p

Mardoqueu Descobre uma Conspiração 19 Quando

as virgens foram reunidas pela segunda vez, Mardoqueu estava sentado junto à portaq do palácio real. 20 Ester havia mantido segredo sobre seu povo e sobre a origem de sua família, conforme a ordem de Mardoqueu, pois continuava a seguir as instruções dele, como fazia quando ainda estava sob sua tutela.r 21 Um dia, quando Mardoqueu estava sentado junto à porta do palácio real, Bigtã e Teres, dois dos oficiaiss do rei que guardavam a entrada, estavam indignadost e conspiravam para assassinar o rei Xerxes. 22 Mardoqueu, porém, descobriu o plano e o contou à rainha Ester, que, por sua vez, passou a informação ao rei, em nome de Mardoqueu. 23 Depois de investigada a informação e descobrindo-se que era verdadeira, os dois oficiais foram enforcados2u. Tudo isso foi escrito nos registros históricos,v na presença do rei.

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2.14 h1Rs 11.3; Ct 6.8; Dn 5.2 iEt 4.11

2.15 9.29 45.14 lGn 18.3; 30.27; Et 5.8 jEt

kSl

2.17 mEt 1.11; Ez 16.9-13

2.18 n1Rs 3.15; Et 1.3 oGn 40.20 pEt 1.7

2.19 21; Et 3.2;4.2; 5.13

qv.

2.20 10

rv.

2.21 40.2; Et 6.2 tEt 1.12; 3.5;5.9;7.7 sGn

2.23 uGn 40.19; Sl 7.14-16; Pv 26.27 vEt 6.1;10.2

O Plano de Hamã para Exterminar os Judeus

3

Depois desses acontecimentos, o rei Xerxes honrou Hamã, filho de Hamedata, descendente de Agague,w promovendo-o e dando-lhe uma posição mais elevada do que a de todos os demais 1

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2.12 gPv 27.9; Ct 1.3; Is 3.24

2

2.16 Aproximadamente dezembro/janeiro. 2.23 Ou pendurados em postes; ou ainda empalados

3.1

wv.

10; Ex 17.8-16; Nm 24.7; Dt 25.17-19; 1Sm 14.48; Et 5.11

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yGn

zEt

3.4 39.10

3.5 2.21; 5.9 3.6 16.25 74.8; 83.4 cEt 9.24

aPv

bSl

3.7 9.24,26 16.8; 1Sm 10.21 fv. 13; Ed 6.15; Et 9.19

dEt

eLv

gAt

3.8 16.20-21 hJr 29.7; Dn 6.13 iEd 4.15 jEt

3.9 7.4

3.10 41.42; Et 7.6; 8.2

kGn

3.12 13.24 38.18; 1Rs 21.8; Et 8.8-10

lNe

mGn

3.13 15.3; Ed 4.6; Et 8.10-14 ov. 7 pEt 8.11; 9.10

n1Sm

qEt

3.14 8.8; 9.1

3.15 8.14 1.10 tEt 8.15

rEt

sEt

1 2 3

3.7 O mesmo que abibe; aproximadamente março/abril. 3.7 Aproximadamente fevereiro/março; também no versículo 13. 3.9 Hebraico: 10.000 talentos. Um talento equivalia a 35 quilos.

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se el-

lo Et 3.9,10,13

Oa

3.3 xEt 5.9; Dn 3.12

nobres. 2 Todos os oficiais do palácio real curvavam-se e prostravam-se diante de Hamã, conforme as ordens do rei. Mardoqueu, porém, não se curvava nem se prostrava diante dele. 3 Então os oficiais do palácio real perguntaram a Mardoqueu: “Por que você desobedece à ordemx do rei?” 4 Dia após dia eles lhe falavam, mas ele não lhes dava atençãoy e dizia que era judeu. Então contaram tudo a Hamã para ver se o comportamento de Mardoqueu seria tolerado. 5 Quando Hamã viu que Mardoqueu não se curvava nem se prostrava, ficou muito irado.z 6 Contudo, sabendo quem era o povo de Mardoqueu, achou que não bastava matá-lo. Em vez disso, Hamã procurou uma formaa de exterminarb todos os judeus,c o povo de Mardoqueu, em todo o império de Xerxes. 7 No primeiro mês do décimo segundo ano do reinado do rei Xerxes, no mês de nisã1, lançaram o pur,d isto é, a sorte,e na presença de Hamã a fim de escolher um dia e um mês para executar o plano. E foi sorteado o décimo segundo mês, o mês de adar2.f 8 Então Hamã disse ao rei Xerxes: “Existe certo povo disperso e espalhado entre os povos de todas as províncias do teu império, cujos costumesg são diferentes dos de todos os outros povos e que não obedecemh às leis do rei; não convém ao rei tolerá-los.i 9 Se for do agrado do rei, que se decrete a destruição deles, e eu colocarei trezentas e cinquenta toneladas3 de prata na tesouraria real à disposição para que se execute esse trabalho”.j 10 Em vista disso, o rei tirou seu anel-selok do dedo, deu-o a Hamã, o inimigo dos judeus, filho de Hamedata, descendente de Agague, e lhe disse: 11 “Fique com a prata e faça com o povo o que você achar melhor”. 12 Assim, no décimo terceiro dia do primeiro mês, os secretários do rei foram convocados. Hamã ordenou que escrevessem cartas na língua e na escrital de cada povo aos sátrapas do rei, aos governadores das várias províncias e aos chefes de cada povo. Tudo foi escrito em nome do rei Xerxes e seladom com o seu anel. 13 As cartas foram enviadas por mensageiros a todas as províncias do império com a ordem de exterminar e aniquilar completamente todos os judeus,n jovens e idosos, mulheres e crianças, num único dia, o décimo terceiro dia do décimo segundo mês, o mês de adar,o e de saquearp os seus bens. 14 Uma cópia do decreto deveria ser publicada como lei em cada província e levada ao conhecimento do povo de cada nação, a fim de que estivessem prontos para aquele dia.q 15 Por ordem do rei, os mensageiros saíram às pressas, e o decreto foi publicado na cidadela de Susã. O rei e Hamã assentaram-se para beber,r mas a cidade de Susãs estava em confusão.t

