Menção Honrosa 26º Opera Prima - Luana Kerber

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uma intervenção em três escalas

P Paiçandu u

Maringá Sarandi an n

Paraná

MORFOGÊNESE CENTRAL

arquitetura do interstício

1|8

Obedecendo os traçados do projeto urbano de Jorge de Macedo Vieira, de 1947, a cidade de Maringá – assim como as demais fundadas na região pela Companhia Melhoramentos do Norte do Paraná (CMNP) – foi desenhada a partir da ferrovia. A despeito de ter sido o mote de sua fundação, quando analisada a morfogênese de sua área central, constata-se que a ferrovia se impôs como uma barreira urbana desde sua implantação. Somente na década de 1990, entretanto, iniciam-se as obras de rebaixamento da via férrea na cidade; o antigo pátio de manobras – uma grande gleba junto ao centro – surge, neste momento, como uma nova área passível de ocupação. Ainda que se tenha encomendado nos anos 1980 um projeto de Oscar Niemeyer para a reconversão deste pátio, nunca buscou-se implementá-lo: a área foi reparcelada e, atendendo estritamente aos interesses da especulação imobiliária, elaboram-se para esta novos parâmetros de uso e ocupação que multiplicaram exponencialmente as possibilidades de construção. Constituiu-se, assim, o chamado “Novo Centro”. As áreas de espaços livres públicos que conseguiram remanescer neste processo foram paulatinamente transformadas em grandes estacionamentos. Enquanto isso, o Eixo Central de Maringá – que correspondia a uma perspectiva monumental no projeto de Macedo Viera –, permaneceu como um hiato entre essa nova centralidade ao norte e um fenômeno de verticalização deslocado para sua porção sul. 1977 1989 2000 2010 1977 1989 2000 2010

NN BARREIRA BARREIRA (Ferrovia) (Ferrovia)

BARREIRATRANSPOSTA TRANSPOSTA BARREIRA ENCLAVE BARREIRATRANSPOSTA TRANSPOSTA BARREIRA ENCLAVE (FerroviaRebaixada) Rebaixada) AntigoPátio Pátiode deManobras Manobras (Ferrovia (Rodovia) Antigo (Rodovia)

