Luana Kerber - Portfólio Arquitetura e Urbanismo

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PORTFOLIO LUA N A K E R B E R

Arquitetura | Urbanismo trabalhos selecionados

2017



CV 04

06

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Curriculum Vitae

TFG : Arquitetura do Interstício - Plano (UEM)

TFG: Arquitetura do Interstício - P.U. (UEM)

20

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TFG: Arquitetura do Interstício - P.A. (UEM)

Campolide, Lisboa (FAUTL)

Espaço Lampejo (UEM)

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Uni-Ver-Cidade (XXV CLEFA)

Praça Central UEM (Soma EMAU - em obras)

L’Identité Revelée Flers, França (XII FMJA)


CONTATO

Luana Kerber

Brasileira 18 de Junho de 1990, Três Passos - RS, Brasil luuanakerber@gmail.com +55 (44) 99961-4636 R. Artur de Azevedo, 533, apto 72, São Paulo - SP, 05404-011

FORMAÇÃO ACADÊMICA

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Fev/2009 - Dez/2014

Graduação em Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Maringá (UEM) – Maringá, Paraná, Brasil Título Trabalho Conclusão de Curso: Arquitetura do Interstício - Uma intervenção em três escalas; Tema: Intervenção no centro de Maringá/PR como alternativa ao modelo de gestão e planejamento vigente que ignora o passado e prioriza o uso do automóvel individual e a majoração dos lucros imobiliários. A reinterpretação de vazios e a ressignificação de espaços ociosos e obsoletos conformam quadras abertas que promovem densidade, espaços livres e recuperação de estruturas históricas. A articulação dessa rede com um novo Terminal Intermodal e à cidade constituem a base da proposta. Orientadora: Profª. Drª. Gisela Barcellos de Souza;

Set/2011 - Jul/2012

Mobilidade Acadêmica em Arquitetura e Urbanismo Universidade Técnica de Lisboa (FA-UTL) - Lisboa, Portugal

Ago/2015 - Dez/2015

Aluna especial: Formação Urbana e Condicionantes para Produção do Espaço no Brasil. Programa de Mestrado pela Universidade de São Paulo (USP) - Brasil

Set/2016 - Fev/2017

DSA (Diplôme de Specialisation et d’Aprofondissement) em Projeto Urbano - Semestre I École Supérieure d’Architecture et Urbanisme (ENSA) La Villette - Paris, França.

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA Out/2012 - Dez/2014

Arquiteta voluntária e coordenadora - Soma EMAU O EMAU trata-se de um escritório modelo de arquitetura e urbanismo existente em diversas universidades do Brasil e criado na UEM em 2009 sob o nome de SOMA. Seu principal objetivo é direcionar o trabalho para uma parcela da população que não possui acesso ao trabalho do profissional de arquitetura e urbanismo, propondo uma ação compartilhada com a sociedade.

WORKSHOPS E CONCURSOS RELEVANTES

Dez/2015

XII Fórum Mundial de Jovens Arquitetos - “Flers, uma metrópole rural em desenvolvimento urbano”. Flers, França. Integrou os 25 jovens arquitetos selecionados para o evento que visava apoiar as cidades a encontrar soluções para reapropriação dos centros urbanos como elemento estruturante de um aglomerado rural. Título do trabalho: L’identitée Revelée (A Identidade Revelada) Organizado pela Federação Muncial de Jovens Arquitetos (FMJA), pelo Conselho Internacional de Arquitetos Franceses (CIAF) e pela seção francesa da União Internacional dos Arquitetos (UIA), com apoio da UNESCO.

Out/2013

2º Workshop Internacional de Desenho Urbano - “Arquitetura na América Latina: Visadas e Perspectivas”. UEM, apoio Universidad Nacional de Asunción. Carga horária: 30h.


Avançado: Photoshop, Illustrator, InDesign, AutoCAD, Sketchup. Intermediário: Revit, Lumion, AutoCAD 3D, After Effects.

SOFTWARES IDIOMAS

Português - língua materna; Inglês - Compreende Bem, Fala Bem, Lê Bem, Escreve Bem. (Intercâmbio Staples Motley High School. Staples-MN, USA. Ago/2006 - Jul/2007) Espanhol - Compreende Bem, Fala Razoavelmente, Lê Bem, Escreve Razoavelmente. Francês - Compreende Bem, Fala Bem, Lê Bem, Escreve Bem.

OUTROS/HOBBIES

Viagens (Am. do Sul, EUA, U.E., Reino Unido, Escandinávia, Marrocos), Música (violão/ guitarra), Desenho (croqui livre, nanquim, aquarela), Fotografia, Maquete (papel cartão, madeira balsa), Literatura, Filmes, Esportes (basquete, corrida, pedalada, trilha)

ATIVIDADE PROFISSIONAL

Maio/2015 - Dez/2015

Autônoma com vínculo institucional. Contratada pela Universidade Estadual de Maringá para desenvolvimento do estudo e projeto executivo da PRAÇA CENTRAL DA UEM. Cargo: Arquiteta responsável; Equipe: arquitetos Aryadne Albuquerque, Murilo Barcelos e Wilian Destefani. Espaço de convivência como conquista da comunidade acadêmica com o poder público. Fruto da gestão Soma EMAU (2013-2014), articulado ao movimento estudantil ‘Pelo Direito ao Campus’ (2013), ao Plano Diretor participativo do Campus Sede (2014) e ao 2º Workshop Internacional de Desenho Urbano, UEM (2013), dos quais em todos fora membro ativamente integrante;

Abril/2014 - Nov/2014

Prefeitura Municipal de Maringá - Setor de Obras Públicas Estágio vinculado à disciplina Estágio Supervisionado II Atividades: projetos arquitetônicos - concepção em equipe, estudos preliminares, anteprojetos e projetos executivos para equipamentos públicos como CMEI, CAPS e UPA. Levantamentos in loco; atualização e regularização de projeto; detalhamentos construtivos; projeto de mobiliário; acompanhamento de obra. Carga horária semanal: 20h.

Fev/2013 - Nov/2013

OMK Arquitetura (Maringá/PR) | Estágio vinculado à disciplina Estágio Supervisionado I Atividades: projetos arquitetônicos - anteprojeto, projeto legal, projeto executivo; compatibilização de projetos; detalhamentos; levantamento in loco; assessoria à obra; projeto de arquitetura de interiores; projeto de mobiliário. Carga horária semanal: 20h.

Ago/2012 - Fev/2013

Prefeitura do Campus da Universidade Estadual de Maringá | Estágio Atividades: projetos arquitetônicos - concepção em equipes, estudos preliminares, anteprojetos e projetos executivos para equipamentos no campus sede; compatibilização e adequação de projetos; levantamentos in loco; detalhamentos. Carga horária semanal: 15h.

PRÊMIOS

Maio/2014

MENÇÃO HONROSA - XXV CLEFA (Congresso de la Conferência Latinoamericana de Escuelas y Facultades de Arquitectura) FADA/UNA; UDEFAL. Concurso Internacional de Estudantes: “Os tempos de crise e as novas oportunidades para o desenho”. Título do trabalho: “Uni-ver-cidade: no meio da cidade havia um campus, havia um campus no meio da cidade”. Tema: Desenho urbano e Plano Diretor como substratos do Direito ao Campus.

Out/2015

MENÇÃO HONROSA - ÓPERA PRIMA 2015; Promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil, o concurso premia os melhores Trabalhos de Conclusão de Curso do ano antecedente no país. (Juri em curso).

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1. TFG : Arquitetura do Interstício //

Uma intervenção em três escalas 2014 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM) MENÇÃO HONROSA CONCURSO ÓPERA PRIMA 2016.

