Mãos à Horta (Preview)

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MĂŁos Ă horta 7 2 8

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Índice

Os Autores …………………………………………………………………… Prefácio ……………………………………………………………………… A Associação Portuguesa de Horticultura (APH) ………………………… Introdução……………………………………………………………………

5 15 17 21

I. Compreender a horta e o jardim …………………………………….…… Biodiversidade na horta e no jardim ……………………………………… Hortas e jardins mais “eco” .……………………………………………… Vamos começar a horta ……………………………….…………………… As tarefas da horta e do jardim ao longo do ano …………………….…… Cuidar do solo da horta e do jardim …………….………………………… Substratos – misturas “mágicas” onde crescem plantas …………….……… Horta em vasos e canteiros ………………………………………………… Plantas – saber escolher, comprar e plantar ……………………………… Compostagem doméstica – fácil e barata …………………………………… Preparar e utilizar fertilizantes naturais ……………………………………… Regar e poupar ……………………………………………………………… Poda – Uma necessidade em fruticultura ………………………………… Poda – Uma técnica em jardinagem ………………………………………… Controlar pragas e doenças de forma mais natural ………………………… Proteja as plantas e antecipe a colheita ………………………………………

25 28 31 34 38 43 46 49 52 55 59 62 65 68 71 75

II. Como multiplicar as plantas? ……………………………………………… 79 Novas plantas a partir de semente ……………………………………………… 82 Copie as suas plantas a partir de estacas …………………………………… 85 Unir duas plantas por enxertia …………………….……………………….…… 88 Mudar de casta para saborear outros tipos de uvas …………………….…… 91

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III. Como cultivar? ………………………………………………………… Legumes e Cogumelos Aboborinha (curgete) ………………………………………..……………… Alface …………………………….………………………………………… Alho …………………………….………………………………………… Batata ………………………………………………………………………. Brócolo ……………………………..……...………………………………. Cebola ……………………………………………………………………... Cenoura ……………………………………………………………………. Chícharo …………………………………………………………………… Cogumelos ………………………………………………..………………... Couve-tronchuda …………………………………………………...……… Ervilha …………………………………………………………………...… Fava ………………………………………………………………………... Feijão-verde ………………………………...……………………………… Grelo-de-nabo ……………………………………………………………… Pimento …………………………………………………………………… Rabanete ……………………..…………………………………………….. Tomate ……………………………………………………………………...

95 98 101 104 107 111 114 117 120 123 127 130 133 136 139 142 145 148

Plantas aromáticas e medicinais Coentro …………………………………………………………………..… Estévia ……………………………………………………………………… Hortelãs ……………………………………………………………………. Salsa ………………………………………………………………………… Salva ………………………...……………………………………………..

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Frutas Amêndoa ……………………………..……………………………………. Azeitona …………………………………..……………………………….. Castanha …………………………………………………………………… Cereja ……………………………………………………………………… Figo …………………...…………………………………………………… Fisális ………………………………………...………...………………… Laranja …………………………………………………………………….. Limão ……………………………………..……………………………….. Maçã 1 ……………………………………………………...……………… Maçã 2 …………………………………..……………………………..…… Marmelo ……………………………………………………………………

168 171 174 177 180 183 186 190 194 197 200


Mirtilo ………………………………..…………...………………………… Morango ……………………………….…………………………………… Pera …………………………………….…………………...……………… Romã …………………………………...……………...…………………… Uva 1 ……………………………………………………………………… Uva 2 ………………………………………...………………………………

203 206 210 214 218 221

Cores outonais no jardim ………………………………………………….. 229 Sebes vivas para a horta ou jardim ……………………………………….… 233 Alternativas aos relvados ………………………………………………….. 237 Azevinho …………………………………………………….…………….. 240 Bolbosas ………………………………………….………………………... 244 Camélia …………………………...………………………………...……... 247 Estevas …………………………………………………………………….. 250 Flores comestíveis …………………………………………………………. 253 Lavândulas ……………………………..…………………………………... 257 Medronheiro ………………………………………………………...…...… 260 Murta ……………………………………...……………………………….. 264 Roseira ………………………………………………..……………………. 267 Sabugueiro ………………………………….……………………………… 271 Suculentas …………………………………………………………………. 274 Tomilhos ……………………………………...…………………………… 277 IV. A horta, o jardim e a saúde ……………………………………………... Alimentação saudável e sustentável ………………………………………… Produção biológica na horta ……………………………………………….. A nossa horta e a Dieta Mediterrânica ……………………………………... Da horta ao prato …………………………………………………………. Horticultura social e terapêutica …………………………………………....