LIMITES(Bosques) (Bosques) LIMITES

ADENSAMENTO ADENSAMENTO

VERTICALIZAÇÃO VERTICALIZAÇÃO

PÓLOSDE DE PÓLOS CRESCIMENTO CRESCIMENTO

CENTRALIDADES CENTRALIDADES

HIPÓTESE DA CIDADE

CENÁRIO ATUAL

À medida em que as áreas disponíveis no Novo Centro se escasseiam, a pressão dos agentes imobiliários pela viabilização de outras frentes de especulação revela desdobramentos devastadores no perímetro do centro antigo. Por um lado, é fomentado o processo de degradação e demolição de estruturas importantes no desenho original, para serem substituídas por novos empreendimentos – além da antiga ferroviária, demoliu-se também, em 2010, da antiga rodoviária, que demarcava a porta de entrada da cidade e emoldurava seu cartão postal, a Catedral. Por outro, promove-se o abandono por completo do papel representativo e simbólico que o Centro ainda hoje desempenha: propõe-se a construção de um questionável “Novo Centro Cívico” que não apenas retira da área central as instituições públicas, como também, cria de um novo polo de atração em área distante, viabilizando novas áreas de interesse imobiliário e maximizando o lucro na venda do solo urbano. Dentro desse contexto, verifica-se na escala do aglomerado Maringá-Sarandi-Paiçandu a coincidência temporal entre a tendência à dispersão urbana e o processo de degradação e abandono do tecido do centro de Maringá. Frente a essa conjuntura, a HIPÓTESE DA CIDADE propõe uma alternativa à lógica vigente de construção da cidade: (1) que desconsidera o existente, elimina a história e constrói o novo a partir do vazio; (2) que promove uma arquitetura de extrema verticalização – que visa apenas a maximização dos lucros do mercado imobiliário e produz apartamentos cada vez menos ventilados e iluminados –, na qual os espaços condominiais visam substituir, em um contexto controlado, os espaços de sociabilização da rua e da cidade; (3) que prioriza a destinação dos espaços livres públicos aos veículos automotivos individuais, ampliando continuamente a velocidade de fluxo e áreas de chão público ocupadas por estacionamentos, constrangendo o pedestre em seu cotidiano e inviabilizando a eficiência de sistemas de transporte coletivos. Postula-se, assim, uma sequência de pontuais intervenções urbanas articuladas em rede, inseridas nos INTERSTÍCIOS DOS QUARTEIRÕES do eixo central. Por meio da reinterpretação de vazios e a ressignificação de espaços subutilizados almejou-se, promover um sistema percolação constituído por espaços de convivência voltados ao pedestre, articulados a galerias abertas e às edificações existente e propostas. Visa-se, nesse sentido, reinserir na dinâmica urbana edificações obsoletas e abandonadas que foram apartadas do convívio citadino no centro antigo, bem como multiplicar as interfaces entre o público e o privado e as possibilidades de encontro e sociabilização. A intervenção é proposta em três escalas: na escala do PLANO, revisam-se os parâmetros de uso e ocupação para os quarteirões do eixo central de Maringá a fim de readequar a densidade urbana e melhorar a ventilação e iluminação natural; na escala de PROJETO URBANO, uma Operação Urbana Consorciada articula um Terminal Intermodal a rede de espaços coletivos urbano-arquitetônicos e às praças públicas existentes, bem como define parâmetros mais detalhados para a intervenção nos quarteirões; por fim, na escala do PROJETO ARQUITETÔNICO, detalha-se um quarteirão multifuncional, que demonstra o que poderia vir a se repetir nas demais quadras abertas propostas. Considerando que a dispersão urbana e de a degradação do tecido central constituem-se como extremos do mesmo fenômeno, ao priorizar o transporte coletivo e o domínio do pedestre no centro, esta intervenção visa, em última instância, promover um reforço à cidade compacta na escala do aglomerado.

atual movimento centrífugo

cidade dispersa

perspectiva inserção da proposta no território

promover movimento centrípeto

cidade compacta


hipótese da cidade

IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS DE INTERVENÇÃO

Levou-se em consideração, para hipótese da cidade proposta, o desafio da arquitetura do realismo, que busca modos de projetar sobre as preexistências. Avaliando estruturas como os clusters e mat-buildings, como estratégias formais, pragmáticas e experimentais, para basear as intervenções, visto que são mais bem adaptáveis a uma realidade em evolução, mais capazes de se infiltrarem nos interstícios do existente (Montaner, 2009). B uscou-se o apoio em conceitos que favorecem o intercâmbio do edifício com o espaço urbano e a paisagem, que criassem relações mais intensas e diretas entre o objeto arquitetônico e a cidade e que incorporassem a dinâmica urbana no âmbito dos edificações.

LEGENDA - INTERVENÇÃO USOS E PERCURSOS:

HABITAÇÃO

ESCRITÓRIOS

ED. CULTURAIS PROPOSTOS RECUPERADOS ENTORNO

PERCURSO ÔNIBUS

N

PERCURSO TREM | VLT

PERCURSO PEDESTRE TÉRREO ELEVADO

PERCURSO PEDESTRE TÉRREO

EDIFÍCIOS TÉRREOS À DEMOLIR VAZIOS DE ESTACIONAMENTO EDIFÍCIOS ENGLOBADOS

0

Situação 01

corte genérico

PERCURSO CICLOVIAS

in

ar

TM VL

-L gá

GALERIAS COMERCIAIS

Situação 02

Situação 03

lça

ESTACIONAMENTO

EDIFÍCIOS TÉRREO

O

A

o

ABTRAÇÃO DO PLANO DE MASSAS NO TÉRREO E NA IMPLANTAÇÃO:

Av .

