Espaço de CONEXÃO

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LUANE VICTÓRIA CRUZ FERNANDES

ESPAÇO DE CONEXÃO

Relatório Técnico de Desenvolvimento do Trabalho Final de Curso apresentado ao Centro Universitário Barão de Mauá como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Orientadora: Dra. Vera Lúcia Blat Migliorini

UNIVERSIDADE BARÃO DE MAUÁ

RIBEIRÃO PRETO, DEZEMBRO DE 2022

LUANE V. CRUZ FERNANDES BANCA EXAMINADORA VERA LUCIA BLAT MIGLIORINI (ORIENTADORA) ROBERTO LUIZ FERREIRA (EXAMINADOR INTERNO) LETÍCIA MUZEMBANI (EXAMINADOR EXTERNO) RIBEIRÃO PRETO, DEZEMBRO DE 2022
ESPAÇO DE CONEXÃO

Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio cconvencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que seja citada a fonte.

CRUZ, LUANE CRUZ

CENTRO DE CONEXÃO/ LUANE VICTÓRIA CRUZ FERNANDESRIBEIRÃO PRETO, 2022

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ

VERA LUCIA BLAT MIGLIORINI

AMBIENTAL
ORIENTADOR:
1. CONEXÃO 2. ARQUITERA PARA PESSOAS 3. EDUCAÇÃO
4. NEUROARQUITETURA 5. BIOFILIA CDU 72

RESUMO

O presente trabalho final de graduação propõe um Cen tro de Conexão, que nasce a partir da frase “ARQUITETU RA PARA AS PESSOAS” e da intenção da autora em contri buir para uma mudança na relação entre elas e o ambiente.

Com isso, é necessário pensar que, juntos, o ambien te e a arquitetura afetam o consciente e o subconscien te do ser humano. Nesse sentido, o trabalho fundamenta-se cientificamente na Neuroarquitetutra e na Biofilia.

Para obter esse resultado foi escolhida uma área localizada em Ribeirão Preto e dentro dela trabalhou-se com a educação ambiental, por meio de hortas, pomares, estufas, paisa gismo e a requalificação da área de preservação permanente, favorecendo a aproximação da população. Além disso, foram propostos espaços para festividades, cozinha comunitária e salas individuais o que estimulou a ajuda mútua e o desen volvimento da expressão cultural, sempre com o objetivo de produzir uma conexão entre tudo e todos com a força, com prometimento e intensidade como as raízes de uma árvore.

The present final graduation work proposes a Connection Center, which is born from the phrase “ARCHITECTURE FOR PEOPLE” and the author’s intention to contribute to a chan ge in the relationship between them and the environment.

With this, it is necessary to think that, together, the envi ronment and architecture affect the conscious and sub conscious of the human being. In this sense, the work is scientifically based on Neuroarchitectural and Biophilia.

To obtain this result, an area located in Ribeirão Preto was cho sen and within it, environmental education was worked, throu gh vegetable gardens, orchards, greenhouses, landscaping and the requalification of the permanent preservation area, fa voring the approximation of the population. In addition, spa ces for festivities, community kitchen and individual rooms were proposed, which stimulated mutual help and the deve lopment of cultural expression, always with the aim of pro ducing a connection between everything and everyone with the strength, commitment and intensity as the roots of a tree.

ABSTRACT

contextualização justificativa objetivos gerais objetivos específicios

REFERÊNCIAS TEÓRICAS

neuroarquitetura biofília

PROJETOS DE REFEERÊNCIAS

LEVANTAMENTO

localização condicionantes legais leitura do entorno leituta do lote

01
02 INTRODUÇÃO
pavilhão do brasil biblioteca de greenpoint 03

04 06

partido arquitetonico ordenamento do espaço programa de necessidade partido estético e formal soluções tecnólogiacas

PROPOSTA PROJETUAL sites

REFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICAS

e livros

05O PROJETO

projeto zoneamento e setorização circulação edifícios conceitos aplicados considerações finais

SUMÁRIO

introdução

Contextualização

ARQUITE TURA PARA PESSOAS

.

nhecimento. Precisamos ter conhecimento em paisagismo, urbanismo, história, neurociência, entre outros.

Esse foi o termo que mais ouvimos em todo curso, em todas as disciplinas e de diversas maneiras. Quando isto é realmente compreendido, entendemos o cargo em que estamos, que enquanto arquitetos e urbanistas alteramos a qua lidade de vida das pessoas, e percebemos o quanto o ambiente pode influen ciar o comportamento dos usuários.

Entendemos que arquitetura não é somente beleza e funcionalidade, pode e é muito mais. Quando falamos sobre influenciar o usuário, coloca mos em questão que é indispensável à agregação de outras áreas de co

Sempre existiu a preocupação acerca de como os edifícios poderiam influen ciar a vida das pessoas, porém de forma empírica, e atualmente isso se tornou um campo interdisciplinar, a Neuroarquitetura, que surge e vem crescendo devagar, desde 1990, como meio de explicar biologicamente e cientificamen te esta influência. Consiste na aplicação da neurociência aos espaços constru ídos, visando maior compreensão dos impactos da arquitetura sobre o cére bro e os comportamentos humanos1 .

Do mesmo modo ocorre com a Biofi lia, e com os avanços na neurociência foi possível observar como a interação entre cérebro, corpo e meio ambiente é muito mais complexa do que se ima ginava. Ou seja, a arquitetura tem pro funda relação com o cérebro (GONÇAL VES e PAIVA, 2018, p.290). Sendo mais um campo interdisciplinar, o qual une

1 Dados referentes à Neuroarquitetura e de onde ela surgiu. Disponível em: <https://www. projetodraft.com/verbete-draft-o-que-e-neuroar quitetura>

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a natureza com a obra e sua relação com o ser humano, popularizado por Edward

O. Wilson em 1984 descreve a rela ção inata entre o homem e a natureza, além de tratar da necessidade que te mos de permanecer conectados a ela. (BROWNING e COOPER, 2015, p. 7).

parâmetros técnicos de legislação, ergonomia, conforto ambiental e que tudo pode nos influenciar, começamos a entender a importância real de um projeto.

E, neste trabalho, pretende mos desenvolver uma proposta de espaço público, cujo processo fundamenta-se nesses campos interdisciplinares, para gerar conexão e proporcionar o acesso à cultura e à educação ambiental.

Justificativa

O desejo de realizar esta pesquisa partiu da descoberta de quanto o design e a ar quitetura podem influenciar diretamente o nosso consciente e o nosso subconscien te! Da mesma forma quando entramos em uma igreja e nos comovemos, ou quando entramos e nos sentimos em um local de uma grandeza absoluta. Estes lugares fo ram planejados para promover estas sensações, não é apenas coincidência. Quan do entendemos que dentro da arquitetura existe uma gama gigante, muito além de

Por isso, os arquitetos estão começando a pensar não somente na funcionalidade e na estética, mas também nos efei tos gerados em níveis mais profundos do corpo humano, podendo gerar vá rias vantagens que beneficiem a todos.

Para compreender os benefícios da Neuroarquitetura e da Biofilia são ne cessários alguns dados científicos.