n

ESTER 3

A prata era a moeda padrão do Império Persa, e a oferta de Hamã representava uma soma gigantesca: 375 toneladas de prata. Essa quantidade representa mais de 55 milhões de dólares na economia atual. É possível que Hamã fosse rico assim; mas é mais provável que planejasse tomar essa riqueza dos judeus abastados à medida que eles fossem executados. O anel-selo do rei, mencionado em Ester 3.10, representava a autoridade do monarca em todo o seu império. Quando usado como selo em um documento (o desenho em relevo no anel era pressionado em argila mole ou em cera sobre os papéis do rei), ele se transformava em lei. A permissão para outro usar o anel significava que o rei estava conferindo autoridade plena a essa pessoa.

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Par a

ESTER 4—5

um

mento como este mo Et 4.14-16

Os planos estavam prontos para o extermínio do povo judeu, e Mardoqueu implorou a Ester que interviesse. Ao mesmo tempo, ele parecia compreender que, a despeito do que Ester fizesse, Deus seria fiel; não permitiria que seu povo fosse completamente destruído. Apesar de o livro não mencionar o Senhor pelo nome, a declaração de Mardoqueu nessa passagem aponta para um Deus soberano que age em meio a circunstâncias terríveis. Ester estava numa posição que exigia grande coragem. Ela não podia esconder sua identidade; não podia contar com o favor do rei; e não podia ignorar o homem perverso que estava em ação pelo reino. O pedido feito por Ester para os judeus jejuarem por três dias consistia numa admissão de que ela precisava de mais coragem para cumprir seu dever. A oração costumava ser acompanhada de jejum no Antigo Testamento (Ed 8.21-23). Por meio de seu pedido, Ester reconheceu a necessidade de que outros orassem com ela e por ela.

O Pedido de Mardoqueu a Ester

4

Quando Mardoqueu soube de tudo o que tinha acontecido, rasgou as vestes,u vestiu-se de pano de saco, cobriu-se de cinza,v e saiu pela cidade, chorando amargamentew em alta voz. 2 Foi até a portax do palácio real, mas não entrou, porque ninguém vestido de pano de saco tinha permissão de entrar. 3 Em cada província onde chegou o decreto com a ordem do rei, houve grande pranto entre os judeus, com jejum, choro e lamento. Muitos se deitavam em pano de saco e em cinza. 4 Quando as criadas de Ester e os oficiais responsáveis pelo harém lhe contaram o que se passava com Mardoqueu, ela ficou muito aflita e mandou-lhe roupas para que as vestisse e tirasse o pano de saco; mas ele não quis aceitá-las. 5 Então Ester convocou Hatá, um dos oficiais do rei, nomeado para ajudá-la, e deu-lhe ordens para descobrir o que estava perturbando Mardoqueu e por que ele estava agindo assim. 6 Hatá foi falar com Mardoqueu na praça da cidade, em frente da porta do palácio real. 7 Mardoqueu contou-lhe tudo o que lhe tinha acontecido e quanta prata Hamã tinha prometido depositar na tesouraria real para a destruição dos judeus.y 8 Deu-lhe também uma cópia do decreto que falava do extermínio e que tinha sido anunciado em Susã, para que ele o mostrasse a Ester e insistisse com ela para que fosse à presença do rei implorar misericórdia e interceder em favor do seu povo. 9 Hatá retornou e relatou a Ester tudo o que Mardoqueu lhe tinha dito. 10 Então ela o instruiu que dissesse o seguinte a Mardoqueu:z 11 “Todos os oficiais do rei e o povo das províncias do império sabem que existe somente uma lei paraa qualquer homem ou mulher que se aproxime do rei no pátio interno sem por ele ser chamado: será morto, a não ser que o rei estenda o cetrob de ouro para a pessoa e lhe poupe a vida. E eu não sou chamada à presença do rei há mais de trinta dias”. 12 Quando Mardoqueu recebeu a resposta de Ester, 13 mandou dizer-lhe: “Não pense que pelo fato de estar no palácio do rei, você será a única entre os judeus que escapará, 14 pois, se você ficar caladac nesta hora, socorrod e livramentoe surgirão de outra parte para os judeus, mas você e a família do seu pai morrerão. Quem sabe se não foi para um momento como estef que você chegou à posição de rainha?” 15 Então Ester mandou esta resposta a Mardoqueu: 16 “Vá reunir todos os judeus que estão em Susã, e jejuemg em meu favor. Não comam nem bebam durante três dias e três noites. Eu e minhas criadas jejuaremos como vocês. Depois disso irei ao rei, ainda que seja contra a lei. Se eu tiver que morrer, morrerei”.h 17 Mardoqueu retirou-se e cumpriu todas as instruções de Ester.