Data: Levantamento em campo, dissertação e projeto: março-outubro 2014 [8 meses]

Maringá

Localização: Maringá, Paraná, Brasil Equipe: Luana Kerber

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Paraná

Orientadora: Profª. Drª. Gisela Barcellos de Souza Tipo: Intervenção urbana com desdobramento arquitetônico Escala: Planejamento urbano, Projeto urbano e arquitetônico

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Resumo: A Arquitetura do Interstício explora uma alternativa ao modelo de gestão e planejamento vigente em Maringá/PR que ignora o passado e prioriza o uso do automóvel individual e a majoração dos lucros imobiliários. Este modelo agrava a tendência à dispersão urbana e o processo de deterioro e abandono do tecido do centro – extremos de um mesmo fenômeno – que hoje a cidade enfrenta. Esta tendência foi acelerada nas últimas décadas, quando a ferrovia foi rebaixada em sua porção central e seu antigo pátio de manobras foi reparcelado e destinado à ação do mercado imobiliário. À medida em que as áreas disponíveis no antigo pátio de manobra se escasseavam, a pressão dos agentes imobiliários pela viabilização de outras frentes de especulação teve desdobramentos devastadores no centro antigo. Por um lado, promoveu-se o processo de degradação e demolição de estruturas importantes no desenho original. Por outro, fomentou-se o abandono do papel institucional e representativo do Centro. O trabalho desenvolve uma hipótese de cidade que se opõe a esta lógica. A reinterpretação de vazios e a ressignificação de espaços ociosos e obsoletos que constituem a base para a proposta. Propõem-se intervenções urbanas pontuais articuladas em rede, inseridas nos interstícios dos quarteirões do eixo central de Maringá, como forma de conciliar a memória e as perspectivas de futuro, bem como de promover um sistema de espaços de convivência voltados ao pedestre. Articulam-se, portanto, galerias abertas, edificações propostas e existentes (abandonadas e em uso); multiplicam-se as interfaces entre o público e o privado e as possibilidades de encontro e sociabilização. Esta hipótese é explorada em três escalas: na escala do Plano, revisam-se os parâmetros de uso e ocupação para os quarteirões do eixo central; na escala do Projeto Urbano articula-se a rede de espaços coletivos e públicos à um Terminal Intermodal e a uma nova proposta de mobilidade urbana; por fim, na escala do Projeto Arquitetônico detalha-se um quarteirão que exemplifica o que poderia vir a se repetir nas demais quadras abertas propostas.


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Inserção da proposta no território


1977

1989

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2000

CONSTRUÇÃO DA PROBLEMÁTICA MORFOGÊNESE CENTRAL Obedecendo os traçados do projeto urbano de Jorge de Macedo Vieira, de 1947, a cidade de Maringá – assim como as demais fundadas na região pela Companhia Melhoramentos do Norte do Paraná (CMNP) – foi desenhada a partir da ferrovia. A despeito de ter sido o mote de sua fundação, quando analisada a morfogênese de sua área central, constata-se que a ferrovia se impôs como uma barreira urbana desde sua implantação. Somente na década de 1990, entretanto, iniciam-se as obras de rebaixamento da via férrea na cidade; o antigo pátio de manobras – uma grande gleba junto ao centro – surge, neste momento, como uma nova área passível de ocupação. Ainda que se tenha encomendado nos anos 1980 um projeto de Oscar Niemeyer para a reconversão deste pátio, nunca buscou-se implementá-lo: a área foi reparcelada e, atendendo estritamente aos interesses da especulação imobiliária, elaboram-se para esta novos parâmetros de uso e ocupação que multiplicaram exponencialmente as possibilidades de construção. Constituiu-se, assim, o chamado “Novo Centro”. As áreas de espaços livres públicos que conseguiram remanescer neste processo foram paulatinamente transformadas em grandes estacionamentos. Enquanto isso, o Eixo Central de Maringá – que correspondia a uma perspectiva monumental no projeto de Macedo Viera –, permaneceu como um hiato entre essa nova centralidade ao norte e um fenômeno de verticalização deslocado para sua porção sul. CENÁRIO ATUAL À medida em que as áreas disponíveis no Novo Centro se escasseiam, a pressão dos agentes imobiliários pela viabilização de outras frentes de especulação revela desdobramentos devastadores no perímetro do centro antigo. Por um lado, é fomentado o processo de degradação e demolição de estruturas importantes no desenho original, para serem substituídas por novos empreendimentos – além da antiga ferroviária, demoliu-se também, em 2010, da antiga rodoviária, que demarcava a porta de entrada da cidade e emoldurava seu cartão postal, a Catedral. Por outro, promove-se o abandono por completo do papel representativo e simbólico que o Centro ainda hoje desempenha: propõe-se a construção de um questionável “Novo Centro Cívico” que não apenas retira da área central as instituições públicas, como também, cria de um novo polo de atração em área distante, viabilizando novas áreas de interesse imobiliário e maximizando o lucro na venda do solo urbano. Dentro desse contexto, verifica-se na escala do aglomerado Maringá-Sarandi-Paiçandu a coincidência temporal entre a tendência à dispersão urbana e o processo de degradação e abandono do tecido do centro de Maringá.

BARREIRA (Ferrovia)

2010

ENCLAVE Antigo Pátio de Manobras BARREIRA TRANSPOSTA (Ferrovia Rebaixada) BARREIRA TRANSPOSTA (Rodovia) LIMITES (Bosques)

ADENSAMENTO VERTICALIZAÇÃO

N

PÓLOS DE CRESCIMENTO CENTRALIDADES

ESQUEMA: Morfogênese central: Centro Histórico - processo de estagnação e degradação; Novo Centro: processo de valorização (alta densidade) atrelado à prática de renovação urbana de se ignorar o existente, eliminar a história e se construir o novo a partir do vazio.


1.ESTAÇÃO FERROVIÁRIA (DEMOLIDA)

7. CINE TEATRO PLAZA (ABANDONADO)

2.ESTAÇÃO RODOVIÁRIA (DEMOLIDA)

8. CENTRO COMERCIAL

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7 8

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3. PRAÇA MOREIRA FILHO (MODIFICADA) LEGENDA ESPAÇOS OCIOSOS NO CENTRO

9. CINE MARINGÁ (DESATIVADO)

37% Estacionamento térreo 6% Estacionamento coberto 14% Estruturas abandonadas 15% Edifício somente pavimento térreo 4. SEDE CMNP (ABANDONADA)

5. HOTEL BANDEIRANTES (ABANDONADO)

6. CATEDRAL N. S. DA GLÓRIA

10. BIBLIOTECA PÚBLICA (DESATIVADA)

ESQUEMAS: Mapeamento dos espaços ociosos no centro: Novo Centro - áreas recentes que sofrem forte pressão especulação imobiliária; Centro Histórico - suas estruturas abandonadas e baixo gabarito denotam sua desvalorização. Mapeamento das estruturas históricas relevantes que foram demolidas, estão abandonadas ou com sua significância modificada. DÉC. 50

DÉC. 80

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MARINGÁ

BR 369-1952

MARINGÁ FERROVIA PÉ VERMELHO-1932/1949

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FERROVIA PÉ VERMELHO-1932/1949

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MARINGÁ DÉC. 70

DÉC. 2010 BR 369-1952

BR 369-1952

MARINGÁ SARANDI FERROVIA PÉ VERMELHO-1932/1949 PAIÇANDU

SARANDI

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FERROVIA PÉ VERMELHO-1932/1949

N

LEGENDA: Eixo estruturador do crescimento ferroviário (Ferrovia Pé Vermelho) Esmaecimento da importância do eixo estruturador ferroviário (FerroviaPé Vermelho) Eixo estruturador crescimento rodoviário

Ganho de importância no eixo estruturador crescimento rodoviário Eixo estruturador urbano (surgimento déc. 50) Eixo estruturador crescimento urbano (surgimento déc. 70)

N

Eixo estruturador crescimento urbano (surgimento déc. 80)

Adensamento Pólo de Crescimento

Eixo estruturador crescimento urbano (surgimento déc. 2000)

Limite de Crescimento Enclave Barreira de crescimento Barreira transposta

Contorno rodoviário Norte e Sul em Maringá Industrias

ESQUEMA: Morfogênese do Aglomerado Maringá-Sarandi-Paiçandu: Coincidência temporal (2010) entre a tendência à dispersão urbana e o processo de degradação e abandono do tecido central.


1.1.Hipótese da Cidade O

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LEGENDA - INTERVENÇÃO USOS E PERCURSOS:

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ESCRITÓRIOS ED. CULTURAIS PROPOSTOS RECUPERADOS ENTORNO PERCURSO ÔNIBUS PERCURSO TREM | VLT PERCURSO PEDESTRE TÉRREO ELEVADO PERCURSO PEDESTRE TÉRREO PERCURSO PEDESTRE TERREO REBAIXADO PERCURSO CICLOVIAS RECUPERA SENTIDO CONVENCIONAL DAS AVENIDAS (redução de conflito com pedestres no centro)

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ESTACIONAMENTOS EDIFÍCIOS ABANDONADOS EDIFÍCIOS TÉRREO

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ENTORNO PERCURSOS EXISTENTES AVENIDAS SENTIDO BINÁRIO

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EDIFÍCIOS HIST./ARQ. SIGNIFICATIVOS 01 - Catedral N. Srª da Glória - Arq. Belucci 02 - Desativado Hotel Bandeirantes-Arq. Belucci 03 - Fórum de Maringá RO 04 - Prefeitura Municipal de Maringá - Arq. Bellucci 05 - Banco Santander - Arq. Paulo Mendes da Rocha 06 - Ed. Residencial Maria Tereza 07 - Desativada Biblioteca Pública - atual Centro de Ação Cultural 08 - Ed. Residencial Michelangelo 09 - Antigo Cine Maringá 10 - Ed. Comercial Três Marias 11 - Centro Comercial 12 - Desativado/abandonado Cine Teatro Plaza 13 - Sede CMNP - atualmente comércio 14 - Antiga região de armazéns - Mercado Municipal

