Centro de Conexão

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CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

CENTRO DE CONEXÃO

Luane Victória Cruz Fernandes Orientadora: Dra. Vera Lúcia Blat Migliorini

RIBEIRÃO PRETO 2022


CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

CENTRO DE CONEXÃO

Relatório Técnico de Desenvolvimento do Trabalho Final de Curso apresentado ao Centro Universitário Barão de Mauá como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Orientadora: Dra. Vera Lúcia Blat Migliorini

RIBEIRÃO PRETO 2022


i

SUMÁRIO Sumário .................................................................................................................................... i Lista de tabelas ...................................................................................................................... iii Lista de mapas ....................................................................................................................... iv Lista de Figuras ...................................................................................................................... 1 Introdução ............................................................................................................................... 1 1.1

Contextualização ....................................................................................................... 3

1.2

Justificativa ............................................................................................................... 3

1.3

Objetivos gerais ......................................................................................................... 6

1.4

Objetivos específicos: ............................................................................................... 6

1.5

Procedimentos metodológicos gerais ........................................................................ 6

2

Quadro de referências teoricas ...................................................................................... 9 2.1.1

Meio Ambiente .................................................................................................. 9

2.1.2

Neuroarquitetura................................................................................................ 9

2.1.3

Biofilia............................................................................................................. 12

3

Projeto de referência.................................................................................................... 19 3.1.1

Pavilhão do Brasil – Expo Dubai 2020 ........................................................... 19

3.1.2

Biblioteca Greenpoint e Centro de Educação Ambiental ................................ 28

4

Levantamento .............................................................................................................. 34 4.1.1

Localização...................................................................................................... 34

4.1.2

Condicionantes legais ...................................................................................... 35

4.1.3

Local ................................................................................................................ 38

5

Proposta projetual ........................................................................................................ 41 5.1

Partido Arquitetônico .............................................................................................. 41

5.1.1

O ordenamento do espaço ............................................................................... 42

5.1.2

Programa de necessidades (Será feito na próxima etapa)................................ 42

5.1.3

O partido estético-formal................................................................................. 43

5.1.4

As soluções tecnológicas materiais ................................................................. 44


ii 5.2

Histórico do Desenvolvimento (Será feito na próxima etapa) ................................ 44

5.1

Documentação técnica da proposta final (Será feito na próxima etapa) ................. 44

6

7

Conclusão .................................................................................................................... 45 6.1

Revisão dos objetivos gerais e específicos (Será feito na próxima etapa) .............. 45

6.2

Síntese das contribuições deste trabalho (Será feito na próxima etapa) .................. 45

6.3

Sugestões para pesquisas adicionais (Será feito na próxima etapa) ........................ 45 Referências Bibliográficas .......................................................................................... 46


iii

LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Horas trabalhadas por brasileiros .......................................................................... 4 Tabela 2 - Porcentagem de pessoas com ansiedade e com depressão .................................... 5 Tabela 3 - Aumento da população ........................................................................................ 13


iv

LISTA DE MAPAS Mapa 1 - Macrozoneamento Urbanístico.............................................................................. 36 Mapa 2 - Zonas Especiais de Interesse Social ...................................................................... 37 Mapa 3 - Uso do Solo ........................................................................................................... 38 Mapa 4 - Gabarito ................................................................................................................. 39 Mapa 5 - Área de Preservação .............................................................................................. 40


1

LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Sagrada Família ................................................................................................... 10 Figura 2 - Sagrada Família relação com as pessoas .............................................................. 11 Figura 3 - Sagrada Família grandeza .................................................................................... 11 Figura 4 - Biofilia A ............................................................................................................. 14 Figura 5 - Biofilia B .............................................................................................................. 15 Figura 6 - Formas orgânicas ................................................................................................. 16 Figura 7 – Materiais .............................................................................................................. 17 Figura 8 - Pavilhão do Brasil - Expo Dubai 2020................................................................. 19 Figura 9 – Abertura............................................................................................................... 20 Figura 10 – Aberturas ........................................................................................................... 21 Figura 11 - Aberturas ............................................................................................................ 22 Figura 12 - Aberturas ............................................................................................................ 22 Figura 13 – Projetores ........................................................................................................... 23 Figura 14 – Projetores ........................................................................................................... 23 Figura 15 - Projeção da galáxia ............................................................................................ 24 Figura 16 - Projeção da galáxia ............................................................................................ 24 Figura 17 - Projeção vista do exterior ................................................................................... 25 Figura 18 - Projeção de vejetação ......................................................................................... 25 Figura 19 - Planta térrea ....................................................................................................... 26 Figura 20 - Espelho d'água ................................................................................................... 27 Figura 21 - Espelho d'água ................................................................................................... 27 Figura 22 - Biblioteca Greenpoint e Centro de Educação Ambiental .................................. 28 Figura 23 - Estudo de volumetria ......................................................................................... 29 Figura 24 - Estudo de volumetria ......................................................................................... 29 Figura 25 - Vista aérea .......................................................................................................... 30 Figura 26 – Entrada .............................................................................................................. 30 Figura 27 – Entrada .............................................................................................................. 31 Figura 28 - Área para leitura ................................................................................................. 31 Figura 29 - Área para leitura ................................................................................................. 32 Figura 30 - Vista aérea .......................................................................................................... 32 Figura 31 - Área educacional ................................................................................................ 33 Figura 32 - Ribeirão Preto

Figura 33 - São Paulo - Brasil ............. 34

Figura 34 - Lote escolhido

Figura 35 - Jardim São José Sampaio Junior .. 34

Figura 36 - Localização dos parques .................................................................................... 35


2 Figura 37 - Legenda do Macrozoneamento .......................................................................... 36 Figura 38 - Legenda da Zonas Especiais .............................................................................. 37 Figura 39 - Conceito e Partido .............................................................................................. 41 Figura 40 - Diretrizes projetuais ........................................................................................... 42 Figura 41 - Partido formal .................................................................................................... 43 Figura 42 - Tecnologia dos materiais ................................................................................... 44