281 284 287 290 293 297

Sedimentar conhecimentos Glossário de termos técnicos ………………………………………………. 302 Sugestões de leitura ………………………………………………………… 310 Sugestões de visitas ………………………………………………………… 317 Agradecimentos …………………………………………………………… 321 ……………………………………………………… 323

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PrefĂĄcio

Algumas palavras em jeito de prefĂĄcio

! " ! ! # $ " " %"& ' $ ! " & $ !' # * %"& $ " ! no seu autor. Partindo deste principio e do meu conhecido gosto nĂŁo sĂł pela cozinha, mas * " $ + & $ & / " ! / # $ ! # $ : ; & # $ " ! * " " # ter lido esta obra. Explico-me. < " ! " $ " na minha cozinha e poder colhĂŞ-los frescos para usar, como eu faço, outra ĂŠ saber $ " ! " # "& = $ $ & >MĂŁos Ă horta’ – nĂŁo podia & ! + " $ "& * @ % $ " $ ' * $ # * # J " ! " $ & ! * = $ " " ! ! "& K $ # & & "'# ' # a minha salsa, a minha salva, o meu cebolinho, vĂŁo poder animar muito mais e muito melhor, o meu terraço. E, surpresa das surpresas, vou ter a ousadia de plantar

" " $ $ " ' +! / $ & ! $ " ! * " ' " # "& $ diariamente utilizamos nas nossas cozinhas, mas tambĂŠm para avaliar o trabalho $ " 15


Q " & " " % " & " " $ * " ! * $ W # " /' # $ * "& # /' $ " * # # * X Y poucos, certamente. Q " * ! " % " ' $ ! # * # $ $ ' & $ " +! " ! %" " " $ # %! % $ " " ! ' transformada na agrónoma da minha família – conto poder dar uns conselhos " $ # # "& $ !' " repasto –, como penso ter-me tornado numa mais atenta compradora. Z & " $ [ ! " "& # # "& = $ mim, e acredito, tambÊm de vós, compradores mais conscientes. # # $ " >Mãos à horta\ ! * + $ " # "& " ! $ # "# ! # ]

Helena Sacadura Cabral 23/07/16

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I. Compreender a horta e o jardim


TENHA EM ATENĂ‡ĂƒO:

• Os produtos e as preparaçþes sugeridas sĂŁo menos nocivos para o ambiente e " # $ J /' * ; ^ saĂşde; • Os biopesticidas caseiros devem ser preparados na hora, pois perdem as suas caracterĂ­sticas facilmente e devem ser aplicados fora das horas de maior exposição solar, dado serem produtos fotodegradĂĄveis; ` k' $ / " ! "! " /q produtos e manter fora do alcance das crianças os produtos e as preparaçþes; ` w! /' no mĂŠtodo a utilizar para o seu combate peça ajuda a um tĂŠcnico.


Proteja as plantas e antecipe a colheita* Para favorecer o crescimento das plantas e produzir fora de ĂŠpoca poderĂĄ recorrer a estufas de diferentes formas e tamanhos.

Em regiĂľes como o Algarve, Odemira, Montijo ou PĂłvoa de Varzim, ĂŠ vulgar encontrar estruturas de madeira ou metal cobertas por plĂĄstico e/ou vidro designadas vulgarmente por estufas, utilizadas para otimizar a produção de hortĂ­colas, como " # # # ' %! # " # $ # * # # ; * [ ter formas variadas (arco, arco gĂłtico, “capelaâ€?- telhado em duas ĂĄguas) e ajudam a controlar as condiçþes ambientais e favorecer o crescimento das plantas. Considere * " " $ & { forma de otimizar a gestĂŁo da mesma. * Autor: J. Miguel Costa

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II. Como multiplicar as plantas?

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Qual a melhor Êpoca para fazer as estacas? Na primavera, para as estacas tenras, a partir da rebentação do ano. No verão, para ! | " & # " ! " " " & } k ! # " & # " ! " " & ou mais. Como preparar uma estaca caulinar?