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HIPÓTESE DA CIDADE

IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS DE INTERVENÇÃO

Levou-se em consideração, para hi-

HABITAÇÃO

HABITAÇÃO

COMBINAÇÃO

HABITAÇÃO

Frente a essa conjuntura, a HIPÓTESE DA CIDApótese da cidade proposta, o desafio da arquitetura do realismo, que busca DE propõe uma alternativa à lógica vigente de modos de projetar sobre as preexisconstrução da cidade: (1) que desconsidera o tências. Avaliando estruturas como existente, elimina a história e constrói o novo os clusters e mat-buildings, como estratégias formais, pragmáticas e a partir do vazio; (2) que promove uma arquiteexperimentais, para basear as intertura de extrema verticalização – que visa apevenções, visto que são mais bem adaptáveis a uma realidade em evolução, nas a maximização dos lucros do mercado imomais capazes de se infiltrarem nos biliário e produz apartamentos cada vez menos interstícios do existente (Montaner, 2009). Buscou-se o apoio em conceitos ventilados e iluminados –, na qual os espaços que favorecem o intercâmbio do edifícondominiais visam substituir, em um contexto cio com o espaço urbano e a paisagem, que criassem relações mais intensas e controlado, os espaços de sociabilização da rua diretas entre o objeto arquitetônico e e da cidade; (3) que prioriza a destinação dos a cidade e que incorporassem a dinâmica urbana no âmbito dos edificações. espaços livres públicos aos veículos automotiEDIFÍCIOS TÉRREOS À DEMOLIR vos individuais, ampliando continuamente a veVAZIOS DE ESTACIONAMENTO EDIFÍCIOS ENGLOBADOS N locidade de fluxo e áreas de chão público ocuÁREAS DE INTERVENÇÃO 250 0 padas por estacionamentos, constrangendo o pedestre em seu cotidiano e inviabilizando a TIPIFICAÇÃO DAS SITUAÇÕES ENCONTRADAS E SOLUÇÕES PROPOSTAS: eficiência de sistemas de transporte coletivos. Situação 01 torre transvercorte genérico Postula-se, assim, uma sequência de pontuais sal ao lote recuada de ambos intervenções urbanas articuladas em rede, inalinhamentos. ESCRITÓRIOS seridas nos INTERSTÍCIOS DOS QUARTEIRÕES GALERIAS COMERCIAIS ESTACIONAMENTO do eixo central. Por meio da reinterpretação Situação 02 de vazios e a ressignificação de espaços subutiAs situações foram numeradas de acordo com a quantidalizados almejou-se, promover um sistema perde e o tipo de acesso através colação constituído por espaços de convivêndo quarteirão. Situação 03 cia voltados ao pedestre, articulados a galerias PASSAGEM PLANO DE MASSAS abertas e às edificações existente e propostas. VERTICALIZAÇÃO Visa-se, nesse sentido, reinserir na dinâmica ur“POCKET PLACES” bana edificações obsoletas e abandonadas que Situação 04 foram apartadas do convívio citadino no cencorte genérico torre cria tro antigo, bem como multiplicar as interfaces frente urbana entre o público e o privado e as possibilidades GALERIAS de encontro e sociabilização. ESTACIONAMENTO A intervenção é proposta em três escalas: na ABSTRAÇÃO DO PLANO DE MASSAS NO TÉRREO E NA IMPLANTAÇÃO: escala do PLANO, revisam-se os parâmetros de uso e ocupação para os quarteirões do eixo central de Maringá a fim de readequar a densidade urbana e melhorar a ventilação e iluminação natural; na escala de PROJETO URBANO, uma Operação Urbana Consorciada articula um Terminal Intermodal a rede de espaços coletivos urbano-arquitetônicos e às praças públicas existentes, bem como define parâmetros mais detalhados para a intervenção nos quarteirões; por fim, na escala do PROJETO ARQUITETÔNICO, detalha-se um quarteirão multifuncional, INTERVENÇÃO: PLANO DE MASSAS NO TÉRREO - GALERIAS COMERCIAIS que demonstra o que poderia vir a se repetir INTERVENÇÃO: PLANO DE MASSAS NA IMPLANTAÇÃO - TORRES HABITACIONAIS nas demais quadras abertas propostas. EDIFICAÇÕES IMPORTANTES ENGLOBADAS NAS INTERVENÇÕES ENTORNO ENTORNO RELACIONADO ÀS PASSAGENS Considerando que a dispersão urbana e de ÁREA DE INTERVENÇÃO QUE RECEBE DUPLICAÇÃO DO TÉRREO - GALERIAS PONTOS DE ACESSO VERTICAL PÚBLICO AO TÉRREO DUPLICADO a degradação do tecido central constituemESQUEMA EM CORTE DA PROPOSTA PARA O TERMINAL INTERMODAL: -se como extremos do mesmo fenômeno, ao priorizar o transporte coletivo e o domínio do TERMINAL ÔNIBUS pedestre no centro, esta intervenção visa, em PRAÇA RAPOSO CALÇADÃO TAVARES MERCADO MUNICIPAL última instância, promover um reforço à cidade GALERIAS GALERIAS compacta na escala do aglomerado. TERMINAL VLT VIA FÉRREA REBAIXADA

TORRES

COMERCIAIS

EIXO

EIXO

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VISTA DO

ESCRITORIOS

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ARTICULAÇÃO COM PLANO DIRETOR CENÁRIO ATUAL TÉRREO COM./SERVIÇOS TORRE HAB./SERVIÇOS

Contrastando o Cenário Atual com o Previsto pelo Plano Diretor Atual, constata-se que a primeira situação é incompatível com a segunda, reforçando a existência de um processo de estagnação já avaliado no eixo central, e que o PD atual sozinho revela-se insuficiente para impulsionar a reutilização dos imóveis hoje subutilizados ou abandonados e promover a requalificação dos vazios de estacionamento;

DENSIDADE BRUTA: apróx. 200 hab/ha LÍQUIDA: apróx. 350 hab/ha

CENÁRIO PREVISTO PELO PLANO DIRETOR ATUAL C/ OUTORGA ONEROSA TORRE HAB./SERVIÇOS BASE COM./SERVIÇOS

O Plano Diretor Atual prevê uma densidade bruta mais elevada do que os parâmetros convencionalmente recomendados como aqueles em que se verifica maior economia na distribuição dos sistemas urbanos, como em densidades entre 450 a 550 hab/ha (Mascaró, 1986). Soma-se a esta questão a impossibilidade de garantir boa ventilação e iluminação naturais, como mostram os cortes AA e BB;

B A

B A

DENSIDADE BRUTA: apróx. 750 hab/ha LÍQUIDA: apróx. 1000 - 1300 hab/ha

CORTE AA

INSOLAÇÃO E VENTILAÇÃO:

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12

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75º

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75º

75º

CENÁRIO PREVISTO PELA INTERVENÇÃO, ARTICULADA COM O EXISTENTE E O PD REVISADO INTERVENÇÃO A Intervenção Urbana junto a Revisão do Plano Diretor - tabela na prancha seguinte - vem não apenas com a função de alavancar o eixo histórico, mas também de promover uma densidade bruta adequada, aliada a novos parâmetros de ocupação que garantam a mesma massa construtiva, porém mais diversificada e com melhores condições de iluminação e ventilação do que os previstos. Como apresentados nos cortes AA e BB ao lado.

B A

DENSIDADE: BRUTA: apróx. 590 hab/ha LÍQUIDA: apróx. 915 hab/ha

INSOLAÇÃO E VENTILAÇÃO: CORTE AA

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INTERVENÇÃO

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VIABILIZAÇÃO

AV. HORÁCIO RACCANELLO

1 2

AV. HERVAL

AV. DUQUE DE CAXIAS

Como estratégia para viabilização, optou-se por implementar a Operação Urbana Consorciada no recorte de intervenção com maior propensão a estruturar o Eixo Central, o seu coroamento (compreendido entre as avenidas Brasil e Horácio Racanello, Duque de Caxias e Herval) uma vez que a proposta desse recorte implica em uma reconfiguração da estrutura fundiária envolvendo terrenos públicos e privados, com a articulação dessa nova rede arquitetônica e de espaços livres às praças e ao Terminal Intermodal. O interesse imobiliário despertado com a valorização do eixo central através da OUC seria direcionado a viabilizar as demais intervenções propostas no Centro, localizadas em lotes privados. Isso seria possível através da retenção do potencial construtivo da Zona Central, como propõe-se no Plano Diretor Revisado , destinando o maior potencial as intituladas Zonas Especiais de Passagem, uma vez que requerem uma série de restrições para atender o desenho almejado. Essa medida permite canalizar o capital privado a um interesse público, equilibrando densidade alta a adequados parâmetros de ventilação e iluminação, junto à criação das galerias e ruas de pedestres em rede, e fortalecimento do recente e frágil patrimônio.