CE NT

RO

O Plano Diretor Atual prevê uma densidade bruta mais elevada do que os parâmetros convencionalmente recomendados como aqueles em que se verifica maior economia na distribuição dos sistemas urbanos, como em densidades entre 450 a 550 hab/ ha (Mascaró, 1986). Soma-se a esta questão a impossibilidade de garantir boa ventilação e iluminação naturais, como mostram os cortes AA e BB;

e

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PERCURSOS INTERNOS EXISTENTES AVENIDAS SENTIDO BINÁRIO

s sil

a Br da i n EDIFÍCIOS HIST./ARQ. SIGNIFICATIVOS a ão lho e Av Praç ole a Fi 01 - Catedral N. Srª da Glória - Arq. Belucci p ir Na ore 02 - Desativado Hotel Bandeirantes-Arq. Belucci CE M N 03 - Fórum de Maringá

L - 09 Av . G 08 .V ar g 07 06 as

05

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XV

de

O TR O N CE ÍVIC C

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04 02

01

ESQUEMA EM CORTE DA PROPOSTA PARA O TERMINAL INTERMODAL: TERMINAL ÔNIBUS

GALERIAS

EIXO

T

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en

. Av

INTERVENÇÃO: PLANO DE MASSAS NO TÉRREO - GALERIAS COMERCIAIS INTERVENÇÃO: PLANO DE MASSAS NA IMPLANTAÇÃO - TORRES HABITACIONAIS EDIFICAÇÕES IMPORTANTES ENGLOBADAS NAS INTERVENÇÕES ENTORNO ENTORNO RELACIONADO ÀS PASSAGENS ÁREA DE INTERVENÇÃO QUE RECEBE DUPLICAÇÃO DO TÉRREO - GALERIAS PONTOS DE ACESSO VERTICAL PÚBLICO AO TÉRREO DUPLICADO

03

ro

VISTA DO

RO 04 - Prefeitura Municipal de Maringá - Arq. Bellucci 05 - Banco Santander - Arq. Paulo Mendes da Rocha 06 - Ed. Residencial Maria Tereza 07 - Desativada Biblioteca Pública - atual Centro de Ação Cultural 08 - Ed. Residencial Michelangelo 09 - Antigo Cine Maringá 10 - Ed. Comercial Três Marias 11 - Centro Comercial 12 - Desativado/abandonado Cine Teatro Plaza 13 - Sede CMNP - atualmente comércio

RA

VIA FÉRREA REBAIXADA

Ca

TORRES

EDIFÍCIOS ABANDONADOS ENTORNO

14

COMERCIAIS

ESTACIONAMENTOS

VERTICALIZAÇÃO “POCKET PLACES”

ESCRITORIOS

o çã a a t s lid A a E emo oP lho v. i ã g i F o He nt m D .J ira rv A e i Av e al V E r o D T n i L . ul A a o l l P N ne MI iga ia ão S ca nt viár a R Jo a U . A E R T IB o id Av rio N od mol a NO rá Ô R o ç H De Pra poso s V v. no

PASSAGEM PLANO DE MASSAS

GALERIAS

EIXO

LEGENDA

ir Vie

lho

i

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li au

As situações foram numeradas de acordo com a quantidade e o tipo de acesso através do quarteirão.

corte genérico torre cria frente urbana

ra ér a a F xad i V ai b Re xo Flu bus i ôn

VISTA DO

N CE

ESTACIONAMENTO

Situação 04

PRAÇA RAPOSO TAVARES

IO ÁR

AL U AT

torre transversal ao lote recuada de ambos alinhamentos.

GALERIAS TERMINAL VLT

CALÇADÃO MERCADO MUNICIPAL

EM

TR

ESCRITÓRIOS

RECUPERA SENTIDO CONVENCIONAL DAS AVENIDAS (redução de conflito com pedestres no centro)

d on

Contrastando o Cenário Atual com o Previsto pelo Plano Diretor Atual, constata-se que a primeira situação é incompatível com a segunda, reforçando a existência de um processo de estagnação já avaliado no eixo central, e que o PD atual sozinho revela-se insuficiente para impulsionar a reutilização dos imóveis hoje subutilizados ou abandonados e promover a requalificação dos vazios de estacionamento;

TIPIFICAÇÃO DAS SITUAÇÕES ENCONTRADAS E SOLUÇÕES PROPOSTAS:

PERCURSO PEDESTRE TERREO REBAIXADO

a rin

2|8

ÁREAS DE INTERVENÇÃO

250

HABITAÇÃO

RR

COMÉRCIO E SERVIÇOS

HABITAÇÃO

AS S S MA

HABITAÇÃO

O

Ã Ç EN V ER T EO IN

DE

ARTICULAÇÃO COM PLANO DIRETOR

COMBINAÇÃO

O AN L P

METODOLOGIA E CONCEITO

A Intervenção Urbana junto a Revisão do Plano Diretor - tabela na prancha seguinte - vem não apenas com a função de alavancar o eixo histórico, mas também de promover uma densidade bruta adequada, aliada a novos parâmetros de ocupação que garantam a mesma massa construtiva, porém mais diversificada e com melhores condições de iluminação e ventilação do que os previstos. Como apresentados nos cortes AA e BB ao lado.


projeto urbano

Como estratégia para viabilização, optou-se por implementar a Operação Urbana Consorciada no recorte de intervenção com maior propensão a estruturar o Eixo Central, o seu coroamento (compreendido entre as avenidas Brasil e Horácio Racanello, Duque de Caxias e Herval) uma vez que a proposta desse recorte implica em uma reconfiguração da estrutura fundiária envolvendo terrenos públicos e privados, com a articulação dessa nova rede arquitetônica e de espaços livres às praças e ao Terminal Intermodal. O interesse imobiliário despertado com a valorização do eixo central através da OUC seria direcionado a viabilizar as demais intervenções propostas no Centro, localizadas em lotes privados. Isso seria possível através da retenção do potencial construtivo da Zona Central, como propõe-se no Plano Diretor Revisado , destinando o maior potencial as intituladas Zonas Especiais de Passagem, uma vez que requerem uma série de restrições para atender o desenho almejado. Essa medida permite canalizar o capital privado a um interesse público, equilibrando densidade alta a adequados parâmetros de ventilação e iluminação, junto à criação das galerias e ruas de pedestres em rede, e fortalecimento do recente e frágil patrimônio.

O projeto urbano visa promover as mudanças estruturais necessárias para a viabilização do domínio do pedestre no centro. Neste contexto, elaborou-se previamente uma revisão da mobilidade urbana a fim incentivar o uso de modais não motorizados e o transporte coletivo de massa. Como parte desta estratégia para a cidade, insere-se um terminal intermodal de abrangência metropolitana junto ao centro. Este terminal não apenas finaliza o eixo monumental – que tem na catedral seu fechamento oposto – e ocupa o vazio simbólico deixado após as demolições da estação ferroviária e da antiga rodoviária, como permite, também, grande movimentação de pessoas junto ao centro e se articula com a rede de espaços coletivos propostos. Substitui-se, portanto, o precário terminal de ônibus atual e faz-se uso do espaço sobejante adjacente à via férrea rebaixada para inserção de um Veículo Leve sobre Trilhos. Este além de operar no espaço intra-urbano do aglomerado, poderia estender-se até Londrina. Prioriza-se, de modo geral, o uso do chão público pelo pedestre. Tanto o terminal intermodal de transporte coletivo, como os estacionamentos públicos e privados são localizados, por conseguinte, no subsolo. Seu acesso se dá pelo que se nomeou “térreo-rebaixado”, ou seja, uma sequência de espaços abertos em cota inferior solo atual – extremamente vinculados aos espaços urbanos existentes – que permite a inserção destes modais no tecido urbano sem detrimento do espaço do pedestre. Frente a previsão do intenso fluxo de pessoas, cria-se, também, o denominado “térreo elevado”. Ambos multiplicam as galerias, espaços culturais e de convivência criando uma rede urbano-arquitetônica aberta. A dinâmica entre térreo, térreo inferior e elevado é sempre estabelecida visualmente de forma que não se anulem e sua fluidez é garantida através de rampas, escadas, elevadores e escadas rolantes. O desenho é resultado da articulação desses diversos fluxos e da busca por legibilidade nos percursos. A simetria do eixo central – reforçada nas torres comerciais propostas sobre o terminal intermodal – tenciona-se pela sobreposição de uma diagonal conformada pela sequência das praças existentes/transformadas.