Foi publicada pelo G12 uma pesquisa de até quantas horas os brasileiros trabalham e o estudo mostrou que metade deles traba lham até 11 horas por dia, sendo que 46% dos profissionais levam serviço para casa e aqueles que trabalham de forma remota acabam trabalhando por muito mais tempo

Portanto, o ser humano passa muito mais tempo em serviços que são padronizados,

2 Publicação do site G1 sobre quantidade de horas trabalhadas. Disponível em: <https://g1. globo.com/jornal-hoje/noticia/2011/12/quase-me tade-dos-brasileiros-trabalha-ate-onze-horas-por -dia.html>

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TABELA 01 - Horas trabalhadas por brasileiros

depressão, 5,8% da população, o que representa cerca de 12 milhões de pesso as4. No dia 02/03/2022, foi publicado que após a Covid-19, aumentou 25,6% os ca sos de ansiedade e 27,6% de depressão em todo o mundo em 2020, principal mente entre os jovens de 20 a 24 anos, e mais em mulheres do que homens5 .

TABELA 02 - Porcentagem de pessoas com ansiedade e com depressão

Elaborado pela autora. Fonte: https://g1.globo.com/jornal-ho je/noticia/2011/12/quase-metade-dos-brasileiros-trabalha-ate-on ze-horas-por-dia.html.

não se valoriza cada função, cada funcionário de modo individual, sem fazer a distinção de cada um, tornando o dia a dia mecânico, cansativo, desestimulante, fatos que afetam sua saúde física, mental, a produtividade e a criatividade.

Elaborado pela autora. Fonte: https://veja. abril.com.br/sau de/os-brasileiros-sao-os-mais-ansiosos-do-mundo-segundo-a-oms.

Segundo dados da Organização Mun dial e Saúde (OMS), o Brasil já era o país com a maior taxa de transtorno de an siedade do mundo, 9,3% da população, ou seja, 18,6 milhões de brasileiros3 e na quinta posição mundial de pessoas com

3 Pesquisa da OMS sobre ansiedade. Dis ponível em: < https://veja. abril.com.br/saude/ os-brasileiros-sao-os-mais-ansiosos-do-mundo -segundo-a-oms/>

4 Pesquisa da OMS sobre depressão. Dispo nível em: < https://g1. globo.com/bemestar/noti cia/depressao-cresce-no-mundo-segundo-oms -brasil-tem-maior-prevalencia-da-america-latina. ghtml>

5 Pesquisa sobre o aumento dos casos após Covid-19. Disponível em: <https://g1.globo. com/saude/saude-mental/noticia/2022/03/02/ pandemia-fez-aumentar-em-mais-de-25percen t-numero-de-casos-de-depressao-e-ansiedade -em-todo-o-mundo-alerta-oms.ghtml>

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2,00% 4,00% 6,00% 8,00% 10,00%
0,00% 2,00% 4,00% 6,00% 8,00%
24 11 0 5 10 15 20 25 30 Total Trabalhadas Horas 0,00%
Ansiedade Depressão Saúde 24 11 0 5 10 15 20 25 30 Total Trabalhadas Horas
10,00% Ansiedade Depressão Saúde

Na década de 80, a Organização Mundial e Saúde (OMS) reconheceu a existência da Síndrome do Edifício Enfermo, que se trata de um conjunto de doenças causa das ou estimuladas pela poluição do ar em espaços fechados, causadas princi palmente pela má ou falta total da circulação da ventilação e da precariedade na manutenção dos sistemas de aquecimento, ventilação e ar-condicionado6 .

O grupo que teve contato com a natureza mostrou diminuição de 16% no corti sol (hormônio relacionado ao estresse), 4% na frequência cardíaca e 2% na pres são arterial e o que foi para o meio urbano não apresentou nenhuma diminuição.

Desse modo, a neuroarquitetura e a bio filia vêm como modo de repensar esses espaços, voltar o olhar para o ser hu mano, para ser algo saudável, que instigue a criatividade e não a diminua. Há diversas pesquisas certificando que um espaço biofílico diminuiu, e até mes mo previne, a depressão e a ansiedade.

Segundo o portal Vertical Garden, atua lizado em janeiro de 2020, uma pesquisa da Universidade de Chiba, no Japão, com provou a diminuição de alguns hormô nios. A pesquisa dividiu 168 voluntários em dois grupos, metade passeando em florestas, e os demais em centros urbanos.

6 Dados sobre o reconhecimento da Sín drome do Edifício Enfermo. Disponível em: < ht tps://revistavisaohospitalar.com. br/sindrome-do -edificio-enfermo>

A Universidade Deakin, na Austrália, re velou que a natureza proporciona momentos de relaxamento e liberdade, e apresenta impacto positivo no estado mental dos indivíduos, uma vez que re duz sintomas de ansiedade e depressão.

Enquanto isso, na Holanda, pesquisadores do Centro Médico Universitário de Amsterdã, notaram que pessoas que vivem próximas da natureza diminuem em 21% as chances de desenvolve rem depressão. Além disso, vale des tacar outros benefícios, como redução na ansiedade, melhora na qualidade do sono, na imunidade e nos problemas cardíacos, pulmonares e muitos outros.

Em Ribeirão Preto, não há nenhum edifico com esse planejamento, ca paz de promover a melhoria na qua lidade de vida de seus usuários.

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Objetivos gerais

Este trabalho tem como objetivo de senvolver o anteprojeto de um centro de conexão. Um ambiente que to dos se sintam à-vontade em passar um tempo, independentemente da sua classe, da sua etnia e da sua idade; que seja convidativo, integrado, agradável e principalmente acolhedor.

Objetivos específicos

A fim de alcançar este objeti vo geral, podem ser delineados os seguintes objetivos específicos:

Explorar os sentidos humanos (visão, au dição, olfato, tato) buscando a compreensão sobre a importância do meio ambiente;

Um espaço feito para promover a conexão de forma natural e orgânica, ponto focal de todo o trabalho, seja ela entre as pessoas, ou entre elas e a natu reza, entre a natureza e o meio, entre a obra e a cidade, e assim por diante.

Oferecer locais para que diferen tes conexões possam ocorrer;

Fazer uso estratégico de cores, ma teriais e iluminação, para que seus usuários se sintam bem e acolhidos;

Conciliar arquitetura e paisagis mo, a fim de criar espaços agradáveis e uilizar elementos naturais.

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Procedimentos metodológicos gerais

Para o desenvolvimento do trabalho é de extrema importância fundamentar todas as pesquisas realizadas, e para tanto foram utilizados os seguintes procedimentos: pesquisa

teórica

Tem como interesse reunir todas as bi bliografias, disponibilizadas em livros, si tes, relatórios, entre outros, os quais fo ram usados durante todo o trabalho, com a função de estabelecer e fundamentar ideias e processos que condizem com o quadro atual, permitindo realizar um es tudo sobre o efeito de cores, iluminação e dinamização dos espaços. Para tanto, foram utilizadas palavras chaves como: centro, pavilhão, integração, conexão, meio ambiente, sustentabilidade, biofilia, neuroarquitetura, arquitetura e mediação.

A neuroarquitetura foi muito estudada por Andréa de Paiva e Robson Gonçalves no livro Triuno. A relação entre o cérebro, o corpo e o meio ambiente é extrema mente complexa, muito mais do que as pessoas imaginam, e a arquitetura tem uma relação intima com o ser humano. Os ambientes diferentes provocam par tes diferentes do cérebro, criando uma experiência emocional, sensorial e instin tiva que por vezes são geradas no subconsciente. Para eles, neuroarquitetura é: “A ciência interdisciplinar que aplica conhecimentos da neurociência à relação entre o ambiente construído e as pessoas que dele fazem uso” (PAIVA e GONÇALVES, 2018, p.396).