3

INTRODUÇÃO 1.1

Contextualização

Arquitetura para pessoas. Esse foi o termo que mais ouvimos em todo curso, em todas as disciplinas e de diversas maneiras. Quando isto é realmente compreendido, entendemos o cargo em que estamos, que enquanto arquitetos e urbanistas alteramos a qualidade de vida das pessoas, e percebemos o quanto o ambiente pode influenciar o comportamento do usuário. Entendemos que arquitetura não é somente beleza e funcionalidade, pode e é muito mais. Quando falamos sobre influenciar o usuário, colocamos em questão que é indispensável a agregação de outras áreas de conhecimento. Precisamos ter conhecimento em paisagismo, urbanismo, medicina, neurociência, entre outros. Antigamente, já existia a preocupação sobre como seus edifícios poderiam influenciar a vida das pessoas, porém de forma empírica, hoje isso se tornou um campo interdisciplinar, a Neuroarquitetura, que surge e vem crescendo devagar, desde 1990, como meio de explicar biologicamente e cientificamente esta influência. Consiste na aplicação da neurociência aos espaços construídos, visando maior compreensão dos impactos da arquitetura sobre o cérebro e os comportamentos humanos1. Do mesmo modo ocorre com a Biofilia, e com os avanços na neurociência comprovamos como a interação entre cérebro, corpo e meio ambiente é muito mais complexa do que se imaginava. Ou seja, a arquitetura tem profunda relação com o cérebro (GONÇALVES e PAIVA, 2018, p. 290). Sendo mais um campo interdisciplinar, o qual une a natureza com a obra e sua relação com o ser humano, popularizado por Edward O. Wilson em 1984, descreve a relação inata entre o homem e a natureza, além de e tratar da necessidade que temos de permanecer conectados a ela. (BROWNING e COOPER, 2015, p. 7). E neste trabalho pretendemos desenvolver uma proposta de espaço público, cujo processo fundamenta-se nesses campos interdisciplinares, para gerar conexão e proporcionar o acesso à cultura e à educação ambiental.

1.2

Justificativa

O desejo de realizar esta pesquisa surgiu ao descobrir o quanto o design e a arquitetura podem influenciar diretamente o nosso consciente ou o nosso subconsciente! Da mesma forma quando entramos em uma igreja e nos comovemos ou quando entramos e nos sentimos em um local de uma grandeza absoluta. Estes lugares foram planejados para promover estas sensações, não é apenas coincidência. Quando entendemos que dentro da arquitetura existe uma gama gigante, 1

Dados referente a Neuroarquitetura e de onde ela <https://www.projetodraft.com/verbete-draft-o-que-e-neuroarquitetura>

surgiu.

Disponível

em:


4 muito além de parâmetros técnicos de legislação, ergonomia, conforto ambiental e que tudo pode nos influenciar, começamos a entender a importância real de um projeto. Por isso, os arquitetos estão começando a pensar não somente na funcionalidade e na estética, mas também nos efeitos gerados em níveis mais profundos do corpo humano, podendo gerar várias vantagens que beneficiem a todos. Para compreender os benefícios da Neuroarquitetura e da Biofilia são necessários alguns dados científicos. Foi publicada pelo G12 uma pesquisa de até quantas horas os brasileiros trabalham e o estudo mostrou que metade deles trabalham até 11horas por dia, sendo que 46% dos profissionais levam serviço para casa e aqueles que trabalham de forma remota acabam trabalhando muito mais tempo.

Tabela 1 - Horas trabalhadas por brasileiros

Trabalhadas

11

Total

24

0

5

10

15

20

25

30

Horas Fonte: https://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2011/12/quase-metade-dos-brasileiros-trabalha-ate-onze-horaspor-dia.html. Elaborada pela autora.

Portanto, o ser humano passa muito mais tempo em serviços que são padronizados, não se valoriza cada função, cada funcionário de modo individual, sem fazer a distinção de cada um, tornando o dia a dia mecânico, cansativo, desestimulante, fatos que afetam sua saúde física e mental, a produtividade e a criatividade. Segundo dados da Organização Mundial e Saúde (OMS), o Brasil já era o país com a maior taxa de transtorno de ansiedade do mundo, 9,3% da população, ou seja 18,6 milhões de brasileiros3 e na quinta posição mundial de pessoas com depressão, 5,8% da população, o que

2

Publicação do site G1 sobre quantidade de horas trabalhadas. Disponível em: <https://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2011/12/quase-metade-dos-brasileiros-trabalha-ate-onze-horaspor-dia.html> 3 Pesquisa da OMS sobre ansiedade. Disponível em: < https://veja.abril.com.br/saude/os-brasileirossao-os-mais-ansiosos-do-mundo-segundo-a-oms/>


5 representa cerca de 12 milhões de pessoas4. No dia 02/03/2022, foi publicado que após a Covid19, aumentou 25,6% os casos de ansiedade e 27,6% de depressão em todo o mundo em 2020, principalmente entre os jovens de 20 a 24 anos, e mais em mulheres do que em homens5.

Tabela 2 - Porcentagem de pessoas com ansiedade e com depressão

Depressão

Ansiedade

0,00%

2,00%

4,00%

6,00%

8,00%

10,00%

Saúde Fonte: https://veja.abril.com.br/saude/os-brasileiros-sao-os-mais-ansiosos-do-mundo-segundo-a-oms. Elaborada pela autora.

Na década de 80, a Organização Mundial e Saúde (OMS) reconheceu a existência da Síndrome do Edifício Enfermo, que se trata de um conjunto de doenças causadas ou estimuladas pela poluição do ar em espaços fechados, causadas principalmente pela má ou falta total da circulação da ventilação e da precariedade na manutenção dos sistemas de aquecimento, ventilação e ar-condicionado6. Desse modo, a neuroarquitetura e a biofilia vêm como modo de repensar esses espaços, voltar o olhar para o ser humano, para ser algo saudável, que instigue a criatividade e não a diminua. Há diversas pesquisas certificando que um espaço biofílico diminuiu, e até mesmo previne, a depressão e a ansiedade. Segundo o portal Vertical Garden, atualizado em janeiro de 2020, uma pesquisa da Universidade de Chiba, no Japão, comprovou a diminuição de alguns hormônios. A pesquisa dividiu 168 voluntários em dois grupos, metade passeando em florestas, e os demais em centros urbanos. O grupo que teve contato com a natureza mostrou diminuição de 16% no cortisol 4 Pesquisa da OMS sobre depressão. Disponível em: < https://g1.globo.com/bemestar/noticia/depressao-cresce-no-mundo-segundo-oms-brasil-tem-maiorprevalencia-da-america-latina.ghtml> 5 Pesquisa sobre o aumento dos casos após Covid-19. Disponível em: <https://g1.globo.com/saude/saude-mental/noticia/2022/03/02/pandemia-fez-aumentar-em-mais-de25percent-numero-de-casos-de-depressao-e-ansiedade-em-todo-o-mundo-alerta-oms.ghtml> 6 Dados sobre o reconhecimento da Síndrome do Edifício Enfermo. Disponível em: < https://revistavisaohospitalar.com.br/sindrome-do-edificio-enfermo>