O Pedido de Ester ao Rei

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5

Três dias depois, Ester vestiu seus trajes de rainhai e colocou-se no pátio interno do palácio,

4.1 uNm 14.6 v2Sm 13.19; Ez 27.30-31; Jn 3.5,6 wEx 11.6; Sl 30.11 4.2

xEt

2.19

4.7 yEt 3.9; 7.4

4.11 2.14 2.9 bEt 5.1,2; 8.4 zEt

aDn

4.14 3.7; Is 62.1; Am 5.13 dEt 9.16,22 eGn 45.7; Dt 28.29 fGe 50.20 cEc

4.16

g2Cr

20.3; Et 9.31 43.14

hGn

5.1 iEt 4.16; Ez 16.13 jEt 6.4; Pv 21.1

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5.2 k Et 4.11; 8.4 Pv 21.1

5.3 lEt 7.2; Dn 5.16; Mc 6.23

5.6

mEt

1.10 6.23 oEt 7.2; 9.12

nMc

5.8

pEt2.15;

7.3; 8.5 q1Rs 3.15; Et 6.14

em frente do salão do rei.j O rei estava no trono, de frente para a entrada. 2 Quando viu a rainha Ester ali no pátio, teve misericórdia dela e estendeu-lhe o cetro de ouro que tinha na mão. Ester aproximou-se e tocou a ponta do cetro.k 3 E o rei lhe perguntou: “Que há, rainha Ester? Qual é o seu pedido? Mesmo que seja a metade do reino,l será dado a você”. 4 Respondeu Ester: “Se for do agrado do rei, venha com Hamã a um banquete que lhe preparei”. 5 Disse o rei: “Tragam Hamã imediatamente, para que ele atenda ao pedido de Ester”. Então o rei e Hamã foram ao banquete que Ester havia preparado. 6 Enquanto bebiam vinho,m o rei tornou a perguntar a Ester: “Qual é o seu pedido? Você será atendida. Qual o seu desejo? Mesmo que seja a metade do reino,n será concedido a você”.o 7 E Ester respondeu: “Este é o meu pedido e o meu desejo: 8 Se o rei tem consideração por mimp e se lhe agrada atender e conceder o meu pedido, que o rei e Hamã venham amanhã ao banqueteq que lhes prepararei. Então responderei à pergunta do rei”.

A Ira de Hamã contra Mardoqueu 5.9 rEt 2.21; Pv 14.17 sEt 3.3,5

tEt

vEt

5.10 6.13

5.11 13.16 9.7-10,13

uPv

5.12 22.29; Pv 16.18; 29.23

wJó

xEt

5.13 2.19

5.14 7.9 6.11; Et 6.4

yEt

zEd

9 Naquele dia, Hamã saiu alegre e conten te. Mas ficou furiosor quando viu que Mardoqueu,s que estava junto à porta do palácio real, não se levantou nem mostrou respeito em sua presença. 10 Hamã, porém, controlou-se e foi para casa. Reunindo seus amigos e Zeres,t sua mulher, 11 Hamã vangloriou-seu de sua grande riqueza, de seus muitos filhosv e de como o rei o havia honrado e promovido acima de todos os outros nobres e oficiais. 12 E acrescentou Hamã: “Além disso, sou o únicow que a rainha Ester convidou para acompanhar o rei ao banquete que ela lhe ofereceu. Ela me convidou para comparecer amanhã, com o rei. 13 Mas tudo isso não me dará satisfação enquanto eu vir aquele judeu Mardoqueu sentado junto à porta do palácio real”.x 14 Então Zeres, sua mulher, e todos os seus amigos lhe sugeriram: “Mande fazer uma forca, de mais de vinte metros1 de altura,y e logo pela manhã peça ao rei que Mardoqueu seja enforcadoz nela. Assim você poderá acompanhar o rei ao jantar e alegrar-se”. A sugestão agradou Hamã, e ele mandou fazer a forca.

