Script de atendimento

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S C R I P T

DE ATENDIMENTO punção venosa infantil O script visa a integração do conhecimento técnico com o atendimento humanizado que visa a melhoria da experiência da criança diante da punção venosa.

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A punção venosa infantil é um procedimento muito importante que por meio da análise pode verificar o estado de saúde do organismo da criança. Para realizar tal procedimento a criança terá que enfrentar pessoas estranhas e procedimentos dolorosos. Isto desenvolve uma ansiedade que a deixa insegura e medrosa, principalmente quando não preparada para este procedimento. Este guia tem como objetivo apresentar um roteiro elaborado para dirigir e controlar as situações interativas entre o colhedor, a criança e os pais para garantir a perícia na punção venosa bem como a melhoria da experiência deles na utilização dos serviços disponibilizados pelo laboratório. Portanto o script visa a integração do conhecimento técnico com o atendimento humanizado que visa a melhoria da experiência da criança diante da punção venosa.

SCRIPT PRÉ-COLETA

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O Primeiro contato feito com o Laboratório poderá ser telefônico, presencial ou via internet. Quaisquer seja a forma, é necessário seguir as orientações a seguir para melhor direcionar o atendimento: Explicar as orientações de coleta das informações passadas, (de forma clara, evitando o uso de termos técnicos para melhor entendimento do conteúdo). O cliente tem que sair do laboratório sem nenhum questionamento sobre os procedimentos que serão realizados posteriormente, evitando assim os erros. Entregar os frascos necessários para a coleta (se este for o caso) juntamente com as orientações por escrito e disponibilizar o guia de preparo psicológico. Realizar o agendamento dos exames e esclarecer aos pais como é feito o atendimento de

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crianças para que ele participe do processo no dia do atendimento.

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A primeira abordagem será feita por uma recepcionista juntamente com um colhedor.

O primeiro passo é receber os clientes na porta, se apresente e se disponibilize para tirar quaisquer dúvidas. A recepcionista pode encaminhar os pais para o cadastro dos exames/ ou pedi-los para aguardar caso o laboratório esteja cheio. O colhedor irá encaminhar a criança para a brinquedoteca/ sala de espera e disponibilizar o objeto de estímulo e a historinha de dramatização. O preparo da criança deve ser realizado preferencialmente por um Colhedor da unidade, que já tenha estabelecido previamente este primeiro contato de com a criança. A disponibilidade do profissional na abordagem inicial é importante para estabelecer esta confiança.

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Inicie o preparo da criança minutos antes da realização do procedimento.

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Apresente-se aos pais da criança e converse com eles, orientando os sobre a necessidade da punção e sobre a utilização do brinquedo terapêutico, ou objeto de estímulo.

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Verifique com os pais qual o comportamento da criança frente aos procedimentos dolorosos.

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Informe sobre o tempo de duração da brincadeira e que após o seu término os brinquedos ficarão na sala e somente o objeto de estímulo será levado para a sala de coleta.

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Apresente a Histórinha e o objeto de estímulo à criança e permita que ela os manuseie.

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Conte uma história à criança (ou deixe que ela mesma leia), envolvendo os brinquedos/ objeto de estímulo, para explicar a punção venosa, permitindo que ele dramatize o procedimento.

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Oriente a criança mostrando na historinha quanto a necessidade de restringir os movimentos e que será permitido que ela chore e expresse seus pensamentos de dor, desconforto, raiva etc....

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A história irá informar a função de cada material utilizado (escalpe esparadrapo, soro etc.)

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Durante a sessão, utilize palavras adequadas, no nível do desenvolvimento da criança.

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Responda as perguntas feitas pela criança.

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Fale com a criança que a punção venosa nunca é usada como punição e dê-lhe uma explicação simples e honesta.

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Reserve um tempo para conversar com a criança e para deixa-la fazer perguntas.

REFERÊNCIAS:

Protocolo para punção venosa (adaptado).

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SCRIPT COLETA

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Incentive a participação dos pais durante o procedimento, orientando-os para que segurem a mão da criança, conversem e fique numa posição que possam ser visto.