6 (hormônio relacionado ao estresse), 4% na frequência cardíaca e 2% na pressão arterial e o que foi para o meio urbano não apresentou nenhuma diminuição. A Universidade Deakin, na Austrália, revelou que a natureza proporciona momentos de relaxamento e liberdade, e apresenta impacto positivo no estado mental dos indivíduos, uma vez que reduz sintomas de ansiedade e depressão. Enquanto isso, na Holanda, pesquisadores do Centro Médico Universitário de Amsterdã, notaram que pessoas que vivem próximas da natureza diminuem em 21% as chances de desenvolverem depressão. Além disso, vale destacar outros benefícios, como redução na ansiedade, melhora na qualidade do sono, na imunidade e nos problemas cardíacos, pulmonares e muitos outros. Em Ribeirão Preto, não há nenhum edifico com esse planejamento, capaz de promover a melhoria na qualidade de vida de seus usuários.

1.3

Objetivos gerais

Este trabalho tem como objetivo desenvolver o anteprojeto de um centro de conexão. Um ambiente que todos se sintam à vontade em passar um tempo, independentemente da sua classe, da sua etnia e da sua idade; que seja convidativo, integrado, agradável e principalmente acolhedor. Um espaço feito para promover a conexão de forma natural e orgânica, ponto focal de todo o trabalho, seja ela entre as pessoas, ou entre elas e a natureza, entre a natureza e o meio, entre a obra e a cidade, e assim por diante.

1.4

Objetivos específicos:

A fim de alcançar este objetivo geral, podem ser delineados os seguintes objetivos específicos: •

Explorar os sentidos humanos (visão, audição, olfato, tato) buscando a compreensão sobre a importância do meio ambiente;

Oferecer locais para que diferentes conexões possam ocorrer;

Fazer uso estratégico de cores, materiais e iluminação, para que seus usuários se sintam bem e acolhidos;

Conciliar arquitetura e paisagismo, a fim de criar espaços agradáveis e utilizar elementos naturais.

1.5

Procedimentos metodológicos gerais

Para o desenvolvimento do trabalho é de extrema importância fundamentar toda as pesquisas realizadas, e para tanto foram utilizados os seguintes procedimentos:


7

1.5.1.1 Pesquisa teórica Tem como interesse reunir todas a bibliografia, disponibilizadas em livros, sites, relatórios, entre outros, os quais foram usados durante todo o trabalho, com a função de estabelecer e fundamentar ideias e processos que condizem com o quadro atual, permitindo realizar um estudo sobre o efeito de cores, iluminação e dinamização dos espaços. Para tanto, foram utilizadas palavras chaves como: centro, pavilhão, integração, conexão, meio ambiente, sustentabilidade, biofilia, neuroarquitetura, arquitetura e mediação. A neuroarquitetura é muito estudada por Andréa de Paiva e Robson Gonçalves no livro Triuno. A relação entre o cérebro, o corpo e o meio ambiente é extremamente complexa, muito mais do que as pessoas imaginam, e a arquitetura tem uma relação intima com o ser humano. Os ambientes diferentes provocam partes diferentes do cérebro, criando uma experiência emocional, sensorial e instintiva que por vezes são geradas no subconsciente. Para eles, neuroarquitetura é: “A ciência interdisciplinar que aplica conhecimentos da neurociência à relação entre o ambiente construído e as pessoas que dele fazem uso” (PAIVA e GONÇALVES, 2018, p.396).

Já Cooper e Browning ficaram conhecidos depois de publicarem Espaços Humanos: O Impacto Global do Design Biofílico no Ambiente de Trabalho, sabendo que a relação do indivíduo com o espaço que se vive afeta diretamente seu desempenho, como interagem uns com os outros, seu estado mental e psiquiátrico, por isso projetar esses espaços passou a ser fundamental atualmente. Eles afirmam que: “O design biofílico é uma resposta à necessidade humana de se conectar com a natureza e trabalha para estabelecer este contato com o ambiente construído. Fundamentalmente, o design biofílico é a teoria, ciência e pratica de criar construções inspiradas na natureza, com o objetivo de continuar a conexão do indivíduo com a natureza dos ambientes em que vivem e trabalham todos os dias. Nos ambientes construídos contemporâneos de hoje, as pessoas estão cada vez mais isoladas da experiência benéfica dos sistemas e processos naturais. ” (BROWNING e COOPER, 2015, p.10).

1.5.1.2 Pesquisa documental Em suma são todas as pesquisas usadas como referência no projeto, tais como projetos legais, dados da OMS, relatórios, e mapeamentos disponibilizados pela Prefeitura Municipal. Os projetos escolhidos apresentam soluções para diferentes questões que serram abordadas, tais como: bem-estar, aprendizagem sobre a importância da vegetação, espaços prazerosos para a população.


8 Essas soluções andam junto com palavras chaves usadas na pesquisa, sendo elas: neuroarqutetura, biofilia, centro educacional, bem-estar, ciência, dessa forma o objeto a ser projetado poderá apresentar soluções técnicas e espaciais com base em conceitos prédeterminados que poderão ser encontrados de forma clara em sua estrutura projetual e em seu partido.

1.5.1.3 Pesquisa de campo Levando em conta a pesquisa empírica feita, o local escolhido é ao lado de uma área de preservação permanente, com fácil acesso, onde há carência de espaços aberto ao público, para a população se expressar, na zona oeste de Ribeirão Preto. Foram realizados levantamentos de campo da área de intervenção e do entorno imediato e pesquisas com as pessoas que a utilizam, através de fotos, anotações, relatórios, mapas, entre outros. Alguns dos dados obtidos foram transformados em mapas, diagramas, textos e tabelas para melhor e mais claro entendimento.


9

2

QUADRO DE REFERÊNCIAS TEORICAS

A fundamentação teórica desta pesquisa compreende estudo realizados e livro de dois campos da neurociência. Este capítulo será abordado a neuroarquitetura de forma introdutória e a biofilia e todos seus seguimentos com exemplificações.