` : " ! " " $ $ " " ~ • Cortar /' # * " | *"+$ }# * J de um nĂł; • Retirar as folhas inferiores, para nĂŁo apodrecerem em contacto com o substrato, e cortar as superiores ao meio, se forem grandes, evitando perdas de ĂĄgua excessivas por transpiração. Como aumentar o sucesso do enraizamento? Manter as estacas em ambiente com elevada humidade relativa (para reduzir as perdas de ĂĄgua por transpiração), luz mĂŠdia, sem incidĂŞncia direta da luz solar e temperatura Ă volta dos 20ÂşC. A melhor forma de conseguir estas condiçþes ĂŠ cobrir a zona de enraizamento com plĂĄstico transparente, assente sobre aros de metal ou arame. As estacas para enraizar devem ser colocadas num substrato Ă base de turfa e perlite (em $ $ ! " } * Em espĂŠcies de difĂ­cil enraizamento, poderĂĄ utilizar-se uma hormona de enraizamento (auxina), para promover o crescimento e desenvolvimento de raĂ­zes e melhorar a $ " [ & ' # " # " " | }# $ ^ * & estĂŁo disponĂ­veis em centros de jardinagem e lojas de produtos agrĂ­colas. Etapas para um enraizamento bem-sucedido: • Lavar e desinfetar as placas de alvĂŠolos ou vasos a utilizar; • Preparar o substrato e encher os recipientes; • Preparar as estacas; 86


• Mergulhar a base das estacas numa hormona de enraizamento (em estacas de difícil enraizamento); • Enterrå-las cerca de 1/3 no substrato (estacas tenras e semilenhosas) e cerca de 2/3 para as estacas lenhosas; ` $ " ~ • Rega | & ! }# * húmido, sem encharcar, para evitar o apodrecimento da base das estacas.

DICA:

# ' " /' $ # para estacas tenras ou semilenhosas e dois a trĂŞs meses, para estacas lenhosas.

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Unir duas plantas por enxertia* Para plantas ornamentais ou ĂĄrvores de fruto, a enxertia ĂŠ uma forma de propagar plantas - e junta o melhor de duas plantas numa sĂł. Mas nestas >uniĂľes’ ĂŠ preciso que as partes sejam compatĂ­veis, tal como num casamento. A enxertia ĂŠ usada por viveiristas e jardineiros em diversas situaçþes e por vĂĄrias razĂľes. A principal serĂĄ a de juntar as melhores caracterĂ­sticas de duas plantas numa # # " * + $ $ " Y * # & {! $ + " $ # J & ~ & $ ' #  ~ J * w " $ & "! ! Uma das tĂŠcnicas de enxertia mais usadas em fruteiras ĂŠ a enxertia por garfo, nomeadamente na multiplicação de pereiras, macieiras, cerejeiras, ameixeiras, 88

* Autor: RaĂşl Rodrigues


Legumes e cogumelos


Aboborinha-de-verão na horta e no prato* Tem um sabor suave e neutro, o que faz com que possa ser usada numa grande variedade de pratos, das saladas aos doces. Depois de colhida, pode ser conservada entre uma a duas semanas no frigorífico. Quanto ao cultivo, escolha locais com boa exposição solar e não se esqueça das regas frequentes.

A aboborinha-de-verĂŁo ou curgete, muito utilizada na cozinha mediterrânica, sobretudo em ItĂĄlia onde ĂŠ conhecido por zucchini, em França por courgette e em Espanha por calabacin# " ! ! # "& $ ' ' formas. Por possuir um sabor suave e neutro, a aboborinha torna-se muito versĂĄtil " # $ " * ‚ utilizada em saladas, sopas e em pratos salgados ou doces. 98

* Autor: Maria da Graça Palha


* ! "& Q "& * " " " % % " $ # $ " ย [ " ! "! $ * " J " "& # $ "& " # "& ! $ ' * +!

DICA:

Nรฃo deixe de cultivar brรณcolos na sua horta e disfrute das suas fantรกsticas + ! " /' & # # " J # " / [ $ ' > "& * " \ $ * " prรณprio.