AV. GETÚLIO VARGAS

AV. BRASIL

PLANO DIRETOR REVISADO INTERVENÇÕES VIABILIZADAS ATRAVÉS DE PLANO - ENVOLVE LOTES APENAS PRIVADOS INTERVENÇÕES VIABILIZADAS ATRAVÉS DE OUC - ENVOLVE LOTES PÚBLICOS E PRIVADOS ED. IMPORTANTES CONGELADAS/ENGLOBADAS INTERVENÇÃO ARQUITETÔNICA COMO EXEMPLO DAS INTERVENÇÕES PROPOSTAS ESTIMULA AS DEMAIS 0

TABELA DE ZONEAMENTO DA ZONA COMERCIAL DO PLANO DIRETOR ATUAL

As principais alterações no Plano Diretor Atual foram nos parâmetros dos recuos laterais necessários para eregir torres, tornando-se obrigatório a unir dois lotes para essa finalidade. Essa medida visa melhorar as condições de ventilação e iluminação com mesma massa edificada. O potencial construtivo é diminuído, porém mantida nas Zonas Especiais de Passagem, impulsionando sua viabilização. Por fim, há a alteração na diferença entre o Coeficiente de Aproveitamento com e sem Outorga Onerosa, garantindo maiores retornos aos cofres públicos.

1 TABELA DE ZONEAMENTO DA ZONA COMERCIAL DO PLANO DIRETOR REVISADO

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2 MINUTA DE LEI DAS ZONAS ESPECIAIS DE PASSAGEM EX.: QUADRA 01

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Lotes não intervindos Lotes Remembrados Lotes Desmembrados

Edificação não intervinda Vazios: Estacionamento

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13


1.2. TFG Projeto Urbano

O projeto urbano visa promover as mudanças estruturais necessárias para a viabilização do domínio do pedestre no centro. Neste contexto, elaborou-se previamente uma revisão da mobilidade urbana a fim incentivar o uso de modais não motorizados e o transporte coletivo de massa. Como parte desta estratégia para a cidade, insere-se um terminal intermodal de abrangência metropolitana junto ao centro. Este terminal não apenas finaliza o eixo monumental – que tem na catedral seu fechamento oposto – e ocupa o vazio simbólico deixado após as demolições da estação ferroviária e da antiga rodoviária, como permite, também, grande movimentação de pessoas junto ao centro e se articula com a rede de espaços coletivos propostos. Substitui-se, portanto, o precário terminal de ônibus atual e faz-se uso do espaço sobejante adjacente à via férrea rebaixada para inserção de um Veículo Leve sobre Trilhos. Este além de operar no espaço intra-urbano do aglomerado, poderia estender-se até Londrina. Prioriza-se, de modo geral, o uso do chão público pelo pedestre. Tanto o terminal intermodal de transporte coletivo, como os estacionamentos públicos e privados são localizados, por conseguinte, no subsolo. Seu acesso se dá pelo que se nomeou “térreo-rebaixado”, ou seja, uma sequência de espaços abertos em cota inferior solo atual – extremamente vinculados aos espaços urbanos existentes – que permite a inserção destes modais no tecido urbano sem detrimento do espaço do pedestre. Frente a previsão do intenso fluxo de pessoas, cria-se, também, o denominado “térreo elevado”. Ambos multiplicam as galerias, espaços culturais e de convivência criando uma rede urbano-arquitetônica aberta. A dinâmica entre térreo, térreo inferior e elevado é sempre estabelecida visualmente de forma que não se anulem e sua fluidez é garantida através de rampas, escadas, elevadores e escadas rolantes. O desenho é resultado da articulação desses diversos fluxos e da busca por legibilidade nos percursos. A simetria do eixo central – reforçada nas torres comerciais propostas sobre o terminal intermodal – tenciona-se pela sobreposição de uma diagonal conformada pela sequência das praças existentes/transformadas.

NO

M

A PL

14

DE

S

SA

AS

LEGENDA USOS E PERCURSOS HABITAÇÃO

COM. E SERVIÇOS ESCRITÓRIOS ED. CULTURAIS ENTORNO ÔNIBUS TREM | VLT PEDESTRE TÉRREO ELEVADO PEDESTRE TÉRREO PEDESTRE TERREO REBAIXADO

O RE

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O

EL

R

O

RE

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AD

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O

to en m na cio E a t Es

EB

R EO LO R R TE BSO SU

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E

E

E

E E

E


Inserção da proposta no território

15

Terminal Intermodal e praça rebaixada com galerias

Terminal Intermodal - acesso ao VLT


rua Joubert de Carvalho

avenida Brasil

COMPLEXO ARQUITETÔNICO

PRAÇA

corte AA 5

10

20

50m

ESTACIONAMENTO PÚBLICO

B

avanida Herval

A

01

PRAÇA

B

C

TERMINAL ÔNIBUS

C

corte BB

D

01

5

10

20

50m

20

50m

20

50m

avanida Herval

A

16

D

projeção estacionamento público

corte CC

LEGENDA IMPLANTAÇÃO

0 10 20 50

100

INTERVENÇÃO

200m

EXISTENTE Árvore Grande Porte (Guapuruvu) Referência na Paisagem

Árvore Grande Porte Árvore Médio Porte

Palmeira Grande/Médio Porte

10

interior das quadras -galerias estacionamento

HABITAÇÃO

LEGENDA CORTES

Implantação

5

avanida Herval

01

COMÉRCIO E SERVIÇOS ESCRITÓRIOS ESPAÇOS CULTURAIS ENTORNO

corte DD

01

5

10

interior das quadras -g estacionamento


A

galerias

PRAÇA REBAIXADA COM GALERIAS

avenida João Paulino V. Filho

avenida Horácio Racanello

avenida Tamandaré

TERMINAL ÔNIBUS

avenida Duque de Caxias

TERMINAL VLT

TERMINAL ÔNIBUS projeção estacionamento público

TERMINAL VLT

avenida Duque de Caxias

17

PRAÇA REBAIXADA LADEADA POR GALERIAS

avenida Duque de Caxias

interior das quadras - “pocket places” e galerias estacionamento

PRAÇA RAPOSO TAVARES estacionamento público

galerias

interior da quadra do complexo arquitetônico e estacionamentos


18

avenida Duque de Caxias

subsolo -10,00m

subsolo -2,00m, -3,00, -4,00 0 5 10 20

50

100m

tĂŠrreo 0,00, +1,00 0 5 10 20

50

100m


Inserção da proposta no território avenida João Paulino

perspectiva das quadras abertas com galerias e praça rebaixada LEGENDA

VEGETAÇÃO

USOS

Árvore Grande Porte (Guapuruvu) HABITAÇÃO Referência na Paisagem COM./SERVIÇOS/ESCRITÓRIOS Árvore Grande Porte ESPAÇOS CULTURAIS Árvore Médio Porte PROPOSTOS / RECUPERADOS