2.1.1 Meio Ambiente 2.1.2 Neuroarquitetura A arte é a arte que dispõe e adorna de tal forma as construções erguidas pelo homem (...) que vê-las pode contribuir para sua saúde mental, poder e prazer. John Ruskin (1819-1900) critíco inglês. (GONÇALVES E PAIVA, 2015, p289)

A neuroarquitetura, é muito estudada por Andréa de Paiva e Robson Gonçalves no livro Triuno. A relação entre o cérebro, o corpo e o meio ambiente é extremamente complexa, muito mais do que as pessoas imaginam, e a arquitetura tem uma relação intima com o ser humano. Os ambientes diferentes provocam partes diferentes do cérebro, criando uma experiência emocional, sensorial e instintiva que por vezes são geradas no subconsciente. Para eles, é: “A ciência interdisciplinar que aplica conhecimentos da neurociência à relação entre o ambiente construído e as pessoas que dele fazem uso” (PAIVA e GONÇALVES, 2018, p.396).

Os ambientes são capazes de estimular diferentes sensações nos seres humanos, mais com os avanços tecnológicos, houve a integração de áreas diferentes como a da arquitetura e a ciência, criando a neuarquitetura e apartir disso estudando o ambiente e quais áreas do cérebro são estimuladas, gereando experiências divertidas, emotivas, melancolicas, instintiva, que por sua vez pode ser inconscientes. Em muitos discursos sobre Neuroarquitetura e suas possibilidades, é comum que o espaço seja colocado na condição de agente(“espaços que geram ansiedade”, “espaços que curam”,etc.) e isso podem contribuir para a geração de falsas expectativas. O espaço não age. Quem age no espaço somos nós. O ambiente é uma variavel que pode influencias nossa ação, nossa percepção,, nosso estado mental. Isto é, nós podedmos apresentar diferentes comportamentos e percepções dependendo das caracteristicas fisicas do lugar onde nos encontramos, nós reagimos de maneiras diferentes em ambientes diferentes, mas nem todos responderão de forma semelhante ao mesmo espaço. (GOLÇALVES E PAIVA, 2020)


10 Tem avançado em busca de como o cérebro interpreta cada elemento do ambiente, quais regiões são ativadas, através da neuroimagens, como resposta a tal. Proporcionando satisfação, harmonia, bem-estar, equilíbrio, por meio das formas e das composições, conseguindo apresentar um espaço com maior precisão e objetividade. Sobretudo não podemos pensar que é a ideia de fazer a obra perfeita, pois o conceito se aplica de maneira diferente para cada pessoa, levando em conta que nossa ligação com o ambiente é extremamente complexa. Podemos dizer que não é uma regra a ser seguida e sim conceito, o qual deve ser usada com bom senso por arquitetos e designs, afinal cada pessoa percebe um espaço de maneira infinitamente diferente de outra. O que antes era empírico, se torna concreto pela neuroarquitetura, como Paiva e Golçaves afirma: O que antes eram apenas impressãoes subjetivas, respostas aparentemente sem razão para os sentimentos causados pelo mundo material, agora podem ser compreendidas como processos cerebrais capazes de gerar conforto, medo, contrição, dentre outras sensações. (PAIVA E GONÇALVE, 2015, p297).

Em nosso sistema sensorial percebemos de duas formas diferentes, sendo a conciente e o inconsciente. Entretando a percepção de forma conciente é mais lenta que a inconsciente, sendo assim a maioria dos estímulos que nos afetam é em nivel subconciente, ou seja, não é perceptivel e faz com que a reação seja automatica. Dando exemplo dessa influencia, podemos entender bem quando entramos ou até quando vemos fotos de uma igreja gótica, como por exemplo a Sagrada Familia, de Barcelona na Espanha.

Figura 1 - Sagrada Família Fonte: https://www.google.com/search?q=igreja+Sagrada+fam


11 De prima temos a sensação de imponencia, grandiosiedade, poder obsoluto,uma forte presença, isso porque sua escala é monumental, fugindo da escala do ser humano, nos deixando inpactados e até mesmo intimadados de certa maneira. Com sua espiritualidade, pode estimudar a reflexão, contemplação e diversas sensações diferentes para os mais familiariazados. As torres construídas de ambos os lados das fachadas são elementos essenciais para sublinhar o lançamento vertical. Essas torres apresentam grandes aberturas, parecendo lançar o edifico para o alto.

Figura 2 - Sagrada Família relação com as pessoas Fonte: https://www.google.com/search?q=igreja+Sagrada+fam

Figura 3 - Sagrada Família grandeza Fonte: https://www.google.com/search?q=igreja+Sagrada+fam


12

A iluminação se difundi atraves dos vitros coloridos, não tendo uma entreada focada, não parecendo provir de uma fonte natural e criando uma atmosfera cálida e luminosa que transmite fiel um sentimento de êxtase. Apresenta uma série de aberturas, portais, janelas rosáceas, arcos, estátuas, interrompendo a espessura das paredes exteriores por forma a que os vazios prevaleçam sobre os cheios e deem à construção um efeito aéreo. Este conhecimento, quando usado com bom senso, podem ter objetivos precisos. Como por exemplo: em am comercio de varejo que ajude a deixar os clients mais calmos, relaxados e favoraveis para consumo; em coworking, podem trazer mais concentração, menos estresse e aumenta o rendimento; em hospitais, estimulam a cura e o bem estar dos pacientes e dos funcionários e assim por diante. Também pode ser usada para ativar nossas habilidades cognitivas, como estímular a memoria, diminuir a pressão arterial e efeitos negativos do local sobre nossas emoções.

2.1.3 Biofilia Biofilia vem do grego bios, que significa via e philia, que significa amor, afeição, ou necessidade de satisfação. Ao pé da letra, biofilia é o amor pela vida. Este termo foi popularizado pelo ecólogo americano Edward O. Wilson em seu livro Biophilia, publicado em 1984. Inicialmente o termo foi usado em teorias psicanalíticas que o opunham à atração pela morte, como o psicólogo Erich Fromm em 1964. Mesmo sendo usado em diferentes perspectivas, as teorias concordam que a biofilia é um sinal de saúde física e mental. Diversos estudos comprovam os benefícios do convívio com a natureza para a saúde humana. Em um relatório do Cary Cooper e do Bill Browing, chamado Espaços Humanos: O Impacto Global do Design Biofilico no Ambiente de Trabalho, a arquitetura biofílica é definida por Cooper e Browning, como: “O design biofílico é uma resposta à necessidade humana de se conectar com a natureza e trabalha para estabelecer este contato com o ambiente construído. Fundamentalmente, o design biofílico é a teoria, ciência e pratica de criar construções inspiradas na natureza, com o objetivo de continuar a conexão do indivíduo com a natureza dos ambientes em que vivem e trabalham todos os dias. Nos ambientes construídos contemporâneos de hoje, as pessoas estão cada vez mais isoladas da experiência benéfica dos sistemas e processos naturais. ” (BROWNING e COOPER, 2015, p.10).