Plantas aromรกticas e medicinais

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Salsa e coentro - aromas na mesa e no jardim* De entre as plantas aromĂĄticas e medicinais (PAM), a salsa e o coentro sĂŁo as mais utilizadas na cozinha mediterrânica. Se hĂĄ uns anos atrĂĄs o raminho de salsa e de coentro era um complemento gratuito de qualquer compra de hortaliças no mercado, hoje em dia isso jĂĄ nĂŁo acontece. Dado tratarem-se de plantas de fĂĄcil cultivo, quer num cantinho do jardim, quer numa vaso ou f loreira, propomos-lhe que ‘meta mĂŁos Ă terra’ e cultive salsa e coentro de forma a tĂŞ-los sempre frescos e ao dispor para aromatizar ou decorar um prato de comida tipicamente mediterrânica.

A salsa (Petroselinum crispum (Mill.) A.W. Hill., da famĂ­lia das ApiĂĄceas) era considerada $ " ! & ! Z Ă?stmicos e como adorno de tĂşmulos. Os romanos foram os primeiros a utilizar 154

* Autor: Maria Elvira Ferreira


a salsa como alimento ou condimento para as refeiçþes. Por sua vez, o coentro (Coriandrum sativum L., da famĂ­lia das ApiĂĄceas) jĂĄ era mencionado na BĂ­blia, no [ # " $ " ! as sementes secas, conjuntamente com cominhos e vinagre para conservar a carne. Na Idade MĂŠdia, as sementes eram utilizadas na produção de uma bebida fermentada, semelhante Ă cerveja. As plantas As plantas de salsa e de coentro podem atingir entre 60-80 cm de altura, em condiçþes Ăłtimas de crescimento e sem cortes. As folhas de salsa sĂŁo grandes e ! # * " ‡ ! $ tĂŞm folhas frisadas, mais utilizadas na decoração de pratos. As folhas do coentro ' # | " } e tĂŞm uma cor verde mais pĂĄlida. As sementes da salsa sĂŁo de reduzida dimensĂŁo # $ ' # ! castanha pĂĄlida. Onde e quando cultivar? [ " * $ " # " ligeiros, bem drenados e com algum teor de matĂŠria orgânica. Podem ser cultivados # * " " /' # $ o coentro ĂŠ mais tolerante a temperaturas mais elevadas. Por isso, a sementeira do coentro pode ocorrer de fevereiro a setembro e a da salsa, durante todo o ano, em especial entre março e abril e agosto e setembro. Faça sementeiras escalonadas para poder dispor destas plantas ao longo do ano. Como cultivar? A salsa e o coentro podem ser semeados diretamente no local onde vĂŁo ser produzidos, de preferĂŞncia em linhas distanciadas entre si de 20-30 cm e 10-15 cm entre as plantas na linha. A profundidade da sementeira ĂŠ proporcional ao tamanho da semente, ou # $ # " ! uma profundidade de cerca de 0,5 cm e a do coentro a cerca de 1,0 cm. A semente da " + " # " $ & %" # para acelerar a sua emergĂŞncia. As sementes de salsa germinam passados 20 a 40 dias, $ ˆ„

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Frutas

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AmĂŞndoas doces e amargas* Tal como reza a lenda de Gilda, a rainha do Norte da Europa que desposou um rei mouro, quem ĂŠ que ainda nĂŁo ficou maravilhado com a beleza de uma amendoeira em f lor? Quem ainda nĂŁo ouviu falar nas encostas de rios de TrĂĄs-os-Montes que no final do inverno ganham uma tonalidade invulgar de branco e rosa, e para as quais se organiza a “rota das amendoeiras em florâ€? para apreciar tal beleza?

A planta A amendoeira, Prunus dulcis (Mill.) D.A. Webb., ĂŠ uma planta da famĂ­lia das RosĂĄceas, "& # q $ ‰ $ * + pelas regiĂľes de clima mediterrânico. Em Portugal, cultiva-se desde a Terra Quente 168

* Autor: JosĂŠ Alberto Pereira


• Se os frutos recĂŠm-formados caem prematuramente pode ser devida a um excesso de frutos vingados, muita ĂĄgua, baixos nĂ­veis de nutrientes ou forte exposição ao frio.