Já Cooper e Browning ficaram conhecidos depois de publicarem Espaços Humanos: O Impacto Global do Design Biofílico no Ambiente de Trabalho, sabendo que a relação do indivíduo com o espaço que se vive afeta diretamente seu desempe nho, como interagem uns com os outros, seu estado mental e psiquiátrico, por isso projetar esses espaços passou a ser fun damental atualmente. Eles afirmam que:

“O design biofíilico é uma resposta à necessidade humana de se conectar com a natureza e trabalha para esta-

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belecer este contato com o ambiente construído. Fundamentalmente, o design biofílico é a teoria, ciência e pratica de criar construções inspiradas na natureza, com o objetivo de continuar a conexão do indivíduo com a natureza dos ambientes em que vivem e trabalham todos os dias. Nos ambientes construídos contemporâneos de hoje, as pessoas estão cada vez mais isoladas da experiência benéfica dos sistemas e processos naturais.” (BROWNING e COOPER, 2015, p.10).

neuroarqutetura, biofilia, centro educacional, bem-estar, ciência, dessa forma o objeto a ser projetado poderá apresentar soluções técnicas e espaciais com base em conceitos predeterminados que poderão ser encontrados de forma clara em sua estrutura projetual e em seu partido.

pesquisa de campo

pesquisa documental

Em suma são todas as pesquisas usadas como referência no projeto, tais como projetos legais, dados da OMS, relatórios, e mapeamentos disponibilizados pela Prefeitura Municipal.

Os projetos escolhidos apresentam soluções para diferentes questões que serão abordadas, tais como: bem-estar, aprendizagem sobre a importância da vegetação, espaços prazerosos para a população.

Levando em conta a pesquisa empírica realizada, o sítio selecionado para o desenvolvimento deste trabalho localiza-se ao lado de uma área de preservação permanente, com fácil acesso, numa região onde há carência de espaços abertos ao público, para a população se expressar, na zona oeste de Ribeirão Preto.

Essas soluções andam junto com palavras chaves usadas na pesquisa, sendo elas:

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01

Foram realizados levantamentos de campo da área de interven ção e do entorno imediato e pesquisas com as pessoas que a utilizam, através de fotos, anotações, relatórios, mapas, entre outros. Alguns dos dados obtidos foram transformados em mapas, diagramas, textos e tabelas para melhor e mais claro entendimento.

A fundamentação teórica desta pesquisa desenvolveu-se a partir da ex ploração de dois campos da neurociência. Neste capítulo será abordada a neuroarquitetura de forma introdutória, assim como a biofilia e todos seus seguimentos com exemplificações.

1.1. Neuroarquitetura

A arte é a arte que dispõe e adorna de tal forma as construções ergui das pelo homem (...) que vê-las pode contribuir para sua saúde mental, poder e prazer. John Ruskin (18191900) critíco inglês. (GONÇALVES E PAIVA, 2015, p289)

A relação entre o cérebro, o corpo e o meio ambiente é extremamente comple xa, muito mais do que as pessoas imaginam, e a arquitetura tem uma relação intima com o ser humano. Os ambientes diferentes provocam partes diferentes do cérebro, criando uma experiência emocional, sensorial e instintiva que por vezes são geradas no subconsciente, e como já colocadas no capítulo introdutório, a neuroarquitetura pode ser definida como:

“A ciência interdisciplinar que apli ca conhecimentos da neurociência à relação entre o ambiente construído e as pessoas que dele fazem uso” (PAIVA e GONÇALVES, 2018, p.396).

Os ambientes são capazes de estimular diferentes sensações nos seres humanos, mas com os avanços tecnológicos, houve a integração de áreas diferentes como a arquitetura e a ciência, criando a neuar quitetura e, a partir disso estudando o ambiente e quais áreas do cérebro são estimuladas, gerando experiências diver tidas, emotivas, melancólicas, instintivas, que por sua vez podem ser inconscientes.

Em muitos discursos sobre Neuroarquite tura e suas possibilidades, é comum que o espaço seja colocado na condição de a gente (“espaços que geram ansiedade”,

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“espaços que curam”, etc.) e isso pode contribuir para a geração de falsas ex pectativas. O espaço não age. Quem age no espaço somos nós. O ambiente é uma variável que pode influenciar nossa ação, nossa percepção, nosso estado mental. Isto é, nós podemos apresentar diferentes comportamentos e percepções depen dendo das características físicas do lugar onde nos encontramos, nós reagimos de maneiras diferentes em ambientes diferentes, mas nem todos responderão de forma semelhante ao mesmo espaço7.

Tem-se avançado em busca de como o cérebro interpreta cada elemento do ambiente, quais regiões são ativadas, através de neuroimagens como respostas a tal. Proporcionando satisfa ção, harmonia, bem-estar, equilíbrio, por meio das formas e das composi ções, conseguindo apresentar um espaço com maior precisão e objetividade.

a ideia de fazer a obra perfeita, pois o conceito se aplica de maneira diferente para cada pessoa, levando em conta que nossa ligação com o ambiente é extre mamente complexa. Podemos dizer que não é uma regra a ser seguida e sim um conceito, o qual deve ser usado com bom senso por arquitetos e designs, afi nal cada pessoa percebe um espaço de maneira infinitamente diferente de outra.

O que antes era empírico se torna concreto pela neuroarquitetura:

O que antes eram apenas impres sões subjetivas, respostas aparente mente sem razão para os sentimentos causados pelo mundo material, agora podem ser compreendidas como processos cerebrais capazes de gerar conforto, medo, contrição, dentre outras sensações. (PAIVA E GONÇALVES, 2015, p. 297).

Sobretudo não podemos pensar que é

7 Fonte: https://www.neuroau.com/post/ os-limites-da-neuroarquitetura-um-novo-olhar -para-projetar#:~:text=O%20espa%C3%A7o%20 n%C3%A3o%20age%2C%20quem,nossa%20per cep%C3%A7%C3%A3o%2C%20nosso%20esta do%20mental.

Em nosso sistema sensorial percebemos de duas formas diferentes, sendo a consciente e inconsciente. Entretanto, a per cepção de forma consciente é mais lenta que a inconsciente, sendo assim a maioria dos estímulos que nos afetam é em nível subconsciente, ou seja, não é perceptível e faz com que a reação seja automática.

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26
IMAGEM 01 - Sagrada Família Fonte: Google

Podemos compreender claramente esta influência quando entramos ou até quando vemos fotos de uma igreja gótica, como por exemplo, a Sagrada Família, localizada em Barcelona, na Espanha.

Primeiramente temos a sensação de imponência, grandiosiedade, poder obsoluto, uma forte presença, isso por-

que sua escala é monumental, fugindo da escala do ser humano, nos deixando inpactados e até mesmo intimidados de certa maneira. Com sua espiritualidade, pode estimudar a reflexão, a contemplação e diversas sensações diferentes para os mais familiariazados.

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IMAGEM 02 - Sagrada Família em relação as pessoas Fonte: Google

As torres construídas de ambos os lados das fachadas são elementos essenciais para sublinhar o lançamento vertical. Essas torres apresentam grandes aberturas, parecendo lançar o edifico para o alto.

focal como costumamos ver e usar.

Com isso passa a sensação de um encanto glorioso, leve e que te eleva, nos deixando pequenos em seu interior.

A luz passa pelos gigantes vitrais atravessando toda a catedral de maneira harmonica, sem um ponto unico e

Este conhecimento, quando usado com bom senso, pode ter objetivos precisos.

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IMAGEM 03 - Sagrada Família Grandeza Fonte: Google

Como por exemplo: em um ambiente de comércio de varejo que ajude a dei xar os clientes mais calmos, relaxados e favoráveis para consumo; em coworking, podem trazer maior concentração, menos estresse e aumentar o rendimento; em hospitais, estimulam a cura e o bem-estar dos pacientes e dos funcionários, e assim por diante. Também pode ser usado para ativar nossas habilidades cognitivas, como estimular a memória, diminuir a pressão arterial e efeitos ne gativos do local sobre nossas emoções.