avenida Horácio Racanello

Palmeira Grande/Médio Porte

ENTORNO

avenida Herval

avenida Tamandaré

rua Joubert de Carvalho

avenida Brasil

térreos elevados +4,00, +10,90 0 5 10 20

50

100m

ACESSOS

19

Pedestre - Público Pedestre - Privado Veículos - Público

Veículos - Privado

Ac.Vertical - Público Ac.Vertical - Privado


1.3. TFG Projeto Arquitetônico

20

O projeto arquitetônico de uma quadra multifuncional serve como exemplo do que pode vir a repetir-se nas demais. A quadra escolhida justifica-se por englobar a totalidade das problemáticas encontradas nas demais: estruturas abandonadas, lotes ociosos de estacionamento, baixa densidade e edifícios obsoletos, porém significativos, na construção da memória da cidade – no caso, o antigo Cine Teatro Plaza e o Centro Comercial. Os níveis de intervenção adotados para cada edificação a fim de articulá-las no complexo arquitetônico variaram. Para tanto, fora resgatado o uso de seus projetos originais: hotel, galerias e escritórios. Projetou-se, também, um novo edifício multifuncional para se articular aos demais: além de abrigar uma torre habitacional (que visa promover aumento de densidade), inclui uma agência bancária (a fim de relocar de uso edificação demolida) e uma midiateca com cinema cultural que, não apenas atende demanda de projetos das universidades locais, mas exalta o resgate da memória do cinema de rua do antigo Cine Teatro Plaza. Assim como no projeto urbano, o partido adotado para criar uma conexão efetiva entre as edificações, cada qual com suas implantações, usos e níveis distintos, foi estabelecer a multiplicação do térreo, com seu rebaixamento e pavimento público elevado. Ao rebaixá-lo criou-se uma praça ao nível do ponto mais baixo do auditório do Cine Teatro Plaza. Como este ocupa uma boa porção do interior do quarteirão e o grau deterioramento se sua estrutura (um barracão industrial) revelou-a irrecuperável, optou-se por remover suas paredes e cobertura, tratando o cinema como auditório a céu aberto – que reverbera a própria história desta arte. Por meio deste cinema na praça, explicita-se aonde de fato era o local do cinema/teatro (o tempo e o ocultamento da edificação fizeram com que este esmaecesse na memória coletiva local) e promove-se um espaço cultural totalmente novo na cidade. Por sua vez, o térreo elevado é resultado dos usos amplamente públicos estabelecidos no terceiro andar, como a praça de alimentação, o acesso à midiateca e às salas de cinema. Cria-se, assim, um segundo filtro entre espaços de uso coletivo e privativo. A dinâmica no complexo arquitetônico é propulsionada por elementos como a escada rolante, rampas, escadas e elevadores existentes e propostos em todas as edificações, nos espaços de convívio criados e distribuídos pelo volume. Considerando a necessidade de vencer grandes vãos, a edificação articuladora foi concebida em estrutura metálica com embasamento em concreto. Como fechamento, uma segunda pele em vidro unifica visualmente todo o conjunto, permitindo a sobriedade monolítica frente à tanta vibração, usos e percurso, sem deixar de revelar seus volumes e entrever seu interior ao acender-se a noite.

SIL

Av . COMPLEXO ARQUITETÔNICO HABITAÇÃO HOTEL COMÉRCIO E SERVIÇOS PRAÇAS ALIMENTAÇÃO AGÊNCIA BANCÁRIA ESCRITÓRIOS ESPAÇO CULTURAL ENTORNO PERCURSO PEDESTRE TÉRREO ELEVADO PERCURSO PEDESTRE TÉRREO PERCURSO PEDESTRE TERREO REBAIXADO

. AV

DU

QU

ED

EC

AX

IA

S

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IA DE CA X

OU

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Depois

EXÃ O

COMPLEXO MULTIFUNCIONAL

PR OP OS PO TO NT

IF ÍC IO ED

ON

ACESSOS TÉRREO: COM./SERVIÇOS/EQUIP. HABITAÇÃO VEÍCULOS CIRC. VERTICAL

RU AJ

BE

1

T AV ÉRR EN EO ID A DU Q

NTE SC

RT

DE

CA

RV AL

HO

RECORTE DE INTERVENÇÃO: ED. NÃO ENGLOBADOS ESTRUTURAS DEMOLIDAS ED. ENBLOBADOS 1 AG. DOS TRABALHADORES 2 CINE TEATRO PLAZA 3 CENTRO COMERCIAL

USOS EDIFÍCIOS: NÃO MODIFICADO HABITAÇÃO CINEMA E MIDIATECA AGÊNCIA BANCÁRIA CENTROS COMERCIAIS ESPAÇO COWORKING HOTEL ATIVADO E MODIFICADO PRAÇAS ALIMENTAÇÃO

ACESSOS TÉRREOS: COM./SERVIÇOS/EQUIP. HABITAÇÃO VEÍCULOS CIRC. VERTICAL

TÉ RR EO

S

ED IF ÍC IO S

USOS EDIFÍCIOS: ABANDONADO HABITAÇÃO ESTACIONAMENTO AGÊNCIA BANCÁRIA COMÉRCIO ESCRITÓRIO

PO

ED IF ÍC IO S

Antes

ES CO NE XÃ O

Permanências e Transformações

NI

DA

BR

AS

IL

3

RA

AV E

PO PR SO AÇA TA VA RE S

2

ES

TA C

IO

NA

ME NT

OP

ÚB L

ICO

perspectiva interior do complexo arquitetônico esquina praça Raposo Tavares e rua Joubert de Carvalho

21


22

?

Térreo

Remoção Barracão : Auditório Cine Teatro Plaza ao ar livre

Avenida Brasil

Rua Joubert de Carvalho

Térreo Elevado Térreo Rebaixado

CINE TEATRO PLAZA (ED. ABANDONADO)

?

DUPLICAÇÃO DO TÉRERO Extende-se a Praça Raposo Tavares

SITUAÇÃO ATUAL

Av. Duque de Caxias

Travessa Guilherme de Almeida

Praça Raposo Tavares

perspectiva esquina av. Brasil e av. Duque de Caxias

ED. AGÊNCIA DOS TRABALHADORES/HOTEL (TORRE ABANDONADA)

Térreo Elevado Térreo Térreo Rebaixado


23

Linha do Tempo Construtiva: embasamento em concreto e edificação em estrutura metálica;

FORMA

USOS HABITAÇÃO

ESCRITÓRIOS ESTACIONAMENTO

Térreo Elevado AGÊNCIA ESPAÇO Térreo BANCÁRIA CULTURAL ESTACIONAMENTO Térreo Rebaixado ESTACIONAMENTO

HABITAÇÃO HOTEL PRAÇA ALIMENTAÇÃO COMÉRCIO ESTACIONAMENTO

Térreo Elevado ESPAÇO CULTURAL ESTACIONAMENTO ESTACIONAMENTO

Térreo Térreo Rebaixado


perspectiva acesso ao complexo arquitetônico pela praça Raposo Tavares

2 3

7 -2,00

24

3

8

10 10

-3,00

11

6

rua Joubert de Carvalho

9

10

8

2

1

avenida Duque de Caxias

1

1-serviço hotel 10 2-estac. hotel 3-rest./café 5-livraria 10 6-ag. bancária 7-cine teatro plaza 8-estac. público 9-banh. públicos 10-galerias 11-guarita

2

5

5 +1,52

7

0,00

-1,20

-2,00

6

+1,00

5

2

3

2

5

térreo rebaixado/subsolo

subsolo -5,30 e -8,60m

corte AA 0 1

5

10m

01 5

10

20

50m

implantação/térreo

01 5

10

avenida Brasil


Praça interna/anfiteatro Cine Teatro Plaza 2

-3,00

2 1

2

6

4,32

1

5

7,00

7,12

2

3

4,00

1-lobby hotel 2-galerias 3-livraria 4-ag. bancária 5-cafés 6-recepção 7-cine teatro plaza

1-adm. hotel 2-galerias 3-midiateca 4-ag. bancária 5-rest./café 6-sala projeção 7 filmes 7-cinemas

3 4,50

0 1

5

10m

2

3,50

primeiro pavimento

corte BB

4

01 5

10

20

50m

1-lazer hotel 2-mez.galerias 3-espaço coworking 4-galerias 5-midiateca 6-cinemas

25 4

5 6

segundo pavimento 0 1

8,00

6,70

3,50

5

10

20

50m


Praça interna/ anfiteatro Cine Teatro Plaza/ passarela metálica

5

6 7

1-quartos hotel 2-sala projeção 3-cinemas 4-área lazer comum edifício 5-espaço coworking

9 3

corte CC 5

14,00

1

4

3,50

terceiro pavimento: térreo elevado0 1

0 1

5

10,00

10,90

2

10m

1

8

7

10,62

1-foyer cinema 2-cinemas 3-controle midiateca 26 4-adm. midiat. 5-praça aliment. 6-rest. hotel 7-terraços 8-espaço coworking 9-galerias

14,12

1

12,00

5

10

20

50m

2

14,12

4

1-pvto tipo hotel 2-pvto tipo flats 3-pvto tipo coworking

14,10

3

3,50

quarto pavimento

01 5

10

20

50m

pavimento


acesso pela avenida Duque de Caxias

acesso pela avenida Brasil

terraço da praça de alimentação

praça de alimentação

brises móveis tipo veneziana abertura tipo camarão esquadrias de correr tipo estrutural

brises horizontais fixos (acima de 1,80m) esquadrias de correr tipo estrutural

QUARTO 11,77m²

painéis de correr

3

difusor ar-condicionado

S. ESTAR 9,40m²

difusor ar-condicionado QUARTO 2 A 3 PESSOAS 25,36m²

QUARTO 2 A 3 PESSOAS 25,36m²

COZ./COPA 10,25m²

duto hidráulico

2

o-tipo das torres

BWC BWC 4,22m² 4,22m² shaft de aeração e iluminação dos banheiros

01 5

10

20

50m

0

corte DD 0 1

5

10m

1

BWC 3,10m² janelas vidro fosco 125x60x180cm shaft de aeração (fechado com tela de proteção)

planta-tipo hotel - 25m²²

planta-tipo flats - 40m² 5m

27

CLOSET 3,88m²

0

1

5m


2. Campolide - Lisboa // Rearticulação urbana 2012 DISCIPLINA LABORATÓRIO DE PROJECTO IV

FACULDADE DE ARQUITECTURA DA UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA (FAUTL) Localização: Bairro de Campolide, Lisboa - Portugal Equipe: Levantamento e Análise: Alberto Coco (ITA), Lucile Granger (FRA), Letícia Foschesatto (BRA), Luana Kerber (BRA), Isabella Ramasco (BRA), Mariana Varela (FRA); Projeto Urbano: Alberto Coco (ITA), Luana Kerber (BRA); Professores: Profª. Filipa Monteiro Tipo: Intervenção urbana e paisagística Escala: Urbana-paisagística Desafio: Desenvolver projeto de rearticulação urbana com propostas de um urbanismo sustentável.