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Permita a criança escolher em qual local ele quer que seja feita a punção venosa encorajando o desenvolvimento de sua capacidade de ter iniciativa.

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Peça para a criança manusear o objeto de estímulo para melhor visualização da veia.

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Faça a coleta conforme o Procedimento Operacional Padrão.

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A comunicação é muito importante nesta fase. Explique o procedimento e os materiais que serão utilizados da mesma forma que é mostrado na historinha para que a criança consiga compreender o processo. É necessário também verificar o perfil da criança e com isso constatar a melhor forma de atendê-la, em alguns casos serão mais adequados a coleta mais rápida e em outras uma mais calma com muito diálogo.

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Coloque um esparadrapo ou “band-aid” no local realização da punção venosa. (protocolo de preparo para punção venosa).

SCRIPT PÓS-COLETA

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Elogie os comportamentos da criança que facilitaram a realização do procedimento.

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Forneça novamente os brinquedos anteriormente utilizados para que a criança brinque.

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Anote e analise o conteúdo da dramatização da criança e como se comportou durante a punção venosa.

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Entregue a criança o Kit lanche mais o certificado de coragem.

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Ao final do atendimento encaminhe a família à saída do laboratório.

Este guia faz parte de uma série de três cadernos criada para que todas as partes envolvidas colaborem em vista de uma punção venosa de sucesso.

PROFISSIONAIS

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FAMÍLIA

CRIANÇA

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REFERÊNCIAS BEZERRA, A.R, et al. Minha punção venosa periférica: um material didático. Instrucional no preparo da criança para o procedimento. Revista Soc.Bras. Enferm. Ped. São Paulo, v.9, n.2, p.77-81, dez. 2009. CONCEIÇÃO, C.M, et al. Brinquedo terapêutico no preparo da criança para punção venosa ambulatorial: percepção dos pais e acompanhantes. Esc Anna Nery. Rio de Janeiro, v.15, n.02, p.346-353, abril-jun. 2011. CORREIA, H.A.O; RIBEIRO, C.A; BORBA R.I.H; Realizando punção venosa ou arterial: significado para a equipe de enfermagem da UTI Pediátrica. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre, RS, v.30, n.03, p. 558-60, set. 2009. GOMES, A.V.O, et al. A atuação do enfermeiro frente aos sentimentos e atributos das crianças hospitalizadas submetidas a punção venosa periférica. Rev .Enferm UFPE. Pernambuco, p.371-76, jan-mar. 2011. GOMES, A.V.O, et al. Punção venosa pediátrica: uma análise crítica a partir da experiência do cuidar em enfermagem. Rev eletrônica trimestral de enfermeria, Universidad de Murcia, n. 23. 2011. KISHIMOTO, T. M. Brinquedos e Brincadeiras: Uso e Significações dentro de contextos culturais. apud SANTOS, S. M. P. (org.). Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos. Petrópolis, RJ: Vozes 1997. MARTINS, M.R, et al. Protocolo de preparo da criança pré-escolar para punção venosa, com utilização do brinquedo terapêutico. Rev Latino-am Enfermagem. [s. l.], v.9, n.2, p.76-85, mar. 2001. MEDEIROS, G; MATSUMOTO, S; RIBEIRO, C.A; BORBA, R.I.H. Brinquedo terapêutico no preparo da criança para punção venosa em pronto socorro. Acta Paul. Enferm. [s. l.], v.22, p.905-15. 2009. MORETE, M.C, et al. Avaliação da dor diante da punção venosa periférica. Rev. Dor. v.11, n.2, p.144149. 2010. RIBEIRO, Patrícia de Jesus; SABATES, Ana Llonch; RIBEIRO, Circéa Amalia. Utilização do brinquedo terapêutico, como um instrumento de intervenção de enfermagem, no preparo de crianças submetidas à coleta de sangue. Revista Esc Enferm USP. São Paulo, v.35, n.4, p.420-8. 2001.

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