1.2. Biofilia

Biofilia vem do grego bios, que signifi ca vida e philia, que significa amor, afei ção, ou necessidade de satisfação. Ao pé da letra, biofilia é o amor pela vida. Este termo foi popularizado pelo ecó logo americano Edward O. Wilson, em seu livro Biophilia, publicado em 1984.

Inicialmente, o termo foi usado em teorias psicanalíticas que o opunham à atração pela morte, como os estudos do psicólogo Erich Fromm, em 1964. Mesmo sendo usado em diferentes perspectivas, as teorias concordam que a biofilia é um sinal

de saúde física e mental. Diversos estudos comprovam os benefícios do conví vio com a natureza para a saúde humana.

Em um relatório de Cary Cooper e Bill Browing, intitulado Espaços Humanos: O Impacto Global do Design Biofílico no Ambiente de Trabalho, a arquitetura bio fílica é definida por estes autores como:

“O design biofílico é uma resposta à necessidade humana de se conectar com a natureza e trabalha para esta belecer este contato com o ambien te construído. Fundamentalmente, o design biofílico é a teoria, ciência e prática de criar construções inspi radas na natureza, com o objetivo de continuar a conexão do indivíduo com a natureza dos ambientes em que vivem e trabalham todos os dias. Nos ambientes construídos contemporâneos de hoje, as pessoas estão cada vez mais isoladas da experiência benéfica dos sistemas e processos naturais.” (BROWNING e COOPER, 2015, p.10).

É mais uma das áreas que unem arquitetura e ciência, que vem de algo em pírico e hoje é confirmado. Uma nova técnica que precisamos resgatar, a qual preza por locais onde as pessoas tenham contato com elementos da natureza.

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Também se pode dizer que o conceito é uma das vertentes do sustentável.

Passamos mais de 90% do nosso tempo no interior de alguma edificação, portanto, melhorar a qualidade desses espaços é fundamental e esse fato nos adoeceu. Como já comentado, a OMS reconheceu a síndrome do edifício enfermo, um conjunto de doenças causadas ou estimula das pela poluição do ar em espaços fechados. Por mais que nosso ambiente tenha evoluído pelas intervenções humanas, expressas fortemente na industrialização e urbanização, nós, seres humanos, não conseguimos evoluir o suficiente com a rapidez necessária para acompanhar mudanças extremamente significativas e se tornar independente da natureza:

Nós somos moldados pelo ambiente em que vivemos, tanto social como físico. Mas, além disso, trazemos em nossos genes as características moldadas desde os primórdios de nosso desenvolvimento como raça humana. E a raça humana passou a maior parte de sua história tendo que conviver e lidar com a natureza. Originalmente, nós fomos pre parados para sobreviver em meio a ela, O fato de quebrarmos essa lógica genética tão bruscamente

Trabalhadas

Total

pode provocar a sensação de não pertencimento, criar stress e problemas emocionais que se refletem no nosso comportamento. (GONÇALVES E PAIVA, 2015, p331).

11 0 5 10 15 20 25 30

24

Horas

De maneira global, Browning e Cooper evidenciam que a Organização das Nações Unidas prevê que em 2030, 60% da po pulação mundial viverá em ambientes urbanos, sendo que alguns países já estão sentindo essa migração, com um aumento de 40% desde 1950, tais como Brasil (51%), Filipinas (41%), Indonésia (41%) e a China (32%). Por isso, é indispensável considerar como a conexão entre o homem e a natureza ainda pode ser ofereci da para aqueles que residem em cidades.

Depressão Saúde

Ansiedade

0,00% 2,00% 4,00% 6,00% 8,00% 10,00%

TABELA 03 - AUMENTO URBANO

Brasil

Indonésia Flipinas

China

Aumento da população

Elaborado pela autora. Fonte: Relatório Espaços Huma nos: O Impacto Global do Design Biofílico no Ambiente de Trabalho.

30
0% 20% 40% 60%

Consequentemente, a população tem uma exposição frequente à poluição so nora e visual, com vistas para edifícios altos, para paredes, com uma circula ção exagerada de veículos motorizados, os microclimas gerados pela falta de vegetação e o excesso de asfalto, trazendo alta temperatura, poluição do ar e baixa umidade, todo um conjunto que afeta negativamente qualquer pessoa, mentalmente e fisicamente.

A biofilia vem para romper com algumas dessas coisas, retomar a natureza e vem se tornando cada dia mais uma tendência de empresas renomadas como a “Googleplex” do Google e o campus da Apple no “1 Infinite Loop”, as quais mostram aumento da produtividade e retenção dos funcionários por conta da mudança no ambiente de trabalho.

Quando pesquisamos sobre biofilia, a primeira coisa que aparece é a im plantação de vegetação, porém traba lhando apenas com ela não obtemos todas a melhorias possíveis. É preciso pensar no ambiente como um todo, o que envolve vegetação, formas, volu mes, texturas, materiais, cores, ilumi nação, sons entre outros elementos.

A vegetação sempre foi e sempre será importante. É fonte direta de proteção, alimento, forragem, na eflorescência, que basicamente é o elemento vivo que se modifica com o tempo; por refrescar o ambiente ao liberar gotículas de água, também ajudando da umidade do ar, proporcionando sombra ao ser coloca da em fachadas de sol pleno. As plantas exalam aromas que agradam o olfato, diminuem a poluição do ar, melhoram a pressão arterial, renovam a qualidade do ar fazendo a troca de gás carbônico para oxigênio. Algumas atraem pássaros e outras são consideradas repelentes. É um recurso terapêutico por estimular as células, o que significa que são boas para nosso psicológico e nosso físico.

Na imagem 04, vemos um escritório que implantou somente a vegetação, sendo ela artificial, e o material que nos lembra a madeira. Pode aparentar ser biofílico, mas não é. Com as plantas artificias, nós pioramos a qualidade do ar, ela não o filtra, não gera umidade, não diminui a temperatura e piora até mesmo a acús tica. Por serem artificiais, estas plantas acumulam sujeiras do dia a dia, ao co locá-las em cima das mesas dos fun cionários pode-se gerar a sensação do teto ser mais baixo do que realmente é

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IMAGEM 04 - Biofília

Fonte: Google

IMAGEM 05 - Biofília

Fonte: Google

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e interfere diretamente na iluminação. E o que mais chama atenção é o fato de o ambiente não oferecer nenhuma janela e vista, além de uma para as paredes do local.

Já na imagem 05 podemos perceber nitidamente a diferença. Temos uma vista ampla de qualidade, para a cidade, algumas vegetações naturais, que não interferem na iluminação, com bastante iluminação natural e troca de ar. Os vidros com o fundo azul e o tapete azul remetem à lembrança de mar e/ou céu. A madeira, no banco e na luminária; o verde dos forros, do tapete e da vegetação; enfim todo o conjunto forma um ambiente de trabalho muito mais produtivo, com funcionários mais felizes e alegres.

suaves e agradáveis, já que o contorno orgânico é o que menos ativa a amígdala e menos produz a sensação de alerta.

A figura 6 ilustra um ambiente com formas orgânicas, com algum padrão botânico, padrão animal, biomórfica, biométrica, sendo inspirada na natureza.