Ad ia

ESTER 5—6

m

to en

Et 5.7,8

Não há como saber ao certo por que Ester pediu um segundo banquete em vez de fazer o pedido de uma vez. Ela perdeu a coragem na última hora? Isso fazia parte da estratégia o tempo inteiro? Será que ela sentiu durante o primeiro banquete que ainda não era o momento certo de fazer o pedido ao rei? O adiamento acrescenta suspense a uma história já poderosa e nos leva a refletir sobre como nos comportamos em situações difíceis e assustadoras. Ester agiu com dignidade serena durante os acontecimentos dessa história. Sentimos que ela estava atenta à sabedoria divina em meio a circunstâncias que não tinham solução fácil.

Hamã é Obrigado a Honrar Mardoqueu

6.1 aDn 2.1;6.18 bEt 2.23; 10.2

6

Naquela noite, o rei não conseguiu dormir;a por isso ordenou que trouxessem o livro das crônicasb do seu reinado e que o lessem para ele. 2 E foi lido o registro de que Mardoqueu tinha denunciado Bigtã e Teres, dois dos oficiais do rei que guardavam a entrada do Palácio e que haviam conspirado para assassinar o rei Xerxes. 1

5.14 Hebraico: 50 côvados. O côvado era uma medida linear de cerca de 45 centímetros.

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Um a

ESTER 6—7

coincidências” de “ e i r sé Et 6.1

Humanamente falando, Ester 6 é um capítulo de “coincidências”. Nenhum dos acontecimentos é incomum, mas, à medida que ocorrem e convergem, revelam a mão soberana e fiel de Deus no cuidado de seu povo. O primeiro acontecimento é a insônia do rei, que ocorreu providencialmente na noite anterior ao segundo banquete. Uma vez que não conseguia dormir, pediu a alguém que lesse para ele, como cura para a insônia ou como forma de usar proveitosamente as horas em que estava acordado. O trecho lido ao rei contava que Mardoqueu havia relatado uma conspiração de assassinato do rei (Et 2.2123). Ele não fora recompensado antes por descuido burocrático. Os reis persas demonstravam pressa em recompensar súditos que exibiam esse tipo de lealdade. Mas Deus esperou cinco anos para trazer esse episódio à tona no momento correto, pois se tratava de um dos passos necessários para a queda de Hamã.

3 “Que honra e reconhecimento Mardo queu recebeu por isso?”, perguntou o rei. Seus oficiais responderam: “Nada lhe foi feito”.c 4 O rei perguntou: “Quem está no pátio?” Ora, Hamã havia acabado de entrar no pátio externo do palácio para pedir ao rei o enforcamento de Mardoqueu na forca que ele lhe havia preparado. 5 Os oficiais do rei responderam: “É Hamã que está no pátio”. “Façam-no entrar”, ordenou o rei. 6 Entrando Hamã, o rei lhe perguntou: “O que se deve fazer ao homem que o rei tem o prazer de honrar?” E Hamã pensou consigo: “A quem o rei teria prazer de honrar, senão a mim?” 7 Por isso respondeu ao rei: “Ao homem que o rei tem prazer de honrar, 8 ordena que tragam um mantod do próprio rei e um cavaloe que o rei montou, e que ele leve o brasão1 do rei na cabeça. 9 Em seguida, sejam o manto e o cavalo confiados a alguns dos príncipes mais nobres do rei, e ponham eles o manto sobre o homem que o rei deseja honrar e o conduzam sobre o cavalo pelas ruas da cidade, proclamando diante dele: ‘Isto é o que se faz ao homem que o rei tem o prazer de honrar!’ ”f 10 O rei ordenou então a Hamã: “Vá depressa apanhar o manto e o cavalo e faça ao judeu Mardoqueu o que você sugeriu. Ele está sentado junto à porta do palácio real. Não omita nada do que você recomendou”. 11 Então Hamã apanhoug o cavalo, vestiu Mardoqueu com o manto e o conduziu sobre o cavalo pelas ruas da cidade, proclamando à frente dele: “Isto é o que se faz ao homem que o rei tem o prazer de honrar!” 12 Depois disso, Mardoqueu voltou para a porta do palácio real. Hamã, porém, correu para casa com o rosto coberto,h muito aborrecido 13 e contou a Zeres,i sua mulher, e a todos os seus amigos tudo o que lhe havia acontecido. Tanto os seus conselheiros como Zeres, sua mulher, lhe disseram: “Visto que Mardoqueu, diante de quem começou a sua queda,j é de origem judaica, você não terá condições de enfrentá-lo. Sem dúvida, você ficará arruinado!” 14 E, enquanto ainda conversavam, chegaram os oficiais do rei e, às pressas, levaram Hamã para o banquetek que Ester havia preparado.