ALVERICA

28

SINTRA

ESPAÇOS VERDES PRINCIPAIS POLOS ATIVIDADES CONTINUAÇÃO ENTRE SIST. ECOLÓGICOS

CENTRO E EIXO HISTÓRICO

REDE DE METRÔ CASCAIS

REDE DE TREM

ESCALA LISBOA - Relação da área de intervenção com a cidade


1850

1911

1850+1911

HISTÓRIA: Mapa de evolução do bairro de Campolide REDE PRINCIPAL REDES SECUNDÁRIAS CARSHARING PARKING

AQUEDUTOS Edifícios institucionais forte identidade. Conflito entre escalas e tipologias.

MORADIAS USO COLETIVO HABITACIONAL HISTÓRICO HABITACIONAL USO COLETIVO MISTO ÁREA INDUSTRIAL A. DE EQUIP. E SERV. PÚBLICOS Á. RECONVERSÃO URB. MISTA ESPAÇOS VERDES

Zona residencial | variação tipológica

Acumulação de diferentes escalas

ÁREA DE INTERVENÇÃO - População, Função da Área, Morfologia

Artilharia I - Área murada

Zona residencial | homogenidade tipológica

29


GARDENW AY CITY CITY GARDENWAY

GARDENWAY BARREIRAS

CITY GARDENWAY CITY

Os muros como barreiras são pontualmente demolidos. O remanescente torna-se permeável em toda sua extensão;

PLANO DE MASSAS PROPOSTO: Área Artilharia I

Painéis fotovoltaicos

Área Artilharia I - Usos

Área Residência Estudantil - Usos Habitação: 30 000m² Escritórios: 11 000m² Com/Serviço: 15 000m² Cinema: 1 500m² Parking: 25 000m² Terraço-hortas

30

INTERMODAL:

Área Artilharia I

ANTIGO PRESÍDIO:

Centro Profissionalizante: 38 000m² Centro de Pesquisa: 2 000m² Biblioteca: 1 900m² Jardim Botanico / Estufa: 2 800m² Miradouro: 250m²

coleta água pluvial Habitação: 15 000m² Academia/Ginásio: 1 000m² Praça central-hortas

MERCADO/FEIRA: Metrô Parking Bicicletário

Área Artilharia I

Níveis variados criam iluminação e ventilação natural e permite vencer o desnível existente no terreno. Telhado verde produção de hortas;

HORTICULTURA E COMÉRCIO:

Criação de hortas comunitárias na cobertura dos blocos propostos e no interior das quadras existentes (que se tornam visivelmente porosos pela abertura de 20% do térreo), movendo o comércio intervindo para nova área proposta;

02 02 02


SUSTENTABILIDADE E RECURSOS NATURAIS:

TURISMO | LAZER:

HORTICULTURA FAMILIAR: incentivo financeiro para hortas

REQUALIFICAÇÃO ESTRUTURAS EXISTENTES E ESPAÇOS LI-

comunitárias no interior dos blocos existentes e na cobertura

VRES. Miradouro e restaurante no topo do antigo presídio; no-

dos blocos propostos;

vos equipamentos culturais, esportivos, áreas verdes, comér-

DESENHO SUSTENTÁVEL NOVOS EDIFÍCIOS-BLOCOS: esca-

cio, cafés, bares.

lonamento além de melhor induzir a coleta de água pluvial,

PRIORIDADE PEDESTRE: Metro | Ciclovia | Tram

cria uma maior superfície de painéis fotovoltaicos inclinados à maior incidência solar; Captação água pluvial nos arredores do

Pesquisa

antigo presídio como uso de irrigação; RECURSOS HUMANOS: Espaço arquitetônico do antigo presídio para:

Estufa

INCENTIVO A CULTURA (biblioteca, espaço de oficinas e áreas de recreação ligados a demanda da Faculdade Nova) INCENTIVO À PESQUISA (centro de profissionalizante e de pesquisa ligado a prática da horticultura familiar e a estufa do Parque Eduardo VII);

Horticultura familiar

MERCADO MUNICIPAL: promove venda/compra dos produtos cultivados na área, troca de informação. Marcado

ova ade N Faculd

Pa lác io

Plano de massas proposto

tigo An

da

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31

o sídi Pre

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o ism Tur VI rdo a a u f d u Est ue E q Par

ltura ticu Hor miliar fa

Plano de massas proposto

Mercado proposto


32

Perspectivas da maquete de estudo

Planta nível térreo área “Artilharia I” 0

Estação Metrô

Edifícios propostos

50

Pátio Interno

Corte BB - longitudinal na área de intervenção “Artilharia I” 0 10 20

50

100

200m

100

200m

Rua criada / rebaixada


Perspectiva: Presídio revitalizado e nova relação do muro com a cidade. Ao fundo, habitação estudantil proposta.

Faculdade Nova

Habitação Estudantil

Corte na porção do Antigo Presídio

Muro modificado 10

0

20

Presídio revitalizado e miradouro 50m

33 Perspectiva: Mercado/Feira, acesso diferentes níveis.

Corte AA - Mercado/Feira

Mercado/Feira

0

10

20

50m


3. Espaço Lampejo // Revitalização edificação edifício caráter modernista “Novo Mundo”.

Desenvolvido dentro da disciplina Projeto Arquitetônico IV - Universidade Estadual de Maringá Data: Agosto a Outubro de 2013 (4º ano da graduação) Localização: Maringá, Paraná, Brasil Equipe: Luana Kerber Tipo: Revitalização e ampliação de edifício arquitetônico Escala: Projeto Arquitetônico

34

Descrição:

perspectiva frontal da intervenção

O desafio deste projeto é revitalizar e ampliar um edifício historicamente importante na cidade de Maringá. Localizado em uma de suas mais importantes avenidas, a Tiradentes, o edifício chamado “Novo Mundo” resguarda em seu projeto original alguns aspectos modernistas: térreo livre convidando a sua apropriação, exposição de sua estrutura em pilotis, volumetria pitagórica; bem como uma tipologia recorrente da década de 80 nos edifícios da cidade: térreo mais dois pavimentos, uso completo do lote com pontuais recuos para iluminação e ventilação. Descaracterizado de seu projeto original, com térreo atualmente murado e estrutura ilegível, a primeira tomada de decisão concerne em resgatar as características de influência moderna do edifício existente. Por sua vez, o edifício proposto surge em um lote subutilizado ao lado – esquina entre a Av. Tiradentes e a Rua Basílio Sautchuk- e emerge como uma reinterpretação do existente, dialogando com sua volumetria, com sua relação entre público e privado: térreo livre e recuos, e mesmo gabarito. Concebido, entretanto, por um sistema construtivo mais elaborado e contrastante. A construção é mista em aço e concreto, permitindo grandes vãos e amplas espacialidades internas, motivo pelo qual programas com maiores divisões foram dispostos no edifício existente em contrapartida do proposto que abriga usos que demandam menos obstáculos. Com o objetivo de manter o conjunto arquitetônico vivo com apropriação noturna e diurna, em vista da ótima localização para atividades de ambas qualificações, próximo aos principais pontos de visita da cidade, optou-se por propor usos mistos: em seu térreo um restaurante e café com livraria; o subsolo recebeu um bicicletário com vestiário e um bar/lounge articulado com o restaurante; nos andares superiores um espaço coworking e um hostel. A cobertura recebe um terraço para lazer e apreciação das vistas circundantes. Os painéis coloridos da fachada buscam identidade e versatilidade ao edifício e fazem relação a sua multiplicidade de usos. Por sua vez, as passarelas estabelecem simbolicamente a relação entre o novo e o antigo.


35

LINHA DO TEMPO CONSTRUTIVA

perspectiva da intervenção inserida no entorno


perspectiva posterior da intervenção

36

elevação frontal

FORRO DE GESSO ACARTONADO

corte AA 2

3

1

4

3

2

4

A

A

1

2

2

D.M.L

CAIXA

BAR

RESTAURANTE / BAR

LOUNGE / BAR

COZINHA

1

1

ÁREA PERMEÁVEL

WC FEM

WC FEM

WC WC P.N.E P.N.E

WC MASC

WC MASC WC WC P.N.E P.N.E

HALL

VESTIÁRIO FEM. CAFÉ

BICICLETÁRIO

01

10

20

térreo - restaurante/bar e café

A

subsolo - bar/lounge e bicicletário

A

VESTIÁRIO MASC.