As formas são algo que influencia muito e de maneira inconsciente. É comprovado que crianças e adultos preferem contornos curvados e orgânicos a retos; os interiores de residências são considerados menos estressantes, transmitem segurança e privacidade, criam espaços mais agradáveis alegres e calmos; proporcionam experiências mais

IMAGEM 06 - Formas orgânicas

Fonte: Google

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As texturas estão associadas aos materiais, podendo ser todos que têm tempo de vida ativo. Pedras, madeira, terra, tecidos como linho e algodão, ainda sendo material natural, e podem ser aplicados como revestimento ou em elementos do mobiliário.

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METAL ILUMINAÇÃO NATURAL TECIDO NEUTRO
ÁGUA TAPETE NEUTRO IMAGEM 07
Fonte:
MADEIRA
VEGETAÇÃO
- Materiais
Jacobsen Arquitetura

A cor é um elemento importante para a nossa sobrevivência, devemos ressaltar cores naturais, terrosas, arenosas, verdes folha, amarelos como o pôr do sol, cores que remetem à natureza, Normalmente a cor tem relação com as nossas reações fi siológicas, tais como medo, fome, conforto, atenção, confusão mental, e estresse.

Elas condicionam o humor e, portanto, as decisões e as atitudes. As cores verdes reduzem o ritmo cardíaco e aliviam o estresse. Os tons vermelhos estimulam processos cognitivos e de atenção, por isso são de grande ajuda em tarefas que requerem grande concentração mental.

Os estudos de Browning e Cooper in dicam uma clara preferência por tons de água azuis, verdes, ouro, dourados, marrons e cores de terra encontradas nas savanas africanas. Concluímos, por tanto, que há uma preferência geral para tons de terra. Os estudos indicam também que a maioria das pessoas pre fere cores que remetam a flores e fru tas. Assim, a adoção criteriosa de cores brilhantes pode ajudar na associação de um espaço às condições naturais.

Combinações de cores vibrantes po

dem ser estimulantes se aplicadas pontualmente em excesso, entretanto, po dem causar ilusões de ótica e levar a respostas desagradáveis, tais como tontura. Isso nos diz que um uso mínimo de combinações de cores vibran tes pode auxiliar na manutenção de um ambiente saudável e restaurador.

O estímulo através de sons acelera a re cuperação psicológica e fisiológica, estimula o desempenho cognitivo, maior energia e redução dos hormônios relacionados ao estresse, à fadiga e à per cepção da dor, induz ao relaxamento físico, mental, melhora os processos de cura e funções imunes do ser humano (BROWNING, RYAN e CLANCY 2014).

A presença de água, ou algo azul para remeter a ela, ajuda a regular a pres são sanguínea, o ritmo circadiano, transmite maior tranquilidade, sereni dade, diminui o estresse e fadiga; me lhora a concentração e a memória.

A ventilação natural é mais benéfica do que um ar condicionado; o ar tem mo vimento, intensidade, cheiro, temperatu ra, aos quais o corpo responde de forma mais positiva do que uma ventilação me

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cânica que está tirando a umidade do ar.

O ser humano se relaciona com a passagem da luz durante o dia. A luz do dia remete a conforto, produtividade, trabalhar com luz indireta e difusa remete à segurança e ação.

Para fundamentar melhor o desenvolvimento da proposta projetual apresen tada neste trabalho, foram analisados alguns projetos de referência. A prin cipal preocupação foi buscar espaços que demonstram preocupação com o que será passada a qualquer pessoa que os utilizar, seja de modo cons ciente ou inconsciente, visando especialmente o bem-estar, a relação com o natural, sons, sensações e texturas.

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37
02

2.1. Pavilhão do Brasil –Expo Dubai 2020

Ficha Técnica

- Arquitetos: Ben-Avid, JPG. ARQ, MMBB Arquitetos

- Área: 3901 m²

- Ano: 2021

- Local: Dubai, Emirados árabes Unidos

- Fotografias: Joana França, Jon Wallis, Leonardo Finotti

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IMAGEM 08 - Pavilhão do Brasil Fonte: Archdaily

Este pavilhão foi instalado em uma exposição de Dubai, no ano de 2020, ga nhador de um concurso e representava o Brasil. É uma das referências por usar de modo fluido os conceitos apresentados anteriormente e especificando para es sas pessoas e com o seu propósito único.

O projeto teve como propósito representar as águas brasileiras, dos seus rios e seus mangues, como o próprio site do escritório de arquitetura cita: Nascedou ro de toda a fertilidade da vida, patrimônio natural que dá a base para toda a dis cussão da sustentabilidade no planeta8 .

Afinal o que utilizam qual finalidade e sua relação?

Acima de tudo, os arquitetos conseguem imergir o público dentro de um cená rio, pensando no Brasil. E vamos analisar como eles conseguem este feito, como isso se relaciona com nossos temas e o quanto se preocupam com o local, já que estão em uma cidade que contém de sertos e o clima é totalmente diferente.

Já na entrada percebemos que foi pla nejada para se sentirem confortáveis e curiosos para adentrar. Tendo uma leve abertura em relação às outras facha das serem bem fechadas, muito com para com um leve levantar de uma saia.

8 Pavilhão do Brasil – Expo em Dubai. Dis ponível em: <https://www.mmbb.com.br/projec ts/details/94/27>

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IMAGEM 09 - Aberturasw Fonte: Archdaily

Utilizam o tecido translúcido com aberturas entre os encontros das paredes e do teto, com abertura quase que central na cobertura. O tecido sendo translúcido e com estes “rasgos” permite que a iluminação natural permeie sem criar um calor excessivo, pois desse modo também conseguimos a ventilação natural. E ele sen do branco, é uma cor que não interfere e facilita ao projetar cenas diretamente.

Relacionando com o tema da Neu roarquitetura e da Biofilia a ventilação e iluminação natural são subi tens que encontramos em ambos, ajuda a regular o ciclo circadiano, não cria um microclima quente ao extremo.

Fonte:

Fonte:

Nas telas tensionadas são projeta dos imagens e sons, através de proje tos fixados ao edifício central. O que o MMBB quis com isso foi trazer em 360 graus as mesmas imagens ou vídeos, para que a população se sinta em meio

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IMAGEM 10 - Aberturas Archdaily IMAGEM 11 - Aberturas Archdaily

a ela. Cada imagem projetada traz uma sensação diferente a cada indivíduo. É algo único, lindo e para pessoas acostumadas com o dia a dia fechadas em edifícios é a experiência perfeita para ver a diferença que faz não somente no que sentimos como também no relaxamento mental, em como o cérebro irá processar durando o tempo dela ali.

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IMAGEM 12 - Projetores Fonte: Archdaily IMAGEM 13 - Projeção Floresta Fonte: Archdaily IMAGEM 14 - Projeção Floresta Fonte: Archdaily

Utilizam o espelho d’água, que é nada mais do que a água com uma profundidade rasa, envolta e dentro do pavilhão, para que as pessoas que visitem o lugar se sintam convidadas ao entrar, sentido-a nos pés para ter mais sensação de estar dentro dos mangues e melhorando o clima interno. A água é um elemento o qual devemos retomar ter o contato, a sensação e o som, muito citado pela biofilia e temos a questão de a cor ser tranquilizadora, segundo a neuroarquitetura.

IMAGEM 15 - Planta Térrea

Fonte: Archdaily

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IMAGEM 16 - Espelho d’água Fonte: Archdaily

Portanto iremos se referenciar na madeira fuída com que o escritório MMBB Arquitetos e Ben-Avid conseguem trazer todos com conseitos para o proejto. Em trazer algum espaço sensorial , de imersão profunda, passando por todos os seis sentidos do ser humano. E ir além, sendo uma obra representativa, que trás a tona a discussões sobre sustentabilidade, vegetação, o futuro e o presente.