O AN L P

COM. E SERVIÇOS

ESCRITÓRIOS

ED. CULTURAIS ENTORNO

ÔNIBUS

TREM | VLT

PEDESTRE TÉRREO ELEVADO

O RE R É

PEDESTRE TERREO REBAIXADO

Inserção da proposta no território

Terminal Intermodal e praça rebaixada com galerias

AS SS A M DE

LEGENDA USOS E PERCURSOS HABITAÇÃO

PEDESTRE TÉRREO

As principais alterações no Plano Diretor Atual foram nos parâmetros dos recuos laterais necessários para eregir torres, tornando-se obrigatório a unir dois lotes para essa finalidade. Essa medida visa melhorar as condições de ventilação e iluminação com mesma massa edificada. O potencial construtivo é diminuído, porém mantida nas Zonas Especiais de Passagem, impulsionando sua viabilização. Por fim, há a alteração na diferença entre o Coeficiente de Aproveitamento com e sem Outorga Onerosa, garantindo maiores retornos aos cofres públicos.

3|8

O AD V E EL

T

O RE

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DO XA I BA RE EO RR OLO E T BS SU

to en m na cio E a t Es E

to en m na cio E a t Es

E

E

E

E E

Terminal Intermodal - acesso ao VLT

E


10

20

50m

ESTACIONAMENTO PÚBLICO

PRAÇA REBAIXADA COM GALERIAS

avenida Horácio Racanello TERMINAL VLT

B

avanida Herval

A

5

PRAÇA

avenida Duque de Caxias

corte AA

01

TERMINAL ÔNIBUS

B

C

TERMINAL ÔNIBUS

C

D

5

10

projeção estacionamento público 20

50m

20

50m

projeção estacionamento público

TERMINAL VLT

avanida Herval

A

D

01

TERMINAL ÔNIBUS

avenida Duque de Caxias

corte BB

LEGENDA IMPLANTAÇÃO

0 10 20 50

100

INTERVENÇÃO

200m

EXISTENTE Árvore Grande Porte (Guapuruvu) Referência na Paisagem

Árvore Grande Porte Árvore Médio Porte

Palmeira Grande/Médio Porte

10

interior das quadras -galerias estacionamento

PRAÇA REBAIXADA LADEADA POR GALERIAS

interior das quadras - “pocket places” e galerias estacionamento

HABITAÇÃO

LEGENDA CORTES

Implantação

5

avanida Herval

01

avenida Duque de Caxias

corte CC

COMÉRCIO E SERVIÇOS ESCRITÓRIOS ESPAÇOS CULTURAIS ENTORNO

corte DD

01

5

10

avenida João Paulino V. Filho

PRAÇA

avenida Tamandaré

rua Joubert de Carvalho

avenida Brasil

COMPLEXO ARQUITETÔNICO

4|8

20

50m

interior das quadras -galerias estacionamento

PRAÇA RAPOSO TAVARES estacionamento público

galerias

interior da quadra do complexo arquitetônico e estacionamentos


5|8

Inserção da proposta no território

avenida João Paulino

perspectiva das quadras abertas com galerias e praça rebaixada LEGENDA

VEGETAÇÃO

USOS

Árvore Grande Porte (Guapuruvu) HABITAÇÃO Referência na Paisagem COM./SERVIÇOS/ESCRITÓRIOS Árvore Grande Porte ESPAÇOS CULTURAIS Árvore Médio Porte PROPOSTOS / RECUPERADOS

subsolo -10,00m

avenida Duque de Caxias

avenida Horácio Racanello

Palmeira Grande/Médio Porte

ENTORNO

avenida Herval

avenida Tamandaré

rua Joubert de Carvalho

subsolo -2,00m, -3,00, -4,00 0 5 10 20

50

100m

térreo 0,00, +1,00 0 5 10 20

50

100m

avenida Brasil

térreos elevados +4,00, +10,90 0 5 10 20

50

100m

ACESSOS

Pedestre - Público Pedestre - Privado Veículos - Público

Veículos - Privado

Ac.Vertical - Público Ac.Vertical - Privado


6|8

projeto arquitetônico

perspectiva esquina praça Raposo Tavares e rua Joubert de Carvalho

?