01

10

20


perspectiva interna: hostel

perspectiva interna: restaurante

37

elevação lateral

corte BB 3

2

4

1

3

2

A

4

SALA CONFERÊNCIA

COZINHA

SALA REUNIÃO

ESPAÇO CONVÍVIO

AREA ALIMENTAÇÃO

ACESSO INTERNET

SALA CONFERÊNCIA

ACESSO INTERNET

COZINHA

2

2

A

1

W.C. FEM E P.N.E

W.C. MASC

AREA CONVÍVIO

LAVANDERIA LAVANDERIA

RECEPÇÃO

OFFICE HUB

GUARDA VOLUMES

OFFICE HUB

OFFICE HUB

DORMITÓRIO 01

DORMITÓRIO 06

HALL

WC FEM

W.C.M

W.C.M

W.C.F

W.C.F

ESPAÇO COMERCIAL 02

ESPAÇO COMERCIAL 04

WC FEM.

WC MASC.

WC FEM.

WC MASC.

WC FEM.

2 pavimento - hostel

WC MASC.

DORMITÓRIO 05 DORMITÓRIO 03 (Feminino)

A

WC FEM

DORMITÓRIO 02

REPROGRAFIA

1 pavimento - espaço coworking

HALL

DORMITÓRIO 04 (Feminino)

A

ESPAÇO COMERCIAL 05

ESPAÇO COMERCIAL 01

Avenida Tiradentes

1

1

D.M.L


4. Uni-Ver-Cidade // Reestruturação Campus UEM “no meio da cidade havia um campus, havia um campus no meio da cidade”

2104 MENÇÃO HONROSA - XXV CLEFA (Congresso de la Conferência Latinoamericana de Escuelas y Facultades de Arquitectura) FADA/UNA;

Concurso Internacional de Estudantes: “Os tempos de crise e as novas oportunidades para o desenho”. Data: Abril 2014 Localização: Universidade Estadual de Maringá / Maringá, Paraná, Brasil Orientadores: Profª. Drª. Gisela Barcellos de Souza, Profª. Drª. Tânia Galvão Verri, Prof. Drº Ricardo Dias Silva, Prof. Msc. Eduardo Verri. Equipe: Luana Kerber, Vanessa Kimura, Marcel Duarte, Daniel Maioli, Vinícius Alves de Araújo. Tipo: Intervenção urbana e paisagística Escala: Planejamento urbano, Projeto urbano e arquitetônico

38


Descrição: A Universidade vive imersa em uma crise contraditória: promover uma transformação da sociedade ou manter o status quo. Em Maringá, além desse problema filosófico, a instituição possui um problema físico: a cidade se expandiu e envolveu o campus universitário, que não permite a ligação entre vias estruturadoras urbanas; além disso, o perímetro cercado nega o diálogo com a população vizinha. Internamente, a falta de hierarquização espacial potencializa essas crises, que culminam na falta de vitalidade, no isolamento e na insegurança. Com a opção de fechar-se em si mesma para proteção de sua autonomia, a supressão do diálogo tem gerado conflitos dentro da comunidade interna e com a cidade, reforçando as crises de comunicação, mobilidade e, acima de tudo, identidade da instituição. Se hoje o campus universitário representa uma “pedra no caminho” na cidade, é com a lógica das ênfases invertidas do poema de Carlos Drummond de Andrade, parafraseado acima, que se propõe uma resposta: através da intervenção no campus universitário, qualificar o espaço urbano onde este está inserido e criar áreas de lazer e de convivência, através da supressão dos muros e grades e criação de uma borda amigável à população, com implantação de praças e parques periféricos. A maior intervenção se dá no campus pioneiro, cujas edificações atuais, concebidas como provisórias, já são utilizadas por mais de quatro décadas. Um edifício-ponte, que nasce na porção sudeste do campus, desenha a transição entre campus e cidade, abrigando comércio e serviços, e direciona o pedestre ao interior do campus. Este gesto constitui a estratégia de estruturar os caminhos no sentido Norte-Sul, efetivando seu potencial de comunicação com a cidade pela fluidez e concentração de equipamentos comunitários e extensão universitária. No interior do campus, o deslocamento no sentido Leste-Oeste se dá por uma passarela que conecta os blocos existentes. No encontro desses elementos – passarela e edifício-ponte – está o grande local de encontro da universidade, onde a comunidade interna se reúne e também convive com a comunidade

39


CRISE URBANA CAMPUS UNIVERSITÁRIO... paraná

...COMO ENCLAVE MARINGÁ

SARANDI

ÁREAS PRESERVAÇÃO

PRINCIPAIS VIAS

CONTORNO NORTE E SUL

ENCLAVE

...ISOLADO E ILEGÍVEL AV. a le

40

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RESPOSTAS A CRISE CAMPUS UNIVERSITÁRIO...

PARQUE EQUIPAMENTOS EXTENSÃO EIXO DE CONVIVÊNCIA EIXO DE EXTENSÃO

... COMO PÓLO DE ATRAÇÃO

PARQUE EQUIPAMENTOS EXTENSÃO

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...RELAÇÃO AMIGÁVEL COM ENTORNO

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0

0 bike circular ônibus veículo interna particular

0

2,5

5

5

corte cc / 02 veículo particular

-elimina bolsões estacionamento -cede lugar a espaço verde -abriga 320 vagas

esquema edifício estacionamento

extensão

0

ensino ensino

extensão 0

corte eixos viários

5 5

corte aa

B

0

bosque

C

edifício centros acadêmicos e diretório central estudantes

praça coberta

C

restaurante universitário

isométrica do eixo de convivência e extensão

praça ARQUIBANCADA

A

auditório espelho d'água

42 200

grande praça

100

praça leitura encontro

50

biblioteca central estudantes

0

entorno urbano

campus universitário

ensino ensino

ensino

corte bb

comercio

extensão

corte cc / 01

comercio

teatro barracão

habitação estudantil proposta

parque

edifícios administrativos praça cívica

espaço convivência

edifícios departamentos de ensino

restaurante universitário

mUdi museu dinâmico interdisciplinar

edifício linear / ponte extensão e ensino museu da bacia do paraná

concha acústica

biblioteca central de estudantes

passarela coberta diagonal

passarelas malha norte - sul

edifícios departamentos de ensino

escola primária ceu

edifício estacionamento vertical

campo de treinamento

anfiteatro

quadras esportivas

campo atletismo

habitação estudantil em contrução

parque paisagem taludes

área preservação mata ciliar

quadras abertas entorno propostas

implantação

500

A grelha metálica

B pórtico vigas metálicas em i

esquema passarela

2,5


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5. Praça Central // Universidade Estadual de Maringá Espaço de Convivência como elemento estruturador físico-terrotorial do campus universitário 2105 PROJETO EXECUTIVO AUTÔNOMO COM VÍNCULO INSTITUCIONAL

(EM CONSTRUÇÃO);

Contrato homologado com Universidade Estadual de Maringá para desenvolvimento do estudo e projeto executivo da Praça Central. Espaço de convivência como conquista da comunidade acadêmica com o poder público. Fruto da gestão Soma EMAU (2013-2014), articulado ao movimento estudantil ‘Pelo Direito ao Campus’ (2013), ao Plano Diretor participativo do Campus Sede (2014) e ao 2º Workshop Internacional de Desenho Urbano, UEM (2013), dos quais em todos fora membro ativamente integrante; Data: Maio a Novembro de 2015; Início das obras em 2017 Localização: Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR Equipe: Luana Kerber (arquiteta responsável), Aryadne Albuquerque, Murilo Barcelos e Wilian Destefani. Tipo: Projeto Executivo de intervenção urbano-paisagística

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Escala: Urbano-paisagístico e detalhamentos construtivos Descrição: A proposta para o espaço de convivência da UEM visa enfrentar uma importante problemática do campus sede: seu espaço disperso, fragmentado e ininteligível inserido na cidade de Maringá. Para tanto, entende-se que esta intervenção proposta deve ser compreendida como mais um passo dentro de um amplo processo de mudanças necessárias para se chegar a uma solução de fato transformadora para a instituição. Assim, há dois principais conceitos norteadores deste projeto. Primeiramente, que a fragmentação e a dispersão do campus universitário são fatores negativos de sua espacialidade pois vão de encontro ao que uma universidade tem como prerrogativa: proporcionar aos seus usuários o encontro e a troca de conhecimento. Posteriormente, o entendimento de que a universidade é um espaço público e, como tal, deve ter sua segurança e manutenção garantidas por meio de sua utilização e não por seu cerceamento, pois é somente através da vivacidade de seus espaços que o campus universitário pode se tornar mais seguro e bem cuidado. Nessa conjuntura, a implantação do espaço de convivência é proposta na porção central da universidade, de modo que seu espaço se torne ponto referencial e estruturador dentro do campus universitário. O local de intervenção encontra-se entre os dois maiores equipamentos aglutinadores da universidade (Biblioteca Central e Restaurante Universitário), ponto que reforça a intenção de se proporcionar o encontro e a convivência dentro da universidade. Por fim, sua implantação propicia também a relação amigável entre campus universitário e cidade. Localizado próximo a um dos principais acessos do campus, o espaço de convivência caracteriza-se como uma grande praça de convite à cidade, demarcando o espaço da universidade como público, aberto à apropriação, à permanência ou à simples passagem de todos.