Como falado anteriormente, o nar cedouro de toda fertilidade da visa.

IMAGEM 17 - Espelho d’água Fonte: Archdaily

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2.2. Biblioteca Greenpoint e Centro de Educação Ambiental

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18
Biblioteca Greenpoint
Centro
Ambiental
IMAGEM
-
e
de Educação
Fonte: Scape Studio

Ficha Técnica

- Arquitetos: Marble Fairbanks Ar chitects

- Área: 15.256 pés²

- Ano: 2020

- Localização: Brooklin, Estados Unidos

- Fotografias: Michael Moran/OTTO

- Arquitetura Paisagística: Arquitetura Paisagística SCAPE

A biblioteca Greenpoint é uma filial que, além de oferecer acesso a informações e mídias, também fornece muitos servi

ços sociais relacionados como a educação ambiental. Ela substitui um edifício existente por um centro comunitário.

O que vamos analisar neste projeto é principalmente a parte da edu cação ambiental e como o arquiteto dispõe a fachada e as áreas verdes.

Como podemos ver pela Figura 19, a qual ilustra os estudos volumétricos, ele começa dispondo dois blocos retangu lares e rotaciona o inferior para integrar com a calçada, e depois, onde há maior espaço, definem os que receberam vegetação, e logo em seguida onde estará às

IMAGEM 19 - Estudo de volumetria

Fonte: marblefairbanks

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aberturas, as proteções e janelas rolares.

Foram separadas três áreas com vegetação integrada, para permanência, sendo a térrea (laranja) para integração do público, junto com a calçada integrada, vegetação pensada seguindo a rua e com bancos disponíveis; a do segundo nível (rosa), uma vegetação mais densa, pensado como um espaço de leitura e contemplação; e o terceiro nível (roxo) para aprendizagem na prática sobre a vegetação, tendo várias hortas com espécies diferentes que a população cuida e consequentemente gera alimento.

IMAGEM 20 - Estudo de volumetria

Fonte: marblefairbanks

48
49
03

3.1. Localização

A escolha da área para o desenvolvimento do projeto considerou tanto sua aptidão para aplicação dos conceitos apresentados no quadro teórico quanto o alcance social da proposta face ao seu contexto urbano propriamente dito. Trata-se de um terreno com fácil aces-

so, localizado na zona oeste de Ribeirão Preto, em um bairro que não conta com equipamentos que ofereçam as atividades a serem propostas, e que apresenta um importante atributo natural composta por maciços de vegetação já existentes, que podem ser reaproveitados.

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M D O O O N

Localiza-se próximo a dois parques – o das Figueiras e o Tom Jobim, sen do este último um parque linear.

PARQUE DAS FIGUEIRAS PARQUE TOM JOBIM

53
LOTE
ESCOLHIDO

3.2. Condicionantes legais

As condicionantes legais trazem as principais normas e restrições definidas pela legislação municipal que afetam o local, incluindo os mapas da cidade, constituindo um parâmetro a ser utilizado durante o projeto para a compreensão da área de estudo.

Mapa 01 ilustra o Macro zoneamento Urbanístico definido pelo Plano Diretor de Ribeirão Preto – PDRP (lei complemen-

tar n°2.866 - 27 / 04 / 2018) e indica que a área de intervenção se situa na Zona de Urbanização Preferencial (ZUP), que é a região do município onde o uso do solo deve ser incentivado, considerando o potencial de sua infra-estrutura urbana existente ou a implantar. Então entendemos que é uma região que tem potencial para ser estudada, que deve ser incentivada seu uso, mas sempre considerando o potencial do lote e de seu entorno.

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55

Já o mapa 02 representa um fragmento do mapa das Zonas Especiais de Interesse Social 01 (ZEIS), também parte do PDRP (lei complementar n°2.866 - 27 / 04 / 2018) e nos aponta as áreas internas do Perímetro Urbano desocupadas, subutilizadas ou então glebas ainda não parceladas, cujo entorno está servido de equipamentos e infraestrutura,

com grande potencial para produção de habitação de interesse social. Portanto entendemos que são áreas grandes desocupadas que podem ou não ser parceladas e podem ter diferentes usos. Notamos, em azul, a presença de um assentamento habitacional informal passível de regularização fundiária, cuja população pode ser beneficiada com o equipamento proposto nesse trabalho.

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57

No mapa 3 temos uma imagem de satélite retirada do google Earth Pro, do ano de 2022 e no mapa 4 ilustra a Hierarquia Fisica PMMURP 2019, retirado do site da prefeitura de Ribeirão Preto.

Entretanto futuramente ela se tornará duas vias arteriais, com isso retornaremos a atividade em nosso lote.

Com eles podemos perceber que ao redor do lote há duas grandes quadras, as quais a papulação utiliza todos os dias para jogos esportivos e encostros.

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59

3.3. Leitura do entorno

Nesse tópico veremos os mapas elaborados com base em levantamentos in loco, para melhor entendimento de cada tópico abordado.

3.3.1 uso do solo

O mapa uso do solo nos mostra as atividades urbanas que ocorrem na área de estudo. É possível identifi car que se trata de um bairro residen-

cial, com alguns comércios e serviços nas ruas principais, com alguns lotes que contam com comércio no térreo e a residência no segundo pavimento.

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3.5. gabarito

O mapa de gabarito da área estudada representa as alturas das edificações. Analisando podemos observar que se trata de uma região de ocupação horizontal, sendo que a sudeste do ribeirão

temos um conjunto de residências de uma altura baixa, e a noroeste temos as ruas laterais ao lote escolhido, com edificações em sua maioria térreas e as demais distribuídas de forma equi librada entre um ou dois pavimentos.

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3.6. áreas de preservação

acontece somente numa faixa de 30 m de cada lado, ao longo do curso d’água, característica que pode ser aproveita da no projeto proposto, pois se limita a uma das divisas do lote escolhido.

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O Mapa sete, que destaca as áreas de preservação, ajuda a entender quais espaços dos que contêm vegetação estão por protegidos por lei e devem continuar arborizados. Vemos que nem todas as áreas verdes são de preservação, o que Área

3.7. lote

O lote escolhido se localiza na Rua Cel. Américo Batista, no bairro Jardim São José Sampaio Júnior em Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Em seu terreno há ao lado direito a Associação Be

neficente do bairro, no centro uma caixa de água da DAERP, uma horta comuitaria e no canto esquerdo a es cola estadual E. E. Dom Romeu Alberti, os quais serão integrados ao projeto.

Associação dos Moradores

Daerp Horta Escola

Área livre Córrego

Área de Preservação Permanente

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A intenção será de agregar tudo ao projeto. O lote foi escolhido já levando em consideração os construção existente, sabendo que elas só vão agregar ainda mais.

Com bastante curvas de níveis po demos perceber que o terreno e íngreme, com uma passagem do córrego mais em baixo e que por ser extenso temos muito espaço para aproveitar.

Passara uma rua entre a área de preservação permanente e a área livre. Ela será bem larga e cortara o lote de uma ponta a outra. Podendo ser utilizada como mais uma agregação positiva ao transformá-la em uma rua comparti lhada entre pessoas e automóveis não motorizados, se tornando mais um ponto de conexão entre tudo e todos.