6.3 cEc 9.13-16

6.8

dGn

41.42; Is 52.1 e1Rs 1.33 6.9 fGn 41.43

6.11

gGn

41.42

6.12 h2Sm 15.30; Jr 14.3,4; Mq 3.7 6.13 iEt 5.10 jSl 57.6; Pv 26.27; 28.18 6.14

k1Rs

3.15; Et 5.8

O Enforcamento de Hamã

7

O rei e Hamã foram ao banquetel com a rainha Ester, 2 e, enquanto estavam bebendo vinhom no segundo dia, o rei perguntou de novo: “Rainha Ester, qual é o seu pedido? Você será atendida. Qual o seu desejo? Mesmo que seja a metade do reino,n isso será concedido a você”.o 3 Então a rainha Ester respondeu: “Se posso contar com o favorp do rei e se isto lhe agrada, poupe a minha vida e a vida do meu povo; este

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1

7.1

1Gn

40.2022; Mt 22.1-14 7.2

mEt nEt oEt

1.10 5.3 9.12

7.3 pEt 2.15

6.8 Ou e que o homem traga a coroa

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ESTER 7—8 7.4 3.9

7.7 34.7; Et 1.12; Pv 19.12; 20.1-2 s2Rs 21.18 tEt 6.13 rGn

7.8 1.6 39.14 wGn 34.7 xEt 6.12 uEt

vGn

7.9 1.10 5.14 aSl 7.14-16; 9.16; Pv 11.5-6; 26.27; Mt 7.2 yEt

zEt

7.10 10.28 9.25 dDn 6.24 eEt 2.1

bPv

cEt

8.1 2.7; 7.6; Pv 22.22-23 fEt

8.2 41.42; Et 3.10 hPv 13.22; Dn 2.48

gGn

iEt

8.4 4.11; 5.2

jEt

8.6 7.4; 9.1

8.8 3.12-14 41.42 mEt 1.19; Dn 6.15

kEt

lGn

é o meu pedido e o meu desejo. 4 Pois eu e meu povo fomos vendidos para destruição, morte e aniquilação.q Se apenas tivéssemos sido vendidos como escravos e escravas, eu teria ficado em silêncio, porque nenhuma aflição como essa justificaria perturbar o rei”.1 5 O rei Xerxes perguntou à rainha Ester: “Quem se atreveu a uma coisa dessas? Onde está ele?” 6 Respondeu Ester: “O adversário e inimigo é Hamã, esse perverso”. Diante disso, Hamã ficou apavorado na presença do rei e da rainha. 7 Furioso,r o rei levantou-se, deixou o vinho, saiu dali e foi para o jardim do palácio.s E percebendo Hamã que o rei já tinha decidido condená-lo,t ficou ali para implorar por sua vida à rainha Ester. 8 E voltando o rei do jardim do palácio ao salão do banquete, viu Hamã caído sobre o assentou onde Ester estava reclinada.v E então exclamou: “Chegaria ele ao cúmulo de violentar a rainha na minha presença e em minha própria casa?”w Mal o rei terminou de dizer isso, alguns oficiais cobriram o rosto de Hamã.x 9 E um deles, chamado Harbona,y que estava a serviço do rei, disse: “Há uma forca de mais de vinte metros2 de alturaz junto à casa de Hamã, que ele fez para Mardoqueu, aquele que intercedeu pela vida do rei”. Então o rei ordenou: “Enforquem-no nela!”a 10 Assim Hamã morreub na forcac que tinha preparado para Mardoqueu;d e a ira do rei se acalmou.e

O Decreto do Rei em Favor dos Judeus

8

Naquele mesmo dia, o rei Xerxes deu à rainha Ester todos os bens de Hamã,f o inimigo dos judeus. E Mardoqueu foi trazido à presença do rei, pois Ester lhe dissera que ele era seu parente. 2 O rei tirou seu anel-selo,g que havia tomado de Hamã, e o deu a Mardoqueu; e Ester o nomeou administrador dos bens de Hamã.h 3 Mas Ester tornou a implorar ao rei, chorando aos seus pés, que revogasse o plano maligno de Hamã, o agagita, contra os judeus. 4 Então o rei estendeu o cetroi de ouro para Ester, e ela se levantou diante dele e disse: 5 “Se for do agrado do rei, se posso contar com o seu favor e se ele considerar justo, que se escreva uma ordem revogando as cartas que Hamã, filho do agagita Hamedata, escreveu para que os judeus fossem exterminados em todas as províncias do império. 6 Pois, como suportarei ver a desgraça que cairá sobre o meu povo? Como suportarei a destruição da minha própria família?”j 7 O rei Xerxes respondeu à rainha Ester e ao judeu Mardoqueu: “Mandei enforcar Hamã e dei os seus bens a Ester porque ele atentou contra os judeus. 8 Escrevam agora outro decretok em nome do rei, em favor dos judeus, como melhor 1 2

7.4 Ou em silêncio, apesar de que o bem que oferece o nosso inimigo não se compara com a perda que o rei sofreria”. 7.9 Hebraico: 50 côvados. O côvado era uma medida linear de cerca de 45 centímetros.