DUPLICAÇÃO DO TÉRERO

USOS

Térreo

Remoção Barracão : Auditório Cine Teatro Plaza ao ar livre

ED. AGÊNCIA DOS TRABALHADORES/HOTEL (TORRE ABANDONADA)

ESCRITÓRIOS

Térreo Elevado Térreo Rebaixado

CINE TEATRO PLAZA (ED. ABANDONADO)

?

Extende-se a Praça Raposo Tavares

Av. Duque de Caxias

CA XIA S

SITUAÇÃO ATUAL

Avenida Brasil

DE

Travessa Guilherme de Almeida

UE

Praça Raposo Tavares

DU Q

O projeto arquitetônico de uma quadra multifuncional serve como exemplo do que pode vir a repetir-se nas demais. A quadra escolhida justifica-se por englobar a totalidade das problemáticas encontradas nas demais: estruturas abandonadas, lotes ociosos de estacionamento, baixa densidade e edifícios obsoletos, porém significativos, na construção da memória da cidade – no caso, o antigo Cine Teatro Plaza e o Centro Comercial. Os níveis de intervenção adotados para cada edificação a fim de articulá-las no complexo arquitetônico variaram. Para tanto, fora resgatado o uso de seus projetos originais: hotel, galerias e escritórios. Projetou-se, também, um novo edifício multifuncional para se articular aos demais: além de abrigar uma torre habitacional (que visa promover aumento de densidade), inclui uma agência bancária (a fim de relocar de uso edificação demolida) e uma midiateca com cinema cultural que, não apenas atende demanda de projetos das universidades locais, mas exalta o resgate da memória do cinema de rua do antigo Cine Teatro Plaza. Assim como no projeto urbano, o partido adotado para criar uma conexão efetiva entre as edificações, cada qual com suas implantações, usos e níveis distintos, foi estabelecer a multiplicação do térreo, com seu rebaixamento e pavimento público elevado. Ao rebaixá-lo criou-se uma praça ao nível do ponto mais baixo do auditório do Cine Teatro Plaza. Como este ocupa uma boa porção do interior do quarteirão e o grau deterioramento se sua estrutura (um barracão industrial) revelou-a irrecuperável, optou-se por remover suas paredes e cobertura, tratando o cinema como auditório a céu aberto – que reverbera a própria história desta arte. Por meio deste cinema na praça, explicita-se aonde de fato era o local do cinema/teatro (o tempo e o ocultamento da edificação fizeram com que este esmaecesse na memória coletiva local) e promove-se um espaço cultural totalmente novo na cidade. Por sua vez, o térreo elevado é resultado dos usos amplamente públicos estabelecidos no terceiro COMPLEXO ARQUITETÔNICO andar, como a praça de alimentação, o acesso à midiateca e às salas de cinema. Cria-se, assim, um segundo HABITAÇÃO filtro entre espaços de uso coletivo e privativo. A dinâmica no complexo arquitetônico é propulsionada por HOTEL elementos como a escada rolante, rampas, esCOMÉRCIO E SERVIÇOS cadas e elevadores existentes e propostos em PRAÇAS ALIMENTAÇÃO todas as edificações, nos espaços de convívio criados e distribuídos pelo volume. AGÊNCIA BANCÁRIA Considerando a necessidade de venESCRITÓRIOS cer grandes vãos, a edificação articuladora foi ESPAÇO CULTURAL concebida em estrutura metálica com embasaENTORNO mento em concreto. Como fechamento, uma PERCURSO PEDESTRE segunda pele em vidro unifica visualmente TÉRREO ELEVADO todo o conjunto, permitindo a sobriedade moPERCURSO PEDESTRE nolítica frente à tanta vibração, usos e percurTÉRREO IL so, sem deixar de revelar seus volumes e entreAS PERCURSO PEDESTRE R B . TERREO REBAIXADO ver seu interior ao acender-se a noite. AV

Rua Joubert de Carvalho

Av .