Lote Topografia

64

Área construída existente

Área de Preservação e recuperação

Demolição e Construção

Resultado

65

Dimensões

14,00

5,00

216,00

14,00 5,00 242,00 4,00 17,00

74,68 25,47 98,41 42,22 17,00 5,00

66
67
04

4.1. Partido arquitetônico

A proposta de um espaço para apren dizagem do meio ambiente e de co nexão vem de um problema não so mente da população de Ribeirão Preto, como de um todo e a aproximação da autora com a vontade de mudar a for ma com que olhamos para o meio.

Dessa forma, a obra foi intitulada “Espa ço de Conexão”, pois o aprendizado também é uma forma de conexão das pes soas com o meio. Portanto, o conceito visa conectar, estimular a interação, um espaço para se expressar, estudar, trabalhar, através de espaços funcionais, de convivência, estudo, jardim, horta. Esses são os eixos do Espaço de Conexão.

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4.2. O ordenamento do espaço

A proposta e ordenamento espacial têm como objetivo atender o conceito apre sentado, levando em conta os projetos de referência, as referências teóricas, os levantamentos e pesquisas realizados. Com base nesse pressuposto, foram es-

truturadas diretrizes para conduzir todo o desenvolvimento do projeto, sendo priorizadas a integração e apropriação do local em si, sempre visando o bem-estar, a felicidade e a sensação de acolhimento de seus futuros usuários.

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4.3. Programa de necessidades

4.3.1. setorização

área construída existente - retirar muros - integrá-las - ver suas necessidades - mais pontos de horta - prever novo método de separação para área do Daerp. área de preservação - reflorestamento - cuidado com a vegetação existentes - passagens para haver conexão com o outro lado do córrego - pensar como as pessoas possam ter a sensação de segurança e apropriação

lazer e vegetação - áreas abertas para encontros, observação, conexões, conversas, brincadeiras, leitura, admiração, para se expressar, dançar, divertir, estudar, trabalhar, entre outras. - banheiros, bebedouros, bancos, lixeiras, vegetação - área para foodtruck - quadras, ciclovia, hortas, estudos

expressão e educação - administração, deposito - educação ambiental - salas sensoriais - área para estudo/trabalho - área para palestra - biblioteca - contemplação

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4.3.2. quadro de áreas

total parcial

ações

área construída existente área de preservação

área livre

reflorestamento área já arborizada

lazer e vegetação

escola associação horta daerp expressão e educação

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4.4. Partido estético-formal

No partido estético e formal serão apresentadas as formas e sensações que queremos passar no projeto. Trazendo dos temas e projetos de referência, se rão privilegiadas as formas orgânicas, com mobiliários arredondados; o edi fício aproveitando da melhor maneira tural, trazendo recortes das aberturas em lugares estratégicos; a vegetação e lazer aproveitando de maneira ade

quada e ergonômica o local e sua pro ximidade com a Área de Preservação Permanente (APP), e assim por diante.

Os ambientes serão projetados sempre com base nas sensações a serem estimuladas pelos mesmos. Como podemos analisar na Figura 41, temos que projetar pensando até no conforto psicológico, do inconsciente, para chegar ao resultado que gostaríamos. Sempre com muita ética.

Água por perto Ventilação e Iluminação natural

Neuroarquitetura Biofilia

Bem estar

Consciente Inconsciente

Vista agradável

Formar arredondadas (sem quinas) Sons (de fonte por exemplo)

Materiais e texturas que remetem a natureza

74

Os materiais serão escolhidos em função da biofilia, tentando retomar a natureza não somente com a vegetação, mas também com texturas e acabamentos, utilizan do o concreto, a madeira, a pedra, água, vidro, metal, vegetação, entre outros.

4.4. Soluções tecnológicas e materiais materiais

75

O PROJETO

5.1. O PROJETO

A proposta do espaço de conexão surge através da vontade da autora em trazer um novo olhar das pessoas para o meio em que estão e após ao escolher o lote percebe-se que conexão se torna a palavra chave de todo o projeto.

Portanto ele será um início da mudança de visão da população. É esperado, que ao longo do tempo, se torne a visão de todos da população.

primeira intenção

A intensão inicial era fazer um parque com um edifício central, mas visto que a área é grande esse projeto inicial foi avançando para outro estilo, na qual são vários edifícios menores espalhados de acordo com a necessidade do local. Com este segundo pensamento o projeto foi surgindo de maneira fluida.

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rua florinda bordizan sampaio

rua cel américo batista

rua américo volta N 0 25 50 75

79
segunda intenção

5.2. zoneamento e setorização

Levando em considerações todos os le vantamentos e pesquisas, o lote foi pri meiramente separado em setores ou zo nas para depois vim com as implantações.

A linha laranja indica por onde passara uma rua conectando os dois lados residenciais e acaba di vidindo a área que tínhamos livre com a de preservação permanente.

A área de preservação permanen te, em verde claro, varia de 50 metros ao lado da rua Américo Volta até 65 metros na rua Cel Américo Batista.

Ao lado uma marrom para os pets, a qual possam brincas sem medo do seu animal de estimação sair correndo e se perder pela área,

E a outra em ailha zul claro, um espaço separado como ilha pedagógica.

Em amarelo uma ilha voltada a educação ambiental, salas multifun cionais, sensoriais, que a comunidade possa usar para ensinar uns ao outros.

Na ilha roxa o espaço esportivo, para realocar quadras que futuramente saíram para dar lugar a avenidas.

Em verde médio são as áreas com maciço de vegetação existente.

E no verde escuro será uma ilha para usarem enquanto educação am biental, para ser transformada em pomar.

Próximo a escola foi pensada em separar duas ilhas, uma ilha em azul escu ro para ser playground, onde as crianças possam ter acesso, possam se apossar e conviver com seus amigos e familiares,

A rosa ao lado sendo lugar de in teração, restaurante, food truck.

E a parte da comunidade, em cinza, pensando no espaço livre para ocorrên cia de festividades e cozinha comunitária.

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rua florinda bordizan sampaio

rua cel américo batista N 0 25 50 75

81
rua américo volta

5.3. circulação

Pensando no conceito, na neuroarquitetura e na biofilia, foi projetado o traçado de maneira que conecte todos os lugares de forma livre.

Buscando algo orgânico nos deparamos com uma passagem que foi comparada com raízes de arvore e o material escolhido foi o piso intertravado.

Como o conceito é de conexão entre tudo, a disposição conecta todos os ambientes, todas as laterais e proporciona um caminho ondulado, na qual podemos vislumbrar toda a passagem até chegar onde deseja.

Na biofilia se encaixa pelo formato retomar a natureza e por ele ter o cuidado de ser permeável. Na neuroarquitetura nós trazemos uma forma comum e uma cor neutra fazendo com que as pessoas sintam uma proximidade com o local. E com o meio ambiente, por ele ser de borracha reciclada.

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rua florinda bordizan sampaio

rua cel américo batista N 0 25 50 75

83
rua américo volta

5.4. edificações

Pensando no programa de atividades e na distribuição de zonas foi distribuída algumas edificações ao longo do lote.

Em lilás nos vemos uma quadra poliesportiva. Pensada através da ana lisa do mapa viário da prefeitura de ri beirão e da análise do entorno. Pró ximo a área existem duas quadras que futuramente passara uma aveni da, por isso trazemos ela para o lote.

Juntamente com as duas em roxo, que são quadras de areia. Em toda a cidade estão sendo feita várias quadras desse modelo e há uma gran de procura da população em todas elas, independente do bairro. Assim como a poliesportiva, podem fazer várias atividades, como: Beach Tênis, Vô lei, Futebol, Frescobol, entre outros.

truck. Perto da rua, com duas entra das próximas e a passagem fazendo seu contorno. Decidimos trazer este espaço por estar começando a ser usado em algumas áreas da cidade e des te modo conseguimos incentivas para continuar ocorrendo em outras áreas.