É mais uma das área que se unem arquitetura e ciência, que vem de algo impirico e hoje é confirmado. Um nova técnica que precisamos resgatar,a qual preza locais onde as pessoas tenham contato com elementos da natureza. Também pode se dizer que o conceito é uma das vertertes do sustentável.


13 Passamos mais de 90% do nosso tempo no interior de alguma edificação portanto, melhorar a qualidade desses espaços é fundamental e esse fato nos adoeceu. Como já comentado, a OMS reconheceu a síndrome do edifício enfermo, um conjunto de doenças causadas ou estimuladas pela poluição do ar em espaços fechados. Por mais que nosso ambiente tenha evoluído pelas intervenções humanas, expressadas fortemente na industrialização e urbanização, nós Homo sapiens não conseguimos evoluir o suficiente na mesma rapidez, para acompanhar mudanças extremamente significativas e se tornar independente da natureza. Ainda reafirma por Gonçalves e Paiva: Nós somos moldados pelo ambiente em que vivemos, tanto social como físico. Mas, além disso, nos trazemos nossos genes as características moldadas desde os promordias de nosso desenvolvimento como raça humana. E a raça humana passou a maior parte de sua história tendo que conviver e lidar com a natureza. Originalmente, nós fomos preparados para sobreviver em meio a ela, O fato de quebrarmos essa. Lógica genética tão bruscamente pode provocar a sensação de não pertencimento, criar stress e problemas emocionais que se refletem no nosso comportamento. (GOLÇALVES E PAIVA, 2015, p331).

De maneira global BROWNING e COOPER, tras que a Organização das Nações Unidas prevê que em 2030, 60% da população mundial viverá em ambientes urbanos, sendo que alguma países já estão sentindo essa migração, com um aumento de 40% desde 1950. Sendo o o Brasil (51%), Filipinas (41%), Indonésia (41%) e a China (32%). Por isso, é indispensável considerar como a conexão homem com a natureza ainda pode ser oferecida para aqueles que residem em cidades. Tabela 3 - Aumento da população

Brasil

Flipinas

Indonésia

China

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Aumento da população Fonte: Relatório Espaços Humanos: O Impacto Global do Design Biofílico no Ambiente de Trabalho. Elaborada pela autora.


14 Conseguentemente a população tem uma exposição frenguente a poluição Sonora, poluição visual, com vistas para edificos altos, para paredes, com uma circulação exagerada de veiulos motorizados, os microclimas gerados pela falta de vegetação e o exesso de asfalto, trazendo alta temperature, poluição do ar e baixa umidade, o conjunto de tudo afeta negativamente qualquer pessoas, mentalmente e fisicamente. A biofilia vem para romper com algumas dessas coisas, retomar a natureza e vem se tornando cada dia mais uma tendencia de empresas renomadas como a “Googleplex” do Google e o campus da Apple no “1 Infinite Loop”, as quais mostram aumento da produtividade e retenção dos funcionários por conta da mudança no ambiente de trabalho. Quando pesquisamos sobre biofilia a primeira coisa que aparece é a implantação de vegetação, porém utilizando somente com ela não obtemos todas a melhoras que podemos. É preciso pensar no ambiente como um todo. Ela envolve vegetação, formas, volumes, texturas, materiais, cores, iluminação, sons entre outros elementos. A vegetação sempre teve e sempre será importante. São fonte direta de proteção, alimento, forragem, na eflorescência, que basicamente é o elemento vivo que se modifica com o tempo; por refrescar o ambiente ao liberar gotículas de água, também ajudando da umidade do ar. Proporcionando sombra ao ser colocadas em fachadas de sol pleno. Exalam aroma que agradam o olfato, diminui a poluição do ar, melhoram a pressão arterial, renova a qualidade do ar fazendo a troca de gás carbônico para oxigênio. Algumas atraem pássaros e outras são consideradas repelentes. São um recurso terapêutico por estimular as células, o que significa que são boas para nosso psicológico e nosso físico.

Figura 4 - Biofilia A Fonte: https://www.google.com/search?q=ambiente+com+e+sem+biofilia&rlz=1C1CHZN


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Figura 5 - Biofilia B Fonte: https://www.google.com/search?q=ambiente+com+e+sem+biofilia&rlz=1C1CHZN

Na imagem A, vemos um escritório que implantou somente a vegetação, sendo ela artificial, e o material que nos lembra a madeira. Pode de aparentar ser biofílico, mas não é. Com as plantas artificias, nos pioramos a qualidade do ar, ela não o filtra, não gera umidade, não diminui a temperatura e piora até mesmo na acústica. Por ser artificial elas acumulam sujeiras do dia a dia, ao coloca-las em cima das mesas dos funcionários pode gerar a sensação do teto ser baixo do que realmente é e interfere diretamente na iluminação. E o que mais chama atenção é de não ter nenhuma janela e vista, além de uma para as paredes do local. Já na imagem B podemos perceber nitidamente a diferença. Temos uma vista ampla de qualidade, para a cidade, algumas vegetações naturais, que não interferem na iluminação, com bastante iluminação natural, troca de ar. Os vidros com o fundo azul, o tapete azul, fazendo lembrar de mar e/ou céu. A madeira no banco e na luminária. O verde dos forros, do tapete e da vegetação. Se torna um ambiente de trabalho muito mais produtivo, com funcionários mais felizes e alegres. As formas são algo que influenciando muito e de maneira inconsciente. É comprovado que crianças e adultos preferem contornos curvados e orgânicos do que retos; os interiores de residências são considerados menos estressantes, transmitem segurança e privacidade, criam espaços mais agradáveis alegres e calmos; proporciona experiências mais suaves e agradáveis, já que o contorno orgânico é o que menos ativa a amigdala e menos produz a sensação de alerta e podem provocar a ativação da amigdala, produzindo a sensação de alerta. Sendo elas formas orgânicas, com algum padrão botânico, padrão animal, biomórfica, biométrica, sendo inspirada na natureza.