perspectiva esquina av. Brasil e av. Duque de Caxias

ESTACIONAMENTO

HOTEL Térreo Elevado Térreo Térreo Rebaixado

HABITAÇÃO

AGÊNCIA ESPAÇO BANCÁRIA CULTURAL ESTACIONAMENTO ESTACIONAMENTO

ESTACIONAMENTO

Térreo Elevado Térreo Térreo Rebaixado

HABITAÇÃO

PRAÇA ALIMENTAÇÃO COMÉRCIO

FORMA

Térreo Elevado ESPAÇO CULTURAL ESTACIONAMENTO ESTACIONAMENTO

Térreo Térreo Rebaixado


7|8

perspectiva acesso ao complexo arquitetônico pela praça Raposo Tavares 1-serviço hotel 10 2-estac. hotel 3-rest./café 5-livraria 10 6-ag. bancária 7-cine teatro plaza 8-estac. público 9-banh. públicos 10-galerias 11-guarita

2 3

7 -2,00

3

8

10 10

-3,00

11

6

9

10

8

2

1

avenida Duque de Caxias

1

2

01 5

10

20

50m

2

-3,00

2

5

5

1

2

+1,52

7

0,00

0 1

5

10m

1

5

7,00

7,12

2

6

3

4,00 +1,00

5

2

3

2

implantação/térreo

01 5

10

avenida Brasil

1-lobby hotel 2-galerias 3-livraria 4-ag. bancária 5-cafés 6-recepção 7-cine teatro plaza

1-adm. hotel 2-galerias 3-midiateca 4-ag. bancária 5-rest./café 6-sala projeção 7 filmes 7-cinemas

3 4,50

corte BB

0 1

5

10m

4

2

3,50

primeiro pavimento

subsolo -5,30 e -8,60m

corte AA

6

4,32

-1,20

-2,00

5

térreo rebaixado/subsolo

Praça interna/anfiteatro Cine Teatro Plaza

rua Joubert de Carvalho

01 5

10

20

50m

1-lazer hotel 2-mez.galerias 3-espaço coworking 4-galerias 5-midiateca 6-cinemas

4

5 6

segundo pavimento 0 1

8,00

6,70

3,50

5

10

20

50m


8|8

acesso pela avenida Brasil

acesso pela avenida Duque de Caxias

praça de alimentação

terraço da praça de alimentação

Praça interna/ anfiteatro Cine Teatro Plaza/ passarela metálica

brises móveis tipo veneziana abertura tipo camarão esquadrias de correr tipo estrutural

brises horizontais fixos (acima de 1,80m)

5

6 7

1-quartos hotel 2-sala projeção 3-cinemas 4-área lazer comum edifício 5-espaço coworking

9 3 2

4

3,50

terceiro pavimento: térreo elevado0 1

12,00

5

10

20

3

14,00

1

50m

2

difusor ar-condicionado

14,12

1-pvto tipo hotel 2-pvto tipo flats 3-pvto tipo coworking

3,50

01 5

10

20

50m

2

pavimento-tipo das torres

BWC BWC 4,22m² 4,22m² shaft de aeração e iluminação dos banheiros

01 5

10

20

50m

0 1

5

10m

CLOSET 3,88m² COZ./COPA 10,25m²

corte DD 0 1

5

10m

1

BWC 3,10m² janelas vidro fosco 125x60x180cm shaft de aeração (fechado com tela de proteção)

planta-tipo hotel - 25m²² 0

corte CC

QUARTO 2 A 3 PESSOAS 25,36m² duto hidráulico

4

quarto pavimento

S. ESTAR 9,40m²

difusor ar-condicionado QUARTO 2 A 3 PESSOAS 25,36m²

14,10

3

QUARTO 11,77m²

painéis de correr

5

10,00

10,90

esquadrias de correr tipo estrutural

1

8

7

10,62

1-foyer cinema 2-cinemas 3-controle midiateca 4-adm. midiat. 5-praça aliment. 6-rest. hotel 7-terraços 8-espaço coworking 9-galerias

14,12

1

planta-tipo flats - 40m² 5m

0

1

5m


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