Em amarelo escuro é uma zona com vários blocos separados, mas todos buscam a mesma utilidade. É área multi funcional, no qual os locais podem usar para se expressar, ensinar uns aos outros, estudar, para ocorrer diversas atividades.

Amarelo médio será duas gran des salas sensoriais demonstrando a importância do meio ambiente e como ele muda a atmosfera em sua volta.

E o retângulo rosa, seria um restaurante que conseguirá atender todos os lados, sendo aberto ao público que está nas quadras ou andando pelo parque.

Onde havia a outra zona rosa, será um espaço separa para os food

A edificação redonda será para ter salas destinadas a ensi no de como as plantas funcionam na prática, depósito, entre outros.

E o retangular amarelo será uma cozinha comunitária e o sem cor será um estufa. Ambos com in tenções de ajudar a cominudade.

84

rua américo volta

rua florinda bordizan sampaio PET

PLAYGROUND PEDAGÓGICA

rua cel américo batista

FOOD TRUCK

85
N
0 25 50 75

A arquitetura e o estilo de cada um desses edifício foi sem pre ponderada nos conceitos da neuroarquitetura e da biofilia.

No edifico que receberá a atividade de Educação Ambiental, será circular, lembrando que tudo tem seu ciclo. Conectada com os edificios ao re dor, com a estufa e logo atrás será o espaço destidado ao pomar da área.

86
N J01 P 2 40 200200 J02 P 2 60 120120 J03 P 1 70 150150 J05 P 190 1 50 1 50 J04 P 140 1 20 1 20 J06 P 150 1 20 1 20 P01 2 10 1 00 P020210 90 P03 2 10 0 90 J10 P 270 1150 50 J09 P 150 1120 20 J08 P 230 2200 00 J07 P 1 30 1120 20 ESC: 1:1000

B02Corte

A01Corte 02ACorte

A01Corte

02ACorte

P1,30 11,20 , 20

P2,30 22,00 , 00 J07

P1 ,50 11,20 , 20 J08

P2,70 11,50 , 50 J09

J10

P02 02,10 , 90 P03 2,10 0,90

J01 P2, 40 2,00 2,00 J02 P2, 60 1,20 1,20 J03 P1, 70 1,50 1,50

1, 20 1, 20

J06 P -1,50

J05 P -1,90

2 ,10 1 ,00

P01

1, 50 1, 50 J04 P -1,40

1, 20 1, 20

01BCorte 01BCorte

B02Corte

87
CORTES
ESC: 1:250 N

CORTE A01

ESC: 1:250

+9,00 3 Pavimento

CORTE A02 ESC: 1:250

+3,00 1 Primeiro

±0,00 0 Pavimento

-3,00 1 Pavimento

-6,00 -2 Pavimento

-9,00 -3 Pavimento

12,00 -4 Pavimento

+6,00 2 Segundo A01 250

88
15,00 -5 Pavimento

CORTE B01

ESC: 1:250

CORTE B02

ESC: 1:250

89 B01 250

.

P1,30 11,20 , 20

P2,30 22,00 , 00 J07

P1,50 11,20 , 20 J08

P2,70 11,50 , 50 J09

J10

P02 02,10 , 90 P03 2,10 0,90

J06 P -1,50

J01 P2, 40 2,00 2,00 J02 P2, 60 1,20 1,20 J03 P1, 70 1,50 1,50

2 ,10 1 ,00

1, 20 1, 20 P01

J05 P -1,90

1, 50 1, 50 J04 P -1,40

1, 20 1, 20

90
ESC: 1:250 N
Elev1
3 Elev. 2Elev. ELEVAÇÃO

ELEVAÇÃO 01

ESC: 1:250

ELEVAÇÃO 02

ESC: 1:250

ELEVAÇÃO 03

ESC: 1:250

+9,00 3 Pavimento Cobertura

+6,00 2 Segundo Pavimento

+3,00 1 Primeiro Pavimento

±0,00 0 Pavimento Térreo

-3,00 -1 Pavimento -1

-6,00 -2 Pavimento -2

-9,00 -3 Pavimento -3

+6,00 2 Segundo Pavimento

-12,00 -4 Pavimento -4

+3,00 1 Primeiro Pavimento

-15,00 -5 Pavimento -5

±0,00 0 Pavimento Térreo

+9,00 3 Pavimento Cobertura

-3,00 -1 Pavimento -1

+6,00 2 Segundo Pavimento

-6,00 -2 Pavimento -2

+3,00 1 Primeiro Pavimento

-9,00 -3 Pavimento -3

E 1 250 -15,00 -5 Pavimento -5

±0,00 0 Pavimento Térreo

-12,00 -4 Pavimento -4

-3,00 -1 Pavimento -1

+9,00 3 Pavimento Cobertura -6,00 -2 Pavimento -2

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RENDERS

Contém três salas, sendo elas: 1°- uma sala de aula, 2°- sala para oficinas, perto da estufa para conseguirem ter a conexão e aultima 3°- um depósito. Revestido com palha na sua face externa, sendo ela em bloco estrutural reciclado e sua parede interna será todo com cobogó de concreto e de cerâmica, hora fechado e hora aberto,

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como demostra a figura do moodboard.

Temos uma cozinha comunitária, que apesar do mapa acima estar retangular ela será no formado ameba, com o mesmo tamanho mostrado. Sim! Enorme! Localizada ao lado da Horta Comunitária já existente e próxima a zona pensada para pomar.

Com ela esperamos que a comunidade use na educação dos crianças e adolescente, se integrando com a escola, com a associação dos moradores, que a usem em festividades, podendo gerar lucro e que usem os produtos que eles mesmos plantaram na horta comunitária, no pomar, na estufa.

Ampla, aberta serão as palavras chaves do projeto.

Logo em seguida temos as salas sensoriais. Ambas no formato triangular que já nos deixa curiosa para saber o que é.

Uma representará tudo o que a natureza pode nos trazer e outro tudo que a pavimentação ou construção nos trazem.

Ela será toda colorida separando os ambientes internos. Terá uma cozinha para ensinar, outra para quando haver eventos, mesas comprimas para todos participarem das receitas e o refeitório para desfrutarem do que prepararam.

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Sendo a maior para a natureza e a menor pata a construção. Ambos de concreto com entradas bem marcantes e coloridas.

Já as salas multifuncionais foram projetados em função de ajudar a própria comunidade dos arredores, na intenção de um ajudar ao outro com ensino para quem não pode ter, por exemplo: um eletricista pode usar a sala para ajudar outros adultos que não tem uma carreia aprender algo novo e tirar seu sustendo desse ensinamento. E o eletricista que ensinou pode levar produtos da hor ta comunitária e do pomar sem pagar.

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Dessa maneira criamos um ciclo de ajuda dentro desta comunidade.

As salas foram projetadas de duas maneiras diferentes, porém com o mesmo revestimento. Faremos 2 blocos com aberturas mais extensas para quem for se expressar e outros 3 blocos com aberturas menores para quem quiser

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mais privacidade. Ambos revestidos com madeira e tendo suas esquadrias coloridas, cada bloco com a sua cor.

No restaurante será uma estrutura em aço e paredes revestidas em pedra natural, todo aberto para que as pessoas

100

possam entrar independente do lado. Pensado para atender as quadras e o seu redor. Com banheiros, cozinha e servirá tanto na área coberta, quanto na descoberta.

6.1. Referências Bibliográficas

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Unsupported source type (Misc) for source Jor14.

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