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Ro st

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r to Et 7

A tentativa desesperada e inoportuna de Hamã de salvar a própria vida somente selou seu destino. Quando o rei saiu furioso do banquete, depois de ouvir sobre a trama de Hamã contra o povo de Ester, Hamã ficou para trás, a fim de implorar a misericórdia da rainha. O rei voltou num momento crucial, justo na hora em que Hamã caía sobre o assento de Ester. Presumindo que ele estava tentando molestar a rainha, passou a ter motivo dobrado para executá-lo. No mundo greco-romano, o rosto do condenado à morte era coberto para indicar a sentença do indivíduo. Ao que parece, essa prática também fazia parte dos costumes persas. Os oficiais do rei, que conheciam todos os detalhes da intriga na corte, sabiam dos acontecimentos que haviam precedido essa ocasião. Sentiram, então, a liberdade de revelar ao rei que Hamã construíra uma forca para Mardoqueu, o homem que acabara de ser honrado pelo rei. Caso Xerxes houvesse apresentado a tendência de ser indulgente com Hamã, essa nova informação teria selado o destino dele. Ele foi conduzido para a execução.

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ESTER 8—9

sábio lembrar que Satanás é o inimigo de nossa alma [...]. Ele é a voz que sussurra mensagens para nos desanimar, diminuir e condenar. É a voz dele que sugere que Deus nunca nos poderá perdoar, permanecer a nosso lado ou nos amar. Ela nos diz que não somos bons o suficiente, espirituais o bastante ou dignos de receber a salvação. E é essa voz que nos acusa de fé inadequada e saúde mental imperfeita. Deus o chama de “acusador” (Ap 12.10), e essa palavra é nossa pista para reconhecer quando Satanás está prosperando em nossa alma. O Espírito Santo nunca acusa. Em vez disso, ele nos deslumbra, convence-nos e nos ama, levando-nos a um comportamento melhor e a um compromisso mais profundo com ele.

lhes parecer, e selem-no com o anel-selo do rei,l pois nenhum documento escrito em nome do rei e selado com o seu anel pode ser revogado”.m 9 Isso aconteceu no vigésimo terceiro dia do terceiro mês, o mês de sivã1. Os secretários do rei foram imediatamente convocados e escreveram todas as ordens de Mardoqueu aos judeus, aos sátrapas, aos governadores e aos nobres das cento e vinte e sete províncias que se estendiam da Índia até a Etiópia2.n Essas ordens foram redigidas na língua e na escrita de cada província e de cada povo e também na língua e na escrita dos judeus.o 10 Mardoqueu escreveu em nome do rei Xerxes, selou as cartas com o anel-selo do rei e as enviou por meio de mensageiros montados em cavalos velozes, das estrebarias do próprio rei. 11 O decreto do rei concedia aos judeus de cada cidade o direito de se reunirem e de se protegerem, de destruir, matar e aniquilar qualquer força armada de qualquer povo ou província que os ameaçasse, a eles, suas mulheres e seus filhos3, e o direito de saquearp os bens dos seus inimigos. 12 O decreto entrou em vigor nas províncias do rei Xerxes no décimo terceiro dia do décimo segundo mês, o mês de adar4.q 13 Uma cópia do decreto foi publicada como lei em cada província e levada ao conhecimento do povo de cada nação, a fim de que naquele diar os judeus estivessem prontos para vingar-se dos seus inimigos. 14 Os mensageiros, montando cavalos das estrebarias do rei, saíram a galope, por causa da ordem do rei. O decreto também foi publicado na cidadela de Susã. 15 Mardoqueus saiu da presença do rei usando vestes reais em azul e branco, uma grande coroa de ouro e um manto púrpura de linho fino.t E a cidadela de Susã exultava de alegria.u 16 Para os judeus foi uma ocasião de felicidade, alegria,v júbilo e honra.w 17 Em cada província e em cada cidade, onde quer que chegasse o decreto do rei, havia alegriax e júbilo entre os judeus, com banquetes e festas. Muitos que pertenciam a outros povos do reino tornaram-se judeus, porque o temory dos judeus tinha se apoderado deles.z

— Marilyn Meberg

A Vitória dos Judeus

É

9

1 No

décimo terceiro dia do décimo segundo mês, o mês de adar5,a entraria em vigor o decreto do rei. Naquele dia, os inimigos dos judeus esperavam vencê-los, mas aconteceu o contrário: os judeus dominaramb aqueles que os odiavam,c 2 reunindo-se em suas cidades,d em todas as províncias do rei Xerxes, para atacar os que buscavam a sua destruição. Ninguém conseguia resistir-lhes,e porque todos os povos estavam 1 2 3 4 5

792

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8.9 nEt 1.1 oEt 1.22

8.11 pEt 9.10,15,16

8.12 3.13; 9.1

qEt

8.13 3.14

rEt

8.15 9.4 41.42 uEt 3.15 sEt

tGn

8.16 vSl 97.10-12 wSl 112.4 8.17 9.19,27; Sl 35.27 Pv 11.10 yEx 15.14,16 Dt 11.25 zEt 9.3 xEt

9.1 aEt 8.12 bJr 29.4-7 cEt 3.12-14; Pv 22.22-23 9.2

dv.