DICA:

Quando os limoeiros permanecem renitentes em nĂŁo produzir, nĂŁo se lamente, siga os conselhos populares “sem dĂł nem piedadeâ€?: obrigue os ramos da ĂĄrvore a vergar # %"& * tronco principal da ĂĄrvore com um pau ou uma corda, sem a ferir. O stress causado Ă planta, com esta atuação, vai desencadear uma forte luta pela sua sobrevivĂŞncia, ! " /' " /' ! | J J " # # } " " " /' Assim, a planta garantirĂĄ a sua continuidade, produzindo “descendentesâ€? ou seja, frutos com sementes.

NOTAS:


Romãzeira - símbolo da bonança* Devido às propriedades antioxidantes dos seus frutos, esta espÊcie tem ganho, nos últimos anos, grande importância. As suas qualidades ornamentais, tanto no jardim como em varandas ou vasos, tambÊm ajudam à valorização da espÊcie.

Em jardinagem tem-se vindo a generalizar a construção de jardins cada vez mais ECOsustentåveis, onde ao valor estÊtico se alia o seu valor produtivo. Neste sentido, a utilização de espÊcies com esta dupla aptidão, como a romãzeira, são exemplos a serem seguidos. A utilização da romãzeira Ê vulgar em jardins de estilo mediterrânico, em cercas vivas e como planta em vaso, adaptando-se bem ao cultivo ! $ /

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* Autor: Margarida Costa


A planta A romĂŁzeira (Punica granatum ÂŒ # +" ÂŒ }# $ ! # %„ " # # ! "& $ ! Q " $ # extremo dos ramos, de cor alaranjada. Os frutos sĂŁo esfĂŠricos, com casca coriĂĄcea e grossa, de cor amarela-esverdeada ou rosada. O interior ĂŠ composto por numerosas # * " $ # ! "& # * mais ou menos doce e mais ou menos adstringente, conforme a variedade. A >[ \ % * # # * & $ # $ ! >Â? "\ >[ \ polpa de cor vermelha intensa e sabor ĂĄcido. Como obter? Nos centros de jardinagem pode encontrar para alĂŠm da variedade portuguesa >[ \# * ! >Y "" " & \# >‘ " \# >Â? "\ >[ \# & Q * # por fazer as suas prĂłprias plantas, a partir de estacas de madeira dura, de ramos ! "& # " # " k " do inverno, faça estacas com, pelo menos, trĂŞs nĂłs e 15-20 cm de comprimento e enterre-as cerca de 2/3 no substrato. Regue de forma a manter o substrato hĂşmido. ApĂłs dois a trĂŞs meses as estacas começarĂŁo a dar sinais de enraizamento e poderĂĄ " %" " " ! # Como dispor as plantas no jardim? [ ' ! $ $ * $ # podendo plantar-se isolada, em grupo ou na formação de sebes. É uma espĂŠcie versĂĄtil $ " Â’ ! % de folhas, exibindo apenas ramos, depois com a chegada da primavera, cobre-se de "& ! * "& # # J * # " k # "& !' $ " " % $ ! "& # $ # $ Pode plantar de 2 em 2 m, para formar sebes altas, compactas e defensivas (os ramos terminam em espinhos), mantendo-se bastante bonitas, com podas e regas pouco $

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Plantas ornamentais e flo res

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Plante-as, preferencialmente, no outono-inverno. Desenvolvem-se bem em solos leves, pobres em matĂŠria orgânica e bem drenados. Algumas espĂŠcies preferem solos ĂĄcidos (C. ladanifer L., C. palhinhae Ingram, C. populifolius L., C. monspeliensis L., C. salvifolius ÂŒ }# $ " " |C. albidus L.), com exposição soalheira, embora possam aparecer em locais sombreados pelas ĂĄrvores. Que cuidados de manutenção? Estas espĂŠcies exigem pouca ou nenhuma manutenção, devendo realizar-se uma rega moderada (sĂŁo sensĂ­veis ao excesso de ĂĄgua). As espĂŠcies companheiras devem ter exigĂŞncias hĂ­dricas semelhantes, para evitar incompatibilidades de cultivo. SĂŁo pouco exigentes em adubação, bastando fazer uma ligeira incorporação de matĂŠria ; # + /' K % " ! # /' # " " % # # " ! # ! " & # ' ^ [ “ $ * ! Se isso acontecer, devem-se cortar na primavera. Regra geral, mantĂŞm-se livres de pragas e doenças devido Ă presença da resina exsudada, dispensando tratamentos

DICAS:

• O lĂĄbdano, segregado pelo caule e folhas da esteva, ĂŠ utilizado em perfumaria J ~ • As folhas e as sementes da esteva sĂŁo utilizadas para condimentar pratos de carne, "& # $ $ * "& * ! ~ ` ” "& / $ # "& ! calçado, sem usar meias (mudando-as todos os dias), para eliminar o mau cheiro e suor dos pĂŠs.

