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Gestora pede evolução no mercado condominial

ENTREVIST A Em busca de profissionalismo

Elisangela Nogueira acredita que o mercado condominial precisa evoluir

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A pandemia causada pelo novo coronavírus afetou a forma de fazer jornalismo nos principais veículos de comunicação do país. TVs, rádios, sites e jornais impressos passaram a adotar novas es tratégias para levar a informação até o público. Com a revista O Síndico não foi diferente. Respeitando o isolamento so cial, optamos por fazer as apurações de nossas matérias utilizando ferramentas como o WhatsApp, por meio da qual foi feita a entrevista com a síndica profissio nal, administradora e gestora do Grupo Nogueira, Elisangela Nogueira.

Apaixonada pela atuação junto ao

divul gação mercado condominial de Juiz de Fora, ela propôs, durante a Rodada Condominial de Negócios – Edição Juiz de Fora, em fevereiro, a criação de uma associa ção de administradoras. Isso porque, na visão dela, o mercado ainda precisa cres cer no que diz respeito ao profissionalismo, e a associação seria decisiva neste sentido, principalmente ao compartilhar conhecimentos. Atenta ao crescimento do mercado, ela aposta na Zona Norte como novo vetor de desenvolvimento do segmento, pois acredita que as caracte rísticas das habitações desta região estão mudando.

O Síndico – Como é a sua experiência como síndica profissional?

Elisangela Nogueira – Eu amo lidar com pessoas e ser síndica profissional, pois é es tar em constante aprimoramento e transformação para atender aos clientes e condo mínios da melhor maneira possível, buscando o equilíbrio diário entre moradores. Não se trata de uma tarefa fácil ou uma simples profissão. Ser síndico hoje, profissional ou não, é saber lidar com situações cotidianas q ue nem sempre estão sob nosso controle, é ter autocontrole para cuidar do patrimônio do outro. É co nhecimento e aprendizagem diária.

De acordo com Elisangela, a criação de uma associação seria o caminho para a melhora dos serviços prestados

Como você vê o mercado de administração de condomínios em Juiz de Fora na atualidade?

Vejo como um mer cado profissional promissor. Todavia, assim como em outras áreas, temos profissionais inaptos à função. Para ser administradora de condomínios nos dias atuais e no mercado futuro é necessário se profissionalizar e estudar mais a cada dia. Atualmente, a ad ministradora não pode ser mais uma ‘emissora de boletos’ e orga nizadora de papéis. Para que um condomínio

Atualmente, a administradora não pode ser mais uma ‘emissora de boletos’ e organizadora de papéis

ou associação seja realmente administrado, é necessário um suporte maior, que inclua conhecimentos em diversas áreas, tais como jurídica, administrativa, contábil, de enge nharia e gestão de pessoas.

Durante a Rodada Condominial de Negócios – Edição Juiz de Fora, você chegou a mencionar a necessidade de criação de uma associação de administradoras na cidade. Por quê?

Com o crescimento do número de novas administradoras e síndicos profissionais, temos uma oferta de mercado em Juiz de Fora e região, a qual, infelizmente, não está apta a atender aos condomínios e às asso ciações com a segurança jurídica e contábil necessária, o que pode vir a causar danos futuros aos condôminos.

Quais os benefícios que a associação proporcionaria?

A associação poderia trazer benefícios tanto para as administradoras como para seus colaboradores e, também, aos edifí cios administrados, uma vez que a força de uma associação é capaz de proporcionar a união dos profissionais, tor nando o mercado mais qualificado, prestando serviços com mais qua lidade e profissionalismo aos seus clientes. O objetivo da associação seria o compartilha mento de conhecimento entre os profissionais da área condominial, a fim de gerar melhorias nos serviços prestados, visando ao profissiona lismo, à ética e à equidade do mercado de administradoras e sín dicos profissionais para que sejam reconhecidos e valorizados.

A região Norte de Juiz de Fora tem cres cido muito. Você acredita que seja uma área de expansão do mercado de condomínios na cidade?

Acredito que seja. Tanto que eu, há mui tos anos, já trabalho na região como síndica profissional e, também, com administração de condomínios. Como gestora do Grupo Nogueira, resolvi investir na região, tendo uma estrutura completa atendendo ao mer cado local, que é local de grande crescimento de condomínios e associações na cidade. Há grande extensão e verticalização da Zona Norte, com alto índice de expansão e de senvolvimento, uma vez que têm chegado grandes empresas, shoppings e faculdades, deixando de ser região de residências unifa miliares e condomínios pequenos.

Como o novo coronavírus afetou os con domínios de Juiz de Fora?

A COVID-19 trouxe uma nova realidade aos condomínios. Foi necessária uma ree ducação total, em especial em relação aos condôminos, que tiveram que aprender a viver isoladamente em comunidade. A grande dificuldade que enfrentamos é com os que possuem área de uso comum, tais como piscinas, playground, salões de fes ta e academia de ginástica, pois esses espaços que tiveram de ser isolados. Diante disso, passamos por problemas como a fal ta de compreensão de muitos moradores, que questionavam o direito de proprieda de, o que, na situação de pandemia, teve que ser restringido em muitos casos, para o bem comum. Tivemos que adotar medidas conjuntamente com os síndicos dos condo mínios administrados e as conservadoras parceiras, conscientizando condôminos e colaboradores para que o quesito limpeza e conservação recebesse atenção redobrada, a fim de contribuir para a não propagação do vírus. Sendo assim, equipamos nossos funcionários com todas as medidas instituídas pelo Ministério da Saú de e oferecemos instalação de ál cool gel em muitos condomínios.

O que mudou na rotina das ad ministradoras com a pandemia?

Em relação à rotina das admi nistradoras, eu, como síndica pro fissional, conjuntamente com o Grupo Nogueira, não sentimos mui ta dificuldade no quesito tecnologia, haja visto que já traba lhávamos de forma on-line e conectada há muito tempo. Porém, acredito que muitas administradoras tiveram que se adaptar a isso, pois trabalham ainda no método tra dicional. Diante disso, o que mais senti, e também os clientes, em especial os idosos, foi a falta de contato físico e pessoal, pois esses condôminos têm a necessidade de es tar presente no dia a dia do condomínio, e o período de isolamento social tem sido muito difícil para todos.

Alguma dica para enfrentar essa crise?

A dica que tenho a compartilhar com to dos é a constante prática da conscientização e a empatia entre os condôminos, síndicos e administradoras, e, para nós, profissionais do mercado, a qualificação profissional.

O objetivo da associação seria o compartilhamento de conhecimento entre os profissionais da área condominial, a fim de gerar melhorias nos serviços prestados

* Crédito sujeito à aprovação.

Vamos passar por essa fase unidos, mesmo que separados!

Em razão do cenário atual sobre a pandemia do COVID-19 o mais importante é colaborar para proteção de todos, por isso seguindo as orientações da OMS - Organização Mundial da Saúde, realizamos o adiamento do C afé com Síndico por tempo indeterminado. Mas assim que for designada uma nova data, informaremos através de todos os nossos canais de comunicação.

Enquanto isso, aproveite e mantenha-se informado através do nosso blog com conteúdos exclusivos e atualizados semanalmente.

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