16

Figura 6 - Formas orgânicas Fonte: https://modular4kc.com/2010/07/29/the-concrete-shell-house/

Com texturas queremos dizer os materiais, podendo ser todos que tem tempo de vida ativo. Pedras, madeira, terra, tecidos como linho e algodão, ainda sendo material natural, mas pode ser aplicado como revestimento ou em mobiliários.


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Figura 7 – Materiais Fonte: https://jacobsenarquitetura.com/projetos/#residencial, editado pela autora.

A cor é um elemento importante para a nossa sobrevivência, ressaltar cores naturais, terrosas, arenosas, verdes folha, amarelos como o pôr do sol, cores que remetem a natureza, normalmente a cor tem relação com as nossas reações fisiológicas. Obs.: medo, fome, conforto, atenção, confusão mental, stress. Elas condicionam o humor e, portanto, as decisões e as atitudes. As cores verdes reduzem o ritmo cardíaco e aliviam o estresse. Os tons vermelhos estimulam processos cognitivos e de atenção, por isso são de grande ajuda em tarefas que requerem grande concentração mental. Os estudos de BROWNING e COOPER indicam uma clara preferência por tons de água azuis, verdes, ouro, dourados, marrons e cores de terra encontradas nas savanas africanas. Concluímos, portanto, que há uma preferência geral para tons de terra. Os estudos indicam também que a maioria das pessoas prefere cores que remetam à flores e frutas. Assim, a adoção criteriosa de cores brilhantes pode ajudar na associação de um espaço às condições naturais. Combinações de cores vibrantes podem ser estimulantes se aplicadas pontualmente em excesso, entretanto, podem causar ilusões de ótica e levar a respostas desagradáveis, tais como


18 tontura. Isso nos diz que um uso mínimo de combinações de cores vibrantes pode auxiliar na manutenção de um ambiente saudável e restaurador. O estimulo através de sons acelera a recuperação psicológica e fisiológica, estimula o desempenho cognitivo, maior energia e redução dos hormônios relacionados ao estresse, a fadiga e a percepção da dor, induz ao relaxamento físico, mental, melhora os processos de cura e funções imunes do ser humano (Browning, Ryan e Clancy 2014). A presença de água ou algo azul para remeter a ela, ajuda a regular a pressão sanguínea, o ritmo circadiano, maior tranquilidade, serenidade, o estresse e fadiga; melhora a concentração e memória. E a ventilação natural é mais benéfica do que um ar condicionado o ar tem movimento, intensidade, cheiro, temperatura, que o corpo responde de forma mais positiva do que uma ventilação mecânica que está tirando a humidade do Ar. A relação do ser humano com a passagem da luz durante o dia e também durante as estações do ano. A luz do dia, remete a conforto, produtividade, qualidade no humor, evita letargia, aprimora a nossa moral. a luz do dia, remete a segurança e ação, trabalhar com luz, indireta, difusa. Obs.: cuidado com o ofuscamento, e ajustar a proporção luminosa, trabalhar com técnicas passivas arquitetônica.


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3

PROJETO DE REFERÊNCIA Esta sessão foi feita fundamentada nos objetivos específicos do trabalho, além das análises

teóricas e físicas do local. Lugares que demonstram preocupação com o que será passado a qualquer pessoa que utilizar, sendo eles cocientes ou inconscientes. Visando principalmente o bem-estar, a relação com o natural, sons, sensações e texturas.

3.1.1 Pavilhão do Brasil – Expo Dubai 2020

Figura 8 - Pavilhão do Brasil - Expo Dubai 2020 Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/976099/pavilhao-do-brasil-expo-dubai-2020.

Ficha Técnica •

Arquitetos: Ben-Avid, JPG.ARQ, MMBB Arquitetos

Área : 3901 m²

Ano : 2021

Local: Dubai, Emirados árabes Unidos

Fotografias :Joana França, Jon Wallis, Leonardo Finotti

• Este pavilhão foi instalado em uma exposição de Dubai, no ano de 2020, ganhador de um concurso e representava o Brasil. É uma das referências por usar de modo fluido os conceitos apresentados anteriormente e especificando para essas pessoas e com o seu proposito único.


20 O projeto teve como proposito representar as águas brasileiras, dos seus rios e seus mangues. Como o próprio site cita: Nascedouro de toda a fertilidade da vida, patrimônio natural que dá a base para toda a discussão da sustentabilidade no planeta7. Acima de tudo, os arquitetos conseguem imergir o público dentro de um cenário, pensando no Brasil. E vamos analisar como eles conseguem este feito, como isso se relaciona com nossos temas e o quanto se preocupam com o local, já que estão em uma cidade que contém desertos e o clima é totalmente diferente. Afinal o que utilizam, qual finalidade e sua relação? Já na entrada percebemos que foi planejada para se sentirem confortáveis e curiosos para adentrar. Tendo uma leve abertura em relação as outras fachadas serem bem fechadas, muito compara com um leve levantar de uma saia.

Figura 9 – Abertura Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/976099/pavilhao-do-brasil-expo-dubai-2020.

Utilizam o tecido translucido com aberturas entre os encontros das paredes e do teto, com abertura quase que central na cobertura. O tecido sendo translucido e com estes “rasgos” permite que a iluminação natural permeie sem criar um calor excessivo, pois desse modo também conseguimos a ventilação natural. E ele sendo branco, é uma cor que não interfere e facilita ao projetar cenas diretamente.

Pavilhão do Brasil – Expo <https://www.mmbb.com.br/projects/details/94/27> 7

em

Dubai.

Disponível

em:


21 Relacionando com o tema da Neuroarquitetra e da Biofilia a ventilação e iluminação natural são subtemas que encontramos em ambos, ajuda a regular o ciclo circadiano, não cria um microclima quente ao extremo.

Figura 10 – Aberturas

Fonte: https://www.mmbb.com.br/projects/details/94/27.


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Figura 11 - Aberturas Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/976099/pavilhao-do-brasil-expo-dubai-2020.

Figura 12 - Aberturas Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/976099/pavilhao-do-brasil-expo-dubai-2020.


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Nas telas tencionadas são projetados imagens e sons, através de projetos fixados ao edifício central. O que o MMBB quis com isso, foi trazer em 360graus as mesmas imagens ou vídeos, para que a população se sinta em meio a ela. A cada imagem projeta traz uma sensação diferente a cada indivíduo. É algo único, lindo e para pessoas acostumadas com o dia a dia fechada em edifícios é a experiencia perfeita para ver a diferença que faz não somente no que sentimos, como também no relaxamento metal, em como o cérebro irá processar durando o tempo dela ali.