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Implantação 0 10 20

50m


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Planta Executiva 0

10

20

50m


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Acesso à Biblioteca

50

Espaço Cinema ao ar livre


51

Desenhos técnicos: Isométricas, corte e detalhamento das escadarias e platôs de estar e acesso aos edifícios;


Deck: espaço de contemplação e convívio

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Deck: espaço redário


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Desenhos tĂŠcnicos: isomĂŠtricas, exemplo de planta, corte e detalhe do deck de madeira.


54


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Desenho tÊcnico praça: detalhe do degradê no assentamento do paver


6. Flers, l’identitée Revelée //

uma metropole rural em desenvolvimento urbano 2105 XXII FÓRUM MUNDIAL DE JOVENS ARQUITETOS

Integrou os 25 jovens arquitetos selecionados para o evento que visava apoiar as cidades a encontrar soluções para reapropriação dos centros urbanos como elemento estruturante de um aglomerado rural. Organizado pela Federação Muncial de Jovens Arquitetos (FMJA), pelo Conselho Internacional de Arquitetos Franceses (CIAF) e pela seção francesa da União Internacional dos Arquitetos (UIA), com apoio da UNESCO. Data: 07 a 18/Dezembro 2015 Localização: Flers, Normandia, França Equipe: Luana Kerber (Brasil), Akuto Akpedze Konou (Togo), Bui Quang Vu (Vietnã), Nicolas Couralet (França), Jin Jingwen (China). Tipo: Intervenção urbana, paisagística e arquitetônica Escala: Planejamento urbano, Projeto urbano e arquitetônico

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Descrição: La dynamique de développement urbain de la ville de Flers et la mise en place de ce forum ont permis de faire émmerger la question de la métropole rurale. A dinâmica de desenvolvimento urbano da cidade de Flers e o foco deste forum permitiu que emergesse a questão da metrópole rural. Ao inverso da metrópole urbana francesa, radioconcentrica, que cresce e engloba o restante, a metrópole rural se insere em uma malha, na qual conectam-se diversas cidades e vilas. A falta de atratividade da cidade de Flers tem rompido essa malha, é então nesta problemática que se baseia o trabalho. Problemática - Como tornar a vila atrativa? Ao destacar a identidade da cidade; Como? - RE_Inserir a presença da natureza na cidade (aspecto ambiental); Na escala da aglomeração, através da reinserção da paisagem local, o bocage, característica identitária da “communauté d’agglomération du pays de Flers”. Na escala da cidade, através da revelação da sua natureza escondida, ou seja, da água que atravessa os quarteirões, a natureza selvagem que recupera seus direitos. Na escala do centro da cidade, através da inserção da vegetação no espaço urbano. - RE_Dinamizar o centro (aspecto social e econômico); Na escala da aglomeração, através de transportes públicos, atratividades, reconexão da cidade partida. Na parte Sul da cidade, através de uma requalificação dos espaços, inserção de uma escala peatonal, diversidade de usos e ligação ao centro atravès da estação de trem. Por sua vez, na parte central, por uma requalificação urbana, diversidade de usos, e da ligação entre pontos importantes da cidade, o retorno do espaço urbano ao pedestre. - RE_Conectar a cidade pelo seu patrimônio (aspecto patrimonial); Zona do centro da cidade reconstruída pós segunda guerra mundial: resgatar o interesse as edificações da reconstrução, agir sobre os centros dos quarteirões, encontrar as parcelas nas quais cada quadra poderá permitir circulações verticais, equipamentos e novas ligações. Zona Sul: reencontrar as atividades perdidas (ateliês, artesãos, artistas) que existiam, reforçar esse caráter com uma mistura de usos, para enfim encontrar-se em interação com as atividades no centro. A ligação entre cada um desses pontos, natureza+patrimônio, economia-natureza, patrimônio+economia, e enfim a ligação dessas 3 entidades e análises, permitem ressurgir um programa global, mas também soluções proporcionais a cada zona. Essas três proposições, em interação, permitem (re)dinamisar a cidade de Flers e seu caráter unico, e assim sua atratividade, nos próximos 10, 20, 30 anos.


O que é uma metrópole rural?

- métrópole urbana

como torná-la atrativa? - problemáticas

- metrópole rural

- situação atual na cidade de Flers

- proposições RE-INSERIR A NATUREZA

RUPTURA ENTRE A CIDADE E A NATUREZA

IDENTIDADE REVELADA: LA VALLÉE DE LA VÈRE:

RUÍDOS, TRASNPORTES RISCO LEVE DE INUNDAÇÃO RISCO MÉDIO DE INUNDAÇÃO RISCO FORTE DE INUNDAÇÃO CURSOS D’ÁGUA PARQUES EXISTENTES

DISPERSÃO URBANA

RE_DINAMIZAR O CENTRO

O CENTRO PARA O AUTOMÓVEL

O CENTRO PARA O PÚBLICO

IDENTIDADE REVELADA: TISSERAND (MISTO DE USOS)

ATRATIVIDADE RESIDENCIAL ZONA COMERCIAL E INDUSTRIAL APARTAMENTOS VAGOS E ATIVIDADE COMERCIAL VAZIO NA ESCALA DO LOTE

CIDADE FRAGMENTADA

IDENTIDADE REVELADA: PATRIMÔNIO DA RECONSTRUÇÃO: EXPLORAR UMA EXPERIÊNCIA ÚNICA

PARCELLES CONSOLIDÉES

PATRIMÔNIO DA RECONSTRUÇÃO

LONGUES PARCELLES NON CONSOLIDÉES

NOVAS ATIVIDADES

PARCELLES INDUSTRIELLES

ZONA DE CIRCULAÇÃO LIMITADA

RE_CONECTAR A CIDADE/ DESTACAR O PATRIMÔNIO

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58

VIA FÉRREA

HIDROGRAFIA

VEGETAÇÃO

ZONAS DISPERSAS RESIDÊNCIAS PERIFÉRICAS EXPANSÃO E CRIAÇÃO DE ZONAS COMERCIAIS PERIFÉRICAS AFIM DE CRIAR UMA POLARIDADE.

LINHAS DE ÔNIBUS

ZONA CENTRO ( INTERVENÇÃO 01 )

ZONE CENTRO ( INTERVENÇÃO 02 )

ZONA ESTAÇÃO DE TREM ( INTERVENÇÃO 03 ) VIAS PRINCIPAIS

DIFERENTES PÓLOS DE ATRAÇÃO


ZONA NATURAL

ZONA DE INTERVENÇÃO 1

ZONE DE INTERVENÇÃO 2 EVOLUÇÃO DAS INTERVENÇÕES NO FUTURO DA CIDADE

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ÁREA DE INTERVENÇÃO 1 - CENTRO

ÁREA DE INTERVENÇÃO 2 - INTERMEDIÁRIA ÁREA DE INTERVENÇÃO 3 - CONEXÃO ZONA NATURAL

ESTACIONAMENTO

ESTACIONAMENTO COBERTURA VERDE

Plano 0

50

100

200m

ZONA DE PASSAGEM

EDIFÍCIO PATRIMONIAL


01 - ÁREA DE INTERVENÇÃO CENTRO

MOBILIDADE SUAVE

TRANSPORTE PÚBLICO NO CENTRO DA CIDADE

60

SOLUÇÃO PARA O ESTACIONAMENTO NO NÍVEL TÉRREO + MEIO NATURAL + DIVERSIDADE DE USOS NO CENTRO

EXPLORAR UMA EXPERIÊNCIA ÚNICA NO CENTRO : MERCADO NO CORAÇÃO DA QUADRA+ HABITAÇÃO + PATRIMÔNIO


02 - ÁREA DE INTERVENÇÃO INTERMEDIÁRIA

61

03 - ÁREA DE INTERVENÇÃO DE CONEXÃO (ESTAÇÃO DE TREM)


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“Fisicamente, habitamos um espaço, mas, sentimentalmente, somos habitados por uma memória” José Saramago

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