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As flores tambĂŠm se comem* As flores sĂŁo fascinantes em beleza e perfume, mas tambĂŠm em... paladar! Sabia?

[ ' & * " ^ /q $ $ " # w*" / ! ' simplesmente nos campos cultivados ou nas paisagens naturais. Os picos de venda % " # Y' # namorados, dia de Todos-os-Santos e ĂŠpocas e ocasiĂľes festivas. Y " /' # # * # " + # # " J ] K #

" " /' # J " " Y J = # " & * * & ' * Autor: Isabel de Maria MourĂŁo

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IV. A horta, o jardim e a saĂşde

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Alimentação saudåvel e sustentåvel* Sabia que as suas escolhas alimentares inf luenciam a qualidade do ambiente e da vida no nosso planeta e podem contribuir de forma positiva para uma alimentação saudåvel e sustentåvel

A produção de alimentos tem tido efeitos muito negativos no aumento dos gases |• }# $ + " # provocando um aumento da temperatura do ar. Segundo a Organização das Naçþes Unidas para a Alimentação (FAO), o sector agrĂ­cola mundial contribui com 30% das emissĂľes totais de GEE, devido Ă utilização direta de energia na agricultura, Ă s emissĂľes de metano pelos animais ruminantes e pela produção de arroz em campos alagados, Ă produção e transporte de fertilizantes e pesticidas, Ă incorporação no solo de adubos azotados e de matĂŠria orgânica, Ă preparação, transporte e distribuição

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* Autor: Isabel de Maria MourĂŁo


dos alimentos, bem como Ă degradação do solo e Ă ocupação de novas ĂĄreas para a produção de alimentos. Para satisfazer o aumento da população mundial previsto para 9 mil milhĂľes de pessoas em 2050, a produção agrĂ­cola terĂĄ de aumentar, mas como o poderemos fazer sem elevar ainda mais a emissĂŁo de GEE? Para alĂŠm das necessĂĄrias alteraçþes estruturais nos sistemas alimentares e nas cadeias de abastecimento, ĂŠ evidente o papel dos consumidores, pois a produção e o consumo estĂŁo intimamente ligados. Em Ăşltima instância, o consumidor, atravĂŠs do seu comportamento de compra, decide o tipo de alimentos, o seu modo de produção e a distribuição no mercado. O que podem fazer os consumidores? • Optar por modos e prĂĄticas de produção de alimentos mais sustentĂĄveis, " * " $ # /' agricultura convencional, tem um menor impacto nas alteraçþes climĂĄticas, principalmente devido Ă nĂŁo utilização de fertilizantes minerais de sĂ­ntese e Ă maior incorporação no solo de matĂŠria orgânica, estimando-se, segundo a FAO, uma diminuição da emissĂŁo de CO2 de 48-60%. • Desenvolver o conceito de uma alimentação “saudĂĄvel e sustentĂĄvelâ€?, ou # * " $ # # atenda Ă s necessidades de saĂşde, nomeadamente atravĂŠs da diminuição do consumo de carne e derivados e aumento da ingestĂŁo de cereais, frutas e " [ /' # $ $ " " /' ' ; < ! " $ de valor nutricional e atrativa para os consumidores. • Diminuir a utilização de embalagens e o consumo de produtos processados, como por exemplo alimentos prĂŠ-confecionados e ultracongelados. A maior parte da energia consumida no sistema alimentar ocorre no circuito da pĂłs-produção dos alimentos atĂŠ ao consumidor. Em certos produtos os efeitos ambientais e os gastos energĂŠticos de transformação, embalagem, conservação, transporte e distribuição sĂŁo muito superiores aos da produção e podem atingir dois terços do gasto energĂŠtico total. • Dar prioridade aos sistemas locais/regionais de produção e de alimentação, com o intuito de reduzir o transporte e o custo das transaçþes comerciais, favorecendo em simultâneo as economias locais.

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‘Mãos à horta

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