Figura 13 – Projetores Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/976099/pavilhao-do-brasil-expo-dubai-2020.

Figura 14 – Projetores Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/976099/pavilhao-do-brasil-expo-dubai-2020.


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Figura 15 - Projeção da galáxia Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/976099/pavilhao-do-brasil-expo-dubai-2020.

Figura 16 - Projeção da galáxia Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/976099/pavilhao-do-brasil-expo-dubai-2020.


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Figura 17 - Projeção vista do exterior Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/976099/pavilhao-do-brasil-expo-dubai-2020.

Figura 18 - Projeção de vejetação Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/976099/pavilhao-do-brasil-expo-dubai-2020.


26 Utilizam o espelho d’água, que é nada mais do que a água com uma profundidade rasa, envolta e dentro do pavilhão. Para que as pessoas que visitem o lugar se sintam convidadas ao entrar, sentido ela nos pés para ter mais sensação de estar dentro dos mangues e melhorando o clima interno. A água é um elemento o qual devemos retomar ter o contato, a sensação e o som, muito citado pela biofilia e temos a questão de a cor ser tranquilizando segundo a neuroarquitetura.

Figura 19 - Planta térrea Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/976099/pavilhao-do-brasil-expo-dubai-2020.


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Figura 20 - Espelho d'água Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/976099/pavilhao-do-brasil-expo-dubai-2020.

Figura 21 - Espelho d'água

Fonte: https://www.mmbb.com.br/projects/details/94/27.


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3.1.2

Biblioteca Greenpoint e Centro de Educação Ambiental

Figura 22 - Biblioteca Greenpoint e Centro de Educação Ambiental Fonte: https://www.scapestudio.com/projects/greenpoint-library-and-environmental-education-center.

Ficha Técnica • Arquitetos: Marble Fairbanks Architects •

Área : 15.256 pés²

Ano : 2020

Localização: Brooklin, Estados Unidos

Fotografias: Michael Moran / OTTO

Arquitetura Paisagística : Arquitetura Paisagística SCAPE

A biblioteca Greenpoint é uma filial, e além de acesso a informações e mídias, ainda seja uma parte crítica do que as bibliotecas filiais fazem, elas também fornecem muitos serviços sociais relacionados como a educação ambiental. Ela substitui um edifício existente por um centro comunitário. O que vamos analisar neste projeto é principalmente a parte da educação ambiental e como o arquiteto dispõe a fachada e as áreas verdes. Como podemos ver pela imagem a baixo, ele começa dispondo dois blocos retangulares e rotaciona o inferir para integrar com a calçada, depois onde há maior espaço defini que receberam vegetação, logo em seguida onde terá as aberturas, as proteções e janelas rolares.


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Figura 23 - Estudo de volumetria Fonte: https://www.marblefairbanks.com/portfolio/greenpoint-library/#.

Forma separadas três áreas com vegetação integrada, para permanência, sendo a térrea (laranja) para integração do público, junto com a calçada integrada, vegetação pensada seguindo a rua e com bancos disponíveis; a do segundo nível (rosa), uma vegetação mais densa, pensado como um espaço de leitura e contemplação; e o terceiro nível (roxo) para aprendizagem na pratica sobre a vegetação, tendo várias hortas com espécies deferentes que a população cuida e conseguintemente gera alimento para tais.

Figura 24 - Estudo de volumetria Fonte: https://www.marblefairbanks.com/portfolio/greenpoint-library/#. Editado pela autora.


30

Figura 25 - Vista aérea Fonte: https://www.scapestudio.com/projects/greenpoint-library-and-environmental-education-center.

Figura 26 – Entrada Fonte: https://www.scapestudio.com/projects/greenpoint-library-and-environmental-education-center.


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Figura 27 – Entrada Fonte: https://www.scapestudio.com/projects/greenpoint-library-and-environmental-education-center.

Figura 28 - Área para leitura Fonte: https://www.archdaily.com/979294/greenpoint-library-and-environmental-education-center-marblefairbanks-architects.


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Figura 29 - Área para leitura Fonte: https://www.archdaily.com/979294/greenpoint-library-and-environmental-education-center-marblefairbanks-architects.

Figura 30 - Vista aérea Fonte: https://www.archdaily.com/979294/greenpoint-library-and-environmental-education-center-marblefairbanks-architects.


33

Figura 31 - Área educacional Fonte: https://www.scapestudio.com/projects/greenpoint-library-and-environmental-education-center.


34

4 4.1.1

LEVANTAMENTO

Localização

A escolha do lote não foi de forma arbitrária, foi escolhida com alguns critérios primordiais e levando em consideração toda a pesquisa teórica. Um local com fácil acesso, na zona oeste de Ribeirão Preto, em um bairro que tenha falta do que o projeto nos traz, com uma área de vegetação para ser aproveitada.

Figura 32 - Ribeirão Preto

Figura 33 - São Paulo - Brasil

Fonte: Google Earth, 2021, editado pela autora.

Figura 34 - Lote escolhido

Figura 35 - Jardim São José Sampaio Junior

Fonte: Google Earth, 2021, editado pela autora.

O lote escolhido se localiza na Rua Cel. Américo Batista, no bairro Jardim São José Sampaio Junior em Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Em seu terreno há ao lado direito a Associação Beneficente do bairro, no centro uma caixa de água e no canto esqueço a escola estadual E. E. Dom Romeu Alberti. Os quais serão integrados ao projeto.


35 Estando ao lado de dois parques, sendo um deles um parque linear. Localizado perto do parque linear Tom Jobim e do parque das Figueiras.

Figura 36 - Localização dos parques Fonte: Google Earth, 2021, editado pela autora.

4.1.2

Condicionantes legais

Nas condicionantes legais vamos atrás de todas as leis que possamos ter sobre o local, incluindo os mapas da cidade. Assim temos mais um parâmetro para ser usado e podemos compreender mais sobre o local. Mapa 01 está se referendo a Zona de Urbanização Preferencial (ZUP), que é a região do município onde o uso do solo deve ser incentivado, considerando o potencial de sua infraestrutura urbana existente ou a implantar. Então entendemos que é uma região que tem potencial para ser estudada, que deve ser incentivada seu uso, mas sempre considerando o potencial do lote e de seu entorno.


36

Mapa 1 - Macrozoneamento Urbanístico Fonte: https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/portal/planejamento/plano-diretor-do-municipio

Figura 37 - Legenda do Macrozoneamento Fonte: https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/portal/planejamento/plano-diretor-do-municipio.