15-18 8.11,17; Sl 71.13,24 eEt

8.9 Aproximadamente maio/junho. 8.9 Hebraico: Cuxe. 8.11 Ou inclusive mulheres e crianças 8.12 Aproximadamente fevereiro/março. 9.1 Aproximadamente fevereiro/março; também nos versículos 15, 17, 19 e 21.

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fEd

9.3 8.36

9.4 gEx 11.3 h2Sm 3.1; 1Cr 11.9 iEd

9.5 4.6

9.10 5.11 14.23; 1Sm 14.32; Et 3.13; 8.11 jEt

kGn

lEt

nDt

9.12 5.6; 7.2

9.13 5.11 21.22-23 mEt

oEd

pGn

9.14 6.11

9.15 14.23; Et 8.11

9.16 4.14 25.19 s1Cr 4.43 qEt

rDt

t1Rs

9.17 3.15

com medo deles. 3 E todos os nobres das províncias, os sátrapas, os governadores e os administradores do rei apoiaram os judeus,f porque o medo que tinham de Mardoqueu havia se apoderado deles. 4 Mardoqueu era influenteg no palácio; sua fama espalhou-se pelas províncias, e ele se tornava cada vez mais poderoso.h 5 Os judeus feriram todos os seus inimigos à espada, matando-os e destruindo-os,i e fizeram o que quiseram com eles. 6 Na cidadela de Susã os judeus mataram e destruíram quinhentos homens. 7 Também mataram Parsandata, Dalfom, Aspata, 8 Porata, Adalia, Aridata, 9 Farmasta, Arisai, Aridai e Vaisata, 10 os dez filhosj de Hamã, filho de Hamedata, o inimigo dos judeus. Mas não se apossaram dos seus bens.k 11 Naquele mesmo dia, o total de mortos na cidadela de Susã foi relatado ao rei, 12 que disse à rainha Ester: “Os judeus mataram e destruíram quinhentos homens e os dez filhos de Hamã na cidadela de Susã. Que terão feito nas outras províncias do império? Agora, diga qual é o seu pedido, e você será atendida. Tem ainda algum desejo? Este será concedido a você”.l 13 Respondeu Ester: “Se for do agrado do rei, que os judeus de Susã tenham autorização para executar também amanhã o decreto de hoje, para que os corpos dos dez filhos de Hamãm sejam penduradosn na forca”. 14 Então o rei deu ordens para que assim fosse feito. O decreto foi publicado em Susã, e os corpos dos dez filhos de Hamã foram pendurados na forca.o 15 Os judeus de Susã ajuntaram-se no décimo quarto dia do mês de adar e mataram trezentos homens em Susã, mas não se apossaram dos seus bens.p 16 Enquanto isso, o restante dos judeus que viviam nas províncias do império também se ajuntaram para se protegerem e se livraremq dos seus inimigos.r Eles mataram setenta e cinco mil deles,s mas não se apossaram dos seus bens. 17 Isso aconteceu no décimo terceiro dia do mês de adar, e no décimo quarto dia descansaram e fizeram dessa data um dia de festat e de alegria.

Se m

ESTER 9

d

o jo s p s e

Et 9.10,15,16

Ao contrário de Hamã, que via no extermínio dos judeus uma oportunidade de aumentar sua riqueza, as intenções dos judeus eram apenas de matar o inimigo, a fim de se proteger e de cumprir o julgamento divino. Considerando que o rei dera permissão para saquear os inimigos (Et 8.11), a declaração repetida em Ester 9.10,15,16 é ainda mais notável. A recusa em enriquecer por meio da vitória era uma imitação do exemplo de Abraão em Gênesis 14.22-24. Em contraste, Saul, o primeiro rei de Israel, não se portou com o mesmo padrão elevado de conduta (1Sm 15.123). O resultado final para os judeus na Pérsia foi que sua vitória se transformou em um dia de celebração e alegria, de dar presentes e de ser generoso com os pobres (Et 9.19,22), não um momento para se alegrar com riquezas recém-adquiridas.

A Comemoração do Purim

9.19 3.7 22; Dt 16.11,14; Ne 8.10,12; Et 2.9; Ap 11.10 uEt

vv.