37 Já no mapa 02, que está se referindo a Zonas Especiais de Interesse Social 01 (ZEIS), nos diz que as áreas internas do Perímetro Urbano desocupadas, subutilizadas ou então glebas ainda não parceladas, cujo entorno está servido de equipamentos e infraestrutura, com grande potencial para produção de habitação de interesse social. Portanto entendemos que são áreas grandes desocupadas que podem ou não ser dividida e podem ter diferentes usos.

Mapa 2 - Zonas Especiais de Interesse Social Fonte: https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/portal/planejamento/plano-diretor-do-municipio.

Figura 38 - Legenda da Zonas Especiais Fonte: https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/portal/planejamento/plano-diretor-do-municipio.


38

4.1.3

Local

Nesse tópico veremos mapas feitos após o levantamento no local, para melhor entendimento de cada tópico abordado.

4.1.3.1 Uso do Solo O mapa uso do solo, nos mostra sobra qual tipo urbanização nos temos, do que temos na área de intervenção. É possível identificar que é um bairro residencial, com alguns comércios e serviços nas ruas principais, com alguns lotes que tem comercio no térreo e a residência no segundo pavimento.

Mapa 3 - Uso do Solo Fonte: Elaborada pela autora.


39

4.1.3.2 Gabarito O mapa de gabarito da área estudada, representa as alturas das edificações. Analisando podemos entender que a baixo do rio temos um conjunto de residências de uma altura baixa, acima temos as ruas laterais ao lote escolhido a maioria é térrea e as demais temos balanceado as residências de um ou dois pavimentos.

Mapa 4 - Gabarito Fonte: Elaborada pela autora.


40

4.1.3.3 Áreas de preservação Este mapa de preservação, ajuda a entender quais espaços dos que contem vegetação estão por protegidos por lei e deveram continuar arborizados. Vemos que nem todas as áreas verdes são de preservação e que somente ao longo do rio que se encaixaria. O que é um sinal bom do bairro.

Mapa 5 - Área de Preservação Fonte: Elaborada pela autora.


41

5 5.1

PROPOSTA PROJETUAL

Partido Arquitetônico

A proposta de um espaço para aprendizagem do meio ambiente e de conexão, vem de um problema não somente da população de Ribeirão Preto, como de um todo e a aproximação da autora com a vontade de mudar a forma com que olhamos para o meio. Dessa forma, a obra foi intitulada “Centro de Conexão”, pois o aprendizado também é uma forma de conexão das pessoas com o meio. Portanto o conceito visa conectar, estimular a interação, um espaço para se expressar, estudar, trabalhar, através de espaços funcionais, de convivência, estudo, jardim, horta. Esses são os eixos do Centro de Conexão.

Figura 39 - Conceito e Partido Fonte: Elaborada pela autora.


42

5.1.1 O ordenamento do espaço Tendo o objetivo de atender o conceito, levando em conta os projetos de referência, as referências teorias, o que foi levantado, as pesquisas realizadas do tema de meio ambiente, neuroarquitetura e biofilia. Foi elaborado diretrizes para conduzir todo o desenvolvimento. Sendo priorizado a integração e apropriação do local mesmo, sempre visando o bem-estar, a felicidade e a sensação de acolhimento.

Figura 40 - Diretrizes projetuais Fonte: Elaborada pela autora.

5.1.2 Programa de necessidades (Será feito na próxima etapa)


43

5.1.3 O partido estético-formal No partido estético e formal será trazido as formar e sensações que queremos passar no projeto. Trazendo dos temas e projetos de referência será usado muito a forma orgânica, com mobiliários arredondados; o edifício aproveitando da melhor maneira possível a iluminação e ventilação natural, trazendo recortes das aberturas em lugares estratégicos; a vegetação e lazer aproveitando de maneira adequada e ergonômica o local e sua proximidade com a Área de Preservação Permanente (APP), e demais maneiras. Já a sensação, será projetada e pensada em qual trazer em cada ambiente e como fazer para chegar a tal. Como podemos analisar da imagem a baixo, temos que projetar pensando até no conforto psicológico, do inconsciente, para chegar no resultado que gostaríamos. Sempre com muita ética.

Figura 41 - Partido formal Fonte: Elaborada pela autora.


44

5.1.4 As soluções tecnológicas materiais Os materiais escolhidos são passando pela biofilia, tentando retomar a natureza não somente com a vegetação, mas também com texturas e acabamentos. Utilizando o concreto, a madeira, a pedra, água, vidro, metal, vegetação, entre outros.

Figura 42 - Tecnologia dos materiais Fonte: Elaborada pela autora.

5.2

Histórico do Desenvolvimento (Será feito na próxima etapa)

5.1

Documentação técnica da proposta final (Será feito na próxima etapa)


45

6

CONCLUSÃO

6.1

Revisão dos objetivos gerais e específicos (Será feito na próxima etapa)

6.2

Síntese das contribuições deste trabalho (Será feito na próxima etapa)

6.3

Sugestões para pesquisas adicionais (Será feito na próxima etapa)


46

7

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Unsupported source type (Misc) for source Jor14. ÂNGULO, S. C.; E, S. E. Z.; JOHN, V. M. Portal Metalica Construção Civil. Metalica. Disponivel em: <http://wwwo.metalica.com.br/desenvolvimento-sustentavel-e-a-reciclagem-deresiduos-na-construcao-civil>. Acesso em: 16 Março 2015. BILL BROWNING, C. C. ESPAÇOS HUMANOS: O Impacto Global do Design Biofílico no Ambiente de Trabalho. [S.l.]: [s.n.], 2015. MUNIZ, C. O Design Cooperativod Na Sociedade da Informação. São Carlos: Escola de Engenharia de São Carlos USP, 2006. PERROT, M. Figuras e papéis. In: PERROT, M. História da vida privada. São Paulo: Companhia das Letras, 1991. p. 3. ROBSON GOLÇALVES, A. P. Triuno: Neurobusiness e qualidade de vida. 2. ed. [S.l.]: [s.n.], 2015. SEAL, S. Site Sur Seal, 2009. Disponivel em: <http://www.sur-seal.com>. Acesso em: 2 fev. 2012. SILVA, P. J.; BRITO, M. J. D. Gestão e Produção. Práticas de Gestão de Resíduos da Construção Civil: Uma Análise da Inclusão Social de Carroceiors e Cidadãos Desempregados, 2006.


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