9.22 4.14 8.12; Sl 30.11-12 y2Rs 25.30 wEt

xNe

18 Os judeus de Susã, porém, tinham se reunido no décimo terceiro e no décimo quarto dias e no décimo quinto descansaram e dele fizeram um dia de festa e de alegria. 19 Por isso os judeus que vivem em vilas e povoados comemoram o décimo quarto dia do mês de adaru como um dia de festa e de alegria, um dia de troca de presentes.v 20 Mardoqueu registrou esses aconteci mentos e enviou cartas a todos os judeus de todas as províncias do rei Xerxes, próximas e distantes, 21 determinando que anualmente se comemorassem o décimo quarto e o décimo quinto dias do mês de adar, 22 pois nesses dias os judeus livraram-sew dos seus inimigos; nesse mês a sua tristeza

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ESTER 9—10

Pu ri

m

Et 9.22—10.3

Evidentemente, Ester e Mardoqueu não sentiam necessidade de ser reconhecidos como os heróis dessa vitória, mas tiveram o grande desejo de que o povo não se esquecesse do livramento providenciado por Deus. O Purim não foi uma das festas estabelecidas pela Lei mosaica, mas até hoje é celebrada pelo povo judeu. Uma atmosfera festiva — com mascaradas, brincadeiras divertidas e troca de presentes, junto com a leitura de Ester em voz alta — marca o dia, atribuindo-lhe alegria especial. O nome escolhido, Purim, tem um significado especial. Como Ester 9.24 explica, a palavra provém do termo persa pur, que quer dizer “sorte”. Hamã havia lançado o pur a fim de escolher um dia para o extermínio dos judeus (Et 3.7). Em meio a acontecimentos que parecem sobrevir por acaso, nos quais sentimos que Deus está ausente, ele ainda é soberano. O Senhor trabalha em cada circunstância e casualidade para proteger fielmente seu povo.

tornou-se em alegria; e o seu pranto, num dia de festa.x Escreveu-lhes dizendo que comemorassem aquelas datas como dias de festa e de alegria, de troca de presentesy e de ofertas aos pobres. 23 E assim os judeus adotaram como costume aquela comemoração, conforme o que Mardoqueu lhes tinha ordenado por escrito. 24 Pois Hamã, filho do agagitaz Hamedata, inimigo de todos os judeus, tinha tramado contra eles para destruí-los e tinha lançado o pur,a isto é, a sorteb para a ruína e destruição deles. 25 Mas, quando isso chegou ao conhecimento do rei1, ele deu ordens escritas para que o plano maligno de Hamã contra os judeus se voltasse contra a sua própria cabeça,c e para que ele e seus filhos fossem enforcados.d e 26 Por isso aqueles dias foram chamados Purim, da palavra pur.f Considerando tudo o que estava escrito nessa carta, o que tinham visto e o que tinha acontecido, 27 os judeus decidiram estabelecer o costume de que eles e os seus descendentes e todos os que se tornassem judeus não deixariam de comemorar anualmente esses dois dias, na forma prescrita e na data certa. 28 Esses dias seriam lembrados e comemorados em cada família de cada geração, em cada província e em cada cidade, e jamais deveriam deixar de ser comemorados pelos judeus. E os seus descendentes jamais deveriam esquecer-se de tais dias. 29 Então a rainha Ester, filha de Abiail g, e o judeu Mardoqueu escreveram com toda a autoridade uma segunda carta para confirmar a primeira, acerca do Purim. 30 Mardoqueu enviou cartas a todos os judeus das cento e vinte e sete provínciash do império de Xerxes, desejando-lhes paz e segurança, 31 e confirmando que os dias de Purim deveriam ser comemorados nas datas determinadas, conforme o judeu Mardoqueu e a rainha Ester tinham decretado e estabelecido para si mesmos, para todos os judeus e para os seus descendentes, e acrescentou observações sobre tempos de jejumi e de lamentação.j 32 O decreto de Ester confirmou as regras do Purim, e isso foi escrito nos registros.

9.24 zEx 17.8-16 aEt 3.7 bLv 16.8 9.25 7.16 21.22-23 eEt 7.10 cSl

dDt

9.26 fv. 20; Et 3.7

9.29 2.15

gEt

9.30 1.1

hEt

9.31 iEt 4.16 jEt 4.1-3

A Grandeza de Mardoqueu

10

O rei Xerxes impôs tributos a todo o império, até sobre as distantes regiões costeiras.k 2 Todos os seus atos de força e de poder, e o relato completo da grandeza de Mardoqueu,l a quem o rei dera autoridade,m estão registrados no livro das crônicasn dos reis da Média e da Pérsia. 3 O judeu Mardoqueu foi o segundoo na hierarquia,p depois do rei Xerxes.q Era homem importante entre os judeus e foi muito amado por eles, pois trabalhou para o bem do seu povo e promoveu o bem-estar de todos.r

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1

10.1 72.10; 97.1; Is 24.15

kSl

10.2 8.15; 9.4 41.44 nEt 2.23 lEt

mGn

10.3 oDn 5.7 pGn 41.43 qGn 41.40 rNe 2.10; Jr 29.4-7; Dn 6.3

9.25 Ou quando Ester foi à presença do rei

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